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SIMULADO ABERTO

NACIONAL
FUVEST
USP • APMBB • SANTA CASA
NOME TIPO No DE INSCRIÇÃO

S9

REALIZAÇÃO PATROCÍNIO
SIMULADO ABERTO
NACIONAL
INFORMAÇÕES INDISPENSÁVEIS PARA OS PARTICIPANTES
DO SIMULADO ABERTO NACIONAL E SEUS FAMILIARES
Correção Online - Fuvest
COMO UTILIZAR A CORREÇÃO DA PROVA PARA MELHORAR O DESEMPENHO E UTILIZAR
A ESTRATÉGIA QUE VOCÊ IRÁ UTILIZAR NA HORA DA PRIMEIRA FASE DA FUVEST, EM 22 DE NOVEMBRO

Tão importante quanto acertar o maior número possível de questões é, após a prova, aprender a resolver as questões que errou.
Para isso, o Simulado Aberto Nacional propõe a CORREÇÃO ONLINE. Veja como proceder:
1. A partir das 19h, acesse o site www.simuladoaberto.com.br;
2. Clique sobre CORREÇÃO ONLINE - FUVEST;
3. Digite seu número de inscrição e data de nascimento, para ter acesso ao quadro de respostas eletrônico;
4. Baseando-se no quadro onde você marcou suas respostas, página 23 desse caderno de questões, passe para o quadro
eletrônico que estará na tela de seu computador e, em seguida, clique em “enviar”;
5. Imediatamente você receberá um primeiro boletim informando seu número de acertos e quais das 90 questões você errou;
6. Resolva novamente as questões erradas e informe as novas alternativas que julgar corretas para elas;
7. O sistema fará outra correção e emitirá um segundo boletim, informando o novo número de acertos e quais as questões que
ainda continuam erradas;
8. Se isso ocorrer, repita o procedimento 6 para obter um terceiro boletim definitivo;
9. O prazo para você fazer essas duas tentativas de acerto termina às 18h da segunda-feira, dia 21 de setembro, quando será
disponibilizado no www.simuladoaberto.com.br o gabarito da prova.

Relatório de Desempenho
SERÁ PUBLICADO NO DIA 09 DE OUTUBRO NO SITE WWW.SIMULADOABERTO.COM.BR.
SEU DESEMPENHO COMPARADO COM TODOS OS ESTUDANTES QUE
PARTICIPARAM DO SIMULADO ABERTO NACIONAL DO SISTEMA ANGLO DE ENSINO.

INSTRUÇÕES PARA A REALIZAÇÃO DA PROVA


1. Esta prova contém 90 questões de múltipla escolha, cada uma com 5 alternativas, das quais somente uma é correta. Assinale no cartão de
respostas a alternativa que você julgar correta.
2. Será anulada a questão em que for assinalada mais de uma alternativa ou que estiver totalmente em branco. Assinale apenas uma alternativa
para cada questão.
3. Assinale a resposta preenchendo totalmente, a caneta (azul ou preta), o respectivo alvéolo, com o cuidado de não ultrapassá-lo. Não assinale
as respostas com “X”, pois essa sinalização não será considerada. Não use lápis ou caneta vermelha, em hipótese alguma, para assinalar as
respostas.

Exemplo de preenchimento CORRETO Exemplo de preenchimento INCORRETO


1 A B C D 31 A B C D 1 A B C D 31 A B C D

2 A B C D 32 A B C D 2 A B C D 32 A B C D

3 A B C D 33 A B C D 3 A B C D 33 A B C D

4 A B C D 34 A B C D 4 A B C D 34 A B C D

5 A B C D 35 A B C D 5 A B C D 35 A B C D

4. Não rasure nem amasse a folha de respostas. Não escreva nada no cartão de respostas fora do campo reservado.

SIMULADO ABERTO NACIONAL - FUVEST 2 SISTEMA ANGLO DE ENSINO


● PROVA DE CONHECIMENTOS GERAIS
FUVEST — 09/2009

QUESTÕES Com base no texto e considerando os conhecimentos carto-


gráficos, analise as afirmações:
1. Leia atentamente o excerto a seguir, extraído de uma repor- I. O trecho “um mapa é um mapa” é bastante realista, já
tagem publicada em 4/8/2009 no Caderno de Economia do que os mapas são representações limitadas dos lugares
site Universo On-line, da Folha de S.Paulo: e jamais poderiam servir para conhecê-lo, como a auto-
ra, em sua romântica visão, imagina.
A cotação do dólar comercial caiu 0,55% nesta terça-feira e II. A autora considera que as legendas dos mapas são for-
fechou em 1,824 na venda. Trata-se do quarto dia seguido mas tão eficientes de entender o que está representado
de queda da moeda americana, que ficou no menor valor nos mapas, que poderiam dispensar as viagens até es-
desde 25 de setembro. No ano, a baixa acumulada é de ses lugares.
21,82%. III. Um mapa pode criar imagens de um lugar ou de uma
Assinale a alternativa incorreta: realidade, desobrigando o leitor de estar presente no lo-
cal representado. Seu uso pela mídia pode favorecer a
A) O trecho permite concluir que o valor para compra não é
sensibilização da sociedade em relação a um problema.
igual ao valor para venda.
IV. Mapas podem facilitar a difusão de informações para am-
B) Em 3/8/2009 o dólar estava valendo R$ 1,834.
plos públicos, uma vez que a linguagem cartográfica po-
C) A baixa acumulada, de 21,82%, diz respeito ao período
de, às vezes, ser mais acessível que a linguagem escrita.
de janeiro a agosto de 2009.
D) O valor do dólar no Brasil em 4 de agosto de 2009 é igual São verdadeiras apenas:
ou inferior ao valor dessa moeda em 25 de setembro de A) I e II.
2008. B) I, III e IV.
E) Desde 25 de setembro de 2008 o dólar não tinha queda C) II, III e IV.
superior a 0,55%. D) I e IV.
E) II e III.
2. (ESPM) — “Em 1963/1964, o ambicioso discurso do inquie-
to cinema brasileiro alcançaria, de forma definitiva, sua ins- 4. Analise o texto:
crição no âmbito da melhor produção cultural do país. Com “Constitui um bioma brasileiro que se estendia original-
Vidas Secas, de Nelson Pereira dos Santos — que realizara mente por uma área de dois milhões de km2, hoje restam
o “clássico” Rio 40 Graus (54) e Mandacaru Vermelho (61) apenas 20% desse total. Este bioma apresenta solo defici-
— e Deus e o Diabo na Terra do Sol, de Glauber Rocha, o ente em nutrientes e rico em ferro e alumínio, abriga plan-
Cinema Novo levava o filme brasileiro a um novo patamar tas de aparência seca, entre arbustos esparsos e gramíneas
dentro do quadro de nossa cultura.” e um tipo mais denso de vegetação, de formação florestal.
(HELOISA B. DE HOLLANDA e MARCOS A. GONÇALVES. Estima-se que 10 mil espécies de vegetais, 837 de aves e
Cultura e Participação nos Anos 60,
161 de mamíferos vivam ali. Essa riqueza biológica, porém,
Editora Brasiliense, SP, 1999)
é seriamente afetada pela caça e pelo comércio ilegal. Este
O texto acima trata do Cinema Novo. Aponte a alternativa bioma é o sistema ambiental brasileiro que mais sofreu al-
que apresenta características do movimento que ficou co- teração com a ocupação humana”.
nhecido como Cinema Novo Brasileiro: Adaptado de www.portalbrasil.net. Acessado em abril/2008.
A) a produção do Cinema Novo pretendia realizar filmes vin- O bioma brasileiro a que o texto faz referência é:
culados criticamente à realidade do subdesenvolvimento.
A) Campos.
B) a produção do Cinema Novo priorizou a realização de fil-
B) Floresta Latifoliada.
mes comerciais e leves, capazes de medir forças com o
C) Caatinga.
cinema estrangeiro.
D) Cerrado.
C) a produção do Cinema Novo se caracterizou pela explo-
E) Floresta Equatorial.
ração da pornografia, as chamadas pornochanchadas.
D) o Cinema Novo repudiou a idéia do cinema de autor, que
surgira como forma de romper com os constrangimen- 5. Ao sul dos Açores, associadas à Crista Médio-Atlântica, exis-
tos da grande produção. tem fontes hidrotermais profundas. No fundo ocêanico, exis-
E) o Cinema Novo fugia da temática política, humana e so- tem pequenas mas numerosas fissuras, através das quais a
cial, pois privilegia abordagens não engajadas. água fria do oceano entra em contato com as rochas quen-
tes, formadas recentemente. A água aquecida sobe e arras-
ta consigo vários constituintes das rochas circundantes. Quan-
3. Leia o poema Legenda com a palavra mapa, de Adélia Pra-
do emerge do interior da Terra, no fundo oceânico, o fluido
do, publicado na obra Terra de Santa Cruz (1981):
é rico em sais, muitas vezes metálicos, que se vão depositan-
Tebas, Madian, Monte Hor, do em torno da abertura, formando uma estrutura a que se
esfingéticos nomes. dá o nome de chaminé. Dela emanam, sem cessar, inúme-
Iduméia, Efraim, Gilead, ros gases ricos em metano e compostos de enxofre, crian-
histórias que dispensam meu concurso. do à sua volta um ambiente único.
Os mapas me descansam, Nesses locais, a água circula a temperaturas que podem
mais em seus desertos que em seus mares, atingir os 400ºC, mantendo-se no estado líquido, devido às
onde mergulho porque mesmo nos mapas são profundos, elevadas pressões a que está submetida. No entanto, a três
voraginosos, indomesticáveis. centímetros do fluxo principal de água quente, a tempera-
Como pode o homem conceber o mapa? tura é a normal para essas profundidades, de apenas 2ºC.
Aqui rios, aqui montanhas, cordilheiras, golfos, Associadas às fontes hidrotermais profundas, desenvol-
aqui florestas, tão assustadoras quanto os mares. vem-se bactérias quimioautotróficas, que produzem com-
As legendas dos mapas são tão belas postos orgânicos a partir de carbono inorgânico e da oxida-
que dispensam as viagens. Você está louca, dizem-me, ção de compostos de enxofre libertados pelas chaminés.
um mapa é um mapa. Não estou, respondo. Estes seres vivem em simbiose com organismos mais de-
O mapa é certeza de que existe o LUGAR, senvolvidos. Neste ecossistema invulgar, crescem também
o mapa guarda sangue e tesouros. vermes tubulares (poliquetas tubulares), moluscos bivalves
Deus nos fala no mapa com voz geógrafa. e espécies estranhas de caranguejos e de camarões.
–3–
ANGLO VESTIBULARES ●

O esquema da figura representa o perfil da estrutura de 7. Variação da temperatura global da terra perto da superfície
uma fonte hidrotermal, no fundo do mar.
Variação da temperatura em graus Celsius

1,0

0,8
Aproximadamente 1500 metros
0,6
Emissão de água quente
0,4
Entrada de água fria
0,2

–0,2

–0,4
1860 1880 1900 1920 1940 1960 1980 2000

Fonte: Centro Hadley


Magma
De acordo com o gráfico pode-se concluir:
http://www.gave.min-edu.pt/np3/134.html A) que a temperatura na Terra se elevou apenas durante a
Revolução Industrial.
Selecione a alternativa que preenche os espaços na frase
B) que a recente globalização acentuou o aumento da tem-
seguinte, de modo a obter uma afirmação correta.
peratura na superfície da Terra.
Nas cadeias alimentares que se estabelecem nas fontes hi- C) que foi no período do entre guerras que se verificou o
drotermais profundas, a função de __________ é assumida maior índice de aquecimento na Terra.
pelas bactérias quimioautotróficas, que utilizam como fonte
D) que não há relação entre o aumento de temperatura e o
de __________ os compostos de enxofre, através de reações
nível de CO2 na superfície da Terra.
de oxidação-redução.
E) que não há relação entre as alterações de temperatura e
A) produtor — matéria o uso de combustíveis fósseis.
B) microconsumidor — matéria
C) produtor — energia
D) microconsumidor — energia 8. “… Um operário desenrola o arame, o outro o endireita, um
E) decompositor — matéria terceiro corta, um quarto o afia nas pontas para a colocação
da cabeça do alfinete; para fazer a cabeça do alfinete reque-
rem-se 3 ou 4 operações diferentes; …”
6. Pelas normas vigentes, o litro de álcool hidratado que abas- SMITH, Adam. A Riqueza das Nações. Investigação sobre
tece os veículos deve ser constituído de 96% de álcool puro a sua Natureza e suas Causas. Vol. I.
São Paulo: Nova Cultural, 1985.
e 4% de água (em volume). As densidades desses compo-
nentes são dadas na tabela.
Substância Densidade (g/L)
água 1000
álcool 800
Um técnico de um órgão de defesa do consumidor inspe-
cionou cinco postos suspeitos de venderem álcool hidrata-
do com maior quantidade de água do que o especificado.
Colheu uma amostra do produto em cada posto, mediu a Jornal do Brasil, 19 de fevereiro de 1997.
densidade de cada uma, obtendo:
A respeito do texto e do quadrinho são feitas as seguintes
Densidade do afirmações:
Posto combustível (g/L)
I. Ambos retratam a intensa divisão do trabalho, à qual
I 822 são submetidos os operários.
II 820 II. O texto refere-se à produção informatizada e o quadri-
III 815 nho, à produção artesanal.
IV 808 III. Ambos contêm a idéia de que o produto da atividade in-
V 805 dustrial não depende do conhecimento de todo o pro-
cesso por parte do operário.
A partir desses dados, o técnico pôde concluir que estavam
com o combustível adequado somente os postos: Dentre essas afirmações, apenas
A) I e II. A) I está correta.
B) I e III. B) II está correta.
C) II e IV. C) III está correta.
D) III e V. D) I e II estão corretas.
E) IV e V. E) I e III estão corretas.
–4–
● PROVA DE CONHECIMENTOS GERAIS
FUVEST — 09/2009
9. (FUVEST/2007) — Alguns problemas de saúde, como bócio 11. Releia o segundo parágrafo do texto:
endêmico e retardo mental, são causados pela ingestão de
“Apesar de ter havido redução significativa desde 1982,
quantidades insuficientes de iodo. Uma maneira simples de
quando o índice nacional era de 47%, o ritmo da melhora
suprir o organismo desse elemento químico é consumir o
vem caindo. Se for mantido, o país não cumprirá a meta,
sal de cozinha que contenha de 20 a 60 mg de iodo por qui-
estabelecida pelo movimento Todos pela Educação, de ter
lograma do produto. No entanto, em algumas regiões do
100% das crianças plenamente alfabetizadas até 2022.”
País, o problema persiste, pois o sal utilizado ou não foi pro-
duzido para consumo humano, ou não apresenta a quanti- A primeira oração de cada um dos períodos expressa, res-
dade mínima de iodo recomendada. pectivamente:
A fonte de iodo utilizada na indústria do sal é o iodato de A) Um momento passado em que houve progresso no com-
potássio, KIO3, cujo custo é de R$ 20,00/kg. bate ao analfabetismo infantil; a causa de tantas crian-
Considerando que o iodo representa aproximadamente 60% ças continuarem analfabetas no Brasil atual.
da massa de KIO3 e que 1kg do sal de cozinha é comerciali- B) Uma ressalva que admite importantes conquistas pre-
zado ao preço médio de R$ 1,00, a presença da quantidade gressas; uma hipótese desastrosa que põe em risco o
máxima de iodo permitida por lei (60 miligramas de iodo futuro das crianças brasileiras.
por quilograma de sal) representa, no preço, a porcenta- C) A intenção do Ministério da Educação no início dos anos
gem de 1980; um momento futuro em que o fracasso da educa-
A) 0,10% ção brasileira ficará novamente patente.
B) 0,20% D) A concordância entre os resultados obtidos no passado
C) 1,20% e a meta pretendida pelo movimento Todos pela Educa-
D) 2,0% ção; uma hipótese otimista que pode assegurar melho-
res resultados futuros.
E) 12%
E) Os efeitos já atingidos pelo Ministério da Educação; os
resultados que o Ministério da Educação almeja.
O fragmento a seguir, extraído de um editorial do jornal
Folha de S.Paulo, servirá de base para as questões 10 e 11.
Texto para as questões 12 e 13
ANALFABETISMO INFANTIL
Em 2008, no Rio de Janeiro, foi encenada a peça de teatro
NO BRASIL, 11,5% das crianças de oito e nove anos são Quadrilha, baseada no poema homônimo de Carlos
analfabetas, segundo o IBGE. O percentual supera a média Drummond de Andrade, com direção de Rafael Cruz. Eis
nacional entre adultos, de 10%. No Nordeste, o índice infan- uma reprodução do cartaz de exibição dessa montagem,
til vai a 23%. No Maranhão atinge o pico nacional: 38%. seguido da transcrição do texto verbal nele incluído, para
Apesar de ter havido redução significativa desde 1982, facilitar a leitura:
quando o índice nacional era de 47%, o ritmo da melhora
vem caindo. Se for mantido, o país não cumprirá a meta,
estabelecida pelo movimento Todos pela Educação, de ter
100% das crianças plenamente alfabetizadas até 2022.
A Provinha Brasil, do Ministério da Educação, que tam-
bém avalia o nível de alfabetização no segundo ano do en-
sino fundamental, vem apresentando resultados igualmen-
te dramáticos.
Os dados reforçam a necessidade de dar mais atenção
à pré-escola. Entre as crianças que têm de quatro a seis
anos, 22% estão fora do pré — fonte certa de estímulos e
elementos pedagógicos de grande valia para o desenvolvi-
mento intelectual infantil.
(Folha de S.Paulo, 14 de julho de 2009,
pág. A2)

10. Considerando os dados


Utilizando seu conhecimento de mundo, aponte a alternati-
va incorreta a respeito dos dados contidos no texto:
A) Há regiões brasileiras em que a porcentagem de crian-
ças de oito e nove anos analfabetas é seguramente infe-
rior a 11,5%.
Quadrilha
B) A probabilidade de uma criança maranhense de oito ou
João amava Teresa
nove anos permanecer analfabeta é cerca de três vezes
que amava Raimundo
maior do que aquela que existe no país como um todo.
que amava Maria
C) Nos últimos 27 anos a porcentagem de crianças de oito que amava Joaquim
e nove anos analfabetas foi reduzida em mais de 75%. que amava Lili
D) A diminuição significativa do índice de crianças analfabe- que não amava ninguém
tas que se verifica há mais de duas décadas indica que
basta manter o atual ritmo de redução dos índices de 12. Analisando a relação entre a estrofe transcrita do poema de
analfabetismo para conseguir cumprir a meta estabele- Drummond e a imagem, é correto dizer que:
cida pelo movimento Todos pela Educação. A) a monogamia e a fidelidade são apresentadas como va-
E) Se o país não melhorar seu desempenho na educação lores ultrapassados, que se identificam com a ideologia
fundamental e na pré-escolar, as metas estabelecidas pe- católica dominante em nossa sociedade.
lo movimento Todos pela Educação provavelmente não B) a imagem sugere que todas as pessoas estão sempre
serão atingidas, a considerar os dados divulgados pelo apaixonadas, diferentemente do texto, em que Lili “não
IBGE em 2009. amava ninguém”.
–5–
ANGLO VESTIBULARES ●

C) a falta de reciprocidade afetiva entre as personagens do C) A mistura do pronome “te” (2a pessoa do singular) com
texto drummondiano é ratificada, na imagem, pela dis- o tratamento “você” (3a pessoa do singular) exemplifica
tância excessiva entre os corpos. o uso informal da língua.
D) a intensidade afetiva está presente na imagem, por meio D) O emprego da palavra “coisa” (“acaba com a coisa de
da sobreposição de nomes, e no texto, por meio dos escrever coisa…”), é inadequado numa situação formal
amores contidos das personagens. de comunicação.
E) os amores não correspondidos do poema de Drummond E) A escolha de palavras como “incognoscível” e “inco-
são representados, plasticamente, pela sobreposição de mensurável” é compatível com a idéia de um texto de
corpos na imagem. fácil digestão, que todos entendem.

13. Considerando a pontuação dos versos de Drummond trans- 15. Marque a alternativa que analisa corretamente as palavras
critos no cartaz, assinale a alternativa correta: escolhidas pelo narrador.
A) a ausência de vírgulas mostra a disposição dos artistas A) O prefixo “in-”, nesse texto, está presente em palavras
modernistas em respeitar o padrão culto da língua em que remetem ao que é óbvio, isto é, ao que pode ser ex-
seus textos. plicado objetivamente.
B) a falta de pontuação sugere a união das personagens B) As palavras derivadas por prefixação com a agregação
que dançam, até porque as cinco orações adjetivas que de “in-” empregadas nesse texto se referem ao que é
constituem os versos só podem ser restritivas. misterioso, inexplicável.
C) a presença de vírgulas antes de cada pronome relativo C) O sufixo diminutivo, em “novelinha”, não tem um valor
do texto seria recomendada do ponto de vista normati- pejorativo, indicando um gênero literário de menor va-
vo, embora fosse mudar o efeito de sentido dos versos. lor, mas um valor afetivo, uma vez que a novela é muito
D) a justificativa para não empregar vírgulas é meramente apreciada.
gramatical, pois as orações adjetivas que aparecem no D) Sem o prefixo “-in”, as palavras indicam uma literatura
texto não poderiam ser explicativas. que não é de fácil digestão, opondo-se às novelas ame-
E) entre as orações que constituem os versos deveria ter nas, que todos entendem.
sido empregado ponto-e-vírgula, o que não foi feito devi- E) O sufixo “-vel” forma adjetivos a partir de verbos, como
do à postura drummondiana de abolir a pontuação con- “cogitar” e “cogitável”, mas nesse texto “incogitável” é
vencional de seus textos. empregada como substantivo, por derivação imprópria.

Texto para as questões 14 e 15 16. (ENCCEJA-adaptada) — Leia:


O trecho a seguir foi extraído de Fluxo-floema, primeiro li- ‘Causo’ de amor
vro em prosa de Hilda Hilst, um dos principais nomes da li- Boldrin, paulista de São Joaquim da Barra, criado em Guaí-
teratura brasileira contemporânea, autora também de pe- ra, perto de Barretos, tem, digamos, um causo de amor com
ças de teatro e poemas. O livro constitui-se de cinco textos: o Brasil.
na primeira narrativa do livro, intitulada Fluxo, o narrador (Texto adaptado. Fonte: Jornal do Brasil.
Ruiska reflete, dentre outras questões, sobre a obra literá- Caderno B, 27/07/2005)
ria.
Observe a palavra causo, empregada no texto. Ela faz parte
Olhe aqui, Ruiskas, você não veio ao mundo para escrever de uma variante regional da língua portuguesa, encontrada
cavalhadas, você está se esquecendo do incognoscível. O especialmente no sertão brasileiro. No texto, retirado de um
incognoscível? É, velho Ruiska, não se faça de besta. Levan- jornal, ela aparece entre aspas (‘causo’) e em negrito (causo).
to-me e encaro-o. Digo: olhe aqui, o incognoscível é incogi- Esse destaque na redação do termo sugere que o autor
tável, o incognoscível é incomensurável, o incognoscível é quer
inconsumível, é inconfessável. Ele me cospe no olho, de- A) afirmar que ele pertence ao grupo de falantes de uma
pois diz: ninguém está te mandando escrever sobre o in- variante regional.
cognoscível, estou dizendo não se esqueça do incognoscí-
B) ensinar a forma correta de escrever essa palavra na vari-
vel. Ah, está bem. Finjo que entendo. Ou entendo realmen-
ante padrão culta.
te que não devo esquecer do incognoscível. (...) Eu te acon-
selho a escrever daqui por diante coisas de fácil digestão, C) abolir o uso dessa expressão nos textos publicados pela
coisas que você pode fazer com pouco esforço, acaba com imprensa escrita.
a coisa de escrever coisa que ninguém entende, que só vo- D) marcar o uso intencional dessa palavra dentro do texto
cê é que entende. (...) É para teu bem que te pedimos nove- em norma culta.
linhas amenas, novelinhas para ler no bonde, no carro, no E) fazer ironia com o mau uso do português pelo apresen-
avião, no módulo, na cápsula. tador Rolando Boldrin.
(Editora Globo, São Paulo, 2003,
p. 24-30)

Cavalhada: feito excepcional, heróico; façanha, proeza. 17. Ao usar a forma verbal digamos, o redator pretende:
Incognoscível: que não se pode conhecer pela razão e inteligência.
A) fugir da responsabilidade do que vai dizer;
Incomensurável: imenso, infinito, que não pode ser medido.
B) transferir para o leitor a responsabilidade pelo que vai
14. Sobre o modo de usar a linguagem no texto, só não é cor- dizer;
reto o que se afirma em: C) assumir sozinho toda a responsabilidade pelo que está
A) Ocorre no fragmento uma mistura da linguagem formal dizendo;
com a informal. D) solicitar a adesão do interlocutor pelo que vai dizer em
B) Palavras como “incognoscível” e “incomensurável” são seguida;
exemplos de linguagem formal, entendidas por leitores E) evitar o uso de digo, que, aliás, daria o mesmo efeito de
mais especializados. sentido.
–6–
● PROVA DE CONHECIMENTOS GERAIS
FUVEST — 09/2009
18. Leia o trecho seguinte, extraído do Auto da barca do infer- 19. Levando-se em conta o tempo em que se passa a ação do
no (1517), de Gil Vicente, e assinale a alternativa correta: romance (início do século XIX) e a época em que ele foi es-
crito (década de 1850), é possível dizer que o narrador:
FRADE
A) constata, de maneira objetiva e imparcial, a presença de
Tai-rai-rai-ra-rã; taririrã
ritos afro-brasileiros no início do século XIX.
tarai-rai-rai-rã; rairirirã
B) trata com ironia a prática da feitiçaria, vendo nela uma
tã-tã; tari-rim-rim-rã! Huhá!
forma de atuação daqueles que exploravam as crendi-
DIABO ces.
Que é isso, padre? Que vai lá? C) aceita as crendices do início do século, mas condena sua
continuação no presente.
FRADE D) reconhece os ritos de feitiçaria, desde que sejam pratica-
Deo gratias! 1 Sou cortesão. dos pela “gente do povo”.
DIABO E) evita a ironia para manter a sobriedade objetiva na des-
crição dos costumes da época.
Sabeis também o tordião 2?
FRADE
Por que não? Como ora sei! 20. José de Alencar explicitou seu programa estético indianista
na “Carta ao Dr. Jaguaribe”, texto que costuma acompa-
DIABO nhar as edições de Iracema. Ali escreveu este parágrafo:
Pois entrai! Eu tangerei
Sem dúvida que o poeta brasileiro tem de traduzir em sua
e faremos um serão.
língua as idéias, embora rudes e grosseiras, dos índios;
Essa dama é ela vossa?
mas nessa tradução está a grande dificuldade; é preciso que
FRADE a língua civilizada se molde quanto possa à singeleza primi-
Por minha la tenho eu tiva da língua bárbara; e não represente as imagens e pen-
e sempre a tive de meu. samentos indígenas senão por termos e frases que ao leitor
pareçam naturais na boca do selvagem.
DIABO
Fezestes bem, que é fermosa. Entre as frases abaixo, extraídas do romance, assinale a
E não vos punham lá grossa 3 que menos realiza, esteticamente, a idéia central do pará-
no vosso convento santo? grafo:
A) “O cajueiro floresceu quatro vezes depois que Martim
FRADE partiu das praias do Ceará”.
E eles fazem outro tanto!… B) “A raça de cabelos do sol cada vez ganhava mais a ami-
DIABO zade dos Tupinambás”.
C) “A voz do cristão transmitiu a Poti o pensamento de Ira-
Que cousa tão preciosa!
cema, o chefe pitiguara, prudente como o tamanduá, pen-
Entrai, padre reverendo!
sou e respondeu”.
Notas: 1. graças a Deus; 2. dança renascentista; 3. não censuravam. D) “O cristão adormeceu ouvindo suspirar, entre os mur-
múrios da floresta, o canto mavioso da virgem indiana”.
A) A afirmação do Frade de que no convento “fazem outro E) “O cristão parou calcando a mão no peito para sofrer o
tanto!…” sugere crítica à igreja católica semelhante às coração, que saltava como o poraquê”.
acusações de Lutero, cujas “95 Teses” também são de
1517.
B) Com as falas “Eu tangerei e faremos um serão”, “Fezes-
21. Em O cortiço, Aluísio Azevedo demonstrou grande domínio
tes bem”, “cousa preciosa” e “padre reverendo”, o Dia-
sobre diferentes usos da linguagem. Não somente as falas
bo mimetiza, ironicamente, a postura cortesã do Frade.
das personagens apresentam variações lingüísticas (con-
C) “Deo gratias!” é uma saudação equivocada do Frade,
forme sua condição social ou nacionalidade), como tam-
que julga estar cumprimentando Deus, e não o Diabo.
bém o próprio narrador mescla discursos populares e eru-
D) Ao dizer “E eles fazem outro tanto!”, o Frade demonstra
ditos.
consciência e arrependimento dos pecados que pratica-
ra em vida. A partir dessa constatação, aponte, dentre as alternativas
E) Como o Auto da barca do inferno é uma peça alegórica, abaixo, aquela que não contém o mesmo registro lingüísti-
o Frade é alegoria da igreja de Roma, corrompida por co que se nota em: “João Romão conseguira meter o so-
costumes mundanos e devassos. brado do vizinho no chinelo; o seu era mais alto e mais no-
bre, e então com as cortinas e com a mobília nova impunha
respeito”.
Texto para a questão 19 A) “Jerônimo acordava todos os dias às quatro horas da
manhã, fazia antes dos outros a sua lavagem à bica do
Entretanto, para a admiração do leitor, fique-se sabendo pátio, socava-se depois com uma boa palangana de cal-
que este homem tinha por ofício dar fortuna 1! do de unto, acompanhada de um pão de quatro”.
Naquele tempo acreditava-se muito nestas coisas, e uma B) “Tanto numa casa, como na outra, o jantar seria às cin-
sorte de respeito supersticioso era tributado aos que exer- co horas. Rita ‘botou’ o vestido branco, de cambraia, en-
ciam semelhante profissão. Já se vê que inesgotável mina canudado a ferro”.
não achavam nisso os industriosos! C) “Ele tinha ‘paixa’ pela Rita, e ela, apesar de volúvel co-
E não era só a gente do povo que dava crédito às feitiça- mo toda a mestiça, não podia esquecê-lo por uma vez”.
rias; conta-se que muitas pessoas da alta sociedade de en- D) “Jerônimo tomava agora, todas as manhãs, uma xícara
tão iam às vezes comprar venturas e felicidades pelo cômo- de café bem grosso, à moda da Ritinha, e tragava dois
do preço da prática de algumas imoralidades e supersti- dedos de parati”.
ções. E) “À porta de uma confeitaria da Rua do Ouvidor, João
(Manuel A. Almeida. Memórias de um sargento de milícias, Romão, apurado num fato novo de casimira clara, espe-
cap. IV, livro I)
rava pela família do Miranda, que nesse dia andava em
Nota: 1. proceder a rito afro-brasileiro para obter a felicidade. compras”.
–7–
ANGLO VESTIBULARES ●

22. O trecho a seguir foi retirado de uma reportagem do jornal Considerando-se o contexto do romance, não se pode afir-
O Estado de S. Paulo: mar que:
“Em 1868, 58% dos moradores do Rio [de Janeiro] viviam A) Trata-se de um comentário digressivo e irônico sobre
em cortiços […]. um evento ocorrido na vida pretérita do narrador.
[…] B) Um pensamento verossímil (como a suspeita de traição
Alguns moradores dizem que não há romantismo nenhum baseada nos traços físicos de Escobar e Ezequiel) é acei-
em morar num dos cortiços históricos. O esgoto corre a céu tável, quando não se sabe a verdade.
aberto, ratos transitam pelo pátio […].” C) A oração “Cantei um duo terníssimo, depois um trio” alu-
(Clarissa Thomé, “Rio revitaliza cortiços do centro”, in: jornal de ao relacionamento com a Capitu e ao suposto triân-
O Estado de S. Paulo, 31/5/2009, Caderno “Metrópole”, p. C-6) gulo amoroso entre o narrador, sua amada e Escobar.
D) O narrador permite ao leitor desconfiar que seu relato
Associe as informações do fragmento com seus conhecimen-
sobre o passado seja apenas verossímil, sem, contudo,
tos sobre o romance O cortiço e assinale a alternativa correta:
atingir a verdade.
A) O romance mostra uma realidade bastante diferente da- E) Bentinho, impressionável, sempre aceita as opiniões dos
quela registrada na reportagem, já que, nele, predomina conhecidos, mostrando-se incapaz de assumir uma posi-
a preocupação com a higiene e a saúde. ção por si mesmo.
B) A reportagem funciona como um testemunho das mu-
danças radicais que se operaram no Rio de Janeiro des- Texto para a questão 25
de a época do romance até os dias de hoje.
C) O romance confirma a idéia da falta de “romantismo” Anulado, bocejava com descoroçoada 1 moleza. E nada mais
na vida do cortiço, mostrando uma realidade de forma instrutivo e doloroso do que este supremo homem do sécu-
dura e direta. lo XIX, no meio de todos os aparelhos reforçadores dos
D) A expressão “romantismo” não poderia se aplicar ao ro- seus órgãos, e de todos os fios que disciplinavam ao seu
mance, já que este retrata a vida pitoresca dos morado- serviço as Forças Universais, e dos seus trinta mil volumes
res de habitações coletivas no final do século XIX. repletos de saber dos séculos — estacado, com as mãos
E) O romance e a reportagem se diferenciam pelo tipo de derrotadas no fundo das algibeiras, e exprimindo, na face e
linguagem: sempre alegórica no primeiro e sem expres- na indecisão de um bocejo, o embaraço de viver!
(Eça de Queirós. A cidade e as serras, cap. V)
sões de duplo sentido na segunda.
Nota: 1. desanimada.
Texto para a questão 23 25. No texto acima, percebem-se alguns dos aspectos estilísti-
Alexandre, em casa, à hora de descanso, nos seus chi- cos associados à prosa ficcional de Eça de Queirós. Entre
nelos e na sua camisa desabotoada, era muito chão com os eles, é correto destacar:
companheiros de estalagem, conversava, ria e brincava, A) Descrição objetiva, enumeração e zoomorfismo.
mas envergando o uniforme, encerando o bigode e empu- B) Caracterização caricatural da personagem, ironia e sen-
nhando a sua chibata com que tinha o costume de fustigar so de contraste.
as calças de brim, ninguém mais lhe via os dentes e então a C) Metáfora, personificação e descrição objetiva.
todos falava ‘teso’ e por cima do ombro. A mulher, a quem D) Paródia, caracterização caricatural da personagem e si-
ele só dava ‘tu’ quando não estava fardado, era de uma ho- nestesia.
nestidade proverbial no cortiço, honestidade sem mérito, E) Ironia, alegoria e técnica impressionista.
porque vinha da indolência do seu temperamento e não do
arbítrio do seu caráter. (UEPB-adaptada) — Texto para as questões 26 a 30
(Aluísio Azevedo, O cortiço.) 1 What is gender anyway? […] History and science suggest
23. Assinale a alternativa que apresenta comentário crítico ade- that gender is more subtle and complicated than anatomy. (It’s
quado ao texto. separate from sexual orientation, too, which determines which
A) Para o escritor realista, imbuído dos princípios cientifi- sex we’re attracted to). Gender helps us organize the world
cistas do século XIX, à beleza física das personagens de- 5 into two boxes, his and hers, and gives us a way of quickly sizing
ve necessariamente corresponder à beleza moral. up every person we see on the street. “Gender is a way of
B) A personagem de romance romântico notabiliza-se por making the world secure,” says feminist scholar Judith Butler.
um comportamento social agressivo, que contrasta com While some scholars like Butler consider gender largely a social
a afetividade característica do convívio familiar. construct, others increasingly see it as a complex interplay of
C) De acordo com os cânones da estética naturalista, a indo- 10 biology, genes, hormones and culture. Genesis set up the initial
lência típica do comportamento feminino torna as mu- dichotomy: “Male and female he created them.” And historically,
lheres frágeis e volúveis. the differences between men and women were thought to be
D) Para o escritor naturalista, os traços instintivos determi- distinct. […] But, as society changed, the stereotypes faded.
nam o comportamento das pessoas. […] Still, even the most diehard feminist would likely agree
E) O escritor realista defende a tese de que o autoritarismo 15 that we are not exactly alike. In many cases, our habits, our
é resultado da herança genética, sendo, portanto, inde- posture, and even cultural identifiers like the way we dress set
pendente da posição social. us apart. Now as transgender people become more visible and
challenge the old boundaries, they’ve given voice to another
24. O excerto abaixo foi extraído do romance Dom Casmurro. debate — whether gender comes in just two flavors. […]
Nele, temos um comentário do narrador à comparação en- 20 “Transgender” is an umbrella term that includes anyone whose
tre a vida e a ópera, feita por um tenor italiano: gender identity or expression differs from the sex of their birth
— whether they have surgery or not. […] However, male or
Que é demasiada metafísica para um só tenor, não há dúvi- female, we all start life looking pretty much the same.
da; mas a perda da voz explica tudo, e há filósofos que são, Newsweek, May 21st, 2007.
em resumo, tenores desempregados.
Eu, leitor amigo, aceito a teoria do meu velho Marcolini, não 26. O texto sugere que o gênero é:
só pela verossimilhança, que é muita vez toda a verdade, A) somente uma teoria histórica.
mas porque a minha vida se casa bem à definição. Cantei B) dependente apenas da biologia.
um duo terníssimo, depois um trio, depois um quatuor... C) meramente genético.
Mas não adiantemos. D) somente uma conseqüência dos hormônios.
(Machado de Assis, Dom Casmurro, cap. X) E) uma combinação de vários fatores.
–8–
● PROVA DE CONHECIMENTOS GERAIS
FUVEST — 09/2009
27. Segundo o texto, a dicotomia do gênero (masculino/femini- 33. (FUVEST) — “Em certo sentido, os portugueses, os espanhóis
no) foi primeiramente criada: e os italianos, compondo os maiores contingentes imigra-
A) na Bíblia. tórios para o Brasil, registrados entre a Independência e a
B) pelos cientistas. Primeira Guerra mundial, satisfaziam as reivindicações dos
dois grupos de pressões nacionais”.
C) por acadêmicas feministas como Judith Butler.
Maria L. Renaux e Luiz F. de Alencastro.
D) pelos historiadores. História da Vida privada no Brasil.
E) pela sociedade.
Uma das reivindicações atendidas com a entrada desses imi-
grantes foi a de
28. “Transgender” (line 20) in the text refers to people:
A) políticos nortistas para povoar as áreas de fronteira.
A) who undergo surgery to change the sex of their birth. B) fazendeiros escravagistas para aumentar a produção ca-
B) whose gender expression is different from the sex of navieira.
their birth. C) políticos defensores do “embranquecimento” da popu-
C) who are heterosexual. lação nacional.
D) who are repelled by sexuality. D) industriais paulistas para obtenção de mão-de-obra es-
E) who respect gender dichotomy. pecializada.
E) políticos europeus para solucionar problemas decorren-
tes da unificação nacional.
29. No trecho “While some scholars like Butler consider gender
largely a social construct…” (linhas 8-9), a conjunção while
denota ____________ e poderia ser corretamente substituída
por ____________: 34. (FUVEST) — “Com efeito, a política científica evidencia que
a separação entre o poder espiritual e o poder temporal é a
A) conseqüência — Thus condição indispensável de toda Ordem e de todo Progresso
B) razão — When na sociedade moderna”.
C) resultado — However Miguel Lemos, Rio de Janeiro, 1890.
D) contraste — Although
E) condição — As long as As afirmações apresentadas no texto correspondem às idéias
A) evolucionistas
B) positivistas
30. Os termos likely (l. 14); alike (l. 15) e like (l. 16) têm como C) católicas
sinônimos, respectivamente: D) românticas
A) affectionately — uncommon — typical E) republicanas
B) improbably — the same — compared to
C) actually — approved — enjoy
D) probably — similar — such as 35. (FUVEST) — É possível constatar semelhanças entre os go-
E) approximately — different — appreciate vernos de Getúlio Vargas (Brasil), Lázaro Cárdenas (México)
e Juan Domingo Perón (Argentina), pois esses líderes
A) assumiram as mesmas posições frente à 2a Guerra.
31. (FUVEST) — No Brasil, os escravos
B) buscaram o apoio político das classes populares.
1. trabalhavam tanto no campo quanto na cidade, em ativi- C) defenderam e puseram em prática idéias fascistas.
dades econômicas variadas. D) nacionalizaram o petróleo e as estradas de ferro.
2. sofriam castigos físicos, em praça pública, determinados
E) chegaram ao poder por intermédio de um golpe.
por seus senhores.
3. resistiam de diversas formas, seja praticando o suicídio,
seja organizando rebeliões.
4. tinham a mesma cultura e religião, já que eram todos pro- 36. (PUC/2007) — “No caso da Grécia, a evolução intelectual que
venientes de Angola. vai de Hesíodo [séc. VIII a.C.] a Aristóteles [séc. IV a.C.] pa-
5. estavam proibidos pela legislação de efetuar pagamento receu-nos seguir, no essencial, duas orientações: em pri-
por sua alforria. meiro lugar, estabelece-se uma distinção clara entre o mun-
do da natureza, o mundo humano, o mundo das forças sa-
Das afirmações acima, são verdadeiras apenas gradas, sempre mais ou menos mesclados ou aproximados
A) 1, 2 e 4. pela imaginação mítica, que às vezes confunde esses diver-
B) 3, 4 e 5. sos domínios (...).”
C) 1, 3 e 5. Jean-Pierre Vernant. Mito e pensamento entre os gregos.
Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990, p. 17
D) 1, 2 e 3.
E) 2, 3 e 5. A partir da citação acima e de seus conhecimentos, pode-se
afirmar que, no período indicado, os gregos
32. (FUVEST) — Durante o período em que o Brasil foi Império A) separavam completamente a razão do mito, diferencian-
houve, entre outros fenômenos, a do a experiência humana de suas crenças irracionais.
A) consolidação da unidade territorial e a organização da B) acreditavam em seus mitos, relacionando-os com acon-
diplomacia. tecimentos reais e usando-os para entender o mundo
B) predominância da cultura inglesa nos campos literário e humano.
das artes plásticas. C) definiram o caráter irracional do ser humano, garantin-
C) constituição de um mercado interno nacional, integrando do plena liberdade de culto e crença religiosa.
todas as regiões do país. D) privilegiavam o mundo sagrado em relação ao humano
D) incidência de guerras externas e a ausência de rebeliões e ao natural, recusando-se a misturar um ao outro.
internas nas províncias. E) defendiam a natureza como um reino intocável, toman-
E) inclusão social dos índios e a abolição da escravidão ne- do o homem como um risco para o bem-estar do mun-
gra. do.
–9–
ANGLO VESTIBULARES ●

37. (ESPM) — Quando vos dispuserdes à oração, purificai ante 41. Considerando as massas de ar que atuam no território bra-
o rosto, as mãos até os cotovelos, a face até as orelhas, e os sileiro e alguns de seus efeitos, analise o quadro abaixo e
pés até os tornozelos. O asseio é a chave da oração. escolha a associação correta.
Socorrei vossos filhos, vossos parentes, os órfãos, os po-
bres, os peregrinos; o bem que fizerdes será conhecido do Massa Principais
Características Efeitos
Onipotente. Dai esmola de dia, à noite, em público ou em de Ar regiões atingidas
segredo; sereis recompensados pelas mãos do Eterno e Equatorial Quente Litoral Norte Formação de
ficareis isentos dos terrores e tormentos. Aquele que dá por A) Atlântica e e chuvas e au-
ostentação é semelhante a um rochedo coberto de pó: vem (mEa) úmida Nordeste mento dos ventos
a chuva e não lhe resta senão sua dureza.
No mês de Ramadã, comer e beber só vos é permitido até o Interior das Formação de
Equatorial Quente
momento em que a claridade vos deixar distinguir um fio regiões Norte, ventos e diminui-
B) Continental e
branco de um fio preto: jejuai então do começo do dia até a Centro-Oeste ção da umidade
(mEc) seca
noite e passai o dia em oração. e Sul relativa do ar
(Leonel Itaussu e Luís César. História Antiga e Medieval)
Faixa litorânea Formação de
Tropical Quente
Quanto ao trecho apresentado no enunciado devemos rela- das regiões chuvas e dimi-
C) Atlântica e
cioná-lo com: Norte e nuição das tem-
(mTa) úmida
A) O Alcorão e algumas das obrigações dos mulçuanos. Nordeste peraturas
B) O Suna e algumas das obrigações dos mulçumanos. Tropical Quente Sudeste, Sul, Aumento das
C) O Talmud e algumas das obrigações dos mulçumanos. D) Continental e parte do Nor- temperaturas e
D) O Tora e algumas das obrigações dos mulçumanos. (mTc) seca deste e Norte dos ventos
E) O Zend-Avesta e algumas das obrigações dos mulçuma-
nos. Sudeste, Diminuição das
Polar Fria
Sul temperaturas e
E) Atlântica e
e da umidade
(mPa) seca
38. “… Luiz XI, Fernando o Católico, Alexandro VI e César Bor- Norte relativa do ar
gia, Francesco Sforza e outros (…) Pois aqueles soberanos
souberam manipular o veneno e o punhal assim como o ro-
sário e o cetro, e não se deixaram influir em nada, na exe- 42. Em 2006, o consumo de combustíveis no Brasil foi aproxi-
cução de seus planos de domínio político, por interferências madamente quatro vezes maior de gasolina (24.007.633 m3)
morais…” do que de álcool (6.186.553 m3). Estudo da Fundação Getú-
(ROCKER, Rudolf — Nacionalismo y cultura. lio Vargas revela que, antes de 2010, o consumo mensal de
Madrid, La Piqueta, 1977.) álcool nos postos ultrapassará o da gasolina. Com isto, há
O texto acima (assinale a alternativa correta): previsões de aumento da produção canavieira na maioria
dos estados, conforme o gráfico.
A) dá exemplos de déspotas esclarecidos e sua atuação.
B) fala da subordinação da política à religião.
C) faz referência ao conteúdo da obra de Maquiavel. BRASIL: AUMENTO DA PRODUÇÃO DE CANA-DE-AÇÚCAR,
D) descreve a violência das relações medievais de susera- POR ESTADO, NA SAFRA 2007/2008, EM PORCENTAGEM.
nia e vassalagem.
E) crítica governantes burgueses e seu apego ao clero. (%)
80,0 75,9
73,5
70,0
39. (FUVEST/2007) — Nas reivindicações dos movimentos polí- 60,0
ticos que levaram à independência dos países da América
50,0
Espanhola, encontram-se alguns traços comuns. Entre eles,
a 40,0 36,0 34,3
29,9 32,0
A) proposta de igualdade social e étnica. 30,0
22,5 22,1
B) proposição de aliança com a França revolucionária. 20,0
19,8
16,7 15,0
C) defesa da liberdade de comércio. 10,9
14,3
9,3
12,2 11,8
10,0 8,0 7,2
D) adoção do voto universal masculino. 5,0 2,6
E) decisão de separar o Estado da Igreja. 0,0
AM TO AL BA CE MA PE PB PI RN SE GO MS MT ES MG SP RJ PR RS

(CONAB, 2007. Adaptado)


40. “Mencius, discípulo de Confúcio, disse: ‘O rei é filho do céu.
Assinale a alternativa que indica o significado desta mudan-
O céu o enviou para servir ao povo com um reinado justo.
ça na matriz de combustíveis, as três regiões brasileiras,
Se ele falhar, se oprimir o povo, o povo terá o direito, em
em ordem decrescente, onde há previsão de maiores au-
nome do céu, de retirá-lo do poder’. E isso foi 2000 anos
mentos de produção e o fator que explica os pequenos per-
antes de John Locke…”
centuais de aumento atribuídos aos estados de Alagoas,
(citado por R. DARTON — “Fronteiras Imaginárias” in Caderno
Mais!, Folha de S.Paulo, 21 de julho de 2002) Pernambuco e São Paulo.
A) Inversão; Nordeste, Norte e Centro-Oeste; áreas tradicio-
Segundo o fragmento acima, os ideais do discípulo de Con- nalmente grandes produtoras.
fúcio anteciparam: B) Manutenção; Nordeste, Centro-Oeste e Norte; falta de
A) os fundamentos da democracia grega. estímulo oficial e de crédito agrícola.
B) a República romana, fundada no bem comum. C) Conservação; Sul, Sudeste e Centro-Oeste; escassez de
C) a teoria do direito divino dos reis, fundamento do abso- mão-de-obra e de infraestrutura.
lutismo monárquico. D) Alteração; Norte, Sul e Sudeste; áreas tradicionalmente
D) o princípio revolucionário contido na teoria política ilu- com pequena produção.
minista. E) Adaptação; Centro-Oeste, Nordeste e Norte; gastos ele-
E) o Código Civil de Napoleão Bonaparte. vados com adubos e fertilizantes químicos.
– 10 –
● PROVA DE CONHECIMENTOS GERAIS
FUVEST — 09/2009
43. Segundo o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), 45. O Brasil ainda não conseguiu extinguir o trabalho em con-
o desmatamento em regiões na fronteira Brasil-Bolívia for- dições de escravidão, pois ainda existem muitos trabalha-
mou um grande arco ao longo de dois importantes rios. dores nessa situação. Com relação a tal modalidade de ex-
Observe o mapa. ploração do ser humano, analise as afirmações abaixo.
I. As relações entre os trabalhadores e seus empregadores
Hidrelétrica de marcam-se pela informalidade e pelas crescentes dívidas
Santo Antônio feitas pelos trabalhadores nos armazéns dos empregado-
res, aumentando a dependência financeira para com eles.
Hidrelétrica II. Geralmente, os trabalhadores são atraídos de regiões dis-
de Jirau tantes do local de trabalho, com a promessa de bons sa-
lários, mas as situações de trabalho envolvem condições
insalubres e extenuantes.
III. A persistência do trabalho escravo ou semi-escravo no
Brasil, não obstante a legislação que o proíbe, explica-se
pela intensa competitividade do mercado globalizado.

BOLÍVIA Está correto o que se afirma em


A) I, somente. D) II e III, somente.
B) II, somente. E) I, II e III.
área desmatada C) I e II, somente.

Assinale a alternativa que contém o estado da Região Norte 46. O comércio externo vem crescendo em três das sub-regiões
onde esse fato está ocorrendo, os rios mencionados e três que formam o continente asiático. Observe:
causas do desmatamento naquela área.
PARTICIPAÇÃO DO COMÉRCIO EXTERNO NO PIB
A) Roraima; Mamoré e Negro; fronteira agrícola, especula- (em %)
ção imobiliária e criação de gado leiteiro.
B) Acre; Tapajós e Xingu; invasões de terra, formação de 80 73
67
pastagens e de campos de soja. 70 64 59 1990
60 55
C) Rondônia; Madeira e Mamoré; especulação imobiliária,
50 39 41 2000
corte de madeiras nobres, formação de pastagens. 40 28
D) Amazonas; Solimões e Madeira; especulação imobiliária, 30 20 2008
corte de madeiras de lei, criação de gado entabulado. 20
E) Pará; Solimões e Negro; assentamentos rurais, corte de 10
0
madeiras nobres, criação extensiva de bovinos. Sudeste Ásia Oriente
Asiático Meridional Médio
44. Analise o mapa e os gráficos:
Fonte: BIRD e ONU 2009.
Aponte a alternativa que interpreta de forma correta os da-
dos apresentados:
A) No Sudeste Asiático, a crescente participação do comér-
A cio externo na formação do PIB foi impulsionada pelo
crescimento das exportações dos Tigres Asiáticos.
B B) Na Ásia Meridional, a participação do comércio externo
na formação do PIB é relativamente mais baixa que a
D das duas outras sub-regiões, mas o acelerado crescimen-
to industrial da Índia na última década facilitou a amplia-
ção das exportações regionais.
C) No Oriente Médio a crescente participação do comércio
C externo na formação do PIB se associa à exploração do
petróleo, que serve de base para as exportações e im-
pulsiona as importações.
D) A maior taxa de crescimento da participação do comér-
cio na formação do PIB foi a da Ásia Meridional, já que
I II ela cresceu mais de 100% no período.
E) Todas as alternativas anteriores são corretas.
Precipitação Temperatura Precipitação Temperatura
(mm) (ºC) (mm) (ºC)
400 40 400 40 47. O investimento direto de capital estrangeiro (IDE) no setor
de recursos minerais dos países subdesenvolvidos é bas-
300 30 300 30 tante significativo, o que se explica exceto pela:
200 20 200 20 A) vontade política dos países subdesenvolvidos em exer-
100 10 100 10 cer a sua soberania sobre as reservas minerais estratégi-
cas de que dispõem em seus territórios.
0 0 0 0
J MMJ SN J MMJ SN B) inexistência ou carência de capitais e tecnologias de ex-
ploração mineral nesses países.
(Ferreira, 2000. Adaptado) C) necessidade dos países desenvolvidos de garantir o seu
abastecimento mineral.
Os climogramas I e II correspondem, respectivamente, às D) busca da consolidação do seu controle sobre o fluxo de
áreas assinaladas no mapa com as letras produção mineral no mundo, por parte das grandes
A) A e B. D) C e D. transnacionais.
B) A e D. E) D e A. E) importância econômica dos minérios para o processo de
C) B e C. expansão industrial dos países desenvolvidos.
– 11 –
ANGLO VESTIBULARES ●

48. A ocorrência do El Niño provoca transformações climáticas Assinale a alternativa que se relaciona a esse assunto de
com resultados quase sempre negativos e de repercussão forma correta:
mundial. O El Niño: A) Para obter imagens que permitam a construção de ma-
A) provoca aumento na velocidade dos ventos, que ocorre pas com esse nível de detalhamento os satélites devem
por razões ainda pouco conhecidas, sendo essa a sua ter órbitas muito baixas, o que torna perigoso o tráfego
causa principal. aéreo comercial.
B) determina quedas rápidas de temperaturas em áreas B) O Brasil produz imagens de satélites, mas o processa-
temperadas, o que diminui a produção agrícola dessas mento dessas imagens necessita de tecnologia controla-
regiões. da pelos Estados Unidos.
C) é um fenômeno atmosférico, que se origina em mudan- C) A tecnologia empregada para a produção de imagens
ças de temperatura das águas oceânicas, mas que não desse tipo é de uso exclusivo das forças armadas, o que
afeta os transportes marítimos e a pesca. desmente a notícia.
D) provoca elevação sensível do índice de chuvas nas áreas D) O texto é absurdo, pois as imagens de satélites moder-
tradicionalmente muito secas, ao mesmo tempo em que nos não têm resolução tão elevada a ponto de permitir o
diminui a incidência das chuvas tropicais sobre os ocea- mapeamento de piscinas residenciais.
nos. E) Os modernos satélites são capazes de produzir imagens
E) afeta o fenômeno da ressurgência, que é a subida das com resoluções menores que 1 metro, permitindo a cons-
águas oceânicas mais profundas e frias para a superfí- trução de mapas de elevado nível de detalhamento.
cie, elevando-se a média térmica das águas superficiais.

51. Num determinado vegetal, as sementes podem ser amare-


49. Considerando o mapa da vegetação da África podemos re- las (gene dominante) ou verdes (gene recessivo). As semen-
lacionar as suas regiões (demarcadas por números) com os tes, além disso, podem ser arredondadas (gene dominante)
climas, obtendo diversas relações de causa e efeito, exceto: ou enrugadas (gene recessivo). Um geneticista realiza um
cruzamento entre uma planta duplo-heterozigota e outra bi-
VEGETAÇÃO DA ÁFRICA -recessiva. Obtém como resultado plantas que produziram,
no conjunto:

Trópico de 430 sementes amarelas e redondas


Câncer 2 1 450 sementes verdes e enrugadas
158 sementes amarelas e enrugadas
3 162 sementes verdes e redondas

4 Em função desses resultados, qual das alternativas abaixo


3 representa uma conclusão a que o geneticista poderia ter
Equador 5 chegado?
Oceano A) os genes para cor e forma, nesta espécie de vegetal, se
Atlântico 4 localizam em cromossomos diferentes;
B) a segregação entre os genes para amarelo e para arre-
Trópico de
Capricórnio 4 dondada é independente, o que não ocorre entre os ge-
nes para verde e para enrugado;
2
C) os loci para a cor da semente e para sua forma distam
1 de 26,6 morganídeos;
D) se o cruzamento tivesse sido realizado entre dois hetero-
A) a vegetação da região 1, que ocupa os extremos norte e zigotos, a proporção obtida teria sido de 9:3:3:1;
sul do continente, se relaciona ao clima mediterrâneo e E) a porcentagem de recombinação entre os genes para cor
recebe os nomes de maquis ou garrigues. e para forma foi de 13,3%.
B) a vegetação da região 2 no mapa, ocupando os desertos
do Saara e Calaari, se relaciona ao clima árido e recebe
o nome de xerófita. 52. Num experimento de laboratório, duas amostras de deter-
C) a vegetação da região 3 no mapa, ocupando as áreas de minado microrganismo, anaeróbico facultativo, que se re-
maior altitude da África, se relaciona ao clima tempera- produz assexuadamente, foram colocadas por duas horas
do e recebe o nome de mata da araucária. em dois tubos com a mesma concentração de glicose.
D) a vegetação da região 4 no mapa, ocupando o centro- No entanto, no tubo A, a taxa de oxigênio foi mantida alta,
-norte e o centro-sul da África, se relaciona ao clima tro- enquanto que no tubo B as condições era de anaerobiose
pical e recebe o nome de savana. total.
E) a vegetação da região no mapa, ocupando a área central Ao final do experimento, verificou-se que a concentração
africana, se relaciona ao clima equatorial e recebe o no- de glicose nos dois tubos era a mesma, embora mais baixa
me de floresta equatorial. do que no início do experimento. Esse resultado permite in-
ferir que:
A) tanto em A como em B os microrganismos obtiveram a
50. Leia o texto: mesma quantidade de energia;
“O GIS, ou em português SIG (Sistema de Informações Geo- B) os microrganismos obtiveram maior quantidade de ener-
gráficas), combina informações geográficas com imagens gia em A do que os microrganismos em B;
de alta resolução produzidas por satélites. Usando essa tec- C) os microrganismos em B não conseguiram obter ener-
nologia uma empresa conseguiu a localização de todas as gia suficiente para seu metabolismo;
casas que tinham piscina descoberta e passou a oferecer D) a taxa de reprodução dos microrganismos deve ser a
seus produtos diretamente aos usuários, mandando vende- mesma em ambos os tubos;
dores de porta em porta”. E) não há relação entre o tipo de metabolismo (aeróbio e
Adaptado de Eterna Vigilância — Ricardo Bonalume Neto, anaeróbio) e a quantidade de energia obtida pelos mi-
Folha de S.Paulo, 01/06/2003. crorganismos.
– 12 –
● PROVA DE CONHECIMENTOS GERAIS
FUVEST — 09/2009
53. (FUVEST/2006) — Qual das alternativas relaciona corretamen- 57. (FUVEST) — A figura mostra etapas da segregação de um
te cada um dos animais designados pelas letras de A a D par de cromossomos homólogos em uma meiose em que
com as características indicadas pelos números de I a IV? não ocorreu permuta.
a. Água-viva (celenterado)
b. Lombriga (nematelminto)
c. Mosquito (inseto)
d. Sapo (anfíbio)
I. Presença de pseudoceloma
II. Sistema circulatório fechado
III. Sistema respiratório traqueal
IV. Sistema digestório incompleto
A) a-I b-IV c-II d-III.
B) a-I b-II c-III d-IV.
C) a-II b-I c-III d-IV.
D) a-IV b-III c-I d-II.
E) a-IV b-I c-III d-II.

54. Considere a tirinha abaixo.


NÍQUEL NÁUSEA — FERNANDO GONSALES
A BACTÉRIA JURANDIR Início de Intérfase Final da Divisão I Final da Divisão II
VAI SE DIVIDIR EM DOIS… (A) (B) (C)

No início da intérfase, antes da duplicação cromossômica


que precede a meiose, um dos representantes de um par
de alelos mutou por perda de uma seqüência de pares de
nucleotídeos.
Considerando as células que se formam no final da primei-
ra divisão (B) e no final da segunda divisão (C), encontrare-
TEMOS QUEM VAI mos o alelo mutante em
UM SER O JURANDIR A) uma célula em B e nas quatro em C.
PROBLEMA! JÚNIOR?
B) uma célula em B e em duas em C.
C) uma célula em B e em uma em C.
D) duas células em B e em duas em C.
E) duas células em B e nas quatro em C.

58. (FUVEST/2005) — No heredograma, os quadrados cheios


representam meninos afetados por uma doença genética.
A dúvida relatada no último quadrinho tem razão de ser,
uma vez que habitualmente, nas bactérias, a divisão celular:
A) é geradora de muita variabilidade genética.
B) resulta em indivíduos geneticamente idênticos.
C) não resulta na produção de clones.
D) assemelha-se à meiose das células eucarióticas.
E) não é utilizada para a produção de descendentes.

55. (FUVEST/2008) — A presença ou a ausência da estrutura da


planta em uma gramínea, um pinheiro e uma samambaia pai (A) mãe (B)
está corretamente indicada em:
Estrutura Gramínea Pinheiro Samambaia
C
A) Flor ausente presente ausente
B) Fruto ausente ausente ausente Se a doença for condicionada por um par de alelos recessi-
vos localizados em cromossomos autossômicos, as proba-
C) Caule ausente presente presente
bilidades de o pai (A) e de a mãe (B) do menino (C) serem
D) Raiz presente presente ausente portadores desse alelo são, respectivamente, (I) e (II).
E) Semente presente presente ausente Caso a anomalia seja condicionada por um alelo recessivo
ligado ao cromossomo X, num segmento sem homologia
56. (FUVEST/2008) — A energia luminosa fornecida pelo Sol com o cromossomo Y, as probabilidades de o pai e de a
mãe serem portadores desse alelo são, respectivamente,
A) é fundamental para a manutenção das cadeias alimenta-
(III) e (IV).
res, mas não é responsável pela manutenção da pirâmi-
de de massa. Assinale a alternativa que mostra as porcentagens que pre-
B) é captada pelos seres vivos no processo da fotossíntese enchem corretamente os espaços I, II, III e IV.
e transferida ao longo das cadeias alimentares. I II III IV
C) tem transferência bidirecional nas cadeias alimentares por A) 50% 50% 100% 0%
causa da ação dos decompositores. B) 100% 100% 100% 0%
D) transfere-se ao longo dos níveis tróficos das cadeias ali-
mentares, mantendo-se invariável. C) 100% 100% 0% 100%
E) aumenta à medida que é transferida de um nível trófico D) 50% 50% 0% 100%
para outro nas cadeias alimentares. E) 100% 100% 50% 50%
– 13 –
ANGLO VESTIBULARES ●

59. O gás carbônico (CO2) tem importante participação nos pro- Considere que as soluções dos reagentes iniciais são repre-
cessos biológicos. Observe as três reações abaixo: sentadas por
I. CO2 + H2O → H2CO3 → H+ + HCO3–
II. CO2 + 2H2O + energia → C6H12O6 + O2 + H2O
III. CO2 + 2NH3 → (NH2)2CO + H2O
Assinale a alternativa que relaciona correta e respectivamen-
te cada uma dessas reações ao processo biológico corres-
pondente:
A) I — fotossíntese; II — respiração celular; III — transforma-
ção da uréia em nitratos absorvíveis pelas plantas.
Assim, qual das seguintes equações químicas pode repre-
B) I — transporte de gás carbônico pelo sangue; II — fotos-
sentar, de maneira coerente, tal transformação?
síntese; III — transformação de amônia em uréia.
C) I — fotossíntese; II — transporte de gás carbônico pelo A) H+ + Cl– + Na+ + OH– Na+ + Cl– + H2O
sangue; III — transformação da uréia em nitratos absor- B) 2 Na++ CO3 + 2 H + 2 Cl
2– + –
2 Na+ + 2 Cl– + H2O + CO2
víveis pelas plantas.
C) Ag + NO3 + Na + Cl
+ – + – AgCl + Na+ + NO3–
D) I — fermentação láctica; II — fotossíntese; III — transporte
de gás carbônico pelo sangue. D)

Pb + 2 NO3 + 2 H + 2 Cl
2+ + – PbCl2 + 2 H+ + 2 NO3–
E) I — fermentação láctica; II — transporte de gás carbônico E) NH4 + Cl + H2O
+ – NH4OH + H+ + Cl–
pelo sangue; III — transformação de amônia em uréia.
62. (FUVEST) — Na Tabela Periódica, o elemento químico bro-
60. No gráfico a seguir, são apresentadas as curvas de concen- mo (Br) está localizado no 4o período e no grupo 7A (ou 17),
tração de oxigênio no sangue, venoso e arterial, de um in-
logo abaixo do elemento cloro (Cl). Com relação à substân-
divíduo ao realizar exercícios de natação.
cia simples bromo (Br2, ponto de fusão –7,2°C, ponto de ebu-
lição 58,8°C, sob pressão de 1atm), um estudante de Quími-
Conteúdo de O2 no sangue (mmol/litro)

ca fez as seguintes afirmações:


5
O2 no sangue arterial I. Nas condições ambientes de pressão e temperatura, o
Br2 deve ser uma substância gasosa.
4
II. Tal como o Cl2, o Br2 deve reagir com o eteno. Nesse
caso, o Br2 deve formar o 1,2-dibromoetano.
3 III. Tal como o Cl2, o Br2 deve reagir com H2, formando um
haleto de hidrogênio. Nesse caso, o Br2 deve formar o
brometo de hidrogênio.
2
O2 no sangue venoso É correto somente o que o estudante afirmou em
A) I D) I e III
1
B) I e II E) III
C) II e III
0
25% 50% 75% Máx. 63. (FUVEST) — Uma espécie de besouro, cujo nome científico
Velocidade de natação (% máxima) é Anthonomus grandis, destrói plantações de algodão, do
(Schimid-Nielsen. Fisiologia Animal.) qual se alimenta. Seu organismo transforma alguns com-
ponentes do algodão em uma mistura de quatro compos-
A respeito da variação de concentração de O2 no sangue tos, A, B, C e D, cuja função é atrair outros besouros da
desse indivíduo, é correto afirmar que mesma espécie:
A) o consumo de O2 no sangue arterial é maior do que no
venoso quando o indivíduo encontra-se em repouso. CH3 H— CH2OH
CH2— —

B) a variação de concentração de O2 no sangue arterial é — C


H 2C — C CH2OH

igual à do sangue venoso em qualquer velocidade.


C) a concentração de O2 no sangue venoso indica menor C—


H2 C — C — CH — CH
consumo desse gás com o aumento da velocidade. — 2 H2C 2

C —

CH
D) a diferença de concentração de O2 entre o sangue veno- H — 3

H2C— C—
so e o arterial permanece constante durante o exercício. CH3 —
C CH3
E) na velocidade máxima de natação, o consumo de O2 é H2
maior do que em repouso. A B
61. (FUVEST) — A figura a seguir é um modelo simplificado de
O O
um sistema em equilíbrio químico. Esse equilíbrio foi atingido


ao ocorrer uma transformação química em solução aquosa. H— C— C— H


— — —
C H H C


C— C—
— CH — CH
H2C 2 H2C 2


CH CH
H2C— C—— 3 H2C— C—— 3
C— CH3 C
— CH3
H2 H2
C D

Considere as seguintes afirmações sobre esses compostos:


, , e representam diferentes espécies químicas. I. Dois são álcoois isoméricos e os outros dois são aldeí-
Moléculas de solvente não foram representadas. dos isoméricos.
– 14 –
● PROVA DE CONHECIMENTOS GERAIS
FUVEST — 09/2009
II. A quantidade de água produzida na combustão total de Para isso, basta que se conheça, também, a entalpia molar
um mol de B é igual àquela produzida na combustão to- de
tal de um mol de D. A) vaporização da água.
III. Apenas as moléculas do composto A contêm átomos de B) sublimação do dióxido de carbono.
carbono assimétricos. C) formação da água líquida.
É correto somente o que se afirma em D) formação do etanol líquido.
A) I D) I e II E) formação do dióxido de carbono gasoso.
B) II E) I e III
C) III 67. (FUVEST) — A velocidade com que um gás atravessa uma
membrana é inversamente proporcional à raiz quadrada de
64. (FUVEST) — Certas quantidades de água comum (H2O) e de sua massa molar. Três bexigas idênticas, feitas com mem-
água deuterada (D2O) — água que contém átomos de deu- brana permeável a gases, expostas ao ar e inicialmente va-
tério em lugar de átomos de hidrogênio — foram mistura- zias, foram preenchidas, cada uma, com um gás diferente.
das. Ocorreu a troca de átomos de hidrogênio e de deuté- Os gases utilizados foram hélio, hidrogênio e metano, não
rio, formando-se moléculas de HDO e estabelecendo-se o necessariamente nesta ordem. As bexigas foram amarradas,
equilíbrio (estado I) com cordões idênticos, a um suporte. Decorrido algum tem-
H2O + D2O 2 HDO po, observou-se que as bexigas estavam como na figura.
As quantidades, em mols, de cada composto no estado I es-
tão indicadas pelos patamares, à esquerda, no diagrama.

1,0 H2O HDO

0,8 H2O
n 0,6 HDO
mol
0,4 D2O
A B C
0,2 D2O Suporte
0,0 Conclui-se que as bexigas A, B e C foram preenchidas, res-
tempo
pectivamente, com
Depois de certo tempo, mantendo-se a temperatura cons-
Dados: massas molares (g/mol): H = 1,0; He = 4,0; C = 12
tante, acrescentou-se mais água deuterada, de modo que a
massa molar média do ar = 29 g/mol
quantidade de D2O, no novo estado de equilíbrio (estado II),
fosse o triplo daquela antes da adição. As quantidades, em A) hidrogênio, hélio e metano.
mols, de cada composto envolvido no estado II estão indi- B) hélio, metano e hidrogênio.
cadas pelos patamares, à direita, no diagrama. C) metano, hidrogênio e hélio.
A constante de equilíbrio, nos estados I e II, tem, respecti- D) hélio, hidrogênio e metano.
vamente, os valores E) metano, hélio e hidrogênio.
A) 0,080 e 0,25 D) 4,0 e 12
B) 4,0 e 4,0 E) 6,6 e 6,6 68. (FUVEST) — O glicerol é um sub-produto do biodiesel, pre-
C) 6,6 e 4,0 parado pela transesterificação de óleos vegetais. Recente-
mente, foi desenvolvido um processo para aproveitar esse
65. (FUVEST) — Muitos acreditam ser mais saudável consumir sub-produto:
“produtos orgânicos” do que produtos cultivados de forma
convencional. É possível diferenciar esses dois tipos de pro- O OH
m O
dutos, determinando-se as quantidades relativas de 14 N e O CH3OH
O 3 m + OH
15 N em cada um deles. Essas quantidades relativas serão m O
O biodiesel
diferentes, se o solo for adubado com esterco ou fertilizan- O OH
m
tes sintéticos. O esterco contém compostos originados no O glicerol
metabolismo animal, enquanto fertilizantes sintéticos, co-
mo, por exemplo, o nitrato de amônio, provêm da amônia. catalisador
Considere as afirmações: catalisador
CH3OH
I. 14 N e 15 N diferem quanto ao número de prótons, mas H2 + CO
não quanto ao número de nêutrons. CnH2n + 2 catalisador gás de
II. Os fertilizantes nitrogenados, sejam sintéticos ou natu- síntese
rais, fornecem o nitrogênio necessário à formação de n = 6 a 10
aminoácidos e proteínas nos vegetais.
III. O fertilizante nitrato de amônio pode ser obtido pela rea- Tal processo pode ser considerado adequado ao desenvol-
ção da amônia com o ácido nítrico. vimento sustentável porque
É correto apenas o que se afirma em I. permite gerar metanol, que pode ser reciclado na produ-
A) I. D) I e II. ção de biodiesel.
B) II. E) II e III. II. pode gerar gasolina a partir de uma fonte renovável, em
C) III. substituição ao petróleo, não renovável.
III. tem impacto social, pois gera gás de síntese, não tóxico,
66. (FUVEST) — Pode-se calcular a entalpia molar de vaporiza- que alimenta fogões domésticos.
ção do etanol a partir das entalpias das reações de combus- É verdadeiro apenas o que se afirma em
tão representadas por
A) I. D) I e II.
C2H5OH(l) + 3 O2(g) → 2 CO2(g) + 3 H2O(l) ∆H1 B) II. E) I e III.
C2H5OH(g) + 3 O2(g) → 2 CO2(g) + 3 H2O(g) ∆H2 C) III.
– 15 –
ANGLO VESTIBULARES ●

69. (FUVEST) — A figura mostra modelos de algumas molécu- Rascunho:


las com ligações covalentes entre seus átomos.

A B C D
Analise a polaridade dessas moléculas, sabendo que tal pro-
priedade depende da
• diferença de eletronegatividade entre os átomos que es-
tão diretamente ligados. (Nas moléculas apresentadas,
átomos de elementos diferentes têm eletronegatividades
diferentes.)
• forma geométrica das moléculas.
Dentre essas moléculas, pode-se afirmar que são polares
apenas
Observação: Eletronegatividade é a capacidade de um áto-
mo para atrair os elétrons da ligação covalente.
A) A e B D) B, C e D
B) A e C E) C e D
C) A, C e D

70. (FUVEST) — Acreditava-se que a dissolução do dióxido de


carbono atmosférico na água do mar deveria ser um fenô-
meno desejável por contribuir para a redução do aquecimen-
to global. Porém, tal dissolução abaixa o pH da água do
mar, provocando outros problemas ambientais. Por exem-
plo, são danificados seriamente os recifes de coral, consti-
tuídos, principalmente, de carbonato de cálcio.
A equação química que representa simultaneamente a dis-
solução do dióxido de carbono na água do mar e a dissolu-
ção dos recifes de coral é
s = sólido; g = gasoso; l = líquido; aq = aquoso
A) CaC2(s) + CO2(g) + H2O(l) →
→ Ca2+(aq) + C2H2(g) + CO32–(aq)
B) CaCO3(s) + 2 H+(aq) → Ca2+(aq) + CO2(g) + H2O(l)
C) CaC2(s) + 2 H2O(l) → Ca2+(aq) + 2 OH–(aq) + C2H2(g)
D) CaCO3(s) + CO2(g) + H2O(l) → Ca2+(aq) + 2 HCO3–(aq)
H O
2
E) CaCO3(s) → Ca2+(aq) + CO32–(aq)

71. Dois blocos A e B com a forma de paralelepípedo são feitos
de mesma madeira, têm suas faces lixadas e as seguintes
dimensões:
Bloco A: 5 cm de largura, 10 cm de comprimento e 5 cm de
altura.
Bloco B: 5 cm de largura, 10 cm de comprimento e 2,5 cm
de altura.
Numa experiência em sala de aula, os blocos são colocados
ao mesmo tempo sobre uma mesinha cujo tampo está na
horizontal, apoiados por sua face maior e é solicitado a um
aluno que vá inclinando a mesinha lentamente, até que os
blocos comecem a deslizar.
A respeito dessa situação pode-se afirmar que:
A) o bloco A começará a deslizar antes do B, pois o coefi-
ciente de atrito entre as superfícies é inversamente pro-
porcional às massas dos blocos.
B) o bloco A começará a deslizar depois do B, pois o coefi-
ciente de atrito entre as superfícies é diretamente pro-
porcional às massas dos blocos.
C) os blocos começarão a deslizar praticamente ao mesmo
tempo, pois o coeficiente de atrito entre eles e a superfí-
cie da mesinha independe das massas dos blocos.
D) os blocos começarão a deslizar praticamente ao mesmo
tempo, pois o coeficiente de atrito entre eles e a superfí-
cie da mesinha é diretamente proporcional à reação de
apoio que atua sobre eles.
E) o bloco B começará a deslizar antes do A, pois a inclina-
ção que permite o deslizamento é diretamente propor-
cional às massas dos blocos.
– 16 –
● PROVA DE CONHECIMENTOS GERAIS
FUVEST — 09/2009
72. Um carrinho de massa 1kg está no interior de outro carri- 75. Na figura abaixo, estão representadas duas partículas de
nho maior que tem massa de 9 kg. Inicialmente, os dois car- massas m1 e m2, carregadas, respectivamente, com cargas
rinhos estão em repouso em relação à Terra. A posição re- q1 e q2 e suspensas de um mesmo ponto por fios de iguais
lativa entre eles nesse instante está mostrada na figura 1 e comprimentos e massas desprezíveis.
não há atrito entre o carrinho menor e o piso do maior.
parede de trás
B
m2
A q2
m1
q1

Figura 1 Pode-se concluir que


Em um determinado instante o carrinho maior entra em mo- A) q1q2  0 e m1  m2
vimento com velocidade de 10 m/s. Após o choque perfeita- B) q1q2  0 e |q1|  |q2|
mente elástico entre o carrinho menor e a parede de trás do C) q1q2  0 e m1|q1|  m2|q2|
maior, as velocidades dos dois carrinhos A e B em relação D) q1q2  0 e |q1|  |q2|
à Terra serão, respectivamente:
E) q1q2  0 e m1  m2
A) 10 m/s e 20 m/s
B) 22 m/s e 8 m/s
C) 6 m/s e 14 m/s 76. Um bloco de massa m = 0,60 kg, sobre um trilho e atrito
D) 18 m/s e 8 m/s desprezível, comprime uma mola de constante elástica
E) 16 m/s e 10 m/s k = 2000 N/m, conforme a figura abaixo. Considere que a
energia potencial gravitacional seja zero na linha pontilhada.
O bloco, ao ser liberado, passa pelo ponto P (h = 0,60 m) on-
73. A descoberta de planetas fora do nosso sistema solar tem de 75% de sua energia é cinética. Considere g = 10 m/s2.
sido anunciada, com certa freqüência, pelos meios de co-
municação. Em abril deste ano, foi anunciada a descoberta P
de G581c, um novo planeta fora de nosso sistema solar e
que tem algumas semelhanças com a Terra. Entre as várias k m
h
características anunciadas está o seu raio, 1,5 vezes maior
que o da Terra. Considerando que a massa específica desse
llll
planeta seja uniforme e igual à da Terra, utilize a lei da gra-
vitação universal de Newton para calcular a intensidade do
campo gravitacional na superfície de G581c, em termos da
aceleração da gravidade g, na superfície da Terra.
A compressão x da mola foi de
Dado: O volume da esfera é proporcional ao cubo do seu
A) 90 cm
raio.
B) 12 cm
A relação correta está na alternativa: C) 15 cm
A) 3/4 g. D) 18 cm
B) 2 g. E) 21cm
C) 3/2 g.
D) 4/3 g.
E) 1/2 g. 77. Uma bateria B, de força eletromotriz E = 12 V e resistência
interna r = 1,0 , é conectada a um circuito elétrico que con-
tém um resistor de resistência R = 3,0  e uma chave S.
74. Antônio, um estudante de Física ainda jovem, gostava de Com o resistor R imerso em 240 g de água, a chave S é liga-
dirigir seu automóvel em alta velocidade até que um dia se da. Considere que não há dissipação de energia nos fios de
acidentou e tomou juízo. O acidente ocorreu porque no ca- ligação e que a energia liberada no resistor é utilizada inte-
minho para a Universidade há na estrada uma lombada na- gralmente para aquecer a água.
tural de perfil praticamente circular. Antônio, ao passar por
Dados: calor específico da água = 1,0 cal/g°C; 1,0 J = 0,24 cal
essa lombada, decolou e ao cair de volta à estrada perdeu o
controle do carro que capotou. Observando o perfil da es-
trada apresentado a seguir e supondo que o ponto de des-
r
colamento da pista tenha sido muito próximo do ponto P E
da figura, a alternativa que indica a menor velocidade de
Antônio com a qual poderia sofrer o acidente é: S

R = 90 m

Assinale a alternativa que indica a variação da temperatura


da água após 10 min de funcionamento.
A) 80 km/h A) 16,2°C
B) 90 km/h B) 67,5°C
C) 100 km/h C) 55,5°C
D) 120 km/h D) 50,5°C
E) 200 km/h E) 32,5°C
– 17 –
ANGLO VESTIBULARES ●

78. A figura a seguir mostra uma máquina fotográfica simples Rascunho:


dotada de uma única lente convergente de distância focal
5,0 cm.

Lente

Filme
A lente pode se deslocar para frente e para trás dentro de
um tubo, ao longo de um deslocamento máximo x, de mo-
do que as imagens sempre sejam nítidas e formadas sobre
o filme, que se encontra em um suporte fixo. Sabe-se que
esta câmara é capaz de fotografar objetos à frente dela, si-
tuados a qualquer distância igual ou superior a 30,0 cm da
lente.
Com base nessas informações, o valor de x é:
A) 1,0 cm D) 3,0 cm
B) 2,0 cm E) 5,0 cm
C) 2,5 cm

79. Certo relógio de pêndulo contém uma pequena bola, de


massa M = 0,1kg, que oscila presa a um fio inextensível.
Sob ação exclusiva do campo gravitacional, seu período de
oscilação é T1.

g
E

A A

Bolinha Bolinha carregada


sem carga em presença de E

Considere agora que a bolinha seja carregada com carga


elétrica Q = 3 ⋅ 10–5 C e que o sistema seja mergulhado no
interior de um campo elétrico constante e homogêneo de
intensidade E = 1 ⋅ 105 V/m. Nessa nova situação o período
de oscilação do pêndulo passa a ser T2.
Nas condições do problema, o período T do pêndulo pode
ser expresso por:
______
L⋅m

T = 2π
Fv

Em que:
• L é o comprimento do pêndulo,
• m é a massa do corpo preso ao fio e
• Fv é a intensidade da força vertical efetiva que age sobre
a massa, sem considerar a tração do fio.
Adotando g = 10 m/s2, a razão T2/T1 é:
A) 1/2 D) 2
B) 1/3 E) 3
C) 1
– 18 –
● PROVA DE CONHECIMENTOS GERAIS
FUVEST — 09/2009
80. (UFPA) — Dois estudantes decidem calcular a temperatura Rascunho:
do fundo de um lago. Para tanto, descem lentamente um ci-
lindro oco, de eixo vertical, fechado apenas na extremidade
superior, até o fundo do lago, com auxílio de um fio (figura
a seguir). Ao puxarem o cilindro de volta, observam que ele
está molhado internamente até 70% da sua altura interna.
Medindo o comprimento do fio recolhido, eles encontram
que a profundidade do lago é igual a 21m. Na superfície do
lago, a pressão é 1,0 atm (10 mca) e a temperatura é 27°C.

21 m

Admitindo-se que o ar seja um gás ideal, o valor da tempe-


ratura encontrada pelos estudantes é:
Adote:
• Aceleração da gravidade g = 10 m/s2
• mca = metros de coluna de água
A) 2,79ºC D) 12ºC
B) 276 K E) 6ºC
C) 289 K

81. (FUVEST/2007) — Os estudantes de uma classe organiza-


ram sua festa de final de ano, devendo cada um contribuir
com R$135,00 para as despesas. Como 7 alunos deixaram a
escola antes da arrecadação e as despesas permaneceram
as mesmas, cada um dos estudantes restantes teria de pa-
gar R$ 27,00 a mais. No entanto, o diretor, para ajudar, cola-
borou com R$ 630,00. Quanto pagou cada aluno participan-
te da festa?
A) R$136,00 D) R$142,00
B) R$138,00 E) R$144,00
C) R$140,00

82. (FUVEST/2008) — A soma dos valores de m para os quais


x = 1 é raiz da equação x2 + (1 + 5m – 3m2)x + (m2 + 1) = 0 é
igual a
5 3
A) D) –
2 2
3 5
B) E) –
2 2
C) 0

83. (FUVEST/2006) — João, Maria e Antônia tinham, juntos,


R$ 100.000,00. Cada um deles investiu sua parte por um
ano, com juros de 10% ao ano. Depois de creditados seus
juros no final desse ano, Antônia passou a ter R$ 11.000,00
mais o dobro do novo capital de João. No ano seguinte, os
três reinvestiram seus capitais, ainda com juros de 10% ao
ano. Depois de creditados os juros de cada um no final
desse segundo ano, o novo capital de Antônia era igual à
soma dos novos capitais de Maria e João. Qual era o capi-
tal inicial de João?
A) R$ 20.000,00 D) R$ 26.000,00
B) R$ 22.000,00 E) R$ 28.000,00
C) R$ 24.000,00
– 19 –
ANGLO VESTIBULARES ●

84. (FUVEST/2009) — O número real a é o menor dentre os va- 87. Seis times de futebol, entre os quais estão A e B, vão dis-
lores de x que satisfazem a equação putar um campeonato. Suponha que na classificação final
__ __
não existam empates. Um indivíduo apostou que, na classi-
2log2(1 + √ 2 x) – log2(√ 2 x) = 3.
ficação final, A seria campeão e B não seria o último colo-
Então, log2 
2a + 4  cado. Em quantas das 720 classificações possíveis esse in-
é igual a
 3  divíduo ganha a aposta?
A) 24
1 B) 48
A)
4 C) 72
1 D) 96
B) E) 114
2
C) 1
3
D) 88. Em um triângulo retângulo OAB, retângulo em O, com
2 OA = a e OB = b, são dados os pontos P em OA e Q em OB
E) 2 de tal maneira que AP = PQ = QB = x.
O
85. Na figura abaixo AB = 4 e AD = 5.
C
P
Q

A B
D Nestas condições o valor de x é:
___
A) √ ab – a _–____
b
x B) a_____ √ 2ab
+ b –___
x C) a2 + b2
A B √___
D) √ ab + a + b___
O valor de AC é:
E) 2a + b + 3√ ab
100
A)
7
50 89. Sendo M(–1, 3), N(5, 7) e P(1, 2), respectivamente, os pon-
B) —— — — —

7 tos médios dos lados AB , AC e BC, do triângulo ABC, a
——
80 equação da reta r, suporte da mediana AP desse triângulo, é
C) A) x + y – 3 = 0
7
B) 3x – y – 1 = 0
70 C) x – y + 1 = 0
D)
5 D) 2x + y – 4 = 0
105 E) 2x – y = 0
E)
7

90. Considere a reta (s) x + y – 4 = 0 e a circunferência


86. Três números cuja soma vale 15 formam uma Progressão (λ) x2 + y2 – 4x + k = 0.
Aritmética crescente. Adicionando 2 ao primeiro, 5 ao se- Sendo C o centro de λ, o valor da constante k de modo que
gundo e 13 ao terceiro, teremos uma Progressão Geométri- a reta s intercepte λ nos
__ pontos A e B, determinando um tri-
ca também crescente. O menor número dessa Progressão ângulo ABC de área √ 2 é:
Aritmética vale:
A) 1
A) 2
B) –1__
B) 3
C) 4 C) 2√ 2__
D) 5 D) –2√ 2
E) 7 E) 0

– 20 –
Quem faz Anglo
faz diferença!
A aprendizagem se processa em
dois tempos: em classe e em casa.
Em classe, nosso aluno participa de
uma aula bem preparada,
bem dada e entende. Em casa, faz
as tarefas recomendadas em cada
aula e aprende. O ensino forte do
Anglo é reconhecido pela
valorização do conteúdo das
disciplinas, precisão dos conceitos,
organização e pela exigência do
estudo diário do aluno.
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01. 26. 51. 76.
02. 27. 52. 77.
03. 28. 53. 78.
04. 29. 54. 79.
05. 30. 55. 80.
06. 31. 56. 81.
07. 32. 57. 82.
08. 33. 58. 83.
09. 34. 59. 84.
10. 35. 60. 85.
11. 36. 61. 86.
12. 37. 62. 87.
13. 38. 63. 88.
14. 39. 64. 89.
15. 40. 65. 90.
16. 41. 66.
17. 42. 67.
18. 43. 68.
19. 44. 69.
20. 45. 70.
21. 46. 71.
22. 47. 72.
23. 48. 73.
24. 49. 74.
25. 50. 75.
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