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Caracterização de Neossolos Flúvicos, Cambissolos e Cupinzeiros

Associados Utilizados na Agricultura de Subsistência do Médio


Jequitinhonha-MG
D. F. F. SIMÕES1(1), J. C. KER2(2), M. P. F. FONTES3(3), A. C. U. CORRÊA4(4), E. A. ARAÚJO5(5)

RESUMO – A agricultura de subsistência no Médio do Estado [1]. A região contempla amplos chapadões, com
Jequitinhonha é desensenvolvida praticamente sem a domínio de Latossolos Vermelho-Amarelos sob cerrado, e
utilização de nutrientes e, ou corretivos. As produções áreas dissecadas com relevo movimentado, onde o clima
“satisfatórias”, em clima bastante seco e com chuvas quente e seco e a superficialidade de rochas granitóides, e
concentradas de outubro a abril, são atribuídas a “força xistosas do Grupo Macaúbas, propiciaram a formação de
da terra”, como dizem os pequenos agricultores, solos bastante diferenciados, não sendo raros aqueles
sugerindo a fertilidade natural mais elevada dos solos. eutróficos e mesmo com argila de alta atividade [2].
Desta forma, este trabalho objetivou avaliar química, Garimpo, pastagem extensiva, agricultura de
física e mineralogicamente solos localizados em meia subsistência, artesanato com argila, etc. são as principais
encosta de áreas graníto-gnássicas (Cambissolos – P4, atividades econômicas da região, particularmente nas áreas
P5, P7 e P9) e Cambissolos de cupinzeiros, dissecadas e com relevo mais movimentado, contempladas
relacionados à fase murundu (P6 e P8), além de neste trabalho. Destacam-se os cultivos de mandioca, milho
Neossolos Flúvicos (P1, P2 e P3), na planície aluvial e feijão, além de hortaliças diversas nas chamadas “roças
de riacho afluente, e do próprio rio Jequitinhonha. de barranca”, bem próximas ao rio, em que a água para
Todos estes utilizados com agricultura de subsistência, “irrigação” é transportada nas costas e em latas, ou é
por longo tempo, no distrito de Pasmado, município de lançada diretamente do rio na cultura, com o auxílio de
Itaobim-MG, com o escopo de avaliar a fertilidade prato ou outra vasilha amarrada em vara de pau. Nas
natural destes solos e as possíveis fontes de nutrientes, baixadas aluviais verificam-se, também, pequenas lavouras
tanto na TFSA como nas frações areia e silte. Os de cana-de-açúcar, capineiras, pomares desordenados de
resultados obtidos indicaram solos bastante manga e coco-da-bahia.
diferenciados química e fisicamente, com predomínio Normalmente os agricultores utilizam um manejo
de solos eutróficos ou epi-eutróficos, à exceção do P3 bastante rudimentar nos cultivos de subsistência, com
(Neossolo Flúvico), P4 e P5 (Cambissolo Háplico), que preparo do solo, plantio, capinas e colheita com
apesar de distróficos não são álicos. Os teores de Ca2+, instrumentos manuais. A tração animal quase não é
Mg2+ encontram-se de médios a bons para a maioria utilizada. O fogo é, ainda hoje, uma prática de manejo
das plantas cultivadas, com exceção do P4. Os teores comum, tanto para a limpeza de áreas (“amanso”) como
de K+ e P variaram, também, de médios a bons, e os de para a incorporação de nutrientes via cinzas. A erosão é
Na+ não foram suficientes para caracterizar quaisquer preocupante e resulta da cobertura parcial do solo pela
dos solos como sódicos ou solódicos. A mineralogia caatinga em áreas declivosas.
das frações areia e silte mostraram-se similares, sendo Acredita-se que a produtividade das culturas, sem o uso
encontrados quartzo, K-feldspato, plagioclásio e mica, de nutrientes e corretivos, e dita como “satisfatória pelos
que aparecem como principais fontes de K+, Mg2+ e agricultores”, está relacionada à boa fertilidade natural dos
Ca2+. Os teores de cátions trocáveis constatados nestas solos, o que parece de acordo com Sumner [3], que
duas frações corroboram esta afirmativa. Os baseando-se em vários trabalhados desenvolvidos em solos
Cambissolos de murundus (P6 e P8), caracterizaram-se de climas semi-áridos destaca que quantidades
pelos valores mais elevados de Ca2+, P e MO da consideráveis de minerais primários intemperizáveis
superfície até profundidades maiores, indicando (feldspatos, anfibólios, micas etc.), tendem a manter altas
importante atividade biológica pretérita (páleo-cupins). atividades de íons cálcio, magnésio e potássio em solução.
Os resultados das análises químicas de rotina apontam A pobreza é grande, a renda familiar é complementada
para prováveis respostas à adubação fosfatada, por aposentadorias, programas sociais como bolsa escola,
nitrogenada e, talvez, potássíca, nos solos estudados. O cerâmica artesanal (importante papel da mulher) e
déficit hídrico é, talvez, o principal fator limitante ao migração temporária, sobretudo de homens, para a colheita
uso agrícola dos solos. Mesmo no período chuvoso são de café no sul e no cerrado de Minas, e da cana-de-açucar
comuns veranicos mais longos. em São Paulo, principalmente.
Foi objetivo deste trabalho avaliar física, química e
mineralogicamente Cambissolos e nurundus associados e
Introdução Neossolos Flúvicos utilizados na agricutura de subsistência
em Itaobim-MG, sob condições de sequeiro.
Localizada no nordeste de Minas Gerais e inserida
na área do Polígono das Secas, a região do Médio Palavras-Chave: solos; cupinzeiros; agricultura
Jequitinhonha é tida como uma das mais secas e pobres familiar
com exceção do P3, e parte dos Cambissolos, inclusive os
de cupinzeiros, mostraram-se eutróficos, os Cambissolos
Material e métodos P4 e P5 revelaram-se distróficos, mas não álicos. Além do
material de origem, é provável que estes últimos solos, por
A. Caracterização da Área encontrarem-se em áreas de meia encosta, susceptíveis a
A área de estudo localiza-se no distrito de Pasmado, erosão, os processos de perda tenham sido mais intensos,
comunidade rural situada cerca de 17 km do município ocasionando a distrofia.
de Itaobim (Vale do Jequitinhonha-Minas Gerais). O Em todos os solos, os teores de Ca2+ e Mg2+ encontram-
clima, de acordo com a classificação de Köppen, é do se de médios a bons, para a maioria das plantas cultivadas
tipo Bsw com precipitação anual inferior a 1000 mm, e [8], nos horizontes superficiais, à exceção do Cambissolo
índice pluviométrico médio de 705 mm [4,5]. A P4. É interessante destacar a tendência dos maiores teores
litologia é composta basicamente por rochas graníticas de Ca2+ e P, nas camadas dos Cambissolos de murundus,
- Água Boa [5]. sugerindo grande ciclagem destes elementos, no passado
Foram selecionados nove perfis de solos (os murundus não estão mais colonizados). Os teores de K+
representativos da área, compreendendo 3 Neossolos também variaram de médios a bons nos horizontes
Flúvicos (P1, P2, e P3), 4 Cambissolos Háplicos (P4, superficiais. Estes resultados indicam prováveis respostas
P5, P7 e P9) e 2 Cambissolos Háplicos (P6 e P8), estes às adubações fosfatadas potássicas e, certamente,
últimos coletados em camadas, a cerca de 10 metros do nitrogenadas nestes solos, mesmo considerando as reservas
P7 e do P9, em murundus seccionados ao meio de alguns destes elementos nas frações areia e silte (Fig. 1).
(cupinzeiros descolonizados). Todos os solos são Os teores de Na+ não se mostraram elevados em nenhum
utilizados com agricultura de subsistência típica do dos solos estudados, portanto, não se enquadrando como
Vale do Jequitinhonha (milho, feijão, mandioca, etc.). sódicos ou solódicos em níveis categóricos mais baixos,
especialmente os Neossolos Flúvicos [9].
B. Caracterização dos solos Destaca-se aqui, o fato da obtenção de valores
As determinações físicas consistiram de análise consideráveis de íons trocáveis nas frações areia e silte dos
textural e de argila dispersa em água [6]. Cambissolos, incluindo aqueles dos murundus (Tabela 2).
As análises químicas constaram de pH em água e em Isto demonstra a contribuição destes íons na CTC, e que
KCl 1 mol L-1. Os teores de Ca2+, Mg2+ e Al3+ foram resulta em valores elevados de CTC corrigida para argila
extraídos com solução de KCl 1 mol L-1 e quantificados (solos Ta), e não condizentes com a mineralogia da fração
por espectrofotometria de absorção atômica e por argila.
titulação em NaOH 0,025 mol L-1, respectivamente. K+ C. Características mineralógicas
e Na+ foram extraídos com solução de HCl 0,05 mol L-
1
e quantificados por fotometria de chama. O fósforo A difratometria de raios-X das frações areia e silte de
disponível foi extraído com a solução Melich-1 e horizontes selecionados dos solos estudados mostrou a
determinado por colorimetria [6]. presença de quartzo, feldspato, plagioclásio e mica (Fig. 1),
A análise mineralógica foi realizada nas frações areia principais fontes de K+, Mg2+ e Ca2+ nestes solos. A média
e silte, e seus componentes mineralógicos determinados fertilidade natural dos solos e esta reserva são os prováveis
por difratometria de raios-X [7]. motivos da utilização destes solos, por décadas, com a
agricultura de subsistência, sem o uso de nutrientes e
Resultados e discussão
corretivos. A produtividade de milho na faixa de 500 kg ha-
1
A. Características físicas (informação obtida na Emater de Itaobim-MG), é muito
baixa, indicando que a adubação pode ser uma das
Os solos estudados apresentam texturas variadas alternativas para a obtenção de melhores safras e lucros.
(Tabela 1). Esta variação é marcante nas camadas dos
Neossolos Flúvicos, que apresentam textura média. A
Agradecimentos
textura dos Cambissolos variou de média a argilosa,
com tendência de maiores valores de argila no Os autores agradecem ao CNPq e FAPEMIG pelo
horizonte B, sem, contudo, caracterizar um horizonte apoio financeiro.
Bt. A erosão diferencial de argila parece a melhor
explicação para este fato. A expressiva participação da
fração areia, a mineralogia da fração areia e silte, além Referências
das relações silte/argila mais elevadas, sugerem [1] MINAS GERAIS, Secretaria de Estado do Planejamento e
intemperização não muito acentuada nos Cambissolos. Coordenação Geral 1994. Perfil sócio-econômico da região de
Isto é explicado pelas condições climáticas secas e planejamento IX Jequitinhonha/Mucuri. Belo Horizonte,. v. 9, 144p.
[2] CAMPOS, J. C. F. 1998. Solos geomorfologia e evolução da
quentes na área. paisagem no Alto e Médio Jequitinhonha, Minas Gerais. Tese de
Mestrado, Curso de Pós-Graduação em Solos e Nutrição de Plantas,
B. Características químicas
UFV, Viçosa.
Apesar da similaridade morfológica dos solos, [3] SUMNER, M. E 1995. Sodic soils: new perspectives. In: NAIDE,
particularmente os Cambissolos, verificou-se diferença R.; SUMNER, M. E. & RENGASEMY, P. (Eds.). Australian sodic
soils: distribution, properties and management. East Melbourne:
quanto à soma e saturação por bases nos solos
CSIRO. p.1-34.
estudados (Tabela 1). Enquanto os Neossolos Flúvicos,
[4] ANA. Agência Nacional das Águas. 2001 [Online]. Sistema de
informaçoes hidrológicas.
Homepage: http://hidroweb.ana.gov.br/
[5] CPRM. Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais. 2003.
Mapa geológico de Minas Gerais. Belo
Horizonte:CPRM/COMIG. Escala 1:1.000.000. Meio Digital.
[6] EMBRAPA. 1997. Centro Nacional de Pesquisa de Solos.
Manual de métodos de análise de solo. Rio de janeiro, RJ.
212p.
[7] WHITING, L. D. & ALLARDICE, W. R.1986. X ray
diffraction techniques. In: KUTER, A. (Ed.).Methods of soil
analysis. Part 1. Physical and mineralogical properties. 2 ed.
Madison. American Society of Agronomy. p.331-362.
[8] CFSEMG. 1999. Comissão de fertilidade do Solo do estado de
Minas Gerais. Recomendações para o uso de corretivos e
fertilizantes em Minas Gerais. 5 ap. 359p.
[9] EMBRAPA. 1999. Centro Nacional de Pesquisa de Solos.
Sistema brasileiro de classificação de solos. Rio de janeiro:
EMBRAPA solos. 412p.
Tabela 1. Características físicas e químicas dos solos do Médio Jequitinhonha.

Prof. Composição Granulométrica da TFSA


2+ 2+ + + 3+
Horiz. AG AF Silte Arg ADA GF S/A pH Ca Mg Na K Al H+Al S T V m P MO
cm -1 -3 -3 -1
---------------g kg --------------- % H2O --------------------------------cmolc dm ------------------------------- % mg dm dag kg
P1 - Neossolo Flúvico Tb Eutrófico
A 0-17 40 730 150 80 30 63 1,9 6,8 1,8 0,6 0,0 0,2 0,0 0,2 2,6 2,9 89,0 0,0 4,3 1,1
AC1 -40 60 710 130 100 60 40 1,3 6,8 1,4 0,5 0,0 0,4 0,0 0,3 2,3 2,6 88,4 0,0 1,3 0,5
AC2 -60 110 680 110 100 60 40 1,1 6,3 1,3 0,5 0,0 0,1 0,0 0,6 1,9 2,6 73,0 0,0 1,8 0,4
2C1 -78 100 630 120 150 90 40 0,8 6,1 1,8 0,8 0,0 0,1 0,0 0,7 2,7 3,4 79,4 0,0 1,8 0,4
2C2 -110 110 530 170 190 170 11 0,7 5,6 1,9 1,4 0,3 0,1 0,0 0,1 3,7 4,2 85,0 0,0 2,5 0,4
2C3 140+ 120 570 90 220 170 23 0,4 6,0 1,5 1,9 0,0 0,1 0,0 1,4 3,5 4,9 71,4 0,0 3,1 0,3
P2 - Neossolo Flúvico Tb Eutrófico
A 0-10 460 250 130 160 140 13 0,8 6,3 2,5 1,1 0,0 0,5 0,0 2,6 4,1 6,7 61,1 0,0 28,9 2,1
AC -30 490 150 220 140 120 14 1,6 6,4 2,9 0,8 0,0 0,3 0,0 1,9 4,0 6,1 65,5 0,0 7,7 1,4
2C1 -50 550 130 210 110 100 9 1,9 6,6 0,0 0,5 0,0 0,2 0,0 0,9 0,7 1,6 43,7 0,0 5,9 0,9
2C2g -90 510 110 180 200 160 20 0,9 6,7 1,0 0,9 0,0 0,2 0,0 0,8 2,1 2,9 72,4 0,0 3,8 0,8
P3 - Neossolo Flúvico Tb Distrófico
A1 0-18 0 370 470 160 100 38 2,9 6,7 2,7 1,7 0,0 0,2 0,0 2,2 4,7 6,8 68,0 0,0 4,0 2,4
AC3 -77 50 810 110 30 20 33 3,7 5,9 0,9 0,4 0,0 0,1 0,0 1,9 1,4 3,3 42,8 0,0 2,6 0,6
2C3 -103 120 710 120 50 40 20 2,4 6,0 1,2 0,6 0,0 0,1 0,0 2,1 1,8 3,9 46,8 0,0 2,5 0,6
2C5 -130 30 620 260 90 70 22 2,9 6,0 1,5 0,8 0,0 0,1 0,0 3,0 2,3 5,3 43,3 0,0 0,7 0,9
P4 - Cambissolo Háplico Tb Distrófico
A 0-5 430 150 120 300 210 30 0,4 4,8 0,7 0,5 0,0 0,3 0,3 4,5 1,8 6,2 29,0 4,8 6,1 2,1
BA -18 440 100 120 340 260 22 0,3 4,9 0,3 0,6 0,0 0,4 0,2 3,0 1,5 4,3 34,8 4,6 4,3 1,4
Bi2 -70 380 120 140 360 260 28 0,4 4,7 0,1 0,2 0,0 0,3 0,5 5,2 1,1 5,8 18,9 8,6 7,4 1,5
Bi4 210+ 390 150 90 370 240 35 0,2 4,8 0,6 0,9 0,4 0,0 0,0 2,3 1,9 3,9 48,7 0,0 3,9 0,5
P5 - Cambissolo Háplico Tb Distrófico
A 0-15 470 160 110 260 200 23 0,4 6,0 2,2 1,1 0,0 0,0 0,0 3,2 3,3 7,0 47,1 0,0 2,0 2,3
Bi -100 330 130 150 390 300 23 0,4 5,5 0,3 0,6 0,0 0,5 0,2 2,5 1,6 3,9 41,0 5,1 2,3 0,4
R 100+ 760 100 100 40 30 25 2,5 6,0 0,4 0,9 0,0 0,3 0,0 0,8 1,6 2,4 66,7 0,0 0,7 0,1
P6 - Murundu
1ª C. 0-15 530 160 130 180 130 28 0,7 5,7 2,3 0,7 0,0 0,3 0,0 2,7 3,3 6,0 55,0 0,0 19,4 1,3
2ª C. -0 490 180 130 200 130 35 0,6 5,9 2,7 0,6 0,0 0,2 0,0 2,0 3,5 5,5 63,6 0,0 20,9 1,1
3ª C -50 400 240 150 210 160 24 0,7 6,0 3,5 0,4 0,0 0,1 0,0 2,5 4,0 6,6 60,6 0,0 19,5 1,4
4ª C. -75 400 230 150 220 160 27 0,7 7,3 4,6 0,4 0,0 0,1 0,0 0,6 5,1 5,8 87,9 0,0 40,1 1,0
5ª C. -100 440 210 140 210 150 29 0,7 7,7 4,4 0,8 0,0 0,1 0,0 0,3 5,3 5,6 94,6 0,0 156,5 0,8
6ª C. -125 500 170 150 180 120 33 0,8 8,2 4,3 0,9 0,0 0,1 0,0 0,3 5,3 5,7 92,9 0,0 102,7 0,4
7ª C. 200+ 480 190 130 200 140 30 0,6 8,2 3,2 1,0 0,0 0,2 0,0 0,3 4,4 4,7 93,6 0,0 20,7 0,3
P7 - Cambissolo Háplico Ta Eutrófico
A 0-12 640 160 110 90 40 56 1,2 6,6 2,8 0,8 0,0 0,3 0,0 1,2 3,9 5,1 76,4 0,0 29,4 1,5
BA -32 490 250 130 130 30 77 1,0 6,9 1,4 0,6 0,0 0,3 0,0 1,2 2,3 3,6 63,8 0,0 13,3 0,8
Bi2 120+ 430 220 150 200 140 30 0,7 6,2 0,8 0,8 0,0 0,3 0,0 2,1 1,9 3,9 48,7 0,0 2,8 0,5
P8 - Murundu
1ª C. 0-15 410 140 120 330 210 36 0,4 5,5 3,2 0,7 0,0 0,4 0,0 2,9 4,3 7,2 59,7 0,0 9,3 1,4
2ª C. -0 380 130 150 340 230 32 0,4 5,2 4,2 0,6 0,0 0,1 0,0 2,3 4,9 7,2 68,0 0,0 4,3 1,6
3ª C -50 350 180 130 340 260 24 0,4 5,4 4,8 0,7 0,0 0,1 0,0 1,9 5,6 7,5 74,6 0,0 9,5 1,6
4ª C. -75 370 160 150 320 260 19 0,5 5,1 4,5 0,7 0,0 0,1 0,0 2,4 5,3 7,7 68,8 0,0 12,1 1,5
5ª C. -100 350 160 190 300 250 17 0,6 5,9 5,4 0,9 0,0 0,1 0,0 0,9 6,4 7,3 87,6 0,0 37,9 0,9
6ª C. -125 390 140 210 260 220 15 0,8 6,8 4,7 0,9 0,0 0,2 0,0 1,0 5,8 6,8 85,2 0,0 24,6 0,5
7ª C. 200+ 370 150 260 220 190 14 1,2 7,5 5,1 1,6 0,0 0,3 0,0 0,7 7,0 7,8 89,7 0,0 7,4 0,3
P9 - Cambissolo Háplico Tb Eutrófico
A 0-10 550 160 110 180 130 28 0,6 6,5 2,0 0,8 0,0 0,4 0,0 2,5 3,2 5,7 56,1 0,0 7,7 1,3
Bi2 -100 410 160 150 280 240 14 0,5 6,3 1,3 0,5 0,0 0,5 0,0 1,6 2,3 3,9 58,9 0,0 1,1 0,8
Tabela 2. Características químicas das frações areia e silte.

Areia Silte
Prof.
Horiz. Ca2+ Mg2+ Na+ K+ Ca2+ Mg2+ Na+ K+
-3
cm ----------------------------------------cmolc dm ---------------------------------------
P1 - Neossolo Flúvico Tb Eutrófico
A 0-17 0,3 0,1 0,1 0,1 1,5 0,3 0,0 0,2
AC1 -40 0,2 0,1 0,2 0,1 0,9 0,2 0,0 0,1
AC2 -60 0,1 0,0 0,1 0,1 0,8 0,2 0,0 0,0
2C1 -78 0,1 0,0 0,1 0,1 0,9 0,2 0,0 0,0
2C2 -110 0,1 0,1 0,1 0,1 0,7 0,3 0,0 0,0
2C3 140+ 0,1 0,2 0,1 0,1 0,5 0,4 0,0 0,0
P2 - Neossolo Flúvico Tb Eutrófico
A 0-10 0,6 0,3 0,1 0,2 2,3 0,4 0,0 0,1
AC -30 0,4 0,1 0,0 0,1 1,5 0,1 0,0 0,1
2C1 -50 0,3 0,1 0,3 0,1 0,3 0,0 0,0 0,1
2C2g -90 0,3 0,1 0,1 0,1 0,3 0,1 0,0 0,1
P3 - Neossolo Flúvico Tb Distrófico
A1 0-18 1,49 0,56 0,11 0,12 1,55 0,46 0,00 0,05
AC3 -77 1,20 0,42 0,46 0,09 0,90 0,35 0,00 0,04
2C3 -103 0,90 0,31 0,48 0,09 0,82 0,17 0,00 0,04
2C5 -130 0,91 0,37 0,25 0,10 0,80 0,21 0,00 0,05
P4 - Cambissolo Háplico Tb Distrófico
A 0-5 0,4 0,2 0,2 0,2 0,7 0,1 0,0 0,1
BA -18 0,1 0,2 0,2 0,2 0,4 0,1 0,0 0,1
Bi2 -70 0,2 0,3 0,3 0,2 0,3 0,0 0,0 0,1
Bi4 210+ 0,3 0,3 1,0 0,3 0,5 0,2 0,0 0,1
P5 - Cambissolo Háplico Tb Distrófico
A 0-15 0,5 0,2 0,2 0,2 1,3 0,2 0,0 0,1
Bi -100 0,4 0,2 0,1 0,2 0,3 0,1 0,0 0,1
R 100+ 0,2 0,5 1,3 0,4 0,6 0,4 0,0 0,1
P6 - Murundu
1ª C. 0-15 0,2 0,1 0,1 0,1 0,8 0,0 0,0 0,1
2ª C. -0 0,3 0,1 0,3 0,1 0,8 0,0 0,0 0,1
3ª C -50 0,4 0,1 0,3 0,1 1,1 0,0 0,0 0,1
4ª C. -75 0,9 0,1 0,1 0,1 2,0 0,1 0,2 0,1
5ª C. -100 0,9 0,2 0,3 0,1 1,5 0,1 0,0 0,1
6ª C. -125 1,7 0,3 0,5 0,2 2,0 0,4 0,0 0,1
7ª C. 200+ 0,9 0,3 0,4 0,2 1,2 0,3 0,0 0,1
P7 - Cambissolo Háplico Ta Eutrófico
A 0-12 0,3 0,1 0,1 0,2 1,8 0,1 0,0 0,1
BA -32 0,2 0,1 0,2 0,2 0,3 0,0 0,0 0,1
Bi2 120+ 0,1 0,1 0,1 0,1 0,2 0,0 0,0 0,0
P8 - Murundu
1ª C. 0-15 0,7 0,2 0,3 0,2 1,1 0,1 0,0 0,1
2ª C. -0 1,2 0,4 0,5 0,2 1,6 0,1 0,0 0,1
3ª C -50 1,1 0,2 0,2 0,1 1,5 0,1 0,0 0,1
4ª C. -75 0,9 0,2 0,5 0,2 1,3 0,1 0,0 0,1
5ª C. -100 2,2 0,6 0,2 0,2 1,9 0,2 0,0 0,1
6ª C. -125 2,7 0,6 0,2 0,3 2,5 0,4 0,1 0,1
7ª C. 200+ 3,7 0,6 0,9 0,4 2,9 0,6 0,1 0,1
P9 - Cambissolo Háplico Tb Eutrófico
A 0-10 0,4 0,2 0,0 0,2 1,8 0,3 0,0 0,1
Bi2 -100 0,3 0,1 0,0 0,2 0,6 0,1 0,0 0,1
Qz
Mi Qz Qz Pg
Pg
Fd Mi Pg Fd Fd

P5
P5

P4 P4

P3 P3

P2 P2

P1 P1

5 10 15 20 25 30 35 40 45 5 10 15 20 25 30 35 40 45
Graus 2 θ Graus 2 θ

Figura 1. Difratogramas de raios X da fração areia dos Figura 2. Difratogramas de raios X da fração silte dos
horizontes 2C1 (P1 e P2) e 2C5 (P3) dos Neossolos Flúvicos, horizontes 2C1 (P1 e P2) e 2C5 (P3) dos Neossolos Flúvicos,
e do Bi4 e Bi dos Cambissolos (P4 e P5). e do Bi4 e Bi dos Cambissolos (P4 e P5).

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