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OS DOZE TRABALHOS DE HÉRCULES
Esse mito nos revela que o belicoso Diomedes, filho de Marte, governava
e, em suas terras, criava cavalos e éguas para a guerra. Os cavalos eram
selvagens e as éguas ferozes. Todos os homens tremiam diante deles. Eles
assolavam todos os recantos da região, causando destruição e matando todos os
filhos dos homens que cruzassem seu caminho. As éguas procriavam, sem
cessar, cavalos extremamente selvagens e cruéis. Hércules recebe, então, ordem
para capturar essas éguas e por fim ao problema.
Para essa tarefa Hércules chama Abderis, seu grande amigo, que tanto o
amava e que sempre o seguia por onde fosse. Abderis aceita o chamado do
amigo e com ele enfrenta a tarefa. Traçando os planos com cuidado, os dois
seguem os cavalos soltos pelos prados e pântanos da região. Hércules consegue,
finalmente, encurralar as bravas éguas num campo onde não havia espaço para
elas se moverem e agarra-as acorrentando-as. Hércules fica tão feliz com o
sucesso que dá gritos de alegria. Tão grande era sua alegria pela proeza feita,
que julgou ser indigno de si segurar as éguas, ou conduzi-las até Diomedes.
Então, ele chama Abderis e manda que ele leve os cavalos para Diomedes. Feito
isto deu meia volta e, orgulhosamente, seguiu em frente.
Abderis era fraco e teve medo da tarefa. Ele não consegue conter as
éguas e conduzí-las. As éguas voltam-se contra ele, atacam-no, o matam e
fogem.
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mental. Todos os começos se originam no plano mental. Em Áries, começa a
correta direção e a correta orientação e Hércules, que acaba de começar a
pensar, inicia seu trabalho. A chave para esse trabalho é encontrada na seguinte
escritura indiana: "O homem não conhece corretamente o caminho para o
mundo celestial, mas o cavalo conhece-o perfeitamente".
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Segunda Tarefa: "A Captura do Touro de Creta"
Minos, rei de Creta, possuía um touro sagrado que ele mantinha na ilha de
Creta. Euristeu chama Hércules e diz-lhe que é necessário capturar o touro e
conduzi-lo ao lugar onde habitam os homens de um olho só. O touro possuía uma
estrela cintilante que brilhava em sua testa, o que o ajudaria a encontrá-lo.
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Terceira Tarefa: "A Colheita dos Pomos de Ouro de Hespérides"
Hércules parte, sem rumo certo, para prosseguir a sua busca, agora, com
mais sabedoria.
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Quarta Tarefa: "A captura da Corça"
Terminada a busca, ele grita: “A Corça é minha!” Então, ouve uma voz:
"Não, não é! Oh! Hércules. A Corça não pertence a um filho do homem, mesmo
sendo um filho de Deus! A Corça terá que ser levada para o santuário e ser
deixada lá.”
Do lugar sagrado, fala o Deus-Sol Apolo: "A corça é minha, não tua! Oh!
Ártemis! Teu espírito está comigo por toda a eternidade, aqui no centro deste
santuário sagrado! Tu, Ártemis, não podes entrar aqui, mas sabes que eu digo a
verdade. Diana pode entrar por um momento e contar-te o que vê.”
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são meus! A Corça é, igualmente minha e não vossa, nem dos homens, mas
minha!”responde Apolo.
Hércules retira-se e ouve uma voz: “Vai olhar de novo entre os pilares do
Portão". Para sua surpresa vê, entre eles, uma esguia Corça. Atônito, ele indaga à
voz: "Realizei a prova! Como a Corça está de volta?" A voz lhe responde: “Muitas
e muitas vezes precisam todos sair em busca da Corça de Galhada de Ouro e
carregá-la para o lugar sagrado, muitas, muitas vezes!"
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Quinta Tarefa: A Captura do Leão de Neméia
Pensa: “Esta caverna tem duas entradas e enquanto eu entro por uma, o
leão sai pela outra e entra pela qual acabei de passar. Que farei? Nenhuma arma
o atinge! Como matar este leão, para salvar este povo?”...
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Sexta Tarefa: "A Tomada do Cinturão de Hipólita"
Hipólita vivia nas costas do Grande Mar. Ela reinava sobre todas as
mulheres do mundo que eram suas vassalas e guerreiras destemidas. Em seu
reino não se exiztia nenhum homem. Só as mulheres, reunidas em torno da sua
rainha. Faziam adorações diárias no templo da Lua e realizavam sacrifícios a
Marte, o Deus da Guerra. Anualmente, realizavam uma visita aos abrigos dos
homens. De volta de uma dessas visitas, elas aguardavam a palavra de Hipólita,
sua rainha, que se encontrava na parte mais alta do templo junto ao altar,
envergando o cinturão que lhe fora dado por Vênus. Este cinturão era um símbolo
da unidade conquistada através da luta, do conflito, da aspiração. Era considerado
um símbolo da maternidade e da geração da criança sagrada.
Hipólita dirige-se às suas guerreiras e diz: "Ouvi dizer que está a caminho
um guerreiro, cujo nome é Hércules, a quem eu devo entregar este cinturão que
eu uso. Deverei obedecer à ordem? Oh! Amazonas! Ou deveremos combater a
vontade dos Deuses?"
Hipólita vai ao encontro de Hércules e ele luta com ela, não ouvindo as
palavras que ela procurava lhe dizer. Ele arranca o cinturão dela sem reparar que
ela, de mãos estendidas, lhe oferecia a dádiva, símbolo da unidade e amor, de
sacrifício e fé. Tomando-o ele a fere, matando quem lhe entregava aquilo que ele
exigia. Enquanto estava ao lado da rainha agonizante, triste pelo que fizera, ouviu
uma voz lhe dizer: "Por que matar aquilo que é necessário, próximo e caro? Por
que matar a quem você ama, a doadora das boas dádivas, a guardiã do que é
possível? Por que matar a Mãe da Sagrada Criança? Novamente, registramos um
fracasso. Novamente, você não compreendeu. Ou você redimirá esse momento
ou se perderá."
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Hércules chega de volta às costas do Grande Mar. Perto da praia rochosa,
ele vê um monstro das profundezas, com uma mulher presa em suas mandíbulas.
Era Hesione. Seus gritos chegam até Hércules, perdido em remorsos e sem saber
qual caminho seguir. Então, ele resolve dar-lhe ajuda, porém era muito tarde, pois
ela já havia sido engolida pelo monstro. Hércules, todavia, esquecendo-se de si
mesmo, nada até o monstro, que abre, sua boca e o engole. Descendo até o
fundo do túnel vermelho de sua garganta, Hércules busca Hesione, encontrando-a
no fundo do estômago do monstro. Com a mão esquerda ele a agarra e a sustenta
junto de si, enquanto que com sua espada abre caminho para fora do ventre do
monstro. Assim, ele a salva, equilibrando sua ação de matar Hipólita. Assim é a
vida: um ato de morte, um ato de vida.
Termina, assim, o 6° trabalho, e Hércules, mais uma vez, ouve uma voz
que lhe diz: "O 6° trabalho está completo. Você matou aquela que o admirava e
lhe deu amor e poder. Você salvou aquela que precisava de você e, assim,
novamente, os dois são um".
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Sétima Tarefa: "A Captura do Javali de Erimanto"
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Oitava Tarefa (Escorpião): "A Destruição da Hidra de Lerna"
Hércules é chamado à presença do instrutor que lhe diz: "Na antiga Argos
ocorreu uma seca". Amímona procurou a ajuda de Netuno. Ele recomendou que
ela batesse na rocha e quando o fez, começaram a correr três correntes
cristalinas; mas logo uma hidra fez ali sua morada. "Para além do rio Amímona,
fica o fétido pântano de Lerna. Neste lugar está a hidra, uma praga para as
redondezas. Esta criatura tem nove cabeças e uma delas é imortal. Prepara-te
para lutar contra esta criatura. Não penses que os meios comuns serão de valia.
Se uma cabeça for destruída, duas aparecerão em seu lugar."
Finalmente ele descobre o lugar onde a hidra vivia, numa caverna de noite
perpétua. Dia e noite Hércules vaga pelo pântano, aguardando o momento em que
ela se mostrasse, mas o monstro permanece em sua caverna. Hércules, então,
resolve embeber suas flechas em piche ardente a atirá-las para dentro da caverna
onde habitava a hidra.
A hidra, com suas nove cabeças, sai enfurecida da caverna. Sua cauda
escamosa chicoteia a água. A hidra ataca Hércules e procura envolver seus pés.
Ele, também, pula para o lado e dá-lhe um golpe, que decepa uma das cabeças
do monstro. Mal a cabeça cai, duas crescem em seu lugar. Ela vai ficando cada
vez mais forte. Onde seu sangue toca, tudo é envenenado. Hércules, então, se
lembra do que lhe dissera o instrutor, "Nós nos elevamos, nos ajoelhando."
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Então, Hércules decepa a cabeça imortal da hidra e a sepulta, ainda feroz,
sob uma rocha. Termina,assim, o 8° trabalho.
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Nona Tarefa: "A Morte dos Pássaros do Estínfalo"
Mais uma vez Hércules é chamado para realizar o seu 9° trabalho: matar
os pássaros que habitavam o pântano de Estinfalo, em Arcádia.
Os pássaros eram tantos que não se podia ver o Sol. Eles eram grandes,
ferozes e tinham bicos de ferro, afiados como espadas e penas que pareciam
dardos de aço. Eles estavam estragando a terra, danificando tudo sem que se
pudesse contê-los. Os pássaros tinham três líderes, que eram maiores.
Ele possuía dois pratos de bronze, que emitiam um som estridente, não
terreno, tão áspero e tão penetrante que seria capaz de amedrontar os mortos.
Esses pratos lhe foram dados por Athena. Para Hércules, o som era tão intolerável
que ele tinha de cobrir os ouvidos para protegê-los. Ao anoitecer, quando o
pantanal estava recoberto de pássaros, ele voltou e tocou os pratos aguda e
repetidamente. Um som que jamais tinha sido ouvido antes foi emitido.
Assustados e perturbados pelo som, os pássaros levantaram vôo, batendo as
asas, selvagemente, em debandada, para nunca mais voltarem. Seguiu-se um
longo silêncio em todo o pântano. Os horríveis pássaros haviam desaparecido e
os raios do sol poente eram vistos. Hércules termina o seu 9º Trabalho.
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Décima Tarefa: A Captura de Cérbero, o Guardião do Hades
Eristeu ordena que Hércules desça ao mundo dos mortos (Hades) para,
de lá, trazer Cérbero, o cão de três cabeças, cauda de dragão, pescoço e dorso
eriçados de serpentes, guardião do reino de Plutão e Perséfone.
Cérbero impedia a entrada dos vivos nos reinos de Plutão e, quando por
acaso isso acontecia, não lhes permitia a saída, a não ser com o consentimento
de Plutão.
Hércules, guiado por Athena e Mercúrio, chega ao rio Aqueronte, o rio que
as almas dos mortos tinham de cruzar para chegar ao Hades. Um óbolo, ou
moeda tinha de ser pago a Caronte, o barqueiro, para que ele os levasse do outro
lado. Hércules assusta Caronte e este o leva para o outro lado sem cobrar.
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Tendo cumprido a 9ª tarefa e, não sabendo o que fazer com Cérbero,
Hércules o leva de volta a Plutão, no Hades.
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Décima PrimeiraTarefa: "Limpeza dos Estábulos de Augias"
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O enraivecido Rei, assim, baniu Hércules e o proibiu de jamais voltar ao
seu reino, sob pena de morte. Hércules cumpriu assim o seu 11°Trabalho.
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Décima Segunda Tarefa: "A Captura do Gado Vermelho de Gerião"
Para Micenas então, Hércules conduz o belo gado vermelho. Difícil foi a
tarefa. Volta e meia alguns bois se desgarravam, e Hércules corria para recuperá-
los.
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