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× O conceito de ´pólo de crescimentoµ e a teoria que
dela se derivou foram originalmente concebidos
como instrumentos úteis a descrição e explicação
da dinâmica do crescimento econômico das
economias capitalistas modernas.
× O dado de observação é o de que o crescimento
nas modernas economias capitalistas não se
manifesta de forma homogênea no interior de um
espaço econômico, mas se inicia e se propaga a
partir de certos pontos dotados de intensidade
variáveis de irradiação, difunde-se por canais
diversos e produz efeitos finais distintos para a
economia em seu conjunto (PERROUX, 1961).
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× ssim, o crescimento consiste num
processo essencialmente ´polarizadoµ, na
medida em que as forças que o induzem
operam no sentido de reunirem atividades
em torno de sucessivos centros de inovação
do que resulta desequilíbrios entre setores
industriais e, por extensão, entre as regiões
nas quais estes se localizam.
× noção de pólo formulada por Perroux insere-se
no contexto de um espaço econômico
abstratamente considerado e que é concebido
como sendo um campo de forças representadas
por centros de inovação. De certos pontos desse
campo emanam forças centrífugas, ao mesmo
tempo que forças centrípetas são por eles
atraídas. São os centros desse campo de forças
que Perroux denomina de pólos de crescimento,
pois neles é onde se gera o crescimento e é deles
que o crescimento capitalista é irradiado para o
resto da economia
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× ssim, a noção de ´póloµ é concebida como
instrumento conceitual para representar o processo
através do qual as atividades econômicas surgem e
se expandem, ou estacionam e desaparecem; em
síntese, o conceito de pólo é destinado a explicar a
dinâmica de um crescimento econômico que, para
Perroux, tem que ser desequilibrado; justamente
porque ele se realiza através da emergência e do
desaparecimento de sucessivos centros dinâmicos
no correr do tempo.
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O que Perroux busca,
originalmente, através da noção de
pólo de crescimento, portanto, é
dar consistência à idéia de que o
moderno crescimento econômico
se realiza de forma necessariamente
desequilibrada, (PERROUX,1961)
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× 6sto quer dizer que a presença de uma
´indústria principalµ dinâmica e a existência
de fortes ë não asseguram, por si sós,
os efeitos na irradiação do comprimento de
onda indispensável à caracterização de um
pólo . Da mesma forma que não asseguram a
retenção desses efeitos no espaço geográfico
em que se localiza o pólo.
O
× {om efeito, a magnitude da irradiação e a
natureza transformadora resultante dos efeitos de
ë num dado espaço econômico podem variar
substancialmente em função:
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×O ponto importante, que a simples
menção a uma indústria ´principalµ
não esclarece, é o seguinte: há
criação efetiva de um pólo, na
concepção de Perroux, ^ ^
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× $ certo que se pode formar, em torno de uma
indústria com alta capacidade indutora, uma
condensação de outras indústrias, num mesmo
espaço geográfico, criando-se uma estrutura de
interdependência entre elas, inclusive com efeitos a
montante e a jusante. as
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× Primeiro, porque não se trata apenas de
reajustes interindustriais, mas da criação de
estruturas industriais novas ² o que exige um
fluxo de recursos de grandes proporções;
segundo, porque a absorção não exige apenas
respostas da estrutura material do sistema
produtivo, mas também de todos os fatores
humanos envolvidos na produção: de mão de
obra de elevada qualificação à qualidade de ação
empresarial.
O
ssim, sendo, podem
passar-se anos até que um
complexo industrial
instalado se transforme
efetivamente em pólo de
desenvolvimento assim
como essa passagem pode
não ocorrer jamais.
× Porque a teoria dos pólos foi originariamente concebida
tendo em vista a situação de crescimento é compreensível
que tenha sido considerado praticamente um único ator: o
empresário capitalista shumpeteriano; aquele que, atuando
em condições nas quais os referentes são o lucro e o risco, é
capaz de introduzir continuamente ´novas combinaçõesµ no
processo produtivo.
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