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TMA

TREINAMENTOS

Rua Eugenio Franco de Camargo, 1962


Vila Nery São Carlos, São Paulo.
www.facebook.com/tmatreinamentos

Edição 01/2015
Introdução

O objetivo deste material é orientar os alunos de maneira simples e direcionada com


vocabulário defácil compreensão a adquirir conhecimentos teóricos sobre a teoria do
funcionamento e operação de aeronaves de pequeno, médio e grande porte.
O módulo Básico do curso de mecânico de manutenção em aeronaves é o mais importante
de todos, pois está presente em quaisquer exames teóricos, seja da especialização Célula,
GMP ou aviônicos.
Com um bom aproveitamento neste módulo, ganha-se margem para as especializações no
dia do exame. Segundo estatísticas da TMA Treinamentos, a grande maioria das aprovações
nos exames de mecânicos estão relacionadas a um bom aproveitamento nas 20 questões
de Básico.
Nossa sugestão de estudo é que o aluno leia o resumo da matéria, faça os exercícios
localizados ao término deste exemplar, e leia as apostilas grifadas enviadas por e-mail.
Ao ler os resumos, você estará adquirindo um conteúdo direcionado, ao resolver as questões,
o conteúdo direcionado é fixado e algumas correções importantes são feitas e ao ler as
apostilas grifadas, um processo de complementação geral é realizado.
Sugerimos também no mínimo 30 minutos de estudo extraclasse, isso influencia diretamente
no aproveitamento e desenvolvimento do aluno.
Tenham sempre em mente que o objetivo das entidades homologadoras não é te prejudicar
e sim garantir que temos conhecimento mínimo sobre o equipamento no qual você atuará
diretamente (aeronaves) e que isso só irá valorizar sua mão de obra. Muitos acreditam que
os exames são extremamente complicados quando na verdade com conhecimento,
concentração e principalmente o controle da ansiedade o exame se torna completamente
tranquilo. Quanto maior seu preparo e calma, mais fácil o exame se tornará.

É um imenso prazer tê-los conosco e saber que confiam no nosso trabalho. Lembrem-se
sempre:

“A vitória é proporcional ao vosso sacrifício”

Abner Macedo

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SUMÁRIO:

Aerodinâmica ...........................................................................................04
Peso e balanceamento ..........................................................................08
Tubulações e conexões ...........................................................................11
Combustíveis e sistemas de combustíveis .............................................13
Ferramentas ..............................................................................................15
Princípios de Inspeção ............................................................................18
Eletricidade básica ..................................................................................19
Geradores e motores elétricos ...............................................................21
Física ..........................................................................................................23
Materiais de aviação e Processos .........................................................25
Desenhos de aeronaves .........................................................................27

Este material está sendo confeccionado com exclusividade pela primeira vez, caso algum
erro de digitação ou de conteúdo seja encontrado, contate-nos através do e-mail:
abnersantos.macedo@gmail.com
Estamos em processo de melhoria continua e contamos com a colaboração de todos para
que possamos evoluir e auxilia-los a atingir vossos objetivos.
Lembrem-se de que este material não deve ser decorado e estudado individualmente para
obter sucesso nos exames, mas sim como complemento junto as demais ferramentas
apresentadas no treinamento.
Para dúvidas, sugestões, críticas ou elogios nos colocamos a disposição através do mesmo
e-mail mencionado acima.
Ótimo estudo e sucesso a todos.

Abner Macedo

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AERODINAMICA
AERODINAMICA
 Aerodinâmica – ciência que estuda a ação do ar em torno de um corpo.
 Teoria de voo – aerodinâmica aplicada em aeronaves.
 Aeródinos – aeronaves mais pesadas que o ar – 3ª Lei de Newton.
 Aeróstatos – aeronaves mais leves que o ar – princípio de Arquimedes.
 Atmosfera – camada gasosa que envolve a Terra. Composição – 78% de Nitrogênio /
21% de oxigênio / 1% de outros gases.

 Pressão – a pressão atmosférica ao nível médio do mar (MSL / NMM), pode ser dada
de diversas formas de acordo com o padrão ISA. EX: 14,7 p.s.i / 1013,2 hPa / 760 mm/HG /
29,92 in/HG. E a temperatura ao nível do mar padrão ISA é de 15°C.
 Densidade – quantidade de matéria contida num certo volume. Quanto maior a
altitude, menor a pressão e menor a densidade, ou seja, as moléculas de ar ficam mais
rarefeitas (Dispersas).

 Umidade – quantidade de vapor d’água contida na atmosfera.


UR 0% 25% 50% 75% 100%
VA 0% 1% 2% 3% 4%
 Princípio de Bernoulli – aplicado ao tubo de venturi. Num estreitamento, um fluido tem
sua velocidade aumentada e sua pressão diminuída. Esta lei se aplica na origem da
sustentação.
 Forças aerodinâmicas – Frente (Tração – Thust – motores) / Trás (Arrasto – Drag –
Resistencia ao vento relativo) / Baixo (Peso- Weight – Estrutura da aeronave) / Cima
(sustentação – Lift – Diferença de pressão na asa).
 Leis de Newton – 1ª – Inercia / 2ª F = m.a / 3ª Ação e reação.
 Aerofólios – todo corpo que produz sustentação quando sujeito a diferencial de
pressão estática e dinâmica. Simétrico – quando dividido forma duas partes iguais.
Assimétricos – quando dividido forma duas partes desiguais.

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 Ângulos:

 Resultante aerodinâmica – média entre o CD (Componente horizontal) e CL


(Componente vertical).
 Centro de Pressão (CP) – origem da RA.
 Centro de Gravidade (CG) – ponto de distribuição dos pesos da aeronave e encontro
dos três eixos direcionais.
Eixos de uma aeronave:

 Arrasto – parasita (causado por todas as partes que não possuem sustentação) /
induzido (ar do dorso tende a se encontrar com o ventre e formar um turbilhonamento –
vórtex)

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 Estabilidade estática – aeronave sofre uma rajada e sai da sua zona de conforto. 1 –
Tende a voltar para a posição de origem (Estaticamente Positiva) 2 – Tende a se afastar
ainda mais da posição de origem (Estaticamente Negativa) 3 – Tende a seguir o rumo da
rajada (Estaticamente neutra).
 Estabilidade dinâmica – para ser dinâmica primeiro ela precisa ser estaticamente
positiva. Ela sofre a rajada, tende a voltar.
 1 – Minimizando as oscilações (Dinamicamente positiva
 2 – Aumentando as oscilações (Dinamicamente negativa)
 3 – Mantendo as oscilações da rajada (Dinamicamente neutra).

 Estabilidade longitudinal – em torno do eixo lateral - Profundor.


 Estabilidade Direcional – em torno do eixo vertical – Leme de direção.
 Estabilidade lateral – em torno do eixo longitudinal - Ailerons.
 Enflechamento – ângulo formado entre o bordo de ataque e o eixo lateral. Sentido da
flecha = enflechamento positivo (maior estabilidade).
 Diedro – ângulo formado entre o plano de asas e o eixo lateral. Simplificando para
onde a ponta das asas apontam 1 – para cima (Diedro positivo) 2 – Para baixo (Diedro
negativo) 3 – sem inclinação (Nulo). O diedro positivo fornece maior estabilidade.
No link abaixo você encontrara maiores informações sobre as estabilidades:
http://canalpiloto.com.br/estabilidade-longitudinal/
 Superfícies de controle Primárias – Aileron, Leme de direção e Profundor (Leme de
profundidade).
 Superfícies de controle secundarias – Compensadores e servocompensadores.
 Superfícies de controle auxiliares – Dispositivos hipersustentadores (Flap, slat e slot) +
Freio aerodinâmico (Spoilers).
 Dispositivos hipersustentadores – Flaps : plano, bipartido, Fowler (Mais utilizado em
aeronaves de grande porte), Slats (fendas móveis) e solts (fendas fixas).
 Freios aerodinâmicos – Spoilers e reversores de empuxo. Criam uma sustentação
negativa.
 Flaps – Fowler mais utilizado.

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 Voo supersônico – acima da velocidade do som.
 Cone de MACH – cone formado ao redor da fuselagem quando a aeronave está
prestes a ultrapassar a barreira do som.
 Camada limite – ar do extradorso começa a descolar pelo aumento excessivo de
velocidade não gerando mais sustentação.
 Conversão – 662 Kt (Velocidade do som em Nós) para KM, basta multiplicar por 1,852.

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PESO E BALANCEAMENTO

 O objetivo principal do peso e balanceamento é o aumento da segurança. O


objetivo secundário da pesagem e balanceamento das cargas é o aumento da eficiência
do voo, como economia, manobrabilidade e conforto.

 Normalmente o peso vazio da aeronave é determinado na época da homologação


da aeronave pelo próprio fabricante.
 Com exceção da pesagem feita na homologação, as aeronaves podem ser
repesadas durante uma revisão geral, reparos estruturais e acréscimo de materiais a
estrutura.
 Num lote de dez aeronaves o fabricante pode pesar uma e usar de média para as
demais aeronaves (9).
 A teoria do peso e balanceamento é baseada na teoria da alavanca. A distância de
um objeto ao fulcro (que age como cg e como plano de referência coincidentemente),
denomina-se Braço da alavanca (unidade de medida Polegadas = Inc = In). Já o peso é
representado pela unidade de medida libras (Lb).
 Torque = momento torçor = efeito de rotação. Torque = peso (Lb) x braço (In), loho T =
Lb.in.
 Um peso mais leve colocado mais distante do fulcro equivale a um peso maior
próximo ao fulcro.
 Os dados de peso e balanceamento podem ser encontrados nos seguintes locais:
Especificações da aeronave; Limitações operacionais da aeronave; Manual de voo da
aeronave e; Registro de peso e balanceamento.
 O plano vertical imaginário a partir do qual todas as medidas são tomadas é a
definição de plano de referência. Não existe uma regra para a localização do P.R, o
fabricante define seu posicionamento.
 Braço é a distância horizontal de um objeto com relação ao plano de referência.
Tomemos como exemplo uma aeronave que possui plano de referência no meio da

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fuselagem, todo “braço” sentido cauda da aeronave, é precedido do sinal (+) e todo
“braço” sentido nariz da aeronave é precedido do sinal (-). Caso o objeto esteja
exatamente sobre o plano de referência deverá ser nulo (0).
 Momento = Peso X Braço
 CG – Centro de gravidade = ponto de distribuição dos pesos. Peso onde nariz pesado
e cauda pesada são iguais em magnitude.
 CGPV – centro de gravidade de peso vazio – CG da aeronave utilizado para futuros
cálculos.
 CG operacional – CG da aeronave pronta para voo (carregada).
 A diferença entre os limites dianteiros e traseiros do CG é a definição de passeio do
CG. O Passeio do CG é a tolerância com relação ao posicionamento do CG.

 Peso Vazio – inclusos itens de localização fixa. Fluidos hidráulicos residuais que não
podem ser drenados também estará incluído nesta medição.
 Peso máximo – máximo de bagagens, tripulantes, cargas, combustível somado ao
peso vazio.
 Carga útil – subtração do Peso vazio do peso bruto máximo permissível. Interfere na
rentabilidade da empresa. Quanto maior a carga útil, maior a rentabilidade.
 Meios de nivelamento – marcas de referência no solo, escalas especiais e níveis de
bolha.
 Pontos de pesagem – normalmente as partes apoiadas sobre as balanças (trens de
pouso). Outros pontos como a longarina principal (ponto de macaqueamento da
aeronave), também são considerados potenciais pontos de pesagem.
 Peso combustível zero – peso máximo da aeronave totalmente carregada sem o
combustível. Por exemplo: capacidade total da aeronave = 15.000 toneladas. Após a
drenagem do combustível, encontra-se = 10.000 toneladas. Considerando que esta
aeronave tenha dois tanques de combustível, quanto comporta cada tanque? R: 2.500
toneladas cada tanque.
 Combustível Mínimo – valor mencionado nas especificações de P.B com relação ao
funcionamento dos motores em situações extremas. EX: Motor de 700 HP, terá um
combustível mínimo de 350 Lbs. Atenção na unidade de medida!!!!
 Óleo total – quando é impossível efetuar a drenagem do óleo, completa-se o
reservatório, efetua-se a pesagem e subtrai este valor da leitura final.

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 Tara – equipamentos extras utilizados na operação de pesagem: calços, balanças,
deve ser subtraído.
 Termos específicos de P.B – L (avião), A (Anfíbio), S (hidroavião), LO/LOD (planador), H
(helicóptero). Número de motores: monomotor (1 motor) bimotor (2 motores) trimotor (3
motores) quadrimotor (4 motores). P (convencional, pistões) J (jato, a reação) e T
(turboélice). Dessa forma: L1P significa (avião, monomotor a pistão).
 Procedimento de pesagem – preparar equipamentos e acessórios, efetuar a atividade
em hangar fechado para evitar leituras incorretas mediante a correntes de vento que
podem causar interferências.
 Com padrões de umidade relativa e vento dentro dos limites aceitáveis pelo
fabricante a pesagem poderá ser realizada ao ar livre
 Medição e pesagem – Verifique a tabela

Ponto de Pesagem Peso líquido (Lbs) Braço (polegadas) Momento


(Lbsxin)

Trem P. Esquerdo 617,0 68’’ 41956,0

Trem P. Direito 614,0 68’’ 41752,0

Trem de nariz 152,0 - 26’’ - 3592,0

TOTAL 1383,0 79756,0

 Calculando-se todos os pesos e todos os momentos, aplica-se a fórmula de


localização do CG = Momento total / peso total. A unidade de medida do CG será em
polegadas devido a sua localização com relação ao plano de referência. Neste caso
como exemplo, 79756 / 1383 = 57,67’’.
 Se os limites extremos do CG ou seu “passeio” for ignorado, sérios problemas com a
estabilidade e controle da aeronave serão encontrados.
 Lastros – Removíveis (instalados periodicamente para suprir uma necessidade de
balanceamento – normalmente instalados no compartimento de carga) e Lastros
permanentes (permanentemente instalados na aeronave – coloração vermelha, faz parte
do peso vazio.
 Cartas de carregamento e envelopes de CG – método rápido e prático para
determinação do CG e de balanceamento da aeronave. Ferramenta utilizada pelos
DOV’S nas companhias aéreas.
 Kit eletrônico de pesagem – envolve as ferramentas mais comuns para
balanceamento da aeronave: réguas graduadas, níveis de bolha, higrômetros, prumos.

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TUBULAÇÕES E CONEXÕES

 Tubulações – conduzem fluidos para um sistema especifico da aeronave.


 Tubulação rígida – alumínio, ligas de alumínio, cobre (alto teor de fadiga), ligas de aço
 Tubulação flexível – mangueiras de teflon, butyl, neoprene, buna-N, buna-s entre
outras.
 Quando for necessário um reparo, manter as configurações iniciais (mesmo material
ou simular – resistência igual ou maior que a original).
 Todas as falhas devem ser estudadas com a finalidade de descobrir a origem da
pane.
 Tubulações de aço resistente a corrosão é usada praticamente exclusivamente em
tubulações hidráulicas de alta pressão (acima de 3.000 p.s.i).
 Para testar a dureza utilizamos uma lima, riscador ou imã. Imã é o método mais fácil
de identificação na diferença entre o aço inox ferritico e austenitico. Os austeniticos não
são magnéticos.
 Ligas de alumínio 1100 ou 3003, são de uso geral para fluidos sob baixa pressão (dutos
de ventilação)
 2024-T ou 5052-O, usados em sistema de média pressão, em torno de 1000 a 1500 p.s.i.
Ocasionalmente podem ser utilizados em sistemas de alta pressão (3.000 p.s.i).
 A identificação inclui: Nome do fabricante ou marca registrada, código SAE e
condições físicas da tubulação.
 Usadas para conectar partes móveis com partes estacionarias, utilizada onde existe
vibrações, ou grande flexibilidade for necessária.

Tubulações flexíveis, flexíveis:

Pressões suportadas:

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 Tabela de cores:

 Conexões – são conexões flangeadas (macho + femea) / Conexões sem flange / Friso
e braçadeira / Estampadas.
 Os tipos flangeadas, sem flange e estampadas podem ser usadas como conectores
em qualquer tubulação sem restrição de pressão. Somente a friso e braçadeira possuem
limitações.
 As conexões AC, vem sendo substituídas pela A.N e MS (maior firmeza, rigidez e
segurança).
 MS – Military standard (maior firmeza e confiança) são chamadas de conexões sem
flange.
 I.D – diâmetro interno (tubulações e conexões flexíveis) / O.D – diâmetro externo
(tubulações e conexões rígidas).
 Acoplamentos de desconexão rápida – são dispositivos de rápido engate que não
necessita de ferramentas para usa instalação. Usados em áreas que requerem desconexão
frequente.
 Processo de formação de uma tubulação – corte / dobragem / flangeamento /
frisamento.
 Corte – cortar o tubo sempre com um pouco de sobra, em torno de 10% do
comprimento do tubo, para garantir a tolerância de material a ser perdido na dobra. Se
não houver um cortador de tubos, pode-se utilizar uma serra de 32 dentes por polegadas.
 Dobragem – através de uma ferramenta apropriada, é a arte de se efetuar uma curva
suave sem achatar o metal. Tubulações com ¼ de diâmetro ou mais necessitam do uso de
ferramentas apropriadas (abaixo de ¼’’ pode ser dobrado com as mãos).
 Tubos de ½’’ a 1 ½’’ podem ser dobrados com uma ferramenta manual.
 Flanges – simples e duplos. Flanges aeronáuticas possuem ângulo de 35 a 37°. Flanges
automotivas = 45°.
 Reparos nas linhas – arranhões ou cortes com menos de 10% da espessura das
paredes do tubo, podem ser reparadas, desde que não haja dobras nas curvas.

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 Teste após a montagem – obstrui-se uma das extremidades e na outra, insere-se fluido
sob pressão adequada para cheque de vazamentos e vedação.
 O teste deve ser realizado por no mínimo 30 segundos.
 Linha de identificação – nas tubulações flexíveis, são usadas para identificar torção ao
longo da linha.
 Uma mangueira nuca deve estar esticada entre duas conexões. Uma folga deve
existir, normalmente entre 5 a 8% de seu comprimento.
 Pontos de fixação = a cada 24 polegadas = braçadeiras ou suportes.
 Selantes – nunca devem ser aplicados, causam obstruções.

COMBUSTIVEIS E SISTEMAS DE COMBUSTIVEIS

 Combustíveis – composto basicamente de hidrocarbonetos (hidrogênio + carbono),


ou seja, possui energia química, através do processo de combustão libera energia térmica
e é convertida em energia mecânica pelo pistão, biela, eixo de manivelas.
 Estado físico – sólido (carvão, madeira), gasoso (GNV, GLP) e líquidos (voláteis – álcool,
gasolina, querosene / não voláteis – óleos pesados – diesel).
 TEL – melhora a performance do motor, ou seja, garante que a octanagem seja
mantida nos padrões reais.
 Combustíveis aromáticos – hidrocarbonetos – aumenta a gama de mistura rica.
 Octanagem – grau de resistência a compressão.
 Coloração:
Coloração Mistura Pobre Mistura Rica
Vermelha 80 87
Azul 91 96
Verde 100 130
Púrpura 115 145

 Volatilidade – vaporização de um fluido, quanto mais rápido ele evapora, mais volátil
ele é.
 Calço de vapor – vaporização do combustível na tubulação de admissão antes de
chegar aos cilindros.
 Detonação – combustão anormal (antes da hora).
 Pré-ignição / Ignição de superfície – ignição antes da hora adequada causadas por
pontos quentes na cabeça do pistão.
 Pureza do combustível – agua, ferrugem
 Identificação – JET A (querosene puro) / JET A1 (querosene puro para baixas
temperaturas) / JET B (gasolina + querosene) / AVgas (gasolina de aviação).
 Sedimentos – Finos (abaixo de 10 mícron) / Grosseiro (abaixo de 40 mícron até 10
mícrones) / Acima de 40 mícron = impureza sólida.

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 Desenvolvimento microbial – só se desenvolve quando houver umidade, removendo-
se a umidade, remove-se a possibilidade de proliferação dos micróbios.
 Controle de contaminação – agulha hipodérmica / pó revelador.

 Sistema de combustível – Tanques / bombas / linhas / válvulas / indicadores.


 Tanques e células do combustível – células de borracha / câmaras soldadas / integral
(asa molhada).
 Linhas e filtros – Linhas (alumínio), transferência de combustível. Filtros – retém
impurezas, fica localizado na parte mais baixa do sistema.

Bombas de combustível e acionamento:


Bomba Localização Acionamento
Manual (Primer) Motor Manual
Principal Motor Mecânico
Auxiliar Tanque de Elétrico
combustível
 A bomba primer só deverá ser utilizada durante a partida da aeronave, para facilitar a
partida.
 A bomba auxiliar pode ser chamada de reforço, recalque, ou booster pump, tem
como finalidade eliminar a formação de bolhas de vapor.
 Sistemas de abastecimento – gravidade (pequenas aeronaves) / Pressão (grandes
aeronaves).
 As bombas de combustíveis mais utilizadas possuem formato de aletas rotativas.
 Válvula Seletora – Cross feed – seleciona qual tanque ou motor deverá ser alimentada
pelo tanque de combustível.
 Indicadores do sistema de combustível – indicador de quantidade de combustível
(Liquidometro) / indicador de fluxo de combustível (fluxometro) = vazão = do tanque A
para o tanque B.
 Sistema de combustível para aeronaves multimotoras – alimentação cruzada.

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 Alijamento de combustível –válvula de alijamento é utilizada para descartar
combustível, caso o peso máximo para pouso exceda o peso real da aeronave.
 Segurança – o motor da aeronave sempre deverá ser desligado, cortando-se o fluxo
de combustível.

FERRAMENTAS

 Os martelos são classificados em bola, pena reta, e pena cruzada. Os martelos são
medidos pelo peso da cabeça sem cabo.
 Os macetes são feitos de couro cru, borracha, plástico, madeira e fibra. Os macetes
são medidos pelo diâmetro da cabeça.
 As chaves de fenda podem ser simples ou em cruz. São classificados pelo formato,
tipo e comprimento da haste.
 As chaves de fenda em cruz, podem ser a PHILIPS ou REED. AND. PRINCE. As chaves
PHILIPS e rombuda e a REED. AND. PRINCE. é pontuda. As chaves PHILIPS e REED. AND.
PRINCE não são intercambiável.
 Uma chave de fenda não deverá ser menor que 75% da cabeça de parafuso.
 Uma chave de fenda em “Z” (forma um ângulo de 90° entre a ponta e a haste) é
utilizado onde o espaço é reduzido e necessitamos de ângulo reto.
 Os alicates são medidos pelo comprimento total e variam 5”a 12”.
 O alicate usado para cortar arames de freno e o diagonal.
 O alicate usado para fazer freno é o bico de pato.
 O alicate de bomba de água pode ser conhecido como de bico de papagaio,
gazista e cinco posições.

 As chaves de boca combinada ou mista e a chave colar, são feitas de aço cromo-
vanádio.
 As chaves de boca crescem ou diminuem de boca para boca em 1/16” e crescem
ou diminuem de chave para chave de 1/16”.
 Uma chave colar que permite movimento de 15° possuem 12 pontos ou dentes.
 Uma chave combinada cresce de chave para chave em 1/16” mais a medida da
boca é do colar são as mesmas.
 O ângulo formado pela boca e a haste de uma chave sólida é de 15°.

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 Punções são usados para marcar centros de desenhos marcar furação e iniciar furos,
transferir furos para gabaritos, remover pinos rebites e parafusos. Os punções são
classificados de acordo com o formato da ponta.
 Qual punção usamos para iniciar um furo é o punção de centro. O punção de centro
tem um ângulo de 60°.
 As chaves de gancho, Allen e Torquimetros são chaves especiais. Barra flexível,
catracas e haste rígida são modelos de torquimetros.
 As tesouras são classificadas de acordo com o sentido do corte. Os sentidos de corte
das tesouras são identificados pela cor da empunhadura. A tesoura de cabo amarelo para
corte reto, cabo verde para corte direito e cabo vermelho para corte esquerdo.
 As tesouras se diferem da serra porque durante o corte ela não retira material.
 O arco de serra pode ser classificado pelo tipo de empunhadura, pode ser tipo pistola
ou punho reto. A lâmina da serra é feita de aço rápido ou aço carbono.
 O passo da serra é o número de dentes por polegadas. Os dentes da serra apontam
para frente. Pode possuir 14,18,24 ou 32 dentes por polegadas, quando maior o passo
maior a dureza do material a ser cortado.
 O comprimento da lâmina pode variar de 15 a 40cm ou 6 a 16’’.
 As talhadeiras são ferramentas de corte usadas para remover rebites, parafusos e
porcas. São feitas de metal duro. A talhadeira é medida pela largura da parte cortante. O
ângulo de corte de uma talhadeira é de 60° a 70º.
 As limas são medidas pelo comprimento sem a espiga. As limas são feitas de aço de
auto teor e temperadas. O ângulo de corte simples é de 65° a 85º. O ângulo de corte
duplo é de 40º a 45º.
 As furadeiras pneumáticas são mais usadas por motivo de segurança.
 Brocas são feitas de aço de alto teor de carbono também chamado de aço rápido.
Uma broca tem um ângulo de 118º.
 A broca medida por frações, letras ou números, mas normalmente é medida pelo
diâmetro. As brocas são ferramentas usadas para fazer furos.
 Os alargadores são usados para alargar furos feitos com brocas. São feitos de aço
carbono ou aço rápido.
 Escareadores cortam em forma cônica, uma depressão em torno do furo. O ângulo
de um escareador padrão é de 100°. Podem possuir ajustes em incrementos de 0,001”.
 Réguas são feitas de aço, são rígidas ou flexíveis, não podem ser dobradas. Sua
menor medida é de1/64’’.
 Riscador é usado para riscar materiais como um lápis ou caneta. Não de vê ser
usado em uma chapa cladeada.
 Paquímetro para fazer medidas internas e externas e profundidades. O paquímetro
também é chamado calibre vernier. A escala vernier em mm é de 9mm. Divida em 10
espaços com o valor de 0,9mm por espaço. O vernier de polegadas tem o comprimento
de 7/16” divido em 8 partes iguais de 1/128”.

TMA TREINAMENTOS – MÓDULO BÁSICO 16


 Os micrômetros servem para realizar medidas com milésimos e décimos de milésimos
da polegada.
 As partes de um micrômetro são:
 Móveis – haste e tambor
 Fixas – arco, bainha e encosto.
 Os machos são ferramentas para abrir roscas internas.
 O cossinete é usado para realizar roscas externas.
 Os punhos para machos ou cossinetes chamam-se desandador.
 O conjunto cossinete + desandador, chama-se tarraxa.

TMA TREINAMENTOS – MÓDULO BÁSICO 17


PRINCIPIOS DE INSPEÇÃO

 Inspeção – verificação visual ou instrumental para detalhar a integridade física e


estrutural de um material.
 Sistema de inspeção – observações da tripulação (não é muito confiável), inspetor de
manutenção e inspeções pré-programadas pelo fabricante.
 Inspeções obrigatórias – a cada 100 horas ou 12 meses (o que ocorrer antes).
 Inspeções especiais – são inspeções fora da data programada pelo fabricante.
Normalmente ocorrem em duas ocasiões; 1. Pouso com excesso de peso (pouso duro) 2.
Turbulência severa (ventos de vários sentidos que agridem a estrutura da aeronave).
 Antes de inspecionar uma área, deve-se certificar que todos os acessos se encontram
abertos, bem como a limpeza da área (salvo áreas com tubulações de fluidos –
identificação de vazamentos antes da limpeza), para que a inspeção possa ser realizada.
 Fichas de inspeção – documentação fornecida pelo fabricante da aeronave ou de
componentes aeronáuticos, com a finalidade de se obter um checklist de verificações de
rotina, não deixando nenhum item crucial de fora da inspeção. Com isso facilita bastante a
função do mecânico.
 Diário de bordo – documentação do avião (histórico) com todos os dados da vida útil
dessa aeronave a cada voo. Turbulências, panes, voos, revisões, manutenções, todas as
informações uteis estão contidas neste documento.
 Publicações - publicações são documentações técnicas que servem como fonte de
orientação e informação dos mecânicos. São estas:
 Boletins
 Manual de manutenção
 Manual de revisão
 Manual de reparos estruturais
 IPC – Catálogo ilustrado de peças
 ATA 100 – Associação dos Transportes Aéreos da América
 A ATA se divide em Sistema, subsistema e titulo (21,32,53,55,57)
 NDT (Testes não destrutivos)

Danos superficiais:
Partículas magnéticas –

Magnaglo / Magnaflux –

Líquidos Penetrantes -

TMA TREINAMENTOS – MÓDULO BÁSICO 18


Danos internos:

Radiografia –

Ultrassonografia –

Eddy Current –

Obs: Para melhorar o entendimento sobre os NDT’s, recomendamos que vocês


assistam os vídeos contidos em: Youtube – ensaios não destrutivos – Telecurso
2000

ELETRICIDADE BÁSICA

 Matéria – tudo que ocupa lugar no espaço. Constituída por moléculas.


 Molécula – menor parte divisível da matéria.
 Átomos – constituição de uma molécula. Ex: uma molécula de água possui dois
átomos de Hidrogênio e um átomo de oxigênio.
 Cargas – cada átomo possui uma carga. As cargas podem se eletricamente negativas
(elétrons), eletricamente positiva (prótons) ou eletricamente neutras (nêutrons).
 Núcleo – o núcleo de um átomo é constituído basicamente de prótons e nêutrons
sempre em igual quantidade.
 Eletrosfera – assimila-se a atmosfera de um átomo, é uma camada externa composta
basicamente de elétrons. Os elétrons posicionados nesta camada, são denominados
elétrons livres. Quanto mais elétrons livres houver na eletrosfera, melhor condutor é o
material. Quanto menos elétrons livres houver na atmosfera, melhor isolante é um material.
 Lei dos polos – cargas iguais se repelem e cargas opostas se atraem.
 FEM – força que “empurra” os elétrons até a carga (luz, data show, rádio).
 Corrente – movimento ordenado no interior de um condutor.
 Resistencia – restrição ao fluxo de corrente. Quanto maior a restrição, maior a
resistência, e quanto menor a restrição, menor a resistência.

TMA TREINAMENTOS – MÓDULO BÁSICO 19


Vídeo de revisão de eletricidade básica
 OBS: https://www.youtube.com/watch?v=SaKhGCN5ICw

 Lei de ohm = REI do EPI.


 Circuitos em série = soma-se as resistências.
 Circuitos em paralelo = R1XR2/R1+R2
 Código de cores = Prefeitura Municipal de Varginha lava vidraça com Bombril OPS.
 Divisores de voltagem = são resistores que se aproveitam de uma mesma fonte de
força para alimentar outras cargas.
 Reostatos e potenciômetros = assimila-se a uma chave de controle de intensidade
rotativa aumentando ou diminuído a corrente.
 Múltiplos e submúltiplos = escadinha.
 Magnetismo = polos iguais se repelem; polos opostos se atraem. É a propriedade de
um objeto em atrair materiais metálicos.
 Substancias diamagnéticas – toda substancia que não é magnética.
 Escudos magnéticos – todo instrumento protegido por um ferro doce.
 Tipos de imãs – natural e artificial. O mais utilizado é o artificial pela duração e
retenção de magnetismo por mais tempo. São chamados de imãs permanentes.
 Retentividade – capacidade de um imã em reter magnetismo.
 Eletromagnetismo – enrolando-se um condutor num núcleo de ferro doce, consegue-
se energiza-lo sem qualquer conexão com fonte de DDP, apenas pela indução
eletromagnética, ou seja, pelo campo magnético que passa ao redor do fio disposto entre
dois imãs, um polo norte e um polo sul.
 Regra da mão esquerda – sentido do fluxo de corrente magnética com o polegar da
mão esquerda.
 Bobinas – núcleo de ferro doce com “loops” = espiras de cobre enrolada no ferro.
Concentra maior quantidade de magnetismo.
 Eletroímãs – são usados em motores elétricos, geradores, relés, solenoides e outros
equipamentos.
 Solenoides – dispositivo eletromagnético que aciona um mecanismo. Ex: aileron de
A320 (fly by wire).
 Relé – controla o fluxo de corrente através da permissão ou não do fluxo através de
um sinal eletromagnético.
 Baterias – Chumbo ácido e níquel cádmio (alcalina). São chamadas de baterias de
acumuladores. Objetivo das baterias – converter energia química em energia elétrica.
 Trabalho de baterias – estudar e tabelar composição e peso especifico.
 Densímetro – instrumento utilizado para a verificação e testes da bateria através de
uma amostra colhida numa das células. Numa bateria nova esta amostra varia em torno

TMA TREINAMENTOS – MÓDULO BÁSICO 20


de 30% de ácido e 70% de água. Uma bateria com cerca de 50% de carga necessita de
recarga imediata.
 Dispositivos de proteção – fusíveis, CB e protetores térmicos.
 Dispositivos de controle – chaves ou interruptores, relés.
 Medidores D’arsonval – principio aplicado ao amperímetro, voltímetro e ohmimetro.
 Multímetro –aparelho de precisão usado para medir tanto resistência, quanto corrente
quanto tensão.
 Megometro – basicamente um ohmimetro de maior faixa operacional, usado em
testes de resistência ao isolamento (MEGGER).
 Reatância indutiva – oposição ao fluxo de corrente da indutância (como se fosse o
resistor da indutância).
 Capacitância – capacidade de armazenamento (reservatório elétrico). Os
capacitores podem ser fixos ou varáveis.
 Transformadores – alteram a tensão. Ex: 110v para 220 v. Um transformador é
constituído por três partes principais: um núcleo de ferro doce, um enrolamento primário e
um enrolamento secundária.
 Diodo – transforma corrente continua em corrente alternada.
 Inversor – transforma CC em CA.
 Motor elétrico – transforma energia elétrica em energia mecânica.
 Gerador – transforma energia mecânica em energia elétrica.

GERADORES E MOTORES ELÉTRICOS

 Gerador – qualquer máquina que transforma energia mecânica em energia elétrica


pela indução eletromagnética.

 Alternador – gerador de corrente alternada (CA).

TMA TREINAMENTOS – MÓDULO BÁSICO 21


 Dínamo – gerador de corrente continua (CC).
 Princípio de funcionamento – indução eletromagnética, ou seja, polo norte + polo sul =
campo magnético. Introduzindo-se um núcleo de ferro doce, ele será energizado pelo CM,
e com auxílio de bobinas, conseguimos concentrar ainda mais o CM e intensificar corrente
e voltagem.
 Capacidade plena – capacidade máxima de magnetização de um gerador.
Normalmente quando os polos estão certinhos do lado oposto (norte e sul).
 Obs.: quanto mais voltas existir em cada aspira das bobinas, maior será a tensão e
corrente gerada.
 Construção de geradores CC – carcaça, induzido e conjunto de escovas.
 Carcaça – proteção externa, normalmente fabricada em ferro (eletromagnético) ou
em folhas de aço.
 Induzido – consiste em bobinas enroladas num núcleo de ferro doce, coletor e partes
mecânicas associadas. Possui dois formatos, anel e tambor (mais utilizado).
 Coletor – localizado na extremidade do induzido.
Quando acionado pelas escovas tende a quebrar o
torque do induzido.
 Escovas – geralmente feitas de carvão de boa
qualidade, são mantidas no lugar por ação de suportes.
Quando energizadas, acionam os coletores que irão
rotacional o induzido.
 Tipos de geradores CC – serie, paralelo e misto.
 Regulador de voltagem de operação de um gerador –
determina uma quantidade adequada de tensão para o
funcionamento adequado do gerador, evitando sobrecargas ou déficit de tensão.
 As escovas devem ser retrabalhadas com lixas de granulação 0000 e quando
atingirem cerca de 50% do seu comprimento deverão ser substituídas. Sob nenhuma
circunstância devemos utilizar esmeril ou materiais abrasivos para retrabalhos em geradores
principalmente em comutadores e escovas.
 Alternadores – são geradores de corrente alternada. Geralmente em uso de
aeronaves, são os alternadores trifásicos (polifásico).
 Inversor – converte uma CC em CA.
 Diodo – converte (retifica) uma CA para CC.
 Transmissão de velocidade constante do alternador – CSD (Constant Speed Drive) –
mantem o funcionamento e a velocidade de um alternador constante, mesmo com a
variação de potência e rotação dos motores.
 Quando submetidos a testes de bancada, os CSD’s, podem variar de 2400 a 9000
RPM.
 Motor elétrico – converte energia elétrica em energia mecânica.
 Solenoide – utiliza um sinal eletromagnético para atuar um mecanismo qualquer.
 Relé – permite ou não a passagem de corrente.

TMA TREINAMENTOS – MÓDULO BÁSICO 22


FISICA

 Matéria – tudo que ocupa lugar no espaço.


 Massa – quantidade de matéria contida num corpo. A massa não varia. Por exemplo,
80 Kg de massa na Terra, equivalem a 80Kg de massa na lua.
 Peso – aceleração da gravidade incidente sobre um corpo. Variável. Por exemplo, um
corpo de 80Kg sob ação da gravidade terrestre, pesa mais que um corpo de 80 Kg sob
ação da gravidade da lua, pois a aceleração da gravidade na lua é em torno de 6x
menor que na Terra.
 Pressão – força exercida numa certa área. Quanto maior a força maior a pressão.
Quanto menor a área, maior a pressão.
 Altitude – tem relação direta com os demais fatores atmosféricos. Quanto maior a
altitude, menor a temperatura, a pressão atmosférica e a densidade.
 Temperatura – tem relação importantíssima com as aeronaves, interferem na
operação e eficiência, bem como na determinação do teto operacional de uma
determinada aeronave.
 Densidade – quantidade de matéria, contida num certo volume. Quanto mais matéria
contida num volume, mais denso é este material.
 Potencia – quantidade de trabalho, produzida numa certa unidade de tempo.
 Força – massa x aceleração. Quanto mais massa deslocamos numa aceleração
maior, maior deverá ser a força atuando sobre este corpo.
 Velocidade – distância percorrida por unidade de tempo.
 Leis de Newton:

1ª Lei de Newton Inercia Sair do estado de repouso


2ª Lei de Newton Força = massa x Quanto maior a massa e a aceleração,
aceleração maior a força
3ª Lei de Newton Ação e reação Para toda ação corresponde uma reação de igual intensidade
em sentido oposto

 Lei de Pascal – toda força aplicada a um fluido terá a mesma intensidade em todos os
sentidos de propagação.
 Princípio de Arquimedes – teoria de funcionamento da origem da sustentação dos
aeróstatos (aeronaves mais leves que o ar). A sustentação será proporcional a quantidade
de fluido deslocado por um corpo.
 Princípio de Bernoulli – Venturi. Lembrando que no estreitamento do Venturi, a pressão
diminui e a velocidade aumenta.

TMA TREINAMENTOS – MÓDULO BÁSICO 23


 Calorimetria – escalas absolutas: Celsius, Fahrenheit e Kelvin.
 Zero absoluto – é a menor temperatura possível. É igual a -273,15°C / 0°K / -459,67°F.
 Umidade relativa – quantidade de vapor d’água contida na atmosfera. A umidade
relativa varia de 0 a 100% enquanto a quantidade de vapor d’água na atmosfera varia de
1 a 4%.
 Atmosfera –camada gasosa que circunda a Terra exercendo atividade protetora,
principalmente contra os raios ultravioletas e infravermelhos.
 Composição – 78% de nitrogênio / 21% de oxigênio / 1% de outros gases (sendo 0,98%
de argônio).
 Troposfera – também chamada de baixa atmosfera, é a camada que possui a maior
quantidade de ocorrências meteorológicas. Grande parte dos voos de aeronaves de
pequeno porte, são efetuados nesta camada. Porém o alto índice de turbulência, inibe a
atividade intensa de aeronaves de grande porte nesta camada. Principal característica
GVT (Gradiente Vertical térmico)
 Tropopausa – onde grande parte dos voos comerciais são realizados, devido ao
fenômeno conhecido como ISOTERMIA (temperatura constante)
 Estratosfera – onde o céu ganha a coloração azul devido a reflexão dos raios solares
nos átomos de hidrogênio (em abundancia nesta camada). Possui a chamada
OZONOSFERA (Camada de ozônio) filtrando os gases bons dos gases ruins e garantindo
nossa sobrevivência.
 Ionosfera – onde se inicia a absorção dos raios do sol.
 Exosfera – se confunde com o espaço sideral.
 Atmosfera padrão ISA – temperatura = 15°C / Pressão = 14,7 p.s.i / 1013,2 hPa / 1 ATM /
29,92 in/HG / 760 mm/HG ou 76 cm/HG.

TMA TREINAMENTOS – MÓDULO BÁSICO 24


 Propagação de calor – forma como o calor é conduzido, sempre dos corpos mais
quentes para os corpos mais frios.
 Condução – molécula a molécula,
 Adveccção – temperatura transportada pelo vento na horizontal
 Convecção – temperatura transportada pelo vento na vertical.

 Fórmulas e conversão – confira a tabela de conversão de temperatura:

Conversão de Para Fórmula

Grau Celsius Grau Fahrenheit °F = °C × 1,8 + 32

Grau Fahrenheit Grau Celsius °C = (°F − 32) / 1,8

Grau Celsius Kelvin K = °C + 273,15

Kelvin Grau Celsius °C = K − 273,15

MATERIAIS DE AVIAÇÃO E PROCESSOS

 Materiais – a segurança e eficiência da aeronave condiz a correta seleção dos


materiais com relação aos aspectos físicos e estruturais, bem como banhos químicos
apropriados e outras características.
 Elementos de máquina – parafusos, porcas, são identificados normalmente pelo
fabricante. As padronizações mais comuns são NA (Air force Navy), NAS ( National Aircraft
Standard) e MS (Military Standard).
 Parafusos – dispositivos de fixação que permitem rigidez e segurança na união de
peças.
 Bolts – parafusos utilizados quando necessita-se de grande firmeza. Possui sua ponta
rombuda.
 Screws – chamados de rosca soberba. Utilizado quando não é requerido uma grande
firmeza.
 NC – filetes grossos (pouca parte rosqueada) / NF – (filetes finos (bastante parte
rosqueda) – NF é usada em motores de aeronaves.
 Classificação de firmeza na fixação:
 Loose fit – Ajuste com folga. Aperta-se o fixador sem uso de ferramenta quaisquer.
 Free fit – Ajuste livre. É permitido uma pequena folga ou jogo entre o parafuso e a
porca.

TMA TREINAMENTOS – MÓDULO BÁSICO 25


 Medium fit – Ajuste médio – um valor mínimo de folga é requerido. Este ajuste é usado
na aviação.
 Close fit – Forte ajuste ou sob pressão - zero folga. Utiliza-se ferrramentas especiais
como torquimetros.
 Roscas – as roscas podem ser designadas como direita (RH) e esquerda (LH).
 Parafusos de aviação – podem ser fabricados em aço resistente a corrosão, com
banho de cádmio ou zinco, de aço resistente a corrosão sem banho ou ainda de liga de
alumínio anodizada.
 Parafusos especiais – parafusos especiais recebem a inicial “S” (de Special)
estampada na cabeça.
 Part number (PN) – identificação dos fixadores e itens que compõem uma aeronave.
EX: AN3DD5A (NA é a padronização do fixador, 3 significa 3/16 avos de polegadas é o seu
diâmetro, DD material de fabricação, no caso liga de alumínio 2024T, 5 corresponde ao seu
comprimento = cinco oitavos de polegadas e o A indica que o fixador possui furo para
contra pino).
 Parafusos especiais – olhal, clevis, Jobolts e lockbolts.
 Jobolt – parafuso de aço, com porca de aço, possui alta resistência a vibração e ao
cisalhamento, utilizado na junção de fuselagem, cone de cauda e outras partes que
requerem alta fixação.
 Lockbolts – usado nas junções de asas, trens de pouso, células de combustíveis,
longarinas, vigas. Requer uma ferramenta pneumática para sua instalação.
 Porcas de aviação – fabricadas em aço carbono, banhado em cádimo, aço
inoxidavel, ou ligas de alumínio 2024T anodizado. Podem possuir rosca esquerda ou direita.
 As porcas são classificadas em: comuns e autofreno.
 Porcas autofreno – usada para ligações firmes, que resistam a altas vibrações.
 Arruelas de aviação – usadas para dar ajuste com relação a espessura, e para
nãopermitir que a cabeça e/ou porca do parafuse marque uma superfície macia.
 As arruelas dividem-se em planas, freno ou do tipo especiais.
 Frenagem de parafusos e porcas – amarração feita em arame especifico e com a
utilização de uma ferramenta especifica para evitar que os fixadores se soltem quando
sujeitos a altas vibrações.
 Reparos de roscas internas – substituição de buchas ou através de heli coils.
 Prendedores de abertura rápida – Dzus, Airloch e Camloch. Normalmente usados em
carenagens de aeronaves.
 Cabos de comando – cabos são utilizados para acionar superfícies de controle. Um
cabo 7x19 significa que ele possui 7 pernas, com 19 fios cada perna. Para ajustar a tensão
do cabo usamos esticadores e para determinar a quantidade de tensão ajustada ao cabo
utilizamos tensiometros.
 Rebites – mais satisfatório meio de união de metais do ponto de vista de firmeza e
acabamento. É o meio de fixação mais usado em aeronaves.

TMA TREINAMENTOS – MÓDULO BÁSICO 26


 Cabeça – cabeça de fábrica é a original, e de oficina a que sera formada pela barra
de encontro.
 São classificados em sólidos: quando necessário a barra encontradora e especial:
quando não sera necessário a barra.
 Rebites sólidos – normalmente fabricados em ligas de alumínio,são os mais usados em
reparos. Os rebites 2017T e 2024T são chamados de rebites de geladeira.
 Plásticos – dividem-se em plásticos termo-endurecidos = aquecidos, tomam o modelo
do molde e não pode mais ser alterado. Termoplásticos = podem ser aquecidos e
moldados quantas vezes forme necessário.
 Gaxetas – o’ring. São anéis de vedação para evitar folga entre duas partes moveis ou
articuladas.
 Selantes de interface – base + catalizador. Usados em reparos para evitar atrito e
corrosão e aplica impermeabilização a área.
 Corrosão – perda de material por ataque químico direto ou eletroquímico.
 Tratamento térmico – consiste basicamente no aumento da temperatura do metal
próximo ao seu ponto de fusão, e no resfriamento que organizará sua estrutura cristalina
alterando suas propriedades.
 Tempera – aumenta a dureza.
 Revenimento – diminui a fragilidade.
 Recozimento – aumenta a maciez e ductibilidade.
 Normalização – remove a rigidez e tensões da peça.
 Cementação – acréscimo de caborno superficial. Aumenta a dureza externa mas
mantem o miolo interno flexível.
 Nitretação – mesmo procedimento da cementação, mas ao invés do acréscimo de
carbono, adiciona-se nitrogênio.
 A cementação pode ser chamada de carbonetação.

DESENHOS DE AERONAVES

 Desenhos – método de transposição de ideias.


 Plantas – elo entre o engenheiro que construiu a aeronave e os mecânicos que mantem
e consertam a aeronave.
 Desenhos de trabalho – são desenhos instrucionais e informativos a mecânicos, podem
detalhar uma peça individual, um conjunto ou até mesmo a instalação do conjunto na sua
posição final na aeronave.
 Desenhos de detalhes – detalha uma peça em especifico, por exemplo, um parafuso,
diâmetro, números de fios de rosca, formato da cabeça, comprimento, ou seja, tudo sobre
o parafuso.

TMA TREINAMENTOS – MÓDULO BÁSICO 27


 Desenho de conjuntos – detalha mais que um item ou característica por exemplo, o trem
de pouso, mostra o munhão, tesoura de torção, shimmy, flanges, suportes e tubulações
hidráulicas, ou seja, detalhou mais que um item.
 Desenhos de montagem – mostra as mesmas informações do desenho de conjunto, só
que instalado na sua posição final na aeronave.
 Vista de detalhes – vista ampliada, (como se tivéssemos dado um zoom) enfatizando
uma vista em especial (frontal, lateral, Inferior).
 Bloco de títulos – RG do desenho, localizado no canto inferior direito, contém todas as
informações de rastreabilidade e normatização.
 Bloco de revisão – consta todas as alterações sofridas pelo desenho, quem autorizou,
quando foi modificado e etc.
 Lista de materiais – contém todos os itens utilizados na confecção do projeto,
quantidades e PN (Part number = código de barras) dos itens.
 Extensões – para um mesmo item com outras vistas, utilizamos extensões. Ex: 1234 – 1
(Lado direito0 / 1234-2 (lado esquerdo).
 Numeração – agiliza e facilita a identificação de um desenho.
 Zoneamento – praticamente um sistema de coordenadas geográficas só que com
números e letras (como o mapa de são Carlos). Por Ex: H 6, Y 15, facilita a busca por peças e
componentes da aeronave.
 Marcas de acabamento – indicam acabamento por máquina. Ex: fresa, retifica, torno.
 Tolerâncias – indica a margem de erro para mais ou para menos. Ex: 30 cm com
tolerância de + ou – 2. Pode ser 32 cm ou 28 cm.
 Linhas de cota – emprega dimensão ao item. Comprimento, largura, altura,
profundidade, diâmetro, área, chanfro, raio. Sempre precedido da unidade de medida: mm,
cm, polegadas.
 Linhas de centro – definem se um item é simétrico ou assimétrico.
 Hachuras – indicam qual o material utilizado na confecção de uma peça. Ex: aço,
alumínio, madeira.
 Simbologia – símbolos elétricos, hidráulicos, pneumáticos, são usados para informar e
comunicar mais conteúdo ocupando menos espaço aos mecânicos.
 Desenhos pictoriais – semelhante a uma fotografia, mostra como a peça é realmente.
Normalmente confeccionado por softwares como Autocad, Solidworks, Iventure entre outros
 Projeção ortográfica – mostra o mesmo item por várias vistas diferentes (frontal, superior,
lateral direita, lateral esquerda, inferior e traseira). 6 vistas.
 Diagrama esquemático – mostra o funcionamento de um sistema em particular da
aeronave. Ex: esquemático de funcionamento do motor. Por onde o ar entra, é misturado
com o combustível e etc. FUNCIONAMENTO.
 Diagrama de instalação – mostra a localização dos itens da aeronave geral ou de um
sistema em particular. LOCALIZAÇÃO.
 Esboço – desenho simples, sem grande riqueza de detalhes. Usado normalmente
quando é necessária uma substituição de peças.

TMA TREINAMENTOS – MÓDULO BÁSICO 28


 Microfilme – ato de catalogar peças. Facilita e preserva o desenho durante uma
estocagem ou armazenagem.

CADERNOS DE EXERCICIOS DE BÁSICO

Desenvolvimento:

MATÉRIA ACERTOS ERROS APROVEITAMENTO


Aerodinâmica
Peso e
balanceamento

Combustíveis
Tubulações
Ferramentas
Inspeções
Eletricidade
Geradores
Física
Materiais
Desenhos

 De 200 a 220 acertos = excelente


 De 180 a 200 acertos = ótimo
 De 150 a 180 acertos = bom
 De 130 a 150 acertos = regular
 Abaixo de 130 acertos = ruim

TMA TREINAMENTOS – MÓDULO BÁSICO 29

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