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A GLOBALIZAÇÃO ECONOMICA

Maria Manuela Martins da Cunha Reis

Leça do Balio, 2010

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Maria Manuela Martins da Cunha Reis

A GLOBALIZAÇÃO ECONÓMICA

Curso EFA Nível Secundário

Núcleo Gerador: Complexidade e Mudança (CP)

Unidade de Competência: DR4

Tema Globalização

Formadora: Profª Joana Inês Pontes

Data entrega: 22 de Junho 2010

RESUMO

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Globalização económica e financeira veio ter um impacto bastante significativo, na
qualidade de vida, na comunicação e grandes efeitos na indústria e serviços,
considerando-se assim um fenómeno capitalista.
A organização mundial ao nível dos mercados bolsistas foi se alargando e
quebrando as fronteiras existentes entre os países, arrastando assim, os mais fracos
para o impossível caos económicos, como está patente hoje em dia aos nossos olhos.

Palavras-chave: Globalização; Economia; Industria; Mercados; Comunicação

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ÍNDICE

Resumo…………………………………………………………………………………3
Índice……………………………………………………………………………………4
Introdução………………………………………………………………………………5
Globalização – Definição Geral………………………………………………………6
Globalização Económica…………………………………………………………….. 6
Carácter de Exclusão……………………………………………………………….....9
Vantagens e Desvantagens………………………………………………………….10
Conclusão……………………………………………………………………………...11
Bibliografia……………………………………………………………………………..12

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INTRODUÇÃO

O tema que pretendo apresentar é a Globalização Económica.


Através deste trabalho vou tentar mostrar como foi feita essa Globalização, como
se reflectiu nos mercados económicos dos diversos países e como se transformou a
economia e a forma de vida da população mundial.
Com a globalização as fronteiras mundiais, foram desaparecendo com o passar
do tempo, modificando os modos de vida e o pensamento mundial e é isso que vou
tentar mostrar ao longo deste trabalho, as causas, as vantagens e as desvantagens.
Para tal efectuei várias pesquisas para elaborar uma explicação sobre a
Globalização Económica e os seus efeitos em geral no mundo.

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GLOBALIZAÇÃO – Definição Geral

Chama-se Globalização ao crescimento da interdependência de todos os povos


e países do Mundo. Há quem prefira chamar à globalização de “aldeia global”, pois
cada vez mais parece que o nosso planeta está a ficar mais pequeno e que todos se
conhecem, isto é, todos assistem a programas semelhantes na televisão e ficam a
saber no mesmo dia o que ocorre no mundo inteiro.
A globalização tem a ver com a forma como os países interagem entre si e
aproximam as suas populações, tendo em conta os aspectos económicos, sociais,
culturais e políticos.

GLOBALIZAÇÃO ECONÓMICA

A globalização é sem dúvidas um fenómeno capitalista que já provém dos


tempos dos descobrimentos e que se desenvolveu sobretudo a partir da Revolução
Industrial.
Vários países tiveram muita necessidade de expandir os seus mercados, e isso
fez com que começassem a abrir-se para os produtos de outros países. Isto vem
comprovar que a globalização da economia é o processo através do qual se expande
os mercados e onde as fronteiras nacionais parecem mesmo desaparecer aquando
desse movimento de expansão.
Em termos económicos, a globalização caracteriza-se pela total liberalização de
circulação de pessoas, bens e serviços.
Com a abertura das fronteiras e a livre circulação de bens e serviços entre vários
países, a globalização económica cresceu significativamente e venceu sobre a
globalização social e política. A liberdade de movimentação leva a que seja mais fácil
uma circulação de capitais, e consequentemente a um crescimento de algumas

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economias, dependendo do nível de desenvolvimento e integração dos vários países
envolvidos neste comércio internacional.
Actualmente os grandes beneficiários desta “aldeia global” são os países com
grandes economias de exportação, com um mercado interno forte e cada vez maior
presença mundial.
Podemos afirmar que há uma internacionalização do capital, que teve início com
a extensão do comércio de mercadorias e serviços, passou pela expansão dos
empréstimos e financiamentos e, de seguida, se generalizou o deslocamento do capital
industrial através do desenvolvimento das multinacionais.
Com a abertura das fronteiras e o ampliar dos mercados passou a existir uma
mobilidade de capitais acentuada, tornando assim os países mais vulneráveis a
mudanças nas expectativas, e inviabilizando assim o prosseguimento de políticas
internas.
A abertura das fronteiras permite ainda que os mercados financeiros e de
câmbio se comuniquem facilmente. O resultado é o que na busca por lucros fáceis e
rápidos, os capitais se movam de um lado para outro. Como as moedas ficam sujeitas
a livres transacções, as suas cotações flutuam acentuadamente, criando problemas
internos aos seus países, e aos governos, que não podem realizar as políticas
económicas desejadas.
A globalização económica deve muito ao aumento das redes de comunicações,
pois o aumento da utilização da internet faz com que seja possível realizar muitos
acordos e protocolos entre diferentes empresas privadas e governamentais.
Cada vez mais se vê nas ruas a presença maciça de inúmeras marcas mundiais,
isto deve-se não só à facilidade em como se divulga hoje em dia essas mesmas
marcas, mas também ao poderio económico que elas possuem. Não é necessário que
uma marca tenha uma grande casa de produção. A marca NIKE é o grande exemplo
disto mesmo, apenas existe os escritórios da marca, pois as unidades de produção
estão espalhadas pelo mundo e são subcontratados para o fabrico dos produtos da
marca. Isto é o grande exemplo de globalização económica.
Existe assim um buscar de aumentos cada vez maiores nas condições de
concorrência e de ampliar ao máximo os mercados, por isso deu-se uma abertura
comercial generalizada, uma difusão dos processos de desregulamentação e
privatização por todo o mundo.
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É claro que com a globalização económica também tem de existir
simultaneamente e agregada a si, uma globalização nas comunicações. Isto tem a sua
face mais visível na internet, a rede mundial de computadores, pois veio permitir uma
rápida troca de ideias e informações entre as empresas e os governos dos países
envolvidos nos diversos negócios.
Com uma globalização das comunicações as empresas passaram poder ter a
sua imagem difundida pelo mundo, pois com as inovações tecnológicas houve um
aumento nos negócios internacionais e uma cobertura maior de produtos pelo mundo.
Os transportes mais rápidos viram também contribuir para que as mercadorias
sejam mais facilmente transportados pelo globo terrestre reduzindo os custos de
produção, mas em muitos casos, aumentando os lucros das empresas, pois muitas
delas matem o preço final inalterável.
A globalização económica também veio contribuir para um aumento da
qualidade de vida mundial. O acesso rápido a novas tecnologias, como novos
medicamentos, novos equipamentos cirúrgicos e técnicas, aumento na produção de
alimentos e baixa no custo dos mesmos, tem causado nos últimos anos um aumento
generalizado da longevidade dos países emergentes e desenvolvidos.
Os efeitos na indústria e nos serviços também se notam, pois com a abertura
dos mercados e a expansão de capitais, as empresas passam a procurar a mão-de-
obra mais barata para a produção dos seus produtos, não sendo necessária uma alta
qualificação. Assim a produção do mesmo produto pode ser feita em vários países,
reduzindo os custos e ganhando vantagem competitiva no acesso de mercados
regionais.
O mundo passa assim a assistir à globalização da especulação financeira. Os
novos predadores aniquilam sectores económicos inteiros de países em operações
bolsistas. O capital hoje em dia não tem pátria, nem limites para a sua acumulação.

O CARÁCTER DE EXCLUSÃO

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A globalização tem por outro lado um carácter de exclusão. Através dos
processos de concentração e centralização de capitais, os principais sectores da
economia são controlados cada vez mais por um pequeno grupo de empresas que fica
mais poderio financeiro. Os processos ocorrem através de reinvestimentos das próprias
empresas nos sectores onde actuam, que chamamos assim de concentração, ou
através de fusões e incorporações de outras que sucumbem à concorrência, que
chamamos de centralização.
São apresentadas várias razões para estes resultados. Existem custos
irrecuperáveis de instalação das empresas que não estimulam a saída das empresas
de um sector. É o caso de gastos em pesquisas e desenvolvimento nas áreas de
inovação e imitação. Este é o primeiro factor que nos leva à concentração. Finalmente,
os custos de coordenação e de tecnologia de informação para operar as redes de
produção sofisticadas e internacionalizadas são também barreiras à entrada de novas
empresas, contribuindo assim para o processo de concentração de capital.
Este processo de concentração de capital encontrou os sectores mais fortes e
desenvolvidos nos países mais avançados, aparecendo assim países como a
Alemanha ou a Europa Ocidental, os Estados Unidos e o Japão.

VANTAGENS E DESVANTAGENS

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A abertura da economia e a Globalização são processos irreversíveis, que nos
atingem no nosso dia-a-dia das formas mais variadas e temos de aprender a conviver
com isso, porque existem mudanças positivas para o nosso quotidiano e mudanças
que estão a tornar a vida de muitas pessoas mais difícil. Um dos efeitos negativos do
intercâmbio maior entre os diversos países do mundo, é o desemprego que, em
Portugal, tem vindo a bater recordes.
A abertura que se referiu no parágrafo anterior é em muitos casos um ponto
fundamental no combate à inflação e para a modernização da economia com a entrada
de produtos importados, o consumidor foi beneficiado, pois passou a contar com
produtos mais baratos que vêm de fora e em alguns casos de melhor qualidade, e essa
oferta ampliou também a disponibilidade de produtos nacionais com preços menores e
mais qualidade. A opção de escolha que temos hoje é muito maior.
Mas a necessidade de modernização e de aumento da competitividade das
empresas, originou um efeito muito negativo, que foi o desemprego. Para reduzir
custos e poder baixar os preços, as empresas tiveram de aprender a produzir mais com
menos empregados. Ao incorporar novas tecnologias e máquinas, o trabalhador
perdeu espaço e esse é um dos grandes desafios que muitas economias têm pela
frente.
Hoje em dia os países não conseguem crescer o suficiente para absorver a
mão-de-obra disponível no mercado.
Outra grande desvantagem é a grande dependência que temos dos grandes
países, como por exemplo os Estados Unidos da América, pois se para estes a crise
chegar, por arrastamento, todos sofrerão também.1

1
Esta informação foi tirada do site
http://orbita.starmedia.com/achouhp/geografia/globalizacao.htm. Consultado em
14/06/2010.

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CONCLUSÃO

Podemos concluir que a Globalização Económica reside na maneira em como


cada Estado a gere internamente.
É necessário que tome atenção que a globalização não é um elixir que vai
transformar os pobres em ricos, aqui temos englobadas as pessoas e os países, e
acaba com as desproporções de desenvolvimento no mundo.
A liberalização comercial resultante de um processo de globalização dos
mercados, não pode ser uma medida isolada e um processo em si mesmo. Ela deve
integrar uma estratégia abrangente de desenvolvimento e a redução das diferenças de
rendimentos entre as populações.
Só uma globalização económica apoiada numa globalização social, poderá gerar
níveis de desenvolvimento mais equitativos e sustentáveis num mundo mais justo, mais
próspero e com maior coesão social. Só assim o desenvolvimento será verdadeiro e
atingirá os seus sociais e económicos, num mundo sem fronteiras!

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BIBLIOGRAFIA

• Mollo, Maria de Lourdes Rollemberg “ Globalização da Economia, Exclusão


Social e Instabilidade” (consultado em 14/06/10),
http://www.cefetsp.br/edu/eso/globalização/globalizacaoeconomia.html

• Wikipedia: Globalização económica ( consultado em 14/06/10)

http//pt.Wikipedia.org/wiki/globaliza%C3%A7%C3%A3o

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