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Noticias da Manutenção

Baseada em Fiabilidade
Divulgação de noticias sobre Controlo de Condição, Manutenção
e o MIIT Nº3 - Outubro de 2002

ÍNDICE Curso Básico de Análise de


Lubrificantes
1 - Notícias do MIIT Porto – 26 de Novembro de 2002
Encontro de Utilizadores do WinMAC
Curso Básico de Análise de Lubrificantes
Formação interempresas até ao final do ano
O Clube de Utilizadores do WinMAC
Atenuador Sonoro de grandes dimensões – 8
x 6 metros
Programa
2 - Artigos Técnicos Funções de um Óleo Lubrificante: Tipos de
Lubrificantes; Aditivos; Propriedades.
ARTIGO 1 - Vibrações em Engrenagens: Parte I
– Origem das Vibrações
Degradação de um Lubrificante.
( a pedido de um dos leitores) Análise de Lubrificantes: Análise da
Condição do Lubrificante; Análise da Condição
ARTIGO 2 - Integração das Funções da Máquina/ Partículas de Desgaste.
Lubrificação, Controlo Sensorial Genérico e Amostragem: Procedimentos para uma boa
Controlo da Condição amostragem; Periodicidade de Amostragem;
Informação importante sobre a amostra.
ARTIGO 3 - RAMS e RCM ( Parte 1) Selecção das técnicas de Análise: Tipos de
ARTIGO 4 - MPM
Aplicações; Eficiência e limites de Detecção.
Casos Práticos da Aplicação da Análise de
3 – Nota Final Lubrificantes; Motores Diesel; Rolamentos;
1 – NOTICIAS DO MIIT Sistemas Hidráulicos; Sistemas de
Engrenagens; Compressores.
Encontro de Utilizadores do WinMAC Demonstrações Laboratoriais.
A partilha de experiência e conhecimentos
entre profissionais que enfrentam o mesmo Mais detalhe no site www.miit.pt.
problema, é uma das ferramentas fundamentais
de melhoria e aperfeiçoamento do seu dia a
dia. Neste sentido o MIIT realizou no O Clube de Utilizadores do WinMAC
passado dia 08.10.2002 o primeiro encontro Os utilizadores do WinMac poderão agora
anual de utilizadores da aplicação WinMac – beneficiar de um clube de utilizadores cujo
Gestão e Manutenção de Instalações. Foram objectivo principal é dar o máximo de apoio na
abordados temas como as novas actividades exploração da aplicação. Destacamos algumas
do MIIT, novidades WinMac, os futuros das vantagens que poderão usufruir, como
desenvolvimentos, sugestões de melhoria, sendo, através do site do MIIT, fazer downloads
apresentação de case studies por vários de artigos técnicos ou de apresentações de
utilizadores e apresentação do Clube de PowerPoint sobre novidades WinMac.
Utilizadores. Destacamos a qualidade das Quadrimestralmente irão obter via email, um
apresentações desenvolvidas pelos presentes jornal com novidades WinMac e da manutenção
que apresentaram os seus casos particulares em geral e será criado um fórum de discussão
com especial enfoque nos benefícios que a onde será possível debater os mais variados
aplicação WinMac lhes trouxe. assuntos relacionados com a aplicação
nomeadamente ideias e/ou sugestões de
melhoria.
Formação interempresas até ao final
do ano Ver www.miit.pt.

MIIT Manutenção Baseada em Fiabilidade 1


Atenuador Sonoro de grandes dimensões - 8 x 6 metros

Após a entrada em funcionamento da uma linha nova, uma unidade industrial foi confrontada com a
reclamação de vizinhos – habitantes de edifícios situados na margem Norte do Douro, a mais de 1Km
de distância das instalações – alegando incómodo provocado pelo ruído proveniente das novas
instalações.

A fonte de ruído que constituía o motivo para estas reclamações estava localizada na abertura de
admissão de ar, para a sala dos ventiladores de insuflação da fábrica, com as dimensões de 6m de
largura x 8m de altura, através da qual passa um caudal de ar de 600.000 m3h-1.

Com efeito, o ruído propagado através desta abertura atingia 98dB(A), a cerca de 1m.

Por solicitação do cliente, empresa com grandes preocupações ambientais e fortemente consciente da
importância da sua imagem junto da comunidade, a Pronorma concebeu, construiu e instalou um
atenuador sonoro dissipativo do tipo Pronorma PSAE com as dimensões desta abertura, destinado a
reduzir estes níveis de ruído.

Os resultados obtidos foram plenamente satisfatórios, tendo sido obtida uma redução de 28dB nos
níveis de ruído propagados, que actualmente se situam em 70dB(A).

Aspecto final do Atenuador com as grelhas inferiores abertas.

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2 – ARTIGOS TÉCNICOS ou por variações súbitas provocadas por
irregularidades pontuais (picadas, fendas,
ARTIGO 1 etc.).
VIBRAÇÕES EM ENGRENAGENS:
Para além da modulação do engrenamento,
PARTE I – ORIGEM DAS VIBRAÇÕES
as bandas laterais também podem surgir a
modular uma Frequência Natural. Neste caso
PREAMBULO
indicam a taxa de repetição do choque que
excita a Frequência Natural.
Este é o primeiro de uma série de artigos que
vamos publicar no nosso jornal sobre
c) Componentes Fantasmas
vibrações em engrenagens e é um extracto
Aparentam ser uma Frequência de
da documentação que é distribuída nos
Engrenamento mas com um número de
nossos cursos de diagnóstico por análise de
dentes diferentes daquele que a engrenagem
vibrações.
tem.
Geralmente podem ser relacionadas com o
Os artigos que vão ser publicados sobre este
número de dentes da engrenagem
tema são:
indexadora da freza onde foi feita a
Parte I – Origem das Vibrações
maquinação, e são devidos a erros nessa
Parte II – Técnicas de Diagnóstico
engrenagem.
Parte III – Critérios de Avaliação e Fórmulas
d) Frequência de Montagem
Componente criada num par de engrenagens
usadas quando é mudada a sua posição
relativa.

e) Frequência de Repetição de Dentes


Componente criada por um par de dentes
com defeito, quando engrena.

1- INTRODUÇÃO f) Frequências Naturais


Componentes que surgem quando uma
Mesmo que o Espectro de Frequência das engrenagem danificada começa a provocar
vibrações produzidas por uma engrenagem choques.
frequentemente aparente ser muito
complicado, pode normalmente ser g) Velocidade de Rotação e Harmónicas
decomposto na combinação dos seguintes
efeitos:

a) A Frequência de Engrenamento e
suas Harmónicas
Representam o desvio do perfil médio do
dente relativamente ao perfil de
engrenamento ideal, ou seja, do perfil do
dente perfeito.

b) Bandas Laterais
Componentes originadas normalmente na
modulação do engrenamento, provocadas
quer por variações lentas (por excentricidade)
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2- COMPONENTES DE ESPECTROS O desalinhamento provoca uma
DE FREQUÊNCIA excentricidade da engrenagem criando uma
folga variável, originando portanto um desvio
2.1 - Frequência de Engrenamento da posição dos dentes da sua posição ideal.

O desvio do perfil de dente ideal, constante, Outra consequência da excentricidade é a


cada vez que se faz o engrenamento, e que criação de uma reacção entre as
portanto origina uma vibração periódica à engrenagens quando a folga é insuficiente.
Frequência de Engrenamento, pode ter Surge assim uma componente cuja
diversas causas. Por um lado existe a frequência é a da velocidade de rotação a
deflexão dos dentes em carga, que varia acompanhar a Frequência de Engrenamento.
cada vez que aquela é partilhada entre um
número diferente de dentes em cada ciclo de Tem-se assim que, qualquer causa que
engrenagem, e por outro, existem os desvios provoque uma excentricidade de uma
resultantes de desgaste uniforme, defeitos de engrenagem poderá provocar componentes
maquinação e da montagem. de frequência igual à Velocidade de Rotação
e Frequência de Engrenamento de amplitude
Devido à deformação dos dentes ser elevada. Causas possíveis de excentricidade
essencialmente dependente da carga, para podem-se dever a um deficiente fabrico ou
se obterem espectros comparáveis, as um desequilíbrio, em engrenagens de alta
medições têm de se fazer sempre com a velocidade.
mesma carga. A carga tem de ser também
suficiente para assegurar que os dentes Em engrenagens de dentes rectos o
estão permanentemente em contacto. desalinhamento costuma ser gerador de
vibrações axiais.
Contudo, com carga constante, qualquer
mudança na amplitude frequência de Folgas incorrectas entre as engrenagens
Engrenamento e Harmónicas, deverá ter provocam também vibrações à Frequência
origem no desgaste. de Engrenamento.

O desgaste é maior em ambos os lados do


círculo primitivo devido ao escorregamento
enquanto no ponto médio do dente ocorre
rolamento puro. Este erro de perfil tenderá a
provocar uma distorção considerável da
Frequência de Engrenamento, originando
que o desgaste dos dentes seja mais visível
nas harmónicas do que na fundamental.
Regra geral é aconselhável controlar pelo
menos as três primeiras harmónicas da
frequência de engrenamento, quando se
2.2 - Bandas Laterais
pretende acompanhar este tipo de defeito.
A maioria das componentes vibratórias que
Os problemas de montagem que
ocorrem a frequências diferentes do
normalmente dão origem a componentes do
engrenamento podem ser explicadas pelas
espectro de frequência, de amplitude
suas modulações. Por exemplo, devido à
elevada, à Frequência de Engrenamento são
dependência da deflexão dos dentes da
os desalinhamentos e as folgas incorrectas.
carga, qualquer flutuação nesta (por exemplo
causada por desalinhamentos) tenderá a

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causar uma correspondente variação em velocidade de rotação da engrenagem
amplitude, provocando assim uma desalinhada.
modulação em amplitude.
Mesmo em engrenagens em condições
Ao mesmo tempo estas flutuações na carga perfeitas é normal encontrar bandas laterais,
dos dentes provocarão variações na não sendo elas por si só indício de avaria. O
velocidade angular provocando assim seu crescimento ou o aparecimento de
modulações em frequência. As modulações bandas laterais novas, é que é indício de
em amplitude e frequência provocam o problema em evolução.
surgimento de bandas laterais em volta da
frequência básica (frequência de
engrenamento e suas harmónicas), com um
espaçamento igual à frequência modulante
(geralmente a velocidade de rotação das
engrenagens), contendo assim informações
importantes para a elaboração de um
diagnóstico em relação à qual a engrenagem
que as está a provocar.
2.3 - Componentes Fantasmas
Um defeito pontual num dente origina um
impulso em cada rotação (modulação em Como já foi mencionado, estas têm origem
amplitude). Este tipo de avaria (por exemplo, em erros nos dentes da engrenagem
uma fenda) dá origem a um espectro indexadora accionante da mesa onde esteve
dominado pela frequência de engrenamento montada a engrenagem em fase de
com bandas laterais de pequena amplitude, maquinação. A frequência da vibração mais
espaçadas da frequência do impulso. O facto tarde gerada pela engrenagem quando em
das bandas laterais, neste caso serem de serviço corresponde àquele número de
pequena amplitude origina que, no espectro dentes e portanto deve ser um múltiplo inteiro
de frequência, seja difícil detectar um defeito da velocidade de rotação da engrenagem.
localizado num dente.; isto é mais fácil na Este facto fornece uma indicação de que
forma de onda. Se houver muitos defeitos uma frequência desconhecida pode ser uma
localizados, como seja por exemplo o caso componente fantasma, quando não se puder
das existências de múltiplas picadas, os conhecer os dados do fabricante.
efeitos vibratórios então tornam-se evidentes.
Outra indicação pode ser obtida através do
seu comportamento em função da carga.
Visto esta componente representar um erro
geométrico constante, não deve ser muito
influenciada pela carga.

Uma vez reconhecida, uma componente


fantasma, normalmente não provocará
qualquer problema, existindo uma tendência
para ela diminuir com o tempo (desgaste).
No caso da excentricidade aparecem bandas
laterais importantes ao redor da frequência 2.4 - Frequência de Montagem
de engrenamento. Um desalinhamento
provoca este efeito. Distingue-se do Os dentes de um par de engrenagens,
fenómeno de picadas por originar quando em serviço vão criando uma "cama".
componentes vibratórias importantes à Acontece que, a menos que o número de
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dentes das duas engrenagens, sejam primos 2.6 - Frequências Naturais
entre si, um dado dente de uma engrenagem
não vai contactar todos os dentes da outra. Quando um projectista concebe uma
Criam-se assim famílias de engrenamento engrenagem, fá-lo de modo a que as
que dão origem a "camas". Caso após uma frequências naturais das suas componentes
desmontagem das engrenagens, estas não não sejam excitadas por uma vibração
voltem a ser postas exactamente na mesma forçada gerada no funcionamento da
posição relativa, dão origem a uma vibração máquina. Quando surgem componentes
cuja frequência pode ser calculada da relacionadas com frequências naturais, estas
seguinte maneira: são normalmente excitadas por choques.
Estes podem ter origens em causas diversas,
Fe podendo uma delas ser uma fenda num
f=
N dente.

f = Frequência de Montagem No Espectro de Frequência, a taxa de


Fe = Frequência de Engrenamento ocorrência dos choques é indicada pela
N = Máximo Divisor Comum do separação entre as componentes.
número de dentes das duas engrenagens
Dentes com fendas, a provocarem choques
no engrenamento, dão origem ao surgimento
das Frequências Naturais das engrenagens.
Estas Frequências Naturais, regra geral, não
se apresentam como um só pico, mas sim
como um grupo de picos separados entre si
da taxa a que ocorrem os choques que lhes
dão origem. Estes choques surgem
claramente na forma de onda.

2.5 - Frequência de Repetição de Dentes

Se existir um defeito num par de dentes de


duas engrenagens, cada vez que se der o
engrenamento deste par, vai ocorrer um
impulso.

Essa vibração ocorre portanto à Frequência


de Repetição do Engrenamento de um par
de dentes, que pode ser calculada da
seguinte maneira: 2.7 - Velocidade de Rotação e
Harmónicas
F = (Fe x N) / (Np x Nc)
F - Frequência de repetição As componentes à velocidade de rotação e
N - Máximo divisor comum do suas harmónicas têm como origem as
número de dentes das duas engrenagens mesmas causas que nas outras máquinas:
Np - Número de dentes do pinhão desequilíbrios, desalinhamentos, folgas,
Nc - Número de dentes coroa excentricidades, etc.

( Continua no próximo número)

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ARTIGO 2
Todavia a sua potencialidade de actuação,
Integração das Funções Lubrificação, na área do Controlo de Condição, não se
Controlo Sensorial Genérico e Controlo esgota aqui, entrando-se em conta com a
da Condição capacidade de implementar técnicas
especificas como sejam a vibrometria e a a
Desde que existem máquinas, diz o bom análise avançada de Lubrificantes com
senso que quem está junto delas tem recurso à ferrografia analítica .
informação importante sobre a sua condição
de funcionamento. Nos últimos anos, esta Estas duas técnicas, que a par do controlo
evidencia de sempre, foi levada em sensorial genérico e da medição de
consideração numa das mais recentes temperaturas, são as mais importantes no
abordagem à manutenção, sobre a forma Controlo de Condição de equipamentos
do TPM (Total Productive Maintenance) dinâmicos, permitem ultrapassar algumas
cujo um dos principais alicerces é o de que, limitações dos sentidos humanos e tornar
quem convive com as máquinas é que deve objectivo alguns processos de tomada de
proceder á sua inspecção. decisão de gestão técnica dos
equipamentos.

Uma Manutenção optimizada deve assim


levar em conta a informação recolhida por
quem lubrifica as máquinas, e estes
técnicos devem ter os seus sentidos
despertos para qualquer sintoma de A potenciação das diversas sinergias
funcionamento anormal. existentes entre o controlo sensorial
genérico, a vibrometria e a análise de
Os Lubrificadores estão assim desde lubrificantes, que os técnicos da função
sempre em excelente posição para ser um lubrificação têm condições únicas para
dos vectores de um sistema de Controlo de implementar, permite obter o maior retorno
Condição, através da implementação de um do investimento efectuado no Controlo de
sistema de inspecção por Controlo Condição.
Sensorial.

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coligida esta informação, o processo RCM
ARTIGO 3 seguidamente elege a política de gestão do
activo mais adequada.
RCM desde a fase de Projecto – A
Análise RAMS - Parte 1 Ao contrário de outros processos de
desenvolvimento de manutenção, o RCM
1 - Introdução considera todas as opção de gestão de um
activo: tarefas dependentes da condição,
A pressão constante para se alcançarem tarefas de restauração planeadas, tarefas
novos e melhores padrões de desempenho de abate planeadas, tarefas de busca de
levou ao surgimento de um sem número de avarias e alterações de contexto ( projecto,
abordagens e metodologias parcelares para procedimentos de operação, treino de
os atingir. pessoal, e outros aspectos do activo fora do
mundo da manutenção).
Os requisitos de ambiente, segurança,
gestão de risco e custo de ciclo de vida Um processo RCM deve assegurar que
juntaram-se aos mais tradicionais requisitos todas as sete questões a seguir colocadas
de desempenho económico, tornando a são respondidas satisfatoriamente e
abordagem à gestão do conjunto, um respondidas na sequência a seguir descrita:
problema verdadeiramente complexo.
Quais são as funções do activo e padrões
de desempenho associados no presente
contexto de serviço (funções)?
De que formas pode deixar de cumprir as
suas funções (falhas funcionais)?
O que causa cada falha funcional (modos
de falha)?
A abordagem RAMS ( Reliability, Availibility, O que acontece quando cada uma das
Manutentability, Security) pretende, de uma falhas ocorre (efeitos da falha) ?
forma global, integrar as diversas Qual a importância de cada forma de falha
metodologias numa abordagem única. (consequências da falha) ?
O que deve ser efectuado para prever ou
Aqui faz-se uma breve apresentação da prevenir cada falha (tarefas proactivas e
metodologia de gestão em que consiste a intervalos de tarefas)?
análise RAMS. O que deve ser feito se não se conseguir
encontrar uma tarefa proactiva adequada ?

2 - RCM e RAMS Para responder “satisfatoriamente” a cada


uma destas questões, deve ser recolhida
O RCM (Reliability Centered Maintenance) informação, e tomadas as decisões
é um dos diversos processos desenvolvidos adequadas. Toda a informação e decisões
durante os anos 60 e 70, em diversas devem ser documentadas de forma a
industrias, de modo a ajudar as pessoas a ficarem completamente disponíveis e
determinar as melhores políticas para aceitáveis para o proprietário ou utilizador
gestão das funções dos seus activos físicos final.
– e para gerir as consequências das suas
falhas. Destes processos o RCM é o mais É utilizada também para, na fase de
detalhado. projecto, demonstrar que os activos
fornecidos vão responder aos requisitos do
Um processo RCM identificaproprietário ou utilizador em termos de
sistematicamente todas as funções de um Desempenho, Custo de Ciclo de Vida,
activo e falhas funcionais , e identifica todos Segurança e Ambiente.
os modos de falha razoavelmente prováveis
( ou causas de falha). Segue-se então a A análise RAMS consiste num processo que
identificação da sua importância. Uma vez permite a implementação consistente de um
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método de gestão da fiabilidade, Associação dos valores de fiabilidade dos
disponibilidade, manutibilidade e segurança. diversos equipamentos sistemas, e
Esta análise pode ser aplicada em todas as subsistemas.
fases do ciclo de vida de um activo.
- Definição dos Planos de Manutenção

Definição das tarefas de manutenção


adequadas para se atingirem os objectivos
de desempenho, segurança e ambiente
pretendidos, nomeadamente:
O que deve ser efectuado para
prever ou prevenir cada falha
O que deve ser feito se não se
conseguir encontrar uma tarefa adequada

- Definição da Disponibilidade
Previsional

Demonstração analítica que um sistema a


fornecer vai cumprir as especificações de
3 - Os resultados da análise RAMS projecto.

A seguir apresenta-se um exemplo de - Determinação do custo do ciclo de


informação de fiabilidade a ser entregue, vida dos equipamentos
por um fornecedor de sistemas durante a
fase de projecto, no âmbito de uma análise Custo global do activo considerando o
RAMS: investimento inicial, a implementação do
plano de manutenção proposto ao longo da
- Análise funcional vida útil do equipamento, consumiveis, etc.

Funções do activo e padrões de - Cálculo RAM para as instalações


desempenho associados ao contexto de
serviço pretendido. ( Continua no próximo número)

- Definição de modos da avaria e


respectiva criticidade – FMEA (FMECA) 3 – NOTA FINAL

Listagem de: Se deseja receber este periódico e não o


Formas sob as quais o sistema pode recebe, por favor solicite-o para o e-mail:
deixar de cumprir as suas funções (falhas miit@miit.pt
funcionais).
Causa de cada falha funcional Se recebe este periódico e não o deseja
(causas de falha). receber, por favor comunique-o para o e-
O grau de importância de cada falha mail: miit@miit.pt
(consequências da falha).
Qualquer comentário, sugestão ou pergunta
- Definição da árvore de falhas – Fault são bem vindos. Para o efectuar, por favor,
Tree Analisys utilize o mesmo e-mail, miit@miit.pt.

O que acontece quando cada uma das


falhas ocorre (efeitos da falha)

- Cálculo da fiabilidade

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Manutenção Industrial Informatizada e Tecnologia, Lda.

LISBOA
Perímetro Bombardier – Rua Vice Almirante Azevedo Coutinho, Nº 1,
Edifício Curvo
Venda Nova - 2700 Amadora
Telef.: 21 4996490 Fax: 21 4996491

PORTO
Rua Rei Ramiro 870 6º A
4400 V. N. Gaia
Telef.: 22 3709084 Fax: 22 3721349

e-mail:miit@miit.pt

www.miit.pt
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