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Exercícios Artigo de Opinião
Exercícios Artigo de Opinião
1. De acordo com as informações fornecidas pela notícia, qual foi o motivo mais provável
da agressão? Pode-se concluir que o garoto foi agredido em razão da escalada de
hostilidade (por parte dos colegas) motivada unicamente por sua gagueira.
2. Segundo a mãe, Marco Antônio costuma ser alvo de “brincadeiras” dos colegas.
Considerando o conjunto da notícia, que tipo de brincadeiras seria esse? Por que teriam
chegado a um nível tão elevado de violência?
Muito provavelmente as brincadeiras a que a mãe se refere seriam as hostilidades já mencionadas.
Entre crianças e adolescentes, essas brincadeiras costumam ser chamadas de “zoação”. Atualmente
esse tipo de comportamento é mais conhecido por bullying. Frequentemente, esses comportamentos
provocam mal-estar e também distúrbios mais graves entre os alunos. Nesse caso, teriam chegado ao
ponto da agressão física; ao que parece, por não terem sido, oportuna e eficazmente, questionados nem
por adultos – pais, professores, funcionários - , nem por outros colegas.
3. Na base desse caso de violência está o preconceito contra o que parece “estranho”,
“fora do normal” etc. que outros casos freqüentes de intolerância é possível lembrar? Magros,
gordos, narigudos, tímidos, “delicados”, com algum problema físico etc.
4. O que é preconceito? Preconceitos são idéias preconcebidas que se apresentam como
verdades tão bem estabelecidas que dispensariam argumentos: “os negros são inferiores aos
brancos”; “as mulheres são menos inteligentes que os homens” tec.
5. O que teria de ser feito para evitar esse tipo de violência? Seria possível estabelecer
um consenso para todos? Uma forma eficaz de evitar e combater esse tipo de hostilidade e de
violência é o debate aberto, constante e sistemático sobre questões incômodas que se
manifestam no cotidiano, com vistas em estabelecer consensos sobre o que se deve e o que
não se deve fazer.
Maioridade penal
Contra:
Redução da idade penal
Wandyr Zafalon
Quando cenas violentas se repetem e repercutem por todo o território nacional, o assunto redução
da idade penal volta com intensidade. Em primeiro lugar, não podemos deixar de entender e respeitar o
sentimento de perda e luto dos parentes próximos. São inteiramente compreensíveis as manifestações
de revolta e intenções de vingança surgidas em momentos tão inesperados e dolorosos. Revolta e
vingança são mecanismos utilizados como forma de suportar a própria dor e podem até ajudar na
elaboração do luto.
Devemos ficar atentos, quando crimes violentos comovem toda a sociedade, para não permitirmos
que nossas emoções cheguem a eliminar nossa própria racionalidade.
Ao fazermos a pergunta: Quem é esse criminoso??? Na maioria das vezes, vamos deparar com
respostas que nos levarão à seguinte conclusão: somos vítimas de vítimas.
Pensando e sentindo assim, é fácil perceber que a sociedade precisa reduzir muitas outras coisas:
reduzir a corrupção, reduzir a desigualdade social, reduzir a injustiça, reduzir os políticos desonestos,
reduzir a falta de educação, porque ela, infelizmente, ainda não é para todos.
Reduzir a idade penal isoladamente é apenas um desejo vingativo que faz emergir e transparecer a
nossa própria violência.
Muito se critica o ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente. Porém, o mesmo já existe há mais de
uma década, e pouco, muito pouco, saiu do papel. Nenhum governo (federal, estadual ou municipal)
colocou em foco, como prioridade, os direitos que nossas crianças e adolescentes adquiriram e
merecem. Os setores mais conservadores da sociedade criticam os defensores do ECA, que só
enxergariam os "direitos". Mas esses direitos são tão básicos e elementares que mostram o tamanho do
descaso com as causas sociais de nosso país. O estatuto quer toda criança e todo adolescente na escola;
no esporte; nas artes; no meio de famílias com renda suficiente para proporcionar uma vida digna e
qualificada.
Enquanto tudo isso não vier, reduzir isoladamente a idade penal é se vingar, dos outros, por um
crime cometido por nós mesmos. O não cumprimento de nossa parte, enquanto sociedade, é talvez
mais violento do que a própria violência.
Wandyr Zafalon Junior é psicólogo-clínico, em Araçatuba (Folha da Região, 25/11/2003)
A favor
93% dos mineiros são a favor da redução da maioridade penal
Rodrigo Lopes
BELO HORIZONTE - Uma pesquisa realizada de 12 a 18 deste mês em Belo Horizonte, mostra que
93% dos mineiros são favoráveis à redução da maioridade penal de 18 para 16 anos. O Instituto Olhar
ouviu 1200 pessoas, apenas 6% se manifestaram de forma contrária e 0,5% não sabem ou não
responderam. A discussão sobre o tema ressurgiu após o assassinato do casal Liana Friedenbach e Felipe
Caffé, que teria sido comandado por um adolescente de 16 anos, em Embu-Guaçu, na Grande São
Paulo.
O diretor do Instituto Olhar, Rodrigo Mendes Ribeiro, disse que resultado da pesquisa a influenciada
pelo assassinato dos estudantes paulistas. Na pesquisa foram ouvidos moradores de nove regiões de
Belo Horizonte, Oeste, Centro-Sul, Leste, Noroeste, Barreiro, Nordeste, Norte, Venda Nova e Pampulha,
sendo 133 em cada uma delas. A margem de erro é de 2,9%. 28,4% dos entrevistados têm idade entre
20 e 29 anos; 23,9% entre 30 e 39 anos; 18,8% entre 40 e 49 anos e o mesmo percentual acima de 50
anos. Apenas 10,2% dos ouvidos têm entre 16 e 19 anos.
A maior parte dos entrevistados, 39,8% tem grau de escolaridade médio, seguido do fundamental (5ª
a 8ª série), 28,7% e 1ª a 4ª, 17,8%. Com ensino superior, manifestaram sua opinião 9,5% e sem estudos,
4,3%. (Jornal do Brasil, 23/11/2003)
Proposta de redação
Depois de ler os textos acima, redija um texto dissertativo de 30 linhas, emitindo sua opinião a
respeito da maioridade penal. Faça rascunho, coloque título.
CUIDADO! NÃO COPIE NADA DOS TEXTOS DE APOIO, REDIJA SUA DISSERTAÇÃO COM SUAS
PALAVRAS.
1)O texto informa e comenta os resultados de uma pesquisa sobre o trabalho infantil em nosso país. No
1º parágrafo, além de informar, a jornalista também emite uma opinião sobre a pesquisa. Essa opinião
consiste na ideia principal do texto, que é desenvolvida pelos parágrafos seguintes. De acordo com o
primeiro parágrafo:
a)O trabalho infantil em nosso país aumentou ou diminuiu?
b)Qual é o ponto de vista expresso pela jornalista, que constitui a idéia principal do texto?
2)O parágrafo pode ser constituído de diferentes formas. Uma delas, a mais comum, é a declaração
inicial. Esse tipo de parágrafo é introduzido por meio de uma afirmação, desenvolvida por idéias
secundárias. Qual é a declaração inicial que abre o 1º parágrafo?
3)Outra forma de desenvolvimento de parágrafo bastante comum é a comparação.Observe no 3º
parágrafo: que elementos são postos em comparação?
4)Outro tipo de desenvolvimento possível de parágrafo é o estabelecimento de relações de causa e
conseqüência, como ocorre no 9º parágrafo. De acordo com esse parágrafo, que conseqüências o
trabalho infantil produz?
5)Outro desenvolvimento de parágrafo é a ilusão histórica. Nesse tipo de desenvolvimento, é comum se
utilizar o passado para comparar com o presente. No texto lido, há alusão histórica? Se sim, identifique-
a.
6)Também são comuns os parágrafos desenvolvidos a partir de uma citação, ou seja, para fazer valer
seu ponto de vista, o autor do texto utiliza o pensamento de uma autoridade ou de um especialista no
assunto. Também pode se valer de dados de um órgão ou entidade que seja reconhecida na área.
a) No texto lido há a citação do pensamento de um especialista. Em qual parágrafo isso ocorre?
b) Que outro tipo de citação existe no texto? Identifique-a.
7)No último parágrafo, a autora estabelece relação entre criança/adolescente e escola.
a)A que conclusão ela chega?
b)Essa conclusão coincide com a ideia principal do texto, lançada no 1º parágrafo?
8)Agora, escreva um texto argumentativo. Escolha uma das propostas a seguir.
PROPOSTA 1
Muitas crianças ajudam em casa, tomando conta de irmãos menores ou fazendo tarefas domésticas:
cozinhar, passar, limpar a casa, etc. Na sua opinião, a criança deve ou não ajudar em casa? Se acha que
sim, explique por que e em que condições esse trabalho deve ocorrer. Se acha que não, explique por
quê.
PROPOSTA 2
A lei de proteção à criança e ao adolescente permite que o menor de 16 e maior de 14 anos trabalhe,
desde que seja na condição de aprendiz, isto é, durante certo tempo o adolescente aprenderia
determinada profissão e trabalharia um número reduzido de horas, a fim de continuar os estudos.
Contudo, o que se verifica na realidade é que muitos adolescentes, para garantirem o emprego, deixam
de estudar e chegam a trabalhar 40 horas por semana, como os adultos.
Na sua opinião, a lei que regula o trabalho do menor aprendiz, deve ser mantida?
PROPOSTA 3
Até alguns anos atrás, as crianças do meio rural deixavam de ir à escola na época de colheita para
ajudar seus pais. Com o projeto Bolsa-Escola, o governo passou a pagar uma pequena quantia mensal às
famílias que têm filhos na escola, com a condição de não faltarem. Essa iniciativa melhorou
sensivelmente os índices de evasão e reprovação escolar. O que você acha dessa iniciativa? Que outras
iniciativas poderiam ser tomadas pelo governo, a fim de manter a criança na escola?
Namoro e Futebol
Eles se conheceram na escola, onde cursavam a mesma classe. E foi o legítimo amor à primeira
vista. Uma semana depois já estavam namorando, e namorando firme. Eram desses namorados
que fazem as pessoas suspirar e dizer baixinho: meu Deus, o amor é lindo. Ele, 17 anos, alto, forte,
simpático; ela, 16, uma beleza rara. Logo estavam e visitando em casa. Os pais de ambos davam a maior
força para o namoro e antecipavam um casamento no futuro: os dois formavam
o casalzinhoideal. Inclusive arque gostavam das mesmas coisas: ler, ir ao cinema, passear no parque.
Mas alguma coisa tinha de aparecer, não é mesmo? Alguma coisa sempre aparece para perturbar
mesmo o idílio mais perfeito.
Foi o futebol.
Ele era maluco pelo esporte. Jogava num dos vários times da escola, no qual era o goleiro. Umgrande e
esforçado goleiro, cujas defesas muitas vezes arrancavam aplausos da torcida.
Ela costumava assistir às partidas. No começo nem gostava muito, mas então passou a seinteressar. Um
dia disse ao namorado que queria jogar também, no time das meninas da escola. Para surpresa dela, ele
se mostrou radicalmente contrário à idéia. Disse que futebol era coisa parahomem, que ela acabaria
se machucando. Se queria praticar algum esporte, deveria escolher o vôlei. Ela ficou absolutamente
revoltada com o que considerou uma postura machista dele. Disseque iria começar a treinar de
qualquer jeito.
Começou mesmo. E levava jeito para a coisa: driblava bem, tinha um chute potente. Só que aquilo
azedava cada vez mais as relações entre eles. Discutiam com freqüência e acabaram decidindo dar um
tempo. Uma notícia que deixou a todos consternados.
Passadas umas semanas, a surpresa: o time das meninas desafiou o time em que ele era goleiropara
uma partida.
Ele tentou o possível para convencer os companheiros a não jogar com elas. No fundo, porém, não
queria se ver frente a frente com a namorada, ou ex-namorada. Os outros perceberam isso,
disseram que era bobagem e o jogo foi marcado.
Ele estava tenso, nervoso. E não podia tirar os olhos dela. Agora tinha de admitir: jogava muitobem, a
garota. Era tão rápida, quanto graciosa e, olhando-a, ele sentia que, apesar das discussões, ainda
gostava dela.
De repente, o pênalti. Pênalti contra o time dos garotos. E ela foi designada para cobrá-Io. Ali estavam
os dois, ele nervoso, ela absolutamente impassível. Correu para a bola - no últimosegundo ainda sorriu -
e bateu forte. Um chute violento que ele, bem posicionado, defendeu. Sob os aplausos da torcida.
O jogo terminou zero a zero. Eles se reconciliaram e agora estão firmes de novo.
Mas uma dúvida o persegue: será que ela não chutou a bola para que ele fizesse a brilhantedefesa? Não
teria sido aquilo um gesto, par assim dizer, de reconciliação?
Ela se recusa a responder a essa pergunta. Diz que um pouco de mistério dá sabor ao namoro. E talvez
tenha razão. O fato é que, desde então, ela já cobrou vários pênaltis. E não errou nenhum.
01. Sobre o interesse da moça pelo futebol, é correto afirmar que ela
(A) sempre fora maluca pelo esporte.
(8) começou a gostar vendo o namorado jogar.
(C) só se envolveu quando precisou cobrar um pênalti.
(D) passou a jogar obrigada pelas outras meninas.
2.No quinto parágrafo, o uso dos advérbios "radicalmente" e "absolutamente" indica que
(A) nem a moça nem o rapaz estavam convictos quanto à posição que assumiram na discussão.
(B) embora o rapaz tivesse se excedido, a moça de forma alguma discordaria dele.
(C) a moça e o rapaz agiram de modo refletido e ponderado mesmo em situações controversas.
(D) a uma posição extrema do rapaz correspondeu uma reação proporcional da moça.
3.O sentido dos trechos "foi o legítimo amor à primeira vista" e "os dois formavam o casalzinho
ideal" é retomado, no texto, pela expressão (A)
idílio mais perfeito. (B) postura machista. (C) jeito para a coisa. (D) dar um tempo.
4. O primeiro conflito que rompe a situação inicial de equilíbrio vivida pelos personagens localiza-
seno (A) primeiro parágrafo. (B) sétimo parágrafo. (C) quinto parágrafo. (D) penúltimo
parágrafo.
5. A afirmação, no segundo parágrafo, de que "Alguma coisa sempre aparece para perturbar"
éconfirmada no trecho do texto: (A) E
talvez tenha razão. (B) Mas uma dúvida o persegue. (C) Ele era maluco pelo esporte. (D) Sob os
aplausos da torcida.
9. Identifique, nos trechos abaixo, o momento que evidencia a fala direta do locutor (autor) com o
leitor.
(A) “Há pessoas campeãs de relacionamento...”
(B) “Pessoas competentes têm foco...”
(C) “Elas não gastam tempo...”
(D) “Pense nisso. Sucesso!”
11. Há pessoas com opiniões diferentes em relação à tese defendida pelo autor. Para elas, basta
que a empresa tenha funcionários
(A) éticos e incompetentes.
(B) participantes e indisciplinados.
(C) com bom relacionamento e amizade.
(D) disciplinados e dispersos.