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Ruído Ambiental

Quando uma fonte sonora vibra, provoca variações de


pressão no ar ambiente, que se sobrepõem à pressão do ar.

Nos tempos modernos, o ruído é uma das principais causas


de degradação da qualidade do ambiente urbano. Os
transportes são os principais responsáveis mas existem
outras fontes perturbantes como a indústria, o comércio, o
ruído de vizinhança, etc.

È muito difícil quantificar a incomodidade porque muitas


vezes o ruído é desagradável para algumas pessoas mas
agradável para outras.

Geralmente os efeitos na saúde do ser humano quando


expostos a níveis de ruído elevados podem-se traduzir em
stress, cansaço, perturbações no sono, capacidade de concentração e hipertensão arterial.

Com o intuito de fazer frente a este problema foi publicado em Diário da República o
novo regime legal sobre poluição sonora pelo Decreto – Lei nº 292/2000, de 14 de
Novembro, que entrou em vigor a 15 de Maio de 2001. Este Decreto – Lei reforça o
controlo preventivo e repressivo do ruído para a salvaguarda da saúde e bem-estar das
populações.

As principais inovações da legislação são:

- A integração da prevenção do ruído na política de ordenamento de território;

- A fiscalização do ruído de vizinhança;

- As restrições às actividades ruídosas temporárias baseadas em regras de fácil


verificação;

- Os planos de redução de ruído para as situações mais gravosas;

- Os planos de monitorização para as principais fontes de ruído ambiente;

- Mapas de ruído
Princípios Fundamentais - Autoridades Competentes

O Decreto – Lei nº 292/2000 clarifica ainda quais as autoridades competentes e o seu


campo de actuação para o controlo de ruído.

O princípio genérico é que cabe às autoridades responsáveis pelo licenciamento ou


autorização de uma determinada actividade a fiscalização do ruído provocado por essa
actividade. Assim, por exemplo, devem encaminhar-se para as Direcções Regionais da
Economia ou para as Direcções Regionais da Agricultura as queixas relativas ao ruído
produzido por estabelecimentos industriais. Reclamações sobre estabelecimentos
comerciais ou de restauração devem ser dirigidas às respectivas Câmaras Municipais.
As autoridades policiais fiscalizam ruído de vizinhança e ruído de actividades ruidosas
temporárias, para além das suas competências de fiscalização do ruído de tráfego
rodoviário nos termos do Código da Estrada. Cabe às entidades responsáveis pelas
infra-estruturas de transporte o controlo do ruído a elas associado.

Subsidiariamente as autoridades ambientais, nomeadamente as Direcções Regionais do


Ambiente e do Ordenamento do Território (DRAOTs) e a Inspecção Geral do Ambiente
(IGA), podem também ser chamadas a actuar na fiscalização do ruído.

Medidas Gerais de Prevenção e Controlo da Poluição Sonora

A qualidade do ambiente sonoro deve ser obtido, conforme o especificado pelo Artigo
4º do RGR:

a) As zonas sensíveis não podem ficar expostas


a um nível sonoro contínuo equivalente,
ponderado A, Laeq, do ruído ambiente
exterior, superior a 55 dB no período diurno
e 45 dB no período nocturno.
b) As zonas mistas não podem ficar expostas a
um nível sonoro contínuo equivalente,
ponderado A, Laeq, do ruído ambiente
exterior, superior a 65 dB no período diurno
e 55 dB no período nocturno.

Refira-se que pelo disposto no artigo 3º entende-se


por zonas sensíveis as áreas definidas em
instrumentos de planeamento territorial como vocacionadas para usos habitacionais,
existentes ou previstos, bem como para escolas, hospitais, espaços de recreio e lazer e
outros equipamentos colectivos prioritariamente prioritariamente utilizados pelas
populações como locais de recolhimento, existentes ou a instalar e por zonas mistas as
zonas existentes ou previstas em instrumentos de planeamento territorial eficazes, cuja
ocupação seja afecta a outras utilizações, para além das referidas na definição de zonas
sensíveis, nomeadamente a comércio e serviços.

De acordo com o nº3 do artigo 8º do RGR, o valor da diferença entre o LAeq do ruído
ambiente particular corrigido (LAr), e o LAeq do ruído residual, não poderá exceder os
5 dB(A) no período diurno e os 3 dB(A) no período nocturno.

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