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FARMÁCIA HOSPITALAR

Expediente

Publicação do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo - Abril/2007

DIRETORIA REDAÇÃO
Raquel Rizzi Grecchi Cristina Sanches
presidente Eliane Morais Pinto
Álvaro Fávaro Júnior Gustavo Alves Andrade dos Santos
vice-presidente Janeth Tieko Nishida Suzuki
Hellen Harumi Miyamoto José Ferreira Marcos
secretária-geral Maria Elena de Amorim
Pedro Eduardo Menegasso Márcia Rodrigues Vazquez Pauferro
diretor-tesoureiro Paolo Beneduce Padron
Reginaldo de Oliveira Giraud
Sandra Cristina Brássica
COMISSÃO ASSESSORA Suzana Zaba Walczak
DE FARMÁCIA HOSPITALAR
José Ferreira Marcos
coordenador
Gustavo Alves Andrade dos Santos
vice-coordenador

• PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO: Andréia Yamani


• IMPRESSÃO: Rettec Ar tes Gráficas • TIRAGEM: 3.000 exemplares
2 COMISSÃO ASSESSORA DE FARMÁCIA HOSPITALAR
APRESENTAÇÃO

A Comissão Assessora de Farmácia Hospitalar do CRF-SP visa, através desta cartilha,


apresentar a amplitude de atividades que podem ser desenvolvidas pelo farmacêutico
dentro de um Hospital, não importe seu perfil.

Trata-se de um segmento das Ciências Farmacêuticas composto por diversas linhas


de atuação das quais destacamos: dispensação, farmácia clínica, manipulação e tecnologia
farmacêutica, gestão de estoques, farmacoepidemiologia, legislação farmacêutica, atenção
farmacêutica, entre outras atividades.

Esta Comissão abriga desde o iniciante até aquele com larga bagagem e nos seus
encontros mensais unifica as ações permeando-as para o engrandecimento profissional.

Enfim, através desta obra, objetivamos apresentar aos colegas que chegam, ou aos já
atuantes, o quão importante é sua atitude de exercer com domínio, perseverança e
conhecimento nesta área de atuação.

COMISSÃO ASSESSORA DE FARMÁCIA HOSPITALAR 3


SUMÁRIO

Introdução ............................................................................................................................................................... 5

Definição .................................................................................................................................................................. 8

O Profissional (perfil e atribuições) ......................................................................................................... 9


I - Perfil do Farmacêutico Hospitalar
II - Atribuições

Indicadores de qualidade ............................................................................................................................ 17

A Comisssão Assessora de Farmácia Hospitalar ........................................................................... 18


• Objetivos da Comissão de Farmácia Hospitalar

Você sabia que ................................................................................................................................................... 20

Legislação aplicada à Farmácia Hospitalar ......................................................................................... 21

Sites interessantes ........................................................................................................................................... 23

Referências Bibliográficas ............................................................................................................................ 25

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INTRODUÇÃO

A profissão farmacêutica pode ser considerada como uma das mais antigas e fascinantes,
tendo como seu princípio fundamental a cura e a melhoria da qualidade de vida da
população. O farmacêutico deve nortear-se pela ética, apresentando-se como essencial
para a sociedade, pois é a garantia do recebimento de toda a informação adequada e
voltada ao uso do medicamento.

Ainda sobre seus aspectos históricos, as atividades farmacêuticas datam da época de


gregos e troianos e, por muitos anos, foram confundidas com as atividades médicas,
sendo separadas somente alguns séculos depois.

No segmento hospitalar, podemos afirmar que no começo do século XX, a Farmácia


se apresentava como imprescindível ao funcionamento normal do hospital, talvez
fosse a unidade mais evoluída, no seu antigo e verdadeiro conceito, sempre de presença
obrigatória e jamais esquecida pelas administrações, pois mantinha seu papel na
preparação de receitas magistrais e oficinais.

A par tir de 1930, e de forma mais importante em meados de 1940, de modo


crescente, acentuou-se a influência da indústria farmacêutica que levou a mudança do
conceito de Farmácia, que de manipuladora ativa se transformava passivamente em
simples dispensário de medicamentos, onde o corpo técnico de farmacêuticos foi
sendo substituído por leigos. Isto ocorreu em todo o âmbito farmacêutico.

A partir de 1950, os Serviços de Farmácia Hospitalar, representados na época pelas


Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Escola, passaram a se desenvolver e a se
modernizar. O professor José Sylvio Cimino, diretor do Serviço de Farmácia do Hospital
das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, foi o farmacêutico

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que mais se destacou nesta luta, sendo, inclusive, o autor da primeira publicação a
respeito da Farmácia Hospitalar no país. De acordo com esta publicação e com a
visão da época, o principal objetivo da Farmácia Hospitalar era produzir e distribuir
medicamentos e produtos afins às unidades requisitantes e servir ao Hospital como
órgão controlador da qualidade dos produtos, não só químicos como alimentícios
adquiridos para seu consumo, assim como cooperar pelas suas seções competentes,
nas pesquisas, diagnósticos e investigações científicas da entidade. O professor Cimino
definiu Farmácia Hospitalar como “unidade tecnicamente aparelhada para prover as
clínicas e demais serviços dos medicamentos e produtos afins de que necessitam
para normal funcionamento”.

Se até o início da década de 70, na Europa e nos Estados Unidos, os objetivos da


Farmácia eram restritos, ficando apenas na obrigatoriedade de distribuir produtos
industrializados aos pacientes, no Brasil não era diferente, e o farmacêutico hospitalar
tinha como função o fornecimento dos medicamentos e o controle dos psicotrópicos
e entorpecentes.

As funções do farmacêutico hospitalar no Brasil foram definidas a partir da Resolução


208, do Conselho Federal de Farmácia, em 19 de junho de 1990, embasadas em
publicação espanhola que regulamenta o exercício em Farmácia de Unidade Hospitalar,
sendo depois atualizada através da resolução 300 no ano de 1997.

A par tir dos anos 90 a Farmácia Hospitalar brasileira passa a ser essencialmente
assistencial e com um enfoque logístico muito importante.

A Portaria do Ministério da Saúde 3916/98 criou a Política Nacional de Medicamentos,


a Política Nacional de Saúde definiu as premissas e diretrizes, e ambas estabeleceram
a reorientação da Assistência Farmacêutica voltando-se, fundamentalmente, à

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promoção do uso racional, otimizando e efetivando os sistemas de acesso e
dispensação.

A valorização do farmacêutico se dá quando a Política de Medicamentos enfatiza o


processo educativo dos usuários e consumidores relativo à adesão do tratamento e
aos riscos de automedicação, valorizando as atividades ao subscritor (dispensador),
sobretudo, no estabelecimento de saúde.

A farmácia é um setor do hospital que necessita de elevados valores orçamentários e


o farmacêutico hospitalar deve estar habilitado a assumir atividades clínico-assistenciais
(par ticipação efetiva na equipe de saúde), contribuindo para a racionalização
administrativa com conseqüente redução de custos.Tem como principal função garantir
a qualidade da assistência prestada ao paciente, por meio do uso seguro e racional de
medicamentos e materiais médicos hospitalares, adequando sua aplicação à saúde
individual e coletiva, nos planos assistencial, preventivo, docente e investigativo.

É importante salientar que os tópicos citados neste manual podem apresentar variações
de uma entidade hospitalar para outra, dependendo das características específicas. A
estrutura do setor e o desenvolvimento profissional do farmacêutico serão assuntos
discutidos mais adiante. O perfil ético e técnico deste profissional deve ser diferenciado,
de modo que se garanta uma atuação de qualidade nos diversos setores hospitalares,
por meio de equipe multidisciplinar.

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DEFINIÇÃO

A Farmácia Hospitalar é um órgão de abrangência assistencial, técnico-científica e


administrativa, em que se desenvolvem atividades ligadas à produção, armazenamento,
controle, dispensação e distribuição de medicamentos e materiais médico-hospitalares.
É igualmente responsável pela orientação de pacientes internos e ambulatoriais, visando
sempre a eficácia da terapêutica, racionalização dos custos, voltando-se também para
o ensino e a pesquisa, propiciando assim um vasto campo de aprimoramento
profissional.

A legislação que regulamenta o exercício profissional da Farmácia em Unidade


Hospitalar é a Resolução nº. 300, de 30 de janeiro de 1997. De acordo com esta
resolução, “Farmácia Hospitalar é uma unidade técnico-administrativa dirigida por um
profissional farmacêutico, ligada funcional e hierarquicamente a todas as atividades
hospitalares”.

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O PROFISSIONAL (Perfil e Atribuições)

“O farmacêutico é o profissional que melhores condições reúne para orientar o


paciente sobre o uso correto dos medicamentos, esclarecendo dúvidas e
favorecendo a adesão e sucesso do tratamento prescrito”
(Rech, 1996; Carlini,1996).

Em 1997, a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou um documento


denominado “The role of the pharmacist in the health care system” (“O papel do
farmacêutico no sistema de atenção à saúde”) em que se destacaram 7 qualidades
que o farmacêutico deve apresentar. Foi, então, chamado de farmacêutico 7 estrelas.

Este profissional 7 estrelas deverá ser :


Prestador de serviços farmacêuticos em uma equipe de saúde;
Capaz de tomar decisões;
Comunicador;
Líder ;
Gerente;
Atualizado permanentemente;
Educador.

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I Perfil do Farmacêutico Hospitalar
O farmacêutico hospitalar deve estar habilitado a ser o responsável por todo fluxo
logístico de medicamentos e materiais médico-hospitalares, além do exercício da
Assistência Farmacêutica.

Suas principais atribuições são voltadas para:

organização e gestão: administra a seleção de medicamentos, aquisição, estocagem,


sistemática de distribuição de medicamentos e materiais médico-hospitalares;
participação nas equipes de suporte nutricional e quimioterapia;
desenvolver farmacotécnica hospitalar;
controle de qualidade;
farmácia clínica;
farmacovigilância/tecnovigilância;
ensaios clínicos, radiofármacos e
ensino e pesquisa.

Assistência Farmacêutica
A Assistência Farmacêutica caracteriza-se como um conjunto de ações relacionadas à
dispensação de medicamentos, enfatizando a orientação com o objetivo de contribuir
para o sucesso da terapêutica.

Por meio da Assistência Farmacêutica, o profissional torna-se co-responsável pela qualidade


de vida do paciente. Sua ação envolve o abastecimento e o controle de medicamentos
em todas as etapas do fluxo do medicamento (da aquisição à dispensação).

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Atenção Farmacêutica
É o conjunto de ações e serviços que visam assegurar a assistência integral, a promoção, a
proteção e a recuperação da saúde nos estabelecimentos públicos ou privados, desempenhados
pelo farmacêutico ou sob sua supervisão. (Resolução Nº. 357/2001 do CFF).

II Atribuições
Destacamos as principais atribuições do farmacêutico dentro das instituições
hospitalares salientando que, em relação às características e a complexidade delas,
pode ser necessária a participação em outras atividades.

a) Planejamento, aquisição, armazenamento, distribuição e descarte de


medicamentos e materiais médico-hospitalares
O farmacêutico é o responsável legal por todo o fluxo do medicamento dentro
da unidade hospitalar, tendo papel fundamental na seleção de medicamentos
(padronização), elaboração de normas e controles que garantam a sistemática de
distribuição e critérios de qualificação de fornecedores.
Deve haver controles administrativos específicos para itens sob regime de vigilância
legal, tais como a Portaria 344/98, nutrição parenteral, entre outros.
A distribuição de medicamentos deve garantir que ele chegue ao paciente de
forma segura e eficiente.
A legislação específica que regulamenta as normas para aquisição de bens no serviço
público é a Lei nº 8.666 de 21/06/1993, que regulamenta o art. 37, inciso XXI da
Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da administração
pública e dá outras providências. Os farmacêuticos, servidores públicos federais,
estaduais ou municipais, atuando em qualquer área que envolva a utilização de

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dinheiro público, devem conhecer as determinações desta lei, sob pena de incorrer
nas penas previstas, que prevêem detenção e multa.

b) Manipulação de fórmulas magistrais e oficinais


Proporcionar a qualquer momento, medicamentos com qualidade aceitável,
adaptados à necessidade da população que atende, contribuir com as demais áreas
da Farmácia Hospitalar, desenvolver fórmulas de medicamentos e produtos de
interesse estratégico e/ou econômico, fracionar e/ou “reenvasar” medicamentos
elaborados pela indústria farmacêutica a fim de racionalizar sua administração e
distribuição e ainda preparar, diluir ou “reenvasar” germicidas necessários para
realização de anti-sepsia, limpeza, desinfecção e esterilização.

c) Produção de medicamentos
Farmácia Hospitalar com escala produtiva industrial: segue todos os procedimentos
da industrialização de produtos farmacêuticos com a exigência de existência e
cumprimentos das Boas Práticas de Fabricação.
A produção de medicamentos em alguns hospitais visa atender a demanda da
instituição, geralmente restringe-se aos órfãos terapêuticos.

d) Pesquisas e atividades didáticas


Toda farmácia hospitalar deve possuir manual(is) de normas, rotinas e
procedimentos documentado(s), atualizado(s), disponível(is) e aplicado(s);
estatísticas básicas para o planejamento de melhorias; programa de capacitação e
educação permanente; evidências de integração com outros processos e serviços
da Organização.
O ensino se faz presente nos hospitais através da realização de estágios curriculares
de cursos de Farmácia ou especialização em Farmácia. Quanto maior a difusão do

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conhecimento, maior a capacitação e o prestígio do farmacêutico perante a
comunidade hospitalar.

e) Gerenciamento de Resíduos
Apresenta como principal objetivo minimizar a produção de resíduos e
proporcionar um encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando a proteção
dos trabalhadores, a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do
meio ambiente.

f) Farmácia Clínica
Segundo o Comitê de Farmácia Clínica da Associação Americana de Farmacêuticos
Hospitalares, esta área pode ser definida como: “Ciência da Saúde cuja
responsabilidade é assegurar mediante aplicação de conhecimentos e funções que
o uso do medicamento seja seguro e apropriado, necessitando, por tanto, de
educação especializada e interpretação de dados, motivação pelo paciente e
interação multiprofissional”.

g) Farmacovigilância
Seus objetivos se resumem em: identificar os efeitos indesejáveis desconhecidos,
quantificar e identificar os fatores de risco, informar e educar os profissionais
sanitários e a população, além de subsidiar as autoridades sanitárias na
regulamentação, aumentando a segurança na utilização dos medicamentos.

h) Tecnovigilância
Tecnovigilância vem a ser o acompanhamento do uso de materiais e equipamentos
médico-hospitalares, em especial quanto a sua eficácia, adequação ao uso e
segurança. Entre as competências da tecnovigilância incluem-se:
1) Monitorar, agregar e analisar as notificações de queixas técnicas e ocorrência de

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eventos adversos com suspeita de envolvimento de equipamentos, produtos de
diagnósticos de uso in vitro e materiais de uso em saúde em estabelecimentos
sujeitos à vigilância sanitária,
2) Fomentar estudos epidemiológicos que envolvam equipamentos, produtos de
diagnósticos de uso in vitro e materiais de uso em saúde, e
3) Identificar e acompanhar a presença no mercado de equipamentos, produtos
de diagnósticos de uso in vitro e materiais de uso em saúde tecnologicamente
obsoletos que comprometam a segurança e a eficácia.

i) Farmacoeconomia
Definida como a descrição, a análise e a comparação dos custos e das conseqüências
das terapias medicamentosas para os pacientes, os sistemas de saúde e a sociedade,
com o objetivo de identificar produtos e serviços farmacêuticos, cujas características
possam conciliar as necessidades terapêuticas com as possibilidades de custeio.
Propõe o trabalho integrado nas áreas clínica e administrativa.

j) Participação nas Comissões Hospitalares


Comissão de Controle de Infecção Hospitalar
O farmacêutico nesta comissão desenvolverá:
guia de utilização de antimicrobianos, manual de germicidas, indicadores de
controle de infecção e sensibilidade dos antimicrobianos, consumo e taxa de
letalidade;
monitorização das prescrições de antimicrobianos;
controle de utilização de resistência antimicrobiana e estabelecer rotina de
dispensação de antimicrobianos;
controle de custos;

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estímulo à terapia seqüencial;
elaboração de relatórios de consumo e
educação permanente da equipe de saúde.
Comissão de Farmácia e Terapêutica
elaborar política de dispensação de medicamentos e atualizar a padronização e
aplicação conforme a instituição;
fixar critérios para obtenção de medicamentos que não constem na
padronização;
validar protocolos de tratamento elaborados por diferentes serviços clínicos;
aumentar a investigação sobre a utilização de medicamentos;
participar ativamente de educação permanente em terapêutica dirigida à Equipe
de Saúde e;
assessorar todas as atividades relacionadas à promoção do uso racional
Comissão Técnica de Análise de Compras
elaborar editais de compras e especificação técnica e
participar de licitações e aquisições fazendo avaliação técnica.
Comissão de Ética e Pesquisa
emitir parecer ético sobre os projetos de pesquisa;
manter-se atualizado no que se refere as normas nacionais e internacionais
pertinentes à ética nas pesquisas, buscando conhecimento e aprimoramento
contínuo sobre ensaios clínicos e legislações pertinentes.

Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional


preparação das nutrições parenterais;
avaliar o estado nutricional do paciente;

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desenvolver e aplicar o plano terapêutico;
manutenção do suporte e
padronizar e reavaliar práticas nutricionais.
Equipe Multidisciplinar de Terapia Antineoplásica
preparação dos quimioterápicos;
atuação no suporte e;
atuação na farmacoterapia.
Comissão de Farmacovigilância/Tecnovigilância
detectar de forma precoce os efeitos indesejáveis;
apontar reações adversas além daquelas já conhecidas;
oferecer informações educativas aos profissionais de saúde do hospital;
dispor de protocolos de tratamento ou prevenção para estas reações;
monitorar as notificações de queixas técnicas ligadas aos materiais médico-
hospitalares e
acompanhar o desenvolvimento tecnológico ligado aos materiais de uso em
saúde.

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INDICADORES DE QUALIDADE

O monitoramento por meio de indicadores é um método de garantia da qualidade


que permite instaurar a melhoria contínua, mediante a comprovação constante da
situação de um processo e de como se está produzindo um bem ou serviço, com a
conseqüente aplicação das medidas de melhoria necessária para assegurar sua qualidade.
O acompanhamento dos indicadores visa direcionar a ações corretivas.

Os indicadores devem ser gerados com base nos seguintes critérios:

identificar os fatores críticos de sucesso;


ter embasamento em procedimentos;
ser de fácil compreensão;
ser de formulação simples;
ser representativo estatisticamente;
ter estabilidade e rastreabilidade e
permitir a comparação com referências.

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A COMISSÃO ASSESSORA DE FARMÁCIA
HOSPITALAR

A Comissão Assessora de Farmácia Hospitalar do CRF-SP iniciou seus trabalhos


em 20/05/98, com a finalidade de valorizar o farmacêutico na área hospitalar e
contribuir para sua capacitação, além de ser vir como fórum para discussões e
opiniões para a categoria de farmacêuticos hospitalares. Reúne, entre seus
membros, desde iniciantes na categoria hospitalar, até profissionais de expressão
no segmento.

Objetivos da Comissão de Farmácia Hospitalar

Assessorar a diretoria do Conselho em assuntos que exijam conhecimentos


específicos, através da discussão dos temas propostos e emissão de pareceres.
Espaço para que os farmacêuticos que atuam dentro de um determinado segmento
do âmbito profissional possam expor e debater temas de interesse comum e
propor ações ao CRF-SP, bem como trocar informações.
A participação nas reuniões é aberta aos farmacêuticos que atuem nas áreas
abrangidas pelas Comissões, mediante confirmação prévia de presença junto à
Secretaria. Uma vez que o farmacêutico manifeste interesse em inscrever-se como
integrante da Comissão, seu nome deve ser aprovado e homologado em Reunião
Plenária do CRF-SP.
O coordenador, vice-coordenador e membros da Comissão de Farmácia Hospitalar
participam de seus trabalhos de forma voluntária e não remunerada.
Espaço para propostas de defesa e valorização do farmacêutico no âmbito

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hospitalar, emergência de atendimentos pré-hospitalares (atuação em rodovias)
e atendimento domiciliar.
Atuação junto ao corpo de fiscais do CRF-SP, visando capacitá-los para efetuar
inspeção técnica adequada e proporcionar orientação aos profissionais da
área.
Elaborar e encaminhar, aos órgãos competentes, propostas para normatização da
área.

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VOCÊ SABIA QUE...

... grandes sábios e importantes cientistas que muito contribuíram para a saúde da
humanidade eram farmacêuticos.

... o farmacêutico francês, Ernest Furneau criou a moderna quimioterapia, e que outro
francês, Claude Nativelle, contribuiu decisivamente para o tratamento de doenças do
coração.
... a borracha sintética foi descoberta pelo farmacêutico alemão Fritz Hoffmann.

... o farmacêutico paulista Luiz Manuel Queiroz instalou em São Paulo a primeira
fábrica de ácido sulfúrico do País.

... o cientista-farmacêutico Célio Silva, também nascido em São Paulo, descobriu uma
vacina de DNA contra tuberculose que também é um medicamento para esta doença.

... um grande número de farmacêuticos participa do importante “Projeto Genoma


Humano” para decifrar o conjunto de genes do ser humano (menor partícula viva)? E
que eles vão obter informações essenciais para diagnóstico, tratamento e, finalmente,
cura de um grande número de doenças e a fabricação de remédios mais eficientes e
a menores custos.

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LEGISLAÇÃO APLICADA À FARMÁCIA
HOSPITALAR

Lei nº5991/73 - Dispõe sobre o controle sanitário do comércio de drogas,


medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, e dá outras providências;
Resolução Nº 300/97 do CFF - Regulamenta o exercício profissional em Farmácia
e unidade hospitalar, clínicas e casa de saúde de natureza pública ou privada;
Portaria/MS 344 de 19/05/1998 - Aprova o Regulamento Técnico sobre substâncias
e medicamentos sujeitos a controle especial;
Portaria nº. 2616/98 – MS – Controle de Infecção hospitalar ;
Portaria nº. 3535/98 – MS – Estabelecer critérios para cadastramento de centros
de atendimentos em oncologia;
Resolução nº. 272/98 – MS - Aprova o regulamento técnico para fixar os requisitos
mínimos exigidos para a Terapia de Nutrição Parenteral;
Resolução nº. 292/96 – CFF; Ratifica competência legal para o exercício da
atividade de Nutrição Parenteral e Enteral e revoga a Resolução 247/93;
RDC nº. 33 de 19/04/2000 (DOU de 08/01/01) Aprova o regulamento técnico
sobre Boas Práticas de Manipulação em Farmácias (BPMF) e seus anexos;
RDC 80/2006 - Dispõe sobre o fracionamento de medicamentos em farmácias e
drogarias;
Resolução nº. 288/96 - CFF - Dispõe sobre a competência legal para o exercício
da manipulação de drogas pelos farmacêuticos;

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Portaria nº. 1017, de 20 de Dezembro de 2002 – estabelece que as Farmácias
Hospitalares integrantes do SUS devam estar sob a responsabilidade do
farmacêutico;
Resolução/CFF nº. 354, de 20 de Setembro de 2000 – dispõe sobre a assistência
farmacêutica em atendimento pré-hospitalar e as urgências/emergências.

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SITES INTERESSANTES

Agência de Medicamentos e Alimentos americana - FDA - www.fda.gov


Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa – www.anvisa.gov.br
Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva - Abrasco -
www.abrasco.org.br
Atenção Farmacêutica – www.farmclin.com
Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde -
www.bireme.br
Conselho Federal de Farmácia - CFF - www.cff.org.br
Conselho Regional de Farmácia de São Paulo - CRF - www.crfsp.org.br
Farmácia Hospitalar – www.farmaciahospitalar.com
Fundação Oswaldo Cruz - www.fiocruz.br
Medscape – www.medescape.com
National Library of Medicine - Medline - www.nlm.nih.gov
Organização Nacional de Acreditação - ONA - www.ona.org.br
Ordem dos Farmacêuticos (Portugal) - www.ordemfarmaceuticos.pt
Organização Mundial da Saúde – OMS - www.who.int
Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar - www.sbrafh.org.br

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Endereços com informações em saúde:
Associação Nacional dos Farmacêuticos - Revista Portuguesa de Farmácia - www.anf.pt
Links de informações farmacêuticas - www.philb.com/pnu.htm
Sociedade Brasileira de Vigilância de Medicamentos - www.sobravime.org.br
Universidade de Lisboa – Faculdade de Farmácia - História da Farmácia - www.ff.ul.pt
Universidade de Minas Gerais – links diversos - www.farmacia.ufmg.br/institucional1/links.htm

Sobre automedicação:
American Pharmaceutical Association - APhA - www.aphnet.org
American Society of Health - System Pharmacists® - ASHP- www.ashp.org
International Pharmaceutical Federation - FIP - www.fip.org
Organização Pan-Americana da Saúde – OPAS - www.opas.org
United States Pharmacopeia - USP - www.usp.org

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Brasil. Ministério da Saúde. Coordenação de Controle de Infecção Hospitalar. Guia


Básico para a Farmácia Hospitalar. Brasília, 1994.

Bisson, MP. Farmácia Clínica & Atenção Farmacêutica. 2ª Ed., Editora Manole, São Paulo,
2007.

Cavallini, M.E.; Bisson, M.P. Farmácia Hospitalar. Um enfoque em sistemas de saúde.


Ed. Manole, São Paulo, 2002.

Cimino, J.S. – Iniciação à Farmácia Hospitalar. Ed. Artpress. São Paulo, 1973.

Gomes, M.J.V.M.; Reis, A.M.M. Ciências Farmacêuticas: Uma Abordagem em Farmácia


Hospitalar. Ed. Atheneu, São Paulo, 2001.

Gomes, Maria José V.M; Reis, Adriano M.M , Ciências Farmacêuticas - Uma abordagem
em Farmácia Hospitalar, Atheneu, São Paulo, Brasil, 2003. R2

Santos, Gustavo Alves Andrade dos, Gestão de Farmácia Hospitalar- Editora Senac.
São Paulo, 2006.

http://www.expressoemprego.clix.pt/scripts/indexpage.asp?HeadingID=3268

http://www.geocities.com/basile_farmacologia/assistenciafarmaceutica.html

http://www.hospitalgeral.com.br/1_prof/ tec_assist/farmacia_hosp/default.Htm

http://www.iahcs.com.br/farm%C3%A1cia_hospitalar.htm

COMISSÃO ASSESSORA DE FARMÁCIA HOSPITALAR 25


http://www.mapnet.com.br/atencfar/princípios.htm.

http://www.ordemfarmaceuticos.pt/frontoffice/pages/defaultCategoryViewOne.asp?
catId=229

http://www.sbrafh.org.br/admin/Legislacao/pdf/40.pdf

Infarma, V.13, n°9/10, 2001.

Maia Neto, Julio F., Farmácia Hospitalar – e suas interfaces com a Saúde, 1º edição,
editora Rx - São Paulo, Brasil, 2005. R1

Farmacêutico:
Sempre presente onde à saúde é fundamental!

26 COMISSÃO ASSESSORA DE FARMÁCIA HOSPITALAR


Endereços e telefones
www.crfsp.org.br

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