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Ministério da Administração Interna


Polícia de Segurança Pública
Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna

ALVARO Manuel Ferreira MONTEIRO

CRISES AMBIENTAIS e GESTÃO DO RISCO – Propostas de


Acção e Participação Comunitária na Previsão, Prevenção e
Fortalecimento da Protecção contra Catástrofes Naturais.

Trabalho de Conclusão de Curso com vista à obtenção do

nível de PÓS-GRADUADO em GESTÃO CIVIL DE CRISES

Orientador: Drª PATRÍCIA GASPAR – ANPC

ISCPSI

2009
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ÍNDICE

1. INTRODUÇÃO 3
2. DESASTRES NATURAIS E GESTÃO DO RISCO 3
2.1. Gestão do Risco e Participação Comunitária 8
3. DOCUMENTOS DE TRABALHO/PROPOSTAS DE ACÇÃO 12
3.1. Utilidade das Cartas de Vulnerabilidade e Mapas de Risco a Nível
Comunitário 12
3.2. Construção dos Mapas de Risco e Participação Comunitária 13
4. CONCLUSÕES, RECOMENDAÇÕES E REFLEXÕES FINAIS 17
5. GLOSSÁRIO 20
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 21

(foram efectuados todos os esforços no sentido de obter dos autores de alguns excertos e imagens
incluídas neste trabalho, a respectiva permissão para reprodução, mas se, por lapso, escapou
algum, teremos prazer em corrigir).

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“ Nos últimos anos, o mundo presenciou uma interminável sucessão de desastres – cheias,
tempestades, terramotos, desabamentos, erupções vulcânicas e incêndios florestais que custaram
muitos milhares de vidas, causaram prejuízos de bilhões de dólares e cobraram um preço
gigantesco aos países em desenvolvimento, onde os desastres consomem atenções e recursos
desesperadamente necessários para fugir da pobreza. “ – Kofi A. Annan – Julho 2002

1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho, direccionado para a área da actuação da Protecção Civil, desenvolve-se
sobre a participação da comunidade na gestão do risco e a relação com a redução de desastres.
Tema pouco desenvolvido, parte do pressuposto que o envolvimento da comunidade na gestão
do risco com acções integradas entre grupos de vizinhança, órgãos governamentais e municipais
para agir durante as fases de pré-evento, durante e depois do evento, contribuirá de forma
significativa para o desenvolvimento da percepção do risco e o fortalecimento da protecção com
a consequente redução do desastre ou das suas consequências.

2. DESASTRES NATURAIS E GESTÃO DO RISCO


A ONU alerta que os desastres naturais cada vez mais devastadores são já alguns dos efeitos
das mudanças climáticas, com o aumento de tormentas e eventos climáticos extremos. Em
2008, o número de vítimas foi um dos mais altos da história.
A situação pode se tornar ainda mais grave diante do crescimento da população mundial
que segundo dados da ONU, em 2050, poderá atingir 10,9 bilhões de pessoas, ou seja, um
aumento real de 78% sobre o número actual de habitantes. Além disso, o número de pessoas
com mais de 60 anos deve triplicar nesse mesmo período, chegando a 25% da população
mundial.

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Segundo Cerri & Amaral apud Rocha (2002), risco é “ a possibilidade da ocorrência de um
acidente”. De acordo com Rocha (2006), “ risco é a combinação da frequência e consequência
de eventos indesejáveis envolvendo perda”. Percebe-se, portanto que Rocha já traz na sua
definição a variável frequência, que significa o número de ocorrências por unidade de tempo,
o que faz com que a sua definição fique mais completa que a de Cerri & Amaral.
Referindo Cerri & Amaral apud Rocha (2002), existem inúmeras formas de classificar os
riscos, tendo uma delas por base, situações potenciais de perdas e danos ao homem,
considerando assim os Riscos Ambientais como a classe de maior contributo para os riscos.
As classes de risco existentes são: os riscos naturais, riscos tecnológicos e riscos sociais.
Os riscos naturais compreendem os riscos físicos (riscos atmosféricos, riscos geológicos e
riscos hidrológicos) e os riscos biológicos (riscos associados à fauna e os riscos associados à
flora). Em Portugal, segundo Garrido, os desastres naturais em 2003, custaram ao País, 1,2 mil
milhões de euros. As temperaturas extremas de Agosto desse ano, fizeram o maior número de
vítimas: 2007 pessoas sucumbiram aos efeitos do calor. Pior só nas cheias de Novembro de
1967 que vitimaram 462 pessoas. Ainda em 2003, os incêndios afectaram também outras 150
mil pessoas. Os riscos sociais compreendem os roubos a transeuntes, veículos e residências,
além de guerras e terrorismo em geral. Já os riscos tecnológicos estão relacionados a todo tipo
de tecnologia, em especial, derrame de produtos tóxicos, colisão de veículos e queda de
aviões; não podendo esquecer os riscos de atropelamentos, acidentes comuns na grande
maioria das cidades, eventos que ocorrem principalmente nas grandes avenidas e ferrovias
(Baião, Setembro 2009), designadas de corredores de risco.
Para este trabalho adopta-se o termo “ perigo ” para a tradução de hazard. Os termos perigo
(hazard) e risco (risk) são frequentemente utilizados como sinónimos. Mas, não o são. O perigo
é um fenómeno natural que ocorre em épocas e região conhecidas que podem causar sérios
danos nas áreas sob impacto.

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Assim, perigos naturais (natural hazards) são processos ou fenómenos naturais que ocorrem
na biosfera, podendo constituir um evento danoso e serem modificados pela actividade humana,
tais como a degradação do ambiente e a urbanização, enquanto o risco, é a probabilidade de
perda esperada para uma área habitada num determinado tempo, devido à presença iminente de
um perigo (UNDP, 2004).
Exemplificando tal relação, um fenómeno atmosférico extremo como um tornado, que
costuma ocorrer numa determinada região (susceptibilidade) e época conhecida, gera uma
situação de perigo. Se este se deslocar na direcção de uma determinada área povoada, com uma
possibilidade real de prejuízos num determinado período (vulnerabilidade), teremos então uma
situação de risco. Se o tornado atingir a área povoada, provocando danos materiais e vítimas,
será denominado como um desastre natural. Caso o mesmo ocorra não provocando danos, será
considerado como um evento natural (OGURA E MACEDO, 2002).
Frequentemente, o risco é visto como o produto de alguma probabilidade de ocorrência e da
perda prevista. Para começar uma avaliação melhor do risco do perigo, os detalhes da
vulnerabilidade devem ser incluídos nessa apreciação (Tobin e Montz, 1997). Estatisticamente,
este relacionamento pode ser representado pela expressão:

Risco = Probabilidade de ocorrência * Vulnerabilidade

Este relacionamento foi usado por Dissen de Furgão e McVerry (1994) para avaliar o risco
de terramoto na nova Zelândia. Definiram probabilidade como a probabilidade de um terramoto
ocorrer (baseado em resultados de um modelo sísmico) e vulnerabilidade como o potencial de
danos causados à sociedade (Tobin e Montz, 1997).
Enquanto esta fórmula representa uma tentativa útil para incluir factores adicionais que
afectam risco, não consegue incorporar diferenças geográficas em função do tamanho da
população e densidade (ou exposição) assim como a adaptação comum em reduzir as perdas de
vidas humanas.

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Assim, aparecem outras expressões (existem várias expressões que se podem adaptar melhor
ou pior à situação em causa) com o objectivo de um melhor resultado, por exemplo a fórmula
de Mitchell (1990), apresentada pelos mesmos autores Tobin e Montz (1997) que define perigos
como:

Hazard = f (risco * exposição * vulnerabilidade * resposta)

Em combinação, estes elementos servem para explicar diferenças de hazards do local de


ocorrência e de quando em quando é que ocorrem esses eventos. Um risco pequeno tem uma
probabilidade muito baixa de ocorrência num período dado de tempo, mas um perigo severo,
pode ser o caso para uma população densamente estabelecida não prevenida. Mesmo com
probabilidades relativamente constantes de ocorrência (tal como uma probabilidade sísmica),
medidas diferentes de vulnerabilidade significativamente podem afectar a magnitude calculada
de um perigo (como exemplo, em 2004, o terramoto catastrófico de 26 de Dezembro no Sudeste
Asiático que poderiam ser minimizados impactos se houvesse uma maior percepção da
população com a consequentemente redução da vulnerabilidade).
Para um dado instante, não se pode garantir que um desastre de um valor particular ocorrerá
num local específico. Contudo, embora se possa identificar algumas áreas com eventos
geofísicos particulares, não se pode ter certezas que alguma área esteja livre de um perigo
específico.
A extensão dos danos materiais ou o número de vidas perdidas não podem ser sempre
determinados exactamente antes de um evento, mas podem existir algumas projecções para
acontecimentos em termos de número de mortes.
É o caso dos sismos de diferentes magnitudes em que estas podem ser usadas para calcular
número de mortes previstas.

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Na perspectiva de Grange e Hayne (2001), a avaliação da vulnerabilidade de uma


determinada população ao impacto do perigo deve concentrar-se nos seguintes factores:
• Cenário: O ambiente físico (clima, vegetação, geologia, uso do solo, topografia, declive, entre
outros), protecção civil, a população e sua distribuição geográfica.
• Edificações: Os edifícios de habitação, local de trabalho e áreas de lazer.
• Subsistência: Utilidades infraestruturais de serviço, abastecimento de água e luz, sistema de
esgotos, e telecomunicações.
• Segurança: A disponibilidade de instalações como os hospitais, centros de dia ou lares
/residências seniores, indústrias, estabelecimentos comerciais, exploração agrícola, quartéis de
bombeiros, esquadras de polícia, sistemas de protecção como bacias de retenção de inundações
e diques.
• A Sociedade: Isto inclui as medidas mais intangíveis como linguagem, etnia, religião,
nacionalidade, comunidade e grupos de bem-estar, educação, pontos de encontro, actividades
culturais, ou outras. Estes dados fornecem uma descrição quantitativa detalhada dos aspectos
específicos das regiões em ambiente arriscado, permitindo identificar áreas geográficas sujeitas
a risco para a comunidade.
Neste sentido, quando se trata de risco, deve-se considerar o perigo e a vulnerabilidade
(densidade demográfica, infra-estrutura, pobreza, etc.) do sistema que está preste a ser
impactado. Além disso, dois tipos de perigos geram situações de risco completamente distintas
para uma mesma área, devido à época de ocorrência (estação do ano), a tipologia do fenómeno
(inundação ou desabamento), a intensidade e abrangência dos mesmos (seca e tornado).
Desta forma, nota-se que a grandeza do perigo não acompanha a do risco. Por outras
palavras, o valor de perigo não tem uma relação linear com o do risco. Analisando a literatura,
as definições de risco, vulnerabilidade, perigo e susceptibilidade, observa-se que não há um
acordo entre os investigadores e/ou gestores do risco. Isto aumenta ainda mais a dificuldade no
estabelecimento de métodos comuns.

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Uma forma de mensurar os desastres foi proposta por Cardona (2005), através do Índice
Local de Desastre (LDI). Neste índice, são identificados os riscos sociais e ambientais,
resultantes dos eventos de maior recorrência de baixo nível. Este índice representa a propensão
de uma localidade para experimentar desastres de pequena escala e seus impactos acumulados
no desenvolvimento dessa comunidade. Cardona (2005) cita que é o somatório de três outros
índices, os quais são: índice de pessoas mortas (LDIM), índice de pessoas afectadas (LDIA) e o
índice de danos materiais (LDID). O LDI pode ser obtido, baseando-se nas informações dos
eventos de cada município.

LDI= LDIM + LDIA + LDID

2.1. Gestão do Risco e Participação Comunitária

A disciplina sobre gestão do risco, na forma abrangente e integrada como se explora


actualmente, teve as suas origens na década de 1970.
O termo gestor do risco foi inventado pela Harvard Business Review em 1956.
Inicialmente associado ao mercado de seguros, a gestão do risco é actualmente utilizada quase
de forma universal por organizações públicas e privadas em vários sectores: saúde, meio
ambiente, negócios, segurança e protecção. A sua aplicação possibilita estabelecer prioridades
e instruir tomadas de decisão, baseando-se em estimativas científica e estatisticamente
fundamentadas da probabilidade de ocorrência, da natureza e da magnitude de impactos
futuros sobre os objectivos a atingir.
Uma estrutura padrão para a gestão do risco tem os seguintes elementos principais:
• Avaliação de risco
- Análise do risco, o ramo técnico-científico para análise detalhada dos cenários dos perigos
identificados, e estimar a probabilidade do evento e as relativas consequências (estimativa do
risco).

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- Avaliação do risco, orientação em decisões, incluindo critérios de risco aceitáveis ou


toleráveis e a proposta de medidas.
• Mitigação ou controlo do risco
- Redução do risco, preparação e execução de medidas para a diminuição do risco,
planeamento da prevenção e protecção, incluindo planos de emergência e de evacuação.
- Resposta a uma crise, preparação de acções de emergência, incluindo a evacuação, socorro
e ajuda pós-acidente (acções da protecção civil).
Os fenómenos que causam os desastres naturais sucedem-se imprevisivelmente. Portanto, as
actividades de prevenção de desastres naturais podem-se dividir em duas partes: compreensão
dos factores condicionantes que geram os fenómenos naturais e, uma segunda parte no
fortalecimento e resistência potencial da sociedade contra esses fenómenos naturais. A
estrutura dessa prevenção deve ser formada a três níveis de órgãos de execução: governo,
privados e iniciativa individual ilustrado na figura 2.1.
Assim, as actividades de prevenção como ilustra a figura 2.2, devem preocupar-se com as
fases sequenciais dos eventos, classificadas em três etapas: pré-evento (prontidão), evento
(acção/resposta à emergência) e pós-evento (recuperação e compensação).

Organismos públicos, central, municipal e


freguesias.

Estrutura dos Níveis de Organismos associativos, ONG's, empresas,


Execução da Prevenção associações moradores e recreativas, centros
seniores e universidades terceira idade.

Iniciativa individual: cada cidadão.

Figura 2.1 – Estrutura dos Executores da Prevenção

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Etapa (Acção) Descrição


Antes da ocorrência dos desastres, são realizadas actividades
Pré-evento (prontidão)
para prevenir (prevenção) ou mitigar possíveis prejuízos.
Durante e logo após a ocorrência de desastres, são realizadas
Evento (acção resposta à
emergência) acções de emergência e socorro.
Após os desastres, actua-se na reconstrução e/ou compensação
Pré-evento (recuperação ou
reposição da normalidade) dos prejuízos.

Figura 2.2. – CICLO da CATÁSTROFE - Etapas na Prevenção e Ciclo de Gestão de


Desastres Naturais - GDN

A 21 de Agosto do corrente ano, uma derrocada na praia de Maria Luísa provocou a morte a
cinco pessoas e ferimentos em mais três. Desde 2007 que a comunidade de concessionários da
praia alertavam os órgãos governamentais para o perigo de desabamento. O bloco rochoso de
onde caiu a pedra já tinha perdido parte da estrutura em Maio deste ano.
Há uma “ falta de cultura de segurança em Portugal, Se a derrocada estava eminente, os
órgãos governamentais tinham de interditar a praia. Uma vez mais evidencia que os portugueses
são bons nos pós-eventos, mas não se preocupam em prevenir os acidentes, segundo José
Manuel Mendes1.
Na madrugada do dia 17 de Janeiro de 1995, ocorreu um terrível sismo no município de
Kobe no Japão, causando aproximadamente a morte a 6000 pessoas (Yamori&Kobayashi,
2002). A investigação sobre os prejuízos socioeconómicos neste desastre mostrou que na
comunidade onde foi constatada a união entre moradores e na comunidade que tinha um grupo
voluntário de apoio, o número de mortes foi inferior ao das comunidades que não possuíam este
tipos de grupo pré-evento (prevenção).

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Coordenador do Observatório do Risco do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra
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A 17 de Junho de 2004, uma falha na barragem do município de Alagoa Grande, Estado da


Paraíba, provocou um escoamento de mais de 60% da sua capacidade destruindo vários
municípios (Folha Online 2004). A dificuldade de chegar a locais de desastres naturais em
grande escala, por parte dos órgãos governamentais de socorro e protecção civil, incentivou a
população a acções emergenciais.
A lição a retirar destes três casos ilustrativos de desastres naturais é a necessidade da
existência de grupos de auto-protecção de proximidade contra catástrofes ou desastres naturais
(GADN). Os Grupos de Auto-Protecção organizados e capacitados de carácter voluntário e
constituídos por comunidades vizinhas, orientados por órgãos não-governamentais e
governamentais, podem actuar em parceria com as associações de moradores, associações de
pais e professores, associações religiosas, agrupamentos de escuteiros e outros agrupamentos
solidários.
O ano de 2008, segundo a ONU, registou um dos maiores índices de mortes por desastres
naturais na história. Foram 235 mil mortos e só ano do tsunami, em 2004, superou a marca, com
241 mil mortos. No mundo, os mais afectados em 2008 foram os chineses, com 26 desastres
e mais de 87 mil mortos. O ciclone Nargis, que atingiu Mianmar, deixou 138 mil mortos.
Tanto os números de mortos como as perdas económicas em 2008 estiveram entre as mais
altas já registadas. 211 Milhões de pessoas no total foram afectadas no mundo. O impacto
ficou bem acima da média da última década. "O aumento dramático de perdas humanas e
económicas em 2008 por causa de desastres é alarmante", afirmou Salvano Briceno, Director
da Divisão na ONU que se ocupa de formular uma estratégia para reduzir desastres. Para ele,
um sistema de prevenção mais robusto em países emergentes poderia ter salvado vidas.

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3. DOCUMENTOS DE TRABALHO/PROPOSTAS DE ACÇÃO

Com base na revisão da literatura relevante, apresentam-se propostas de acção consideradas


hipóteses práticas a testar. As orientações sugeridas são no sentido da elaboração das cartas de
vulnerabilidade de diversas variáveis, antrópicas e físicas, e através do cruzamento destas
cartas, produzir uma carta de unidades de risco. De acordo com o fenómeno estudado, as
variáveis são definidas. Para um caso concreto entende-se por variáveis: distância do local de
aplicação, declive e tipo de solo (para concepção da carta de vulnerabilidade) e carta de uso do
solo (carta de acção antrópica). As cartas de risco deverão ser trabalhadas em conjunto com os
PDM’s (Planos Directores Municipais). O cruzamento das duas cartas resultaria na concepção
do mapa de riscos.

3.1. – Utilidade das Cartas de Vulnerabilidade e Mapas de Risco a Nível Comunitário

Permite que todos os cidadãos participem, conheçam e identifiquem a localização e quais


os perigos e ameaças com que convivem, pois os mapas são os resultados de como percebem
a situação local, visto que são os próprios elementos de cada comunidade (ao nível de
freguesia) orientados por especialistas que as desenvolverão.
O mapa oferece aos órgãos público e privado, executores da prevenção, ideias
compartilhadas por toda a comunidade, possibilitando através de monitoramento constante e
periódico, registar eventos históricos que afectarão negativamente a comunidade (Albufeira,
Agosto 2009).
Observa WENGER (1978) dois factores que determinam o padrão de resposta da
comunidade: os tipos de integração e conflitos existentes no período de normalidade e a
experiência acumulada na confrontação da crise.

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3.2. – Construção dos Mapas de Risco e Participação Comunitária

Na construção dos mapas de risco como de uma análise SWOT (Forças, Fraquezas,
Oportunidades e Ameaças) se tratasse e segundo EIRD (Estratégia Internacional para a
Redução de Desastres, 2006), utilizam-se símbolos ou desenhos para identificar determinados
lugares que servem de pontos de referência, como por exemplo: hospitais, polícia, bombeiros,
igreja, edifício municipal, o rio que passa pela comunidade, a escolas, campo de futebol, etc.
E cores para sinalizar melhor as zonas de risco específico que têm determinados lugares, por
exemplo: a cor vermelha para zonas de altíssimo e/ou alto risco, a cor amarela para zonas de
médio risco e a cor verde para zonas de baixo risco. Com essas informações parte-se para a
elaboração colectiva dos mapas, sendo que essa pode ser feita de duas formas distintas, porém
complementares.
Acção A: Uma pessoa com habilidade para o desenho, para previamente fazer um croqui
geral da comunidade, servindo como rascunho para localizar os riscos detectados pelos
elementos do seu grupo. Após a exposição final de todos os rascunhos pelos grupos, os
especialistas preparam a versão final do mapa.
Acção B: Cada grupo desenha em cartolina ou papel, a sua zona trabalhada com a
identificação dos riscos mais significativos encontrados. Posteriormente e com os desenhos
preliminares de cada grupo, os organizadores prepararão o Mapa de Risco Integrado,
consolidando toda a informação. Finda a elaboração dos mapas, convoca-se uma reunião geral
para discussão e apresentação dos resultados finais. A informação final que cada grupo
proporcionou, é devidamente tratada e registada em suporte magnético, sendo distribuído um
mapa de riscos e ameaças da comunidade (por freguesia ou localidade). Qualquer uma das
duas medidas de acção (A e B) sugeridas não isenta a apresentação textual a distribuir no
distrito e a divulgação oral em seminário ou encontro por município.

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O contacto dos órgãos governamentais central e municipal com o texto final produzido pelas
comunidades envolvidas é de fundamental importância, uma vez que os executores da
prevenção percebem, tomam conhecimento, avaliam, envolvem e ficam com a identificação
real dos riscos iminentes. Segundo o Eird (2006), o Mapa de Risco Integrado é o resultado do
levantamento de todos os grupos participantes do processo de prevenção e fortalecimento da
protecção contra desastres naturais.
Nível Nível Nível
ÁREAS SWOT
Nacional Municipal Freguesia/Comunidade
Avaliação Risco
Desastre
Planeamento e
Monitorização da
Gestão do Risco
Prevenção e
Mitigação do Desastre
Integração da Gestão
do Risco no
Desenvolvimento do
Planeamento

Figura 3.1. – Matriz do Sistema da Gestão do Risco do Desastre e Análise das Variáveis
SWOT para os níveis de execução da prevenção

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ONG´s Comunidade/
ETAPA Organismos Públicos
Associações Cidadão
9Análise situacional e 9Participação no 9Envolvimento nos
reconhecimento dos perigos e planeamento e no Grupos Auto-
riscos com suporte científico. mapeamento das áreas Protecção contra
9Promulgação de legislação de risco e perigo. Desastres Naturais.
para prevenção de desastres 9Organização de 9Sensibilização e
naturais. grupos de auto- reconhecimento das
9Criação de equipa prevenção e áreas de perigo e
especialista e cargos fortalecimento riscos iminentes.
exclusivos e justificados para contínuo. 9Participação nas
prevenção de desastres 9Fiscalização em actividades
naturais. articulação com os voluntárias e na
9Articulação, construção e organismos públicos da formação em
integração do sistema de implementação das prevenção de
previsão e alerta entre órgãos medidas de prevenção desastres naturais.
Pré-Evento
executores da prevenção. de desastres naturais e
(Prontidão)
9Sinalização das áreas de áreas interditadas.
perigo e risco e justificável 9Manutenção das
interdição. informações e vigília no
9Proactividade e terreno.
planeamento das respostas de 9Organização de
emergência. seminários, encontros
9Divulgação dos resultados de esclarecimento para
dos exercícios simulacros. a formação e cultura da
9Educação para a Prevenção auto-protecção contra
dos Desastres Naturais e desastres naturais
Elaboração dos Programas de
Formação em Prevenção.
9Criação do sistema de
seguro de vida.

Tabela 1 – Etapas e actividades para os diferentes executores da prevenção

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ONG's Comunidade/
ETAPA Organismos Públicos
Associações Cidadão
9Definição do Centro de 9Divulgação não 9Abrigo
Operações e distribuição alarmista da acção domiciliário ou
dos espaços e apoios. emergencial. comunitário.
9Levantamento imediato 9Levantamento das 9Apoio
dos prejuízos e vítimas necessidades das vizinhança/comuni
Evento humanas. comunidades tário.
(Acção 9Estabelecimento da rede carenciadas. 9Participação
Resposta de de comunicações. 9Intervenção no grupo voluntária nas
Emergência) 9Fortalecimento dos auto-protecção contra actividades no
sistemas de recolha, desastres naturais. GADN.
processamento e 9Movimentação do 9Recolha das
divulgação dos dados. GADN na distribuição informações locais.
de alimentos,
medicamentos e roupas.
9Atribuição da 9Assistência pós- 9Participação na
responsabilização e cargos traumática e psicológica restauração e
para a gestão da das vítimas. reconstrução das
reconstrução. 9Participação e habitações
9Reconhecimento intervenção em tempo destruídas.
situacional anterior e actual real no planeamento da 9Participação no
dos prejuízos e vítimas. reconstrução. GADN.
9Definição, aprovação e 9Intervenção no grupo 9Alternativas e
Pós-Evento
estabelecimento do plano auto-protecção contra iniciativas para o
(Recuperação
director de reconstrução desastres naturais sustento e
ou reposição
para o local afectado. (GADN). independência
da
9Definição e distribuição 9Participação na económica.
normalidade)
do orçamento. reconstrução da 9Fontes geradoras
9Execução e fiscalização comunidade destruída. de sustentação
com carácter flexível dos 9Participação no laboral e de
projectos. relatório analítico sobre emprego.
9Elaboração do relatório a reconstrução. 9Assistência e
analítico orçamental, tratamento
técnico e pessoal do plano psicológico.
de reconstrução.

Tabela 1 (cont.) – Etapas e actividades para os diferentes executores da prevenção

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4. CONCLUSÕES, RECOMENDAÇÕES E REFLEXÕES FINAIS

Concluindo, tanto a análise do risco natural como a redução da vulnerabilidade, também


permitem mostrar porque não devem ser segregadas da vida quotidiana. A primeira, mostra
como os riscos envolvidos em “desastres” devem ser conhecidos pela população afectada
devido à vulnerabilidade criada para as mesmas, e a segunda responsabilização passa em
primeiro lugar, pelos gestores de desastre naturais. Particularmente, reconhece-se que uma
comunidade ciente do hazard é uma comunidade preparada.
Com recurso à investigação de Tobin e Montz (1997) apresenta-se uma série de
recomendações de extrema importância a nível político e social que podem ajudar a minimizar
o impacto de riscos naturais possíveis:
A - Orientação para o planeamento detalhado, não incluindo só os aspectos técnicos e
físicos das medidas de prevenção, mas impactos também projectados em interesses do
ambiente, administrativos, legais, políticos, económicos e sociais, vão reduzir o perigo de forma
eficiente. Promover o planeamento para perigos em que estes possam ser integrados com outras
práticas de planeamento a todos níveis do governo; planos devem ser compreensivos e
unificados, incorporação estrutural e adaptações não estruturais, deslocando zonas habitadas
para áreas apropriadas em estrutura social reduzindo a sua vulnerabilidade. A compreensão dos
múltiplos perigos deve ser alargada às populações.
B – Implementação da Cultura e Orientação Segurança (safe) através da execução de
políticas de licenciamento de construções seguras em locais seguros. Desincentivar para os
contornos da lei e regulamentação com interesses corporativos ou pessoais. A título de exemplo
ilustrativo, nos Estados Unidos, quem contornar os regulamentos terá que repor
convenientemente ou é excluindo do Programa Nacional de Seguro de Inundação. Foi definido
que comunidades que não cumpram de forma rigorosa os regulamentos de divisão em zonas de
inundação devem ser excluídas do programa de emergência nos seguintes desastres. O mesmo
se aplica a outros acontecimentos.

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As reconstruções seguintes a sismos ou cheias devem seguir critérios económicos e análise


de risco, isto é, há padrões que representam o nível alto de protecção que é rentável para um
dado nível de risco. Evitar ou ignorar tais padrões para reconstruir numa emergência não é
produtivo.
C – Fortalecimento das capacidades para a participação e envolvimento comunitário,
gestão do risco e uma educação para a Cultura SAFE através da sensibilização e apelo para
a participação e envolvimento dos cidadãos, formação sistemática de recursos humanos que
intervenham na prevenção e previsão de desastres naturais, alargando a consciência de perigos e
a sua redução direccionados para os agentes públicos e políticos que frequentemente decidem
sem conhecimento de causa.
A nível familiar conforme Granger e Hayne (2001), o conhecimento de que hazards podem
ocorrer na comunidade e a informação em como enfrentar em caso de impacto, as pessoas
podem desenvolver o próprio “ plano de desastres ”. Uma família com um auto-plano de
protecção contra desastres naturais deve incluir actividades tais como:
• Manter o terreno livre de material facilmente inflamável nas estações quentes (Primavera e
Verão);
• Guardar álbuns fotográficos de família e documentos em local seguro contra eventuais
situações de catástrofe e consequente ajuda nas buscas de algum familiar desaparecido;
• Guardar para situações de emergência gás, baterias, alimentos, e velas, gerador de corrente
eléctrica, assim como atestar o depósito do carro com combustível para situações como por
exemplo inundação ou aviso de ciclone.
• Aprender noções básicas de primeiros socorros e munir-se de um estojo adequado para pronto
auxílio.
• Manter o contacto com vizinhos, assegurando-se da consciência do estado de alerta,
especialmente idosos e pessoas sós a viver em locais isolados;

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• Em caso de necessidade de evacuação numa situação de inundação ou tempestade, mover os


bens para zonas livres de inundações. Isto tornará o processo menos traumático para a família,
reduzindo os encargos públicos em termos de abrigos e centros de evacuação, tanto para
pessoas como para animais.
• Manter o contacto com as notícias via estações de rádio, televisão ou jornais para estar
informado de avisos e acções emergenciais. Estas acções reduzirão a vulnerabilidade familiar,
assim como dos vizinhos e população em risco.
E para não concluir, dado ao aumento insustentável da poluição dos recursos hídricos,
mudanças climáticas e aumento dos desastres naturais, apresentam-se para reflexão final
algumas questões que devem ser colocadas a toda a sociedade:
- Até quando vamos manter a forma actual de exploração dos recursos naturais?
- Qual o limite das concentrações urbanas?
- Existe desenvolvimento sustentável no sistema político-económico vigente?

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5. GLOSSÁRIO (Fonte: ANPC)


Termos Técnicos Explicação
Acentuada subida do nível da água num curso de água, lago,
CHEIA
reservatório ou região costeira.
CONTROLO DE A gestão de recursos de água através da construção de barragens,
CHEIAS reservatórios, diques, etc, para evitar inundações.
É uma catástrofe que ocorre quando um evento físico perigoso, como
por exemplo, uma erupção vulcânica, um sismo, um desabamento, um
DESASTRE furacão, faz danos extensivos à propriedade, faz um grande número
NATURAL vítimas, ou ambas. Em áreas onde não há nenhum interesse
humano, os fenómenos naturais não resultam em desastres
naturais. (wikipédia)
Movimento de um talude constituído por solos ou material rochoso,
DESLIZAMENTOS no sentido da sua maior inclinação, induzido eventualmente pela
acção sísmica.
Vulcão é uma estrutura geológica criada quando o magma, gases e
ERUPÇÃO
partículas quentes (como cinzas) escapam para a superfície terrestre.
VULCÂNICA
(wikipédia)
O furacão é uma poderosa tempestade que produz ventos
FURACÃO extremamente rápidos. Na realidade, o furacão é um ciclone (uma
depressão) de forte intensidade.
As ondas elásticas produzidas durante um sismo. Há vários tipos de
ONDA SÍSMICA ondas sísmicas. No geral, correspondem a dois grupos: as ondas
volúmicas e as ondas superficiais.
Probabilidade para um período de tempo de referência para que
RISCO SISMÍCO ocorram perdas de vítimas humanas, de bens, afectação da actividade
de produção que pode ser expressa em percentagem de perda.
Um tremor ou vibração da litosfera e acontece quando as rochas que
a constituem, sujeitas a forças que as deformam continuamente,
SISMO
facturam ao longo de uma falha. Podem ter origem tectónica,
vulcânica e, mais raramente, antrópica.
Fenómeno que consiste num turbilhão de vento, tromba, sobre a
TORNADO
superfície terrestre.
Onda gerada no oceano por um sismo cujo epicentro se localiza no
mar. Apresenta um comprimento de onda muito elevado (a distância
TSUNAMIS entre 2 cristas consecutivas pode atingir os 90 quilómetros), podem
deslocar-se a grandes distâncias, com velocidades que podem ser
superiores a 800 quilómetros por hora.

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6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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(orgs). Ciência da Terra e Meio Ambiente: Diálogos para (inter) ações no Planeta. São
Leopoldo: Ed. Unisinos, 1999.133-146.
• CERRI, L. E. da S. e AMARAL, C. P. do (1998). “Riscos geológicos”. In: OLIVEIRA,
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entre-um-comboio-e-um-carro.rtp&article=275389
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