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Trichomonas

Flagelo anterior
Membrana ondulante

núcleo
Corpo parabasal e ap.Golgi

costa
hidrogenossomos

Filamento parabasal

axóstilo

• Protozoário flagelado parasita cavitário


• adaptado ao parasitismo monoxênico
• quatro espécies parasitam os humanos: T.tenax, T.hominis, T.vaginalis,
Trichomitus fecalis
• não possui forma cística
Classificação taxonômica (Levine,1980)
REINO: Protista

SUB-REINO: Protozoa
FILO: Apicomplexa Sarcomastigophora Microspora Ciliophora

SUB-FILO: Mastigophora Sarcodina Kinetofragminophorea

CLASSE: Zoomastigophorea

ORDEM: Trichomonadida

FAMÍLIA: Trichomonadidae

GÊNERO: Trichomonas
Trichomonas
ESPÉCIE: tenax hominis vaginalis fecalis suis fetus gallinae
S Trichomonas tenax

• parasita a cavidade bucal humana e de símios;


• vive em comensalismo, não provoca doença;
• Tem formato ovóide com 4 flagelos anteriores e mede 4 a 16 X 2 a15µm
• vasta distribuição geográfica;
• Prevalência variando de 0 a 25%
• transmitido diretamente pela saliva ou indiretamente pelo contato com
escovas de dente, alimentos lambidos;
• pode ser pesquisado no tártaro dos dentes, goma de mascar, criptas
amigdalianas;
• Trabalhos europeus descrevem infecções respiratórias atribuídas a ele
S Trichomonas vaginalis

• parasita o trato genito-urinário masculino e feminino;


• É a única espécie de Trichomonas patogênica para o ser humano;
• Seu formato pode variar entre ovóides, arredondados ou elipsóides;
• Possui 4 flagelos anteriores desiguais , uma membrana ondulante e emitem
pseudópodes para captar alimentos ;
• medem em média 9,7µm de comprimento por 7 µm de largura;
• Sua reprodução é por divisão binária longitudinal;
• É anaeróbio facultativo utilizando glicose, maltose e galactose como fonte
de energia;
• Cresce bem na ausência de O2 e em ph entre 5 e 7,5;
• Não possui mitocôndrias. Hidrogenases transformam piruvato em acetato e
liberam ATP e H2.
STrichomonas vaginalis
CICLO VITAL A
tricomonose
é doença
venérea!
relação sexual

3 a 20 dias até o
aparecimento dos O trofozoíto sobrevive
sintomas = estágio infectivo
mais de uma semana
= estágio diagnóstico sob o prepúcio após o
coito

Trofozoíta na Trofozoíta na
Multiplicação por divisão
secreção vaginal vagina ou meato
binária longitudinal
ou prostática e uretral
na urina
STrichomonas vaginalis

EPIDEMIOLOGIA

• é responsável por 1/3 de todas as vaginites

• presente em 180 milhões de mulheres no mundo

• os homens são portadores assintomáticos e disseminadores do parasita


• nas mulheres é mais comum na 2a e 3a década de vida,
nos homens é mais comum após os 30 anos;

• o parasita sobrevive :
- mais de 48h a 10ºC no exsudato vaginal
- 3h na urina coletada
- 6h no sêmem ejaculado
- 24h em toalhas de pano úmidas a 35 ºC
STrichomonas vaginalis
PATOGENIA

• Infecta o epitélio do trato genital – nas mulheres a vagina e a


ectocérvice; nos homens a uretra e a próstata.
• Adere-se às células epiteliais através de adesinas depois de liberar
proteases que digerem a mucina e imunoglobulinas locais

QUADRO CLÍNICO
Desde formas assintomáticas – mais comum no homem – até o estado agudo

Na mulher

• corrimento vaginal abundante, fluido, bolhoso, amarelo-


esverdeado, odor fétido, mais comum no período pós-menstrual;
• prurido e/ou dor no baixo ventre ou dispareunia;
• disúria e polaciúria;
STrichomonas vaginalis

QUADRO CLÍNICO

No homem

• é assintomática na maioria das vezes;


• prurido uretral leve, desconforto ao urinar;
• uretrite com fluxo leitoso, principalmente pela manhã – gôta
matinal;
• pode complicar com prostatite, balano postite, cistite e epididimite
STrichomonas vaginalis

DIAGNÓSTICO

No homem
•Colher secreção uretral no laboratório, pela manhã antes de urinar
• Colher urina de primeiro jato – 20ml, centrifugar e examinar o sedimento
• Colher secreção prostática e sub-prepucial

Na mulher
•Colher secreção vaginal sem fazer higiene prévia, de preferência
durante os primeiros dias após a menstruação

Preparar lâmina com salina isotônica morna e procurar o parasita

Cultivar em meio líquido – meios de Johnson & Trussell (CPLM), STS e


TYM
STrichomonas vaginalis

TRATAMENTO

Derivados nitroimidazólicos
Metronidazol, tinidazol, nimorazol, secnidazol, carnidazol

Agem por formação de radicais citotóxicos derivados da


redução do grupamento nitro. Agem nos organismos
anaeróbios que têm ferredoxina, flavodoxina ou
transportadores de eletrons na sua cadeia metabólica

PROFILAXIA
•Medidas aplicáveis às doenças sexualmente transmissíveis

•O material contaminado pode ser desinfectado com


hexaclorofeno 0,42M por 24h, ou pelo calor a 44°C.
STrichomonas hominis ou Pentatrichomonas hominis

•vive em comensalismo no intestino grosso e ceco;

• não provoca doença porém pode ser encontrado em fezes diarreicas

• possui 5 flagelos anteriores sendo que 1 deles fica separado

• ampla distribuição geográfica com predomínio nos trópicos

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