Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
IMPORTANTE:
2 CEESVO
HISTÓRIA - Ensino Fundamental - 7ª série
Ciente disso, o rei de Portugal, D. João III, encontra uma saída para não
arcar com as despesas da colonização. Sabendo que os nobres portugueses
sonhavam em possuir grandes extensões de terra, decidiu em 1534, dividir o
Brasil em 15 grandes faixas de terras (mapa ao lado) e entregá-las à senhores
de razoáveis condições financeiras.
Surgiram as capitanias hereditárias.
O nobre donatário recebia apenas o direito de posse, mas não se tornava
proprietário da capitania – o proprietário era o rei. Se a administração da
capitania fosse boa, seria transferida hereditariamente aos herdeiros do
donatário. Se fosse ruim, o rei dava a posse para outro nobre.
Bem, os nobres gastariam muito dinheiro para montar a produção
açucareira, construir engenhos e portos, transferir os colonizadores para o
continente americano, lutar contra índios e piratas, enquanto o rei ficava na
confortável posição de cobrador de impostos sobre as atividades econômicas
implantadas na Colônia.
A maioria das capitanias fracassou por vários motivos: poucos
investimentos (por falta de recursos ou de interesse dos donatários), freqüentes
ataques dos indígenas, grande distância entre as povoações e entre o Brasil e
Portugal.
CEESVO 3
HISTÓRIA - Ensino Fundamental - 7ª série
Interior, PERNAMBUCO
sertão...
para onde se
dirigiam os
bandeirantes...
SÃO VICENTE
4 CEESVO
HISTÓRIA - Ensino Fundamental - 7ª série
• ESCRAVISMO
O sistema econômico montado
na América foi o escravista.
O escravismo é um sistema
social e econômico no qual o agente
de produção é predominantemente o
escravo, que é comercializado, sendo
vendido, comprado ou trocado como
uma mercadoria ou objeto.
CEESVO 5
HISTÓRIA - Ensino Fundamental - 7ª série
Assim, os
colonizadores, utilizavam o
negro como escravo,
aumentando o volume do
tráfico africano e
conseqüentemente as
vantagens e lucros obtidos
por quem promovia esse
comércio.
Escravidão e preconceito
persistem no século XXI.
6 CEESVO
HISTÓRIA - Ensino Fundamental - 7ª série
• BANDEIRAS
A capitania de São
Vicente foi o primeiro
núcleo povoador de nosso
país. Mas, apesar de ter
sido bem administrada,
num segundo momento,
começou a ter problemas
econômicos e os
investidores não mais se
interessavam pela
capitania.
São
Índios soldados de Bandeirantes, escoltando índios selvagens aprisionados.
O primeiro grande ciclo bandeirista teve a finalidade de apresamento de indígenas.
CEESVO 7
HISTÓRIA - Ensino Fundamental - 7ª série
Vicente, Santos, Santo André, São Paulo – cidades dessa capitania, tornaram-se
tão pobres, que deixaram de ter atrativos para manter os seus habitantes, assim,
qualquer esperança de melhoria de vida bastava para que alguns decidissem
sair de seus lares - eram os bandeirantes. A pobreza da capitania de São Vicente
explica a expansão bandeirante paulista pelo sertão.
8 CEESVO
HISTÓRIA - Ensino Fundamental - 7ª série
Você já deve ter ouvido falar sobre a libertação dos escravos e que esse
fato foi possível devido uma lei assinada por uma pessoa.
No caso das fugas, imagine: o que fazer ou para onde ir numa terra
estranha? O melhor lugar era o mais distante possível do local de cativeiro. Mas,
apenas isso não bastava.
Tinha também de ser um local que dificultasse a chegada dos caçadores
de escravos fugitivos.
As serras do interior muitas vezes reuniam as condições adequadas, e foi
numa delas, no interior da região que hoje faz divisa entre os Estados de
Pernambuco e Alagoas, que se ergueu o mais imponente dos redutos de
escravos que fugiam para a liberdade. Locais assim foram denominados de
quilombos, e aquele a que nos referimos é o de Palmares.
O Quilombo de Palmares, na Serra da Barriga, am Alagoas, chegou a
abrigar aproximadamente 30 000 pessoas.
CEESVO 9
HISTÓRIA - Ensino Fundamental - 7ª série
10 CEESVO
HISTÓRIA - Ensino Fundamental - 7ª série
E o que SOROCABA
tem a ver
com os bandeirantes?
CEESVO 11
HISTÓRIA - Ensino Fundamental - 7ª série
• A ECONOMIA COLONIAL
O Brasil foi colonizado por Portugal e, como tal, esteve envolvido por um
sistema colonialista cujo objetivo principal era fazer da colônia fonte fornecedora
de matérias-primas e produtos tropicais para a metrópole, além de mercado
consumidor de produtos vindos de além-mar. Denominou-se Sistema Colonial a
maneira pela qual as colônias americanas foram exploradas economicamente
pelas suas metrópoles européias.
Observe o gráfico abaixo:
12 CEESVO
HISTÓRIA - Ensino Fundamental - 7ª série
COLONIZAR
CEESVO 13
HISTÓRIA - Ensino Fundamental - 7ª série
No Brasil colônia, século XVI a XIX, houve muitos conflitos internos que
em conjunto com outros fatores externos (conflitos políticos) pesaram para
desencadear a crise do sistema colonial implantado pelos europeus em toda a
América, em vigor desde o século XVI, período em que a Coroa Portuguesa
começou a ter um rigor maior na cobrança de impostos.
Essa situação promoveu uma forte reação da população que não podia
arcar como peso dos impostos cobrados por Portugal e os altos preços
manipulados pelas Companhias de Comércio.
Assim, desde fins do século XVII, e por todo o século XVIII, ocorrem em
várias partes do Brasil, movimentos que assumem a forma de lutas armadas,
que mostram a insatisfação generalizada da população.
Essa insatisfação foi manifestada principalmente pela camada
privilegiada constituída por senhores de engenho, comerciantes e grandes
mineradores da sociedade colonial, as quais se uniram momentaneamente às
camadas inferiores (trabalhadores de engenhos e vilas, pequenos proprietários,
escravos).
• Revolta chefiada
por Beckman: em
1684, no Maranhão.
Finalidade: forçar a
Cia. de Comércio a diminuir
os preços dos produtos e Conjuração Baiana
escravos. (1798)
Resultado: os
revoltosos foram vencidos e Revolta de Vila Rica (1720)
seu chefe executado pelas Conjuração Mineira (1789)
autoridades.
Revolta dos Emboabas
(1708-1709)
• Guerra dos
14 CEESVO
HISTÓRIA - Ensino Fundamental - 7ª série
CEESVO 15
HISTÓRIA - Ensino Fundamental - 7ª série
16 CEESVO
HISTÓRIA - Ensino Fundamental - 7ª série
CEESVO 17
HISTÓRIA - Ensino Fundamental - 7ª série
MUDANÇAS NA COLÔNIA
Observe que, quando há uma repressão do governo há sempre uma
reação do povo. Entretanto, mesmo que o Brasil quisesse reagir ao governo
português, no período da colônia, não tinha infra-estrutura, ou seja, condições
para isso. Somente a partir de 1808, com vinda da Corte no Brasil, começou a
ser formada essa infra-estrutura:
• O primeiro ato do então príncipe regente D. João foi declarar abertos os
portos do Brasil às nações amigas. Ou seja, a partir daí o Brasil poderia
comercializar com qualquer país, acabando assim o monopólio
português, ao mesmo tempo que beneficiava a Inglaterra que era o país
de comércio mais expressivo na época.
18 CEESVO
HISTÓRIA - Ensino Fundamental - 7ª série
CEESVO 19
HISTÓRIA - Ensino Fundamental - 7ª série
20 CEESVO
HISTÓRIA - Ensino Fundamental - 7ª série
CEESVO 21
HISTÓRIA - Ensino Fundamental - 7ª série
O GOVERNO DE D. PEDRO I
Logo no início de seu governo, D. Pedro I teve que enfrentar uma série
de problemas. Um deles era fazer com que a independência fosse aceita por
todos os brasileiros. Como na época não havia rádio, telefone ou televisão,
as informações demoravam um pouco para chegar aos lugares mais distantes.
Portanto, demorou um certo tempo para que os habitantes dessas regiões
ficassem sabendo da independência.
Nessas regiões ainda havia muitas tropas do exército português que
ainda não aceitavam a idéia da separação. Foi preciso combatê-las e
expulsá-las do País.
Havia um outro problema: o Brasil não tinha um exército. Como posse
portuguesa, as terras brasileiras eram defendidas por exércitos de Portugal.
Como a situação estava grave, D. Pedro I contratou oficiais, exércitos e navios
estrangeiros para combater as tropas portuguesas que ainda estavam no Brasil
e não aceitavam a independência.
Cerca de um ano após a independência, esses problemas no nordeste já
estavam resolvidos.
• O RECONHECIMENTO DA INDEPENDÊNCIA
22 CEESVO
HISTÓRIA - Ensino Fundamental - 7ª série
• AS CONSTITUIÇÕES DO lº REINADO
CEESVO 23
HISTÓRIA - Ensino Fundamental - 7ª série
24 CEESVO
HISTÓRIA - Ensino Fundamental - 7ª série
CEESVO 25
HISTÓRIA - Ensino Fundamental - 7ª série
Observe!
A Constituição brasileira atual é promulgada porque foi elaborada pelos deputados e
senadores eleitos pelo povo para formar a Assembléia Constituinte, representando os
interesses do povo brasileiro. Ela estabelece:
• Brasil: República Federativa Presidencialista;
• Forma de governo: presidencialismo, sendo o cargo de presidente eletivo e
temporário;
• Estabelece três poderes: Executivo, Legislativo, Judiciário. Os poderes, embora
independentes, devem agir com coerência e compatibilidade;
• Brasil dividido em Estados Federativos, isto é, com Constituições autônomas, desde
que não firam a Constituição Federal;
• Garante a cidadania sem distinção de cor, sexo, credo religioso, facção política ou
qualquer outro motivo que discrimine uma pessoa em relação às demais.
Essa Constituição não foi tão bem recebida pelo povo, como D. Pedro I
esperava. Em vários pontos do país surgiram manifestações e revoltas.
A Constituição deveria ser jurada nas câmaras municipais de todo o país.
Em Pernambuco, um grupo de liberais radicais de Olinda e Recife se recusou a
jurá-la e também não aceitou o presidente da província (hoje seria o governador)
nomeado por D. Pedro I para governar a província. Essa oposição ao governo
imperial cresceu e, em julho de 1824, desencadeou uma revolta separatista e
republicana. O movimento se alastrou por outras províncias. Pernambuco,
Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí se declararam separados do Brasil
e formaram a Confederação do Equador.
D. Pedro agiu com rapidez e violência, mandando navios e tropas. Após
três meses de combates sangrentos, os rebeldes foram derrotados. Dezesseis
líderes foram condenados à morte, entre eles o popular frei Caneca.
No ano seguinte, em 1825,
Oriental D. PedroCom
do Uruguai. I declarou
essa guerra inglória
guerra e impopular,
à província Cisplatina que reivindicav
o Império brasileiro ganhou apenas enormes dívidas, que
aprofundaram a crise financeira do país.
26 CEESVO
HISTÓRIA - Ensino Fundamental - 7ª série
• O FIM DO 1º REINADO
CEESVO 27
HISTÓRIA - Ensino Fundamental - 7ª série
Chamamos de período
regencial o período em que o
Brasil foi governado por
regentes, que deveriam dirigir
o país até que D. Pedro de
Alcântara tivesse idade
suficiente para se tornar
imperador. Como Pedro de
Alcântara ainda tinha 5 anos
de idade, a Constituição
determinava que três regentes,
eleitos pelos deputados,
deveriam governar até que ele
completasse 18 anos de idade,
ou seja, até que atingisse a
maioridade.O Brasil teve
quatro regências: duas
regências trinas (governo de
três regentes) e duas
regências unas (um só regente).
Esse período foi muito agitado devido às lutas partidárias e às revoltas que
ocorreram em diversas províncias.
28 CEESVO
HISTÓRIA - Ensino Fundamental - 7ª série
CEESVO 29
HISTÓRIA - Ensino Fundamental - 7ª série
30 CEESVO
HISTÓRIA - Ensino Fundamental - 7ª série
TROPEIRISMO
CEESVO 31
HISTÓRIA - Ensino Fundamental - 7ª série
32 CEESVO
HISTÓRIA - Ensino Fundamental - 7ª série
CEESVO 33
HISTÓRIA - Ensino Fundamental - 7ª série
No seu dia a dia, você utiliza diversos produtos e, muitas vezes, vários produtos que nem seria
34 CEESVO
HISTÓRIA - Ensino Fundamental - 7ª série
CEESVO 35
HISTÓRIA - Ensino Fundamental - 7ª série
36 CEESVO
HISTÓRIA - Ensino Fundamental - 7ª série
CEESVO 37
HISTÓRIA - Ensino Fundamental - 7ª série
Tinham direito também ao uso coletivo das terras, embora devessem obrigações
para os senhores feudais e do clero, produziam para si mesmos.
O trabalhador que está disposto a vender a sua força de trabalho é aquele
que não tem condições de produzir para si mesmo. Tem a sua força de trabalho,
mas lhe faltam os meios de produção.
Assim, mesmo sendo livre do ponto de vista jurídico, não é
verdadeiramente livre do ponto de vista econômico, pois se vê obrigado a vender
a sua força de trabalho. É obrigado a trabalhar para outro para poder sobreviver.
Assim, as relações de trabalho capitalistas dependem da existência de
uma massa de pessoas sem os meios de produção. Só com a existência dessa
multidão de pessoas sem posses se forma um mercado de mão-de-obra.
Como o trabalhador assalariado vende a sua força de trabalho por um
determinado período de tempo de cada dia, nada do que ele produz nesse tempo
é dele. Os capitalistas são os donos de todos esses produtos.
Mas como os capitalistas não compraram força de trabalho nem
equipamentos e matérias-primas para produzir bens de subsistência (feijão,
arroz, batata...), e sim para produzir mercadorias e vendê-las no mercado com
lucro, precisam transformar os produtos em dinheiro.
Os trabalhadores, por sua vez, receberam dinheiro, mas precisam
comprar os bens necessários à sua subsistência. Foi para isso que venderam a
força de trabalho. Trocam, então, o dinheiro por aquilo que eles próprios
produziram.
Cada vez
mais rico! Os trabalhadores não
produzem apenas bens de
consumo (comida, roupas,
geladeiras...), mas também meios de
produção, ou seja, máquinas
equipamentos, ferramentas, que serão
usados futuramente na produção.
Grande parte dessa produção
serve apenas para substituir o desgaste,
quebra etc. dos meios de produção, mas
uma parte serve para aumentar a
capacidade produtiva.
38 CEESVO
HISTÓRIA - Ensino Fundamental - 7ª série
CEESVO 39
HISTÓRIA - Ensino Fundamental - 7ª série
40 CEESVO
HISTÓRIA - Ensino Fundamental - 7ª série
1. No aspecto econômico
• Com a Revolução Industrial, a máquina foi instalada em vários setores da
produção industrial. Com isso, se pôde produzir cada vez mais, em menos
tempo.
• O espírito capitalista
dominou as grandes empresas
industriais. Essas empresas,
preocupadas com a obtenção
de lucros, passaram a dominar
importantes áreas comerciais
de todo o mundo, através da
livre concorrência.
Assim, elas dominaram
os mercados fornecedores
de matéria-prima e os
consumidores de produtos
industrializados.
• Criaram-se companhias
de comércio, bolsas de valores; modernizaram-se os transportes.
2. No aspecto político
• O controle da vida política passou a ser exercido pela burguesia. Esta,
para se manter no poder, criou o voto censitário. Segundo essa modalidade de
voto, apenas as pessoas que possuíam certos rendimentos poderiam participar
da vida política. Dessa maneira assegurou-se à burguesia toda a representação
no governo e afastou-se qualquer tipo de representação popular.
• As leis sociais eram formuladas lentamente e eram manobradas, em
função dos interesses dos grandes empresários industriais (burguesia).
CEESVO 41
HISTÓRIA - Ensino Fundamental - 7ª série
3. No aspecto social
_Eu burguês e você
• As cidades cresceram rapidamente com a proletário.
migração da mão-de-obra do campo para a
cidade.
• As fábricas alteraram a paisagem e o
equilíbrio do meio-ambiente com a poluição das
suas chaminés.
• Definição de duas classes sociais: de um
lado a burguesia que constitui a classe,
dominante, e de outro o proletariado, classe dos
trabalhadores urbanos assalariados,
encarregados da produção nas fábricas. As
condições de vida da classe proletária eram
péssimas.
A jornada
de trabalho era de
quinze horas; não
havia lei trabalhista ou qualquer regulamentação
para o trabalho de mulheres e crianças.
42 CEESVO
HISTÓRIA - Ensino Fundamental - 7ª série
SOCIALISMO CAPITALISMO
Atender as necessidades
básicas da população com
alimentação, saúde, Lucro
educação, emprego,
Objetivo moradia.
principal
pertencem a sociedade e
geralmente são controlados
pelo Estado;
a pequena propriedade
propriedade pertencem às
Meios de
produção rural continua existindo; pessoas;
como: os bens como
terras, as empresas
automóveis e eletrodomésticos
máquinas, são propriedades
indústrias, são propriedades particulares
bancos, individuais. (privadas)
etc.
Então,
CEESVO 43
HISTÓRIA - Ensino Fundamental - 7ª série
44 CEESVO
HISTÓRIA - Ensino Fundamental - 7ª série
CEESVO 45
HISTÓRIA - Ensino Fundamental - 7ª série
46 CEESVO
HISTÓRIA - Ensino Fundamental - 7ª série
BIBLIOGRAFIA
CEESVO 47
HISTÓRIA - Ensino Fundamental - 7ª série
DIREÇÃO:
VOTORANTIM, 2005.
(Revisão 2007)
OBSERVAÇÃO
APOIO
48 CEESVO