(1) O transtorno de personalidade esquizóide caracteriza-se pela dificuldade em formar relações pessoais e expressar emoções, levando à frieza emocional e isolamento social. (2) Indivíduos com essa condição tendem a viver mais em um mundo interno de fantasia do que no mundo externo, buscando segurança na introversão e reclusão. (3) Isso pode levar a sentimentos de solidão, perda de afetividade e isolamento, apesar de um desejo interno por proximidade.
(1) O transtorno de personalidade esquizóide caracteriza-se pela dificuldade em formar relações pessoais e expressar emoções, levando à frieza emocional e isolamento social. (2) Indivíduos com essa condição tendem a viver mais em um mundo interno de fantasia do que no mundo externo, buscando segurança na introversão e reclusão. (3) Isso pode levar a sentimentos de solidão, perda de afetividade e isolamento, apesar de um desejo interno por proximidade.
(1) O transtorno de personalidade esquizóide caracteriza-se pela dificuldade em formar relações pessoais e expressar emoções, levando à frieza emocional e isolamento social. (2) Indivíduos com essa condição tendem a viver mais em um mundo interno de fantasia do que no mundo externo, buscando segurança na introversão e reclusão. (3) Isso pode levar a sentimentos de solidão, perda de afetividade e isolamento, apesar de um desejo interno por proximidade.
Como se caracteriza ? Primariamente pela dificuldade de formar relaes pessoais ou de expressar as emoes. A indiferena o aspecto bsico, assim como o isolamento e o distanciamento sociais. A fraca expressividade emocional significa que estas pessoas no se perturbam com e logios ou crticas. Aquilo que na maioria das vezes desperta prazer nas pessoas, no diz nada a estas pessoas, como o sucesso no trabalho, no estudo ou uma conquist a afetiva (namoro). Esses casos no devem ser confundidos com distimia. Aspectos essenciais Poucas ou nenhuma atividade produzem prazer. Frieza emocional, afetividade distante. Capacidade limitada de expressar sentimentos calorosos, ternos ou de raiva para como os outros. Indiferena a elogios ou crticas. Pouco interesse em ter relaes sexuais. Preferncia quase invarivel por atividades solitrias. Tendncia a voltar para sua vida introspectiva e fantasias pessoais. Falta de amigos ntimos e do interesse de fazer tais amizades. Insensibilidade a normas sociais predominantes como uma atitude respeitosa para com idosos ou queles que perderam uma pessoa querida recentemente. Introverso Segundo Guntrip, "Na acepo do termo, o esquizide descrito como desligado da realida de do mundo exterior em um sentido emocional. Todos os seus impulsos instintivos e esforos so direcionados intimamente perante objetos internos e ele vive uma vid a interior intensa que normalmente se revela de uma surpreendente abundncia de fa ntasia e imaginao quando isso se torna acessvel mediante observao. Embora a maior par te da sua vida fantasiosa e variada seja levada adiante secretamente, distncia." O indivduo esquizide est desligado da realidade exterior a tal nvel que ele ou ela s ente que a mesma perigosa. uma resposta humana natural fugir de fontes de perigo e se voltar quelas mais seguras. O esquizide, portanto, est preocupado primeiramen te em evitar o perigo e em garantir segurana. Recluso Segundo Guntrip, a recluso significa desapego do mundo exterior, o outro lado da introverso. Embora existam vrios esquizides que demonstram bvia recluso (uma timidez b via e evidente, relutncia, ou evitao do mundo externo e relaes interpessoais), isto d efine apenas uma pequena parcela de tais indivduos. Vrias pessoas fundamentalmente esquizides se apresentam com um estilo de personalidade engajada, interativa. Tal pessoa pode parecer disponvel, interessada, engajada, e envolvida em interaes c om outros; porm, na verdade, ele ou ela est emocionalmente recluso e confinado em um lugar seguro em um mundo interno. Embora a recluso ou desapego do mundo exteri or seja um trao caracterstico da patologia esquizide, s vezes explcita ou encoberta. Quando explcita se encaixa na descrio habitual da personalidade esquizide. E tambm fr equentemente, um estado interno oculto e velado do paciente. Em suma, o que capturado pelo olhar objetivo pode no ser o que esteja presente no mundo subjetivo e interno do paciente; no se deve confundir introverso por indife rena; e (3) no se deve identificar erroneamente o paciente esquizide por no se conse guir visualizar a floresta de recluso do mesmo atravs das rvores da interao defensiva , compensatria e engajada com a realidade externa. Narcisismo
Guntrip: "Narcisismo um trao caracterstico que se origina da vida interior predomi
nante dos esquizides. Seus objetos queridos esto todos no seu ntimo e alm disso ele se identifica enormemente com eles de modo a seus apegos instintivos paream estar contidos em si mesmo. A pergunta, no entanto, se a vida interior intensa do esq uizide se deve a um desejo por uma ardente incorporao de objetos externos ou devido recluso do mundo exterior para um interno que se imagina ser mais seguro." A nec essidade por apego como uma motivao principal to forte na pessoa esquizide como em q ualquer outro ser humano. Porm, devido aos objetos queridos do esquizide serem int ernos, ele ou ela encontra segurana sem se conectar ou apegar aos objetos no mund o real. Auto-suficincia Guntrip escreve que "Essa auto-suficincia narcisista e introvertida, que se mantm sem relacionamentos externos verdadeiros enquanto todas as relaes emocionais so rea lizadas num mundo interno, uma cautela contra a ansiedade se manifestando na lid a com pessoas de fato." Quanto mais os esquizides podem confiar em si mesmos, men os eles precisam confiar nos outros ou se expor aos perigos potenciais e ansieda des associadas com essa confiana ou, ainda pior, dependncia. A grande maioria dos indivduos esquizides demonstram uma enorme capacidade de auto-suficincia, pela habi lidade de funcionar sozinhos, independentes e autnomos, em gerenciar seus mundos. Sensao de superioridade Guntrip especifica que "uma sensao de superioridade acompanha naturalmente a autosuficincia. A pessoa no precisa das outras, elas podem ser dispensadas... e isso n ormalmente acompanha o sentimento de ser diferente das demais." O sentimento de superioridade do esquizide no tem nada a ver com a arrogncia prpria do transtorno na rcisista. No encontra terreno no esquizide atravs da necessidade de desvalorizar ou aniquilar outros que so tidos como ofensivos, crticos, insultuosos, ou humilhante s. Este tipo de superioridade foi descrita por um jovem esquizide: "Se eu sou superior aos outros, se estou acima deles, no preciso deles. Quando eu digo que estou acima dos outros, no significa que eu me ache melhor que eles, e sim que estou distante dos mesmos, a uma distncia segura." um sentimento de estar horizontalmente (ao invs de verticalmente) distante. Perda da afetividade De acordo com Guntrip, "A perda da afetividade em situaes externas uma parte inevi tvel de todo o retrato." Devido ao tremendo investimento feito em si da necessida de de estar auto-contido, auto-suficiente e independente - h uma inevitvel interfe rncia no desejo e habilidade de sentir a experincia do prximo, de ser emptico e sensv el. Normalmente estas coisas parecem secundrias, um luxo que precisa aguardar at q ue seja assegurada a posio defensiva e segura do invidduo. A experincia subjetiva aq uela da perda da afetividade. Para alguns pacientes, a perda de afeto est presente em tal nvel que a insensitivi dade se manifesta ao extremo como cinismo, insensibilidade, ou at mesmo crueldade . O paciente parece no ter cincia de como seus comentrios ou atos afetam e machucam outras pessoas. Mais frequentemente, a perda de afeto manifestada no ntimo do pa ciente como genuna confuso, uma sensao de que algo est faltando na sua vida emocional . Isolamento Segundo Guntrip, "O isolamento um resultado inevitvel da introverso esquizide e da abolio de relacionamentos interpessoais. Se revela em um intenso desejo de amizade e amor que repetidamente se rompeu. A solido no meio da multido a experincia do es quizide desligado de uma harmonia emocional." Essa uma experincia central do esqui zide que normalmente despercebida pelo observador. Ao contrrio da caricatura famil iar do esquizide como frio e insensvel, a vasta maioria deles que se tornam pacien
tes expressam em algum momento no tratamento o desejo de amizade e amor. Este no
o paciente esquizide descrito nos DSMs. Tal desejo, porm, pode no se revelar exceto na vida fantasiosa do esquizide, na qual o terapeuta pode no ter acesso concedido por um longo perodo no tratamento. Se tal desejo imediatamente presente, no enta nto, mais provvel que seja o transtorno de personalidade esquiva.[carece de fonte s] H uma pequena parcela de indivduos esquizides, que se encaixam na definio clssica do D SM, os quais a esperana de estabelecer relacionamentos to pequena que se encontra quase extinta. O desejo por proximidade e apego quase identificvel neste tipo de esquizide. Estas pessoas no iro se tornar pacientes voluntariamente; o esquizide que se torna paciente o faz por conta de ambas as motivaes de isolamento e anseio. Es te tipo de paciente esquizide acredita que algum tipo de conexo e apego possvel, e bem adequado psicoterapia. Contudo a ironia dos DSMs que eles podem fazer com qu e o psicoterapeuta se aproxime do paciente esquizide com um sentimento de pessimi smo teraputico, se no niilismo, lendo erroneamente o mesmo ao acreditar que a desc onfiana dele indiferena e que a sua cautela frieza. Despersonalizao Guntrip descreve a despersonalizao como uma perda da sensao de identidade e individu alidade. Despersonalizao uma defesa dissociativa, comumente descrita pelo paciente esquizide como "dessintonizando," "desligando", ou como uma experincia de separao e ntre o ego observador e participante. experimentada mais profundamente por aquel es com transtorno de personalidade esquizide quando ansiedades parecem esmagadora s. uma forma mais extrema de perda de afetividade: enquanto a perda de afeto um estado mais crnico do transtorno de personalidade esquizide, a despersonalizao uma d efesa intensa contra as experincias mais imediatas de ansiedade esmagadora ou per igo.