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CSait^' L, HulÜL’J
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
Orientações Práticas em
Análise do Comportamento
com panheirism o.
Título original em inglês: Sport Psychology Consulting: Praticai Guidelines from Behavior
Analysis
Tradução autorizada da edição em inglês publicada pela Sport Science Press© 1997 by Garry L.
Martin.
Todos os direitos são reservados. Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida ou transmitida
por nenhum meio, eletrônico ou mecânico, inclusive fotocópia, gravação, ou recuperação de
informações, sem permissão por escrito do autor.
M artin, Garry L,
Consultoria em psicologia do esporte: orientações práticas em análise do
comportamento. Traduzido por: Noreen Campbell de Aguirre. Título original:
Sport psychology consulting: praticai guidelines from behavior analysis.
Campinas: © Instituto de Análise de Comportamento, 2001.
312p.: il.; 24cm,
Bibliografia
ISBN 85-88616-01-7 '
1. Psicologia do esporte. 2. Análise do comportamento.
I. Título
Proibida a reprodução total ou parcial por qualquer meio de impressão, em forma idêntica,
resumida ou modificada, em língua portuguesa ou qualquer outro idioma.
Sumário
PARTE I
F u n d a m e n to s p a r a a C o n s u lto r ia e m P sico lo g ia C o m p o r ta m e n ta l
do E s p o r te
P re fá c io .............................................. a ..................................................................... v ii
Agradecimentos ...................................................................................................... vr»
Apresentação da Edição B rasileira...................................................................... ix
C apítulo 1 Introdução: Uma Abordagem C om portam ental....................... 01
A C apítulo 2 Princípios Comportamentais B ásico s........................................ 09
A C apítulo 3 Regras e Objetivos: Estratégias Importantes para
Influenciar C om portam ento....................................................... 35
A C apítulo 4 Emoções e Desempenho Esportivo ........................................... 51
a C apítulo 5 O Pensamento e o Desempenho E sportivo.............................. 69
C apítulo 6 Avaliação Comportamental ........................................................ 95
PARTE II
M e lh o r a n d o o D e s e m p e n h o d e T re in a m e n to d e A tle ta s J o v e n s
PARTE III
M e lh o r a n d o o D e s e m p e n h o d e T r e in a m e n to d e A tle ta s
E x p e rie n te s
PARTE IV
P r e p a r o E s p o rtiv o -P sic o ló g ic o p a r a C o m p e tiç õ es
PARTE Y
T ra b a lh a n d o com o C ien tista-P ratican te E ficaz
R eferências................................................................................................................ 299
Agradecimentos pelas Autorizações ................................................................. 311
Prefácio
Este livro tem por objetivo descrever como os princípios e as técnicas da análise
do comportamento podem ser aplicados para melhorar o desempenho e a
satisfação de atletas e de outras pessoas ligadas ao esporte. H á quase meio
século, as técnicas da análise do comportamento têm sido aplicadas, com
sucesso, para ajudar milhares de indivíduos com uma ampla variedade de idades
e habilidades. Os comportamentos-alvo variam desde habilidades motoras
simples até atividades intelectuais complexas. Devido ao sucesso das técnicas, as
aplicações vêm ocorrendo, com uma frequência sempre crescente, em educação,
serviço social, psicologia clínica, psiquiatria, psicologia comunitária, medicina,
reabilitação, negócios, indústria e, recentemente, esporte. Um tema comum tem
sido a ênfase em técnicas práticas que dão resultado. No entanto, este não é
apenas um livro de receitas. Este livro lida, igualmente, tanto com os princípios,
como com as táticas de consultoria em psicologia comportamental do esporte —
o que é e como fazê-la.
va
Agradecimentos
Quero expressar meu reconhecimento sincero aos muitos atletas e técnicos com
quem tive a oportunidade de trabalhar nos últimos 20 anos. Quero agradecer
especialmente a troca de informações com os técnicos Don Wells, Rod Small,
Roger LePage, Lou Bettess, Jean Keedwell, Marilyn Partrick, Russ Salter, Jamie
McGrigor e Gordon Linney; com os patinadores Jeff Partrick, Kerrie Smith,
Kara-Lynne Radies, Robin Johnstone, M aryam Ahsan, Lisa Scharf, Kristen
Nickel, Kerri Robinson, Robin Forsyth, Alison Harack, Darcia Hainsworth,
Danielle Henzel, Cory Krentz, Katrena Holowachuk e Ryan Hamilton; com as
ginastas M onica Goerman e Jodi Gray; com os jogadores de curling John Bubbs,
Dave Iverson, C liff Lenz e Dan Hildebrand; com os jogadores de hóquei no gelo
Pat Elyniuk, Stu Barnes, Freddie Olaussom, Kris Draper e Jon Rempel; com o
tenista Hart Pollock; com a atleta de saltos ornamentais Lisa Irvine; com os
golfistas Dereck Ingram, Tom Kinesman e Rob McMillan; com os nadadores
Suzie Murray, Bart Wells, Luke Small, (e meus filhos) Toby M artin e Todd
Martin; com o jogador de basquete e técnico (e meu filho) Scott Martin; e com a
jogadora de hóquei (e minha filha) Tana Martin.
Vfíí
IX
Capítulo 1
Introdução:
Uma Abordagem Comportamental
Qual o elemento comum em cada uma das seguintes situações?
1. Uma patinadora tem muita habilidade nos saltos. Mas fica extremamente
nervosa em competições importantes, salta muito precipitadamente e,
geralmente, patina muito aquém de seu potencial.
2. Um jogador de hóquei no gelo está numa fase em que marca poucos pontos.
O técnico acha que deve ser um problema psicológico.
3. O técnico de um time juvenil de futebol americano quer algumas sugestões
sobre uma forma melhor de ensinar os jogadores iniciantes a bloquear.
4. Uma jogadora universitária de basquete acerta 90% de seus lances de falta
durante o treino, mas menos de 40% durante os jogos.
5. Dois dos jogadores de um time juvenil de futebol não conseguem se entender.
Os outros jogadores tomaram partidos, e a dissensão está destruindo as
chances do time de ganhar o campeonato da liga.
6. Um time de beisebol está jogando bem abaixo de seu potencial. De acordo
com o técnico, “O principal problema do time/ no momento, é estar muito
tenso ”.
7. Um jogador importante do time universitário de futebol se irrita facilmente
com os oponentes. E, quando estes o deixam fora de si, ele comete faltas
“bobas”.
8. Uma moça, de um time juvenil de natação, tem um defeito básico em sua
braçada, no estilo livre. Mas tem nadado competitivamente há dois anos e o
defeito é uma parte bem incorporada a seu estilo. Tanto o técnico quanto a
nadadora querem se livrar do defeito, mas nada parece estar dando
resultado.
9. Uma jovem ginasta executa sua série de exercícios extremamente bem nos
treinos. Mas se desconcentra facilmente durante as competições, geralmente
tendo um desempenho bem inferior ao seu potencial.
10. Uma academia de esqui concordou em fornecer uma série de serviços
complementares aos seus integrantes. Gostariam que alguém planejasse e
implementasse um programa de preparação mental para a atual temporada.
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O que é Comportamento?
Comportamento é, essencialmente, qualquer coisa que uma pessoa diga ou
faça. Alguns sinônimos comumente utilizados são: “atividade”, “ação”,
“desempenho”, “resposta” e “reação”. Patinar, passar um disco de hóquei, atirar
uma bola de beisebol, dar um mortal na ginástica, berrar com um juiz ou discutir
com um companheiro de equipe — todos esses são comportamentos públicos
(visíveis). Como será discutido nos últimos capítulos, o termo comportamento
também pode se referir a atividades encobertas (privadas, internas). Antes de
entrar no rinque para sua apresentação, por exemplo, uma patinadora pode
pensar consigo mesma: “Tomara que eu não caia” e provavelmente se sente
nervosa (batimentos cardíacos acelerados, etc.). Pensar e sentir são conceituados
como comportamentos privados.
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E quanto à atitude? Suponha que a treinadora de Jack, a Sra. Johnson, diga que
ele tem uma atitude ruim durante os treinos do campeonato infantil. O que a Sra.
Johnson quer dizer com isso? Talvez queira dizer que Jack freqüentemente chega
atrasado aos treinos, conversa com as outras crianças quando a Sra. Johnson está
dando instruções e, muitas vezes, atira a bola por sobre a cabeça de outro
jogador. Seja o que for que ela queira dizer ao falar da “má atitude” de Jack, está
claro que é com o comportamento do menino que ela está preocupada.
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Estratégias para obter respostas para essas questões são discutidas mais
detalhadamente nos Capítulos 17, 18 e 19.
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Capítulo 2
Princípios Comportamentais
Básicos
Qual a maneira mais efetiva de ajudar um atleta a aprender novas habilidades,
eliminar maus hábitos e combinar habilidades simples para formai- padrões
complexos de execução? Como um técnico pode motivar os atletas paia que
aproveitem ao máximo o tempo de treinamento? Que estratégias podem ser aplicadas
para ajudar os atletas a transferirem o bom desempenho dos treinos para as
competições? O que faz com que um atleta fique excessivamente nervoso ou tenso
logo antes de competir e quais as melhores maneiras de controlar o nervosismo e a
tensão? Será que os pensamentos e emoções do atleta têm um efeito poderoso sobre o
seu desempenho? E, nesse caso, de que maneira esses pensamentos e emoções podem
ser controlados, a fim de maximizar o desempenho? Quais são os componentes da
autoconfiança, da concentração e da firmeza mental, e como essas habilidades
mentais podem ser ensinadas aos atletas? A fim de compreender totalmente as
respostas a essas questões e transformar as respostas em estratégias eficazes de
intervenção para ajudai* atletas, convém estar familiarizado com os princípios básicos
e as técnicas da análise do comportamento. Esses princípios e técnicas serão descritos
em duas categorias amplas: o condicionamento pavloviano e o condicionamento
operante.
Condicionamento Pavloviano
Imagine alguns pensamentos e sentimentos de uma jovem patinadora, logo antes
de entrar no rinque para competir em seu primeiro Campeonato Nacional. Ela
reflete: “Espero que eu não caia no giro duplo. Tomara que eu não fique em
último lugar. E se eu não patinar bem?” Esses pensamentos fazem com que ela
se sinta ansiosa e sinta os braços e ombros tensos. Essas reações têm grande
probabilidade de interferir em sua capacidade de patinar usando todo o seu
potencial. Por que esses pensamentos eliciam sentimentos de ansiedade? A
resposta está num tipo de aprendizagem ou condicionamento que começou com
os reflexos não aprendidos do corpo da atleta.
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* N, da T.; Foram mantidas as abreviaturas conforme são padronizadas nos textos técnicos de
psicologia, a partir dos termos em inglês.
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Contracondicionamento
A extinção pavloviana é uma forma de eliminar uma resposta condicionada. Uma
forma mais eficaz de fazer com que um CS perca a capacidade de eliciar uma CR
é através do condicionamento de uma resposta nova “e muito diferente” para o
CS, ao mesmo tempo em que a CR anterior está sendo extinta, Esse processo é
chamado de contracondicionam ento, Consideremos novamente nossa jovém
ginasta que aprendeu a ter medo de treinar o mortal de costas na trave. Como
indicado anteriormente, o medo pode ser gradativamente superado, caso a
menina simplesmente treine o mortal de costas na trave repetidamente. Esse
processo pode ser apressado se, a cada vez que a menina esteja prestes a treinar o
mortal de costas, lhe for dada uma colherada de um sorvete, que induz a jovem a
relaxar e aproveitar o sabor. Essas respostas positivas em relação ao sorvete se
associam ao treino do mortal de costas na trave e podem ajudar, contrapondo-se
à reação de medo anteriormente ehcíada pelo treino do mortal e, assim,
extinguindo essas respostas de medo de forma mais rápida e eficaz.
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Consultoria em Psicologia da Esporte
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Você pode perceber que este tipo de aprendizagem envolve reflexos — respostas
que são inatas e involuntárias, como sentir medo, ou se assustar ao ouvir um
ruído alto, ou tremer no vento frio, ou sentir-se relaxado com a respiração central
profunda. E você também pode perceber que uma variedade de fatores determina
se o condicionamento respondente ocorrerá ou não — se as respostas reflexas
serão associadas a estímulos novos, em determinada situação, ou não. Como
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Condicionamento Operante
Reflexos! É disso que trata a aprendizagem pavloviana — respostas automáticas
para estímulos que as antecedem. Mas grande parte de nosso comportamento
parece ser mais voluntário do que reflexo: comportamento que é influenciado
por suas conseqüências (recompensas e punições), mais do que por estímulos
anteriores (CSs e USs). Exemplos de comportamento voluntário incluem
disputar uma corrida, praticar salto em altura, rebater uma bola de beisebol,
patinar e empurrar um disco, nadar, escutar um técnico e conversar com amigos.
Skinner (1953) referia-se a esse tipo de atividade como com portam ento
o p eran te — comportamento que afetava ou “operava” no ambiente para
produzir consequências e que era, por outro lado, influenciado por essas
consequências. O condicionam ento o perante é um tipo de aprendizagem em
que o comportamento é modificado por suas conseqüências. Um tipo importante
de conseqüência que influencia nosso comportamento é chamado de reforço
positivo.
Reforçamento Positivo
Um evento que, quando apresentado im ediatam ente após um comportamento,
faz com que o comportamento aumente em freqüência é chamado de reforço
positivo. Em associação à definição de reforço positivo, o princípio chamado de
reforçam ento positivo afirma: se, em determinada situação, alguém faz alguma
coisa que é im ediatam ente seguida de um reforço positivo, então essa pessoa
tem maior probabilidade de fazer a mesma coisa novamente, quando encontrar
uma situação semelhante (Martin e Pear, 1996). O esquema do reforçamento
positivo é mostrado na Figura 2.2.
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Extinção Operante
O reforçamento positivo é uma técnica poderosa para fortalecer comportamento.
Mas o que acontece quando uma resposta não é mais seguida pelo reforço
habitual? Essa resposta, então, é enfraquecida — um processo chamado de
extinção o p erante. O procedimento de extinção operante consiste na não-
apresentação de um reforço após uma resposta anteriormente reforçada. O efeito
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Esquemas de Reforçamento
Quando reforços positivos são usados deliberadamente para influenciar o
comportamento, geralmente são apresentados a cada vez que o comportamento
adequado ocorre. Afinal de contas, basicamente, o objetivo é fortalecer o
comportamento desejado, tão rapidamente quanto possível. No entanto, muitas
vezes não é prático reforçar imediatamente cada ocorrência de uma resposta
desejada. E a maior parte das atividades da vida real são irregularmente
reforçadas. Os golfistas executam algumas jogadas boas, mas também algumas
jogadas ruins. No beisebol, um batedor que consegue bater quatro vezes em dez
tentativas tem uma média excelente, E estudantes nem sempre conseguem boas
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americano, são todos fatos que ocorrem sob um esquema intermitente e um tanto
imprevisível (ao menos para a maioria dos atletas).
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Controle de Estímulo
O reforçamento positivo fornece uma explicação sobre como o comportamento é
aumentado e mantido. No entanto, um comportamento recentemente adquirido é
valioso apenas se ocorrer nos momentos certos e em situações adequadas. Por
exemplo, num cruzamento é desejável que você pare o carro quando a luz está
vermelha e não quando a luz está verde. Executar um perfeito mortal de costas
duplo pode render pontos valiosos numa competição de ginástica, mas não terá o
mesmo efeito ao ser executado por um golfista no momento da última tacada
para acertar a bola no buraco. A medida que adquirimos novos comportamentos,
aprendemos também a produzir esses comportamentos no momento e no local
certos. Um ponto chave nesse processo é algo chamado de controle de estímulo.
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Para que um atleta seja bem sucedido em qualquer esporte, certos estímulos
devem exercer controle sobre determinados comportamentos seus. O zagueiro
bem sucedido deve ser capaz de escolher rapidamente quem vai receber os
passes, mesmo diante do avanço dos atacantes do time adversário. Um
contragolpeador eficiente deve ser capaz de detectar e evitar os socos de um
boxeador adversário e de colocar a combinação correta de contragolpes. A
distância e as características do terreno, num campo de golfe, devem exercer
controle de estímulo adequado sobre a seleção correta de tacos, a fim de que o
golfista atire a bola à distância correta, consistente mente. Jogadores de basquete
devem saber quando arremessar e quando passar a bola. Todos esses exemplos
envolvem controle de estímulo, situações em que estímulos específicos
controlam a ocorrência de comportamentos específicos, porque esses
comportamentos foram reforçados na presença daqueles estímulos.
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Um Exemplo de Extinção
S1' Resposta Nenhum reforço
(“Passe-me o sal, por favor” , (Seu comportamento de -> (Seu convidado não
dito por seu convidado) passar a pimenta) diz “Obrigado”)
Talvez você tenha notado que SDs e CSs são similares, uma vez que ambos
produzem respostas que foram condicionadas a eles. No entanto, SDs e CSs
diferem em termos dos procedimentos de condicionamento que os estabelecem.
Outra diferença é apresentada na Tabela 2.2.
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Generalização de Estímulo
Imagine como seria a vida, caso você não fosse capaz realizar uma habilidade
recentemente aprendida, numa situação que é um pouco diferente das
circunstâncias sob as quais você original mente aprendeu essa habilidade. Você
teria que “reaprender” a fazer café em cada nova cozinha, com aparelhos um
pouco diferentes; ao esquiar, .você aprenderia a parar com segurança numa
O r e f o r ç a m e n t o p o s itiv o é a p e n a s u m d o s p r o c e d i m e n t o s d e c o n d i c i o n a m e n t o o p e r a n te . O u tr o s
s ã o o c o n d i c i o n a m e n t o d e f u g a , o c o n d i c i o n a m e n t o d e e s q u iv a e a p u n iç ã o .
R e s p o s ta s a o s C S s p a re c e m s e r m a is a u to m á tic a s e c o n s is te n te s ( i .e .f i n v o l u n t á r i a s ) d o q u e
re s p o s ta s p ro d u z id a s por S f>s. N um a t e n ta tiv a de ap reen d er essa d ife re n ç a , os a n a lis ta s de
c o m p o rta m e n to fa la m do c o m p o rta m e n to o p e ra n te c o m o sen d o e m itid o e do c o m p o rta m e n to
r e s p o n d e n t e c o m o s e n d o e l i c i a d o ; d i z - s e q u e o s S Ds e v o c a m r e s p o s ta s , e n q u a n t o o s C S s e l i d a m
r e s p o s ta s .
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encosta e teria que ser ensinado a parar com segurança em cada nova encosta;
você aprenderia a dançar uma música, mas seria incapaz de fazê-lo quando uma
nova música fosse tocada. Felizmente, nós não evoluímos com tais limitações à
nossa capacidade de adaptação.
Para que um atleta seja bem sucedido, as habilidades adquiridas nos treinos têm
que ser transferidas para a competição. Estratégias para programar a
generalização de estímulos dos treinos para as competições são descritas nos
Capítulos 12, 13 e 14,
Modelação e Imitação
A modelação é um procedimento em que um exemplo de um determinado
comportamento é apresentado a um indivíduo, a fim de induzir esse indivíduo a
apresentar um comportamento semelhante. Como acontece com outros
procedimentos comportamentais, a modelação é comum na vida cotidiana. Os
pais frequentemente dizem a seus filhos: “Faça deste jeito”, apresentando, ao
mesmo tempo, o comportamento desejado. Os atletas jovens vêem como os
profissionais falam e agem e logo estão se comportando da mesma forma. Todos
nós, em nossas vidas diárias, temos frequentes oportunidades de observar as
ações de terceiros e, muitas vezes, imitamos seus comportamentos.
O conhecido psicólogo Albert Bandura (1986) e outros identificaram vários
fatores que influenciam a eficácia da modelação como técnica de modificação de
comportamento. Primeiro: as pessoas têm maior probabilidade de imitar alguém
que seja semelhante a elas, de várias maneiras (tais como idade, status sócio-
econômico, aparência física, etc.), do que alguém que seja muito diferente.
Assim, sempre que possível, os técnicos devem usar atletas como modelos para
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Modelagem
Caso um comportamento ocorra ocasionalmente, então ele pode ser fortalecido,
se for conscqtienciado com um reforço positivo. Mas, e se você quiser aumentar
um comportamento que, no momento, ainda não ocorre? E caso você já tenha
trabalhado com iniciantes em qualquer campo, saberá que raramente eles
executam uma habilidade de maneira perfeita, na primeira vez que o tentam.
Uma possibilidade é usar a modelação e a imitação, como descrito
anteriormente. Outra possibilidade é uma técnica chamada de modelagem — o
reforçamento de “aproximações” sucessivas, ou de tentativas cada vez mais
próximas da execução correta, uma aproximação de cada vez, até que a resposta
desejada ocorra.
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A modelagem é tão comum na vida diária que a maioria das pessoas nem a
percebem. Tornar-se um melhor dançarino, aprender a atirar uma bola de
basquete com maior precisão, mudar de marcha suavemente ao dirigir um carro
— tudo isso envolve modelagem durante tentativas sucessivas. As vezes, o
procedimento de modelagem é aplicado sistematicamente, tal como num curso
de habilitação para dirigir, e, às vezes, não-sistematicamente, tal como quando as
reações naturais dos jogadores de um time de futebol da Universidade Estadual
da Flórida modelam gradativamente a pronúncia de um jogador novo, vindo do
Canadá, para falar com um sotaque sulista. E, às vezes, seu comportamento é
modelado mesmo que não haja mais ninguém envolvido, como quando você
aperfeiçoa seu método de preparar seu molho de macarrão favorito.
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Encadeamento
N a modelagem, algum aspecto do comportamento (forma, força, etc.) é mudado
gradualmente, com o tempo. O comportamento final desejado — um
comportamento que é novo em alguma dimensão, tal como forma, frequência,
duração, intensidade ou latência ■ — é constituído apenas pelo último passo da
modelagem. Mas, às vezes, um indivíduo é capaz de realizar cada resposta
individual de maneira a formar uma determinada seqüência ou rotina, mas as
respostas não são realizadas consistentemente, na sequência adequada. Num
procedimento chamado encadeam ento, um indivíduo é ensinado a realizar séries
específicas de passos que são encadeados, um após o outro. Uma cadeia
comportamental é uma seqüência consistente de respostas distintas (ou
componentes ensináveis), cada resposta associada com um estímulo antecedente
específico, que termina com um reforço. Na cadeia comportamental do saque, no
tênis, ter a bola em uma mão e a raquete na outra é a deixa para que o sacador se
coloque adequadamente na linha de saque. Ficar de pé junto à linha é a deixa
para olhar para a posição do adversário e quicar a bola uma vez. O passo
seguinte consiste em o sacador jogar a bola para o alto, acima de sua cabeça, na
altura apropriada para sacar, o que serve de deixa para bater a raquete na bola.
Esta resposta final leva ao reforço (espera-se) de conseguir um bom saque.
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Punição
Como o reforçamento positivo, a punição afetou nossa aprendizagem durante
toda a vida. As conseqüências imediatas de sentar-se muito perto de uma
fogueira, por exemplo, nos ensinam a não fazê-lo novamente. Um bebê aprende a
caminhar com melhor equilíbrio ern parte devido aos ferimentos resultantes de
alguns tombos. Uma forte repreensão de seus pais pode ter lhe ensinado, quando
criança, a não pegar balas da loja da esquina sem pagar. E todos já tivemos nosso
comportamento afetado pela zombaria ou por reações desagradáveis de terceiros.
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Será que isso significa que os técnicos não deveriam corrigir os erros porque isso
poderia ser desagradável para o atleta? É claro que não. No entanto, um técnico
deveria prestar muita atenção à proporção em que emite feedback positivo e
negativo para um atleta jovem . Para um técnico de atletas jovens, o seguinte
exercício pode ser bastante instrutivo. O técnico pode comprar ou emprestar dois
contadores de pulso, do tipo usado para a contagem no golfe, e usar um em cada
pulso durante um treino de rotina. Durante o treino, cada vez que o técnico
elogiar ou falar positivamente com um atleta, isso deve ser registrado em um dos
contadores. Cada vez que o técnico desaprovar, berrar, criticar, repreender e
demonstrar sarcasmo, isso deve ser contado no outro contador. Muitos técnicos
descobrirão que dão mais feedback negativo do que positivo para os atletas
jovens. Algumas pesquisas, no entanto, indicam que a razão adequada entre
feedback negativo e positivo, com crianças em ambientes educacionais, é de 4
para I (4 positivos, I negativo) (Madsen e Madsen, 1974; Stuart, 1971). Embora
nenhuma pesquisa tenha estudado qual a razão mais efetiva para treinar atletas
jovens, um objetivo de fornecer feedback positivo versus feedback negativo,
numa razão de 3 ou 4 para 1, é consistente com as recomendações dos
especialistas em aprendizagem, (p. ex.: Siedentop, 1976; Smoll e Smith, 1987).
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permitem fugir deles. Note que a aprendizagem por fuga é o oposto de punição:
na punição, a probabilidade de certo comportamento é reduzida como resultado
da apresentação de um evento punitivo, após ocorrências desse comportamento.
Na aprendizagem por fuga, a probabilidade de certo comportamento é
aumentada como resultado do término ou remoção de um evento punitivo após
ocorrências desse comportamento. Se determinado movimento de um lutador,
por exemplo,, lhe permite escapar de uma imobilização dolorosa aplicada por um
adversário, o lutador tem maior probabilidade de tentar esse movimento, na
próxima vez que um adversário aplicar o golpe doloroso.
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Capítulo 3
Regras e Objetivos: Estratégias
Importantes para Influenciar
Comportamento
Considere um problema vivenciado por Jim Dawson, técnico do time de
basquete da Clinton Junior High, em Columbus, Ohio. Jim estava preocupado
com o desempenho dos jogadores durante uma série de exercícios que utilizava
para iniciar cada treino. Havia também um problema de atitude. “Alguns deles
simplesmente não são jogadores de equipe”, refletiu Jim, no início da temporada.
“Alguns deles realmente têm uma atitude ruim”.
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É fácil compreender por que as pessoas aprendem a seguir regras que descrevem
consequências de ação direta. Seguir a regra “Experimente esta sobremesa, está
deliciosa” , será reforçado imediatamente pelo sabor da sobremesa. Não seguir a
regra “Espere alguns minutos antes de beber seu café; ele está extremamente
quente”, provavelmente levará a uma punição bastante imediata. Mas por que
seguimos regras que identificam conseqüências muito atrasadas? Há várias
possibilidades (Martin e Pear, 1996). Primeiro: embora o reforço identificado
numa regra possa ser atrasado para um indivíduo, outras pessoas podem fornecer
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conseqiiências imediatas caso o indivíduo siga (ou não siga) a regra. No exemplo
do técnico que forneceu a regra para Pedro, a respeito da possibilidade de ganhar
mais tempo de jogo livre se escutasse com atenção, o técnico talvez tenha dito,
também, após uma ocorrência de ficar escutando em silêncio por parte de Pedro:
“Muito bem. Continue assim e teremos jogos a mais no fim do treino.”
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Com portam ento específico versus com portam ento vago. A especificidade da
descrição do comportamento, contida numa regra, pode afetar a probabilidade de a
regra ser seguida. Uma vez que uma regra descreve o reforçamento adequado para
seu cumprimento, a regra que descreve comportamento de maneira vaga tem menor
probabilidade de ser seguida do que uma regra que descreve um comportamento
específico. Dizer a patinadores jovens, por exemplo, que se tornarão patinadores
melhores caso se esforcem nos treinos é menos eficaz do que dizer-lhes: “Se você
tentar completar pelo menos 60 saltos e giros, durante cada treino de 45 minutos, se
tornará uma patinadora melhor do que se fizer menos do que isso.”
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Objetivos
No esporte, nos últimos vinte tinos, os programas de estabelecimento de
objetivos levaram a melhorias em áreas tais como: número de voltas completadas
numa corrida; lances livres no basquete; saques no tênis e precisão no arco e
flecha (Locke e Latham, 1990). Em geral, um objetivo descreve um nível dei
desempenho em direção ao qual um indivíduo ou um grupo devem Jiabalhar. |
Colocado de forma diferente, um objetivo identifica ou envolve, tipicamente,
comportamento específico a ser realizado, as circunstâncias sob as quais o
comportamento deve ocorrer e as consequências do comportamento. Assim, de
uma perspectiva comportamental, um objetivo é uma regra. Por exemplo, se um
jogador de basquete diz: “Vou treinar lances livres até conseguir fazer 10 em
seqüência”, esse jogador identificou as circunstâncias (treinar um lance livre), o
comportamento (fazer 10 em seqüência) e, embora o reforço não esteja explícito,
certamente está implícito (então eu serei um jogador de basquete melhor e
provavelmente marcarei maior percentagem de lances de falta, nos jogos). E,
assim como o uso de regras, o estabelecimento de objetivo muitas vezes é
aplicado para levar os atletas a melhorar seu desempenho, quando os reforços
são atrasados (p. ex,; um jogador de basquete pode estabelecer objetivos de
treinar antes dos testes de seleção para o time, mas a lista de jogadores
selecionados pode demorar vários dias, depois do final dos testes) ou são
imediatos, mas muito intermitentes (o jogador de basquete, inicialmente, talvez
acerte apenas um em cada vinte lances livres).
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habilidade provavelmente será dominada. Isso significa que, caso o atleta tenha
atingido o critério de proficiência, dominou a habilidade suficientemente, de
maneira que, se lhe pedirem para realizá-la posteriormente, a habilidade
provavelmente seria realizada da forma correta. Um pressuposto relacionado a esse
é que, se o atleta conseguiu um critério de proficiência durante os treinos, há
grande probabilidade de que a habilidade seja executada corretamente durante uma
competição. Exemplos de critérios de proficiência poderiam incluir: fazer seis putts
de 4 pés, em sequência, no golfe; bater 10 esquerdas paralelas seguidas, no tênis;
converter 10 lances livres seguidos, no basquete; ou bater 5 bolas curvas seguidas,
do meio do campo, no beisebol. Em outras palavras, os objetivos devem identificar
determinada quantidade, nível ou padrão de desempenho.
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Capítulo 4
Emoções e Desempenho Esportivo
O que, num evento esportivo empolgante, é virtualmente garantido? Algo que é
sentido tanto por atletas como por espectadores? A emoção! Há excitação logo
antes do início da disputa; o orgulho profundo do veterano experiente; a
exuberância sem limites do jovem principiante; a raiva expressa contra uma jogada
antiesportiva; a tensão antes de uma jogada crítica; a satisfação arrepiante diante de
uma exibição de grande habilidade; a vibração da vitória e a agonia da derrota. As
emoções são parte fundamental da experiência de ser humano e têm um papel
importante na vida dos atletas. Para ajudá-lo a compreender este tópico importante,
este capítulo examinará três características fundamentais das emoções, algumas
causas destacadas das emoções e estratégias para controlai* as emoções.
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aceita nosso dinheiro, mas não fornece o produto; ficar esperando muito tempo
no consultório do médico; uma caneta que pára de escrever no meio de um teste;
e ver a fila de venda de ingressos ser fechada logo antes de chegar nossa vez de
comprar. Ocorrências desagradáveis, tais como odores fétidos, temperaturas altas
e até cenas aversivas também podem fazer com que se sinta raiva (Berkowitz,
1990). Uma reação comum aprendida operantemente, em muitos desses casos, é
a ocorrência de agressão. Considere que os motoristas de carros sem ar
condicionado, em Phoenix, Arizona, têm maior probabilidade de buzinar para
um carro quebrado nos dias mais quentes, do que nos dias mais frios (Kenrick e
MacFarlane, 1986). E os lançadores, em jogos de beisebol da divisão principal,
têm uma probabilidade mais de duas vezes maior de acertar os batedores com um
arremesso, nos jogos disputados ao ar livre, a uma temperatura de 32°C, do que
em jogos disputados em temperaturas mais amenas (Reifman, Larrick e Fein,
1988).
As várias maneiras com que aprendemos a demonstrar raiva nem sempre são
problemáticas. Quando as pessoas se sentem zangadas, muitas vezes sentem uma
onda de vigor e energia que às vezes pode ser canalizada de maneira bastante
útil, tal como para ajudar a desatarraxar uma tampa frustradoramente emperrada
de um vidro de conserva; ou, no futebol americano, para ajudar um atacante a
derrubar o jogador da defesa, para neutralizá-lo, e criar uma abertura para um
ataque central. Em outros casos, no entanto, a raiva atrapalha o desempenho
esportivo, tal como quando um jogador de hóquei comete um pênalti
desnecessário.
Final mente, a retirada de eventos aversivos ou punitivos causa uma emoção que
é chamada de alívio. Por exemplo; imagine que você acabou de chegar ao seu
chalé de inverno, depois de dirigir por duas horas numa tempestade de neve, com
pouquíssima visibilidade. Sem nenhum lugar para parar no caminho, você teve
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que continuar apesar do perigo, sempre presente, de deslizar na estrada ou, ainda
pior, de sofrer uma colisão frontal. Agora, sentado em segurança diante da
lareira, o alívio e o relaxamento se instalam lentamente.
Cada uma dessas causas das emoções ocorre num continuam que vai de muito
fraco a muito forte. A apresentação de recompensas, por exemplo, pode causar
emoções que vão de um prazer médio até a alegria e o êxtase. A retirada de
recompensas pode causar emoções que variam de um ligeiro aborrecimento até a
raiva e a fúria. A apresentação de eventos aversivos pode causar ligeira
apreensão, ansiedade ou total terror. E os efeitos da retirada de eventos aversivos
podem variar de um leve alívio até um colapso emocional. Outras emoções
podem representar uma mistura de algumas dessas emoções básicas. Considere o
caso de um golfista que foi punido com jogadas adicionais por mover sua bola
em algumas polegadas para preparar uma jogada mais favorável. Imagine agora
que o golfista se encontra sozinho, com sua bola, atrás de uma árvore. M ovê-la
algumas polegadas dar-lhe-ia uma boa jogada. Nesse ponto, o golfista poderia
pensar: “E se alguém me vir e eu receber jogadas adicionais ou até for
desclassificado?”. Isso representa um estímulo aversivo que causa ansiedade. Ao
mesmo tempo, o golfista poderia pensar: “Se eu a mover em algumas polegadas,
posso vencer o torneio”. Isso representa a apresentação de uma recompensa que
causa alegria. A combinação resultante de ansiedade e alegria poderia ser sentida
como culpa.
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F IG U R A 4 .1 . Ilu straç ã o do c o n d ic io n a m e n to re sp o n d en te do
m edo em u m p atin ad o r.
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Se os pensamentos negativos estão fazendo com que um atleta fique tenso, ele
deveria ser encorajado a treinar pelo menos uma das seguintes instruções:
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por causar explosões de raiva por parte dos jogadores envolvidos. As maneiras
agressivas com que vários atletas podem ter aprendido à demonstrar raiva nem
sempre são um problema. Um jogador de hóquei no gelo, com raiva, poderia
fazer uma marcação devastadora sobre um oponente e um jogador de futebol
americano poderia agarrar um adversário com mais força. Mas explosões de
raiva muitas vezes levam a infrações de regras para as quais os juízes impõem
penalidades. E, se a raiva persistir, pode atrapalhar um desempenho qualificado,
devido aos mesmos quatro motivos pelos quais a ansiedade interfere com o
desempenho (ver anteriormente).
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Autoconversação
Uma estratégia para lidar com a raiva é o treino de afirmações para si mesmo que
possam ter o efeito contrário (Ellis e Bernard, 1985; Michenbaum, 1986). Algumas
dessas afirmações podem ser de um tipo geral para ajudar o indivíduo a reagir
construtivamente aos sentimentos de raiva, em qualquer situação. Por exemplo:
12. Agora, traga os dois ombros para frente o máximo que puder, até sentir os músculos
se alongando nas costas, principal mente na área entre as escápulas. Puxe bem.
Mantenha assim. Agora, relaxe, (p) (p)
13. Agora traga novamente os ombros para frente e, ao mesmo tempo, puxe o estômago
para dentro o máximo que puder e contraia os músculos do estômago. Sinta a tensão
em todo o seu estômago. Mantenha assim, (p) Agora, relaxe, (p) (p)
14. Mais uma vez, traga os ombros para frente, puxe o estômago para dentro o máximo
que puder, contraia os músculos do estômago e sinta a tensão em toda a parte
superior do seu corpo. Agora, relaxe, (p) (p)
15. Agora, nós vamos rever todos os sistemas musculares que trabalhamos até aqui.
Primeiro, respire profundamente três vezes, (p) (p) Pronto? Aperte as duas mãos e
dobre os dois braços para contrair bem os bíceps. Franza a testa e feche os olhos,
apertando bem. Cerre os dentes com força, erga o queixo e aperte os lábios. Puxe os
ombros para frente e o estômago para dentro; force o estômago para dentro com os
músculos. Mantenha tudo assim. Sinta a tremenda tensão em toda parte. Agora,
relaxe. Respire profundamente. Apenas sinta a tensão desaparecendo. Pense no
relaxamento total em todos os seus músculos — em seus braços, em sua cabeça, em
seus ombros, em seu estômago. Relaxe apenas, (p) (p)
16. Agora, vamos para as pernas. Aperte os seus calcanhares de encontro à cadeira,
empurre-os para baixo com força e erga os dedos dos pés, para que suas pernas e
coxas fiquem extremamente tensas. Puxe os dedos para cima e os calcanhares para
baixo, com força. Agora, relaxe, (p) (p)
17. Mais uma vez, aperte os calcanhares com força de encontro à cadeira, empurre-os
para baixo e erga os dedos dos pés, de maneira que as pernas e coxas fiquem
extremamente tensas. Empurre os calcanhares para baixo e erga os dedos. Agora,
relaxe, (p) (p)
18. Agora, respire profundamente três vezes, (p) Agora, contraia todos os seus
músculos, à medida que forem mencionados, exatamente como você treinou: punhos
e bíceps, testa, olhos, mandíbula, pescoço, lábios, ombros, estômago, pernas.
Mantenha assim, (p) Agora, relaxe, (p) (p) Inspire profundamente, três vezes. Note
como todos os seus músculos se sentem relaxados. Agora, mais uma vez, contraia
tudo! Mantenha! (p) E relaxe. Deixe toda a tensão desaparecer. Respire
normalmente e desfrute do estado completamente livre de tensão do seu corpo e de*
seus músculos, (p) (p) (p) (p) (p) (p) Agora, desligue a gravação.__________
* Cacla “(p)" representa uma pausa de cinco segundos. (Não ler os números em voz alta.)
** Indivíduos que usam lentes de contato poderiam retirá-las antes de fazer este exercício.
Ern outras situações, pode ser necessário preparar afirmações para si mesmo,
especificamente para neutralizar pensamentos irracionais especiais que
provocam raiva (Novaco, 1975,1979). Por exemplo, se um técnico diz a um
atleta que está insatisfeito com algum aspecto do desempenho do mesmo, a
primeira tendência do esportista poderia ser reagir com uma resposta raivosa..
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“Aproveite o jogo”
“Transforme-o numa boa diversão para todos ”
“Jogarei melhor se estiver relaxado e me divertindo ”
“Só um idiota estraga o jogo porficar nervoso, e eu sou esperto demais para isso”
Logo antes de jogar uma rodada de golfe e, muitas vezes, entre as jogadas, o
golfista relembrava o conteúdo do cartão, Fazê-lo ajudava-o se preparar para
situações que, no passado, haviam evocado explosões de raiva, assim como a
controlar com maior eficácia a sua raiva. (Uma estratégia semelhante, para
ajudar um patinador artístico a controlar o excesso de raiva nos treinos, é
descrita no Capítulo 10.)
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Estratégias de Relaxamento
As estratégias de relaxamento descritas anterior mente foram utilizadas para
ajudar clientes a controlar a raiva (Dcffenbacher et al., 1986; Hazaleus e
Deffenbacher, 1986). As etapas para sua aplicação são as seguintes:
“Para vencer, você tem que jogar agressivamente” é um comentário que temos a
probabilidade de ouvir, vindo de técnicos de muitos esportes. O grau e o tipo de
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Longe do esporte, o treino de assertividade tem provado ser uma forma eficaz de lidar
com a raiva (Rimm, Hill, Brown e Stewari, 1974; Rosenthal e Rosenthal, 1985). No
esporte, caso, a raiva de um atleta ocorra em resposta a adversários frustrantes ou
imtantcs ou àquilo que percebe como sendo decisões inadequadas por parte dos juízes,
então o atleta pode ser capaz de aprender a usar afirmações para si mesmo para se
comportar assertivamente. Suponha, por exemplo, que um atleta apresente
frequentemente uma explosão de raiva (isso geral mente tem um resultado negativo) em
resposta a golpes baixos dos adversários — tal como um late hit no futebol americano,
um crosscheck no hóquei, uma cotovelada no basquete etc. Como o atleta que recebe
esses golpes deveria ser ensinado a lidar com esse tipo de situação? Poderia ser dito ao
atleta; “Quando sofrer uma jogada desleal, deixe bem claro que isso só vai fazê-lo jogar
com mais garra. A forma como você fica rapidamente de pé, a forma como volta
imediatamente ao jogo, a linguagem corporal que você apresenta e o encorajamento que
você oferece aos seus companheiros de equipe podem ser usados para deixar claro para
os adversários que esse tipo de coisa só faz com que você tenha mais garra. Se fizer isso
consistentemente, você será o vencedor e eles serão os perdedores. Dessa forma, você
não tem que recorrer às táticas deles e não tomará penalidades desnecessárias”. O atleta
também pode ser encorajado a ensaiar afirmações para si próprio que aumentem a
probabilidade de responder assertivamente a jogadas desleais e ações irritantes dos
adversários. Exemplos dessas afirmações incluem: “Não vou deixar que me irritem.
Não vou cometer nenhuma penalidade boba”; “Toda vez que eles fizetem isso, vou
jogar com mais garra e vontade”; “Eles estão tentando deliberadamente me tirar do
jogo. Estão tentando me intimidar. Mas o que estão conseguindo é me incentivar mais”.
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treino de assertividade com atletas são descritos por Connelly (1988). Outra
estratégia para melhorar a assertividade é descrita no Capítulo 16.
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Capítulo 5
O Pensamento e o Desempenho
Esportivo
Tente o seguinte exercício. Feche os olhos e imagine que você está sentado(a)
numa cadeira de praia, no seu jardim , num dia de verão. Imagine que você olha
para cima e vê um céu claro e azul e algumas poucas nuvens brancas e fofas.
Provavelmente você pode imaginar o céu azul e as nuvens com tanta clareza que
consegue enxergar as cores. Um tipo de pensamento envolve imaginar coisas que
já foram vividas - imaginar tão vividamente que quase parecem reais. Agora,
considere um tipo diferente de pensamento. Você está dirigindo numa estrada
que lhe é muito fam iliar e você está sozinho. Você começa a pensar numa
discussão que teve com algumas pessoas no trabalho. Ao reviver a discussão,
subitamente você percebe que esteve falando em voz alta por alguns segundos
(talvez você até dê uma olhada para ver se outros motoristas estão vendo você
falar sozinho). Conversações que temos com nós mesjuos são outra forma de
^pensarm ô^A fim de ajudar os atletas a fazer seus pensamentos trabalharem em
seu benefício, é útil compreender muito bem esses diferentes tipos de
pensamento. Vamos considerá-los em maior detalhe.
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Como descrito acima, quando você imagina um céu azul, pressupõe-se que a
imaginação envolve condicionamento respondente. Mas o que dizer do processo
de imaginar-se a si mesmo realizando alguma ação? Ou seja, em vez de “yer” .a._sg
0' mesmo desempenhando uma habilidade, você poderia “sentir-se”
£
rj desempenhando a habilidade. Pressupõe-se que esse último tipo de imaginação
envolve condicionamento operante. Como descrito no Capítulo 2, nossos
moyjme-ntos motores»-, que envolvem nossos músculos es que lé t ic o s * „ são-
aprendidos através de condicionamento operante. Um dos tipos de estimulação
interna gerada pelo movimento é. chamado de estímulos proprioceptivos
(também chamados de sensações cinestésicas), que são estímulos internos
gerados pela posição e pelo movimento do corpo no espaço, assim como pela
posição e movimento de partes do corpo em relação a outras partes. Aprender a
ser responsivo a deixas proprioceptivas é uma parte do processo de tornar-se
consciente das posições e movimentos de nosso corpo. Por exemplo: se eu lhe
pedisse para fechar os olhos e erguer o seu braço esquerdo até a altura do ombro,
você seria capaz de fazer isso porque aprendeu a responder às deixas
proprioceptivas que são geradas quando seu braço é movido até essa posição. Se,
depois, eu lhe pedisse para fechar os olhos e simplesmente imaginar-se
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i
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Ensaio Mental
Antes que os atletas possam usar a imaginação para melhorar o desempenho
esportivo, precisam sc tornar hábeis em ensaio mental. O ensaio m ental ou
* \\ treino ineníal referç-sc a(> processo de imaginar-se e sentir-se desempenhando
\\ upia atividade.. (Jm ensíiio mental, caso seja realizado como é recomendado por
especialistas em treinamento de imaginação para atletas (Smith, 1987; Vealey e
Walter, 1993), provavelmente incluirá tanto a imaginação respondente como a
imaginação operante. Considere, por exemplo, uma golfista imaginando a si
mesma executando uma jogada de golfe. Em primeiro lugar, ela poderia se
imaginar vivenciando as deixas.proprioceptivas ao assumir a postura adequada
dos joelhos, etc. para a posição de bater na bola (imaginação operante); poderia
imaginar que “vê” a extremidade do taco atrás da bola (imaginação respondente);
poderia recordar as “sensações” do backswing adequado (imaginação operante) e
assim por diante. O en_saiq menta] deve envolver todos os sentidos normalmente
utilizados ao se. executar realmente a habilidade.que está sendo rnentaímenlc
ensaiada.
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Não.Ji á d ávida d e q u e o tre in o-fís ic o d e uma habili dade é mais eficaz do que o
tremo mental da mesma, No entanto, há algumas condições sob as quais o ensaio
mental poderia melhorar o desempenho. Utilizaremos os princípios do
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Uso da imaginação para dar energia antes dos treinos. Atletas dedicados
devotam centenas de horas à prática de habilidades esportivas. Portanto, é possível
que, no início de alguns treinamentos, um atleta se sinta apático ou esteja de mau
humor, provavelmente preferindo estar em outra parte. Os atletas de alto nível
indicaram que muitas vezes usam a imaginação para se energizar antes dos treinos.
Quando estava de mau humor imediatamente antes de um treino, um jovem
patinador artístico, por exemplo, imaginava o dinheiro que receberia em contratos
se ganhasse um campeonato mundial. Pensar em utilizar o dinheiro para comprar
um apartamento na Flórida, outro em Aspen e viajar com os amigos eliciava
sentimentos prazerosos que deixavam o patinador num bom estado de ânimo.
Outra patinadora artística poderia imaginar que estivesse no treino final antes de
competir no campeonato nacional. Um jogador de hóquei poderia imaginar que
ainda haveria mais um treino antes da final do campeonato ou poderia visualizar
um determinado adversário que enfrentará no jogo de abertura.
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vezes, o ensaio mental pode ser usado para aumentar a consistência do atleta em
executar corretamente essa habilidade (Felts e Landers, 1983). Em meu trabalho
com jovens patinadores artísticos, por exemplo, sugiro a eles que utilizem
repetições mentais instantâneas para ajudá-los a aprender a memória muscular f($)
para um novo salto. Uma repetição mental instantânea é uma estratégia de ensaio
mental para aprender as sensações de uma habilidade executada corretamente.
Logo depois que uma habilidade fói executada corretamente, um atleta poderia
usar alguns segundos para ensaiar mentalmente a habilidade, tentando sentir tudo
exatamente da mesma maneira que sentiu quando a habilidade estava sendo
executada. Os patinadores foram instruídos como segue:
1. Escolha um salto que esteja treinando. Deve ser um que você já conseguiu
realizar algumas vezes, mas que ainda não está muito consistente. Na
próxima vez que você realizar esse salto no treino e sentir que foi bom,
patine imediatamente até a beirada da pista.
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por sobre a parte central desse canal imaginário. O uso da imaginação para
simular condições competitivas durante os treinos é discutido mais
detalhadamente no Capítulo 12.
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Ensaio mental de uma habilidade logo antes de executá-la. Jack Nicklaus tem o
melhor recorde entre todos os jogadores nos torneios principais. Ele sugeriu que o
sucesso em qualquer jogada no golfe depende 10% da técnica, 40% da preparação
(p. ex.: seleção do taco para uma determinada jogada, etc.) e 50% do ensaio mental
da forma adequada para a jogada (Nicklaus, 1974). Logicamente, não sabemos se
as percentagens identificam precisamente os determinantes de seu sucesso. No
entanto, sabemos que, durante uma rodada típica, Nicklaus dizia que ensaiava
mentalmente cada tacada, antes de executá-la. Primeiro, ele imaginava o ponto-
alvo onde queria que a bola caísse (i.e., imaginação respondente). Depois,
visualizava o arco da bola atravessando o ar para aterrissar naquele ponto-alvo
(novamente, imaginação respondente). A seguir, ele se imaginava executando o
giro necessário para produzir uma tacada que daria à bola esse determinado padrão
de vôo. Ao imaginar-se executando o giro, imaginava como se sentia durante a
preparação, no backswing, no acompanhamento, na transferência de peso e assim
por diante (i.e., imaginação respondente). Em outras palavras, não imaginava
mentalmente a forma como outra pessoa poderia vê-lo de fora; imaginava como se
sentia internamente ao executar a jogada.
Por que o ensaio mental de uma habilidade bem treinada, logo antes de uma
competição, aumenta a probabilidade de essa habilidade ser executada de
maneira ideal? A imaginação pode ajudar a recordar as sensações cinestésicas
associadas a um desempenho qualificado. Isso, presumivelmente, aumenta a
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“Vou partir prá cima dele! Vou lhe arrancar a cabeça! Esse cara já era!” Esse tipo de
autoconversação provavelmente ajudará o atacante a se sentir agressivo. Ou considere
um corredor de curta distância que pensa na palavra “explodir”, enquanto aguarda, na
posição de largada, pelo tiro do juiz; ou uma patinadora que diz a si própria, durante sua
apresentação: “com graça, com elegância, sinta a música”, para ajudar a criar o estado
de ânimo adequado à música e à coreografia. Hvidenlemente, nossa autoconversação
jlpode servir de estímulos condicionados para eliciar várias emoções (Staats, 1968;
í: Staats, Staats e Crawford, 1962).
Algumas palavras podem funcionar tanto como palavras de ânimo quanto como
regras parciais. Por exemplo: quando o jogador de hóquei pensa “mexa os pés”,
essas palavras poderiam eliciar alguns dos sentimentos associados a patinar
rápido e ter um bom desempenho, no passado. Mas também envolvem uma regra
parcial. A regra completa seria: “Se cu mover meus pés de maneira rápida,
manterei uma boa velocidade e criarei oportunidades de um tiro a gol”.
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Ou uma ginasta, durante um treino, pode ficar tão preocupada e tão zangada
consigo mesma (devido a um movimento difícil que não consegue executar), que
o treino inteiro é arruinado.
Uma estratégia para ajudar os atletas a interromper tais pensamentos é. chamada
de parada de pensamento. Parada de pensamento é um procedimento
desenvolvido pelo terapeuta comportamental Joseph Wolpe (1958), para ajudar a
pessoa que se engaja em pensamentos privados persistentes e perturbadores,..que
não consegue controlar. O procedimento envolve ensinar o atleta a .gritar
0) “Pare!”, silenciosamente, a fim de interromper os pensamentos desagradáveis.
Para ensinar essa técnica®b atleta é instruído inicial mente a fechar os olhos e
imaginar uma determinada cena, tal como estar sentado na areia observando as
ondas morrendo na praia®Ç)uando o atleta tiver a cena bem clara em sua mente,
grite bem alto para ele: “Pare!” Logicamente, seu grito serve para interromper os
pensamentos do atleta (c, provavelmente, também para assustá-lo). A seguir,
explique ao atleta que você quer que ele feche os olhos e grite “Pare!”,.quando,
você lhe tocar o ombro. Depois, instrua o atleta a imaginar outra cena, tal como
olhar para um céu azul com algumas nuvens brancas e fofas. Depois de permitir
que o atleta imagine a cena vividamente, por alguns segundos, bata de leve no
ombro do atleta. Repita esse processo mais duas vezes. D epois-dessas -três-'
tentativas, repita o processo novamente, mas, desta vez, instrua o atleta.a gritar
“Pare!”, silenciosamente, para si próprio, e não em voz alta (pode fazê-lo sem
mover a boca). Depois de várias repetições desse tipo, o atleta será capaz de
interromper temporariamente qualquer pensamento, “gritando silenciosamente" a
palavra “Pare!” para si mesmo.
A parada de pensamento, .somente, não tem probabilidade de ter muito sucesso ijfâç-
longo prazo porque, embora interrompa temporariamente os pensamentos
negativos, estes provavelmente retornarão. No entanto, a interrupção de
pensamento combinada com substituição por pensamentos alternativos desejáveis
pode ter bom resultado na eliminação de pensamentos problemáticos (Cautela,
1983; Wolpe, 1990), como mostra o caso de Carol. “Sou um fracasso. Me sinto
feia e inútil. Fico muito deprimida e não quero fazer nada. E daí eu começo a
chorar”, explicou Carol a seu psicólogo. “As vezes, no trabalho, quando começo a
pensar em Fred, vou para o banheiro e choro. Às vezes, não consigo parar de
chorar por mais de uma hora”. Carol e Fred estavam noivos há três anos. Mas,
desde o rompimento há três meses, Carol vinha tendo perturbadores pensamentos
obsessivos a respeito de Fred e, particularmente, sobre si mesma. Carol concordou
em iniciar o seguinte procedimento. Cada vez que tinha um pensamento do tipo
que a fazia chorar, teria que parar o que estava fazendo, juntar as mãos, fechar os
olhos e gritar silenciosamente “Pare!” para si mesma. Depois, teria que abrir os
olhos e pegar algumas fotografias em sua bolsa. As fotografias estavam arrumadas
numa determinada ordem e presas com um elástico. Com a orientação de seu
psicólogo, ela havia escrito afirmações específicas no verso de cada uma delas.
Com as fotografias voltadas para baixo, ela devia olhar para o verso da primeira e
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ler: “Sou dona de mim mesma. Minha vida está à minha frente. Posso fazer o que
quiser.” Virava a foto e via um retrato seu no aeroporto. A foto fora tirada logo
antes de uma viagem que fizera sozinha no ano anterior. Ela se divertira muito. Nos
segundos seguintes, ela pensava no quanto gostaria de viajar novamente e no
quanto se divertira na viagem anterior. Carol continuava dessa maneira com as
fotografias restantes. Após o procedimento inteiro, que era completado em
aproximadamente dois ou três minutos, Carol registrava seus pensamentos num
cartão e voltava às suas atividades normais. O procedimento teve bastante sucesso.
Nas três semanas seguintes, seus pensamentos positivos aumentaram
gradativamente e os pensamentos tristes a respeito de Fred ocorreram cada vez
menos. A combinação da interrupção do pensamento, depois dos pensamentos
indesejáveis, com a substituição por pensamentos alternativos desejáveis foi bem
sucedida (Martin, 1982).
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Suponha que a golfista bateu a bola a partir do tee. Quando ela se aproxima de
sua bola que está na parte lisa do campo, entre os buracos, sua atenção tem que
ficar sob controle de estímulo externo amplo, pois ela precisa considerar uma
ampla gama de deixas externas — os perigos, as áreas seguras, o vento, a
posição, a distância para a próxima tacada etc. Na presença dessas deixas
externas amplas, ela tem que escolher o taco adequado para a jogada.
Simplesmente dizer “AVPD”, enquanto se aproxima da bola, lembraria à
jogadora de sempre checar a área de aterrissagem, o vento, a posição e a
distância, antes de selecionar o taco para a jogada. A seguir, enquanto está de pé
atrás da bola para ensaiar a jogada, seu comportamento pode mudar para o
controle de estímulo interno amplo. Isto é, ela podería se lembrar de uma jogada
semelhante que realizou com sucesso num- buraco anterior. Poderia, então, se
concentrar em alguns pensamentos sobre o swing e poderia respirar
profundamente algumas vezes para relaxar. Frases como: “igual à anterior” e
“sinta o swing” poderiam lembrar a golfista de se concentrar nas sensações
musculares adequadas durante o swing de ensaio. Depois, ao se preparar para a
jogada, sua atenção passa para controle externo restrito. Ela tem que se
concentrar principalmente na direção que quer dar à bola e na colocação
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adequada dos pés para conseguir bater a bola nessa direção. A palavra “preparar”
seria a deixa para a preparação adequada, e a frase “olho na bola” poderia servir
de deixa para que a jogadora se concentrasse na bola logo antes do swing.
Final mente, seu comportamento tem probabilidade de passar para uma
combinação de controle interno restrito e externo restrito. Logo antes do swing,
ela precisa se concentrar na bola e se desligar de todas as outras distrações.
Nesse ponto, ela tem probabilidade também de usar apenas um pensamento sobre
o swing, tal como “suave”.
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(Cutton 0 Landin, 1994; Masser, 1995; Ming e Martin, 1996; Ziegler, 1987);
levar a melhoras na velocidade do desempenho e no volume de trabalho
apresentado (i.e,, treino de resistência), envolvendo habilidades previamente
aprendidas durante os treinos (Landin, Cutton e Macdonald, 1991; Landin e
Macdonald, 1990; M allett e Hanrahan, 1997; Rushall, Hall, Roux, Sasseville e
Rushall, 1988; Rushall e Shewchuk, 1989); e aumentar a transferência de
habilidades previamente aprendidas, dos treinos para as competições (Kendall et
f al., 1990; Hamilton c Fremouw, 1985; Hill e Borden, 1995).
■ r
^ J A análise comportamental e as pesquisas disponíveis fundamentam quatro regras
)p ara o uso de palavras-chave e regras, para melhorar o desempenho de uma
| habilidade nos treinos e nas competições.
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Capítulo 6
Avaliação Comportamental
Suponha que um atleta tenha lhe ligado, pedindo ajuda. Em seu primeiro
encontro, várias questões serão levantadas. Qual é a natureza do problema? O
problema pode ser transformado facilmente em comportamentos específicos a
ser aumentados ou reduzidos? O problema parece ser fácil de controlar? O
problema já se apresenta há muito tempo e, nesse caso, será resistente à
mudança? Caso se consiga atingir um comportamento-alvo, ele seria facilmente
generalizado e mantido? Existem indivíduos significativos (como outros atletas,
técnicos, pais etc.) que poderiam controlar os estímulos e as conseqüências? O
cliente é capaz de aprender habilidades de autocontrole para solucionar o
problema ou é necessário que você passe algum tempo no mundo do atleta, a fim
de trabalhar com ele e com terceiros (como o'técnico, por exemplo)? O objetivo
deste capítulo é sugerir passos preliminares para ajudá-lo a responder a essas
questões. Uma discussão adicional de suas entrevistas iniciais com o cliente é
apresentada no Capítulo 19.
Descreva brevem ente a sua form ação. Em minha experiência, a maioria dos
atletas gosta de saber algo sobre o indivíduo com quem buscam aconselhamento.
Também apreciam, tipicamente, uma visão geral de como deve se desenvolver a
primeira sessão. Geralmente digo algo do tipo: “Para começar, talvez eu possa
lhe falar um pouco de mim, de maneira que você saiba o que faço. Depois,
falaremos da psicologia do esporte de maneira geral e, depois, veremos se
podemos descobrir como seremos capazes de ajudá-lo.” A seguir, você poderia
mencionar brevemente algumas de suas próprias experiências esportivas,
exemplos dos diferentes esportes em que já ajudou atletas e, com permissão
prévia, você pode mencionar um ou dois dos atletas com quem já trabalhou, caso
tenham probabilidade de ser conhecidos por seu novo cliente.
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várias áreas em que psicólogos do esporte já ajudaram atletas, tais como tirar
melhor proveito dos treinos, aumentar a confiança e a concentração e ter um
desempenho correspondente ao potencial, durante as competições. Você poderia
mencionar também um exemplo de aplicação da psicologia do esporte ao esporte
específico daquele atleta.
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áreas discutidas neste livro. Para ser um “super atleta”, o esportista precisa de
intensa preparação em todas essas quatro áreas.
“Para ficar realmente bom em preparação mental, tudo que se tem que fazer é
conversar com um psicólogo do esporte ”, Os atletas precisam considerar que as
habilidades mentais são como as habilidades físicas — são comportamentos que
ocorrem em determinadas situações e, para ser bom neles, eles precisam ser
aprendidos e treinados. As habilidades mentais não são místicas ou mágicas e
não capacitam a pessoa a fazer milagres. O que podem fazer é ajudar o indivíduo
a ter um desempenho consistente, de acordo com seu potencial ou próximo a ele,
dado o nível de preparação desse indivíduo nas áreas física, técnica e tática. Os
atletas sabem que não basta sentar-se à beira do campo e observar um técnico
demonstrando várias habilidades. Sabem que têm que praticar essas habilidades
eles mesmos, várias e várias vezes. De maneira similar, precisam compreender
que não podem se tornar bons em preparação mental apenas ouvindo um
psicólogo do esporte. Pelo contrário, precisam treinar, eles mesmos, as
habilidades mentais, várias e várias vezes.
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avaliação pode ser útil para determinar as áreas em que o atleta já se sai bem,
assim como aquelas que precisam ser melhoradas.
100
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D ata:_______________
FOLHA DE INFORMAÇÕES - ATLETA ADULTO
Este questionário é usado para fornecer informações sobre seu passado e seu presente,
que ajudarão a compreender melhor a sua situação. Suas respostas serão estritamente
confidenciais e não serão reveladas a qualquer pessoa sem o seu total consentimento.
Informações Gerais
Nome____________________________________________ Fone fres.'i
(com.f
Endereço_____________________________________________________________
__________________________________________ FAX._________ _ _ _ _
102
E ducação/O cupacão
E scolarid ad e
S e e s tu d a , n o m o m e n to , in d iq u e a á r e a :_________________________________________
E m prego atu al „ _____________ ______________________________________________
N2 de horas de tra b a lh o p o r sem ana __ _________________ _____
E stado de S aúde
R elacione q u aisq u er dificuldades m édicas passadas ou presentes.
103
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Qual seu nível de satisfação com o apoio que recebe de sua íamília, seus amigos,
técnicos, companheiros de equipe e outros?
Programa Atlético
Você está aberto à idéia de que o psicólogo discuta suas estratégias de treinamento
mental com seu técnico? Sim/Não
Caso afirmativo, nome cio técnico: _____ __________ _ Fone:______________
Quais os melhores horários para reuniões com você? Favor completar abaixo.
Manhã Tarde Noite
Segunda __________ ______ __________
Terça __________ __________ __________
Quarta ______ __ __________
Quinta ______ __________ __________
Sexta __________ __________ __________
Sábado __________ __________ __________
Domingo_____ _______________________________________________
FIG U R A 6,1. Formulário de registro para ajudar o psicólogo do esporte na
obtenção de informações iniciais sobre o atleta.
104
Outra estratégia para conduzir uma avaliação ampla é interrogar o atleta sobre os
detalhes de seu melhor e pior desempenhos recentes, durante competições (Orlick,
1986a, 1986a, 1989). Isso fornecerá algumas pistas sobre o que o atleta já faz bem
e sobre as áreas em que precisa melhorar a preparação mental para com petições.'
Esta abordagem é discutida mais detalhadamente, com exemplos, no Capítulo 14.
Nome Data
Você diria que precisa de ajuda ou precisa melhorar Não Certa- Um Certa-
tenho mente Pouco mente
certeza Não Sim
Em relação aos treinos livres, para:
1. Estabelecer objetivos específicos para cada treino? 1 2 3 4 5
2. Chegar a cada treino totalmente comprometida a dar o
— 1 ' 2 3 4 5
melhor de si?
3. Estar consistentemente alongada e aquecida antes de
entrar no rinque? 1 2 3 4 5
4. Estar mais concentrada ao realizar os saltos e giros?
(Responda sim, caso você muitas vezes apenas execute
— 1 2 3 4 5
saltos e giros de qualquer maneira, sem tentar fazer o
melhor possível)
5. Manter-se positiva e não se recriminar quando o treino
1 2 3 4 5
não for bom?
6. Utilizar melhor todo o tempo do treino? 1 2 3 4 5
7, Dominar o medo de realizar saltos difíceis? 1 2 3 4 5
8. Melhorar a consistência dos saltos que você já domina? 1 2 3 4 5
9. Sentir-se mais confiante a respeito de sua capacidade de
realizar saltos difíceis? — 1 2 3 4 5
10. Não se preocupar com o que as outras patinadoras estão
1 2 3 4 5
fazendo?
11. Descobrir como monitorar o progresso de um novo
salto, para não se desencorajar quando o progresso 1 2 3 4 5
parece lento?
12. Fazer mais ensaios da coreografia completa? 1 2 3 4 5
13. Manter um controle da percentagem de aceitos durante
1 2 3 4 5
os ensaios completos?
14. Usar melhor os recursos de vídeo ao aprender um novo
— 1 2 3' 4 5
salto?
15. Exercitar-se mais, para adquirir melhor forma física? 1 2 3 4 5
16. Manter um registro escrito de seu progresso em relação
— 1 2 3 4 5
a seus objetivos?
(continua)
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Você diria que precisa de ajuda ou precisa melhorar Não Certa Um Certa-
tenho mente Pouco mente
certeza Não Sim
Em relação às comoeticões. Dara:
1. Permanecer confiante nos treinos ao ver o que as outras
1 2 3 4 5
patinadoras estão fazendo?
2. Nos treinos, esquecer as outras patinadoras e concentrar-
_________ 1 2 3 4 5
se apenas em sua patinação?
3. Evitar colocar muita pressão sobre si mesma ao ver o que
as outras estão nos treinos? — 1 2 3 4 5
4. Aprender a não se preocupar com as outras patinadoras? 1 2 3 4 5
5. Aprender a não se preocupar com sua classificação? 1 2 3 4 5
6. Controlar melhor seu tempo durante toda a competição,
para se organizar bem, alimentar-se saudavelmente e — 1 2 3 4 5
descansar bastante?
7. Patinar tão bem nas competições quanto nas duas últimas
semanas antes da competição (em outras palavras, 1 2 3 4 5
patinar de acordo com seu potencial)?
8. Ficar à vontade (não muito tensa) durante a última meia
hora antes do aquecimento de 6 minutos? 1 2 3 4 5
9. Ficar à vontade (não muito tensa) durante o aquecimento
1 2 3 4 5
de 6 minutos?
10. Ficar à vontade (não muito tensa) depois do aquecimento
1 2 3 4 5
e enquanto espera a sua vez?
11. Ficar à vontade (não muito tensa) ao entrar no rinque? 1 2 3 4 5
12. Sentir-se confiante sobre sua patinação ao se alongar
1 2 3 4 5
antes do aquecimento de 6 minutos?
13. Não se deixar afetar psicologicamente pelas outras
1 2 3 4 5
patinadoras?
14. Sentir-se confiante sobre sua patinação durante o
1 2 3 4 5
aquecimento de 6 minutos? —
B . E s c o lh e n d o c o m p o r ta m e n to s - a lv o e p la n e ja n d o f o r m a s d e m o n ito rá -lo s .
C om o in d ic a d o no C ap ítu lo 1, u m a ab o rd ag em co m p o rtam en tal en fatiza a
id en tific a ç ã o de c o m p o rta m e n to s esp e cífico s. S en d o esp ecífico n a id en tificação
de co m p o rta m e n to s-alv o , você: (a) aju d a a a sse g u rar a fid ed ig n id ad e n a d etecção
de m elh o ra s n o c o m p o rta m e n to (p ad rão p elo qu al se ju lg a a e fic ácia d e um
p ro g ra m a d e trata m e n to ); e (b) au m en ta a p ro b ab ilid ad e de seu p ro g ram a d e
trata m e n to se r ap licad o c o n sisten tem en te.
106
Fotos e figuras às vezes são úteis para ajudar os indivíduos, num ambiente
esportivo, a identificar variações na topografia de uma resposta. A Figura 6-4
mostra uma lista de verificação com figuras para ajudar a avaliar a topografia do
nado de costas de jovens nadadores competitivos. (
Preciso
N5o acho Gostaria melhorar
Sim
necessário de saber
mais
PARTEI
A NOITE OUE ANTECEDE A UM JOGO
l.Como muitos carboidratos durante a refeição da noite?
2. Tipicamente, tenho uma noite relaxante, livre de
estresse? (Evita reuniões de negócios, discussões com a
esposa ou namorada, atritos familiares, crianças chorando
ou outros estressores que podem afetar seu sono.)
3.Tipicamente, consigo uma boa noite de sono?
PARTE II
CONSIDERAÇÕES GERAIS EM DIAS DE JOGO (antes de ir pa ra o rinque)
4.Tipicamente, organizo meu dia de maneira a não ter que
lidar com estressores tais como:
- dirigir em tráfego pesado
- parentes ou amigos que me perturbam quando quero
ficar a sós
- discussões com terceiros que me são próximos
- crianças chorando
- pensar em negócios arriscados
- preocupações com negociação de contrato
- preocupação com um tempo ou jogada ruim no jogo
anterior
- sair atrasado para o jogo, tendo que me apressar
S.Consigo relaxar durante partes do dia sem me preocupar
com com o jogo? (Em outras palavras, você não deveria
estar concentrado no jogo o dia inteiro).___
ó.Quando pensamentos sobre o jogo aparecem em minha
. cabeça, consigo mantê-los positivos (versus me
preocupar em jogar mal ou perder)?
7.Quando jogo em casa, meu grupo de apoio (minha
esposa, namorada, família ou outros indivíduos
importantes) conhecem minha rotina e me ajudam a
segui-la?
8,Fiz uma refeição leve pelo menos 2-3 horas antes de
competir (devem ser evitadas grandes refeições antes dos
jogos)?
9.Bebi muita água? (É especial mente importante beber
muita água logo antes dos treinos e dos jogos. Estudos
científicos demonstraram que uma perda excessiva de
água através de um treino ou jogo duros pode reduzir a
capacidade de trabalho de um atleta em 30%)
108
PARTE III
PREPARAÇÃO MENTAL EM DIA DE JOGO, ANTES DE IR PARA O RINQUE
10. Escuto uma fita de autoconversação positiva ou um
vídeo musical preparado especial mente para mim?
11. Seleciono p a la v ra s de ânim o para o jogo?
12. Recordo mentalineiite os adversários específicos do
outro time contra os quais provavelmente jogarei?
13. Visualizo uma série de situações específicas em que me
sinto jogando realmente bem (tal como vencer uma
briga pelo disco, chegar até a rede com o disco e marcar
etc.)?
14. Revejo minhas anotações de jogos anteriores,
registradas cm minhas listas dc automonitoramento?
15. Revejo a autoconversação positiva que quero
enfafizar para me tornar mais confiante?
16. No total, gasto de 30 minutos a uma hora num
programa planejado dc preparação mental, antes de
ir para o rinque?
PARTE IV
PREPARAÇÃO M ENTAL NO RINQUE ANTES E DURANTE OS JOGOS
No Rinque Antes dos Jogos
17. Sei como eliminar distrações externas ao rinque
(problemas familiares, preocupações financeiras, etc.)?
18. Estou ciente dc c sei eliminar pensamentos negativos,
pensamentos de dúvida e preocupações sobre o jogo)?
(i.e,, pensamentos como “Espero não jogar mal”,
“Espero lazer um gol,” “Tomara que ganhemos”, etc.
programam seu cérebro para a dúvida, para a falta de
confiança. Você sabe eliminá-los?
19. Tipicamente, revejo mentalinente coisas importantes
em que o técnico quer que nos concentremos?
20. Tenho uma lista de áreas de habilidade importantes e,
tipicamente, revejo meiitalmente as áreas de habilidade
cm que quero me concentrar no rinque? (i.e,, não se
preocupar em ganhar ou marcar ou outros resultados; em
vez disso, você deveria pensar nas coisas que você faz no
rinque e que produzem esses resultados.)
21. Tenho um plano para rever a autoconversação positiva
para me fazer sentir com confiança e, tipicamente, uso
a autoconversação antes do jogo?
22. Se estou nervoso ou tenso antes de um jogo, sei como
relaxar?
23. Se me sinto iento ou mentahnente vazio, sei como me
animar, me energizar? _
Durante ojogo
24. Uso a autoconversação para me sentir confiante no
início do jogo?
25. Uso a autoconversação para me manter mental mente
em jogo, ficar concentrado e evitar que minha mente
se distraia e, tipicamente, sou bem sucedido nisso?
109
PARTE V
A V A L IA Ç Ã O A P Ó S O S J O G O S
31. Tenho um plano escrito para aiito-avaliar os
componentes de minha preparação mental, para saber o
que preciso melhorar?
32. Tenho uma lista de verificação para auto-avaliar meu
desempenho no rinque, para saber no que me
concentrar nos treinos e para o próximo jogo?
FIG U R A 6.3. Questionário para avaliar a preparação mental de um
jogador de hóquei para os jogos.
110
altas freqüências de fazer o que quer que o técnico peça e de mostrar comportamento
de apoio aos companheiros de time. Em termos de latência, um corredor que deixa as
marcas de largada com muita rapidez, após o disparo da pistola, pode ser considerado
como tendo uma “boa” partida, enquanto um corredor que apresenta uma latência
mais longa teve uma “má” partida. Assim, a qualidade da resposta é essencialmente
um refinamento de uma ou mais das características de comportamento anteriores,
identificadas como importantes num cenário esportivo.
111
112
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Capítulo 7
Ensinando Novas Habilidades
Em alguns trabalhos de psicologia do esporte com atletas jovens, o psicólogo irá
interagir diretamente com o técnico e não com o atleta. Poderia ser solicitado ao,
psicólogo, por exemplo, que desenvolvesse um programa de treinamento para
técnicos,,de beisebol daJügaliLfantil (p. ex., Smith, Smoll eB arnett, 1995; Smoll
e Smith, 1993); que ajudasse os técnicos de patinação artística a ensinar os saltos
e giros trabalhosos de maneira mais eficaz (p. ex., Hall e Rodgers, 1989); ou que
fornecesse um roteiro para que os técnicos de natação usassem registros em
vídeo para melhorar as viradas de jovens nadadores (p. ex., Hazen, Johnstone,
M artin e Srikameswaran, 1990). No Capítulo 2, descrevemos princípios básicos
de aprendizagem que são importantes no desenvolvimento de habilidades. Mas,
urna çojsa é compreender os princípios comportamentais básicos; outra é traduzi-
los em termos de “como fazer”, que possam ser seguidos pelo técnico com
facilidade.,, Neste capítulo, são apresentados roteiros para ajudar o técnico a
fortalecer comportamentos desejados e a ensinar habilidades básicas para atletas
jovens. Nos três seguintes, são discutidos tópicos relacionados a este capítulo: a
redução de erros persistentes, a motivação de atletas para extrair o máximo dos
treinos e o controle de comportamentos-problema ou comportamentos
perturbadores, A preparação deste e dos três próximos capítulos foi influenciada
pelos esforços pioneiros de Brent Rushall e Daryl Siedentrop (1972) e pelo
excelente trabalho de Ronald Smith e Frank Smoll e seus colaboradores, a
respeito de avaliação comportamental e de intervenções em esportes juvenis
(Smith, Smoll e Christensen, 1996; Smoll e Smith, 1987).
Qs roteiros de ensino fornecidos neste capítulo são úteis para fortalecer muitos
tipos de comportamento, São especialmente úteis para ensinar habilidades
relativamente simples ou para refinar habilidades mais complexas, que já tenham
sido parcialmente dominadas, São úteis também, para desenvolver os
comportamentos que são característicos de atletas treináveis.
117
Considerações Preliminares
Os roteiros para ensinar comportamentos simples se concentram em duas
preocupações principais: a) dar aos atletas uma idéia clara das habilidades que
devem ser dominadas; e b) fornecer feedback aos atletas para fortalecer essas
habilidades. Antes de discutir essas duas preocupações, no entanto, há algumas
considerações preliminares às quais o técnico deve se dedicar.
118
119
jovens que estão começando a aprender sobre o hóquei ficarão entediados caso o
técnico passe muito tempo revendo fundamentos que já conseguem realizar. Para
ajudar a maximizar a diversão e o progresso para todos, o técnico deve começar
no nível do atleta. Assim, um passo preliminar é avaliar as habilidades básicas
dos iniciantes, como discutido no Capítulo 6.
120
121
122
“Motivação e Emoção”
123
124
Dessa forma, em vez de dizer simplesmente: “Faça assim”, o técnico deu aos .jovens
nadadores algumas, deixas muito específicas, tais como: “na frente do seu ombro”,
“cotovelo elevado”, “mão curvada sob o estômago”, “pontas dos dedos perto do
umbigo”, “mão passa pelo final do maiô” e assim por diante. Embora inicial mente o
técnico possa dar o modelo da habilidade completa, uma ou duas vezes, deve
enfatizar depois apenas um ou dois componentes nos quais os nadadores devem se
concentrar ao treinar. Dependendo dos erros específicos que apresentarem, os
nadadores podem usar as deixas apresentadas acima para formar palavras-chave
(como descrito no Capítulo 5), a fim de lembrar a si próprios de executar os
movimentos específicos. Para evitar a “paralisia pela análise”, os componentes
específicos enfatizados poderiam variar em cada treino e de nadador para nadador.
125
jovens atletas devem ser levados a uma sensação de realização e devem receber
feedback positivo por terem tentado executar a habilidádè. O ro te iro q u e se segue
ajudará o técnico a usár reforçadores, de maneira eficaz, para fortalecer e melhorar
comportamentos desejados e novas habilidades.
127
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que torna um técnico mais eficiente do que outro? Em sua pesquisa na University
o f Washington, com técnicos e jogadores da Liga Infantil de beisebol, Frank
Smoll, Ronald Smith e seus colaboradores investigaram as diferenças entre
técnicos a quem os jovens jogadores de beisebol respondiam favoravelmente e
aqueles a quem respondiam menos favoravelmente. Sua pesquisa demonstrou
que um fator importante era a frequência com que os técnicos reforçavam
comportamentos desejados. (Smith e Smoll, 1991). Os jogadores observados
respondiam mais favoravelmente aos técnicos que forneciam recompensas
freqüentes. (E interessante que descobriram também que os jovens atletas
preferiam treinadores que davam mais instruções técnicas.) *1
Recompensas Sociais
Assinale os tipos de aprovação que você gosta que os outros demonstrem:
___Sinais faciais (ex.: sorrisos, acenos de cabeça, piscadas de olho);
___Sinais de mão e corporais (ex.: bater palmas, sinal de positivo com o polegar, mãos
unidas acima da cabeça); '
___Contato físico (ex.: um tapinha nas costas, um aperto de mão, um abraço);
___Elogios a seu respeito (ex.: você é inteligente, ajuda muito, uma pessoa legal);
___Elogios a respeito de suas habilidades atléticas (ex.: você arremessa muito bem,
sua direita é excelente).
Recompensas em Atividades
Cite algumas atividades que você gostaria de fazer com maior freqüência durante os
treinos:
1. _______________________ 3. ____________________________
2. 4 . _____________________________
(Ex.: Ter um tempo para nadar à vontade; tentar arremessos à cesta por diversão; ajudar o
técnico a preparar o equipamento; ajudar o técnico na contagem durante os treinos; ser o líder do
grupo por algum tempo; ser o primeiro a demonstrar uma habilidade; trocar de posição no jogo,
por diversão.)
Recompensas em Equipamento
Cite os tipos de equipamento esportivo que você gostaria de ter permissão de usar com
maior freqüência durante os treinos:
1. __________________________ 3 . _____________________________
2. 4 . ____________________________
(Ex.: Colchões deproteção, trampolins, pneus oumáquina detreinamento para futebol
amedeano,máquinas dearremessar paratênis ou golfe,cronômetro para marcar seu próprio
tempo, bicicleta ergométrica, pulsímetro.)
Recompensas em Passeios
Assinale as coisas que você gostaria de fazer com todo o time:
___Assistir a um filme sobre uma celebridade do esporte ou ir a um evento
esportivo;
___Visitar um museu esportivo de sua cidade ou região;
Ouvir uma palestra ou receber a visita de um atleta profissional local;____________
128
Quando o técnico precisa trabalhar com um grupo de atletas, ele muitas, v.e-zes
fornece feedback positivo para uma pessoa que executou corretamente uma
habilidade e passa imedfatamente para outro atleta. Apesar de essa estratégia
permitir que o técnico interaja com vários atletas, nem sempre é a maneira mais
eficaz de fortalecer habilidades em um determinado atleta. Com freqüência, é
mais eficaz observar um atleta executar uma habilidade diversas vezes e reforçar
positivamente as tentativas corretas, em cada ocasião. Depois que o iniciante se
desempenhou corre lamente diversas vezes e foi reforçado em cada execução, o
técnico pode lhe pedir que treine sozinho por algum tempo, passando ele próprio
para o próximo atleta. A regra é simples. No início, muitos reforços para os
comportamentos corretos. Uma vez aprendida a nova habilidade, ela pode ser
mantida através de reforços menos frequentes ou através de reforços naturais.
129
130
Componentes do Saque
1. Se o jogador for destro, o pé esquerdo deve ser colocado logo atrás da linha
de fundo, formando com ela um ângulo de 45 graus, e o pé direito paralelo
à linha de fundo, a uma distância confortável do pé esquerdo.
4. Enquanto a mão que segura a raquete se movimenta para trás, a outra mão
sobe para atirar a bola.
5. A bola deve passar por cima da rede sem tocá-la, descendo dentro ou sobre
as linhas de serviço da quadra, do outro lado da rede.
132
de apoio no momento certo” .). Quando ocorria um erro, a professora não fazia
nenhum comentário. O programa de modelagem apresentou resultados rápidos e
poderosos. Ao reforçar componentes que representavam aproximações
sucessivas da topografia do saque, da esquerda e da direita corretos, o
desempenho melhorou da linha de base de 13% para quase 50% de desempenho
correto, em poucas sessões. As alunas não apenas apresentaram um desempenho
melhor, como houve também sinais de que estavam se divertindo mais: sorriam,
faziam comentários positivos sobre suas habilidades e mostravam-se animadas
para treinar mais.
Como discutido no Capítulo 2, a modelagem pode ser uma técnica poderosa para
os técnicos esportivos,. para modificar. a tpppgrafia (ou. forma), .frequência. (ou
velocidade ou nível), duração, latência, intensidade (ou força) e qualidade de um
comportamento.
133
134
135
136
Capítulo 8
Reduzindo Erros Persistentes
Grande parte do tempo dos treinos, com atletas iniciantes, será despendido
ajudando-os a adquirir novas habilidades esportivas, A aplicação consistente dos
roteiros para ensinar habilidades básicas, descritos no capítulo anterior,
produzirá resultados positivos na maioria dos casos. Alguns,dg$.âjfôj$sjavâtis,
no entanto, continuarão a çoineter erW)s, .mevSniQ.,após considerável treino. As
razões pelas quais ps erros se repetem são numerosas, Consequentemente, uma
estratégia para correção de erros, que poderia ser adotada pelo técnico, deveria
dependerem parte da descoberta das,.razões que estão por trás do erro. Neste
capítulo, são descritas algumas estratégias comportamentais que já foram usadas
com sucesso para reduzir diversos tipos de erros persistentes cometidos pelos
iniciantes ao executarem as habilidades.
Parece que Jennifer errou as duas primeiras tentativas do eixo duplo porque n |o
estava dando atenção às deixas apropriadas. A fim de melhorar sua concentração
durante os treinos, Jennifer concordou em usar o estabelecim^nto.de objetivosv
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138
pouco e viam o que os outros nadadores estavam fazendo. Talvez até acenassem
e falassem com um amigo em outra raia. E o que acontecia se interrompessem
uma bateria na metade? Também nesse caso davam uma olhada ao redor,
acenavam para alguém, ajustavam os óculos etc. Parece que havia alguns
rcfc)rçadqma.iM u i:.als..QjantioggJXtes.^apresciitaçã(r desses erros, e não havia
reforçadores contingentes ao desempenho sem erros. Uma estratégia possível
para um técnico, nessa situação, é disponibilizar reforçadores contingentes ao
desemnenho niçlhcn-ndór ' Fói cixatametite - isso^o que aconteceu," quando a
treinadora Keedwell pediu aos jovens que nadassem com uma quantidade
mínima de paradas não-programadas e executando as viradas, a fim de ganhar a
oportunidade de participar de provas de revezamento. Ela disponibilizou um
reforçador contingente ao desempenho melhorado, em vez de apresentá-lo não-
contingente mente no final do treino.
vSe os atletas jovens sabem executar corretamente várias habilidades^ mas estão
cQjjiet.cndo ..erros,Jreqüentes durante, os., treinos» o desetupenho correto talvez
esteja sendo. j.asuftcientemejtte.xeforçado. Em tais casos, o treinador deve avaliar
se os reforçadores disponíveis estão ou não sendo usados eficazmente - isto é, se
os reforçadores são contingentes ao desempenho desejado (em vez de ocorrer de
maneira não-contingente). Caso o uso de reforçadores contingentes ao
desempenho sem erros leve a uma melhora, durante vários treinos, então os
atletas poderiam ser gradativamente afastados dos reforçadores extras,
esperando-se que os reforçadores naturais possam começar a substitui-los.
139
140
Dados detalhados a respeito de dois dos nadadores são apresentados na Figura 8-2
(resultados similares foram obtidos com os outros dois). Esses dados são
apresentados para ilustrar a primeira característica dá abprdageni comportamental,
qual seja, que ela enfatiza a mensuração específica de comportamentos esportivos e o
uso dessas m e p q jç ^ meio para avaliar a eficácia de intervenções
específicas. Os dados demonstram claramenteuque, para cada um dos dois nadadores,
a melhora ocorreu apenas quando o pacote de tratamento foi usado. Você notará
também a apresentação irregular do tratamento. Isto é, o Nadador 1 recebeu o
tratamento para o nado de costas durante as semanas 6 e 7; o Nadador 4, no entanto,
não recebeu nenhum tratamento nesse período. Como o Nadador 1 melhorou durante
as semanas 6 e 7, quando o tratamento foi aplicado, e o Nadador 4 não melhorou sob
condições normais de treinamento, podemos concluir que a melhora pode ser
atribuída ao tratamento e não a algum fator ocasional. Quando o tratamento foi
aplicado ao Nadador 4, durante a semana 9, esse nadador também melhorou. Como
discutido no Capítulo 17, este tipo de modelo de pesquisa é um modelo de linha de
base múltipla entre sujeitos.
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Revisão em Vídeo
Todos estamos a par do uso freqiiente de fitas de vídeo e de filmes de jogos, no
esporte profissional, para ajudar os jogadores a melhorar suas habilidades. Com
os avanços modernos da microeletrônica e das câmeras de vídeo, o uso de
fgjiçlíiack e..m. vídeo, está s.e tofnmdQuCrQ.scenicmente çqmum^çqm atletas j o vens.
Os treinadores de iniciantes têm usado feedback em vídeo para tentar melhorar o
desempenho em esportes de equipe, como o futebol e o basquete, e em esportes
individuais, como ginástica, natação e caratê. No entanto, um grande número de
estudos não encontrou quaisquer diferenças significativas entre feedback em
vídeo, para melhorar habilidades (ou reduzir erros), e outras condições
experimentais ou de controle (Rothstcin, 1980; Templin e Vernacchia, 1995).
j| Em outras palavras, um técnico não pode esperar que um jogador melhore
I' simplesmente pelo fato de assistir a um ou dois vídeos mostrando seus erros.
No entanto, há condições em que a revisão em vídeo pode ser útil para reduzir
erros (Hazen et al., 1990; Rothstein, 1980; Templin e Vernacchia, 1995). Caso
você recomende aos treinadores que utilizem revisão em vídeo para melhorar
habilidades básicas e reduzir erros persistentes, eles devem fazê-lo sob as
seguintes condições:
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4. Caso o atleta jovem esteja cometendo erros, num treino, devido à falta de
reforçadores naturais para o desempenho correto, que estratégia de correção
de erros poderia ser aplicada?
5. Quando poderia ser necessário usar um programa de correção de erros de
múltiplos componentes (tal como o pesquisado por Koop e M artin com
nadadores) para reduzir erros?
6. Considere o sumário para instrução de atletas, a respeito de habilidades a
dominar, apresentado na Figura 7-5. Agora, considere o roteiro do programa
de treinamento implementado por Roger LePage, apresentado na Figura 8-1.
Qual dos roteiros, para instruir atletas a respeito de habilidades a dominar
(da Figura 7-5), foi aplicado por Roger?
7. Considere as orientações para o uso do reforçamento no ensino de novas
habilidades, relacionadas na Figura 7-5. Agora, considere as orientações
sobre o programa de treinamento implementado por Roger LePage,
apresentadas na Figura 8-1. Quais das orientações para uso de reforçamento
para ensinar novas habilidades (da Figura 7-5) foram aplicadas por Roger?
8. Relacione brevemente quatro regras que deveriam ser aplicadas, ná
utilização eficaz de revisões em vídeo, para reduzir erros e melhorar o
desempenho motor de habilidades.
9. Ojrafam ento comportamental que envolve a técnica de congelamento parece
envolver vários princípios comportamentais, incluindo punição, modelação,
comportamento governado por regras e reforçamento positivo. Discorra
sobre como cada um desses princípios pode estar envolvido.
10. Indique uma limitação possível à técnica de congelamento. Discuta,
baseando-se em um exemplo.
146
Capítulo 9
Motivando para os Treinos e para
a Persistência no Treinamento
Ricky sempre chega cedo aos treinos, esforça-se durante os diversos exercícios
de condicionamento físico, ouve o técnico com atenção e treina os fundamentos
básicos por conta própria. De acordo com seu treinador, “Ricky se esforça muito
porque está muito motivado” . Ryan, por outro lado, é o oposto de Ricky.
Frequentemente chega atrasado aos treinos, raramente termina os exercícios de
condicionamento físico, fica brincando quando o técnico está falando e não
parece se esforçar durante os jogos. O técnico de Ryan acha que ele está com
falta de motivação. Como ilustrado por estes exemplos, muitas pessoas
conceituam motivação como uma “coisa” dentro de nós, que causa nossas ações.
147
148
aos participantes, o que pode ser recompensador para muitos atletas: para um
ciclista, pode ser a sensação da velocidade e do movimento, à medida que pedala
num ritmo sempre crescente; ou podem ser as sensações estimulantes de “voar”,
para um jovem que pratica saltos ornamentais. Diversas experiências sensoriais
podem ser reforçadoras para um determinado indivíduo e podem, como resultado,
influir muito para que a pessoa persista na prática do esporte de sua escolha.
A identificação de reforçadores para atletas jovens pode ser mais fácil com o uso
de um questionário respondido por eles no início da temporada, tal como o
questi onário apresentado n a Figura 7 ^ '
É importante também que o técnico esteja ciente de que nem todos os atletas jovens
participam de um esporte em função de reforçadores. Não podemos ignorar o fato de
que alguns jovens participam de um esporte devido à pressão dos pais para que o
façam. E, para alguns'; A ridicularização ou a rejeição por parte dos pares é uma
conseqüência aversiva, da qual a pessoa pode fugir ou se esquivar ao participar de um
esporte. Quando a participação é controlada primariamente por comportamento de
fuga-esquiva, é particularmente importante que o técnico utilize reforçadores, a fim
de motivar esses atletas durante os treinos, para contracontrolar os efeitos colaterais
negativos do controlc avçrslvo^tver Capítulo 2).
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FIG U R A 9.1. Folha de auto monitoramento usada por alguns dos treinadores do
Manitoba Martins Swim Club. Reimpresso com permissão de Martin, LePage
e Koop (1983),
O sistema motivacional que usou tirava partido das interações positivas entre os
pares. Talvez você se lembre que incluía um sistema de pontos e o registro
público desses pontos por estudantes voluntários. Os jogadores podiam ganhar
pontos pelo desempenho nos diversos exercícios do treino e por encorajarem os
companheiros de time. Eram deduzidos pontos caso o técnico Dawson visse um
instante de falta de ânimo ou uma atitude ruim. Além de registrar os pontos em
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Depois de planejar uma estratégia de registro e de gráficos, e depois que ela for
usada em vários treinos para obter medidas atualizadas do desempenho, o
estabelecimento de objetivos deve ser usado para motivar os atletas a melhorar
comportamentos específicos que estão sendo monitorados. Como descrito no
Capítulo 3, os objetivos tiram proveito do comportamento governado por regras
e devem, portanto, seguir as instruções para o uso eficaz de regras.
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Capítulo 10
Reduzindo Comportamentos
Problemáticos
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time apenas porque seu pai sempre o obriga a jogar. Além disso, o pai de Todd
comprou blusões novos para o time. Todo tipo de interações interpessoais, fora
do ambiente esportivo, pode causar comportamentos problemáticos nos atletas, o
que se generaliza para os treinos e jogos. Além disso, ansiedade excessiva,
fobias, habilidades sociais .inadequadas, ausência de habilidades para solucionar
problemas, dificuldades sexuais,, -dependência,de é k m l e drpga£, assim como
outros problçmas epjEr§|iíadQS^.por.^inuiyiQS,. iflàivMu-OS,. , t a i ^ y ^ (^ m ~ ê s 'ta f
presentes em atletas. Apesar de não ser esperado que um consultor em pslcoTogía
do esporte trate de todos esses problemas (a menos que seja um clínico com
treinamento adequado), o consultor deve estar constantemente alerta para a
existência desses problemas e estar sempre pronto a encaminhar os atletas a
outros profissionais que possam ajudar em tais casos.
SnTBiÍBMCO„Iujgr,_Q^„teiuadorêS,TfoPãraram,,uma-lista-de':‘Gomp0rtamentos
Certos e Errados para os Nadadores durante o Treino” (ver Figura 10-1). Numa
reunião da equipe, no início da temporada, cada um dos nadadores recebeu uma
cópia da lista. “M uito bem”, disse o treinador Small. “Vamos examinar a lista. O
primeiro comportamento errado é atrasar a entrada na piscina até que o treinador
tenha que berrar pelo menos três vezes. Todos os que faziam isso pelo menos
uma vez por semana, no ano passado, levantem o braço”. Os nadadores se
entreolharam, sorriram e deram risadinhas. Nenhuma mão se ergueu. “Vamos,
gente, sejamos honestos”, disse o treinador Small. Duas ou três mãos se
ergueram, depois mais duas ou três. Em pouco tempo, todos aderiram e auto-
avaliaram se u sç ompot tamentQsxeizfoa^^rcadQS. D urantoiucnnjão da equipe, os
nadadores concordaram que preferiam muito mais treinar com pessÕãi^~qué
apresentavam uma maioria de comportamentos cefíos."""
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Algumas das coisas que os nadadores fazem durante os treinos não os ajudam melhorar.
Coisas diferentes, que você pode fazer durante os treinos, definitivamente o ajudarão a
melhorar, de forma a nadar de acordo com o melhor de sua capacidade. Fizemos uma
lista dos “comportamentos errados”, que evitarão que vocês se tornem melhores
nadadores, e dos “comportamentos certos” que os ajudarão a se tornar nadadores
melhores, caso vocês os pratiquem. Esperamos que vocês estudem estas listas e que
encorajem os outros a praticarem os “comportamentos certos”.
Comportamentos errados
( c o m p o r t a m e n t o s d e tr e in a m e n to q u e n ã o o a ju d a r ã o a m e lh o r a r e q u e p o d e m in te r fe r ir
c o m o s o u tr o s )
1. Atrasar a entrada na piscina até que o treinador tenha que gritar pelo menos três vezes.
2. Reclamar em voz alta, quando o treinador lhe pede para fazer certos exercícios.
3. Esforçar-se apenas quando o técnico grita com você.
4. Deixar de nadar até a parede e tocã-la em cada virada.
5. Nunca treinar viradas olímpicas.
6. Bater nos companheiros com os óculos de natação.
7. Deixar de nadar tantas piscinas quanto possível, sem que o técnico perceba.
8. Ficar de pé, no final da cada piscina, no nado de costas, de forma que você não
melhore suas viradas.
9. Parar excessivamente para ajustar os óculos ou o traje de banho.
10. Fazer várias perguntas irrelevantes ao técnico para passar o tempo.
11. Agarrar os pés do nadador que está nadando à sua frente,
12. Arrastar-se, puxando as bóias de demarcação da raia.
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V o c ê ê u m B o m M e m b r o d e E q u ip e ? U m T e s te
Leia cada um dos itens abaixo. Coloque um ‘V ” na coluna da direita, ao lado de cada
item em que você se considera como um bom membro de equipe durante quase todo o
tempo. Coloque um “X” ao lado de cada item em que você acha que tem de melhorar.
Após ter avaliado áreas em que você é um bom membro de equipe e áreas nas quais
precisa melhorar, avalie suas companheiras de equipe. Para cada item, coloque um “v'”i
caso suas companheiras geralmente apresentem um bom. desempenho de equipe em
relação a essa característica, e coloque um “X” ao lado de cada item, caso uma ou mais de
suas companheiras tenham de melhorar nessa característica.______________________
aceitar reiiras^t^^R-Hêqiiêneia,s---d&-v.ÍoJacQeS:a:às..-t:egLms^.quaiidaparticipara m He
sua elaboração,. .e . guando 'se comprometeram.. publtcamente a segui-las. Ao
formular regras e consequências para as violações a essas regras, os treinadores
devem ser encorajados a fazer várias perguntas: As regras são razoáveis? Qual a
contribuição de determinadas regras para a eficácia dos treinos? Qual a
contribuição das regras para a instrução individual dos atletas? Há consequências
positivas freqüentes quando as regras são seguidas? As consequências negativas
da violação das regras são justas para os indivíduos envolvidos e para o resto do
time? Se o técnico identificar regras razoáveis, relacionadas a comportamentos
“certos” e “errados” dos atletas; identificar consequências para violações às
regras; obtiver um comprometimento dos atletas em seguir as regras; e monitorar
os comportamentos “certos” e “errados” durante a temporada, terá dado, então,
passos gigantescos em direção à minimização da possibilidade de ocorrência de
comportamentos problemáticos.
167
O segundo passo da treinadora Hume foi planeiar uma estratégia para eme as
l^tiaa.dQras..automQni.tQrasÃem -a ocorrência, de. comportamentos-desejà^Sã;:* Foi
grande para cada patinadora, .cojitendo,.iL.lisXa^ej^llü^e
giros, os elementos da çprep.grafia. da., patinadora, dois gráficos..e instruções
adequadas. A treinadora Hume explicou os quadros às patinadoras: “Em cada
sessão de treinamento, quero que realizem os três primeiros elementos de seu
quadro e, depois, que venham e registrem-nos aqui. Depois, treinem os três
elementos seguintes e venham registrá-los. Continuem assim, até terem treinado
todos os elementos, o que deve levar cerca de 15 minutos. Depois, repassem toda
a rotina, mais uma vez. Depois que todos os elementos forem checados duas
vezes, executem a coreografia e registrem os resultados. Á partir daí, continuem
a treinar aqueles elementos que vocês avaliaram como fracos, quando estavam
executando a coreografia”. Depois de algumas conversas e de uma sessão inicial
para treinamento, as patinadoras começaram a usar os quadros.
Os resultados podem ser vistos na Figura 10-3. Durante as sessões em que os gráficos
estavam sendo usados, as patinadoras fizeram uma média de mais de 100 elementos
por treino e de 2 a 3 minutos de comportamentos alheios à tarefa. Em outras palavras,
melhoraram em aproximadamente 85%, com esse sistema de automonitoramento.
Depois de implementado o sistema, o único tempo adicional exigido da treinadora
foram alguns minutos no final de cada treino, para rever os resultados com as
patinadoras, atualizar seus gráficos e elogiar seus desempenhos.
168
A estratégia básica ilustrada pelo estudo da treinadora Hume (Hume et al., 1985)
é bem fácil de compreender. Se ocorrerem comportamentos problemáticos
durante um treino, os treinadores podem identificar comportamentos alternativos
desejados e acrescentar algum tipo de sistema para saber se tais comportamentos
ocorrem ou não. Hume enfatizou o automoni toramento (discutido mais
detalhadamente no Capítulo 11). Nos estudos descritos por Siedentop, nos quais
os jogadores de basquete podiam ganhar pontos por fazer comentários positivos
(versus comentários negativos) e por habilidades, membros da equipe
monitoravam os comportamentos desejados. Quando há um enfoque claro na
melhora de uma variedade de comportamentos desejados, os comportamentos
problemáticos tendem a ser minimizados.
169
A estratégia de controle da raiva que ela utilizou tinha vários componentes (uma
estratégia semelhante, usada por um jogador de golfe, foi descrita no Capítulo 4).
Em primeiro lugar, identificamos os eventos que, tipicamente, precediam sua
raiva. Quando estava treinando um salto que ainda não dominava bem, no qual
estava trabalhando há algum tempo (pelo menos 3 ou 4 semanas) e no qual sentia
que não estava progredindo, ela começava a pensar negativamente e ficava
zangada consigo mesma. A seguir, desenvolvemos um sistema de pontuação para
170
ajudá-la a monitorar o progresso nesse salto, de forma que pudesse avaliai- com
mais exatidão o pequeno progresso que às vezes era conseguido. O sistema de
pontuação foi igual ao descrito para Jennifer no capítulo anterior (ver Figura 8-
1). Terceiro: se, depois de errar o salto duas ou três vezes, começasse a ficar
zangada, a patinadora concordava em seguir a seguinte estratégia:
171
Capítulo 11
Autocontrole para Treinos de Qualidade
Diferenças adicionais entre esses dois grupos de atletas são discutidas nos Capítulos
12 e 15. Em relação aos treinos, as estratégias acima, seguidas pelo grupo de atletas
de destaque, fornecem uma maneira útil de conceitualizar os detalhes de treinos “de
qualidade, deliberados e concentrados”. Essas estratégias também se encaixam bem a
uma abordagem comportamental do autogerenciamento.
174
175
1. Especifique o Problema
O que é preciso mudar? Como o atleta saberá que o programa foi bem-sucedido? Para
responder a essas questões, você precisa especificar o „problema em termos
quantitativos. Para muitas atividades de treino, em muitos esportes, isso é
relativamente fácil de fazer. Exemplos disso incluem o número de saltos e giros em
um treino de patinação no gelo; paralelas de esquerda no tênis; bolas altas agarradas
no futebol americano; bolas rasteiras devolvidas sem erro no beisebol; lances livres
convertidos no basquete; chutes no canto esquerdo do gol de uma distância de 9
metros, no futebol. Em contraste, outros objetivos de auto-aprimoramento são mais
difíceis de medir. Estes incluiriam coisas como “esforçar-se muito”, “manter uma
atitude positiva”, ou “demonstrar mais firmeza mental”, Magger (1972) refere-se a
essas abstrações vagas como “imprecisões”. Uma imprecisão é um ponto de partida
aceitável para identificar um problema de autocontrole. No entanto, você precisa,
para isso, “desimprecisar” a abstração, identificando o comportamento que faria com
que você e o. atleta^cQHCOiriassem qi]e...a.-ohjet:i vo foj atingido;- Magger estabeleceu
uma série de passos úteis para o processo de “desimprecisamento”. Estes incluíam:
a) Escreva o objetivo;
b) Faça uma lista das coisas que o atleta deve dizer ou fazer, que indiquem
claramente que o objetivo foi atingido, Isto é, o que pode ser tomado como
evidência de que o objetivo foi atingido?
c) Em uma série de pessoas com o mesmo objetivo, como o atleta decidiria se
atingiu ou não o objetivo?
Como descrito no Capítulo 3, o com prom etim ento com a m udança se referg^a
afirmações ou ações de um atleta, que indicam que Jí importante melhorar numa
determinada área, que se empenhará em íaze-lo e que reconhece os benefícios de
fazêlo. Em áreas problemáticas f i a i s ' cdmo^õõmêp "fumar, éstúclar ou namorar,
pessoas bem-sucedidas no autocontrole tinham tanto um comprometimento mais
forte com a mudança, como também usavam mais técnicas de mudança de
comportamento do que pessoas mal-sucedidas no autocontrole (Watson e Tharp,
1997), Provavelmente, também é verdadeiro, para atletas, que tanto um
comprometimento com a mudança, quanto o conhecimento de técnicas de mudança
são importantes para a realização bem-sucedida de projetos de automodificação.
Os atletas podem ser encorajados a tomar várias medidas para manter forte o seu
comprometimento, Em primeiro lugar, poderiam comunicar seu comprometimento
com a mudança a amigos, treinadores e/ou outros atletas. ^Assumir-um-eompromisso
plU íJjcQ .aum en^,as^aiícês*3e^cêSStr^íayes et ai., 1985). Segundo: poderiam
organizar seu ambiente para quertorneeesse lembretes frequentes-dos-objetivos de
treinamento, Poderiam escrever seus objetivos em cartões e colocá-los em locais
176
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
Instruções. usadaa^GQm^uçgs^^ de
projetos j q p m a i s . . . at son e Tharp, 1997). Para ilustrar
uma abordagem de auto-instrução, considere o problema com que se deparou um
jovem jogador profissional de hóquei, em sua primeira temporada de teste para a
liga principal. Durante o primeiro treino, o jogador estava extremamente
nervoso. Com freqüência, tinha pensamentos negativos, como: “Esses caras são
apavorantes” ; “O que estou fazendo aqui?”; “Nunca vou ficar nesse time”.
Durante o primeiro treino, o jogador teve um desempenho consideravelmente
inferior ao seu potencial. Antes do segundo treino da temporada de teste, fizemos
uma sessão de modelação e role-play, para ajudar o jogador a aprender
autoconversação positiva, a fim de contracontrolar seus pensamentos negativos.
Logo antes do treino, ele foi ensinado a dizer a si mesmo: “O fato de eu estar
nervoso não significa que vou fracassar — estar nervoso é apenas uma forma de
me preparar para estar alerta e fazer o melhor possível”. A seguir, usou auto-
instruções, durante o treino, para melhor se concentrar em seus pontos fortes.
Logo antes dos diversos exercícios, ele dizia a si mesmo coisas como: “Tenho
ótima velocidade, manejo bem o disco, tenho boas mãos e um slapshot firme e
preciso; vou aproveitar isso ao máximo”. “Jogo bem na minha posição, tenho
boa visão do gelo e planejo bem a jogada”. “Vou terminar minhas marcações,
jogar agressivamente e me esforçar em cada s h i f t Finalmente, o jogador foi
instruído a fazer afirmações auto-reforçadoras, logo após um bom shift ou após
um bom desempenho num exercício (p, ex.: “Grande! Continue assim”). No
terceiro treino da temporada de teste, o jogador estava relaxado e jogando bem.
178
Ao menos duas ou três vezes por semana, use este formulário de pontuação para avaliar
seus hábitos de treinamento, Seja totalmente honesto consigo mesmo. Não se atribua
pontos altos, a menos que ache que tem direito a eles. Use seus pontos para se motivar a
treinar para ser o melhor possível.
DATAS -»
1. Deliberadamente, comecei o
treino de bom humor.
2. Fiz tudo o que meu técnico
pediu no plano cie
treinamento.
3. Na trave, me esforcei para
acertar tudo.
4. Fiquei satisfeita com meu
desempenho na trave.
5. No cavalo, me esforcei para
acertar cada tentativa.
6. Fiquei satisfeita com meu
desempenho no cavalo.
7. Esforcei-me para fazer tudo
certo nas barras assimétricas.
8. Fiquei satisfeita com meu
desempenho nas barras
assimétricas.
9. Esforcei-me por fazer tudo
certo no solo.
10. Fiquei satisfeita com meu
desempenho no solo
11. Pelo menos uma vez durante o
treino, fiz uma simulação séria
de cada uma de minhas rotinas.
179
180
fique mais alerta de manhã e no começo da tarde. Apesar disso, essa pessoa,
tipicamente, passa esses momentos tomando café e interagindo socialmente com
amigos, deixando tanto o treino de golfe como os estudos para o final da tarde e
a noite, quando está menos alerta e menos concentrado. O autocontrole eficaz do
melhor desempenho nos treinos e nos estudos, para esse indivíduo, poderia ser
conseguido transferindo-se os treinos e os estudos para as manhãs e início das
tardes e a interação social para as noites,
182
183
184
* Reforços materiais só devem ser usados quando conseqüências naturais, decorrentes da própria
atividade, ou sociais não forem suficientes.
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' Capítulo 12
Planeje as Condições para que o
Desempenho dos Treinos seja Transferido
para as Competições
Há um velho ditado que diz: “A prática leva à perfeição.” Mas esse ditado é
enganador. Uma expressão melhor é: “A prática (treino), sob condições que sejam
semelhantes às das competições, ajuda a levar à perfeição”. Os atletas e treinadores
precisam compreender perfeitamente as diferentes implicações dessas duas
expressões. Para ilustrar, considere o esporte do golfe. Quando está treinando, é
típico que o golfista bata várias bolas, em rápida seqüência, com um determinado
taco. Depois de algum tempo, o mesmo golfista trocará de taco e baterá mais bolas,
em rápida seqüência. Dessa maneira, o golfista treina com vários tacos diferentes.
Mas, o que acontece no jogo de golfe? O golfista bate bolas em seqüência rápida?
É claro que não! Há um tempo considerável entre as jogadas. No jogo, o golfista
talvez use cerca de quatro tacos de tipos diferentes, em seqüência. Mas é muito
mais fácil fazer uma jogada com determinado taco, caso você tenha acabado de
usá-lo para fazer cinco ou seis jogadas seguidas, a partir desse mesmo ponto, do
que fazer uma jogada com determinado taco que você não usa há vários buracos,
sendo que há alguns minutos você não faz qualquer jogada, porque esteve
caminhando até a bola. Colocado de outra maneira, caso o golfista queira
maximizar a probabilidade de jogar bem num campo, deve devotar uma parte do
treino a condições semelhantes às do campo, incluindo alternar os tacos a cada
jogada, como aconteceria durante uma típica rodada de golfe.
Os treinadores e os atletas devem ter sempre em mente duas questões: (a) Nos
treinos, serão aprendidas habilidades específicas? e (b) Nas competições, as
habilidades aprendidas anterior mente serão efetivamente transferidas? Para
aumentar a probabilidade de uma resposta afirmativa à segunda questão, os
atletas devem devotar algum tempo a treinar sob condições que sejam similares
àquelas existentes durante as competições.
189
190
O com portam ento dc outros atletas. Durante os treinos com o Artilheiro A, o meio-
campista e o hall holcler ficam à vontade e muitas vezes brincam entre si. Antes e
depois de cada chute, batem papo sobre suas aulas, suas namoradas etc. Quando o
Artilheiro B entra em campo para treinar um chute, os jogadores da defesa (usando
uniformes que têm a mesma cor dos usados pelos adversários) berram e vaiam o
artilheiro, dizendo-lhe que vai errar. Quando a bola parte, atacam a linha ofensiva e o
artilheiro, com os braços paia cima, fazendo essencialmente o que os adversários
fariam. Essa rotina é repetida várias vezes, a cada treino, durante toda a semana,
191
Uma das formas de simular a excitação que o atleta pode sentir numa competição
repleta de pressões é criar situações de pressão durante os treinos. Considere, por
\ exemplo, um golfista que se prepara para um jogo importante. Uma das rotinas
utilizadas por alguns golfistas, em tal situação, é o “exercício do putt com dinheiro”.
Primeiro, o golfista escolhe um buraco no campo de treinamento e coloca quatro
moedas ao redor do mesmo, cada uma a cerca de 1,30 m do buraco. Depois, usando
uma bola, o golfista finge que cada moeda é uma marcação. O golfista deve fazer o
putt a partir de cada uma das moedas. Para cada putt que é feito, o golfista guarda
essa moeda. Mas, a cada putt que errar, o golfista deve deixar a moeda no campo
(para a pessoa de sorte que vier treinar a seguir). Para aumentar a pressão, o golfista
pode usar notas de valores mais altos, dependendo de sua condição financeira,
Suponha que o atleta execute uma habilidade cinco vezes em seguida. Depois
das quatro primeiras vezes, as deixas proprioceptivas ou “memória muscular”
estão bem recentes para a quinta tentativa. Suponha, agora, que o atleta aguarde
aproximadamente 30 minutos e depois tente executar essa mesma habilidade.
Obviamente, as chances de executar essa habilidade, depois de 30 minutos
sentado na lateral do campo, são menores do que as chances de executar a quinta
tentativa corretamente (imediatamente após as quatro tentativas anteriores). As
192
Qual dos dois jogadores tem maior probabilidade de marcar gols cruciais durante
a final? Obviamente, as condições de treinamento favorecem o Artilheiro B .
Analisar as diferentes categorias de estímulos que têm probabilidade de estar
presentes numa competição e simulá-las em falsas competições aumenta muito a
probabilidade da generalização de estímulo dos treinos para as competições.
193
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Uma das maneiras de programar estímulos comuns é fazer com que o atleta tenha
uma consistente rotina pré-competição (discutida mais detalhadamente no Capítulo
14), que possa ser ensaiada nos treinos e usada nas competições. Isso pode ser
especialmente benéfico nos esportes em que o ritmo da habilidade está sob controle
do atleta, como nos saltos ornamentais, na ginástica, na patinação artística e no golfe.
Os golfistas profissionais, por exemplo, têm uma rotina para antes das jogadas mais
consistente do que a dos amadores com handicap baixo, assim como amadores com
handicap baixo têm uma rotina pré-jogada mais consistente do que os de handicap
alto (Cohn, Rotella e Lloyd, 1990; Crews e Boutcher, 1986).
194
Caso você queira diminuir o ritmo de seu backswing, imagine que está atrás de
uma porta de vaivém. Quando você está fazendo o backswing, a porta vem em sua
direção, seguindo o taco. Antes de iniciar o downswing, você terá que esperar que
a porta comece a ir para a direção contrária. Se você iniciar o downswing muito
cedo, seu taco baterá na porta, antes que ela saia do caminho. O movimento
pendular da porta, parando e depois voltando, força você a fazer uma breve pausa
no topo e esperar que a porta volte para além da bola.
196
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Capítulo 13
Desenvolvendo e Mantendo a Confiança e
a Concentração
, Não há dúvida de que atletas que estão no auge sentem muita confiança e têm
excelente concentração. E os atletas que não estão jogando bem perdem esses
sentimentos confiantes e se distraem facilmente. Quais os componentes críticos
da confiança e da concentração? Se'um atleta está tendo um desempenho fraco,
como pode reconquistar os sentimentos de confiança e as habilidades de
concentração associadas ao jogar bem? Esses são os tópicos deste capítulo.
Confiança
Sem dúvida você já ouviu os seguintês tipòs de afirmações feitos em relação á
alguns atletas:
“Charlie está jogando com muita confiança ”.
“Nunca vi Lisa jogar tão bem. Ela parecia muito confiante-
durante todo o jogo ”,
“Antes da competição começar; eu já sabia que Derek não'ia se
sair bem. Ele não parecia estar confiante”.
“Nicole patinou bem até cair no salto triplo. Depois disso, ela se
perdeu, acho que perdeu a confiança ”.
197
Componentes da Confiança
( í j E s ta r física e tecnicam ente p rep a ra d o . Por muitos anos, tenho observado um
grande número de patinadores artísticos em treinos e competições. Durante as
duas ou três semanas que antecedem as competições, os patinadores,
tipicamente, fazem um treino ininterrupto completo de uma de suas coreografias,
em cada treino. Os patinadores que patinam um a coreografia completa perfeita
(executando sem erros todos os saltos e giros) nos treinos são descritos
tipicamente como confiantes, logo antes de suas apresentações numa
competição. Os patinadores que têm dificuldade em executar certos elementos
durante a coreografia completa, nos treinos, geralmente são descritos como
demonstrando falta de confiança logo antes das competições. Estudos de
pesquisa nos saltos ornamentais e na ginástica também indicam que a perfeição
no desempenho está relacionada à confiança elevada. (McAuley, 1985). Em
, { todos os esportes, a demonstração repetida de domínio de habilidades esportivas,
I j antes de uma competição, está relacionada com expressões de confiança em ser
j1 capaz de executar essas habilidades na competição.
198
irreais ou grandiosos, tais como conseguir a melhor pontuação até então, ganhar
de um adversário que tem um handicap muito mais baixo ou ganhar o torneio,
embora nunca tenham ganhado até então. Os golfistas confiantes, por outro lado,
concentram-se tipicamente em objetivos realísticos, longo antes de um torneio
importante, tais como melhorar sua média atual de jogadas ou atingir seu
handicap menos um ou alcançar uma pontuação realística. Embora os golfistas
confiantes também possam ter objetivos grandiosos (como vencer um torneio),
estes não são enfatizados logo antes de começar. Segundo: durante o jogo, os
golfistas que não são confiantes têm uma tendência a se manter concentrados em
resultados irreais (como fazer a melhor pontuação até então). Os golfistas
confiantes, por outro lado, concentram-se mais em uma jogada por vez,
mantendo sua rotina e aproveitando o jogo, Como colocou um importante
profissional da PGA(Í): “Não se pode atingir 66 no primeiro tee. No primeiro
‘te e \ basta entrar e colocar a bola em jogo” (McCaffrey e Orliclc, 1989, p.260).
199
200
* N. da T.: Auxiliar que carrega os tacos e outros materiais do golfista durante o jogo.
201
202
Concentração
Uma análise comportamcntal das atividades frequentemente discutidas sob o
tópico geral da concentração sugere que dois processos comportamentais
distintos estão envolvidos. Em primeiro lugar, a concentração inclui
^com portam ento que pode ser chamado de observacional,-de orientação ou de
concentração — comportamento que coloca o indivíduo em contato com SDs
relevantes para futuras respostas. O comportamento de orientação pode incluir
virar a cabeça para localizar a origem de um som, focar os olhos em objetos do
meio ambiente ou mover as mãos sobre uma superfície para detectar deixas
táteis. O comportamento de orientação também pode incluir a atenção seletiva a
uma entre diversas deixas, como quando, no futebol, americano, um recebedor
“escuta” os números gritados pelo zagueiro (logo antes de a bola ser lançada) e,
seletivamente, “desliga” , o barulho da torcida. „0 segundo aspecto da
concentração refere-se à extensão em que determinadas deixas exercem controle
203
204
No restar^.d£Síe.,,xapítülQ,,,,,press.Up.QJ:em ..se
concentrar nas deixas adequadas e que essas deixas exerc^
estímulo adequadojsobre o seu desempenho nos treinos. Em outras palavras,
f ’: po3erTámos dizer que os atletas apresentam boa concentração durante os treinos.
/ A questão passa a ser, então, a seguinte: esses atletas são capazes de apresentar
f boa concentração durante as competições?
205
Outra estratégia para minimizar os efeitos das distrações é que o atleta tenha um
plano de competição bem treinado para seguir no dia da competição. Esta
estratégia é discutida mais detalhadamente no próximo capítulo.
206
ambiente esportivo. Uma ou duas dessas deixas podem ser palavras-chave, como
descrito no Capítulo 5. Mas, na maior parte, a habilidade esportiva deve ocorrer
naturalmente, sem um excesso de pensamentos durante a execução, O excesso de
análise da mecânica corporal, logo antes de ou durante um desempenho
qualificado, pode interferir com a execução natural desse desempenho.
207
Outra estratégia para ajudar o atleta a se concentrar nas deixas relevantes, logo
antes e durante o desempenho de uma habilidade, é ter uma rotina pré-execução
bem treinada (discutida melhor no próximo capítulo). Como indicado
anteriormente, por exemplo, os golfistas profissionais têm uma rotina pré-jogada
mais consistente do que os amadores de handicap baixo, e amadores de handicap
baixo têm uma rotina pré-jogada mais consistente do que os de handicap alto
(Cohn et al., 1990; Crews e Boutcher, 1986). Quando um golfista profissional
começa sua rotina pré-jogada, está executando, essencialmente, uma cadeia
comportamental bem treinada. E, uma vez iniciada a cadeia comportamental,
deixas relevantes na cadeia evocam o comportamento adequado. O resultado
final é que o golfista é capaz de se concentrar no “aqui-e-agora”, em vez de
pensar muito adiante.
disso incluiriam: “Aquilo foi outra história, esqueça”. “Pessoas inteligentes não se
preocupam com coisas do passado e que não podem ser mudadas, e eu sou uma
v, pessoa inteligente” . “O resto do meu jogo começa agora” . O esportista pode, então,
i usar a autoconversaçao para se concentrar nas deixas que deveriam controlar o
• Vdesempenho qualificado (como descrito no Capítulo 5).
209
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14. Descreva dois exemplos que ilustrem o valor das categorias de controle de
atenção de Nideffer para analisar problemas de concentração.
15. Descreva brevemente duas estratégias para ajudar atletas a se orientarem
para deixas adequadas.
16. Usando um exemplo que não esteja no livro, ilustre uma solução para o
problema de um esportista que se distrai facilmente durante uma competição.
17. Usando um exemplo que não esteja no livro, ilustre uma solução para o
problema de um atleta que tem dificuldade de se concentrar por ser
excessivamente nervoso durante as competições.
18. Usando um exemplo que não esteja no livro, ilustre uma solução para o
problema de um esportista que tem “paralisia por análise”.
19. Usando um exemplo que não esteja no livro, ilustre uma solução para o
problema de um atleta que, com frequência, perde a concentração durante
uma competição, por ficar excessivamente zangado.
20. Usando um exemplo que não esteja no livro, ilustre uma solução para o
problema de um esportista que perde a concentração, durante uma
competição, por pensar muito adiante.
21. Usando um exemplo que não esteja no livro, ilustre uma solução para o
problema de um atleta que tem dificuldade de se concentrar, durante uma
competição, porque se preocupa com eventos passados.
210
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Capítulo 14
Preparando e Seguindo um Plano de
Competição
Em grande parte, as estratégias que devem ser usadas num plano de competição já
foram discutidas em capítulos anteriores — coisas como utilizar adequadamente as
imagens mentais, usar autoconversação positiva e seguir estratégias para manter a
confiança e a concentração. Uma coisa, porém, é ter um conhecimento geral dessas
estratégias e outra é incorporá-las num plano escrito cuidadosamente elaborado, a ser
seguido numa determinada competição. Neste capítulo, numerosos exemplos são
apresentados para ajudar os atletas a desenvolver, usar e refinar planos de competição
detalhados, em diferentes esportes.
211
Depois de preparado o plano para o dia do jogo, ele deve ser revisto com o atleta
para assegurar que este pode responder “sim” às seguintes perguntas:
- O plano inclui uma rotina para o despertar, para iniciar o dia com bom humor
e disposição de espírito positiva?
212
Muitos atletas de categoria mundial atribuem uma parte de seu sucesso à sua
capacidade de usar o ensaio mental - ser capaz de se imaginar executando as
habilidades de seu esporte. Jack Nicklaus, por exemplo, afirmou que faz um ensaio
mental de cada jogada durante toda a rodada. Ele sugeriu que seu sucesso, em
qualquer jogada no golfe, depende 10% da técnica, 40% da preparação e 50% do
ensaio mental da forma correta da jogada - isto é, ser capaz de se imaginar executando
o swing necessário para produzir a tacada que terá os resultados que ele deseja. Mas,
para que o ensaio mental funcione em seu favor, tem que ser praticado
consistentemente e de acordo com certas instruções. Para usar o ensaio mental, siga os
passos abaixo, antes de ir para o rinque no dia do jogo.
213
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L em bre-se:
V ocê pode usar seus pensam entos e em oções
para m elh o rar seu desem penho
ou pode d eix ar pensam entos e em oções negativos
in terferir em suas habilidades -
esco lh a é sua.
___________________________________ * _________________________________
F IG U R A 14.1. F o rm u lá rio p a ra a ju d a r n a p rep aração m ental de jo g a d o re s <
hó q u ei no gelo, no d ia d o jo g o , an tes d e ire m p a ra o rinque.
214
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N a d a d o r e s ; U s e m e s te f o r m u l á r i o p a r a r e c o r d a r s e u m e lh o r e s e u p i o r r e s u lta d o n u m a
c o m p e tiç ã o r e c e n te (o u c o m p e tiç õ e s ) . S e v o c ê s e s c o lh e r e m d u a s c o m p e tiç õ e s d ife r e n te s ,
s u p õ e - s e q u e v o c ê s e s ta v a m ig u a lm e n te p r e p a r a d o s , a q u e c id o s , d e p ila d o s , etc . n a s
d u a s c o m p e tiç õ e s . E m o u tr a s p a la v r a s , o o b je tiv o é c o n c e n tr a r - s e e m f a t o r e s m e n ta is
q u e p o d e r i a m te r tid o in flu ê n c ia n o f a t o d e v o c ê s n a d a r e m m u ito b e m ví. m u ito m a l.
Uma revisão de seu melhor e de seu pior resultado em competições recentes.
Nome da Competição Nome da Competição
Data; Data:
Melhor resultado: Melhor resultado:
216
217
- Ir até área
- Voltar ao rinque - Ensaiar aquecimento
- Centralizar Fazer m ini- (não vestiário)
programa,
várias vezes caminhando; aquecimento fora - Sentardescansar
e
- Ensaiar auto- concen-trar-se em cio- gelo - "Desligar-se” da
2 - patinadora convcrsação uma passo por saltar
- Banheiro, se - alongar patinação (com
necessário vez e sentir-se - subir w alkm an ?)
- Concentrar-se executando tudo degraus - (Conversar com
no lc elemento corretamente o técnico sobre
outros
assuntos?)
- Voltar rinque - Ensaiar pro
- Centralizare grama, - Fazer m ini-
várias vezes caminhando; aquccimcnto
- Ensaiar auto- concentrar-se em fora do gelo
3- patinadora conversação uma passo por - saltar
- Banheiro, se vez e sentir-se - alongar
necessário executando tudo - subir
- Concentrar-se no corretamente degraus
1- elemento
- V oltar rinque
- Centralizar várias - Ensaiar
programa,
vezes caminhando;
- Ensaiar auto- concentrar-se em
p a tin a d o ra conversação uma passo por
- Banheiro, se vez e sentir-se
necessário
- Concentrar-se no executando
corretamente
tudo
l fi elemento
- V oltar rinque
- Centralizar
várias vezes
- Ensaiae auto-
5a patinadora conversação
- Banheiro, se
necessário
- Concentrar-se no
1- elemento
6- patinadora
FIG U R A 14.3. Questionário para ajudar patinadoras artísticas a refinar um
plano pré-competição, para antes de apresentar seu programa nas
competições.
219
220
221
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Danca: Nome:
Duração aproximada da dança: minutos
Passos Feito?
1. Desenhe o croqui da dança numa planta da superfície típica de um rinque de
patinação. Duplique, de forma que cada parceiro tenha uma cópia.
2. Faça uma lista dos elementos difíceis dessa dança, na sequência em que
ocorrem. Use números para identificar os elementos difíceis à medida que
ocorrem e coloque os números no croqui. Depois, relacione-os num papel
separado e numere-os.
3, Para cada elemento que seja difícil para você, identifique (cada parceiro deve
fazer isto separadamente):
a) onde (no elemento) você geralmente tem problemas; -
b) o que você tem de fazer para superar o problema;
c) que palavra(s)-chavc você pode usar para ajudá-lo a se concentrar no que
precisa fazer.
4. Compare sua lista de dificuldades com a de seu parceiro. Reveja as palavras-
chave de seu parceiro e troquem sugestões. Além disso, caso um elemento seja
difícil para você, mas não para seu parceiro, talvez cie possa lhe dar deixas para
ajudá-la a executar esse elemento, quando estiverem patinando.
5. Reveja seu croqui mais uma vez e acrescente palavras-chave que possam ser
necessárias para ajudá-la com o posicionamento sobre o gelo.
6. Reveja seu croqui mais uma vez e acrescente palavras-chave que você acha que
podem ser necessárias para ajudá-la com:
a) ritmo (p. ex.: “tempo e espere” vs. “rápido, rápido”
b) expressão e linguagem corporal (p. ex.: “romântico” vs. “feroz”)
c) fluxo (p. ex.: “suave” vs. “animado”)
d) forma (p. ex.: “pose” vs. “queda de corpo”)
7. Mais uma vez, discuta todas as suas palavras-chave com seu parceiro e façam
modificações onde necessárias. Além disso, lembre-se do problema da “paralisia
pela análise”. Você precisa de algumas palavras-chave e de um pouco de
auloconversação, mas não exagere. Use apenas o número suficiente de palavras-
chave para se manter concentrada durante toda a dança.
8. Reveja suas palavras-chave com seu treinador e faça modificações, quando
adequado.'
9. Memorize suas palavras-chave.
10. Execute seu programa com seu parceiro, fora do gelo, ao menos 3 vezes por
dia, por 3 dias seguidos, de maneira que:
a) vocês executem seu programa com a música;
b) os dois digam as palavras-chave em voz alta;
c) os dois tornem a simulação tão realística quanto possível, em termos de prestar
atenção à posição e em apresentar-se com estilo e graça.
11. Em cada treino, use suas palavras-chave e sua autoconversação e, a cada vez
que executar toda a dança, tente fazê-lo de acordo com o melhor de sua
capacidade.
FIG U R A 14,5. Lista de verificação para ajudar dançarinos do gelo a preparar
um plano de concentração para a competição.
223
Deve ter ficado claro, através dos exemplos acima, que um componente
importante do plano de concentração pré-competição consiste no planejamento
do conteúdo dos pensamentos. E, embora sejam necessárias mais pesquisas
sobre o assunto, há evidências de que o planejamento do conteúdo dos
pensamentos pode melhorar o desempenho no remo (Rushall, 1984), na natação
(Rushall e Shewchuk, 1989), no esqui cross-country (Rushall, Hall, Roux,
Sasseville e Rushall, 1988), no basquete (Hamilton e Fiemouw, 1985), no tênis
(Landin e MacDonald, 1990; Zeigler, 1987) e na patinação artística (Ming e
Martin, 1996). A autoconversação tem probabilidade de ser especialmente útil
em ajudar o atleta a mobilizar sua energia e seus recursos durante as partes mais
exigentes de uma competição. Se esse resultado é atingido, o atleta tem uma boa
chance de conseguir um desempenho máximo (desempenho máximo é discutido
mais detalhadamente no próximo capítulo).
224
Para reagrupar:
Para me reconcentrar:
FIG U R A 14.6. Formulário para ajudar jogadores de hóquei no gelo com uma
estratégia para se concentrar na competição, entre os shifts.
225
226
Implementando os Planos
As habilidades mentais são como as habilidades físicas; para ser eficazes, têm
que ser treinadas. Depois de ter desenvolvido os vários componentes de seu
plano de competição, o plano inteiro deve ser praticado em simulações de
competições. Além disso, antes de usar seu plano em competições importantes,
você deve testá-lo e refiná-lo em competições menos importantes. Em meu
trabalho com jovens patinadoras artísticas da província canadense de Manitoba,
por exemplo, as patinadoras competem em campeonatos de nível regional,
provincial, de divisão e nacional. Sua competição mais importante é o
Campeonato Canadense e apenas algumas poucas de nossas jovens patinadoras
chegam a esse nível, a cada ano. As que participam vivenciam o alvoroço de um
campeonato nacional e encontram outras competidoras e treinadores que falam
francês. Observam rotinas diferentes no vestiário, durante o alongamento,
durante os aquecimentos e logo antes de competir. Mas, apenas porque é
diferente, não significa que é melhor. Nossas patinadoras são capazes de dizer a
si mesmas: “Minhas rotinas foram bem A preparação mental se compõe daquilo
que você diz a si mesmo, daquilo em que você se concentra, do que você sente e
do que você se visualiza fazendo. Logo antes de um jogo, entre os shifts e entre
os tempos, seus pensamentos podem ajudá-lo a se manter concentrado. Reveja as
auto-afirmações abaixo e escolha algumas com as quais você se sinta confortável
e que o façam se sentir pronto e ansioso por jogar. Anote-as na coluna adequada
e reveja-as logo antes do jogo e entre os tempos.
227
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228
Avaliações Pós-Competição
Num estudo com 235 atletas olímpicos canadenses, Orlick e Partington (1988)
descobriram que os melhores atletas haviam desenvolvido uma estratégia para avaliar
sua abordagem mental, depois de cada competição, e usavam essas informações para
refinai' continuamente a sua preparação mental para as competições futuras. Orück
(1986b) descreveu um formulário de avaliação de competições que pode ser usado
por atletas de qualquer esporte. Minha própria experiência sugere que esses
formulários são mais úteis aos atletas quando são específicos para um esporte. Além
disso, as verificações pós-competição devem capacitar o esportista para auto-avaliar
seu desempenho esportivo, assim como seu desempenho mental e sua prontidão. Um
exemplo de uma lista de auto-avaliação pós-jogo, usada por um jogador profissional
de hóquei (jogador da defesa), é apresentado na Figura 14-9. Um exemplo de lista de
verificação pós-jogo, usada com participantes de um time feminino de hóquei na
grama, é apresentado na Figura 14-10. Um exemplo de lista de verificação pós-
competição é apresentada na Figura 14-11,
Com que freqüência o plano total de competição deve ser treinado, até que comece a
ajudar o atleta a ter um desempenho consistentemente compatível com seu potencial,
durante competições importantes? Até o momento, não foram realizadas pesquisas
formais para responder a essa questão. Baseado em sua experiência como consultor,
Orlick sugeriu que são necessários de um a três anos de treinos consistentes em
habilidades mentais e uso de planos de competição, por atletas altamente empenhados,
até chegar ao ponto em que seus planos psicológicos estejam refinados o bastante para
afetar consistentemente o desempenho (Orlick, 1986b, 1989). Embora esse seja um
padrão razoável a ser apresentado aos atletas, precisamos ter em mente que o progresso
em beneficiar-se do uso de um plano de competição dependerá da extensão em que o
treinamento mental for incorporado aos treinos regulares, da extensão em que os planos
229
230
H ó q u e i n a G r a m a - E s ta b e le c im e n to d e O b je tiv o s p a r a Jo g o s e A u to -
A v a lia ç ã o a p ó s Jo g o s
O formulário abaixo pode ser usado para ajudá-la a estabelecer objetivos para sua
preparação mental para os jogos e para a auto-avaliação depois dos jogos.
E s ta b e le c im e n to d e O b je tiv o s p a r a P r e p a r a ç ã o M e n ta l p a r a os Jo g o s
Na noite anterior ao jogo ou pelo menos algumas horas antes de um jogo, use
o formulário abaixo para estabelecer objetivos sobre como você quer estar
em termos de manter um nível de intensidade, manter uma atitude positiva e
se comunicar eficientem ente durante todo o jogo. Pense em como você fará
para atingir todos os objetivos. Converse sobre eles com suas companheiras.
A u to -A v a lia ç ã o a p ó s os J o g o s
Dentro de uma hora depois de cada jogo, use o formulário abaixo para auto-
aval iar seu desempenho mental durante o jogo. Discuta sua auto-avaliação com o
treinador e identifique áreas para melhora. Identifique também as coisas que você
fez bem. Dar-se um tapinha nas costas pelas coisas bem feitas também é
importante, independentemente de o jogo ter sido ganho ou perdido.
R esu m o G e ra l
231
H ó q u e i n a G r a m a - P r e p a r a ç ã o M e n ta l p a r a Jo g o s e A v a lia ç ã o P ó s -J o g o
Antes de cada jogo, circunde os mi meros que você quer atingir em cada item.
Depois de cada jogo, coloque um “X “ num numero que se aplique a você, em
cada item, durante o jogo.
Adversário: Data:
P O S IT IV O | E x c e le n te N e u tr o P é s s im o N E G A T IV O
+3 +2 +1 0 -1 -2 -3
A . M a n u te n ç ã o d o N ív e l d e I n t e n s id a d e ( M a io r ia d o T im e )
] . Estava relaxada, solta. 3 2 1 0 1 2 3 1. Estava nervosa, tensa.
2. Estava fisicamente animada,
2. Estava cansada, distraída,
mentalmente alerta, pronta 3 2 1 0 1 2 3
arrastando-se.
para jogar, muita animação,
3. Jogo agressivo e
3 2 1 0 1 2 3 3. Estava intimidada, submissa.
determinado.
B . M a n u te n ç ã o d e A titu d e P o s itiv a
4. Expressou pensamentos
4. Expressou pensamentos negativos derrotistas
positivos(“Podemos 7 9 (“Jamais ganharemos
ganhar”. “Vamos dar o
9& 11 0 1 J
delas”. “De que adianta?”
melhor até o apito final”.). “Vamos acabar logo com
isto”.).
5. Mostrou reações rápidas ao 5. Ficou zangada ou abatida
perder a bola, ser vencida depois dc ser vencida ou
ou perceber um erro do 3 2 1 0 1 2 3 fazer uma jogada ruim.
juiz. Voltou ao jogo Demonstrou lapsos
imediatamente. mentais temporários.
6. Apresentou boas a 6. Não apresentou boas
habilidades e táticas.
a £
9 i
1 0 1 9
habilidades e táticas,
C . C o m u n ic a ç ã o E f ic ie n te
7. Foi encorajadora com as
7. Estava quieta ou
companheiras de equipe
desencorajando as
(p.ex.: “Vamos lá!”, “Olha 3 2 1 0 1 2 3
companheiras (p. ex.; “De
a garra!” “Tudo bem,
que adianta?”).
vamos buscar”.).
8. Comunicou-se taticamente
com as companheiras (p,
3 2 1 0 1 2 3 taticamente com as
ex.: “Estou com ela. Leve
companheiras.
a outra para a frente”,),
9. Elogiou o bom
9. Não elogiou o bom
desempenho das
3 2 1 0 1 2 3 desempenho das
companheiras (p.ex,: “Boa
companheiras.
marca ação, é isso aí
FIG U R A 14.10. Estabelecimento de objetivos e avaliação pós-jogo para
hóquei na grama.
232
A V A L IA Ç Ã O D O M E U P L A N O E M O C I O N A L A P Ó S A C O M P E T IÇ Ã O
Nom e:___________________________
Data: - _________ „ Local:_______________________
233
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
234
6. D u ra n te a su a ap resen tação :
Você tin h a estratég ias específicas (ou u m plano) Você os Avalie os
p a ra : Usou? R esultados
Sentir-se positiva e relaxada
enquanto esperava que a música SIM NÃO SIM NÃO 1 2 3 4 5
começasse?
Concentrar-se em cacla elemento? SIM NÃO SIM NÃO 1 2 3 4 5
Manter-se confiante? SIM NÃO SIM NÃO 1 2 3 4 5
Pensar positivamente? SIM NÃO SIM NÃO 1 2 3 4 5
Vender a sua apresentação
SIM NÃO SIM NÃO 1 2 3 4 .5
artística?
M anter-se animada? SIM NÃO SIM NÃO 1 2 3 4 5
Reconcentrar-se clepois de uma
SIM NÃO SIM NÃO 1 2 3 4 5
falha?
Ter prazer com a experiência? SIM NÃO SIM NÃO 1 2 3 4 5
8. H á algo em seu plano psicológico que você precisa a lte ra r ou m elh o rar p a ra
a p ró x im a com petição?
235
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
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236
Capítulo 15
Características do Desempenho Máximo
237
INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
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“Meu melhor desempenho foi quando parecia que minha mente e meu
corpo estavam em perfeita união, Não havia distrações. Eu estava
energizada” (ginasta, em Jackson e Roberts, 1992, p,167).
“Eu estava confiante, mas não pensava realmente em ganhar ou perder -
estava totalmente envolvida no que estava fazendo. Nada mais existia. Só
eu, a bola e nada mais. Dessa forma, joguei com total controle” (tenista,
em Jackson e Roberts, 1992, p. 167).
“Eu estava no máximo e tudo simplesmente deu certo... e ah!, eu acho que não
muitas pessoas vivenciam esse tipo de máximo. Tive sorte de fazer isso, de
conseguir isso. ...Foi como uma bola colocada em movimento e ela
simplesmente foi... nada parecia “trabalhado”, tudo parecia fácil. Ah!,
simplesmente fluiu. E de acordo com a música” (patinadora artística, em
Scanlan, Stein e Ravizza, 1989, p.79).
“Eu me sentia tão livre, por três horas dominei alguma coisa a que me
dedicara - por tanto tempo. Eu tinha completo controle de tudo. Foi a
sensação mais confiante, mais segura, mais estimulante que eu já tive. Foi
simplesmente maravilhoso” (golfista, em Cohn, 1991, p.8).
“Parecia que naquela noite eu não conseguia fazer nada errado... Nessa
noite eu estava surpreendendo a mim mesmo com meu desempenho. Eu
estava barrando todos os tipos de jogadas. Meus movimentos estavam
238
Com base nesses relatos de atletas, que descrevem como se sentiam quando
estavam jogando muito bem, vários pesquisadores fizeram um sumário das
características do desempenho máximo. Ravizza (1977) identificou nove dessas
características, Garfield e Bennett (1984) identificaram oito características e
Cohn (1991) relacionou seis características psicológicas associadas ao
desempenho máximo. Depois de examinar qs vários estudos , sotagL^as-'
caracter ís t icas p s ico lógicas d o desempenho máximo, sugiro q ue se jam red u zidas
a quatro características comportamentais principais;,, duas que .enfocam a
concentração e duasTque ènfübáfri sensações corporais e sentim entos,:
239
240
bola, por exemplo, a pessoa aprende regras para girar a bola para a esquerda ou
para a direita, de maneira que o percurso da bola no ar curvará numa direção
desejada. Uma terceira mudança é que o comportamento, gradativamente, fica
sob o controle de deixas sutis do ambiente natural. Por exemplo, quando a
pessoa se prepara para uma jogada, ela agora se concentra na bola e inicia o
backswing suavemente, sem ter que, necessariamente, pensar: “ombro” .
Gradualmente, o swing da pessoa se torna mais “natural” e menos “mecânico”.
241
242
tam bém h av e ria d iferen ças co n sid eráv eis e m relação ao n ível ideal d e prontidão. A
freq ü ên c ia d as co m p etiçõ es é o u tra variável q u e pode in flu en ciar o n ível d e
p ro n tid ão d o esp o rtista. A trav és d e m in h a ex p eriên cia co m jo v e n s patinadoras
artísticas, q u e tê m som ente c e rc a d e m eia d ú z ia d e com petições d u ran te o ano, sei
q u e a p rin cip al p re o cu p aç ão d essas atletas (e m term os d e prontidão) é se r ca p az d e
m an terem -se relaxadas. O s jo g ad o re s p ro fissio nais d e hóquei, p o r outro lado, qu e
têm u m calen d ário d e 84 jo g o s, d u ran te a tem porada regular, freqüentem ente
v iven ciam u m a fa lta d e en v o lv im en to an tes dos jo g o s. T ê m q u e sab er com o se
an im ar antes d e alguns jo g o s e co m o re la x a r antes d e outros jo g o s (tal com o n u m
jo g o c o m u m tim e c o n tra o q u al existe u m a grande rivalidade). A necessidade d e se
anim ar e d e re la x ar tam b ém p o d e variar d en tro de u m a com petição. A n tes d e u m a
fin al d e cam p eo n ato de hóquei, p o r exem plo, é provável que os jo g ad o re s estejam
u m tan to tensos. T alv e z ten h am que u sar estratégias para relaxar. D ep o is d e dois
tem pos d e jo g o duro, no entanto, pro v av elm ente se sentirão cansados. T alv ez se
b eneficiassem co m técn icas d e in cen tiv o antes do terceiro tem po. A ssim , as
estratég ias co m p o rtam en tais recom endadas p ara aju d ar os atletas a atingir u m nível
ideal d e p ro n tid ão d ep en d eriam d a tarefa em questão, do atleta, d a natureza do
esporte, d a freq ü ên c ia das com petições e das circunstâncias qu e envolvem
determ in ad o s eventos.
243
244
245
Capítulo 16
Gerenciamento do Tempo
247
248
1. Pessoas que trabalham com eficiência são as que têm o desempenho mais
eficaz. A eficiência envolve a quantidade de tempo e o custo para se fazer
alguma coisa. Alguém que consiga fazer determinado trabalho corretamente, em
menos tempo do que outra pessoa, geralmente é considerado como tendo um
desempenho mais eficiente. A eficácia, no entanto, é algo muito diferente. No
gerenciamento do tempo, a pessoa que tem um desempenho eficaz atinge
objetivos e metas de alta prioridade. A pessoa que tem um desempenho ineficaz
gasta a maior parte do tempo com objetivos e metas de baixa prioridade.
Algumas pessoas são muito eficientes em executar muitas atividades de baixa
prioridade. Mas a pessoa que tem um desempenho eficaz se concentra em
atividades de alta prioridade, com resultados e alto potencial, Como colocado
por Leboeuf (1979): “Eficiência é fazer o trabalho corretamente, enquanto que
eficácia é fazer o trabalho adequado”.
249
250
Leia cada um dos pares de poupanças/desperdícios de tempo. Para cada par, circunde,
______ na escala de avaliação, um número que represente a sua maneira de ser.______
A V A LIA Ç Ã O :
-2 -1 0 +1 +2
Quase sempre Freqüen te mente Às vezes______ Frequentemente Quase sempre
251
252
Carreira
Cargo ou posição desejados
253
L o c a l i z a ç ã o g e o g r á f ic a
P r e t e n s ã o S a la r ia l
D a ta p la n e j a d a p a r a
a p o s e n ta d o ria
P r o je to s e s p e c i a i s
Saíirle
P r o g r a m a d e a tiv i d a d e s
f ís ic a s
O b je tiv o s n u t r ic io n a is
F a m ília
A tiv id a d e s d o c ô n ju g e
254
Atividades pais/filhos
Férias
Planejamento financeiro
Projetos especiais
Social
Relacionamentos
Amizades
Objetivos de aprimoramento
pessoal
Outros
255
4 - P ra z o : E s ta b e le ç a P ra z o s
Mês: ANO:
Domingo 2- feira 3a feira 4- feira 5a feira 6a feira Sábado
Manhã
Tarde
Noite
Manhã
Tarde
Noite
Manhã
Tarde
Noite
Manhã
Tarde
Noite
Manhã
Tarde
Noite
FIG U RA 16.3. Página de planejamento mensal.
256
Uma agenda de gerenciamento do tempo útil inclui três componentes: (a) páginas gerais
mensais, como a página de planejamento mensal da Figura 16-3, nas quais você pode
registrar reuniões importantes e prazos para os meses seguintes; (b) planejamentos
semanais, como o mostrado na Figura 16-4, para ajudá-lo a planejar as atividades, com
uma semana de antecedência; e (c) planejamentos diários, para ajudá-lo a maximizar o
tempo gasto, a cada dia, com atividades de alta prioridade. O planejamento semanal
mostrado na Figura 16-4 serve também para planejamento diário. O gerenciamento
eficaz do tempo requer, tipicamente, qne você programe meia hora no início de cada
mês para planejamento mensal; cerca de meia hora no início dc cada semana para
planejamento semanal; e cerca de 10 minutos, todas as manhãs, para planejamento do
dia. Abaixo, estão as instruções para o uso desse sistema de planejamento.
Mês: __________________Ano:
Dala: Data: Data:
2a feira 3a feira 4a feira
Atividades H P Atividades H P Atividades H P
8:30
9:00
9:30
10:00
10:30
11:00
11:30
12:00
13:00
13:30
14:00
14:30
15:00
15:30
16:00
16:30
17:00
Noilc
257
8:00
9:00
10:00
11:00
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14:00
15:00
16:00
17:00
18:00
8:30 Noite
9:00
9:30 Data:
10:00 Domingo
10:30 Atividades
11:00
11:30
12:00
8:00
12:30 9:00
13:00 10:00
13:30 11:00
14:00 12:00
14:30 13:00
15:00 14:00
15:30 15:00
16:00 16:00
16:30 17:00
17:00 18:00
17:30 Noite
18:00
N oile
lj 258
259
Caso tenha seguido todos os passos anteriores, você está bem encaminhado no
gerenciamento eficaz do tempo. Para assegurar que suas habilidades de
gerenciamento do tempo sejam mantidas, recomendo a auto-avaliação mensal de suas
poupanças e desperdícios de tempo, usando a lista de verificação da Figura 16-1.
260
escrevendo. Conta-se que Victor Hugo controlava seus hábitos de trabalho, em seu
escritório, fazendo com que seu empregado levasse embora as suas roupas e não as
devolvesse até o final do dia (Wallace, 1971),
3. Use o seu horário nobre para atividades de alta prioridade. Para todos nós,
há um determinado horário do dia em que nos sentimos mais alertas e mais
produtivos. Se você usa esse horário para tomar café com os amigos, ler o jornal,
assistir às novelas da TV, surfar na Internet ou realizar outras dessas atividades
não prioritárias, então está desperdiçando a melhor parte do seu dia. Tanto
quanto possível, ocupe o seu horário nobre com atividades de alta prioridade.
6. Seja assertivo com solicitações pouco razoáveis. Muitas pessoas dizem “sim”,
quando deveriam dizer “não” (educadamente). Caso você consistentemente faça
o que os outros lhe pedem para fazer, isso eqüivale a dizer: “Meu tempo é seu.
Você decide o que devo fazer” . O truque é aprender a dizer “não” de uma forma
que faça com que a pessoa a quem você o diz aceite. Caso você tenha dificuldade
em dizer “não” a indivíduos que lhe pedem para fazer coisas, talvez queira usar a
técnica “LADDER” - uma estratégia para melhorar a assertividade (Davis,
261
Reforce a outra pessoa por ser compreensiva. Você podería dizer, por exemplo:
“Obrigado por compreender e aceitar minha decisão e espero poder ajudá-lo em
alguma outra ocasião”.
262
263
i
(
Capítulo 17
Delineamentos de Pesquisa de Sujeito
Unico para Avaliar suas Intervenções
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266
267
268
intervenção se deva a alguma variável não controlada que possa ter ocorrido
junto eom a intervenção. Delineamentos de sujeito único incluem fases
adicionais para demonstrar convincentemente que as melhoras observadas no
desempenho são realmente causadas pelo tratamento.
Delineamento de Reversão
Você deve se lembrar do problema encontrado pela treinadora Hume, no Capítulo 10,
nos treinos de patinação artística. Três das patinadoras apresentavam uma quantidade
considerável de comportamentos alheios ao treinamento e uma baixa freqüência de
treinamento de vários saltos e giros. A treinadora Hume introduziu um programa de
estabelecimento de objetivos e de automonitoramento para tentar melhorar o
desempenho das patinadoras nos treinos. Utilizou um delineamento de reversão para
avaliar os efeitos da intervenção. Em primeiro lugar, o desempenho de treinamento
de cada sujeito foi estudado durante uma fase de linha de base - sessões durante as
quais o desempenho foi monitorado, sem a intervenção. Os resultados dessa fase,
para cada um dos sujeitos, pode ser visto na Figura 17-1. A seguir, cada sujeito foi
colocado numa fase de intervenção, na qual foi utilizado o programa de
autogerenciamento, Como pode ser visto na Figura 17-1, quando o tratamento foi
iniciado, o desempenho de todas as três patinadoras melhorou. Será que ocorreu
devido a alguma variável não controlada? Para avaliar se a melhora ocorreu em
conseqüência do tratamento ou não, foi conduzida uma. fase de reversão, na qual o
tratamento foi suspenso. Nos três casos, o desempenho foi reduzido rapidamente a
níveis pré-tratamento. Esse resultado toma menos provável que alguma variável não
controlada estivesse ocorrendo misteriosamente e não ocorresse exatamente nos
momentos em que o tratamento foi iniciado e, depois, suspenso. Para avaliar ainda
mais os efeitos do tratamento, foi feita urna.fase de replicação, na qual o tratamento
foi aplicado novamente a cada uma das patinadoras. Mais uma vez, o desempenho
melhorou em todos os três sujeitos. Isso sugere que o tratamento (e não alguma
variável não controlada) era responsável pelo desempenho melhor das patinadoras.
Diz-se que uma descoberta tem validade interna quando a variável independente
causou, realmente, as mudanças observadas na variável dependente.
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INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
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*
Capítulo 18
Questões Éticas e Profissionais
De maneira geral, uma profissão é uma ocupação para a qual o indivíduo deve
dominai' um material educativo significativo; receber treinamento extenso ou
experiência supervisionada; ser reconhecido ou licenciado por um conselho
profissional ou órgão profissional estadual; fornecer um serviço importante; e
seguir um código de ética oficial (Ziegler, 1987). Durante os últimos 30 anos, a
psicologia do esporte tem se direcionado lentamente para um status profissional.
(Para uma discussão mais detalhada sobre isso e para referências a esse processo,
ver Granito e Wenz, 1995; Ziegler, 1987). Em 1965, foi criada a International
Society o f Sport Psychology para divulgar, em todo o mundo, informações sobre
a psicologia do esporte. Em 1967, foi formada a North American Society for the
Psychology o f Sport and Physical Activity. Em 1969, foi criada a Canadian
Society for Psychomotor Learning and Sport Psychology. A partir do final dos
anos 70, a psicologia do esporte teve um crescimento considerável na América
do Norte, como é evidenciado pelo desenvolvimento de três periódicos (o
Journal o f Sport Psychology, atualmente chamado de Sport and Exercise
Psychology, 1979-; o The Sport Psychologist, 1986-; e o Journal o f Applied
Sport Psychology, 1989-); pelo aparecimento de artigos sobre psicologia do
esporte em outras publicações (p. ex.: Behavior Modification, Journal o f Applied
Behavior Analysis, Journal of Sport Behavior)', pela publicação de diversos
livros, por freqüentes conferências nacionais e internacionais; e pela criação da
Association fo r the Advancement o f Applied Sport Psychology (AAASP, 1986-).
A AAASP se dedica ao desenvolvimento e à profissionalização do campo da
psicologia do esporte e, em 1996, tinha 800 membros, entre profissionais e
estudantes, trabalhando tanto na área acadêmica como na prática.
279
280
281
282
algum ponto do futuro. Sabe-se que, em competições envolvendo filhos, pais de times
adversários às vezes trocam palavrões ou xingam e até agridem os juízes devido a
uma falta marcada contra seus filhos. A maioria das pessoas concordaria que tais
exemplos representam o que há de pior no esporte juvenil. Para se contrapor a uma
filosofia de vencer-a-qualqiier-custo, o psicólogo deve encorajar a todos a se
concentrar no desenvolvimento e na melhora individuais e do time,
independentemente do resultado de uma disputa. Os jovens atletas devem ser
encorajados a buscar objetivos de desempenho que possam ser atingidos, não
importando a contagem no final do jogo. Frequentemente, em competições
esportivas, indivíduos têm um desempenho compatível com seu potencial e mesmo
assim perdem. Nesses casos, os indivíduos deveriam ser ajudados a sentirem-se
orgulhosos pelo desempenho compatível com todo o seu potencial. Uma discussão
excelente sobre esses tópicos pode ser encontrada em Smoll e Smith (1987,1996).
Seleção do Tratamento
Os psicólogos do esporte devem usar os métodos mais eficazes e empiricamente
comprovados, que causem o menor desconforto possível e os efeitos colaterais menos
negativos. Ao ajudar os treinadores a melhorar o desempenho dos atletas jovens,
como descrito em capítulos anteriores, a ênfase deve recair sobre estratégias de
reforçamento positivo, em vez de técnicas que envolvam controle aversivo. Quando o
tratamento se concentrar no desenvolvimento de um plano de competição (ver
Capítulo 14), a ênfase deve estar em estratégias de autocontrole (Rushall, 1992).
Logo antes de e durante uma competição, é o atleta que tem que se aprontar para o
desempenho e para competir de acordo com o melhor de sua capacidade.
283
284
Capítulo 19
Desenvolvendo um Serviço de
Consultoria
Suponhamos que você tenha sido treinado para ser um psicólogo do esporte
(como discutido no capítulo anterior), E agora você se encontra lá fora, no
mundo real. Agora, tem pela frente a assustadora tarefa de fazer contatos e
iniciar sua carreira. Apesar da crescente popularidade da psicologia do esporte,
em anos recentes, ainda há poucas oportunidades de emprego para recém-
formados. Para ter sucesso na área, você deve estar preparado para usar de muito
esforço e persistência. Como disse Jim Loehr, um consultor em psicologia do
esporte muito bem sucedido: “O encarreiramento na área não existe, e as pessoas
ainda não se dispõem a gastar muito dinheiro... Você tem que ser criativo e vai
ter que ter muita perspicácia em negócios para desenvolver um bom estilo de
vida” (Simons e Andersen, 1995, p.462). Infelizmente, relativamente pouco foi
escrito, até o momento, sobre os detalhes práticos do início de carreira como
consultor em psicologia do esporte. Este capítulo discutirá vários passos e
estratégias para desenvolver uma carreira de sucesso na psicologia do esporte.
285
286
Outra consideração é decidir sobre o título profissional que você irá usar. Dentro
das normas éticas a respeito do uso de títulos, discutidas no capítulo anterior, e
das restrições impostas por organizações profissionais às quais você pertence,
que título terá maior probabilidade de atrair a atenção dos clientes com quem
gostaria de trabalhar? Algumas das alternativas incluem Consultor em Psicologia
287
Depois de definir seus serviços, você tem que determinar os honorários que
cobrará. Esse problema é discutido mais detalhadamente na próxima seção.
Fazendo Contatos
Uma parte importante de um plano de marketing é o estabelecimento de
objetivos e prazos claros, Isso inclui um entendimento claro dos preços dos
vários tipos de serviço que você poderia fornecer. Quanto você cobrará por
consultas por hora? Você pode preparar pacotes de treinamento, com um
número fixo de sessões, que poderiam ser apresentados a grupos, como um curso
de controle do estresse ou treinamento para que atletas de esportes individuais
prepararem planos de competição?
289
290
É importante abordar suas sessões iniciais com os atletas com certa dose de
realismo. Nem todas as suas intervenções serão bem sucedidas. E, se você está
dando consultoria a um time, nem todos os atletas serão receptivos ao seu
programa. Certa vez, perguntei a um dos jogadores profissionais de hóquei com
quem trabalhei: “Quantos rapazes do time você acha que estariam interessados
num programa de treinamento mental?” Ele respondeu: “Cerca de um terço deles
estaria interessado e aceitaria tarefas para realizar em casa; cerca de um terço
poderia demonstrar interesse, mas provavelmente não faria nenhuma tarefa em
casa; e os restantes não iriam querer saber de nada”. Ken Ravizza expressou uma
opinião semelhante, baseada em anos de experiência como consultor de
jogadores profissionais de basquete (Simons e Andersen, 1995).
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Outra questão de limites pode surgir caso você já tenha praticado algum esporte
e saiba muito sobre ele. Você tem de se lembrar que está fornecendo um serviço
de psicologia do esporte e não um serviço de treinamento técnico. Entrevistas
com atletas olímpicos canadenses indicaram que alguns consultores em
psicologia do esporte perderam seus contratos porque não conseguiam se abster
de dar conselhos em áreas tradicional mente cobertas pelo técnico (Orlick e
Partington, 1987).
Para formalizar sua relação com um atleta, aconselho a preparação, por escrito, e
a discussão de objetivos sobre as habilidades que devem ser dominadas, assim
como expectativas realísticas de progresso. Sugiro também a preparação de um
contrato de tratamento - um acordo escrito entre o atleta e o consultor em
psicologia do esporte, que indica como o consultor vai ajudar o atleta a atingir
certas metas comportamentais. O contrato deve identificar: o objetivo do projeto;
os serviços que serão fornecidos pelo consultor; a natureza das estratégias de
tratamento; as expectativas de tarefas de casa que o atleta deve realizar; a forma
de monitoramento do desempenho que será usada e quem terá acesso aos dados;
a forma dos relatórios de progresso fornecidos pelo consultor e quem terá acesso
a eles; e normas sobre a remuneração a ser paga ao consultor. Questões relativas
aos procedimentos também devem ser esclarecidas, tais como quando e onde
você pode encontrar o atleta e o técnico, e vice-versa.
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INDEX BOOKS GROUPS: Perpetuando impressões!
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