Você está na página 1de 4

INTRODUÇÃO

Relatório da aula prática da Disciplina de Bioquímica Celular e


Metabólica realizada no dia 03 de setembro de 2010 sob a coordenação do
Professor Alexandre Manoel Kirilo Vergueiro Júnior, tendo como objetivo o
preparo do Tampão EDTA e TAE

TAMPÃO EDTA

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

EDTA (do inglês Ethylenediamine tetraacetic acid) ácido


etilenodiamino tetra-acético é um composto orgânico que age como agente
quelante, formando complexos muito estáveis com diversos íons metálicos.
Entre eles estão magnésio e cálcio, em valores de pH acima de 7 e manganês,
ferro(II), ferro(III), zinco, cobalto, cobre(II), chumbo e níquel em valors de pH
abaixo de 7. O EDTA é um ácido que atua como ligante hexadentado, ou seja,
pode complexar o íon metálico através de seis posições de coordenação, que
são elas: através de quatro ânions carboxilato (-COO-), após a saída dos 4H+
dos grupos carboxílicos, e também através dos dois N.

EDTA é predominantemente sintetizado do 1,2-diaminoetano


(etilenodiamina), formaldeído (metanal), água e cianeto de sódio0. O trabalho
pioneiro sobre o desenvolvimento do EDTA foi realizado por Gerold
Schwarzenbach nos anos 1940.

Para descrever EDTA e suas várias formas protonadas, químicos usam


um acrônimo que distingue entre EDTA4−, a base conjugada que é o ligante, e
H4EDTA, o precursor do ligante.

É usado como descolorante para cabelos; pode ser também utilizado na


fabricação de pães e derivados na industria alimentícia. Também é usado
durante tratamento endodôntico por ter uma função quelante e retirar íons
cálcio (Ca2+). Essa afinidade com o cálcio, faz com que seja também utilizado
como anticoagulante.
PREPARO

MATERIAL UTILIZADO

1. 18,61g de Sal Dissódico (EDTA);


2. Ácido Clorídrico (HCl);
3. Hidróxido de Sódio (NaOH);
4. Becker de vidro;
5. Água destilada;
6. Bastão de Vidro;
7. Copo descartável;
8. Papel toalha;
9. pHmetro;

PROCEDIMENTOS

Foi solicitado o preparo do Tampão EDTA 0,5M em pH 8,0. O PM foi de


372,24, V= 100 ml e M= 0,5.

M= m → 0,5 = m → M = 18,6
Fórmula: P.W.V 372,24

Pesou-se 18,61g do sal dissódico (EDTA) em balança de precisão o qual


foi transferido para um Becker de 80 ml de capacidade, onde foi adicionada a
água destilada até a marca de 80 ml. Com o bastão de vidro foi necessário
misturar (mexer) a solução até a sua total homogeneização. Em seguida o
Professor apresentou o pHametro, aparelho que serve pare medir o pH de uma
solução e demonstrou a sua ulitização, através da calibração do aparelho para
pH neutro (pH 7) em uma solução com esse pH. Ao mergulhar o eletrodo na
solução constatou-se que esta apresentava pH 10, mas o ideal seria o pH 8.
Para que se obtivesse esse pH adicionou-se NaOH por algumas vezes,
agitando intensamente com o bastão de vidro afim de que a torne homogênea.
Nesse momento foi informado que se caso o pH ficasse abaixo do desejado
seria necessário adicionar HCl (Ácido Clorídrico), pois este diminui o pH
enquanto o NaOH (Hidróxido de Sódio) o eleva.
Finalmente a equipe obteve o pH 8.1, momento em que a solução foi
transferida para a proveta onde teve seu volume acrescido de água destilada
até a marca de 100mL. Em seguida foram transferidos 10 ml da solução para
uma proveta de 10mL para uso posterior e o restante para uma garrafa âmbar.

PREPARO DO TAE

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Tampão TAE (tampão Tris-Acetato-EDTA) é uma solução tampão usada


em eletroforese em agarose, tipicamente para a separação de ácidos nucleicos
tais como o DNA e RNA. Ele é feito de tampão acetato da base Tris,
normalmente a pH 8.0, e EDTA, os quais sequestram cátions divalentes. TAE
tem uma mais baixa capacidade que TBE e facilmente pode se exaurir, mas
DNA de dupla cadeia linear migra mais rápido em TAE.

Tampão TAE é usado tanto como um tampão de corrida como em gel de


agarose. TAE tem sido usado em várias concentrações para estudar
mobilidade de DNA livre com e sem cloreto de sódio. Métodos em eletroforese
em gel em gradiente denaturado para análise de mutações em amplo espectro
têm sido também descritos.

TAMPÃO TAE (50X)

• 242 g TRIS base (2-amino-2-hidroximetil-propano-1,3-diol) (= 2 moles)


• 57,1 ml ácido acético glacial
• 100 ml de solução de EDTA dissódico (Na2 EDTA) 0,5 M (pH 8.0)
• Água destilada até 1 litro

Para preparar solução a 0.5 M de Na2 EDTA (pH 8.0) adicionar 186.1 g
de etilenodiaminotetraacetato dissódico a 800 ml de água destilada. Agitar
vigorosamente. Ajustar o pH a 8,0 com hidróxido de sódio, NaOH (aprox. 20 g
de NaOH). Esterilizar por autoclavagem.

Observação: O sal dissódico do EDTA não irá permanecer em solução até o


pH da solução ser ajustado a aproximadamente 8,0 pela adição de NaOH.
MATERIAL UTILIZADO

1. 10 ml de EDTA 0,5M (produzido anteriormente);


2. 24,2g de TRIS;
3. 5,7 ml de Ácido Acético Glacial (Ácido Etanóico)

PROCEDIMENTOS

Foram medidos 5,7 ml de Ácido Acético Glacial na proveta, onde foram


adicionados 10 ml da solução EDTA. Nessa mesmo composto foi adicionado
Tampão TRIS (24,2g) e foi completado com água destilada até 60ml em um
Becker de capacidade 80ml. A solução foi misturada com bastão de vidro
durante o tempo necessário a sua total homogeinação que pôde ser observada
pela aparência translúcida. Até esse estágio foi necessário adicionar mais água
destilada até a marca dos 80ml, capacidade do Becker.
Na finalização a solução foi transferida para uma proveta para que fosse
aferida a marca de 100ml, a qual foi atingida com a adição de água destilada.
Então, cada equipe produziu 100ml, o que gerou o total de 400ml de
TAE concentrado que será utilizado na Eletroforese.

Você também pode gostar