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2-(UFRGS-RS) "O sapo-tanoeiro, Parnasiano aguado, Diz: -'Meu cancioneiro É bem martelado..."'
O poema, “Os sapos", de Manuel Bandeira, per- tence ao primeiro momento do Modernismo bra- sileiro, em que
ocorreu uma tomada de posição contra:
a) a expressão de sentimentos, o culto de temas clássicos, a atitude impessoal e erudita do poe- ta.
b) a interferência emocional do poeta, a lingua- gem classicizante, as rimas ricas.
c) o culto de rimas ricas, o metro perfeito, a ex- pressaõ classicizante.
d) a ênfase oratória, as atitudes sentimentais, a poesia pessoal.
Nesse sentido, todos os posicionamentos ideológicos estiveram voltados para uma espécie de
denúncia, levando em conta a situação vigente da época em questão. Dessa forma, aproveitando
desse “aparato”, o trabalho envolvendo o psicológico dos personagens se fez uma constante em todas
as obras desse nobre escritor, Graciliano Ramos.
4) (PUC-PR) Graciliano Ramos, cujos livros chegaram à publicação a partir de 1933, distingue-se no
quadro amplo da literatura que a partir do Modernismo foi produzida. É marca de sua modernidade,
que se constitui de maneira peculiar e distinta:
a) a elevação da caatinga a espaço mítico de transcendência e superação do real.
a) Modernismo
b) Parnasianismo
c) Romantismo
d) Realismo
e) Simbolismo
Resposta:
Resposta:
Alternativa e. O poema Tabacaria, de Álvaro de Campos, mostra o sentimento de revolta e
inconformismo do eu lírico. É predominantemente niilista, uma das fases poéticas pelas
quais o heterônimo passou.
9. Autopsicográfica
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que leem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
Fernando Pessoa
O trovador
Sentimentos em mim do asperamente
dos homens das primeiras eras...
As primaveras do sarcasmo
intermitentemente no meu coração arlequinal...
Intermitentemente...
Outras vezes é um doente, um frio
na minha alma doente como um longo som redondo...
Cantabona! Cantabona!
Dlorom...
Sou um tupi tangendo um alaúde!
ANDRADE, M. In: MANFIO, D. Z. (Org.) Poesias completas de Mário de Andrade.
Belo Horizonte: Itatiaia, 2005.
Cara ao Modernismo, a questão da identidade nacional é recorrente na prosa e na poesia de Mário de Andrade.
Em O trovador, esse aspecto é
a) abordado subliminarmente, por meio de expressões como “coração arlequinal” que, evocando o carnaval,
remete à brasilidade.
b) verificado já no título, que remete aos repentistas nordestinos, estudados por Mário de Andrade em suas
viagens e pesquisas folclóricas.
c) lamentado pelo eu lírico, tanto no uso de expressões como “Sentimentos em mim do asperamente” (v. 1),
“frio” (v. 6), “alma doente” (v. 7), como pelo som triste do alaúde “Dlorom” (v. 9).
d) problematizado na oposição tupi (selvagem) x alaúde (civilizado), apontando a síntese nacional que seria
proposta no Manifesto Antropófago, de Oswald de Andrade.
e) exaltado pelo eu lírico, que evoca os “sentimentos dos homens das primeiras eras” para mostrar o orgulho
brasileiro por suas raízes indígenas.
Resposta: D
Em O Trovador, a problemática em relação à questão da identidade nacional é pela fusão e oposição (símbolo
do primitivo -selvagem) e alaúde (símbolo do civilizado), temática recomendada no ManifestoAntropófago, de
Oswald de Andrade.
O poema de Oswald de Andrade remonta à ideia de que a brasilidade está relacionada ao futebol. Quanto à
questão da identidade nacional, as anotações em torno dos versos constituem
a) direcionamentos possíveis para uma leitura crítica de dados histórico-culturais.
b) forma clássica da construção poética brasileira.
c) rejeição à ideia do Brasil como o país do futebol.
d) intervenções de um leitor estrangeiro no exercício de leitura poética.
e) lembretes de palavras tipicamente brasileiras substitutivas das originais.
Resposta: A
A instalação “Brasilidade em construção” explora elementos socioculturais defendidos pelos primeiros
modernistas, fazendo referência ao futebol como instrumento de supremacia sobre os portugueses, nossos
colonizadores. As anotações feitas em torno dos versos denunciam possíveis direcionamentos para uma leitura
crítica de dados histórico-culturais. Conhecer algumas das características da 1ª fase do Modernismo é
fundamental para a resolução da questão.
a) “Não entrem no verso culto o calão e solecismo, a sintaxe truncada, o metro cambaio, a indigência das
imagens e do vocabulário do pensar e do dizer.”
b) “Vestir a Ideia de uma forma sensível que, entretanto, não terá seu fim em si mesma, mas que, servindo
para exprimir a Ideia, dela se tornaria submissa.”
c) “Minhas reivindicações? Liberdade. Uso dela; não abuso.” “E não quero discípulos. Em arte: escola =
imbecilidade de muitos para vaidade dum só.”
d) “Na exaustão causada pelo sentimentalismo, a alma ainda tremula e ressoante da febre do sangue, a alma
que ama e canta porque sua vida é amor e canto, o que pode senão fazer o poema dos amores da vida real?”
e) “O poeta deve ter duas qualidades: engenho e juízo; aquele, subordinado à imaginação, este, seu guia,
muito mais importante, decorrente da reflexão. Daí não haver beleza sem obediência à razão, que aponta o
objetivo da arte: a verdade.”
14) - (ENEM) “Poética”, de Manuel Bandeira, é quase um manifesto do movimento modernista brasileiro de 1922.
No poema, o autor elabora críticas e propostas que representam o pensamento estético predominante na época.
Poética
(BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa. Rio de janeiro: José Aguilar, 1974)
Resolução: Ao nos atermos aos pressupostos ideológicos que demarcaram a estética modernista, todas as
proposições, exceto a letra “é”,consideram-se como incoerentes, uma vez que um dos posicionamentos de Manuel
Bandeira era de extrair poesia das coisas mais banais da realidade, renegando assim o sentimentalismo exacerbado
dos românticos (por isso, ele não retoma ao movimento), bem como repudiando quaisquer traços formais em
termos de estética, razão pela qual se pautava, sobretudo, pelo uso do verso livre (por isso, não retomou ao
movimento clássico).
a. do futurismo
b. do Concretismo
c. do Hiper-realismo
d. da arte popular
e. da arte cinética.
16.(FMU-SP) O tema da pátria distante foi retomado por muitos poetas. Um deles, Oswald de
Andrade, do Modernismo.
17
(Ene
m-
2004)
A
tirinh
a de
Hagar
estab
elece
um
intere
ssant
e contraponto com o poema Eu sou do tamanho do que vejo, de Alberto Caeiro:
(Alberto Caeiro)
A tira Hagar e o poema de Alberto Caeiro (um dos heterônimos de Fernando Pessoa) expressam, com
linguagens diferentes, uma mesma ideia: a de que a compreensão que temos do mundo é condicionada,
essencialmente,
a. ritmo psicológico.
b. cotidianismo.
R: e
R: b
d) A palavra “vanguarda” tem origem no francês avant-garde, que significa “o que marcha na frente”,
ou seja, as correntes de vanguarda antecipavam o futuro com suas práticas artísticas inovadoras e
nada convencionais.
e) Não havia um projeto artístico em comum que agregasse os artistas de vanguarda em torno de uma
única proposta, contudo, estavam unidos por uma mesma causa: a de inovar as artes e romper com os
padrões clássicos vigentes.
R:b
21)(Enem 2010)
AMARAL, Tarsila do. O mamoeiro. 1925, óleo sobre tela, 65x70, IEB//USP
O modernismo brasileiro teve forte influência das vanguardas europeias. A partir da Semana de Arte
Moderna, esses conceitos passaram a fazer parte da arte brasileira definitivamente. Tomando como
referência o quadro O mamoeiro, identifica-se que, nas artes plásticas, a
R:b
22) Uma linha de coerência se esboça através dos zigue-zagues de sua vida. Ora espiritualista, ora
marxista, criando um dia o Pau-Brasil, e logo buscando universalizá-lo em antropofagia, primitivo e
civilizado a um tempo, como observou Manuel Bandeira, solapando o edifício burguês sem renunciar à
habitação em seus andares mais altos, Oswald manteve sempre intata sua personalidade, de sorte a
provocar, ainda em seus últimos dias, a irritação ou a mágoa que inspirava quando fauve modernista
de 1922. (Carlos Drummond de Andrade, Poesia e prosa.)
Carlos Drummond de Andrade identifica, no texto transcrito, uma linha de coerência na vida de
Oswald de Andrade. Esta coerência se verifica, segundo o texto,
b) na criação poética.
Modernismo:
23-(ENEM) “Poética”, de Manuel Bandeira, é quase um manifesto do movimento modernista
brasileiro de 1922. No poema, o autor elabora críticas e propostas que representam o pensamento
estético predominante na época.
Poética
(BANDEIRA, Manuel. Poesia completa e prosa. Rio de janeiro: José Aguilar, 1974)
b) As tendências literárias que compuseram as vanguardas europeias estavam unidas por um único projetor
artístico, cuja proposta era a de retomar os ideais clássicos nas artes e na literatura.
d) A palavra “vanguarda” tem origem no francês avant-garde, que significa “o que marcha na frente”, ou
seja, as correntes de vanguarda antecipavam o futuro com suas práticas artísticas inovadoras e nada
convencionais.
e) Não havia um projeto artístico em comum que agregasse os artistas de vanguarda em torno de uma única
proposta, contudo, estavam unidos por uma mesma causa: a de inovar as artes e romper com os padrões
clássicos vigentes.
26- Movimento literário brasileiro que recebeu influências de vanguardas europeias, tais como o
Futurismo e o Surrealismo:
a) Modernismo
b) Parnasianismo
c) Romantismo
d) Realismo
e) Simbolismo
29)Assinale a alternativa que menciona somente movimentos artísticos das Vanguardas Europeias
A)Barroco, Rococó e Art-nouveau.
b)Expressionismo, Cubismo e Surrealismo.
c)Neoclassicismo, Impressionismo e Romantismo.
d)Pop-art, Dadaísmo e Futurismo.
e)Construtivismo, Concretismo e Naturalismo.
RESPOSTA : LETRA B
30)
Vício na fala
Para dizerem milho dizem mio
Para melhor dizem mió
Para pior pió
Para telha dizem teia
Para telhado dizem teiado
E vão fazendo telhados.
(Oswald de Andrade)
Sobre o poema de Oswald de Andrade, julgue as seguintes proposições:
I. O poema de Oswald de Andrade volta-se contra o preconceito linguístico e nos chama a atenção para a
necessidade de uma espécie de ética linguística pautada na diferença entre as línguas, nesse caso em uma
única língua.
II. O poema critica a maneira de falar do povo brasileiro, sobretudo das classes incultas que desconhecem o
nível formal da língua.
III. Para ele, os falantes que dizem “mio”, “mió”, “pió”, “teia”, “teiado”, de certa forma, constroem um “telhado”,
ou seja, criam novas formas de pronúncia que se sobressaem, em muitos casos, à norma culta.
IV. A palavra “vício”, encontrada no título do poema, denota certo preconceito linguístico do autor, que julga a
norma culta superior ao coloquialismo presente na fala das pessoas menos esclarecidas.
a) Todas estão corretas.
b) I e III estão corretas.
c) I, III e IV estão corretas.
d) II e III estão corretas.
GABARITO:
Alternativa “b”. Em razão do projeto político do autor e da escola literária à qual Oswald de Andrade pertencia,
podemos afirmar que o “vício” é, na verdade, uma virtude, uma marca de regionalismo importante para a
construção da identidade nacional, bandeira defendida pelos primeiros modernistas. Através da linguagem,
Oswald conseguiu contrastar as diferenças entre a classe culta e a classe operária, essa última responsável por
usar variantes e regionalismos. Contudo, não há intenção preconceituosa no posicionamento de Oswald, que
sempre buscou a valorização do Brasil real presente na linguagem empregada pelo povo.
36) (Ufam) Leia o texto abaixo, referente a uma “receita” para se fazer um poema:
“Pegue um jornal. Pegue a tesoura. Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar
a seu poema. Recorte o artigo. Recorte em seguida com atenção algumas palavras que formam
esse artigo e metas num saco. Agite suavemente. Tire em seguida cada pedaço um após o outro.
Copie conscienciosamente na ordem em que elas são tiradas do saco. O poema se parecerá com
você. E ei-lo um escritor infinitamente original e de uma sensibilidade graciosa, ainda que
incompreendido do público.”
TZARA, Tristan. In: TELES, Gilberto Mendonça. Vanguarda europeia e modernismo brasileiro.
9. ed. Petrópolis: Vozes, 1986. p.132.
Essa “teoria poética”, que tende para o mais completo anarquismo, é uma plataforma do:
a) Futurismo
b) Expressionismo
c) Dadaísmo
d) Surrealismo
e) Cubismo
Resposta- C
“A coceira no ouvido atormentava. Pegou o molho de chaves, enfiou a mais fininha na cavidade.
Coçou de leve o pavilhão, depois afundou no orifício encerado. E rodou, virou a pontinha da
chave em beatitude, à procura daquele ponto exato em que cessaria a coceira. Até que, traque,
ouviu o leve estalo e a chave enfim no seu encaixe percebeu que a cabeça lentamente se abria.”
Marina Colasanti. Contos de Amor Rasgado. Rio de Janeiro: Rocco, 1986. p. 11.
II. II. Como indica o título da obra em que o texto está inserido, trata-se de um conto, gênero
literário que exige um núcleo narrativo complexo e plural.
III. III. O texto revela fortes tendências do Surrealismo, movimento de vanguarda do século XX,
que tem por característica, entre outras, aproximar a linguagem da estrutura do sonho.
IV. IV. O texto explora a polissemia contida nos vocábulos ‘abertas' e ‘abria'. O final do texto,
no entanto, sugere uma interpretação predominantemente literal e, assim, consegue o efeito de
estranhamento.
V. V. Pela sua curta dimensão e pelo teor dos fatos narrados, o texto faz parte da antologia da
primeira fase do Modernismo brasileiro, quando predominaram os poemas-piada. A afirmativa é
verdadeira nos itens
a) I, IV e V, apenas.
b) II e IV, apenas.
c) I, II e III, apenas.
" Multiplique-me, para me sentir, Para senti-me, precisei sentir tudo, Transbordei-me, não fiz
senão extravasar-me"
39) Uma das principais características de Alberto Caeiro: ele "pensa" com os sentidos. Todos os
seus versos a seguir revelam essa característica, exceto:
a) Principal corrente de vanguarda da Literatura Brasileira, rompeu com a estrutura discursiva do verso tradicional,
valendo-se de materiais gráficos e visuais que transformaram a estrutura do poema.
b) Busca pelo sentido da existência humana, confronto entre o homem e a realidade, reflexão filosófico-
existencialista, espiritualismo, preocupação social e política, metalinguagem e sensualismo.
c) Os escritores de maior destaque da primeira fase do Modernismo defendiam a reconstrução da cultura brasileira
sobre bases nacionais, revisão crítica de nosso passado histórico e de nossas tradições culturais, eliminação do
complexo de colonizados e uso de uma linguagem própria da cultura brasileira.
d) Amadurecimento da prosa, sobretudo do romance, enfoque mais direto dos fatos, influência da estética Realista-
Naturalista do século XIX e caráter documental, como no livro Vidas secas, de Graciliano Ramos.