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Módulo 10.

10. Geografia Ensino fundamental Regionalização do mundo

GEOGRAFIA

CEESVO 1
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Seja bem vindo à Geografia

Instruções de Estudo.

 Para estudar e aprender o conteúdo deste módulo, você deverá ler atentamente
as explicações. Talvez mais de uma vez.

 Veja as instruções contidas nas atividades e somente comece a resolver os


exercícios após ter entendido completamente o texto.

 Não escreva no módulo, pois você terá de devolvê-lo à escola para que ele seja
utilizado por outra pessoa.

 Consulte o professor se você encontrar dificuldades durante os estudos.

Não tenha pressa, mas


mas não perca tempo.

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REGIONALIZAÇÃO OU DIVISÃO DO MUNDO

O Continente Antártico

O que é Globalização

O Risco País

Empréstimos Internacionais

ROTEIRO
Conceito de espaço
Você vai compreender o que é o espaço que você ocupa e como ele é representado no
globo terrestre.
Você observará como os espaços foram e continuam sendo ocupados. Verá também como
a globalização está reorganizando o espaço mundial.

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REGIONALIZAÇÃO OU DIVISÃO DO MUNDO

Qual a porção do espaço que você ocupa?

Todos ocupamos uma porção do espaço.


A casa onde moramos fica numa rua que é parte de um espaço maior que é o bairro.
Qual o nome do seu bairro?
Seu bairro é parte de um espaço maior que é a sua cidade. Sua cidade, por sua vez, é
parte de um município.
Nossa escola, como você já viu nos primeiros módulos, fica na região central do município
de Votorantim.

Votorantim é parte de um espaço ainda maior,


que é o nosso estado de São Paulo. Este
pertence ao Brasil, que fica na América do Sul e
é parte do Continente Americano. O continente
também é uma parte de um espaço maior - a
Terra, o planeta em que vivemos.

Planeta Terra: Astro sem luz própria que gira


em torno do Sol.
Nosso planeta possui terras emersas (que
estão acima do nível do mar) e terras
submersas (que estão abaixo do nível do mar)
que formam os oceanos, mares, rios e lagos.
A maior parte do planisfério é coberta por água e somente 29% da superfície terrestre
corresponde às terras emersas. Essas terras formam continentes e ilhas.
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O que é um Continente?

É uma extensão muito grande de terras emersas. Quando a extensão é pequena, é


chamada de ilha.

As terras emersas são divididas em 6 continentes: Ásia, Europa, África, América, Oceania
e Antártida.

Leitura Complementar: O Continente Antártico


A Antártida é um continente com aproximadamente 14.000.000 Km2 totalmente coberto de gelo.
A camada de gelo que cobre o solo chega a 4 km de espessura, os rios estão sempre congelados, o que
torna impossível qualquer prática agrícola.
As temperaturas chegam a atingir quase 90°C negativos e ventos de até 300 Km/h castigam toda
a região. Lá não existem cidades e ninguém reside de forma permanente.
Somente pesquisadores de vários países do mundo passam longos períodos em bases científicas.
Atualmente 43 bases de pesquisas estão instaladas no território antártico, inclusive uma brasileira.
Os países se interessam pelas riquezas do continente e sua localização estratégica.
Supõe-se que seu subsolo seja rico em recursos minerais (petróleo). Suas águas abrigam uma rica
fauna inclusive o Krill (crustáceo rico em proteínas).
Em 1991, decidiu-se que até o ano 2041 a Antártica continuará sem pertencer a nenhum país,
sendo um patrimônio de toda humanidade.
Só o tempo dirá se esse imenso continente não será dividido em países e explorado pelo homem ou
se continuará intacto para sempre.

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Você sabe o que é um oceano?


São imensas massas de água (salgada) que foram divididas em: Oceano Pacífico,
Oceano Atlântico, Oceano Índico e os Oceanos Glaciais (gelados) Ártico e Antártico.

Ao longo da história, os homens foram dividindo os grandes espaços dos continentes em


países. O traçado atual de cada país é resultado de muitas lutas e disputas entre os povos.
Ainda hoje, nos noticiários de televisão, você ouve notícias sobre conflitos pela posse da
terra, principalmente entre os israelenses e palestinos. O próprio traçado do nosso país
sofreu muitas alterações desde a época do seu descobrimento.
Mares são massas de água salgada que cobrem áreas bem menores e estão próximas
dos continentes e ilhas.
As terras continentais estão divididas em nações independentes e territórios dependentes;
onde existe a dominação político-econômica de alguns países sobre outros (colonialismo).

COLONIALISMO é um sistema político econômico imposto por um país sobre o


outro com a finalidade de manter seu domínio e se beneficiar economicamente.

O território dominado é conhecido por colônia e o país dominador, por metrópole.

Você já ouviu falar do Brasil-Colônia?

Foi a época que o país viveu desde o seu descobrimento até sua independência em 1822.
O Brasil foi colônia de Portugal e este, metrópole do Brasil. Durante todos esses anos
(1500-1822), nossas riquezas foram exploradas pela Coroa Portuguesa (pau-brasil, cana-de-
açúcar, ouro), e levadas para Portugal e países da Europa.

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A dependência entre países (colônias), hoje ainda existe, embora nem sempre na forma
de posse ou exploração de território. O domínio de uma nação sobre a outra se faz através
de procedimentos como:
 Cultural: filmes, músicas estrangeiras, consumo de artigos estrangeiros,
(supervalorização) preços baixos pagos por matérias-primas e produtos agrícolas
produzidos pelas ex-colônias;
 Controle da economia por empresas multinacionais;
 Grandes remessas de lucros aos países de origem pelas empresas estrangeiras;
 Domínio e controle de tecnologia;
 Altas taxas de juros cobradas pelos empréstimos dos bancos estrangeiros;
 Invasão do produto importado.

No colonialismo as metrópoles sempre procuraram dificultar o desenvolvimento das


colônias, assim também os países desenvolvidos dificultam o crescimento industrial dos
subdesenvolvidos para que não lhes façam concorrência com seus produtos.

As relações entre os países, a maneira pela qual os homens se organizam em sociedade


e dividem entre si a produção, provocou o aparecimento de grandes diferenças na
distribuição de riquezas entre os países do mundo e também entre a população de um
mesmo país.

Tendo por base a distribuição das riquezas e o nível de desenvolvimento econômico e


social dos países, podemos reconhecer a existência de dois grandes conjuntos de países:
países desenvolvidos (o norte) e países subdesenvolvidos (o sul).

Nos países desenvolvidos a maioria da população tem um bom nível de vida.

Nos países subdesenvolvidos, como é o caso do Brasil, a maioria da população vive em


estado de miséria e pobreza.

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A diferença fundamental entre os países do mundo é a questão do desenvolvimento


econômico.

O Norte e o Sul.

No mapa acima nós temos um Sul pobre ou subdesenvolvido e um norte rico ou


desenvolvido.

Veja a seguir as principais características dos países desenvolvidos e subdesenvolvidos:

I. PAÍSES DESENVOLVIDOS

 Baixa taxa de analfabetismo;


 Elevado nível sócio-econômico da população;
 Predominância da população ativa (que tem condições de trabalho) no setor secundário
(indústria) e no setor terciário (prestação de serviços);
 Elevado nível alimentar;
 Domínio econômico;
 Baixas taxas de natalidade;
 Baixo crescimento populacional;
 Baixa taxa de mortalidade infantil;
 Elevada esperança de vida;
 Elevado nível técnico e de industrialização.

II. PAÍSES SUBDESENVOLVIDOS


 Alta taxa de analfabetismo;
 Baixo nível de instrução;
 Baixo nível sócio-econômico da população;

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 Predominância da população economicamente ativa no setor primário (agricultura,


pecuária etc);
 Baixo nível alimentar (fome ou desnutrição);
 Dependência econômica de outros países;
 Grande crescimento populacional;
 Elevadas taxas de natalidade;
 Elevadas taxas de mortalidade infantil;
 Baixa esperança de vida;
 Baixo nível de industrialização;
 Emprego de técnicas atrasadas;
 Predomínio de matérias-primas nas exportações.
Observando as características dos países desenvolvidos e subdesenvolvidos podemos
perceber que muitas das características encontradas em países subdesenvolvidos também
são encontradas nos desenvolvidos, mudando apenas a intensidade com que ocorrem.
A fome, por exemplo, existe em maior intensidade nos países subdesenvolvidos, embora
também exista nos desenvolvidos, mas, enquanto nos países subdesenvolvidos atinge 30%,
nos desenvolvidos ocorrem em apenas 3% da população, devido a distribuição de renda
mais justa.

Por que existem tantas desigualdades econômicas e sociais entre as populações?

1- No aspecto econômico.
O subdesenvolvimento é resultado de muitos anos ou até séculos de
exploração que se estabeleceu entre países colonizadores e
colonizados.
Assim como o conhecemos hoje, o subdesenvolvimento resulta da
relação de exploração e dominação dos países desenvolvidos, de
trocas comerciais injustas; através da exportação de matérias-primas e
fontes energéticas a preços baixos e importação do produto
industrializado, a preços elevados.

2- No aspecto social
Ocorre a má distribuição de renda. A maioria da população, não participa da riqueza
produzida. Assim, a minoria privilegiada, detém grande parcela dos lucros e não aceita
mudanças na forma de distribuir a renda. Atua na política para assegurar os privilégios
(benefícios) e mordomias, expandindo e acumulando cada vez mais sua riqueza (capital).
Para organizar sua produção e sua vida econômica, os países adotam dois sistemas
econômicos: o capitalismo e o socialismo.

Você já ouviu falar em capitalismo?

O Brasil é um país capitalista?


O Brasil e muitos outros países que se caracterizam por apresentar uma economia de
mercado e uma sociedade de classes são países capitalistas.

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Devemos entender por economia de mercado a situação onde o mercado


(produção e consumo) desempenha o principal papel nas decisões econômicas.
Exemplo: quando existe falta de um produto no mercado, a tendência é que
seus preços subam e os donos do capital (dinheiro) comecem a investir na
produção desse produto (que pode ser agrícola ou
qualquer outro bem: roupas, calçadas, eletrodomésticas
etc.).
Na sociedade capitalista, existem basicamente duas
classes sociais (grupos de pessoas): a burguesia,
composta pelos capitalistas, donos dos meios de produção
(fábricas, bancos, fazendas etc.) e o proletariado,
formado por aqueles que, não possuindo os meios de
produção, têm que trabalhar em troca de um salário.
Existem ainda grupos de pessoas que não podem ser
classificados nem como capitalistas ou proletárias, pois
são profissionais autônomos (advogados, médicos etc.).

O socialismo é uma forma de organização na qual os


meios de produção são públicos e não existem empresas
privadas. As decisões econômicas são estabelecidas pelo Estado, através de um plano que
determina antecipadamente o que será produzido na agricultura e na indústria durante um
período determinado. No socialismo ou economia planificada, não existe mercado de
trabalho (oferta e procura de empregos). Já que o plano tem que levar em conta o
crescimento do número de trabalhadores e aumentar os empregos, por não existirem
empresas privadas, não deveria haver classes sociais, mas as empresas estatais são
controladas por uma elite burocrática que se tornou a nova classe dominante.

O trabalho infantil está A partir de 1989, os


diretamente relacionado à países socialistas vêm
pobreza, pois muitas crianças passando por profundas
precisam realizar atividades
transformações políticas e
remuneradas para ajudar no
sustento familiar. No Brasil, o econômicas com a união
número de crianças das duas Alemanhas
trabalhadoras de 10 a 14 anos (1990) e a fragmentação
gira em torno de 2,5 milhões. A da antiga União Soviética.
Constituição brasileira
Estão sendo introduzidos
promulgada em 1988
determina que a idade mínima mecanismos de mercado
para que uma criança seja em suas economias, tais
admitida num emprego é de 14 como a privatização de
anos e que, entre os 12 e 14 empresas estatais,
anos, elas podem atuar
abertura de mercado para
somente como aprendizes.
o capital estrangeiro. A lei
Crédito: Carlos Namba da oferta e procura está
substituindo os antigos
planos.

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O que é Globalização?

Desde o início deste módulo você está


vendo como se organiza o espaço mundial. Os
continentes se dividem em países, organizados Globalização:
de diferentes formas. Essa organização segue grande integração
diferentes tendências econômicas e sociais. econômica,
Esses países podem ser desenvolvidos ou tecnológica e
subdesenvolvidos, dependendo do nível de cultural.
vida que oferece à sua população.

Porém, os povos e
países estão vivendo cada
vez mais de maneira
interdependente na
superfície terrestre. Alguns
falam em "aldeia global"
pois, através dos meios de
comunicação, as
distâncias estão ficando
cada vez menores.
Quando você está
assistindo a um programa ou noticiário na T.V., consegue ver ao vivo o que está
acontecendo em diversos lugares do mundo. Estamos vivendo na era da globalização tudo
muda rapidamente hoje em dia.
O progresso tecnológico está acelerado, as empresas multinacionais estão em franca
expansão, o volume de bens comercializados internacionalmente é gigantesco.
Grande parte dos produtos consumidos no país vem de fora.
Andando pelo centro da cidade você pode observar o grande número de lojas que vendem
produtos importados e quantos desses produtos utilizamos em nosso dia-a-dia.
Estamos cada vez mais interligados, compramos nas mesmas lojas, consumimos os
mesmos produtos, vestimos as mesmas marcas de roupas, assistimos aos mesmos filmes,
enfim, a globalização se deu na economia e na sociedade como um todo.
Existe uma uniformização de hábitos, tornando-nos cidadãos do mundo.

Exercícios. Responda em seu caderno:

1. Como está dividido o espaço continental?


2. O que você entende por colonialismo?
3. Dê algumas características dos países desenvolvidos.
4. Dê algumas características dos países subdesenvolvidos.
5. Na sua opinião, quais seriam as causas das desigualdades entre as populações?
6. Você classificaria o Brasil como um país desenvolvido ou subdesenvolvido? Por
quê?

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Amplie seus conhecimentos

Risco País

Freqüentemente você assiste a noticiários ou lê em jornais, revistas, expressões do tipo:


“o dólar aumentou”, as “bolsas operaram em baixa”, “o risco do país aumentou”.
É importante você saber que...
Essas expressões estão intimamente ligadas com a globalização da economia.

Por que isto está acontecendo?

Todos os dias os investidores internacionais transferem bilhões de dólares de um país


para o outro. Esse é um importante traço da Globalização da economia. O dinheiro é
transferido com uma grande rapidez por meio de computadores ligados entre si ou por via
telefônica. Os bancos ou investidores procuram aplicar o dinheiro nos países onde os
juros são mais altos ou as grandes empresas com filiais e instalações em diversos países
(GM, Ford, Nike, etc.) começam a transferir suas fábricas para países onde as condições,
impostos, preços da mão-de-obra, proximidade dos grandes mercados - são mais
favoráveis.

A tecnologia permite que os investidores com a mesma rapidez com que aplicam num
país, retirem o dinheiro aplicado se as condições mudarem. Diz-se atualmente que o
dinheiro não tem pátria, já que ele muda de um país para outro em questões de
segundos.
Essas transações financeiras interferem na credibilidade de um país, podendo elevar ou
diminuir o “risco país”.
Você sabe o que é o “risco país”?
Todas as vezes que um país representa “perigo” para o investidor estrangeiro, dizemos
que o índice do “risco país” aumentou, podendo até mesmo levar o país a falência.
Podemos concluir que:
Risco país é um índice que mede o “perigo” que um país representa para o investidor
estrangeiro que coloca dinheiro em negócios e não tem os lucros esperados.
Quem calcula o risco são as Agências de Classificação de riscos e bancos de
investimentos, como o Americano J.P. Morgan.

Como se avalia o “risco” de um país?

Verifica-se principalmente a diferença entre arrecadação e gastos


públicos, a dívida externa do país, a diferença entre as importações e
exportações, a instabilidade política (sucessão presidencial) e o
crescimento da economia.
O risco alto afeta o país, pois causa a diminuição dos investimentos estrangeiros,
trazendo desemprego e salários menores para a população.

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O que o país deve fazer para atrair mais investimentos?


Deve elevar a taxa de juros oferecida ao investidor. Com isso, a população é afetada, pois
a vida fica mais cara. Você vai pagar juros mais altos nas prestações e no cheque especial
e a inflação pode subir.

Pare e Pense...
Empréstimos Internacionais

O Brasil é um país subdesenvolvido que com bastante freqüência recorre aos


empréstimos internacionais.
Você sabe como surgiram os empréstimos internacionais?

As relações entre países, bancos, empresas públicas do


Estado ou particulares são práticas antigas. Mas nos dias de hoje
são muito divulgadas em todos os meios de comunicação.
Para compreender melhor o processo financeiro no mundo é
preciso relembrar alguns fatos históricos deste século.

1ª) A Segunda Guerra Mundial: em especial citaremos o caso


dos Estados Unidos, que saindo vitoriosos da mesma imprimiram
grande quantidade de papel moeda, possuindo uma maior
quantidade em ouro adquiriram inúmeros bens por toda a parte
do globo, causando assim um acúmulo de dólares nos bancos de países europeus, os
“eurodólares”.

2ª) A crise do Petróleo: Na década de 70, os cientistas fizeram uma pesquisa e


constataram que as reservas de petróleo só conseguiriam suprir o mercado de consumo por
mais 50 anos.

Em virtude dessa descoberta os grandes produtores de petróleo decidiram aumentar o


preço do produto, causando assim um acúmulo de dólares, chamados de “petrodólares”.
Uma parte desse dinheiro investiu-se em pesquisa de novas fontes de energia.
Essa grande quantidade de dólares acumulados gerou uma especulação financeira, isto é,
os banqueiros decidiram movimentar esses dólares para gerar mais lucro, oferecendo capital
para os países que necessitassem. Os países que tomam dinheiro emprestado (eurodólares
ou petrodólares) dessas instituições contraem a dívida externa.

O porquê dos empréstimos.


O Brasil, por exemplo, emprestou dinheiro para a construção de Brasília (1960), a
Transamazônica e outras obras faraônicas.
Alguns países necessitam de recursos financeiros para sair do déficit (prejuízo) - o
dinheiro das importações é maior que o das exportações. Exemplo.: Brasil, México,
Argentina etc. Outros requerem empréstimos para a construção de obras sociais
(educação, saúde, habitação etc) modernização industrial ou agropecuária (tecnologia
industrial, agrícola, de obras etc).

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Qual a função do FMI e do BIRD?


O FMI e o BIRD são “conjugados”, isto é, o Fundo Monetário Internacional funciona como
um regulador e fiscalizador dos pagamentos. O FMI é que propõe as formas de pagamentos
impondo certas condições aos países endividados e que
continuam no ciclo vicioso dos empréstimos.
A cada dívida os juros aumentam e a cada aumento ou
déficit há um novo empréstimo deixando os países
subdesenvolvidos cada vez mais dependentes dos
desenvolvidos.
O BIRD - Banco Internacional de Reconstrução e
Desenvolvimento - é uma associação com a função de
ceder empréstimos que são autorizados pelo FMI.

Exercícios. Responda em seu caderno:


7. Dê as características do sistema capitalista e da economia planificada.
8. Quais são as principais mudanças pelas quais estão passando os países socialistas?
9. O que você entende por globalização?
10. O que é “risco país?” Qual a função do FMI? Por que os países recorrem aos
empréstimos internacionais?

Leitura complementar. Para salvar a nossa economia inventaram cada plano.


Plano Cruzado, Plano Bresser, Plano Verão, Plano Collor, Plano Real.
A partir de 1986, o Brasil passa por diversos planos de estabilização econômica. Todos têm o
mesmo objetivo: acabar com a inflação e criar condições favoráveis para um desenvolvimento
econômico sustentado.
Plano Cruzado – Implantado em fevereiro de 1986 pelo ministro da Fazenda, Dilson Funaro, do
governo José Sarney, o Plano Cruzado combina austeridade fiscal e monetária com a preocupação
de elevar a renda dos assalariados. Muda a moeda de cruzeiro para cruzado, congela preços e
salários, extingue a correção monetária e cria o seguro-desemprego e o gatilho salarial. O cálculo da
inflação passa a levar em conta apenas o custo de vida das famílias com renda até cinco salários
mínimos. Entretanto, medidas necessárias de ajuste do Plano Cruzado, chamadas de Cruzado II,
como o aumento de preço dos serviços públicos e de alguns produtos de consumo, são adiadas para
depois das eleições de novembro de 1986, comprometendo o equilíbrio e a eficácia de todo o
programa de estabilização. No plano externo, o governo decreta moratória e suspende o pagamento
das dívidas do país.
Passado um ano, a inflação volta à casa dos 20% ao mês.
Plano Bresser – Em 1987, o novo ministro da Fazenda do governo Sarney, Luís Carlos Bresser
Pereira, lança o Plano Bresser, voltado principalmente para o equilíbrio das contas públicas. Além do
congelamento de preços e salários, aumenta as tarifas públicas e extingue o gatilho salarial. No
plano externo mantém a moratória. O plano também não dá resultado no que se refere ao controle
da inflação. Provoca perdas salariais e retaliações de governos estrangeiros, por causa do não-
pagamento da dívida externa.

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Plano Verão – Em 1989, ainda durante o governo Sarney, o ministro da Fazenda Mailson da
Nóbrega implanta o Plano Verão. Busca deter a inflação pelo controle do déficit público, privatização
de empresas estatais, demissão de funcionários e contração da demanda interna. A moeda muda de
cruzado para cruzado novo. Além de não evitar a elevação contínua e acelerada da inflação, o plano
causa forte recessão.

Plano Collor – O governo Collor toma posse em março de 1990 implantando o Plano Collor,
ambicioso programa de estabilização. Ele é baseado em um inédito confisco monetário – o dinheiro
das contas correntes, da poupança e dos diversos tipos de aplicação financeira não pode ser retirado
pelos correntistas além de um determinador valor. O saldo é congelado por 18 meses. Há também o
congelamento de preços e salários e a reformulação dos índices de correção monetária.
A moeda muda de cruzado novo para cruzeiro. Em seguida há medidas de enxugamento da
máquina estatal, como a demissão de funcionários públicos e a extinção de autarquias, fundações e
empresas públicas. Ao mesmo tempo tem início ao processo de abertura da economia nacional à
competição externa, facilitando a entrada de mercadorias e capitais estrangeiros no país.
Plano Real – As primeiras medidas de estabilização da economia que levam ao Plano Real são
tomadas em 1993. Em 1º de julho de 1994, o ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso, do
governo Itamar Franco, lança o Plano Real, que busca obter a estabilização sem usar recursos
tradicionais como o congelamento de preços e salários. As medidas visam conter os gastos públicos,
acelerar o processo de privatização das estatais, controlar a demanda por meio da elevação dos
juros e pressionar diretamente os preços pela facilitação das importações. A moeda, que havia
mudado de cruzeiro para cruzeiro real em agosto de 1993, muda para real em julho de 1994. O
programa prevê continuação da abertura econômica do país e medidas de apoio à modernização das
empresas brasileiras. Durante o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, que toma posse
em 1995, o Plano Real continua apresentando bons resultados quanto ao combate à inflação.
Fonte. Almanaque Abril 2004

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BIBLIOGRAFIA

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ALMANAQUE ABRIL. CD ROM, 8ª Edição, 2000.e 2004
BELTRAME, Zoraide Victoréllo. Geografia Ativa. São Paulo. Editora Ática, 1995.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DO BRASIL, 1998.
DIAMANTINO, Alves C. Pereira e outros, Ciências dos Espaço. São Paulo. Editora
Atual, 1994
DIMENSTEIN, Gilberto. Aprendiz do Futuro. São Paulo. Editora Ática, 2000.
ENCICLOPÉDIA ELETRÔNICA KOOGAN HOUAISS 2000
JORNAIS: Folha de São Paulo, Estado de São Paulo, Cruzeiro do Sul e Folha de
Votorantim.
LUCCI, Elian Alabi. Geografia. O homem no espaço global. São Paulo. Editora
Saraiva, 1997.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estática.
MAGNOLI, Demétrio e. Projeto de Ensino de Geografia. São Paulo. Editora
Moderna, 2000.
MÉDICI, Miriam de Cássia e. Coleção Nova Geração. São Paulo. Editora Nova
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MOREIRA, Igor. O espaço geográfico. São Paulo, Editora Ática, 1998.
NIDELCOFF, Maria Teresa. A escola e a compreensão da realidade. São Paulo.
Editora Brasiliense, 1990.
OLIVA, Jaime. Espaço e Modernidade. Temas da Geografia Mundial. São Paulo.
Editora Atual, 1995.
PROFESSOR PC, Geografia, CD ROM
REVISTAS: Veja, Isto é, Super Interessante, Época, Globo Rural.
RODRIGUES, Rosicler Martins. As cidades brasileiras. São Paulo, Editora Moderna,
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SENE, Eustáquio de e. Espaço geográfico e globalização. São Paulo. Editora
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SIMIELLI, Maria Helena. Atlas Geográfico. São Paulo. Editora Ática, 2000.
TELECURSO 2000, Geografia, Vol. 1 e 2 .
VESENTINI, J. William. Sociedade e Espaço. São Paulo. Editora Ática, 1997.

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EQUIPE DE GEOGRAFIA CEESVO 2005

Jaime Aparecido da Silva


Maria de Fátima Pinto
Deise Quevedo Bertaco

COLABORAÇÃO

PCP - Neiva Aparecida Ferraz Nunes


Equipe de Geografia do CEESSO 2004

DIREÇÃO

Elisabete Marinoni Gomes


Maria Isabel R. de C. Kupper

APOIO.

Prefeitura Municipal de Votorantim.

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