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Ernani Pimentel • Viviane Alves • José Almir Fontella Dornelles

Josimar Padilha • Érico Valverde de Souza

Conhecimentos básicos para


todos os cargos

NÍVEL
SUPERIOR

Língua Portuguesa • Raciocínio Lógico e Matemático


Legislação Aplicada à EBSERH • Legislação Aplicada ao SUS

2013
© 2013 Vestcon Editora Ltda.

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da obra, bem como às suas características gráficas.

Título da obra: EBSERH – Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares


Conhecimentos Básicos para todos os Cargos
Atualizada até 6-2013 (AE67)

(Conforme Edital nº 04 – EBSERH - Área Administrativa, de 25 de junho de 2013 – IBFC)

Língua Portuguesa • Raciocínio Lógico e Matemático


Legislação Aplicada à EBSERH • Legislação Aplicada ao SUS

Autores:
Ernani Pimentel • Viviane Alves • José Almir Fontella Dornelles
Josimar Padilha • Érico Valverde de Souza

DIRETORIA EXECUTIVA ASSISTENTE EDITORIAL


Norma Suely A. P. Pimentel Gabriela Tayná Moura de Abreu

PRODUÇÃO EDITORIAL ASSISTENTE DE PRODUÇÃO


Rosângela Sandy Tiago Jaqueline Câmara

EDIÇÃO DE TEXTO EDITORAÇÃO ELETRÔNICA


Cláudia Freires Adenilton da Silva Cabral
Paulo Henrique Ferreira Carlos Alessandro de Oliveira Faria
Diogo Alves
CAPA Marcos Aurélio Pereira
Anderson Moraes Lopes
REVISÃO
ILUSTRAÇÃO Ana Paula Oliveira Pagy
Lucas Fuschino Dinalva Fernandes
Micah Abe Érida Cassiano
Giselle Bertho
PROJETO GRÁFICO Micheline Cardoso Ferreira
Clicktime Design Raysten Balbino Noleto

SEPN 509 Ed. Contag 3º andar CEP 70750-502 Brasília/DF


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EBSERH

SUMÁRIO

Língua Portuguesa
Interpretação de texto:
informações literais e inferências possíveis ..................................................................................................................... 7
ponto de vista do autor ................................................................................................................................................... 8
significação contextual de palavras e expressões ............................................................................................................ 8
relações entre ideias e recursos de coesão ..................................................................................................................... 9
figuras de es lo ............................................................................................................................................................ 10

Conhecimentos linguísƟcos:
ortografia: emprego das letras ...................................................................................................................................... 16
divisão silábica ............................................................................................................................................................... 18
acentuação gráfica......................................................................................................................................................... 19
encontros vocálicos e consonantais, dígrafos ....................................................................................................................
classes de palavras: substan vos, adje vos, ar gos, numerais, pronomes, verbos, advérbios, preposições,
conjunções, interjeições: conceituações, classificações, flexões, emprego, locuções.......................................................
Sintaxe: estrutura da oração, estrutura do período ...................................................................................................... 42
concordância (verbal e nominal) ................................................................................................................................... 52
regência (verbal e nominal) ........................................................................................................................................... 61
crase .............................................................................................................................................................................. 68
colocação de pronomes................................................................................................................................................. 72
pontuação...................................................................................................................................................................... 75
LÍNGUA PORTUGUESA
Ernani Pimentel / Viviane Alves / José Almir Fontella Dornelles

Viviane Alves e) Descrições Definidas

Exemplo: João viu o disco voador azul.


INTERPRETAÇÃO DE TEXTO:
Pressuposto – Existe um disco voador.
INFORMAÇÕES LITERAIS E INFERÊNCIAS
POSSÍVEIS Exemplo II: O representante da turma é gordo.
Uma das belezas da análise textual é perceber que o texto
Pressuposto – Existe um representante da turma.
muitas vezes diz coisas que parece não estar dizendo: além do
que é explicitamente exposto, o texto geralmente traz infor-
mações que ficam implícitas: subentendidas ou pressupostas. Os autores de textos geralmente confiam que os leitores
Um leitor competente é capaz de ler as entrelinhas do farão certas deduções lógicas com base no que foi posto
texto e perceber as informações que aparecem por trás do ou suposto no texto. A essas deduções damos o nome de
que foi escrito. Essas informações podem estar sob forma subentendidos ou inferências.
de pressupostos ou inferências. Inferência: processo de dedução de informações im-
plícitas do texto, possuem uma relação lógica dentro do
Pressupostos: ideias apresentadas implicitamente pelo contexto, apesar de muitas vezes não poderem ser provadas
texto, ou seja, ideias que não estão escritas, mas podem ser textualmente.
verificadas por certas palavras e expressões con das no texto. O processo de fazer inferências parece simples para um
leitor habilidoso, mas para quem não tem prá ca em uma
Por exemplo, na frase Bocão parou de beber, implicita- leitura a va é importante lembrar que é a a vação de certos
mente comunica-se que Bocão no momento da fala não bebe esquemas, formados pela experiência de mundo que o leitor
mais, todavia ele bebia antes. possui, que nos permite fazer inferências. E mais, a leitura
Na leitura e interpretação de um texto é muito impor- torna-se len ficada e a compreensão do texto comprome da
tante detectar os pressupostos, pois por meio deles o autor quando fazemos inferências erradas; por exemplo, quando
leva o leitor a aceitar o que está sendo comunicado. lemos Marcos estava a caminho da escola. Ele estava pre-
No texto, os pressupostos podem ser a vados por meio ocupado com a lição de Português. Temia não ser capaz de
de vários elementos linguís cos, entre eles: controlar a classe, se inferirmos que Marcos é um aluno
a) Certos Verbos teremos dificuldades de compreender porque ele teme não
controlar a turma; já se inferirmos que ele é o professor de
Exemplo I: A violação do painel do Congresso tor- Português tudo se torna mais claro.
nou-se pública.

Pressuposto – A violação não era pública antes. PONTO DE VISTA DO AUTOR E


RECURSOS DA ARGUMENTAÇÃO
Exemplo II: João esqueceu de abrir a porta.
O Ponto de Vista do Autor
Pressuposto – João deveria ou desejava abrir a porta.
Todo texto produzido, independentemente da forma
b) Certos Advérbios
como ele se apresenta, deixa transparecer o ponto de vista
Exemplo: Priscila ficou sabendo do fato depois de da pessoa que o produziu. Segundo alguns pesquisadores
encontrar João. da Linguís ca Textual, pode-se afirmar que nenhum texto,
por mais informa vo que seja, é neutro. Em maior ou menor
Pressuposto – Priscila encontrou João/ Priscila não grau, sempre nos u lizamos deles a favor de nossas ideolo-
sabia do fato antes. gias, de nossas verdades, de nossos juízos de valor. É como
afirma Ingedore G. Villaça Koch, em sua obra Argumentação
c) Sentenças Clivadas e Linguagem: “a todo e qualquer discurso subjaz uma ide-
ologia, na acepção mais ampla do termo”. A exposição de
Exemplo: Não foi Pedro que faltou à aula. um ponto de vista sobre determinado assunto pode se dar
Pressuposto – Alguém faltou à aula. de maneira explícita, quando o autor do texto marca aber-
tamente sua opinião ou de maneira implícita, quando ele
d) Orações Adje vas usa de processos inferenciais a fim de que o leitor perceba
sua intenção. Por isso, para a localização de pontos de vista
LÍNGUA PORTUGUESA

Exemplo I: Os homens, que têm seu preço, são fáceis é preciso considerar tanto as informações que aparecem
de corromper. registradas no texto quanto aquelas que subjazem nele.
Observe o texto a seguir.
Pressuposto – Todos os homens têm um preço. Todos sabem que é muito comum após o casamento,
Exemplo II: Os homens que têm seu preço são fáceis o cônjuge não se entender com a mãe do parceiro. A sogra
de corromper. é metaforicamente classificada em piadas, charges e até
mesmo em conversas com amigos e amigas, como víbora,
Pressuposto – Nem todos os homens são fáceis de cascavel, jararaca e outros animais peçonhentos. A origem
corromper, pois só alguns têm seu preço. dos problemas entre sogra e nora ou genro, não raro está

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associada à maneira preconceituosa como vemos os outros senvolvem, novos gêneros podem surgir. O pesquisador Mar-
e à forma autopiedosa com que nos vemos. É como conta cuschi enfa za que os gêneros são reconhecidos socialmente
aquela história: “há muito tempo atrás, uma moça chamada e possuem, no geral, nomes consagrados por prá cas sociais
Lili se casou e foi viver com o marido e a sogra. Depois de de referência. São exemplos de gêneros textuais, os e-mails,
alguns dias, passou a não se entender com a sogra. As per- os manuais de instrução, as receitas de bolo, as cartas, as pia-
sonalidades delas eram muito diferentes e Lili foi se irritando das, os relatórios, os resumos, entre inúmeros outros.
com os hábitos da sogra que sempre a cri cava. Anos se pas- Para sua prova os gêneros mais comuns são:
saram e Lili e sua sogra cada vez discu am e brigavam mais. • Editorial: texto jornalís co, de caráter opina vo, por
De acordo com an ga tradição chinesa, a nora nha que meio do qual o editorialista veicula seus comentários
se curvar à sogra e a obedecer em tudo. Lili, já não suportan- e avaliações acerca dos assuntos a serem tratados
do mais conviver com a mãe de seu marido decidiu tomar naquela edição, em nome de toda a equipe, por isso
uma a tude e foi visitar um amigo de seu pai, que a ouviu e ele não costuma vir assinado. Devido ao seu caráter,
depois com um pacote de ervas lhe disse: o editorial não tem compromisso com a imparcialida-
- Você não poderá usá-las de uma só vez para se libertar de. Normalmente vem com uma borda diferenciada
de sua sogra porque isso causaria suspeitas. Vou lhe dar várias para que o leitor perceba que se trata de um texto de
ervas que irão lentamente envenenando-a. A cada dia ponha cunho opina vo e não de uma no cia.
um pouco destas ervas na comida dela. Agora, para ter certeza • Carta de Leitor: texto jornalís co, de caráter opina vo,
de que ninguém suspeitará de você quando ela morrer, você por meio do qual o leitor expressa seu ponto de vista
deve ter muito cuidado e agir de forma muito amigável. Não sobre os conteúdos lidos no jornal ou na revista. Mes-
discuta, ajudarei a resolver seu problema, mas você tem que mo não tendo uma estrutura fixa, por ser considerado
me escutar e seguir todas as instruções que eu lhe der. um subgênero da carta, nesse po de texto aparece o
Lili ficou muito contente, agradeceu ao Sr. Huang e voltou interlocutor e a referência direta ao assunto. É impor-
apressada para casa pra começar o projeto de assassinar a tante ressaltar que esse po de carta tem sempre dois
sua sogra. des natários: um direto – o jornal ou revista a que a carta
Semanas se passaram e a cada dois dias, Lili servia a comi- foi encaminhada – e um indireto – os demais leitores,
da especialmente feita para a sogra. Ela sempre se lembrava que tomam conhecimento do texto após sua publicação.
do que Sr.Huang nha recomendado sobre evitar suspeitas e • ArƟgo de Opinião: texto jornalís co, de caráter argu-
assim ela controlou o seu temperamento, obedeceu à sogra menta vo, por meio do qual o produtor expressa seu
e a tratou como se fosse sua própria mãe. ponto de vista acerca de tema da atualidade. Nesse
Depois de seis meses a casa inteira estava com outro as- gênero o produtor procura convencer o leitor acerca
tral. Lili nha controlado o seu temperamento e quase nunca de sua opinião, por isso usa tanto argumentos com-
se aborrecia. Nesses seis meses não nha do nenhuma prováveis, quanto ques onamentos que levem o leitor
discussão com a sogra, que agora parecia muito mais amável à reflexão, ironias, impera vos e apelos emocionais.
e mais fácil de lidar. As a tudes da sogra também mudaram Para destacar que o ar go é a opinião do jornalista que
e elas passaram a se tratar como mãe e filha. Um dia Lili foi o escreve, esse gênero, diferentemente do editorial,
novamente procurar o Sr. Huang para pedir-lhe ajuda e disse: recebe a assinatura de seu produtor e costuma ser
- Querido Sr. Huang, por favor, me ajude a evitar que o escrito na primeira pessoa do singular, sendo válido
veneno mate minha sogra! Ela se transformou numa mulher também o uso da 3ª pessoa.
agradável e eu a amo como se fosse minha mãe. Não quero • Noơcia: texto jornalís co, de caráter informa vo, que
que ela morra por causa do veneno que eu lhe dei. serve para que o produtor informe o leitor, de maneira
Sr. Huang sorriu e disse: simples e clara, sobre acontecimentos da atualidade.
As frases desse po de texto são curtas e a linguagem
- Lili, não precisa se preocupar. As ervas que eu dei eram
é acessível porque se pretende que a no cia seja
vitaminas para melhorar a saúde dela. O veneno estava na
entendida já numa primeira leitura. As no cias mais
sua mente e na sua a tude, mas foi jogado fora e subs tuído
formais apresentam o chamado lead – apresentação
pelo amor que você passou a dar a ela.
dos dados “o que”, “como”, “onde” e “por quê” – no
Como você pode perceber, um ponto de vista do autor primeiro parágrafo.
vem marcado explicitamente no penúl mo período do 1º • Crônica: texto geralmente veiculado em jornais e
parágrafo, quando ele afirma que “A origem dos problemas revistas, de caráter narra vo, que serve para apre-
entre sogra e nora ou genro, não raro está associada à sentar relatos sobre um tema contemporâneo ao seu
maneira preconceituosa como vemos os outros e à forma produtor. Esse gênero diferencia-se dos demais textos
autopiedosa com que nos vemos”. Mas há outros juízos de jornalís cos devido à linguagem poé ca que u liza,
valor presentes nas entrelinhas do texto, entre eles nós de- mostrando o viés ar s co do produtor, já que sua fina-
duzimos que o autor isenta as sogras de a tudes perversas lidade não é a informação, mas a análise. É justamente
com relação aos cônjuges de seus filhos, o que acontece é, pela linguagem que u liza que a crônica convive tanto
na verdade, reflexo da a tude de um no outro. Podemos com o jornalismo quanto com a literatura.
até alargar o entendimento é afirmar que o autor pretende • Conto: texto narra vo, em que a história gira em torno
não apenas discu r a relação sogra e nora ou genro, mas de um único conflito, por isso o número de persona-
transmi r uma opinião sobre os relacionamentos humanos. gens, o espaço e o enredo são limitados.
LÍNGUA PORTUGUESA

• Fábula: texto narra vo, com cunho moralizador em


GÊNEROS TEXTUAIS que os personagens são animais que transmitem
ensinamentos por meio das ações que realizam na
O estudo dos gêneros textuais consiste no reconheci- história. Quando a fábula apresenta como perso-
mento das caracterís cas sociocomunica vas dos diferentes nagens seres inanimados, recebe o nome de apólogo.
textos que circulam em nosso dia a dia. • Reportagem: texto jornalís co, de caráter inves ga -
Para classificar um gênero, o leitor leva em consideração o vo-informa vo que transmite informações aprofunda-
tema, o modo de composição, a função, o meio de veiculação das sobre o acontecimento abordado. Diferentemente
e o es lo. À medida que novas formas de comunicação se de- da no cia, em que o jornalista informa de maneira

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direta e rápida sobre o acontecimento, na reportagem Ambiguidade: jogo de palavras/duplo sen do.
o produtor levanta questões, faz comentários e argu-
mentações a par r da inves gação feita por ele ou por Diferentemente da polissemia, na ambiguidade os dois
sua equipe. As reportagens tradicionais dividem-se sen dos se aplicam ao contexto, de forma que não é possível
em Manchete: tulo da matéria que resume o que garan r o sen do exato, como na frase “O nosso negócio é
será abordado, lead e corpo – desenvolvimento da seguro”, apresentada em uma propaganda de banco, para di-
matéria. A linguagem da reportagem costuma estar vulgar a seguradora da ins tuição. Nessa situação seguro tanto
direcionada ao público-alvo. pode se referir a apólices quanto à confiança que o cliente
• Resenha: texto exposi vo-argumenta vo, por meio pode ter na ins tuição, as duas significações são per nentes.
do qual o produtor comenta outro texto, resumindo-o Nenhum desses significados pode ser considerado me-
e levantando os aspectos relevantes, posi vos ou lhor ou mais importante que o outro, apenas mais adequado
nega vos, sobre ele. Esse po de texto exige que o
ou propício àquela situação de comunicação específica.
produtor tenha um conhecimento mais aprofundado
sobre a área em que o texto resenhado está inserido,
para poder traçar comentários fundados sobre ele. Relações entre Ideias e Recursos de Coesão

Hierarquia dos SenƟdos do Texto e Situação Em cada texto produzido, o autor deixa registradas suas
ComunicaƟva ideias, intenções, ideologias. Algumas vezes essa exposição
acontece de maneira obje va, direta, breve. Em outras o
O texto é sempre um ato de comunicação, cujos sen - produtor textual explora seus conhecimentos e associa à sua
dos estão relacionados à situação comunica va em que foi ideia principal a outras informações que julga necessárias
inserido. No processo interpreta vo é preciso saber que não à compreensão. Cabe ao leitor, para poder compreender e
existem valores de sen do absoluto, segundo Azambuja, interpretar adequadamente o texto apresentado, perceber
a interação entre texto e contexto exerce papel fundamental quais são as ideias centrais e quais as periféricas dos textos
na compreensão da leitura. lidos.
O texto tem sua úl ma dimensão de significados a par r A ideia principal cons tui a essência do texto. É a razão
do contexto. É necessário, por isso que o leitor compar lhe maior para a apresentação de todas as demais ideias, as quais
o mesmo conjunto de informações, ou o máximo possível, passam a ser chamadas de secundárias. Nela está con da a
que subjazem ao texto. finalidade daquele texto, o porquê o autor o escreveu. Sem
Tudo que o leitor usa na busca de significados por meio dos
essa ideia, o texto perderia sua razão de exis r. Um texto
elementos que formam o texto pode sofrer alterações de sen -
do quando relacionados ao contexto ou à situação de produção. pode apresentar mais de uma ideia principal, porém elas
As circunstâncias em que o texto é produzido são, por- estarão segmentadas em níveis de importância. Resumindo,
tanto, decisivas para sua melhor compreensão. pode-se dizer que a ideia principal é aquela que apresenta a
No caso dos textos verbais, a eficácia comunica va de- temá ca central, o obje vo principal do texto ao passo que
corre da compreensão do significado das palavras no texto. as ideias secundárias são aquelas que explicam, detalham e
Para saber que significados são esses, é importante dis nguir desenvolvem esse tema.
alguns conceitos, tais quais: O autor pode marcar explicitamente a ideia central de seu
Signo: Conjunto de códigos verbais ou não verbais usados texto ou deixá-la implícita, por isso não há uma forma exata
na comunicação. para a definição desta ideia, porém, pode-se dizer que para a
Ex.: Placas de trânsito, ícones etc. localização da ideia principal, ajuda muito verificar três dicas:
 O tulo costuma ter relação de sen do com a ideia
Signo LinguísƟco: é a relação que se estabelece entre um central do texto.
significante (o sinal İsico) e o significado (o sinal mental).  Quando os textos são informa vos ou cien ficos, a
ideia central costuma ser apresentada no parágrafo
Ex.: Encher balão é uma boa a vidade respiratória.
de introdução.
Significante = b/a/l/ã/o.
Significado = bexiga de ar.  A ideia principal é a mais evocada no texto, gerando
maior quan dade de conexões lógicas entre as ideias.
Denotação: sen do único/literal.
Apesar de as dicas auxiliarem muito, o recurso mais se-
Ex.: O Sol é uma estrela de quinta grandeza. guro para a separação entre ideias principais e secundárias
é a boa leitura do texto. À medida que a leitura torna-se
Conotação: sen do figurado. mais eficiente, fica mais fácil iden ficar os obje vos centrais
e periféricos do produtor textual. Apresentamos aqui as três
Ex.: Seus olhos são o sol que aquece os dias meus. formas básicas de leitura que te ajudará a separar eficiente-
mente as ideias principais das secundárias.
Polissemia: jogo de palavras/duplo sen do.
Coesão Referencial
Na polissemia, o significado apropriado é estabelecido
LÍNGUA PORTUGUESA

pelo contexto, como na piada seguinte:


– Por que o Manoel ficou duas horas olhando fixamente Na coesão referencial, a conexão no texto dá-se de forma
para a lata de suco de laranja? lexical, em que o processo de referenciação acontece pela
– Porque nela estava escrito concentrado. subs tuição de um nome por outro, e gramaƟcal, em que a
coesão é dada pela referência dos pronomes e dos ar gos,
Perceba que apesar de concentrado tanto poder signi- entre outras categorias grama cais, a um nome. A coesão
ficar “teor da polpa” quanto “atenção”, no contexto da lata lexical acontece por meio da subs tuição de um nome por
de suco de laranja, sabe-se que o primeiro significado é o sinônimos (detalhes/pormenores), hipônimos (colher/
que se aplica. talher) ou hiperônimos (talher/colher). A grama cal, pela

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subs tuição do referente por uma classe de natureza grama- Ernani Pimentel
cal, principalmente os pronomes, que pode fazer retomadas
(anafóricas) ou antecipações (catafóricas). Figuras de Linguagem

Coesão Sequencial Figuras de Pensamento

A coesão sequencial, por intermédio dos elementos de São as figuras que atuam no campo do significado.
transição, ajuda o leitor a perceber a tecitura das ideias, como
elas se relacionam. Os principais elementos de transição são: Anơtese: aproximação de ideias opostas – O belo e o feio
• Mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entan- podem ser agressivos ou não.
to, embora, contra, apesar de, conquanto, não obs-
Paradoxo: aparente contradição – Esta sua a é uma
tante, ao contrário, salvo, exceto, menos – Denotam
beleza de feiura.
oposição, contraste, adversão, restrição ou ressalta.
• Porque, visto que, porquanto, em virtude de, uma Ironia: afirmação do contrário – O animal estava limpo,
vez que, devido a, por moƟvo, graças a, sem razão com os cascos reluzentes, firme, saudável... Muito maltratado!
de, em decorrência de, por causa de, com efeito, por
conseguinte – Denotam relação de causa e conse- Eufemismo: suavização do desagradável – Passou desta
quência. para a melhor (= morreu).
• A fim de, a fim de que, com intuito de, para, para
que, com o objeƟvo de – Denotam finalidade. Hipérbole: exagero – Já repe cem mil vezes.
• Vale dizer, ou seja, que dizer, isto é, com outras pa-
lavras, ou por outra, a saber – Indicam uma relação Perífrase: subs tuição de uma expressão mais curta
de esclarecimento ou ilustração. por uma mais longa e pode ser es lis camente nega va ou
• À medida que, à proporção que, ao passo que, tan- posi va, dependendo do contexto.
to quanto, tanto mais, a menos que – Estabelecem
relação de proporção. Texto: Apoio sinceramente sua decisão.
• Em pouco tempo, em muito tempo, logo que, assim Perífrase: Antes de mais nada, é importante que você
me permita neste momento comunicar-lhe meus sinceros
que, antes que, depois que, quando, sempre que –
sen mentos de apoio ao resultado de suas meditações.
Estabelecem noção temporal.
• Se, caso, contanto que, a não ser que, a menos que – Também cons tui perífrase o uso de duas ou mais pala-
Indicam condição. vras em vez de uma:
• Portanto, então, assim, logo, por isso, por conseguin- tular da presidência (= presidente); a região das mil e
te, pois, de modo que, em vista disso, em suma – uma noites (= Arábia)
Denotam relação de conclusão.
Figuras de Sintaxe
Coerência Textual
São as figuras relacionadas à construção da frase.
A coesão é uma auxiliar e, às vezes, uma geradora da
construção da coerência, sen do global do texto. Ao ler Elipse: omissão de termo facilmente iden ficável – (eu)
um texto, o leitor espera encontrar elementos interligados, cheguei, (nós) chegamos.
explícita ou implicitamente, que confirmem as deduções e
inferências que são feitas ao longo da leitura. Por exemplo, Hipérbato: inversão da frase – Para o pá o correram
se alguém lê num texto que “João viera leciona em Belém”, todos.
por causa da coerência espera confirmar em algum momento
que João é professor e não um comerciante. Pleonasmo vicioso: repe ção desnecessária de ideia –
São pos de coerências a serem verificadas nos textos: Chutou com o pé, roeu com os dentes, saiu para fora, lustro
• Coerência NarraƟva: é incoerente narrar uma história de cinco anos...
em que alguém está descendo uma ladeira num carro
sem freios, que para imediatamente, depois de ser Pleonasmo esƟlísƟco: A mim, não me falaste. Aos pais,
brecado, quando uma criança lhe corta a frente. lhes respondi que...
• Coerência FiguraƟva: suponhamos que se deseje
figura vizar o tema “despreocupação”. Podem-se usar Assíndeto: ausência de conjunção coordena va – Che-
figuras como “pessoas deitadas à beira de uma pis- gou, olhou, sorriu, sentou.
cina”, “drinques gelados”, passeios pelos shoppings”.
Não caberia, no entanto, na figura vização desse
LÍNGUA PORTUGUESA

Polissíndeto: repe ção de conjunção coordena va –


tema, a u lização de figuras como “pessoas indo Chegou, e olhou, e sorriu, e sentou.
apressadas para o trabalho”, “fábricas funcionando
a pleno vapor”. Gradação: sequência de dados em crescendo – Balbu-
• Coerência ArgumentaƟva: quando se defende um ciou, sussurrou, falou, gritou...
ponto de vista de que o homem deve buscar o amor
e a amizade, não se pode dizer em seguida que não Silepse: concordância com a ideia, não com a palavra.
se deve confiar em ninguém e que por isso é melhor
viver isolado. Silepse de Gênero: Vossa Senhoria está cansado?

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Silepse de Número: E o casal de garças pousaram tran- Catacrese: metáfora estra ficada, que já faz parte do
quilamente. uso comum.
Asa da xícara, asa do avião, barriga da perna, bico de
Silepse de Pessoa: Todos deveis estar atentos. bule, pé de limão...

Figuras de Sonoridade Prosopopeia ou Personificação:


O céu sorria aberto e cin lante... As folhas das palmeiras
São as figuras relacionadas ao trabalho com os sons das sussurravam aos nossos ouvidos.
palavras.
Aliteração: repe ção de sons consonantais próximos – EXERCÍCIOS
“Gil engendra em Gil rouxinol”
(Caetano Veloso)
Agora é sua vez, leia as três letras de música abaixo e
analise os itens que propomos para elas:
Assonância: repe ção de sons vocálicos próximos –
Cunhã poranga na manhã louçã. Texto I
Onomatopeia: tenta va de imitação do som – coxixo, Que Pescar Que Nada
que-taque, zum-zum, miau... Bruno e Marrone

Paronomásia ou trocadilho – Contudo... ele está com Composição: Bruno/Felipe/Vinícius


tudo.
Já paguei quem eu devia
Tropos (Uso do SenƟdo Figurado ou Conotação) Graças a Deus eu tô sossegado
Eu pus o burro na sombra
Comparação ou Analogia: relação de semelhança explí- E tô levando até meu cunhado
cita sinta camente. Enchi o tanque do carro
Ele voltou da praia parecendo um peru assado. Comprei cigarro e uma pinga boa
Teresa está para você, assim como Júlia, para mim. Juntei a “traia” de pesca
Corria como uma lebre assustada. Vai ser uma festa lá na lagoa
Sua voz é igual ao som de panela rachada.
Falei pra minha patroa
Metáfora: relação de semelhança subentendida, sem Que a farra é boa
conjunção ou palavra compara va. E bem comportada
Voltou da praia um peru assado. E vou com os alguns amigos
A sua Tereza é a minha Júlia. Não tem perigo nessa parada
Correndo, ele era uma lebre assustada. Não ponho a cara pra fora
Sua voz era uma panela rachada. Nem jogar bola ela quer deixar
O jeito que tem agora
Metonímia: relação de extensão de significado, não de É falar pra ela que eu vou pescar
semelhança.
Con nente x conteúdo Que pescar que nada
Só bebi um copo. (Bebeu o conteúdo e não copo) Vou beijar na boca
Ver a mulherada na madrugada
Origem x produto Ficando louca
Comeu um bauru. (Bauru é a origem do sanduíche)
Que pescar que nada
Causa x efeito Vou matar a fome
Cigarro incomoda os vizinhos. (A fumaça é que incomoda) Lá ninguem se mete
Lá vai ter sete pra cada homem
Autor x obra
Vamos cur r um Gilberto Gil? (Cur r a música) Texto II

Abstrato x concreto Vai Pescar Moçada


Estou com a cabeça em Veneza. (O pensamento em Gian e Giovani
Veneza)
Composição: Andre/Uriel
LÍNGUA PORTUGUESA

Símbolo x simbolizado
A balança impôs-se à espada. (Jus ça... Forças Armadas) Já pagou o que devia
Tá tranquilo e sossegado
Pega o garrafão de pinga
Instrumento x ar sta
E o mala do seu cunhado
O cavaquinho foi a grande atração. (O ar sta) Compra bastante cigarro
Uns quinze ou vinte pacotes
Parte x todo Que é prá dar pros seus amigos
Havia mais de cem cabeças no pasto. (Cem reses) Aqueles bêbados serrotes...

11
A sua mulher já sabe A par r da leitura do texto abaixo responda às questões
Da malandragem que se seguem.
Mas não reclama
Quando você vai pescar A Pescaria
Ela pega o telefone
E me chama “Foi nas margens do Ipiranga,
Você pode jogar bola
Pode ir pescar Em meio a uma pescaria,
Fazer o que quiser Sen do-se mal, D. Pedro
Quando você vai prá farra Comera demais cuscuz –
Eu vou cuidar Desaperta a barriguilha
Da sua mulher... E grita, roxo de raiva:
‘Ou me livro desta cólica
Vai pescar moçada Ou morro logo de uma vez!’
Pescar na lagoa O príncipe se aliviou,
Vai, não se estressa Sai no caminho cantando:
Não tenha pressa ‘Já me sinto independente.
Que eu tô na boa
Safa! Vi de perto a morte!
Vai pescar moçada
Pescar na lagoa Vamos cair no fadinho,
Junta a “traia” e some Pra celebrar o sucesso.’
Que eu mato a fome
Da sua patroa A Turma de Coimbra surge
Com as guitarras afiadas,
Texto III Mas as mulatas dengosas,
Do Clube Flor de Abacate
Composição: Jakson Luis Rosa Entram, firmes no maxixe
Abafam o fado com a voz,
Lá me vem ele outra vez
Levantam, sorrindo, as pernas...
Com essa conversa que vai pescar
Eu sou gata ensaboada E a colônia brasileira,
Nessa roubada, não vou entrar Toma a direção da farra.”
Mas ajudei numa boa (Murilo Mendes)
Arrumar as tralhas da pescaria
E disse pra ele logo 9. O texto é escrito em tom de:
Durante a pesca aonde eu iria a) exaltação.
b) crí ca.
Falei pra ele: c) sá ra.
Benzinho, eu marquei hora lá no salão d) devoção.
Então pode ir pescar tranquilo e) elogio.
Só deixe “uns troco” na minha mão
Depois liguei para a turminha
10. O texto acima pressupõe o conhecimento de:
De amigas, sobre a parada
Deixei o bobão pensar a) um fato histórico.
Que fui pro salão, e fui pra balada b) música portuguesa.
c) pescaria.
Hoje o bicho pega, hoje eu mato a fome d) a escola literária a que se filia o autor.
Deixe ele pescar que na madrugada e) geografia sica.
“Ta assim” de homem
Me vou pra balada, vou com a minha turma 11. Murilo Mendes pertence à escola Modernista da lite-
Lá ninguém se envolve ratura brasileira. Nessa escola vários poetas fizeram
Lá vai ter nove pra cada uma a releitura de fatos importantes para o Brasil e que,
geralmente, eram mis ficados pela escola român ca.
1. Pode-se afirmar que o texto II faz uma releitura do texto
I, reproduzindo a mesma ideia central. O texto apresenta uma releitura:
2. O assunto em comum garante a relação entre os três a) da vinda da família real para o Brasil.
textos. b) da regência de D. Pedro II.
3. Infere-se dos textos que a pescaria é prá ca corrente c) das festas comemora vas na corte.
entre os homens. d) das a tudes dos heróis nacionais.
4. No contexto, pode-se dizer que há analogia entre o e) da independência do Brasil.
texto II e III.
LÍNGUA PORTUGUESA

5. Pode-se afirmar que o texto II estabelece diálogo com Leia os texto abaixo para responder às questões 12 e 13.
o texto I, assim como o III faz em relação ao II.
6. O texto I apresenta uma visão feminina que não se Texto I
confirma nos textos II e III.
7. É possível afirmar, considerando-se a relação existente
entre os três textos, que o primeiro é o mais an go “Amor é fogo que arde sem se ver;
dos três. É ferida que dói e não se sente,
8. Os textos II e III reescrevem o texto I preservando-lhe É um contentamento descontente,
o sen do. É dor que desa na sem doer;

12
É um não querer mais que um bem querer; 12. O amor é um tema universal e eterno. Propagado da
É solitário andar por entre a gente; Bíblia aos textos modernos, ele é o tema central dos
É nunca contentar-se de contente; textos acima. A par r da leitura deles julgue os itens a
É cuidar que se ganha em se perder; seguir.
a) A distância cronológica entre os três textos, faz com
É querer estar preso por vontade; que eles apresentem visões diferentes do amor.
É servir a quem vence o vencedor; b) Pode-se afirmar que o autor do segundo texto leu o
É ter com quem nos mata lealdade. primeiro e que o autor do terceiro leu o segundo.
c) Renato Russo dialoga tanto com Camões quanto com
Mas como causar pode seu favor
São Paulo, provável autor do fragmento bíblico, em
Nos corações humanos a amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?” seu texto.
(Luís de Camões) d) Para os três autores amar pressupõe abnegação.
e) Ao afirmar que o amor tudo suporta o texto III pro-
Texto II paga a mesma visão existente no texto I.

Monte Castelo 13. Às evidentes semelhanças entre o texto II e os outros


dois dá-se o nome de:
Ainda que eu falasse a língua dos homens a) Intertextualidade
E falasse a língua dos anjos b) Contextualidade
Sem amor eu nada seria c) Plágio
É só o amor, é só amor d) Paródia
Que conhece o que é verdade e) Imitação
O amor é bom, não quer o mal
Não sente inveja ou se envaidece. Cespe/TJ-DF
O amor é fogo que arde sem se ver
É ferida que dói e não se sente
É um contentamento descontente Nosso pai era homem cumpridor, ordeiro, posi -
É dor que desa na sem doer vo; e sido assim desde mocinho e menino, pelo que
Ainda que eu falasse a língua dos homens testemunharam as diversas sensatas pessoas, quando
E falasse a língua dos anjos indaguei informação. Do que eu mesmo me alembro, ele
Sem amor eu nada seria 5 não figurava estúrdio nem mais triste do que os outros,
É um não querer mais que bem querer conhecidos nossos. Só quieto. Nossa mãe era quem re-
É solitário andar por entre a gente gia, e que ralhava no diário com a gente – minha irmã,
É um não contentar-se de contente meu irmão e eu. Mas se deu que, certo dia, nosso pai
É cuidar que se ganha em se perder mandou fazer para si uma canoa.
É um estar-se preso por vontade 10 Era a sério. Encomendou a canoa especial, de pau
É servir a quem vence, o vencedor de vinhá co, pequena, mal com a tabuinha da popa,
É um ter com quem nos mata lealdade como para caber justo o remador. Mas teve de ser toda
Tão contrário a si é o mesmo amor fabricada, escolhida forte e arqueada em rijo, própria
Estou acordado e todos dormem para dever durar na água por uns vinte ou trinta anos.
Todos dormem todos dormem 15 Nossa mãe jurou muito contra a ideia. Seria que ele,
Agora vejo em parte que nessas artes não vadiava, se ia propor agora para
Mas então veremos face a face pescaria e caçadas? Nosso pai nada não dizia. Nossa
É só o amor, é só o amor
casa, no tempo, ainda era mais próxima do rio, obra de
Que conhece o que é verdade
nem quarto de légua: o rio por aí se estendendo grande,
Ainda que eu falasse a língua dos homens
E falasse a língua dos anjos
20 fundo, calado que sempre. (...)
João Guimarães Rosa. A terceira margem do rio. In: Primeiras
Sem amor, eu nada seria. Estórias. J. Olympio, 1968.
(Renato Russo – Legião Urbana)
Considerando a pologia textual e a es lís ca, julgue os
Texto III itens a seguir.
14. ( ) O texto afasta-se, sistema camente, da norma pa-
Excelência do Amor drão, no que se refere à ortografia, para demonstrar
que o narrador é de uma classe sociocultural desfa-
Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, vorecida.
se não ver amor, sou como bronze que soa, ou como o cím- 15. ( ) O texto tem caracterís cas narra vo-descri vas, em
balo que re ne. Mesmo que eu vesse o dom da profecia, que o escritor mostra-se onisciente.
e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência; mesmo 16. ( ) O texto caracteriza-se pelo uso de estruturas sintá-
que vesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se
LÍNGUA PORTUGUESA

cas provenientes da linguagem oral.


não ver amor, não sou nada. 17. ( ) O autor demonstra claramente sua imensa admira-
O amor é paciente, o amor é bondoso. Não tem inveja. ção pelo seu pai e sua irritação pelo comportamento
O amor não é orgulhoso. Não é arrogante. Nem escandaloso.
de sua mãe.
Não busca a seus próprios interesses, não se irrita, não guar-
18. ( ) Há dois momentos de temporalidade: um, que se
da rancor. Não se alegra com a injus ça, mas se rejubila com a
verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. refere ao fato que introduz o primeiro parágrafo
O amor jamais acabará. (redigido no pretérito perfeito), e outro, que narra
o fato da compra da canoa (redigido no pretérito
(Bíblia Sagrada, I Cor. 13, 1-7) imperfeito).

13
Com relação ao emprego das palavras no texto, julgue os GABARITO
itens a seguir.
19. ( ) A palavra “estúrdio” (l.5) aparece com o mesmo 1. E 18. E
sen do de “quieto” (l.6). 2. C 19. E
20. ( ) O vocábulo “regia” (l.6) está sendo usado no sen do 3. C 20. C
de mandava, orientava, dirigia. 4. C 21. E
21. ( ) A palavra “vinhá co” (l.11) poderia ser subs tuída 5. E 22. C
por parreira, sem alteração de sen do. 6. C 23. E
22. ( ) A expressão “arqueada em rijo” (l.13) aparece com 7. C 24. C
o mesmo sen do de enrijecida em forma curva. 8. E 25. C
23. ( ) A expressão “obra de nem quarto de légua” (ls.18 9. C 26. C
10. a 27. C
e 19) poderia ser subs tuída por obra de mais de um
11. e 28. E
quarto de légua, sem alteração de sen do. 12. E, E, C, C, C 29. C
13. a 30. C
Burrice 14. E 31. C
15. E 32. E
Agora a mira está apontada para o cérebro. E quem dispa- 16. C 33. E
ra o míssil é Paulo Rogério Duarte, de 23 anos. “detesto mu- 17. E
lher burra”, diz. Prefiro até que ela seja um pouco feminista
( olha só: será que feminismo agora virou elogio?), mas que
tenha inteligência. Não gosto de quem só fala abobrinha. Tem José Almir Fontella Dornelles
que ser bem-informada, pelo menos não dar fora. Sacou? Taí
mais uma razão para ler jornal, ir ao cinema, ler livro, estudar CONHECIMENTOS LINGUÍSTICOS
e, principalmente, pensar. E tem outra coisa: cuidado com
os erros de Português. Não precisa falar di cil quando ver Aspectos Gráficos
com algum menino, mas dizer “a gente fomos” não pega bem
mesmo. As aulas de Português podem ser úteis na hora da Relações entre Fonemas e Grafias
paquera. Quem diria...
In: Capricho, março de 1991. Fonemas e letras
Fonemas são os sons da fala, a unidade mínima da pala-
Julgue os itens seguintes. vra. As letras (grafemas) são os símbolos que representam
24. ( ) As linhas iniciais do parágrafo encerram expressões os fonemas.
no sen do conota vo que denota vamente se re-
ferem à ação bélica. Observações:
1) letras diferentes podem representar o mesmo fonema:
25. ( ) Existem signos linguís cos no texto do redator que
mesa /z/, exame /z/, beleza /z/...
permitem iden ficar, como des natário preferencial 2) a mesma letra pode representar fonemas diferentes:
de sua mensagem, um grupo social composto por exímio /z/, xerife /x/, máximo /s/, táxi / ks/, casa /k/, cedo
jovens e adolescentes do sexo feminino. /s/...
26. ( ) Há ocorrência de expressões picas da oralidade no 3) nem sempre há correspondência entre o número de
texto do redator. letras e o de fonemas: base [/b//a//z//e/] 4 letras, 4 fonemas;
27. ( ) O segmento (olha só: será que feminismo agora chave [/x//a//v//e/] 5 letras, 4 fonemas;
virou elogio?) contém o pressuposto: o feminismo sexo [/s//e//k//s//o] 4 letras, 5 fonemas.
anteriormente não era elogio.
28. ( ) A expressão olha só tem função predominantemente Encontros consonantais
metalinguís ca. São encontros, em um vocábulo, de dois ou mais fonemas
consonantais: fra-se, blo-co, rit-mo, ad-vogar, subs-tân-cia,
felds-pa-to...
Evidenciando a leitura compreensiva do texto Burrice, julgue
os itens abaixo. Observações:
29. ( ) Só fala abobrinha é um comportamento compa vel 1) encontros consonantais aơpicos ou disjuntos:
com a representação do que seja uma mulher burra. em sílabas diferentes: ad-ven-to, dig-no,
30. ( ) Um pouco atenua a afirmação “prefiro que a mulher as-pec-to, rit-mo...
seja feminista”. 2) encontros consonantais múlƟplos: mais de dois
31. ( ) A mulher deve ser bem-informada, para P.R. Duarte, fonemas: felds-pa-to, ads-trin-gente,
quando mais não, pelo menos para não incorrer em subs-tân-cia, quart-zo...
LÍNGUA PORTUGUESA

fiascos ou gafes. 3) encontro consonantal não grafado (dífono):


32. ( ) A fala de P.R. Duarte permite inferir que, de sua parte, x = /k/ e /s/: sexo: /s//e//k//s//o/, fi xo: /f//i//k//
há condescendência às reivindicações das mulheres s//o/...
por direitos iguais aos homens, desde que não deixem
Dígrafos
de ser inteligentes.
Duas letras que representam um fonema.
33. ( ) P.R Duarte, por empregar expressões como “falar 1) Dígrafos consonantais (rr, ss, sc, sç, xc, ch, lh, nh, gu,
abobrinha” e “dar fora”, caracteriza-se como um qu): birra, osso, nascer, cresça, exceto, chama, malha, ninho,
falante da classe baixa, com escolaridade incompleta. guia, quilo...

14
2) Dígrafos vocálicos (am, an, em, en, im, in, om, on, um, 2. As vogais grifadas cons tuem ditongos em todos os
un): campo, antes, tempo, genro, simples, tinta, sombra, vocábulos da alterna va:
onda, tumba, assunto... a) glória – água – quota – série.
Não se esqueça de que, no final dos vocábulos, am, em, b) reeleger – cooperar – beato – caolho.
en(s) formam ditongos e não dígrafos. c) dia – lua – o – pai.
d) saúva – pária – gênio – herói.
Encontros vocálicos
3. Aponte a dupla em que a letra x representa o mesmo
Ditongo fonema.
Dois sons vocálicos na mesma sílaba (vogal e semivogal a) enxame – inexaurível.
ou vice-versa): au-la, qua-dro, pão... b) defluxado – taxar.
c) intoxicado – exceto.
Classificação dos Ditongos d) têx l – êxtase.
1) Crescente (semivogal e vogal): re-ló-gio, série, tê-nue, e) tóxico – taxa vo.
á-gua, gê-meo, má-goa, gló-ria...
2) Decrescente (vogal e semivogal): cai-xa, coisa, pô-nei, 4. No trecho abaixo, de José de Alencar: “Quando eles se
põe, au-to, deu-sa... separaram, porém; Peri saltou por cima
Observação: há ditongo nas terminações am (falam: da estacada.”, os ditongos encontrados, pela ordem, são
/f//a//l//ã//w/), em (porém: /p//o//r//e~//y/), en(s) (po a) crescente nasal – decrescente nasal – decrescente
lens: /p//o//l//e~//y//s/)... nasal – decrescente oral.
b) decrescente nasal – decrescente nasal – decrescente
Hiato nasal – decrescente oral.
Fonemas vogais em sílabas diferentes: sa-ú-de, ra-iz, c) decrescente oral.
Sa-a-ra, xi-i-ta, le-em, hi-a-to... d) crescente nasal – decrescente oral.
e) crescente nasal – decrescente nasal – decrescente
Tritongo oral.
Três sons vocálicos (sv + v + sv) na mesma sílaba: i-guais,
a-ve-ri-guou, sa-guão, en-xá-guam... 5. Marque a opção em que todas as palavras apresentam
um dígrafo.
Dígrafos a) fixo – auxílio – tóxico – enxame.
Duas letras que representam um fonema. b) enxergar – luxo – bucho – olho.
1) Dígrafos consonantais (rr, ss, sc, sç, xc, ch, lh, nh, gu, c) bicho – passo – carro – banho.
qu): birra, osso, nascer, cresça, d) choque – sintaxe – unha – coxa.
exceto, chama, malha, ninho, guia, quilo... e) exceto – carroça – quase – assado.
2) Dígrafos vocálicos (am, an, em, en, im, in, om, on, um,
un): campo, antes, tempo, genro, 6. “Quis rar o braço, mas o dele reteve-lho com força”.
simples, tinta, sombra, onda, tumba, assunto... Na palavra “quis” há
Não se esqueça de que, no final dos vocábulos, am, em, a) ditongo oral crescente e duas consoantes.
en(s) formam ditongos e não dígrafos. b) erro de ortografia na representação do fonema /z/.
c) dois fonemas consoantes e um vogal.
Complementações d) dois fonemas consoantes e dois semivogais.
1) Os encontros finais átonos ia, ie, io, eo, ua, ue, uo, oa e) um dígrafo e um fonema semivogal.
podem ser classificados também como hiatos: /gló-ria/ ou /
gló-ri-a/, /sé-rie/ ou /sé-ri-e/, /sé-rio/ ou /sé-ri-o/...
2) Quando, no encontro vocálico, a sequência for vogal, GABARITO COMENTADO
semivogal e vogal, costuma-se chamar falso hiato, uma vez
que existem dois ditongos: goiaba: /g//o//i/-/i//a/-/b//a/, 1. c Em “guardam” = /g//w//a//r/ - /d//ã//w/: /wa/:
sereia: /s//e/-/r/e/i/-/i//a/... dit. cresc. e /ãw/: (dit. decresc.).
3) O número de fonemas não será igual ao de letras, 2. a gló-ria; á-gua; quo-ta; sé-rie: dit. cresc. Obs.: b)
quando houver: todos hiatos; c) di-a, lu-a, -o (hiatos), pai (dit. de-
a) dígrafo: quilo – /k//i//l//o/: 5 letras, 4 fonemas; cresc.); d) sa-ú-va (hiato), paria, gênio (dit. cresc.),
b) falso hiato: areia – /a//r//e//i//i/a/: 5 letras, 6 fo- herói (dit. decresc.).
nemas; 3. d têx l = /t//e//s//t//i//l/, êxtase = /e//s//t//a//z//e/
c) x = /k//s/: táxi – /t//a//k//s//i/: 4 letras, 5 fonemas; (x = /s/). Obs.: a) enxame = /e~//x//a//m//e/,
d) h e mológico: hoje – /o//j//e/: 4 letras, 3 fonemas. inexaurível = /i//n//e//z//a//w//r//i//v//e//l/; b)
defluxado = /d//e//f//l//u//c//s//a//d//o/ ou /d//
LÍNGUA PORTUGUESA

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO e//f//l//u//s//s//a//d//o/, taxar = /t//a//x//a//r/;


c) intoxicado = /~//t//o//c//s//i//c//a//d//o/,
1. Ditongos crescente e decrescente, ambos na mesma exceto = /e//s//e//t//o/; e) tóxico = /t//ó//c//s//
palavra. i//c//o/, taxa vo = /t//a//x//a//t//i//v//o/.
a) consciência. 4. a ditongos: /k//w//ã/-/d//o/: cresc. nasal; /s//e/-
b) quando. /p//a/-/r//a/-/r//ã//w/: decresc. nasal; /p//o//r//
c) guardam. e~//y/: decresc. nasal; /s//a//l/-/t//o//w/: (decresc.
d) toureiro. oral.)

15
5. c bicho: ch = /x/; passo: ss = /s/; carro: rr = /r /; banho: ergir – imergir (imersão), submergir (submersão)...
nh = /ñ/ (dígrafos). Obs.: a) só há dígrafo em enxa- erter – inverter (inversão), perverter (perversão)...
me, em = /e~/; em fixo e tóxico, x = /c//s/: dífono; pelir – repelir (repulsa), compelir (compulsão)...
b) não há dígrafo em luxo, x = /x/; d) não há dígrafo correr – discorrer (discurso), percorrer (percurso)...
em coxa, x = /x/; e) não há dígrafo em quase, qu ceder – ceder (cessão), conceder (concessão)...
= /k//u/. gredir – agredir (agressão), regredir (regresso)...
primir – exprimir (expressão), comprimir (compressa)...
6. c Em “quis” = /k//i//s/ (qu = /k/): 2 fon. cons.: /k/ /s/;
Ɵr – permi r (permissão), discu r (discussão)...
1 fon. vogal: /i/. Obs.: a) não há ditongo: o “u” faz
parte do dígrafo “qu” = /k/; b) o verbo “querer”, em
todas as flexões, é grafado com “s”; d) não há
Emprego da Letra X (Fonema /x/)
semivogal (não há ditongo); e) não há fonema
semivogal (idem). 1) Depois de ditongos: caixa, trouxa, deixar, queixo,
ameixa, baixo, paixão... (exceção: recauchutar e
ORTOGRAFIA OFICIAL derivadas).
2) Depois das sílabas iniciais: – me: mexer, mexerico,
O Alfabeto mexicano, mexilhão... (exceção: mecha) – la: laxan-
te... – li: lixa, lixo... – lu: luxo, luxúria, luxação... – gra:
Alfabeto com 26 letras: a, b, c, d, e, f, g, h, i, j, k, l, m, n, graxa, graxeira, engraxate... – bru: bruxa, bruxelês...
o, p, q, r, s, t, u, v, w, x, y, z.
Emprego das letras k, w e y: Emprego do G (Fonema /j/)
1) para escrever símbolos: km (quilômetro),
kg (quilograma), W (wa ), yd (yard = jarda), TWA (Trans 1) Nas terminações: – ágio: estágio, adágio... – égio:
World Airlines), K (kalium = potássio), kw (kilowatt), privilégio, sacrilégio, egrégio... – ígio: pres gio, ves-
W (West = oeste) etc. gio... – ógio: hagiológio, relógio... – úgio: refúgio,
2) para escrever palavras e nomes estrangeiros subterfúgio... – agem: viagem, paisagem... (exceção:
(e seus derivados): Franklin, frankliniano; Kant, kan smo; pajem) – ege: herege, bege, sege... – igem: origem,
Darwin, darwinismo; Wagner, wagneriano; Byron, byronia- ver gem... – oge: doge, metagoge... – ugem: ferru-
no; Taylor, taylorista; Kwanza, Kuwait, kuwai ano; Malawi, gem, penugem... (exceção: lambujem).
malawiano etc.
2) Nos verbos terminados em ger: reger, proteger, ele-
ger... e gir: agir, frigir, fingir...
Emprego das Letras
Emprego do J (fonema /j/)
Emprego da Letra Z (Fonema /z/)

1) Substan vos abstratos derivados de adje vos: pobre- 1) Em palavras de origem tupi-guarani: jerivá, jiboia,
za, beleza, al vez, acidez... jirau, pajé, jerimum... ou africana: canjica, acarajé,
2) Aumenta vos ou diminu vos: copázio, balázio, pa- lambujem...
pelzinho, homenzarrão, manzorra... 2) Nos verbos terminados em jar: viajar, arranjar, are-
3) Verbos terminados em zer e zir: fazer, trazer, dizer, jar... e em jear: gorjear, pajear...
aprazer, aduzir, franzir, conduzir, produzir, reduzir... 3) Na terminação aje: laje, ultraje, traje...
(exceções: coser e transir...).
4) Sufixo izar (em nomes sem s): finalizar, realizar, cen-
tralizar, idealizar, moralizar...
Emprego do C ou Ç (Fonema /s/)
5) Desinência triz (formadora de feminino): embaixatriz,
imperatriz, atriz, geratriz... 1) Em palavras de origem tupi-guarani: açaí, araçá,
babaçu... ou africana: paçoca, troça, caçula...
Emprego da Letra S (Fonema /z/) 2) Em sufixos: barcaça, armação, criança, carniça, caniço,
dentuço...
1) Adjetivos que indicam origem: burguês, francês, 3) Depois de ditongos: foice, louça, beiço...
inglês, camponês, montês...
2) Desinências de feminino esa / isa: baronesa, marque- 4) Nos derivados do verbo ter: abstenção, detenção,
sa, japonesa, poe sa, sacerdo sa, profe sa... atenção, retenção...
3) Em todas as formas dos verbos pôr (pus, pusemos,
pusera, puseste...) e querer (quis, quisemos, quisera, EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
quisesse...).
4) Adjetivos terminados em oso(a): aquoso(a), me- 1. Assinale a alterna va correta quanto à ortografia.
loso(a), jeitoso(a), gostoso(a), seboso(a), vaidoso(a)... a) A cultura não prezume, não pode almejar, nem à
LÍNGUA PORTUGUESA

5) Depois de ditongos: causa, coisa, lousa, náusea, uniformisação, nem à unidade sem diversidade.
aplauso, clausura, Sousa, Neusa... b) A linguagem administra va e legal, em qualquer so-
ciedade organizada, apresenta um hiato em relação
Empregos das Letras S e SS (Fonemas /z/ e /s/) aos usos correntes da língua.
c) O fenômeno da intelexão da linguagem jurídica
Substan vos derivados dos verbos terminados em: apresenta uma série de problemas ao cidadão leigo.
ender – defender (defesa), empreender (empresa), sur- d) É necessário consiliar a tecnisidade dos textos legais
preender (surpresa), despender (despesa), compreender com a comunicação do povo, que é o principal des-
(compreensão), repreender (repreensão)... natário da lei.

16
2. Assinale o texto inteiramente correto quanto à grafia. 8. Todos estão escritos corretamente.
a) Há intensão de se alcançar um consenso para evitar a) ( ) alazão, alcaçuz, capuz, coalizão.
as divergências entre os parlamentares. b) ( ) caixilho, enchada, remexer, chachim.
b) É preciso cessarem as disensões para se obter a c) ( ) salsicha, deboche, xiste, inxar.
aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação. d) ( ) extasiar, expoente, expiação, tês l.
c) Um aquário pode ser do como um ecossistema, no e) ( ) rixa, salsixa, vexame, penaxo.
qual os escrementos dos peixes, depois de decom-
postos, fornecerão elementos essenciais à vida das 9. Qual a alterna va a ser preenchida com sc?
plantas. a) di_ente, a_az, açu_ena, con_iência.
d) O Sol é o responsável pela emissão de luz, indis- b) a_édio, cre_er, de_er, la_idão.
pensável para a fotossíntese, processo pelo qual c) o_ilar, me_e, né_io, di_ertar.
as plantas produzem o alimento orgânico primário d) ví_era, pre_indir, fa_inar, di_ernir.
assim como pra camente todo o oxigênio disponível e) inso_o, flore_er, cra_o, intume_er.
na atmosfera.
e) Pesquizas recentes têm atribuído a choques meteó- 10. Qual é a palavra que não se escreve com z?
ricos a súbita ex nção dos dinossauros da face da a) repre_ar
Terra. b) pra_o
c) bali_a
3. Todos estão escritos corretamente. d) abali_ado
a) ( ) distenção, emersão, incursão, suspensão. e) despre_ar
b) ( ) bússola, emição, precessão, crasso.
c) ( ) lascivo, oscilação, recisão, facínio. 11. Assinale a opção que completa corretamente as lacunas.
d) ( ) através, análise, anisete, cós. “Minha _________ está ______ por culpa não sei de
e) ( ) rigidez, rugido, ultrage, viajem. ____”.
a) pesquisa – atrazada – quê
4. Todas devem ser escritas com e: b) pesquiza – atrasada – quê
a) des_quilíbrio, aboríg_ne, distribu_, cas_mira. c) pesquisa – atrazada – que
b) d_sis r, _nibir, dis_nteria, s_lvícola. d) pesquiza – atrasada – que
c) quas_, d_s lação, p_nicilina, g_ada. e) pesquisa – atrasada – quê
d) p_xote, requ_sito, F_lipe, pát_o.
e) d_scrição, tereb_n na, fem_nino, pont_agudo. 12. Assinale a alterna va em que a frase esteja grama cal-
mente correta.
a) Foi graças à interseção do Diretor que consegui
5. Aponte a alterna va correta.
renovar a matrícula.
a) exceção – excesso – espontâneo – espectador
b) Entre os índios, a pior ofensa era ser tachado de
b) excessão – exceto – espontâneo – espectador
covarde.
c) exceção – excesso – expontâneo – expectador
c) Li, na sessão policial do matu no, que “o criminoso
d) excessão – excesso – espontâneo – expectador cozera o desafeto a faca”.
e) esessão – excesso – expontânio – expectador d) Apresentadas aquelas provas concludentes, o réu
foi absorto.
6. Assinale a alterna va que preencha os espaços corre- e) A falsificação de minha rúbrica não convenceu a
tamente. ninguém.
“Com o intuito de ________ o trabalho, o aluno recebeu
algumas incumbências: ________ datas, ________ o 13. Todos estão escritos corretamente.
conteúdo e ________ um es lo mais moderno”. a) ( ) aspersão – canceira – convulsão – destro.
a) finalisar – pesquisar – analisar – improvisar b) ( ) lassidão – eletrocussão – aquiescência – cônscio.
b) finalizar – pesquisar – analisar – improvisar c) ( ) onisciência – suscitar – luminiscência – dicernir.
c) finalizar – pesquizar – analisar – improvisar d) ( ) braza – casulo – cisão – tris.
d) finalisar – pesquisar – analizar – improvizar e) ( ) chumaços – machiche – pixe – chará.
e) finalizar – pesquisar – analisar – improvizar
14. Qual a alterna va a ser preenchida com j?
7. Que frase apresenta um ou mais vocábulos escritos a) o_eriza, cafa_este, _ente, gara_em.
incorretamente? b) gor_eta, ultra_e, la_e, laran_eira.
a) Aos dezessete anos de idade, Nélson já era um rapaz c) man_ericão, _eito, here_e, ver _em.
extremamente extravagante. d) _ela, en_eitar, ma_estade, vir_em.
LÍNGUA PORTUGUESA

b) Ao marquês e a toda sua comi va foi oferecido um e) mon_e, lambu_em, boba_em, can_ica.
esplêndido banquete.
c) Atualmente, as línguas estrangeiras estão sendo 15. Qual é a palavra que não se completa com s?
ensinadas através de processos audiovisuais. a) improvi_ar
d) A dispensa de muitos funcionários da seção de pes- b) improvi_o
soal causou dissensão entre os diretores. c) rego_ijo
e) Homem pretencioso, o ministro não conseguia dis- d) arra_ar
farçar sua inexgotável presunção. e) atra_ar

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GABARITO 3) tritongos: quais-quer, sa-guão, i-gual, ra-diou-vin-te,
U-ru-guai-a-na.
1. b Correções: a) presume // uniformização; c) ... 4) os dígrafos ch, lh, nh, qu e gu: fa-cha-da, co-lhei-ta,
inteleção ou intelecção; d) conciliar a tecnicidade. fro-nha, pre-gui-ça, quei-jo.
5) encontros consonantais seguidos de r ou l: re-cla-mar,
2. d Correções: a) intenção; b) dissensões; c) excremen-
tos; e) Pesquisas. re-pleto, pa-trão;
6) encontros consonantais iniciais: gno-mo, mne-mô-
3. d Correções: a) distensão; b) emissão; c) rescisão,
-ni-co, pneu-mo-ni-a.
fascínio; e) ultraje.
4. c quase, des lação, penicilina, geada. Obs.: a) dis- Podem ser Separadas na Translineação
tribui, casimira, aborígene (ou aborígine); b) inibir,
As vogais consecuƟvas que não pertencem a ditongos
selvícola (ou silvícola); d) pixote, requisito, (Filipe
ou Felipe), pátio; e) descrição (ou discrição), tere- decrescentes: ala- úde, áre- as, ca- apeba, co- ordenar, do-
bin na, feminino, pontiagudo. er, flu- idez, perdo- as, vo- os etc.
Observação:
5. a Obs.: espectador (quem assiste a...), expectador
(quem tem expecta va de...). Podem ser separados ditongos, iguais ou diferentes,
ou ditongos e vogais: cai- ais, cai- eis, ensai- os, flu- iu etc.
6. b Obs.: finalizar (final + -izar) – pesquisar (pesquisa
+ -ar) – analisar (análise + -ar) – improvisar (im-
proviso + -ar). Atenção!
Nunca se separam:
7. e Correções: pretensioso // inesgotável...
1) ditongos crescentes com u precedido de g ou q:
8. a Correções: b) enxada, xaxim; c) chiste, inchar; d) á-gua, am-bí-guo, a-ve-ri-gueis, lon-gín-quos, lo- quaz,
têx l; e) salsicha, penacho. quais- quer etc.
9. d víscera, prescindir, fascinar, discernir. Obs.: a) assaz, 2) ditongos decrescentes: ai- roso, cadei- ra, ins - tui,
açucena; b) assédio, lassidão; c) messe, dissertar; ora- ção, sacris- tães, traves- sões etc.
e) insosso, crasso.
10. a represar. Obs.: b) prazo; c) baliza; d) abalizado; e) Na translineação, quando a par ção coincide com o
desprezar. final de um dos elementos com hífen, deve, por clareza
11. e Minha pesquisa (do espanhol pesquisa) está atra- gráfica, repeƟr-se o hífen no início da linha imediata: ex- //
sada (de a- + trás + -ada) por culpa não sei de quê -alferes, serená- // -los-emos ou serená-los- // -emos, vice-
(em final de frase: mon. tônico). // -almirante.
12. b Correções: a) intecessão; c) seção; cosera; d) ab-
solvido; e) rubrica (s/ ac.: parox.).
13. b Correções: a) canseira; c) luminescência, discernir; EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
d) brasa, triz; e) maxixe, piche, xará.
14. b gorjeta, ultraje, laje, laranjeira. Obs.: a) gente, 1. A opção em que todas as palavras apresentam separa-
garagem; c) herege, ver gem; d) gela, virgem; e) ção correta de sílabas é
monge, bobagem. a) ex-ce-ção – cre-sci-men-to – pro-fes-sor.
15. c regozijo. Obs.: a) improvisar; b) improviso; d) ar- b) ins-tru-ção – ex-ci-tar – eu-ro-pe-u.
rasar; e) atrasar. c) ex-ce-len-te – a-vi-ão – me-io.
d) pers-pe-c -va – am-bí-guo – trans-por-te.
e) rit-mo – dig-no – ap-to.
DIVISÃO SILÁBICA 2. Dadas as palavras:
I – tung-stê-nio,
A divisão silábica (depois do novo AOLP) deve ser estu-
II – bis-a-vó,
dada sob dois aspectos: soletração e translineação.
III – du-e-lo,
constata-se que a separação silábica está correta
Normas para a Divisão Silábica a) apenas na palavra nº I.
b) apenas na palavra nº II.
Separam-se na soletração: c) apenas na palavra nº III.
1) os hiatos: sa-ú-de, ca-o-lho, te-a-tro, co-e-lho, du-e-lo, d) em todas as palavras.
ví-a-mos, co-ro-a. e) em nenhuma delas.
2) os encontros consonantais disjuntos: ad-je- -vo, ab-
-dô-men, sub-lu-nar, ab-rup-to, e-nig-ma, pers-pi-caz, af-ta, 3. A separação silábica de: cooperar – caíeis – tainha –
felds-pa-to. feldspato é, respec vamente,
a) coo-pe-rar – caí-eis – tai-nha – feld-spa-to.
Não se separam na soletração: b) co-o-pe-rar – ca-í-eis – ta-i-nha – felds-pa-to.
1) ditongos decrescentes: sau-dar, trei-no, ân-sia, ré-gua, c) coo-pe-rar – ca-í-eis – ta-i-nha – fel-dspa-to.
LÍNGUA PORTUGUESA

gai-o-la, ba-lei-a. d) coo-pe-rar – ca-í-eis – tai-nha – fel-dspa-to.


2) ditongos crescentes com u precedido de g ou q: e) co-o-pe-rar – cai-eis – tai-nha – feld-spa-to.
á-gua, am-bí-guo, a-ve-ri-gueis, lon-gín-quos, lo- quaz,
quais- quer etc. 4. Considerando a par ção das palavras, assinale a correta:
Observação: a) ba-rul-hen-ta – dis-tri-bu-i-ção – ex-ce-ção.
Nos demais ditongos crescentes, a divisão é facultaƟva, b) e-xce-den-te – ob-ter – cons- -tu-in-te.
uma vez que podem ser pronunciados também como hiatos: c) sub-ja-cen-te – ex-pec-ta- -va – di-scer-nir.
so-cie-da-de ou so-ci-e-da-de, his-tó-ria ou his-tó-ri-a, á-rea d) ca-rac-te-res – i-dei-a – ex-ces-so.
ou á-re-a, cá-rie ou cá-ri-e etc. e) as-cen-der – ma-nu-seá-vel – ex-pe-di-en-te.

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5. Assinale o item que apresenta correta divisão silábica. 3. b co-o-pe-rar – ca-í-eis – ta-i-nha – felds-pa-to.
“Atualmente, as plantas medicinais voltam a suscitar
4. d Correções: a) ba-ru-lhen-ta; b) ex-ce-den-te;
grande interesse, tanto na área dos profissionais de
c) dis-cer-nir; e) ma-nu-seá-vel.
saúde como na própria sociedade”.
a) mui-to – su-sci-tar. 5. d Correções: a) sus-ci-tar; b) sa-ú-de; c) me-di-ci-nais;
b) saú-de – so-cie-da-de. e) a-tu-al-men-te.
c) me-di-ci-na-is – sa-ú-de. 6. c Correções: a) bi-sa-vô; b) cir-cuns-cri-to; d) rit-mo;
d) sus-ci-tar – me-di-ci-nais. e) a-breu-gra-fi-a.
e) in-te-res-se – a-tual-men-te. 7. e Correções: a) a-bun-dân-cia; b) pon-tei-o;
c) de-sor-de-nar; d) tran-sa-tlân- -co.
6. Em que opção todas as questões têm a correta divisão 8. e ex-ces-si-vo (dígrafos separáveis), cir-cuns-pec-to
silábica? (enc. cons. disjuntos), de-lin-quên-cia (ditongos),
a) bis-a-vô – as-sa-do – in-tro-mis-são pers-pi-cá-cia (enc. cons. disjunto e ditongo),
b) cir-cun-scri-to – ab-di-car – pneu-má- -co des-cês-seis (dígrafos separáveis), co-a-lha-da (hia-
c) en-san-guen-tar – re-crei-o – abs-ces-so to e dígrafo inseparável), subs-tân-cia (enc. cons.
d) in-tro-ver-são – ne-ces-si-da-de – ri-t-mo disjunto e ditongo), im-preg-na-rí-eis (enc. cons.
e) trans-pa-rên-cia – sus-pei-tar – a-bre-u-gra-fi-a disjuntos, hiato e ditongo).
9. d Correção: am-bí-guo.
7. Só está correta a separação silábica de 10. c Correções: a) e-xo-ne-rar; b) fei-u-ra, ta-i-nha;
a) abun-dân-cia. d) co-o-pe-rar, a-po-te-o-se, pa-ís; e) van-glo-ri-ar –
b) pon-te-io. a-te-nu-ar.
c) des-or-de-nar
d) trans-a-tlân- -co ACENTUAÇÃO GRÁFICA
e) ap- -dão.
(Conforme o novo AOLP)
8. Marque o item correto.
a) ex-ces-si-vo – cir-cuns-pec-to – de-lin-quên-ci-a – Regra das Oxítonas
per-spi-cá-ci-a – des-cê-sseis – co-a-lha-da –
subs-tân-ci-a – im-preg-na-ríe-is Acentuam-se as oxítonas:
b) ex-ces-si-vo – cir-cuns-pe-cto – de-lin-quên-cia – 1) terminadas em a(s), e(s), o(s), em(ens): sofá, ananás,
pers-pi-cá-cia – des-cês-se-is – coa-lha-da – subs- comprá-lo; pajé, vocês, vendê-la; porém, parabéns, pá, fé,
tân-cia – im-pre-gna-rí-eis chás, dó, pó...
c) e-xces-si-vo – cir-cuns-pec-to – de-lin-quên-ci-a – Observações:
pers-pi-cá-cia – des-cês-seis – co-a-lha-da – subs- a) Não mais se faz dis nção, para fins de acentuação,
tân-ci-a – im-preg-na-rí-eis entre monossílaba tônica e oxítona.
d) ex-ces-si-vo – cir-cuns-pec-to – de-lin-qu-ên-cia – b) Incluem-se nesta regra as formas verbais com os pro-
pers-pi-cá-cia – des-cês-se-is – co-a-lha-da – nomes lo(s), la(s), lhe(s): adorá-lo, dá-las, dá-lhe, fá-los-ás,
subs-tân-cia – im-pre-gna-rí-eis habitá-la-íamos, trá-los-á, detê-lo, fazê-las, vê-las, compô-la,
e) ex-ces-si-vo – cir-cuns-pec-to – de-lin-quên-cia – repô-los, pô-la...
pers-pi-cá-cia – des-cês-seis – co-a-lha-da – subs- c) Não se acentuam as oxítonas monossílabas com as
tân-cia – im-preg-na-rí-eis terminações em ou ens: bem, quem, cem, trens...
2) terminadas nos ditongos abertos éi(s), éu(s) e ói(s):
9. Em qual houve erro de separação silábica? anéis, batéis, fiéis, papéis; céu(s), chapéu(s), ilhéu(s), véu(s);
a) cons-ci-ên-cia. corrói, herói(s), remói, sóis...
b) psi-có-lo-go.
c) flui-do. Regra das Paroxítonas
d) am-bí-gu-o
Acentuam-se as paroxítonas
e) de-sa-ce-le-rar.
1) terminadas em l, n, r, x, ps: ú l, fóssil, ágil, hífen,
pólen, próton, már r, caráter, açúcar, tórax, látex, ônix,
10. Apresentam divisão silábica correta: fórceps, bíceps...
a) ex-o-ne-rar – Má-rio – sa-ú-de – nas-ça. 2) terminadas em um(uns), i(s), us, ã(s), ão(s), ei(s): fó-
b) psi-có-lo-go – ma-nhã – fe-iu-ra – tai-nha. rum, álbuns, júri, táxis,oásis, ônus, vírus, ímã, órfãs, órgão,
c) cru-el – ca-í-eis – con-fes-sor – sub-tra-ir. bênçãos, pônei, jóqueis...
d) coo-pe-rar – a-po-teo-se – país – fi -lho. Observações:
LÍNGUA PORTUGUESA

e) sub-ju-gar – van-glo-riar – a-te-nuar – nas-ça. a) não se acentua o plural das paroxítonas terminadas
em en: hifens, liquens, regimens...
GABARITO b) acentua-se o plural das paroxítonas terminadas em
on: prótons, nêutons, íons...
1. e Correções: a) cres-ci-men-to; b) eu-ro-peu; c) mei-o; Regra das Proparoxítonas
d) pers-pec- -va.
2. c III – du-e-lo (hiato). Obs.: I – tungs-tê-nio, II – 1) Acentuam-se todas as proparoxítonas: lâmpada,
bi-sa-vó. ínterim, período, álibi, bávaro...

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2) Acentuam-se também as proparoxítonas aparentes 3) a acentuação das formas verbais crêem, descrêem;
(nova classificação das paroxítonas terminadas em diton- dêem, desdêem; lêem, relêem; vêem, revêem, antevêem,
gos crescentes): náusea, etéreo, glória, série, lírio, mágoa, prevêem, provêem...
língua, vácuo... 4) a acentuação das formas verbais argúi, argúis, argúem;
averigúe, averigúes, averigúem...
Outras Regras de Acentuação 5) o uso do trema em palavras como lingüiça, tranqüilo,
agüentar, conseqüência...
1) Acentuam-se o i e o u dos hiatos quando sozinhos ou
seguidos de s, desde que não estejam precedidos de ditongos Palavras de Dupla Prosódia
ou seguidos de nh: caí, saída, faísca, baú, gaúcho, balaústre...
Exceções: Podem ser grafadas com ou sem acento: acrobata
a) acentuam-se quando precedidos de ditongos, em (acróbata), autopsia (autópsia), amnesia (amnésia), alopata
palavras oxítonas: Piauí, teiú, teiús, tuiuiú, tuiuiús... (alópata), biopsia (biópsia), boemia (boêmia), crisântemo
b) não se acentuam os hiatos naturais i-i e u-u: vadiice (crisântemo), hieroglifo (hieróglifo), homilia (homília), Oce-
(va-di-i-ce), xiita (xi-i-ta), juuna (ju-u-na), paracuuba (pa- ania (Oceânia), ortoepia (ortoépia), projeƟl (projé l), soror
-ra-cu-u-ba)... (sóror), repƟl (rép l), es ncter (esİncter), xérox (xérox),
zangão (zângão)...
Observação:
Embora tenha sido abolida pelo novo AOLP, será aceita
até 31/12/2015 (Dec. nº 7.875, de 27/12/2012) a acentuação EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
dos hiatos precedidos de ditongos em palavras paroxítonas. (Conforme as normas do novo AOLP)
Portanto, até aquela data, ainda será aceita a acentuação de
palavras como feiúra, baiúca... 1. Há apenas uma palavra incorreta em:
a) celuloide, chá, chafariz, itens.
2) Ocorre o acento diferencial: b) camponês, capuz, cãimbra, ímã.
a) Obrigatório em pôr (verbo) para diferençar de por c) di-lo, fê-lo, dá-los, fá-lo-íeis.
(preposição) e em pôde (pretérito de poder) para diferençar d) Cássio, Vânia, Carmen, Andréa.
de pode (presente de poder). e) quinquagésimo, quota, cinquenta, quão.
b) FacultaƟvo em fôrma(s) = modelo(s) para diferençar
de forma(s) = aspecto(s). 2. Todos os vocábulos devem ser acentuados em:
a) publico – amnesia – nefelibata.
Observação: b) carater – su l – coco.
Embora tenha sido abolida pelo novo AOLP, será aceita c) contem – canta-lo – avos.
até 31/12/2015 (Dec. nº 7.875, de 27/12/2012) a acentua- d) cabera – tex l – pantano.
ção diferencial em palavras como pêlo, pêlos (substan vo), e) soror – anidrido – homilia.
péla, pélas (substan vo e verbo), pêra (substan vo), pélo
(verbo), pólo, pólos (substan vo), pôlo, pôlos (substan vo), 3. No que se refere à acentuação gráfica, é correto afirmar
pára (verbo), côa, côas (verbo), ás (substan vo). que:
c) Ocorre acento circunflexo para diferençar a 3ª pessoa a) três, terá e verá recebem acento gráfico por serem
do plural dos verbos ter, vir e derivados: tem / têm; vem palavras oxítonas, terminadas, respec vamente, em
/ vêm; contém / contêm; retém / retêm; advém / advêm; s e a.
intervém / intervêm... b) comunitário, imprudência e homicídio seguem a
mesma regra de acentuação gráfica.
Outras Modificações (inseridas pelo novo AOLP) c) código e trânsito seguem a regra de acentuação
1) Não mais se acentuam os ditongos abertos ei e oi gráfica das palavras trissílabas terminadas em o.
em palavras paroxítonas: ideia, geleia, heroico, esferoide... d) o acento gráfico da forma verbal está jus fica-se
2) Não mais se acentua o penúl mo o fechado do hiato pela existência do pronome demonstra vo esta.
oo(s) em palavras paroxítonas:
a) em substan vos: o enjoo, o voo, o revoo, o sobrevoo, 4. O acento gráfico das palavras pudico, interim, aerolito,
o meio-voo, o zoo... aerodromo foi, aqui, caso ocorra, propositadamente
b) em formas verbais: abotoo, caçoo, coroo, doo, enjoo, eliminado. Quanto ao acento tônico, a classificação de
leiloo, magoo, perdoo, voo, moo, remoo... cada vocábulo é
3) Não mais se acentua o e fechado da 3ª pessoa do a) paroxítona – paroxítona – paroxítona – paroxítona
plural dos verbos crer, dar, ler, ver e seus derivados: creem, b) paroxítona – proparoxítona – proparoxítona – pro-
descreem; deem, desdeem; leem, releem; veem, reveem, paroxítona
anteveem, preveem, proveem... c) proparoxítona – proparoxítona – proparoxítona –
4) Não mais se acentua o u tônico precedido de g ou q oxítona
e seguido de e ou i de formas verbais, como argui, arguis, d) proparoxítona – proparoxítona – proparoxítona –
arguem; averigue, averigues, averigue, averiguem... paroxítona
5) Não mais se usa trema e) paroxítona – oxítona – paroxítona – proparoxítona
LÍNGUA PORTUGUESA

O trema será usado apenas em nomes estrangeiros e


seus derivados: Müller, mülleriano; Hübner, hübneriano... 5. As silabadas, ou erros de prosódia, são frequentes no
uso da língua. Assinale a alterna va em que não ocorre
Observações: nenhuma silabada.
Embora tenham sido abolidos pelo novo AOLP, serão a) Eis aí um protó po de rúbrica de um homem vaidoso.
aceitos até 31/12/2015 (Dec. nº 7.875, de 27/12/2012): b) Para mim a humanidade está dividida em duas me-
1) a acentuação em idéia, geléia, heróico, esferóide... tades: a dos filântropos e a dos misântropos.
2) a acentuação em enjôo, vôo, zôo, abotôo, caçôo, c) Os arqué pos de iberos eram mais pudicos do que
corôo, dôo... se pensa.

20
d) Nesse interim chegou o médico com a contagem dos 2. d caberá (oxítona term. em a), têx l (parox. term. em
leucocitos e o resultado da cultura de lêvedos. l), pântano (proparox.). Obs.: a) publico (verbo) /
e) Avaro de informações, segui todas as pegadas do público (subst.); amnesia ou amnésia, nefelibata ou
éfebo. nefelíbata (dupla prosódia); b) caráter; su l (tênue)
6. “Sei de uma que está fazendo serviço de escritório, / sú l (cosido); coco / cocô; c) contem (contar) /
proibida de voar por mo vo de saúde, e me pergun- contém / contêm (conter); canta-lo (2ª pess.: tu can-
to que podem significar para ela esses papéis, esses tas + o = canta-lo) / cantá-lo (cantar + o = cantá-lo);
telefonemas, esses recados que circulam num plano avos (fração) / avós / avôs (progenitores); e) soror
de cimento invariável, enquanto, sobre a plataforma ou sóror, anidrido ou anídrido, homilia ou homília
das nuvens, suas irmãs caminham, ao mesmo tempo, (dupla prosódia).
singelas e majestá cas”.
3. b comunitário, imprudência, homicídio (pelo Acor-
I – “escritório” e “invariável” são paroxítonas que rece-
do Ortográfico: proparoxítonas aparentes; antes
bem acento por idên ca razão.
do Acordo: parox. term. em ditongos crescentes).
II – “papéis” recebe acento gráfico porque é oxítona
Correções: a) três (mon. tônica term. em es), terá
terminada em ditongo.
e verá (oxítonas term. em as); c) código, trânsito
III – “está” é acentuada graficamente porque todas as
(proparoxítonas); d) está (oxítona term. em a).
oxítonas devem ser acentuadas.
a) Estão corretas as afirmações I e II. 4. b pudico (parox.), ínterim (proparox.), aerólito (pro-
b) Estão corretas as afirmações II e III. parox.), aeródromo (proparox.).
c) Estão corretas as afirmações I e III.
d) Todas as afirma vas estão corretas. 5. c Os arqué pos (proparox.) de iberos (parox.) eram
e) Todas as afirma vas estão incorretas. mais pudicos (parox.) do que se pensa. Correções:
a) ... rubrica...; b) ... filantropos / misantropos; d)
7. Assinale a alterna va de vocábulo corretamente acen- ... ínterim (...) leucócitos; e) ... do efebo.
tuado.
a) hífen. 6. e Correções: I – (E) “escritório” (proparox. aparente)
b) ítem. e “invariável” (parox. term. em l): conforme o novo
c) ítens. AOLP/1990. II – (E) “papéis”: oxítona terminada em
d) rítmo. ditongo aberto. III – (E) “está”: todas as oxítonas
e) récorde. com a terminação a devem ser acentuadas.

8. Qual a opção correta para preencher as lacunas? 7. a hífen. Correções: b) item (s/ acento: parox. c/term.
“Eles ____ em tudo quanto _____ ”. em); c) itens (s/ acento: parox. c/ term. ens); d)
a) creem – leem. ritmo (s/ acento: parox. c/ term. o); e) recorde (s/
b) crêm – leem. acento: parox. c/ term. e).
c) crem – lem. 8. a “Eles creem (AOLP/1990) em tudo quanto lêem
d) crêem – lêm. (AOLP/1990)”. Obs.: (a acentuação em crêem
e) crêm – lêm. e lêem será válida até 2012, Dec. nº 6.583, de
9. Qual a opção correta para preencher as lacunas? 29/9/2008).
Terminado o ___, o ____ recebeu _______ aplausos. 9. e voo (s/ acento: AOLP/1990). – herói (oxítona ter-
a) vôo – herói – veemêntes minada em dit. aberto) – veementes (s/ acento:
b) voo – heroi – vêementes parox. c/ term. es). Obs.: (a acentuação em vôo
c) vôo – heroi – veementes será válida até 2012, Dec. nº 6.583, de 29/9/2008).
d) voo – herói – vêementes
e) voo – herói – veementes 10. b Correção: ... tudo tem (s/ acento: 3ª p. sing.: conc.
c/ suj. subl.).
10. Aponte a frase em que há erro de acentuação.
a) Um pensamento que nos ilumine a existência, eis o
melhor presente que os céus nos podem dar.
b) No esquema cósmico tudo têm um propósito a EMPREGO DO PORQUÊ
preencher.
c) O acaso é, talvez, o pseudônimo que Deus usa, Normas PráƟcas para o Emprego do Porquê
quando não quer assinar suas obras.
d) A pessoa que não lê, mal fala, mal ouve, mal vê.
Por que = por que mo vo ou pelo qual (flexões).
e) Sê humilde, se queres adquirir a sabedoria; sê mais
Exemplos: Não sei por que faltaste ontem.
humilde ainda, quando a veres adquirido. Esse é o ideal por que lutas?
GABARITO Por quê = por que mo vo (final de oração).
LÍNGUA PORTUGUESA

Exemplo: Reclamam sem saber por quê...


1. b Correção: câimbra ou cãibra. Obs.: a) todas corretas
Porquê = substan vo.
(pelo Dec. nº 6.583, de 29/9/2008, a acentuação em
Exemplo: Você é o porquê da minha vida!
celulóide será válida até 2012); c) todas corretas;
d) Correções: Cármen (parox. c/ term. em), Andrea Porque = pois, visto que, para que, pergunta com resposta
(An-dre-a: sem acento, parox. term. em a); e) todas implícita.
corretas (pelo Dec. nº 6.583, de 29/9/2008, o uso Exemplos: Estudem, porque a prova será di cil.
do trema em qüinquagésimo e cinqüenta será Ele está triste porque não passou no
válido até 2012). concurso?

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Outros Exemplos 3. Fica quieto, _______ falando, agirás mal.
4. Os polí cos, e sei bem _____ , somem depois das
1) Já sei por que não és mais nosso candidato. eleições.
2) Por que as pessoas não são sinceras? a) porquê – por que – por que – porquê
3) Não deves trair os princípios por que lutaste. b) porque – porque – porque – por quê
c) por quê – por que – porque – por quê
4) Tanto estudo, tanto trabalho, por quê?
d) porquê – por que – porque – por quê
5) Os polí cos reclamam sem saber por quê. e) por que – porque – por que – porquê
6) Para tudo, sempre há um porquê.
7) Sejam perspicazes, porque a vida é luta renhida.
GABARITO
8) A questão é mais di cil porque não tem solução.
9) Estudem porque possam fazer excelente prova.
1. C porque = pois, visto que.
10) Eles não viajaram porque não nham dinheiro?
2. E Correção: por que = por que mo vo.
3. C por que = por que mo vo.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
4. C porquê: substan vo.
Certo / Errado 5. E Correção: porque = pois, visto que.
6. C por quê = por que mo vo, fim de oração.
Marque C nas corretas e E nas erradas. 7. C por que = pelo qual.
1. ( ) Corram, porque a aula vai começar. 8. C porque = pois.
2. ( ) Quero saber porque não falas comigo. 9. E Correção: porque = pergunta com resposta implícita.
3. ( ) Ó jardineira, por que estás tão triste?
10. C porquê (substan vo).
4. ( ) Tudo nesta vida tem seu porquê.
5. ( ) Irritou-se por que não o deixaram entrar. 11. e Correção: porquê (substan vo). Obs.: a) Por que =
6. ( ) Todos, mesmo sem saber por quê, reclamavam. por que mo vo; b) por quê = por que mo vo, final
de oração; c) porque = pois; d) por que = pelo qual.
7. ( ) Mostrem-me o caminho por que devo seguir.
8. ( ) Aproveite o tempo, porque ele é precioso. 12. d Correção: porque = visto que. Obs.: a) por que =
9. ( ) Estás triste por que teu namorado par u? pelas quais; b) por que = pela qual; c) por que =
10. ( ) Não vejo porquê em saíres sozinho. pelas quais; e) porquê (substan vo).
13. e Correção: por que = por que mo vo. Obs.: a) por
MúlƟpla escolha quê = por que mo vo, final de oração; b) porque =
visto que; c) por que = por que mo vo; d) porquês
Para responder às questões de 11 a 14, assinale a alterna va (substan vo).
que es ver incorreta. 14. a Correção: a) por que = por que mo vo. Obs.: b) por
que = por que mo vo; c) porquê (substan vo); d)
11. Assinale a incorreta. por que = pelas quais; e) por quê = por que mo vo,
a) Por que estás aqui? final de oração.
b) Estou aqui, por quê? 15. d porquê (substan vo) – por que (= por que mo -
c) Estou aqui porque tenho algo em vista. vo) – porque (= pois) – por quê (= por que mo vo,
d) Tenho algo em vista, mo vo por que estou aqui. final de oração).
e) Não há nenhum por quê para estares aqui.
QUESTÕES DE CONCURSOS
12. Assinale a incorreta.
a) Não sei as razões por que cancelaram a festa. Ortografia Oficial
b) Esta é a razão por que me recusei a falar.  Ortografia
c) As razões por que não compareci são fúteis.  Acentuação Gráfica
d) Não falei por que era impróprio o momento.
e) Quero saber o porquê desta odiosa a tude. 1. (Cespe)
I – Procurando absorver as importações crescentes sem
13. Assinale a incorreta. ameaçar o equilíbrio externo.
a) Vocês não gostaram da festa, por quê? II – O nível do câmbio, entretanto, também produz
b) Não fui ao treino porque estava contundido. efeitos adversos...
c) Querem saber por que tomaste esta decisão. ( ) As palavras “equilíbrio” e “câmbio” recebem acento
d) Não me preocupo com os porquês dos fatos. gráfico com base na mesma regra grama cal.
e) Meu Deus, porque me abandonaste?
2. (FCC) Todas as palavras estão corretamente grafadas
14. Assinale a incorreta. na frase:
LÍNGUA PORTUGUESA

a) Ninguém sabia dizer porque o despediram. a) A obsolecência das ins tuições cons tue um dos
b) Pedro, por que não consultas um médico? grandes desafios dos legisladores, cuja função é re-
c) Você tem sido o porquê dos meus dias. conhecer as solicitações de sua contemporaneidade.
d) As ruas por que passei eram esburacadas. b) Ao se denigrirem as boas reputações, desmora-
e) Juca, não sei por quê, vai fazer um discurso. lizam-se os bons valores que devem reger uma
sociedade.
15. Qual a alterna va correta para completar? c) A banalisação dos atos an ssociais é um sintoma
1. Não vejo qualquer _______ em viajarem. da doença do nosso tempo, quando a barbárie
2. Agora entendo ______ votaram em mim. dissimula-se em ro na.

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d) Quando, numa mesma ação, converjem defeitos e d) Observa-se um aspecto reverso em relação ao
méritos, confundimo-nos, na tenta va de discrimi- fenômeno de migração: profissionais altamente
ná-los. habilitados e capazes emigram do primeiro mundo,
e) Os hábitos que medeiam as relações sociais são atualmente.
louváveis, quando e camente ins tuídos, e odiosos, e) A capacidade de um país de produzir sua própria
quando ensejam privilégios. tecnologia torna-se excelente instrumento de per-
cepção da solidez de seu desenvolvimento.
3. (Cesgranrio) A sequência em que a letra x corresponde
ao mesmo fonema em todas as palavras é: 8. (Cesgranrio) Classifique como certa (C) ou errada (E)
a) exonerar – expelir – ex nto. cada afirmação abaixo sobre acentuação gráfica.
b) sexo – afixar – inexequível. ( ) O substan vo fôrma pode receber acento circun-
c) exuberante – excitar – exó co. flexo para diferenciar-se de forma, sua homógrafa.
d) máximo – sintaxe – tórax. ( ) É necessário o acento em raínha para indicar que
e) exuberante – exumar – exonerar. se trata de um hiato.
( ) Palavras terminadas em u ou i, como urubu e caqui,
4. (Esaf) Assinale a opção que corresponde a erro grama- não têm acento na vogal final, mesmo sendo a
cal ou de grafia de palavra. sílaba forte.
“A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, realiza- ( ) As palavras boemia, hieroglifo e proje l apresen-
da pelo IBGE, revelou que(1) a renda das famílias parou tam flutuação na pronúncia, podendo ou não ser
de cair em 2004, interrompendo uma trajetória(2) acentuadas.
de queda que acontecia desde 1997, e que houve(3)
diminuição do grau de concentração da renda do A sequência correta é:
trabalho. Enquanto a metade da população ocupada a) C – C – E – C
que(4) recebe os menores rendimentos teve ganho b) C – E – C – E
real de 3,2%, a outra metade, que tem rendimentos c) C – E – C – C
maiores, teve perda de 0,6%. Os resultados da PNAD d) E – E – C – C
mostraram, também, que o Brasil melhorou em ítens(5) e) E – C – E – E
como número de trabalhadores ocupados, par cipação
das mulheres no mercado de trabalho, indicadores da 9. (Esaf) “A oscilação entre entusiasmos revoltados e inér-
área de educação e melhoria das condições de vida”. cia conformista é uma herança de nossa adolescência.
(Trechos adaptados de Em Questão, Subsecretaria
Tivemos que decidir (e talvez estejamos eternamente
de Comunicação Ins tucional da Secretaria-Geral
da Presidência da República)
decidindo) se, para nos tornar-mos adultos, seria melhor
imitar os genitores, sacrificando nossa individualidade,
a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5 ou contrariá-los, encontrando a prova de nossa auto-
nomia na decepção e no desespero dos pais. A solução
5. (NCE) Anestesia é uma palavra grifada com s (e não mais popular sempre consis u em tomar o caminho de
com z) e privilégio é grafada com i (e não com e); a uma “normalidade” que nos garan a algum confôrto”.
(Adaptado de Contardo Calligaris)
alterna va em que ambas as palavras estão corretas
quanto à grafia é:
A quan dade de palavras com erro de morfologia ou
a) atravez / arrepio.
de grafia é:
b) atraz / Pirineus.
a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5
c) frisa / irrequieto.
d) análise / crâneo.
10. (NCE) Indique a de forma mais adequada e correta,
e) baroneza / campeão.
segundo a norma culta.
a) Há cerca de dez metros ficava a sede da OAB.
6. (Cespe) “Nós, chefes de Estado e de Governo dos 21 b) Cerca de dez metros ficava a sede da OAB.
países ibero-americanos, reunidos na XIII Conferência c) Acerca de dez metros ficava a séde da OAB.
Ibero-Americana, na cidade de Santa Cruz de la Sierra, d) Acerca de dez metros ficava a sede da OAB.
Bolívia...”. e) A cerca de dez metros ficava a séde da OAB.
( ) De acordo com as regras de acentuação gráfica da
língua portuguesa, a palavra “ibero-americanos”
também poderia ser corretamente escrita da se-
GABARITO
guinte forma: íberoamericanos.
1. C Regra das proparoxítonas aparentes (antes do
7. (FCC) Há palavras escritas do modo incorreto na frase: AOLP: parox. term. em dit. cresc.).
2. e Correções: a) obsolescência (do lat. “obsolescere
LÍNGUA PORTUGUESA

a) Gozar a vida com qualidade é obje vo de muitos


profissionais que não hesitam em deixar seu país + -ência. = tornar-se obsoleto), cons tui (de cons-
de origem, para trabalhar no exterior. tuir). b) denegrirem (de denegrir). c) banalização
b) Países emergentes têm apresentado desenvolvi- (banal + -izar + -ção). d) convergem (de convergir).
mento consistente em produção cien fica, indicador 3. e exuberante, exumar e exonerar (x = /z/). Obs.: a)
seguro dos bene cios trazidos pela globalização. exonerar (x = /z/), expelir, ex nto (x = /s/); b) sexo,
c) Produção cien fica está deixando de ser previlégio afixar (x = /ks/), inexequível (x = /z/); c) exuberan-
dos países mais ricos, pois dados rescentes apontam te, exó co (x = /z/), excitar (xc = /s/); d) máximo,
salto qualita vo em ciência e tecnologia na Ásia. sintaxe (x = /s/), tórax (x = /ks/).

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4. e Correção: itens (s/ acento: parox. c/ term. ens). (mapas), baixela (utensílios de mesa), banca (examinadores),
bandeira (exploradores), boana (peixes miúdos), cabilda
5. c frisa (do la m frísia = tecido grosseiro de lã); irre-
quieto (do la m irrequietu). Correções: a) através; (selvagens), cáfila (camelos), código (leis), corja (bandi-
b) atrás; d) crânio; e) baronesa. dos), corƟço (abelhas, casas velhas), correição (formigas),
dacƟlioteca (anéis), enxoval (roupas), falange (soldados,
6. E Correção: A forma correta é “ibero” (i-be-ro, sem
anjos), farândola (maltrapilhos), fressura (vísceras), girân-
acento por ser parox. term. em o; ibero, adje vo re-
dola (fogos), hemeroteca (jornais, revistas), maƟlha (cães),
ferente à Península Ibérica). “ibero” + americanos:
mó (gente), pinacoteca (quadros), tertúlia (amigos), súcia
ibero-americanos (adj. composto p/ justaposição:
hífen obrigatório). (gente ordinária)...
7. c Correções: privilégio (do lat. privilegiu), recentes
Flexão dos SubstanƟvos
(do lat. recente).
8. c (C) fôrma (modelo) / forma (aspecto): acento di- Gênero dos SubstanƟvos Uniformes
ferencial faculta vo; (E) rainha (sem acento: hiato
Epiceno: o jacaré (macho/fêmea), a águia (macho/
nasalizado por nh); (C) urubu / caqui (não se acen-
fêmea), a onça (macho/fêmea), a cobra (macho/fêmea), o
tuam oxítonas terminadas em u e i); (C) boemia
tatu (macho/fêmea), a mosca (macho/fêmea), o rouxinol
ou boêmia / hieroglifo ou hieróglifo / proje l ou
(macho/fêmea)...
projé l (dupla prosódia).
9. b Correções: tornarmos (1º pess. pl.) e conforto (sem Sobrecomum (um só gênero): o algoz, o sósia, o carrasco,
acento: parox. term. em o). o guia, o cônjuge, a mascote, a ví ma, a testemunha...
10. b Veja: Cerca de (= pouco mais ou menos, aproxi- Comum de dois (dois gêneros): o/a agente, o/a ar sta,
madamente) dez metros... Obs.: a) Há cerca de (= o/a camarada, o/a cliente, o/a már r, o/a estudante, o/a fã...
faz aproximadamente); c) Acerca de (= a respeito
de)... sede (sem acento: parox. term. em e); d) Plural dos SubstanƟvos Compostos
Acerca de (= a respeito de); e) A cerca de (somente 1) Ambos se flexionam
quando “cerca de” vier regido da prep. a) ... sede SubstanƟvo + substanƟvo: couves-flores, cirurgiões-
(sem acento: parox. term. em e). -den stas, sofás-camas...
SubstanƟvo + adjeƟvo: águas-marinhas, amores-
CLASSES DE PALAVRAS -perfeitos, viúvas-alegres...
AdjeƟvo + substanƟvo: puros-sangues, belas-artes,
Conceituações, Classificações, Flexões, Emprego e altos-relevos...
Locuções/Flexão Nominal Numeral + substanƟvo: quartas-feiras, primeiros-
ministros...
SUBSTANTIVO
2) Somente o primeiro varia
É a palavra que dá nome aos seres em geral (pessoas, lu- SubstanƟvo + substanƟvo que determina
gares, animais, coisas, ins tuições...): homem, cidade, cavalo, finalidade: pombos-correio, navios-escola...
cadeira, escola, Paulo, Maria, clero... e também às ações, semelhança: peixes-espada, homens-rã...
estados, qualidades, senƟmentos, sensações, conceitos... po: mangas-rosa, laranjas-pera...
(tomados como seres): jus ça, verdade, velhice, bondade, Observação: a maioria das gramá cas e dicionários
ira, opinião, alegria... registra, também, o plural com flexão de ambos os
termos: pombos-correios, peixes-espadas, homens-
Classificação dos SubstanƟvos -rãs, mangas-rosas...
SubstanƟvo + prep.+ substanƟvo: águas-de-colônia,
Concreto (seres reais ou tornados reais): urso, palmeira, ervilha-de-cheiro, bênção-de-deus...
caderno, homem, fada, saci, fantasma, anjo...
Abstrato (ações, qualidades, sen mentos, sensações, 3) Somente o segundo varia
conceitos, tomados como seres): beleza, coragem, brancura, Verbo + substantivo: arranha-céus, beija-flores,
amor, saudade, alegria, viagem, fuga, vida, morte, doença, guarda-chuvas, abre-alas, toca-discos, quebra-nozes,
cegueira... salva-vidas...
Comum (nome comum a todos os seres da espécie): Advérbio + adjeƟvo: alto-falantes, sempre-vivas, mal-
mesa, menino, galo, cão, saci... -agradecidos...
Próprio (nomes e apelidos): Paulo, Xuxa, Bolinha, Bahia, Prefixo + substanƟvo: vice-diretores, pseudo-heróis,
Brasil... grão-duques...
Simples (um só radical): pão, casa, livro, pé, sapato... Onomatopeias: reco-recos, co- cos, que-taques...
Observação: os compostos formados por verbos
LÍNGUA PORTUGUESA

Composto (mais de um radical): passatempo, andorinha- repeƟdos têm dois plurais:


-do-mar, girassol... pisca-piscas e piscas-piscas,
PrimiƟvo (que não se formou de outro): chá, café, livro, corre-corres e corres-corres...
colégio...
Derivado (formado a par r de outro): chaleira, cafezal, 4) Invariáveis
livraria, colegial... Verbo + advérbio: os pisa-mansinho, os ganha-pouco,
ColeƟvo (designa vários seres): acervo (bens, obras), os cola-tudo...
alcateia (lobos), aƟlho (espigas), arsenal (armas), atlas Verbos antônimos: os senta-levanta, os sobe-desce...

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5) Alguns admitem dois plurais: guardas-marinhas e 7. Ambos são invariáveis em gênero em
guarda-marinhas, salvo-condutos e salvos-condutos, a) inglesa pálida.
xeques-mate e xeques-mates, frutas-pão e frutas- b) alguns mestres.
-pães... c) moça ideal.
d) jovem leitor.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO e) semelhante criatura.

1. Nesta relação de palavras: cônjuge, criança, cobra e 8. Qual o plural errado?


cliente, temos a) escolas-modelo.
a) dois substan vos sobrecomuns e dois epicenos. b) quebra-nozes.
b) dois substan vos sobrecomuns, um epiceno e um c) ervilhas-de-cheiros.
comum de dois gêneros. d) guardas-noturnos.
c) um substan vo sobrecomum, dois epicenos e um e) redatores-chefes.
comum de dois gêneros.
d) dois substan vos comuns de dois gêneros e dois 9. Iden fique o substan vo que só se usa no plural.
sobrecomuns. a) lápis.
e) três substan vos comuns de dois gêneros e um b) pires.
epiceno. c) tênis.
d) ônibus.
2. Assinale a alterna va em que a flexão está errada. e) núpcias.
a) os pés-de-chumbo
b) os corre-corre GABARITO
c) as públicas-formas
d) os cavalos-vapor
e) os vaivéns 1. b o cônjuge (masc. ou fem.: sobrecomum), a criança
(masc. ou fem.: sobrecomum), cobra (macho/fêmea:
3. O plural dos substan vos couve-flor, pé-de-meia e epiceno) e o / a cliente (comum de dois).
amor-perfeito é: 2. b Correção: os corre-corres ou os corres-corres (ver-
a) couve-flores – pés-de-meia – amores-perfeitos bos repe dos: flexiona-se apenas o 2º, ou ambos).
b) couves-flores – pés-de-meia – amores-perfeitos 3. b couve-flor (subst. + subst.: ambos variam): cou-
c) couves-flor – pé-de-meias – amores-perfeitos ves-flores; pé-de-meia (subst. + subst. prepos.: só
d) couves-flores – pé-de-meias – amor-perfeitos o 1º varia): pés-de-meia; amor-perfeito (subst. +
e) couves-flores – pé-de-meias – amor-perfeitos adj.: ambos variam): amores-perfeitos.
4. a a pessoa (masc. ou fem.: sobrecomum), a barata
4. Assinale a alterna va que contém a exata classificação (macho/fêmea: epiceno), o/a lojista (comum de
dos substan vos pessoa, barata, lojista e abelha. dois), a abelha (fem.: o zangão – heterônimo).
a) sobrecomum – epiceno – comum de dois – heterô-
5. d Correção: ... seu cônjuge (sobrecomum).
nimo.
b) epiceno – comum de dois – heterônimo – sobreco- 6. e borboleta (diminu vo: borbole nha).
mum. 7. e semelhante criatura. Obs.: a) inglês pálido; b) algu-
c) comum de dois – heterônimo – sobrecomum – epi- mas mestras; c) moço ideal; d) jovem leitora.
ceno. 8. c Correção: ervilhas-de-cheiro (subst. + subst. prepos.:
d) heterônimo – sobrecomum – comum de dois – epi- só o 1º se flexiona).
ceno.
9. e as núpcias. Obs.: a) o/os lápis; b) o/os pires; c) o/os
e) sobrecomum – heterônimo – epiceno – comum de
tênis; d) o/os ônibus (todos invariáveis).
dois.

5. Aponte a alterna va que contém algum erro. ADJETIVO


a) No choque, quebrara-se-lhe a omoplata.
É a palavra que qualifica o substan vo, isto é, indica
b) A sen nela saiu da guarita e o enxotou sem nenhum qualidade, caracterís ca ou origem.
dó. Aluno saudável, inteligente e brasileiro.
c) Reclinado à sombra da velha árvore, tomou sosse-
gadamente seu champanha. Classificação dos AdjeƟvos
d) Qual não foi a surpresa do noivo, quando, à pergunta
do padre se queria casar-se, sua cônjuge respondeu ExplicaƟvo (qualidade inerente a todo ser): pedra dura,
solenemente que não! água mole, homem mortal, animal irracional...
e) O pedreiro, sacolejando o balde, enquanto andava,
LÍNGUA PORTUGUESA

RestriƟvo (qualidade não inerente a todo ser): mulher


ia marcando com a cal derramada o seu caminho. sincera, homem fiel, maçã verde, carro veloz, moça bonita...
Simples, composto, primiƟvo e derivado (idem aos
6. Qual é o substan vo no grau normal? substan vos).
a) animalzinho. Locução adjeƟva (expressão com valor semân co equi-
b) carrinho. valente ao adje vo): presente de rei (régio); amor de filho
c) peixinho. (filial), paixão sem freio (desenfreada), confiança sem limite
d) cachorrinho. (ilimitada), força de touro (taurina), ave da noite (noturna),
e) borboleta. gente de fora (forasteira), patas de trás (traseiras)...

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AdjeƟvos eruditos (que significam relaƟvo a, próprio EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
de, da cor de): sacarino (açúcar), aquilino (águia), discente
(aluno), anular (anel), sideral (astro), vesical (bexiga), hircino 1. Assinale a opção em que abundam adje vos biformes
(bode), venatório (caça), plúmbeo (chumbo), pluvial (chuva), pospostos concordando com o substan vo em gênero
axial (eixo), ígneo (fogo), felino (gato), bélico (guerra), óp co e número.
(olho), ó co (ouvido), onírico (sonho), eólico (vento)... a) Aquela coisa tonta foi a favor. Arreliou o tempo
AdjeƟvos pátrios ou genơlicos (referentes a con nentes, todo, enganjentou, infernizou o juízo do povaréu
países, estados, cidades etc.): campinense (Campinas), lisbo-
das redondezas.
eta, lisboense (Lisboa), buenairense, portenho (Buenos Aires),
b) E os riscos amarronzados sobre a terra arada, a terra
afegão (Afeganistão), chipriota (Chipre), flamengo (Flandres),
húngaro (Hungria), hierosolimita (Jerusalém), juiz-forense bonita e macia, generosa o ano inteiro...
(Juiz de Fora), madrilense (Madri), rio-pretense (Rio Preto), c) A melhor caneta do mundo é o cabo de uma enxada.
pascense, pacenho (La Paz), porto-alegrense (Porto Alegre)... d) Iria mesmo era para São Paulo ou Paraná, terras
boas, onde certamente encontraria uma roça.
Flexão dos AdjeƟvos Compostos e) Diga a papai que isto aqui é muito di cil para quem
já está velho.
Regra: só o úl mo se flexiona em gênero e número:
saudades doce-amargas, ciências político-sociais, salas 2. Assinale a frase em que o destacado não é locução
médico-cirúrgicas... adje va (expressão equivalente a um adje vo).
a) Só em mim mesmo tenho confiança sem limites.
Casos Especiais b) A coruja, talvez por ser ave da noite, tem sido con-
surdo-mudo (ambos se flexionam): surda(s)-muda(s) e siderada de mau agouro.
surdo(s)-mudo(s). c) Não venham com desculpas sem pé nem cabeça.
substanƟvos indicando cor (invariáveis): fitas amarelo- d) Costumava, às vezes, ficar longe de casa mais de
-ouro, bandeiras azul-turquesa, blusas rosa-claro, ves dos mês.
cinza-chumbo... e) Embora vesse saúde de ferro, vivia tomando me-
azul-marinho e azul celeste (invariáveis): ternos azul- zinhas.
-marinho, saias azul-celeste...
3. As frases abaixo deverão ter suas lacunas preenchidas
O Grau dos AdjeƟvos conforme o modelo.
A Lua não é constante: é inconstante.
Grau ComparaƟvo Assim:
de igualdade: tão... como/quanto Uma redação sem mácula: é ________________.
Estou tão feliz como / quanto você. Uma tese sem defesa: é tese _______________.
Casa que não é habitada: é ________________.
de superioridade: mais... (do) que
Pessoa que não tem habilidade: é ___________.
O prédio é mais alto (do) que a torre.
Polí co sem escrúpulos: é _______________ .
de inferioridade: menos... (do) que
A revista é menos cara (do) que o jornal. Qual das alterna vas abaixo contém as palavras apro-
priadas?
Grau SuperlaƟvo RelaƟvo a) imaculada – indefensível – inabitável – inabilitado –
de superioridade: o mais... de desescrupuloso
O juiz era o mais prudente de todos. b) imaculável – indefensível – inabitável – inabilitado –
desescrupuloso
de inferioridade: o menos... de c) imaculada – indefensível – inabitada – inábil – de-
Eu sou o menos calmo da família. sescrupuloso
d) imaculável – indefensável – inabitável – inábil – ines-
Grau SuperlaƟvo Absoluto crupuloso
analíƟco: e) imaculada – indefensável – inabitada – inábil – ines-
Aquela moça está muito magra. crupuloso
Ela é exageradamente magra.
4. Em qual frase o nome destacado não é adje vo?
sintéƟco: a) O brioso coronel comandou os revolucionários.
Aquela moça é magríssima (vernáculo) b) No portão brilhava um grande monograma góƟco.
Aquela moça é macérrima (erudito) c) O azul do poente ficou ma zado de púrpura e ouro.
d) Nas noites frias, poncho, chimarrão e carinho...
Principais superlaƟvos eruditos: amaríssimo (amargo), e) A fazenda ficava na íngreme colina, ali na mata.
cris aníssimo (cristão), máximo (grande), integérrimo (ín-
tegro), nigérrimo (negro), macérrimo (magro), crudelíssimo
LÍNGUA PORTUGUESA

5. Selecione a alterna va que completa corretamente a


(cruel), fidelíssimo (fiel), libérrimo (livre), paupérrimo (pobre),
friíssimo (frio), dulcíssimo (doce), humílimo (humilde)... lacuna da frase apresentada.
“Os acidentados foram encaminhados a diferentes
Observação: clínicas ___________________”.
As formas mais bom, mais mau, mais grande e mais a) médicas-cirúrgicas.
pequeno são empregadas para comparar qualidades do b) médica-cirúrgicas.
mesmo ser: c) médico-cirúrgicas.
Aquele aluno é mais bom que inteligente. d) médicos-cirúrgicas.
Esta sala é mais grande do que confortável. e) médica-cirúrgicos.

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6. Em qual das construções não há grau superla vo? 3. e Uma redação sem mácula: é imaculada; // Uma tese
a) Os mais arrojados no falar são sempre os menos sem defesa: é indefensável; // Casa que não é habi-
profundos no saber. tada: é inabitada; // Pessoa que não tem habilidade:
b) Os santos eram extremamente puros, mas não se é inábil; // Polí co sem escrúpulos: é inescrupuloso.
achavam melhores que os outros homens. 4. c Correção: O azul do poente (substan vo: derivação
c) Velozes naus, levais a vida ou a morte? imprópria).
d) Teve tantos desenganos que ficou branquinha, bran-
quinha, com os desgostos humanos. 5. c ... clínicas médico-cirúrgicas (adj. composto: só se
e) Estava escuro como breu, e à distância de dez passos flexiona o 2º termo).
mal se via um vulto. 6. c Correção: c) “Velozes naus”: grau normal. Obs.:
a) mais arrojados, menos profundos (superl. ana-
7. Assinale a oração em que cego(s) é um adje vo. lí co); b) extremamente puros (superl. analí co),
a) “Os cegos, habitantes de um mundo esquemá co, melhores (superl. sinté co); d) branquinha, bran-
sabem aonde ir...”. quinha (superl. analí co); e) escuro como breu
b) “O cego de Ipanema representava naquele momento (superl. analí co).
todas as alegorias da noite escura da alma...”. 7. e “Longe da Terra, que é um globo (subst.) cego (qua-
c) “Todos os cálculos do cego se desfaziam na turbu- lifica “globo”: adje vo) girando...”.
lência do álcool”. 8. b Pudica: pudicíssima. Obs.: a) pobre: pobríssimo,
d) “Naquele instante era só um pobre cego”. paupérrimo; c) negra: negríssima, nigérrima; d)
e) “Longe da Terra, que é um globo cego girando no magra: magríssima, macérrima, magérrima; e) ágil:
caos”. agilíssimo, agílimo.
8. Assinale a frase que o adje vo não admite outra forma 9. a ... ele ia só (= sozinho): adjeƟvo. Obs.: b) longe:
de superla vo absoluto sinté co. advérbio; c) bastante: advérbio; d) rápido (= rapi-
a) Sempre foi pobre, aliás, ________________. damente): advérbio; e) mal: advérbio.
b) Antes de se casar era pudica, aliás, _______. 10. d Correção: somente: pobríssimo e alegríssimo. Obs.:
c) A noite estava negra, aliás, _____________. o superla vo com o hiato i-i só ocorre em alguns
d) Marcela era magra, aliás, ______________. adje vos terminados em io, como frio: friíssimo,
e) Pelé foi um atacante ágil, aliás, __________. sério: seriíssimo, pio: piíssimo etc.

9. Em qual das opções há um nome desempenhando a


função de adje vo? ARTIGO
a) Às vezes, iam com ele alguns companheiros; às vezes,
ele ia só. É a palavra que determina o substan vo, indica também
b) Dentro em pouco uma fumacinha apontava longe. gênero e número.
c) Ele apanhou a estrada bastante mais movimentada.
d) Então ganhava rápido a super cie; sabendo que um ArƟgo Definido
segundo mais e morreria.
e) Olhava para o próprio sexo, que mal tocava a super- Os monossílabos o, a, os, as determinam o substan vo
cie. de modo preciso e par cular:
Chamem o médico. (aquele médico)
10. Assinale a opção incorreta a respeito do adje vo assina-
lado na frase de Carlos Drummond: “... apresentara-se ArƟgo Indefinido
em trajes sumaríssimos, atentando contra o decoro”.
a) O adje vo está no grau superla vo absoluto sinté co. Os vocábulos um, uma, uns, umas determinam o subs-
b) Também seria correta a forma sumariíssimos. tan vo de modo vago, geral, indefinido:
c) Na linguagem atual, prefere-se sumaríssimos a Chamem um médico. (qualquer médico)
sumariíssimos, pelo desagradável hiato i-i.
d) A formação do superla vo com o hiato i-i ocorre Emprego do ArƟgo Definido
também com pobre (pobríssimo e pobriíssimo) e 1) faculta vo antes de pronomes possessivos adje vos:
alegre (alegríssimo e alegriíssimo). O diretor elogiou (a) sua turma.
e) Se em vez de sumaríssimos, Drummond vesse 2) faculta vo antes de nomes persona vos:
usado o grau superla vo analí co muito sumários,
Conhecemos (o) Rafael em Brasília.
não haveria alteração semân ca.
3) não se usa antes de casa indicando lar:
GABARITO Aos domingos, fico sempre em casa.

1. b E os riscos amarronzados (listras amarronzadas) NUMERAL


LÍNGUA PORTUGUESA

sobre a terra arada (campo arado), a terra bonita e


macia, generosa (campo bonito e macio, generoso) Palavra que exprime quan dade, ordem, múl plo ou
o ano inteiro (vida inteira)... fração.
2. d Correção: d) ... longe (adv.) de casa (compl. nominal). 1) cardinais: um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito,
Obs.: (locução adje va é o termo, normalmente pre- nove, dez...
posicionado, que qualifica substan vo): a) confiança 2) ordinais: primeiro, segundo, terceiro, quarto, quinto,
(subst.) sem limites (loc. adj.); b) ave (subst.) da noite sexto, sé mo, oitavo, décimo, vigésimo, trigésimo,
(loc. adj.); c) desculpas (subst.) sem pé nem cabeça quadragésimo, quinquagésimo, sexagésimo, septua-
(loc. adj.); e) saúde (subst.) de ferro (loc. adj.). gésimo, octogésimo, nonágésimo, centésimo...

27
3) mulƟplicaƟvos: dobro, triplo, quádruplo, quíntuplo, CONJUNÇÃO
sêxtuplo, sétuplo, óctuplo, nônuplo, décuplo, cêntu-
plo... Palavra invariável que liga orações ou termos de mesma
4) fracionários: meio, terço, quarto, quinto, sexto, sé mo, função.
oitavo, nono, décimo, onze avos, doze avos...
Conjunções CoordenaƟvas
Emprego dos Numerais
AdiƟvas: e, nem, mas também, mas ainda, como tam-
1) numeração de ar gos, leis, decretos... bém, bem como.
ordinais: de 1 a 9 AdversaƟvas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto,
cardinais: de 10 em diante no entanto, e.
Conforme está previsto no ar go nono. AlternaƟvas: ou, ou... ou, ora... ora, quer... quer, seja...
Conforme está previsto no ar go dez. seja.
2) numeração de séculos, capítulos, reis, papas, tomos... Conclusivas: logo, portanto, senão, por isso, por conse-
ordinais: de 1 a 10 guinte, pois (depois do verbo).
cardinais: de 11 em diante ExplicaƟvas: porque, que, porquanto e pois (antes do
Século X (décimo), Luiz XI (onze), Papa Pio X (décimo), verbo).
Capítulo X (décimo), Tomo XI (onze)...
Conjunções SubordinaƟvas
ADVÉRBIO
Integrantes: que, se.
Palavra modificadora do verbo, do adje vo e do próprio Causais: porque, visto que, pois, que, como.
advérbio. ComparaƟvas: como, (mais) que, (menos) que, assim
Aquela moça bonita canta bem. como, tal qual.
Aquela moça muito bonita canta. Condicionais: se, caso, uma vez que, salvo se, sem que.
Aquela moça bonita canta muito bem. Concessivas: embora, ainda que, se bem que, posto que,
mesmo que.
Classificação dos Advérbios ConformaƟvas: conforme, segundo, consoante, como.
ConsecuƟvas: tão... que, tal... que, tanto... que, de modo
1) de afirmação: sim, certamente, deveras, realmente, que, que.
efe vamente... Finais: para que, a fim de que, de sorte que, de modo
2) de dúvida: talvez, quiçá, decerto, acaso... que, porque.
3) de intensidade: muito, pouco, bastante, mais, menos, Proporcionais: à medida que, à proporção que, quanto
tanto, que... mais..., quanto menos...
4) de lugar: aqui, ali, lá, acolá, perto, longe, dentro, fora, Temporais: quando, mal, logo que, assim que, sempre
além... que, depois que.
5) de modo: bem, mal, assim, depressa, devagar, alerta,
debalde, e os terminados em mente (calmamente, INTERJEIÇÃO
tristemente, afavelmente...)
6) de negação: não, absolutamente, tampouco, nunca, Palavra ou expressão que exprime sen mento: ah! oh!
jamais... ai! oxalá! apoiado! psiu! puxa! ó! olá! Ai meu Deus! Nossa
7) de tempo: agora, hoje, amanhã, depois, ontem, Senhora!
anteontem, já, sempre, nunca, jamais, cedo, tarde,
outrora, breve, novamente, diariamente... Palavras DenotaƟvas
PREPOSIÇÃO De acordo com a Nomenclatura Grama cal Brasileira,
certas palavras que an gamente eram classificadas como
Palavra invariável que liga um termo (regente) a outro advérbios passaram a ter classificação à parte, sem desig-
(regido). nação própria. Elas são analisadas em função da ideia que
Preposições essenciais: a, ante, após, até, com, contra, expressam; assim, podem aparecer numa frase palavras ou
de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre. locuções denotaƟvas de:
Era nosso agregado desde muitos anos. a) inclusão – até, mesmo, também, inclusive etc.
E jorrou a água de todos os afluentes... Até eu fui envolvido na discussão.
O velho pescador usava óculos sem aros. b) designação – eis.
Eis a noite que chega!
Preposições acidentais: afora, conforme, consoante, c) realce – é que, só, cá, lá etc.
durante, exceto, fora, mediante, menos, salvo, segundo, Eu é que vou falar hoje.
senão, rante... Lá vem você de novo com essa desculpa!
Salvo melhor juízo, a expressão é correta. d) reƟficação – aliás, ou melhor, digo, isto é etc.
LÍNGUA PORTUGUESA

Ele sofreu um enfarte durante o exercício. Vou sair já, ou melhor, daqui a alguns minutos.
Sempre se ves am conforme a moda. e) situação – então, mas, afinal, agora etc.
Então, como vai a família?
Locução preposiƟva: ao lado de, abaixo de, acima de, a f) exclusão – somente, apenas, unicamente, sequer, só,
despeito de, a fim de, ao redor de, a par de, apesar de, de salvo etc.
acordo com, por causa de, graças a, junto a, até a... Todos vieram à reunião, menos ele.
O perigo mora ao lado de todos os policiais. g) explicação – isto é, por exemplo, a saber, como etc.
Passei no concurso graças ao estudo. Duas alunas da classe, a saber, Renata e Ana, ficaram
A prova foi realizada de acordo com o edital. doentes.

28
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO d) Quando temos amigos de verdade, somos bem mais
felizes. (subordina va temporal)
“Nunca os dias foram mais compridos, e jamais o sol das e) Se os motoristas fossem mais prudentes, não haveria
primeiras horas abrasou tanto a terra. As horas ba am forte tantos desastres. (subordina va condicional)
tal qual a estridência de cem arapongas, ali no velho relógio
da sala, cuja pêndula – ai meu Deus! – feria-me incessante- 12. Triplo e tríplice são numerais
mente o interior da alma, como um piparote da eternidade”. a) ordinal o primeiro e mul plica vo o segundo.
(Rubem Fonseca) b) ambos ordinais.
c) ambos cardinais.
Certo/Errado d) ambos mul plica vos.
De acordo com o texto, assinale C para o correto e, em caso e) mul plica vo o primeiro e ordinal o segundo.
contrário, E.
1. ( ) São advérbios: nunca, mais, jamais, tanto, forte, 13. Classificação incorreta da palavra destacada.
ali e incessantemente. a) O vento andava mais devagar que o rio. (conjunção
compara va)
2. ( ) primeiras e cem são numerais, ordinal e cardinal,
b) Trabalhava que era uma lás ma. (conjunção conse-
respec vamente.
cu va)
3. ( ) Os vocábulos e e como são conjunções, esta subor-
c) Pula que pula, mas não se cansa. (conjunção adi va)
dina va compara va, e aquela coordena va adi va. d) Vendo-a ali sozinha e triste, fiz-lhe sinal que se
4. ( ) A expressão ai meu Deus! deve ser classificada como aproximasse de nós. (conjunção final)
locução interje va. e) Alguns minutos que fossem seriam definitivos.
5. ( ) No texto, há pelo menos um vocábulo de cada classe (conjunção integrante)
grama cal.
14. Classificação incorreta da palavra destacada.
MúlƟpla escolha a) Adeus, astros da noite! (interjeição)
6. Em qual das opções não se destacou locução adverbial? b) Ves mo-nos conforme a moda consequente e o
a) Choveu a cântaros no início do ano. estado de espírito corrente. (preposição)
b) De vez em quando jogamos cartas. c) Outrora as pessoas falavam demais. (advérbio)
c) O país progredia a olhos vistos. d) Afinal, só o Internacional pode vencer o Flamengo.
d) Meu primo é um médico de talento. (palavra denota va)
e) Gostamos muito de passear a cavalo. e) O que era simples regato tornou-se torrente. (ar go
definido)
7. Indique em que alterna va é errado colocar, após a
palavra destacada, o ar go definido. 15. Assinale a alterna va correta.
a) Todo prédio seria pintado. a) Soube do incêndio através da imprensa.
b) Todos dias passava por lá, sem vê-la. b) Comemorarei meu octagésimo aniversário.
c) Toda noite gotejou a torneira, não pude dormir. c) Fui aprovado, sou o duodécimo da turma.
d) A todo passante perguntei, nenhum me informou. d) Os ar gos 9º e 10º estão no capítulo XI do livro.
e) Leu todos dez contos do livro. e) Sou caseiro demais: não saio da casa para nada.

8. A palavra destacada não é advérbio em: GABARITO


a) Quantos passaram em Matemá ca?
b) Por que as crianças choravam?
c) Como vocês me encontraram? 1. C Todos são advérbios; nunca: tempo; mais: intensida-
d) Onde você colocou meus óculos? de; jamais: tempo; tanto: intensidade; forte: modo;
e) Quando iremos ao circo? ali: lugar; incessantemente: modo.
2. C Em “primeiras horas” (ordem: numeral ordinal) e
9. Não se destacou preposição na alterna va: em “cem arapongas” (quan dade absoluta: nume-
a) Dizem que todos somos iguais perante a lei. ral cardinal).
b) Fizemos tudo conforme nos pediram. 3. C “e”: conj. coord. adi va; “como”: conj. subord.
c) Estavam todas corretas, exceto a úl ma. compara va.
d) Contra mim não pairam quaisquer suspeitas. 4. C “ai meu Deus!” (expressão de um sentimento):
e) Estávamos a quinze dias dos exames. locução interjeƟva.
5. C Exemplos: art.: os; subst.: dias; adj.: compridos;
10. Falhou a iden ficação da locução em: pron.: cuja; num.: cem; verbo: foram; adv.: jamais;
a) O deputado falou de improviso. (adverbial) conj.: e; prep.: das (de + as); interj.: ai meu Deus!
b) Moro em frente ao museu. (preposi va) 6. d Meu primo é um médico de talento (qualifica o
c) Apesar da crise, lutamos. (conjun va) subst. “médico”: locução adjeƟva).
d) Agimos de acordo com a lei. (preposi va)
7. d Correção: A todo passante perguntei, nenhum me
LÍNGUA PORTUGUESA

e) Cada qual age segundo sua fé. (pronominal)


informou. (todo = qualquer; todo o = inteiro).
11. Falhou a classificação da conjunção: 8. a Quantos passaram em Matemática? (pergunta
a) Embora discorde de suas ideias, admiro-lhe a cora- direta: pron. interroga vo) Obs.: b) adv. causa; c)
gem. (subordina va concessiva) adv. modo; d) adv. lugar; e) adv. tempo.
b) Falava tão rápido que mal lhe entendíamos as pala- 9. b Fizemos tudo conforme nos pediram (entre orações:
vras. (subordina va causal) conjunção).
c) O Gama jogou bem melhor que o Flamengo. (subor- 10. c Correção: Apesar da crise, lutamos. (locução pre-
dina va compara va) posiƟva: “apesar de”).

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11. b Correção: Falava tão rápido que mal lhe enten- Pretérito imperfeito: fato não concluído.
díamos as palavras. (“tão”... que: subordinaƟva Ela descia as escadas quando cheguei ali.
consecuƟva).
12. d Triplo / tríplice: mulƟplicaƟvos. Pretérito mais-que-perfeito: fato concluído e anterior a
outro, também concluído.
13. e Correção: Alguns minutos que fossem seriam defi-
O filme já começara quando cheguei.
ni vos. (que = os quais = minutos: pron. relaƟvo).
14. e Correção: O que era simples regato tornou-se torren- Futuro do presente: fato que ainda irá realizar-se.
te. (O = aquilo: pron. demonstraƟvo). Veja: “Aquilo Os bons alunos passarão neste concurso.
// que era simples regato // tornou-se torrente”.
15. c duodécimo (= 12º). Correções: a) ... pela imprensa; Futuro do pretérito: futuro vinculado ao passado.
b) ... octogésimo (80º) aniversário; d) Os ar gos 9 Se estudássemos, teríamos sucesso.
e 10 (ar gos de 1 a 10: cardinais)...; e) ... não saio
de casa (= lar: sem arƟgo)... Modo SubjunƟvo

Presente: o que pode ocorrer no presente.


VERBO É preciso que te dediques com seriedade.

Verbo é a palavra que exprime ações (Os alunos estudam Imperfeito: expressa uma hipótese.
muito.), estados (O povo está cansado.) e fenômenos (Nevou Se fizesse sua parte, teria mais facilidade.
e choveu no Sul.).
Futuro: o que pode ocorrer no futuro.
Verbos Regulares Quando você vier a Brasília e vir suas obras...

São os verbos que não modificam seus radicais e seguem Modo ImperaƟvo
integralmente o modelo de sua conjugação.
ImperaƟvo afirmaƟvo: ordens, pedidos.
Verbos Irregulares Estuda e não te arrependerás.

São os que, em algumas flexões, apresentam modifica- ImperaƟvo negaƟvo: proibições.


ções nos radicais e não seguem integralmente o paradigma Não faças a outrem o que não queres para .
da conjugação.
Conjugação dos Principais Verbos
Modos e Tempos Verbais
Verbos Auxiliares
Emprego dos Modos Verbais
Modo IndicaƟvo
Modo
Presente
Indica a relação entre o falante e a ação.
Ser: sou, és, é, somos, sois, são.
Estar: estou, estás, está, estamos, estais, estão.
Modo indicaƟvo: fato real, certo. Ter: tenho, tens, tem, temos, tendes, têm.
Amanhã estudarei verbos. Haver: hei, hás, há, havemos, haveis, hão.
Modo subjunƟvo: fato duvidoso, possível. Pretérito perfeito
Quando estudares verbo. Ser: fui, foste, foi, fomos, fostes, foram.
Se estudares verbos. Estar: es ve, es veste, esteve, es vemos, es vestes,
es veram.
Modo imperaƟvo: ordem, proibição, pedido. Ter: ve, veste, teve, vemos, vestes, veram.
Não façam isso, estudem mais! Haver: houve, houveste, houve, houvemos, houvestes,
houveram.
Emprego dos Tempos Verbais
Pretérito imperfeito
Tempo Ser: era, eras, era, éramos, éreis, eram.
Posiciona o fato em relação ao momento efe vo da Estar: estava, estavas, estava, estávamos, estáveis,
comunicação: presente, passado, futuro. estavam.
Ter: nha, nhas, nha, nhamos, nheis, nham.
LÍNGUA PORTUGUESA

Modo IndicaƟvo Haver: havia, havias, havia, havíamos, havíeis, haviam.

Presente: fato atual, habitual, verdades cien ficas. Pretérito mais-que-perfeito


Os concursandos estudam cuidadosamente. Ser: fora, foras, fora, fôramos, fôreis, foram.
Ela sempre vai ao cinema. Estar: es vera, es veras, es vera, es véramos, es vé-
O átomo é uma par cula da matéria. reis, es veram.
Ter: vera, veras, vera, véramos, véreis, veram.
Pretérito perfeito: fato totalmente concluído. Haver: houvera, houveras, houvera, houvéramos, hou-
O deputado terminou sua árdua tarefa. véreis, houveram.

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Futuro do presente Verbos Regulares
Ser: serei, serás, será, seremos, sereis, serão.
Estar: estarei, estarás, estará, estaremos, estareis, es- Modo IndicaƟvo
tarão.
Ter: terei, terás, terá, teremos, tereis, terão. Presente
Haver: haverei, haverás, haverá, haveremos, havereis, Amar: amo, amas, ama, amamos, amais, amam.
haverão. Ceder: cedo, cedes, cede, cedemos, cedeis, cedem.
ParƟr: parto, partes, parte, par mos, par s, partem.
Futuro do pretérito
Pretérito perfeito
Ser: seria, serias, seria, seríamos, seríeis, seriam. Amar: amei, amaste, amou, amamos, amastes, amaram.
Estar: estaria, estarias, estaria, estaríamos, estaríeis, Ceder: cedi, cedeste, cedeu, cedemos, cedestes, cede-
estariam. ram.
Ter: teria, terias, teria, teríamos, teríeis, teriam. ParƟr: par , par ste, par u, par mos, par stes, par-
Haver: haveria, haverias, haveria, haveríamos, haveríeis, ram.
haveriam.
Pretérito imperfeito
Modo SubjunƟvo Amar: amava, amavas, amava, amávamos, amáveis,
amavam.
Presente Ceder: cedia, cedias, cedia, cedíamos, cedíeis, cediam.
Ser: seja, sejas, seja, sejamos, sejais, sejam. ParƟr: par a, par as, par a, par amos, par eis, par am.
Estar: esteja, estejas, esteja, estejamos, estejais, estejam.
Ter: tenha, tenhas, tenha, tenhamos, tenhais, tenham. Pretérito mais-que-perfeito
Haver: haja, hajas, haja, hajamos, hajais, hajam. Amar: amara, amaras, amara, amáramos, amáreis,
amaram.
Ceder: cedera, cederas, cedera, cedêramos, cedêreis,
Imperfeito
cederam.
Ser: fosse, fosses, fosse, fôssemos, fôsseis, fossem. ParƟr: par ra, par ras, par ra, par ramos, par reis,
Estar: estivesse, estivesses, estivesse, estivéssemos, par ram.
es vésseis, es vessem.
Ter: tivesse, tivesses, tivesse, tivéssemos, tivésseis, Futuro do presente
vessem. Amar: amarei, amarás, amará, amaremos, amareis,
Haver: houvesse, houvesses, houvesse, houvéssemos, amarão.
houvésseis, houvessem. Ceder: cederei, cederás, cederá, cederemos, cedereis,
cederão.
Futuro ParƟr: par rei, par rás, par rá, par remos, par reis,
Ser: for, fores, for, formos, fordes, forem. par rão.
Estar: es ver, es veres, es ver, es vermos, es verdes,
es verem. Futuro do pretérito
Ter: ver, veres, ver, vermos, verdes, verem. Amar: amaria, amarias, amaria, amaríamos, amaríeis,
Haver: houver, houveres, houver, houvermos, houverdes, amariam.
Ceder: cederia, cederias, cederia, cederíamos, cederíeis,
houverem.
cederiam.
ParƟr: par ria, par rias, par ria, par ríamos, par ríeis,
Modo ImperaƟvo par riam.
ImperaƟvo afirmaƟvo Modo SubjunƟvo
Ser: sê, seja, sejamos, sede, sejam.
Estar: está, esteja, estejamos, estai, estejam. Presente
Ter: tem, tenha, tenhamos, tende, tenham. Amar: ame, ames, ame, amemos, ameis, amem.
Haver: há, haja, hajamos, havei, hajam. Ceder: ceda, cedas, ceda, cedamos, cedais, cedam.
ParƟr: parta, partas, parta, partamos, partais, partam.
ImperaƟvo negaƟvo
Ser: (não) sejas, seja, sejamos, sejais, sejam. Imperfeito
Estar: (não) estejas, esteja, estejamos, estejais, estejam. Amar: amasse, amasses, amasse, amássemos, amásseis,
Ter: (não) tenhas, tenha, tenhamos, tenhais, tenham. amassem.
Haver: (não) hajas, haja, hajamos, hajais, hajam. Ceder: cedesse, cedesses, cedesse, cedêssemos, cedês-
seis, cedessem.
LÍNGUA PORTUGUESA

ParƟr: par sse, par sses, par sse, par ssemos, par s-
Formas Nominais
seis, par ssem.
InfiniƟvo Futuro
Ser, estar, ter, haver. Amar: amar, amares, amar, amarmos, amardes, amarem.
Gerúndio Ceder: ceder, cederes, ceder, cedermos, cederdes, ce-
Sendo, estando, tendo, havendo. derem.
ParƟcípio ParƟr: par r, par res, par r, par rmos, par rdes, par-
Sido, estado, havido, do. rem.

31
Modo ImperaƟvo Futuro
Ver: vir, vires, vir, virmos, virdes, virem.
ImperaƟvo afirmaƟvo Vir: vier, vieres, vier, viermos, vierdes, vierem.
Amar: ama, ame, amemos, amai, amem. Pôr: puser, puseres, puser, pusermos, puserdes, puserem.
Ceder: cede, ceda, cedamos, cedei, cedam.
ParƟr: parte, parta, partamos, par , partam. Modo ImperaƟvo
ImperaƟvo negaƟvo
Amar: (não) ames, ame, amemos, ameis, amem. ImperaƟvo afirmaƟvo
Ceder: (não) cedas, ceda, cedamos, cedais, cedam. Ver: vê, veja, vejamos, vede, vejam.
ParƟr: (não) partas, parta, partamos, partais, partam. Vir: vem, venha, venhamos, vinde, venham.
Pôr: põe, ponha, ponhamos, ponde, ponham.
Formas Nominais
ImperaƟvo negaƟvo
InfiniƟvo Ver: (não) vejas, veja, vejamos, vejais, vejam.
Amar, ceder, par r Vir: (não) venhas, venha, venhamos, venhais, venham.
Gerúndio Pôr: (não) ponhas, ponha, ponhamos, ponhais, ponham.
Amando, cedendo, par ndo
ParƟcípio Formas Nominais
Amado, cedido, par do

Verbos Irregulares InfiniƟvo


Ver, vir, pôr
Modo IndicaƟvo Gerúndio
Vendo, vindo (*), pondo
Presente ParƟcípio
Ver: vejo, vês, vê, vemos, vedes, veem. Visto, vindo (*), posto
Vir: venho, vens, vem, vimos, vindes, vêm.
Pôr: ponho, pões, põe, pomos, pondes, põem. Verbos Derivados
Pretérito perfeito Os verbos derivados seguem a conjugação das respec -
Ver: vi, viste, viu, vimos, vistes, viram. vas formas primi vas.
Vir: vim, vieste, veio, viemos, viestes, vieram.
Pôr: pus, puseste, pôs, pusemos, pusestes, puseram.
Derivados do verbo ver: antever, entrever, prever e rever.
Pretérito imperfeito
Ver: via, vias, via, víamos, víeis, viam. Exceção: prover e desprover que, nos tempos abaixo, não
Vir: vinha, vinhas, vinha, vínhamos, vínheis, vinham. são conjugados pelo verbo ver e, sim, como verbo regular:
Pôr: punha, punhas, punha, púnhamos, púnheis, pu-
nham. Verbo prover (formas que apresentam problemas)
Pret. perf. indic.: provi, proveste, proveu, provemos,
Pretérito mais-que-perfeito provestes, proveram.
Ver: vira, viras, vira, víramos, víreis, viram. Pret. m.-q.-perf. indic.: provera, proveras, provera, pro-
Vir: viera, vieras, viera, viéramos, viéreis, vieram. vêramos, provêreis, proveram.
Pôr: pusera, puseras, pusera, puséramos, puséreis, Fut. subj.: prover, proveres, prover, provermos, prover-
puseram. des, proverem.
ParƟcípio: provido.
Futuro do presente Derivados do verbo vir: advir, convir, desavir-se, intervir,
Ver: verei, verás, verá, veremos, vereis, verão.
provir.
Vir: virei, virás, virá, viremos, vireis, virão.
Pôr: porei, porás, porá, poremos, poreis, porão.
Verbo intervir (formas que apresentam problemas)
Futuro do pretérito Pret. perf. indic.: intervim, intervieste, interveio, inter-
Ver: veria, verias, veria, veríamos, veríeis, veriam. viemos, interviestes, intervieram.
Vir: viria, virias, viria, viríamos, viríeis, viriam. Pret. m.-q.-perf. indic.: interviera, intervieras, interviera,
Pôr: poria, porias, poria, poríamos, poríeis, poriam. interviéramos, interviéreis, intervieram
Fut. subj.: intervier, intervieres, intervier, interviermos,
Modo SubjunƟvo intervierdes, intervierem.
Pret. imperf. subj.: interviesse, interviesses, interviesse,
Presente interviéssemos, interviésseis, interviessem.
LÍNGUA PORTUGUESA

Ver: veja, vejas, veja, vejamos, vejais, vejam. ParƟcípio: intervindo.


Vir: venha, venhas, venha, venhamos, venhais, venham.
Pôr: ponha, ponhas, ponha, ponhamos, ponhais, ponham.
Derivados do verbo pôr: antepor, apor, compor, contra-
Imperfeito por, decompor, depor, dispor, expor, impor, propor, repor,
Ver: visse, visses, visse, víssemos, vísseis, vissem. supor, transpor...
Vir: viesse, viesses, viesse, viéssemos, viésseis, viessem.
Pôr: pusesse, pusesses, pusesse, puséssemos, pusésseis,
pusessem. (*) Observe que o gerúndio e o par cípio são iguais.

32
Verbo compor (formas que apresentam problemas) 2) o verbo mobiliar
Pret. perf. indic.: compus, compuseste, compôs, compu- Pres. indic.: mobílio, mobílias, mobília, mobiliamos,
semos, compusestes, compuseram. mobiliais, mobíliam.
Pret. m.-q.-perf. indic.: compusera, compuseras, compu- Pres. subj.: mobílie, mobílies, mobílie, mobiliemos,
sera, compuséramos, compuséreis, compuseram. mobilieis, mobíliem.
Fut. subj.: compuser, compuseres, compuser, compuser- Imper. afirm.: mobília (tu), mobílie, mobiliemos,
mos, compuserdes, compuserem. mobiliai (vós), mobíliem.
Pret. imperf. subj.: compusesse, compusesses, compu- Imper. neg.: (não) mobílies, mobílie, mobiliemos,
sesse, compuséssemos, compusésseis, compusessem. mobilieis, mobíliem.
Observação: este verbo também se escreve mobi-
Os Verbos Terminados em ear e iar lhar (VOLP) e mobilar (forma preferida em Portugal);
a) os verbos terminados em ear ambas de conjugação regular.
São irregulares nas formas rizotônicas do presente
do indica vo e tempos derivados, pois recebem o Os Verbos Terminados em uar
acréscimo de i ao radical. Esses verbos são regulares, portanto têm a sílaba tônica
no “u”.
Verbo pentear Exemplos: averiguar, apaziguar, obliquar, apaniguar etc.
Pres. indic.: penteio, penteias, penteia, penteamos,
penteais, penteiam. O verbo averiguar
Pres. subj.: penteie, penteies, penteie, penteemos, Pres. indic.: averiguo, averiguas, averigua, averiguamos,
averiguais, averiguam.
penteeis, penteiem.
Pres. subj.: averigue, averigues, averigue, averiguemos,
Imper. afirm.: penteia (tu), penteie (você), penteemos
averigueis, averiguem.
(nós), penteai (vós), penteiem (vocês).
Observação: alguns apresentam deslocamento da sílaba
Imper. neg.: (não) penteies (tu), penteie (você), pen-
tônica, no presente do indica vo e tempos derivados:
teemos (nós), penteeis (vós), penteiem (vocês). Exemplos: aguar, desaguar, enxaguar, minguar.
Observação: O verbo aguar
Forma rizotônica: vogal tônica dentro do radical Pres. indic.: águo, águas, água, aguamos, aguais, águam.
(pente/io). Pres. subj.: águe, águes, águe, aguemos, agueis, águem.
Forma arrizotônica: vogal tônica fora do radical (pen- Observação: “Há quem considere corretas as formas
te/amos). com sílaba tônica no “u” (aguo, aguas, agua...), porém tal
procedimento não deve encontrar amparo nas normas cultas
Nos demais tempos, são regulares; portanto, sem i da língua portuguesa”. (Mário Barreto.)
no radical.
O verbo requerer
Verbo frear (formas que apresentam problemas)
Semelhante ao verbo querer, só não segue a conjugação
Pret. perf. indic.: freei, freaste, freou, freamos, freas- dele nos seguintes casos:
tes, frearam. Pres. indic.: requeiro, requeres, requer, requeremos,
Pret. m.-q.-perf. indic.: freara, frearas, freara, freára- requereis, requerem.
mos, freáreis, frearam. Pret. perf. indic.: requeri, requereste, requereu, reque-
Fut. subj.: frear, freares, frear, frearmos, freardes, remos, requerestes, requereram.
frearem. Pret. m-q-perf. indic.: requerera, requereras, requerera,
Imperf. subj.: freasse, freasses, freasse, freássemos, requerêramos, requerêreis, requereram.
freásseis, freassem. Fut. subj.: requerer, requereres, requerer, requerermos,
requererdes, requererem.
b) os verbos terminados em iar Imperf. subj.: requeresse, requeresses, requeresse,
São regulares, não sofrem alterações em seus radicais, requerêssemos, requerêsseis, requeressem.
exceto os seguintes, cujas iniciais formam o nome
“MÁRIO”: Os Verbos Irregulares da 3ª Conjugação
a) Modelo: cair – perdem o i na 3ª pess. pl. do pres. indic.
Mediar São irregulares nas formas Pres. indic.: caio, cais, cai, caímos, caís, caem.
Ansiar rizotônicas do presente Seguem o modelo: atrair, contrair, distrair, extrair,
Remediar do indica vo e tempos retrair, sair etc.
Incendiar derivados, em que o radical b) Modelo: ferir – trocam o e por i na 1ª pess. sing. do
Odiar é acrescido de e. pres. indic. e em todo o pres. subj.
Pres. indic.: firo, feres, fere, ferimos, feris, ferem.
LÍNGUA PORTUGUESA

1) o verbo ansiar Pres. subj.: fira, firas, fira, firamos, firais, firam.
Pres. indic.: anseio, anseias, anseia, ansiamos, ansiais, Seguem o modelo: aderir, adver r, aferir, assen r,
anseiam. auferir, competir, conferir, conseguir, consentir,
Pres. subj.: anseie, anseies, anseie, ansiemos, ansieis, convergir, deferir, desferir, despir, diferir, discernir,
anseiem. divergir, diver r, expelir, gerir, impelir, inferir, ingerir,
Imper. afirm.: anseia (tu), anseie (você), ansiemos inserir, inves r, men r, perseguir, preferir, preterir,
(nós), ansiai (vós), anseiem (vocês). proferir, referir-se, refle r, repelir, repe r, reves r,
Imper. neg.: (não) anseies, anseie, ansiemos, ansieis, seguir, sen r, servir, sugerir, transferir, ves r e outros
anseiem. (esses verbos, portanto, não são defecƟvos).

33
c) Modelo: agredir – trocam o e por i nas formas rizo- b) Grupo do EI
tônicas do pres. indic. e em todo o pres. subj. Conjugados apenas nas formas com E ou I depois do
Pres. indic.: agrido, agrides, agride, agredimos, agre- radical: abolir, aturdir, banir, brandir, carpir, colorir,
dis, agridem. demolir, delinquir, esculpir, explodir, fulgir, feder, soer.
Pres. subj.: agrida, agridas, agrida, agridamos, agri-
dais, agridam. c) Grupo do I
Seguem o modelo: regredir, progredir, transgredir, Conjugados apenas nas formas com I depois do radi-
prevenir, cerzir e denegrir.
cal: falir, adir, remir, ressarcir, vagir, espavorir.
d) Modelo: cobrir – trocam o o por u na 1ª pess. sing.
do pres. indic. e em todo o pres. subj. d) O verbo viger só é conjugado nas formas com E depois
Pres. indic.: cubro, cobres, cobre, cobrimos, cobris, do radical.
cobrem.
Pres. subj.: cubra, cubras, cubra, cubramos, cubrais,
ParƟcípios abundantes: aceitar: aceitado, aceito; acen-
cubram.
Seguem o modelo: encobrir, engolir, descobrir, reco- der: acendido, aceso; benzer: benzido, bento; eleger: elegido,
brir, dormir, tossir. eleito; entregar: entregado, entregue; enxugar: enxugado,
enxuto; expressar: expressado, expresso; expulsar: expulsa-
e) Modelo: subir – trocam o u por o nas formas rizotô-
do, expulso; exƟnguir: ex nguido, ex nto; matar: matado,
nicas do pres. indic. (exceto na 1ª pess. sing.)
Pres. indic.: subo, sobes, sobe, subimos, subis, sobem. morto; prender: prendido, preso; romper: rompido, roto;
Seguem o modelo: acudir, bulir, consumir, cuspir, salvar: salvado, salvo; soltar: soltado, solto; suspender:
entupir, escapulir, fugir, sumir. suspendido, suspenso; Ɵngir: ngido, nto.
As formas regulares são empregadas na voz a va (tempos
f) Modelo: polir – trocam o o por u nas formas rizotô-
nicas do pres. indic. e em todo o pres. subj. compostos) com os auxiliares “ter” ou “haver”; as formas
Pres. indic.: pulo, pules, pule, polimos, polis, irregulares são usadas na voz passiva com os auxiliares “ser”
pulem. ou “estar”.
Pres. subj.: pula, pulas, pula, pulamos, pulais, O diretor havia aceitado a proposta.
pulam. (voz a va – tempo composto)
Seguem o modelo: sor r e despolir. A tarefa foi aceita por nós. (voz passiva)
g) O verbo frigir – troca o i por e nas formas rizotônicas O professor nha suspendido a aula.
do pres. indic. (exceto na 1ª pess. sing., em que troca (voz a va – tempo composto)
o g por j), o mesmo ocorre em todo o pres. do subj. O jogo foi suspenso pelo árbitro. (voz passiva)
Pres. indic.: frijo, freges, frege, frigimos, frigis, fregem.
Pres. subj.: frija, frijas, frija, frijamos, frijais, frijam. Observação: essa regra, no entanto, com determinados
verbos, não vem sendo seguida: alguns par cípios regulares
Os Verbos DefecƟvos são usados também para a voz passiva, porque o par cípio
irregular, na linguagem hodierna, passou a ter conotação
Aqueles que não são conjugados integralmente, faltam adje va, exclusivamente.
pessoas ou tempos inteiros.
ParƟcípios Especiais
Principais Verbos DefecƟvos
a) Reaver e Precaver-se Somente ParƟcípios Irregulares:
Conjugados apenas nas formas arrizotônicas do pre- abrir: aberto; cobrir: coberto; dizer: dito;
sente do indica vo e tempos derivados. escrever: escrito; fazer: feito; ver: visto;
vir: vindo; pôr: posto.
(1) Pres. indic.:
Reaver Precaver-se
ParƟcípios Regulares que se Tornam Obsoletos:
................. .................
Ganhar: ganhado, ganho
................. .................
Gastar: gastado, gasto
................... ...................
Pagar: pagado, pago
nós reavemos nós nos precavemos
vós reaveis vós vos precaveis
Observação: na linguagem contemporânea, já não se
.................. ..................
usam os par cípios ganhado, gastado e pagado, embora
Pres. subj.: – não há. tais usos não estejam incorretos.
LÍNGUA PORTUGUESA

Imper. negaƟvo: não há.


Imper. afirm.: (Reaver) – reavei (vós). ParƟcípio Literário
(Precaver-se) – Precavei-vos (vós). Pegar: pegado, pego
“Embora o uso tenha consagrado o par cípio ‘pego’,
(2) Nos demais tempos: deve-se preferir ‘pegado’ com qualquer auxiliar”.
Reaver – conjuga-se como o verbo haver. O ladrão foi pegado pela polícia.
Precaver-se – conjuga-se como verbo regular Jamais nha pegado um passarinho na arapuca.
(mod. vender). (Rocha Lima)

34
Tempos Compostos Passagem da Voz Passiva para a Voz AƟva
É o processo inverso.
Auxiliares (ter ou haver) + Par cípio (regular)
Voz passiva:
Resumo da Conjugação de Tempos Compostos A prova seria corrigida pela professora.
sujeito paciente ag. da passiva
Exemplo: verbo vender
Voz aƟva:
A professora corrigiria a prova.
Modos indicaƟvo subjunƟvo
sujeito agente (1) fut. pret. (3) objeto direto (2)
Tempos compostos
Pret. perf. tenho vendido tenha vendido Observações:
Pret. m-q-perf. nha vendido vesse vendido 1) O agente da passiva voltou a ser o sujeito agente.
Futuro pres. terei vendido ver vendido 2) O sujeito paciente voltou a ser o objeto direto.
Futuro pret. teria vendido 3) Eliminou-se o verbo ser, conjugando-se o verbo prin-
Formas nominais compostas
cipal no mesmo tempo em que se encontrava o verbo
ser.
InfiniƟvo ter vendido
Gerúndio tendo vendido
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
Observação: presente, pretérito imperfeito, impera vo
e par cípio compostos não existem. 1. Assinale a frase em que aparece o pretérito
mais-que-perfeito do verbo ser.
Vozes do Verbo a) Não seria o caso de você se acusar?
b) Quando cheguei, ele já se fora muito zangado.
c) Se não fosse ele, tudo estaria findo.
AƟva (o sujeito pra ca a ação)
d) Bem depois se soube que não fora ele o culpado.
O deputado apresentou um novo projeto. e) Ainda não se sabe por que se foram para o interior.
Passiva (o sujeito sofre a ação)
O muro foi derrubado pela liberdade. 2. “Por favor, ________ aqui os teus livros!”
Reflexiva (o sujeito pra ca e sofre a ação) a) coloque
A menina via-se no espelho. b) coloca
c) coloques
Observações: d) colocas
1) A voz reflexiva se faz com os pronomes me, te, se, e) coloqueis
nos, vos:
Nós nos afogamos no rio. 3. Completa corretamente a lacuna.
2) Uma variante da voz reflexiva no plural denota reci- “Agora, _________ tudo o que digo a você”.
procidade (ação mútua). a) copies d) copiai
Eles abraçaram-se e cumprimentaram-se. b) copia e) copiem
c) copie
Passagem da Voz AƟva para a Voz Passiva
Condição: verbo transi vo direto. 4. Assinale o item que preenche corretamente as lacunas.
“Naturalmente, espera-se que o Brasil e a América
Passagem para a Voz Passiva La na ___________ associar progresso e liberdade.
Não é necessário que ___________ um confronto de
Voz aƟva: civilizações, sobretudo quando estas são definidas de
O fogo destruía o jardim. maneira interessada. Mas se _______ ou não esse con-
sujeito v.t.d. objeto direto fronto é impossível antecipar com certeza cien fica”.
(Wanderley G. dos Santos)
Voz passiva analíƟca: a) consigam – sobrevenha – haverá
O jardim era destruído pelo fogo. b) conseguem – sobrevêm – haveria
sujeito paciente parƟcípio ag. da passiva c) consiga – sobreviesse – houver
Verbo ser no mesmo tempo e modo do verbo da voz d) conseguirão – sobrevenham – há
a va. e) conseguissem – sobrevém – haja

Passagem de Locução Verbal para a Voz Passiva 5. Qual opção completa corretamente as lacunas:
“Caso você ____ viajar no sábado, com certeza,
Voz aƟva: _________ necessário reservar as passagens”.
Os alunos estavam assinalando a resposta. a) quer – fosse
LÍNGUA PORTUGUESA

sujeito v. aux. v. princ. objeto direto b) quisesse – seja


v.t.d. c) queira – será
d) queria – é
Voz passiva: e) quiser – fosse
A resposta estava sendo assinalada pelos alunos.
sujeito v. aux. parƟcípio ag. da passiva 6. Assinale a opção que completa corretamente as lacunas.
Verbo ser no mesmo tempo e modo do verbo da voz “Mesmo que a direção o ______ para o lugar e ele ____
a va. nomeado, duvido que _____ a exercer o cargo”.
O verbo auxiliar concorda com o sujeito. a) indicar – for – chega

35
b) indicaria – seja – chega 14. O futuro do pretérito foi usado para exprimir um ato
c) indique – for – chega futuro dependente de condição em:
d) indique – seja – chegue a) Prometeu-me que jamais repe ria aquilo.
e) indicar – ser – chegue b) Ele não estaria sendo enganado?
c) Quando muito, ele teria seus trinta anos.
7. “A pedidos, a orquestra tocaria fado e modinha”. d) Há no museu uma caneta que teria pertencido ao
Transpondo para a voz passiva a oração, obtém-se a presidente.
forma verbal: e) Perderia menos tempo se cuidasse de sua vida.
a) se tocaria.
b) será tocado. 15. Assinale a opção que completa corretamente as lacunas.
c) seriam tocados. “Mesmo que você lhe _________ um acordo amigável,
d) serão tocados. ele não _________”.
e) iam ser tocados. a) proponha – aceitará
b) propor – aceitava
8. Assinale a opção que completa corretamente as lacunas. c) proporia – aceitaria
“Caso eu não ________ mais aqui e não nos ________ d) proporá – aceitará
outra vez, telefone-me”. e) propôs – aceitava
a) vier – vermos
b) venho – virmos
c) virei – veremos GABARITO
d) venha – vejamos
e) viesse – vimos 1. d “... fora (v. lig.) ele o culpado (predica vo)”. Obs.:
b) “... ele já se fora (verbo ir) muito zangado”. e) “...
9. Assinale a opção que completa corretamente as lacunas. por que se foram (verbo ir) para o interior”.
“Ele ______ a seca e ___________ a casa de man - 2. b “Por favor, coloca (tu) aqui os teus livros”. Obs.:
mentos”. imper. afirm. (2ª pess.) = pres. indic. sem o s: tu
a) preveu – proveu colocas: coloca (tu).
b) prevera – provira
c) previra – proviera 3. c “Agora, copie tudo o que digo a você (3ª pess.
d) preveu – provera sing.)”. Obs.: imper. afirm. (3ª pess.) = pres subj:
e) previu – proveu que ele copie: copie (você).
4. a Veja: “(...) espera-se que o Brasil e a América La-
10. Assinale a opção que completa corretamente as lacunas. na consigam (possibilidade: pres. subj.)... Não é
“Ele _______ com muita prudência, na esperança de necessário que sobrevenha (possibilidade: pres.
que se _______ o tempo perdido”. subj.) um confronto... Mas se haverá (fato certo,
a) interviu – reavesse mas a realizar-se: fut. pres. indic.) ou não esse
b) interveio – reavesse confronto...”.
c) interviu – rehouvesse 5. c “Caso você queira (possibilidade: pres. subj.) viajar
d) interveio – reouvesse no sábado, com certeza será (fato certo, mas a
e) interviu – rehavesse realizar-se: fut. pres. indic.) necessário reservar as
passagens”.
11. Assinale a opção que completa corretamente as lacunas.
“Enquanto eles _______ o jardim, eu ________ a casa”. 6. d “Mesmo que a direção o indique (pres. subj.) para
a) águam – mobílio o lugar e ele seja (pres. subj.) nomeado, duvido
b) agúam – mobílio que chegue (pres. subj.) a exercer o cargo”. Obs.:
c) aguam – mobilío pres. subj. para indicar hipóteses ou possibilidades.
d) águam – mobilío 7. c “A pedidos, a orquestra (suj.) tocaria (fut. pret.)
e) agúam – mobilïo fado e modinha (o.d.): A pedidos, fado e modinha
(suj.) seriam (fut. pret.) tocados (par cípio) pela
12. Assinale a opção que completa corretamente as lacunas. orquestra (ag. passiva)”.
“Ele se ______ porque _______ que lhe ______ muitas
8. d “Caso eu não venha (pres. subj.) mais aqui e não nos
perguntas”.
vejamos (pres. subj.) outra vez, telefone-me”. Obs.:
a) deteu – receava – fizessem
b) deteve – receiava – fazessem pres. subj. para indicar hipóteses ou possibilidades.
c) deteu – receiava – fazessem 9. e “Ele previu (pret. perf. indic. – conjug. igual ver) a
d) deteve – receava – fizessem seca e proveu (pret. perf. – conjug. igual vender) a
e) deteu – receiava – fizessem casa de man mentos”. Obs.: pret. perf. indic. para
LÍNGUA PORTUGUESA

ações já concluídas.
13. Assinale a alterna va em que o emprego do infini vo 10. d Ele interveio (ação concluída: pret. perf. indic. – con-
está incorreto. jug. igual vir) com muita prudência, na esperança
a) Todos acreditam sermos os infratores da lei.
de que se reouvesse (possibilidade: imperf. subj. –
b) Cometeres tamanha injus ça, tu não o farias.
conjug. igual haver) o tempo perdido.
c) Amar é viver.
d) Não podeis fazerdes a prova com tanta pressa. 11. a “Enquanto eles águam (pres. indic.) o jardim, eu mo-
e) Não estacionar na pista. bílio (pres. indic.) a casa”. Obs.: note a sílaba tônica.

36
12. d “Ele se deteve (ação concluída: pret. perf. indic. –
10 financiamento pelo Programa Nacional de Fortaleci-
conj. igual ter) porque receava (imperf. indic.) que mento da Agricultura Familiar (Pronaf) para o culƟvo
da matéria-prima do combus vel renovável. Es ma-se
lhe fizessem (possibilidade: imperf. subj.) muitas
que 250 mil famílias de agricultores familiares e assen-
perguntas”.
tados da reforma agrária parƟcipam da produção de
13. d Correção: Não podeis fazer a prova com tanta 15 oleaginosas para atender o mercado de B2”.
pressa (loc. verbal, flexão só do v. aux.).
Assinale a subs tuição necessária para que o texto
14. e Perderia (fato condic. a outro: fut. pret.) menos
acima fique grama calmente correto.
tempo se cuidasse de sua vida (possibilidade: im-
a) Subs tuir “vai financiar” (l.3) por financiará.
perf. subj. – or. subord. adv. condicional).
b) Subs tuir “serão des nados” (l.6) por desƟnar-se-ão.
15. a “Mesmo que você lhe proponha (possibilidade: c) Subs tuir “estarão” (l.9) por vão estar
pres. subj. – conj. igual pôr) um acordo amigável, ele d) Subs tuir “para o cul vo da” (l.11) por para que se
não aceitará (ação a realizar-se: fut. pres. indic.)”. culƟve.
e) Subs tuir “par cipam” (l.14) por parƟcipem.

QUESTÕES DE CONCURSOS 4. (NCE) “Ao mundo inteiro foi transmi do um pronuncia-


mento, com destaque em pra camente todos os jornais
mais importantes, apregoando que o primeiro rascunho
Morfologia
do genoma humano, nosso manual de instruções, havia
 Emprego das Classes de Palavras sido concluído”.
 Flexão Nominal Uma outra forma verbal equivalente a “havia sido
 Flexão Verbal concluído” é:
 Tempos, Modos e Vozes do Verbo a) fora concluído.
b) teria sido concluído.
1. (FCC) Todos os verbos estão corretamente flexionados c) foi concluído.
na frase: d) seria concluído.
a) Cien stas exporam recentemente resultados de uma e) terá sido concluído.
pesquisa que busca explicar por que o ser humano
se tornou bípede. 5. (Cespe) “Para responder a essa pergunta é preciso pri-
b) Muitas condições favoráveis à sobrevivência da meiro apresentar o que são os agricultores familiares
espécie humana advieram do fato de que o homem e quantos são”.
se transformou em bípede. ( ) O vocábulo “primeiro” tem valor adverbial, equi-
c) O resultado da pesquisa cons tue um avanço nas valendo a primeiramente.
teorias que tentam esclarecer as condições que
6. (FCC) Está inteiramente correta a ar culação entre os
facilitaram o processo de evolução do homem.
tempos e modos verbais da frase:
d) Pesquisadores se deteram em fatos da natureza,
a) A pesquisa de Johnson analisou um fenômeno que
como a incidência dos raios solares, para desenvol- cons tuísse uma verdadeira obsessão que caracte-
ver suas teorias de como o homem evoluiu. rize o homem moderno: o fascínio pela TV.
e) Nos testes realizados em esteiras, os chimpanzés b) Caso fiquemos muito tempo no zapping, estaríamos
consomiram mais energia, porque suas caracterís- demonstrando certa agitação ín ma que caracteri-
cas sicas não sa sfazeram as necessidades da zasse nosso estado de insa sfação.
caminhada. c) Sugere-se, nessa pesquisa, que o fato de nos apri-
sionarmos em nossa sala de TV fosse o responsável
2. (Cesgranrio) Indique a opção em que a palavra destaca- pela nossa predisposição a que cometêramos atos
da tem a mesma classe do vocábulo a em sua ocorrência violentos.
na frase “Ainda há um maior número de seres vivos a d) Mesmo que não apresente grandes novidades em
descobrir”. relação a pesquisas já realizadas, a de Johnson dá
a) “Os mares parecem guardar a resposta”. corpo à tese de que a exposição con nua à tela de
b) “E um inventário recém-concluído mostrará isso a TV torna-nos mais violentos.
quem quiser ver”. e) Se de fato viéssemos a nos contentar com o que
c) “Esta será uma das descobertas mais surpreenden- somos, as inúmeras janelas abertas pela TV não
terão a mesma força de atração que as pesquisas
tes...”.
demonstrassem.
d) “O maior exemplo ocorreu com a baleia-bi-
cuda-de-True encontrada em São Sebas ão”. 7. (Cesgranrio) Assinale a classificação que não corres-
e) “Nem se conhece o que existe no litoral”. ponde ao que está em negrito nas frases a seguir.
a) Mas ficavam até o clarear do dia, no duro, mano-
LÍNGUA PORTUGUESA

3. (Esaf) “Para incen var a fabricação do biodiesel, o Ban- brando as redes. – substan vo.
co Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social b) Aquilo era serviço de mulher. – locução adje va.
(BNDES) vai financiar até 90% dos itens passíveis de c) Os pescadores de camarão sabiam que não era fácil
apoio para projetos com o Selo Combus vel Social e assim o seu trabalho... – conjunção.
5 até 80% para os demais projetos. Os recursos serão d) Pareciam quietos, de noite bem dormida, mas a cara
desƟnados a todas as fases de produção, como a agrí- amarela, os lábios roxos... – adje vo.
cola, a fabricação do óleo bruto, o armazenamento e) Diriam do esforço, da resistência contra o frio e o
e a aquisição de máquinas. A par r do próximo ano, sono. – preposição.
estarão à disposição R$ 100 milhões para linhas de LINS DO REGO, José. Água-Mãe. Ficção Completa.

37
8. (Esaf) Assinale a opção que corresponde a erro grama- 13. (Esaf) Relacione as ações (1), (2), (3) e (4) com o ad-
cal. vérbio seman camente adequado, conforme mostra
“O princípio que nortea(1) o Mercosul é muito simples: o modelo, e assinale, a seguir, a sequência correta.
a união faz a força. Separados, os países desta região do Modelo: Falar com orgulho e insolência: falar arro-
planeta certamente teriam(2) hoje menos voz e poder gantemente.
de barganha nas negociações mul laterais que vêm(3) (1) Exprimir-se com muitas palavras, com palavras em
definindo as regras do comércio internacional. E, sem excesso
obje vo comum, conƟnuariam(4) nutrindo rivalidades
(2) Agir como criança
regionais sem sen do. Como acordo de livre comércio,
o Mercosul é um sucesso, pois(5) gerou intercâmbio (3) Insinuar com perspicácia e delicadeza
considerável entre os países membros e os associados”. (4) Eliminar sem se render a rogos
(EDITORIAL, O Globo, 22/6/2007, com adaptação)
( ) su lmente
a) 1 ( ) puerilmente
b) 2 ( ) prolixamente
c) 3
( ) inexoravelmente
d) 4
e) 5
A sequência correta é:
9. (NCE) “A fase atual da história da humanidade é fre- a) 4 – 3 – 2 – 1
quentemente chamada de período técnico-cien fico”. b) 1 – 2 – 3 – 4
Essa frase se encontra na voz passiva, ao contrário de: c) 3 – 4 – 1 – 2
a) “Recentemente, porém, trata-se da interdependên- d) 4 – 2 – 1 – 3
cia da ciência e da técnica”.
e) 3 – 2 – 1 – 4
b) “Uma situação que se verifica em todas as partes do
mundo”.
c) “O próprio espaço geográfico pode ser chamado de 14. (Cespe) “Medo, venalidade, paixão par dária, respeito
meio técnico-cien fico”. pessoal, subserviência, espírito conservador, interpreta-
d) “Nessa nova fase histórica, o mundo está marcado ção restri va, razão de Estado, interesse supremo, como
por novos signos”. quer te chames, prevaricação judiciária, não escaparás
e) “É preciso que se levem em conta esses novos dados”. ao ferrete de Pilatos! O bom ladrão salvou-se. Mas não
há salvação para o juiz covarde”.
10. (Cespe) “É possível comparar, por exemplo, o estresse ( ) “Medo, venalidade, paixão” e “respeito” são
oxida vo médio de um grupo que vive próximo de uma substan vos, empregados no texto como nomes
antena e o de outro que mora mais longe. Ainda que abstratos.
os efeitos de estresse oxida vo ocorram a longo prazo,
a oxidação é quase imediata, e assim se poderia avaliar
se há risco”. 15. (NCE)
( ) No texto, o advérbio “assim” indica o modo como I – “Para que se diga que uma pessoa tem saúde,
se pode avaliar o risco: pelos “efeitos do estresse precisa-se, no mínimo, de análise clínica”.
oxida vo”. II – “E muitos acham que não adianta querer ter saúde
ou querer que o governo garanta a saúde”.
11. (FCC) “Surgiram _______ de criminosos, que trans-
formaram os presídios em _____________ do crime Se, em lugar dos verbos destacados, véssemos, res-
organizado”. pec vamente, os verbos prover e intervir, as formas
As lacunas da frase acima estão corretamente preen- correspondentes seriam:
chidas por: a) proveja – intervinha.
a) facções – quartéis-general b) prove – interveja.
b) facções – quartéis-generais
c) provenha – intervisse.
c) facções – quartel-generais
d) facçãos – quartéis-generais d) proveja – intervenha.
e) facçãos – quartel-generais e) provenha – interveja.

12. (Cesgranrio) Assinale a opção em que a classe grama- GABARITO


cal do que difere da dos demais.
a) É preciso enlaçar as tristezas, num laço apertado,
e jogá-las no desfiladeiro, que só tem o eco como 1. b Correções: a) expuseram (pret. perf. indic. de expor,
companheiro. conj. igual pôr). c) cons tui (pres. indic. de cons -
LÍNGUA PORTUGUESA

b) É preciso que nos tornemos perdoadores de nós tuir). d) detiveram (pret. perf. indic. de deter, conj.
mesmos. igual ter). e) consumiram (pret. imperf. indic. de
c) É uma incumbência que só podemos delegar a nós consumir), sa sfizeram (pret. perf. indic. sa sfazer,
mesmos. conj. igual fazer).
d) Estradas nem sempre tão planas, nem sempre bem 2. d Em “Ainda há um maior número de seres vivos a
sinalizadas, que se repartem em múl plos cami- descobrir.”: preposição; em “Com a baleia-bicu-
nhos... da-de-True: preposição: Obs.: a) ar go definido; b)
e) É necessário juntar os cacos par dos de um coração conjunção adi va; c) ar go indefinido; e) pronome
que de alguma forma foi estraçalhado. rela vo.

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3. e Veja: Es ma-se (or. principal) que 250 mil famílias PRONOMES
de agricultores familiares e assentados da reforma
agrária parƟcipem da produção de oleaginosas Pronomes são as palavras que subs tuem ou determi-
(“que”, conj. integrante: introd. or. subord. subje va, nam os substan vos.
com valor hipotéƟco, por isso requer o verbo no Pronomes adjeƟvos, quando determinam o substan vo:
presente do subjunƟvo). Meus amigos adoram esta casa.
4. a Em “havia sido concluído”, ocorre o pretérito
mais-que-perfeito composto (havia sido) da voz Pronomes substanƟvos, quando subs tuem o subs-
passiva; a forma equivalente é fora concluído por tan vo:
estar também no mais-que-perfeito simples da Alguns se julgam melhores que outros.
voz passiva.
Pronomes Pessoais
5. C Veja: Para responder a essa pergunta é preciso
primeiramente apresentar... (adj. adv. de modo).
São as palavras que subs tuem os nomes e representam
6. d Correções: (as ar culações são exigidas pelo con- as pessoas grama cais.
texto): a) analisou > consƟtuía > caracterizava (pret.
perf. indic. > pret. imperf. indic.> pret. imperf. indic.). Resumo:
b) fiquemos > estaremos demonstrando > caracte-
Retos Oblíquos
riza (pres. subj. > fut. pres. indic. > pres. indic.). c)
Sugere-se > aprisionarmos > seja > cometermos eu me, mim, comigo
(pres. indic. > fut. subj. > pres. subj. > infini vo). tu te, , con go
e) viéssemos > somos > teriam > demonstraram ele se, si, consigo, o, a, lhe, ele(*)
(imperf. subj. > pres. indic. > fut. pret. indic. > pret. nós nos, conosco, nós(*)
perf. indic.). vós vos, convosco, vós(*)
7. d Correção: ... noite bem dormida (modif. verbo > eles se, si, consigo, os, as, lhes, eles(*)
advérbio). Obs.: a) ... o clarear (verbo determ. p/ (*) Quando não es verem em função de sujeito.
art.: substan vo). b) ... serviço de mulher (qualif.
o subst. “serviço”: locução adje va). c) ... sabiam Emprego dos Pronomes Pessoais
que não era fácil... (introd. or. substan va: con- 1) lo(s), la(s): na ênclise de o(s) e a(s) a verbos termina-
junção integrante). e) ... resistência contra o frio dos em r, s e z.
(ligando nomes: preposição). Exemplos: ajudar + o: ajudá-lo, ajudamos + a: ajuda-
8. a Correção: “O princípio que norteia o Mercosul é... mo-la, sa sfez + os: sa sfê-los.
(pres. indic. de “nortear”: norteio / eias / eia / 2) no(s) e na(s): na ênclise de o(s) e a(s) com verbos
eamos / eais / eiam). terminados em ão, õe, am e em.
9. a Veja: “... trata-se (índ. de indeterm. do suj.) da inter- Exemplos: dão + o: dão-no, põe + os: põe-nos, façam
dependência...”. Portanto, voz aƟva. Obs.: b) “que + a: façam-na, trazem + as: trazem-nas.
se verifica” (par c. apassiv.: voz passiva sinté ca); 3) os verbos terminados em mos perdem o s, com a
c) “pode ser chamado” (ser + par cípio: voz passi- ênclise dos pronomes o, a, os, as, nos e vos.
va analí ca); d) “o mundo está marcado” (estar + Exemplos: avisamos + o: avisamo-lo, vemos + nos:
par cípio: voz passiva analí ca); e) “que se levem” vemo-nos, amamos + vos: amamo-vos.
(par c. apassiv.: voz passiva sinté ca). 4) usa-se com nós e com vós, em lugar de conosco e
10. C Veja: ... a oxidação é quase imediata, e assim (= convosco, quando seguidos de mesmos, próprios,
desse modo) se poderia avaliar se há risco. outros, todos e numerais.
Estamos surpresos com nós mesmos.
11. b “Surgiram facções de criminosos (verbo no plural: Estão sa sfeitos com nós todos.
núcl. do sujeito no plural), que transformaram os
5) para eu e para mim – para tu e para Ɵ
presídios em quartéis-generais (subst. + subst.:
Este trabalho é para eu fazer. (sujeito)
ambos se flexionam).
Estudar é di cil para mim. (compl. nominal)
12. b Em “É preciso que nos tornemos perdoadores...” (or. Trouxe um livro para tu leres. (sujeito)
subord. substan va – “que”: conjunção integrante). Este livro é para Ɵ. (objeto indireto)
Obs.: O que, nas demais opções, introduz or. subord. Observação: em “Será fácil para mim vender o
adje vas; sendo, portanto, pronome relaƟvo. carro”, mim é complemento nominal de fácil e não
13. e Veja: (3) su lmente (= perspicácia e delicadeza) – (2) sujeito de vender; veja a ordem direta: Vender o
puerilmente (= como criança) – (1) prolixamente carro será fácil para mim.
(= ... palavras em excesso) – (4) inexoravelmente 6) eu e tu não podem ser preposicionados; em seus
(= sem se render a rogos). lugares, usam-se mim e Ɵ.
14. C Veja: substan vos abstratos indicam sen mentos Entre mim e Ɵ, só há a distância.
LÍNGUA PORTUGUESA

(medo e paixão) e (ou) atributos (venalidade) dos Pesam acusações sobre Ɵ e mim.
seres, quando tomados separadamente deles. 7) consigo é pronome reflexivo (consigo = com ele
15. d Nos itens da questão, as formas verbais “diga” e mesmo).
“garanta” estão flexionadas no presente do sub- O vento traz consigo a chuva. (correto)
jun vo. Essa mesma flexão verifica-se em proveja e
intervenha. Veja: Pres. subj. de prover: proveja, as,
a, amos, ais, am. Pres. subj. de intervir: intervenha,
as, a, amos, ais, am. * mandar, deixar, fazer, ver, ouvir, sen r e sinônimos.

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8) possessivo (obj. indireto de posse ou adjunto adno- Pronomes DemonstraƟvos
minal)
Não lhes entendo as razões. (suas, deles) As palavras este, esse, aquele (e flexões), isto, isso,
Rasgaram-me as roupas. (minhas) aquilo (invariáveis), mesmo, próprio, semelhante, tal, o (e
flexões), quando demonstram a posição dos seres no tempo
Formas de Tratamento e no espaço.
pronomes de tratamento (entre os pronomes pes-
soais, incluem-se estes pronomes, que se usam na Emprego dos Pronomes DemonstraƟvos
linguagem cerimoniosa ou oficial): 1) em relação às pessoas:
Vossa Alteza (V. A.): príncipes, duques; Vossa Majes- Este livro, que estou lendo, é ó mo.
tade (V. M.): reis, imperadores; Vossa Excelência (V. (o livro está com a pessoa que fala: o emissor)
Exª.): autoridades governamentais; Vossa Magnifi- Essa camisa foi a que compraste ontem?
(a camisa está com a pessoa com quem se fala:
cência (V. Magª.): reitores; Vossa Reverendíssima
o receptor)
(V. Revma.): sacerdotes; Vossa Excelência Reveren-
Aquele carro avançou o sinal vermelho.
díssima (V. Exª. Revma.): bispos e arcebispos; Vossa (o carro está com outrem, isto é, nem com o emissor,
Eminência (V. Emª.): cardeais; Vossa SanƟdade (V. nem com o receptor)
S.): papa; Vossa Senhoria (V. Sª.): demais pessoas.
Observação: – Vossa (...): para falar com... – Sua 2) em relação ao tempo:
(...): para falar de... Em ambos os casos, verbo na Esta descoberta revolucionará a Medicina.
(descoberta feita no presente)
3ª pessoa.
Essas medidas não foram eficazes.
9) funções sintáƟcas dos pronomes pessoais: (medidas tomadas em passado próximo)
a) pronome o(s), a(s) Aquelas medidas não foram eficazes.
objeto direto (medidas tomadas em passado remoto)
Jamais o acompanharei nesta loucura. 3) em relação a desƟnatário e remetente:
sujeito (verbos causa vos e sensi vos)* Esta empresa solicita informações.
Deixei-o sair em péssimas companhias. (sujeito (empresa do remetente)
de sair) Essa empresa deve informar à matriz...
b) pronome lhe(s) (empresa do des natário)
objeto indireto 4) em relação ao aposto distribuƟvo:
Não façam apenas o que lhes convém. João e Almir são professores; este de Português,
adjunto adnominal ou objeto indireto de posse aquele de Matemá ca. (este: Almir, o úl mo; aquele:
A flecha transpassou-lhe o coração. (lhe = seu, João, o primeiro)
dele)
Observações:
complemento nominal (com verbos de ligação) a) com a preposição de, pospostos a substan vos, são
Era-lhe impossível sorrir. (lhe = para ele) usados apenas no plural:
c) pronomes me, te, se, nos, vos Terias coragem para uma coisa dessas.
objeto direto ou indireto Com um calor destes, não saio de casa.
Os súditos sempre me obedeceram. (o.i.) b) mesmo e próprio têm valor reforça vo:
Os peregrinos me acompanhavam. (o.d.) Ela mesma (própria) costurou o ves do.
adjunto adnominal (ou objeto indireto de posse) c) o, a, os, as serão demonstra vos, quando equivalentes
a aquele, aquilo:
Capitu captou-me as intenções. (= minhas)
Ana foi a (aquela) que mais estudou.
complemento nominal d) tal será demonstra vo, quando significar este, isto,
A vitória parecia-me impossível. (= para mim) esse, isso:
sujeito (verbos sensi vos e causa vos) Jamais farei tal (este) discurso.
Deixei-me cair a seus pés... (sujeito de cair)
Pronomes Indefinidos
Pronomes Possessivos
As palavras algo, alguém, algum, bastante, cada, certo,
As palavras meu(s), minha(s), nosso(s), nossa(s) para a mais, menos, muito, nada, ninguém, nenhum, outro, ou-
1ª pessoa; teu(s), tua(s), vosso(s), vossa(s) para a 2ª pessoa; trem, pouco, quem, qualquer, quanto, tanto, tudo, todo,
seu(s), sua(s) para a 3ª pessoa, para indicar posse e relacionar um, vários, quando se referem à 3ª pessoa grama cal de
o possuidor às pessoas grama cais. modo vago, indefinido.
Alguém falou mal de .
Emprego dos Pronomes Possessivos
1) seu(s) – sua(s) gera ambiguidade: Emprego dos Pronomes Indefinidos
José saiu com a sua mulher. 1) não se usa cada em lugar de cada um:
LÍNGUA PORTUGUESA

As maçãs custam R$ 10,00 cada uma.


2) indicam valores aproximados: Observação: cada tem valor intensivo:
Quando ainda nha meus trinta anos. Esses jovens têm cada mania.
3) é faculta vo o emprego de ar go: 2) posposto ao nome, algum significa nenhum:
Aquela é (a) minha irmã. Não vi fantasma algum.
4) indicam afeto, parentesco, senhoria: 3) todo o, toda a significa inteiro(a); todo, toda significa
Você é o meu amigo (afeto). qualquer:
Temos de defender os nossos (parentes). Toda a casa será pintada.
Todos conhecem seu Antônio (senhoria). Toda casa será pintada.

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4) seguidos de numeral: 2. Qual a opção que completa corretamente as lacunas?
Todos os cinco alunos passaram. “Brandura e grosseria alternam-se em seu comporta-
Todos cinco passaram. mento: já não o suporto, pois ______ é o traço domi-
nante; _______, o esporádico”.
Pronomes InterrogaƟvos a) esse – este
b) essa – esta
São as palavras que, quem, qual, quanto usadas nas c) aquele – esse
perguntas diretas e indiretas. d) esta – aquela
e) esta – essa
Emprego dos Pronomes InterrogaƟvos
1) perguntas diretas: Quem faltou? Que horas são? Qual 3. Assinale a alterna va em que há erro.
é o seu nome? Quanto queres? a) Nós comemoramos nosso aniversário em casa.
b) Recebemos nosso presente com entusiasmo.
2) perguntas indiretas: Quero saber quem faltou. Diga- c) Gostaria de saber no cias suas.
-me que horas são. Ainda não sei qual é o seu nome. d) Minha cara colega, deixe de tolices!
Preciso saber quanto queres ganhar. e) Quando caí da moto, quebrei o meu braço.

Observação: outras palavras introduzindo perguntas 4. Assinale o item em que há erro.


serão advérbios interrogaƟvos: a) Paulo, que é isso que você leva?
Onde moras? Como vais? Por que foste? b) “Amai vossos irmãos!” são essas as verdadeiras
palavras de amor.
Pronomes RelaƟvos c) Trinta de dezembro de 2007 – foi significa vo para
mim esse dia.
São as palavras quem, que, o qual, onde, quanto e cujo, d) Pedro, esse livro que está com José é meu.
quando subs tuem um termo da oração anterior e estabe- e) Não estou de acordo com aquelas palavras que José
lecem uma relação de dependência entre essas orações. pronunciou.
Choro pelas crianças que morrem na guerra.
(As crianças morrem na guerra) 5. Não aparece pronome em:
a) Você tem inimigos porque é bonito.
Emprego dos Pronomes RelaƟvos b) Os seus amigos não perdoam a natureza.
1) Quem: somente para pessoas, exige a preposição a c) Mas era inteligente e soube que nha inimigos.
com verbos transi vos diretos. d) E ficou pobre (o que foi muito fácil).
e) Mudou-se para as montanhas, porque nha inimi-
Tu já conheces a pessoa a quem admiro?
gos.
2) Que: para coisas ou pessoas; só aceita preposições
monossílabas, exceto sem e sob. 6. Qual a opção para completar corretamente as lacunas?
Tu és a pessoa que nunca chega na hora. “Era para ____ falar ____ ontem, mas não ___ encontrei
Estudar é o caminho que leva ao sucesso. em parte alguma”.
3) O qual (e flexões): para coisas ou pessoas; é exigido a) mim – consigo – o
pelas preposições com mais de uma sílaba e também b) eu – com ele – lhe
por sem e sob. c) mim – consigo – lhe
Tu és a pessoa a qual nunca chega cedo. d) mim – con go – te
Estudo é o trilho o qual leva ao sucesso. e) eu – com ele – o
Esta é a máscara sob a qual te escondes?
Não fui à festa para a qual me convidaram. 7. Qual a opção para completar corretamente as lacunas?
“Se é para ____ dizer o que penso, creio que a escolha
4) Onde é equivalente a em que ou no qual, indica lugar; se dará entre ______”.
transforma-se em aonde e donde em relação a verbos a) mim – eu e tu.
de movimento. b) mim – mim e .
Não conheço o local onde moras. c) eu – mim e tu.
Já sabemos aonde você quer chegar. d) eu – mim e .
Nunca se soube donde provinha tanto ódio. e) eu – eu e tu.
5) Quanto aparece após todo (e flexões) e tudo.
Ela gasta tudo quanto ganho. 8. Assinale a frase incorreta.
Esqueceu todos quantos amavas. a) Vossa senhoria trouxe seu discurso e os documentos
6) Cujo refere-se a um antecedente, mas concorda com indeferidos?
um termo posposto, ao qual indica posse. Não admite b) Vossa Reverendíssima queira desculpar-me se inter-
ar go. rompo vosso trabalho.
c) Voltando ao Va cano, Sua San dade falará a fiéis de
Há pessoas cuja inimizade nos honra.
várias nacionalidades.
d) Informamos que Vossa Excelência e seus auxiliares
LÍNGUA PORTUGUESA

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO conseguiram muitas adesões.


e) Sua Excelência, o Sr. Ministro da Jus ça, considerou
1. Assinale a alterna va em que o pronome pessoal está a medida incons tucional.
empregado corretamente.
a) Este é um problema para mim resolver. 9. Qual a opção para completar corretamente as lacunas?
b) Entre eu e tu não há mais nada. “Pega ____ cadeira ali na outra sala e põe-__ aqui
c) A questão deve ser resolvida por eu e você. perto de mim”.
d) Para mim, viajar de avião é um suplício. a) essa – a
e) Quando voltei a si, não sabia onde me encontrava. b) essa – la

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c) esta – la 2. d “Brandura e grosseria (...), pois esta (o úl mo:
d) aquela – a grosseria) é o traço dominante; aquela (o primeiro:
e) aquela – na brandura), o esporádico”.
10. Qual a opção para completar corretamente as lacunas? 3. e Correção: Quando caí da moto, quebrei o braço
I – O diretor deixou as provas para ____ revisar. (redundância: não se deve usar possessivo em
II – Este assunto fica só entre _____ e você. referência a partes do próprio corpo).
III – Rafael, espera, tenho que falar ______. 4. d Correção: d) Pedro (2ª pess.), aquele livro que está
a) eu – mim – com você. com José (3ª pess.) é meu. (aquele: 3ª pess. – de
b) mim – eu – con go. quem se fala). Obs.: a) Paulo, que é isso (ref. à 2ª
c) eu – mim – con go. pess.) que você leva?; b) “Amai vossos irmãos!” são
d) mim – eu – com o senhor. essas (ref. ao que já foi dito) as verdadeiras palavras
e) mim – mim – consigo. de amor; c) Trinta de dezembro de 2007 – foi signifi-
ca vo para mim esse dia (indica passado próximo).
11. Dirigindo-se a sacerdotes em geral, que pronome de e) Não estou de acordo com aquelas palavras que
tratamento se deve empregar? José pronunciou (pronunciadas há muito tempo).
a) Vossa Paternidade. 5. c Mas era inteligente e soube que nha inimigos (=
b) Vossa San dade. isso: conj. integr.). Obs.: a) Você; b) seus; d) o //
c) Vossa Eminência. que; e) se.
d) Vossa Reverendíssima. 6. e “Era para eu (suj. de “falar”) falar com ele (consigo:
e) Vossa Onipotência. só reflex.) ontem, mas não o encontrei (v.t.d.) em
parte alguma”.
12. Qual a alterna va correta para completar? 7. d “Se é para eu (suj. de “dizer”) dizer (...), creio que a
I – Das cartas, não havia nenhuma para _______. escolha se dará entre mim e Ɵ. (prepos.)”.
II – Não é tarefa para ____ desenvolver este tema.
8. b Correção: Vossa Reverendíssima queira descul-
III – Este tema não é tarefa para ____desenvolver.
par-me se interrompo seu (com pron. de tratamen-
IV – É mais fácil para ____ acreditar nessa estória do to, pron. poss. de 3ª pess.) trabalho.
que para ele.
a) mim, eu, mim, eu 9. e “Pega aquela (longe dos falantes) cadeira ali na
outra sala e põe-na (põe + a: com nasaliz. do “a”:
b) eu, eu, eu, eu põe-na) aqui perto de mim”.
c) mim, mim, eu, mim
d) mim, eu, mim, mim 10. c I – ... para eu (suj. de “revisar”) revisar. II – ... entre
mim e você (prepos.). III – ... espera (impera vo:
e) eu, eu, mim, mim 2ª pess. sing.: “espera tu”), tenho de falar conƟgo
13. Assinale a alterna va que contém a abreviatura certa (2ª pess. sing.).
da “forma de tratamento” correspondente ao tulo 11. d Vossa Reverendíssima (p/ sacerdotes). Obs.: a)
enumerado: superior de ordem religiosa; b) papa; c) cardeal;
a) Papa ..............V. Sª. e) Deus.
b) Juiz ...............V. Emª. 12. c I – (...) nenhuma para mim (prepos.); II – tarefa
c) Cardeal .........V. M. para mim desenvolver (ordem direta: Desenvolver
d) Reitor ............V. Magª. este tema não é tarefa para mim – “mim” é compl.
nominal de “tarefa” e não suj. de “desenvolver”);
e) Coronel .........V. Exª. III – (...) para eu (suj. de “desenvolver”) desenvolver;
14. Em qual dos períodos o pronome “lhe” pode ser clas- IV – (...) fácil para mim acreditar (ordem direta:
Acreditar nessa estória é mais fácil para mim do
sificado como adjunto adnominal? que para ele. – “mim” é compl. nominal de “fácil”
a) Anunciou-lhe o pai: “Amanhã vais comigo”. e não suj. de “acreditar”).
b) Não pescar, mas os peixes caíam-lhe na rede.
13. d Reitor .....V. Magª. (Magnificência). Correções: a)
c) Ao traidor e ao hipócrita, não lhes perdoarei. Papa ..... V. S. (San dade); b) Juiz ..... V. Exª. (Ex-
d) Comuniquei-lhe, ontem, o resultado da prova. celência); c) Cardeal ...... V. Emª. (Eminência); e)
e) Até agora, ninguém lhe propusera emprego. Coronel ........ V. Sª. (Senhoria).
15. “Alguém, antes que Pedro o fizesse, teve vontade de fa- 14. b (...) os peixes caíam-lhe na rede. (lhe = sua, dele:
lar o que foi dito”. Os pronomes assinalados dispõem-se adjunto adnominal ou obj. indireto de posse).
nesta ordem: 15. e Alguém (indefinido), antes que Pedro o (= isso:
a) pessoal de tratamento, pessoal, pessoal, demons- demonstraƟvo) fizesse, teve vontade de falar o
tra vo. (= aquilo: demonstraƟvo) que (= o qual: relaƟvo)
b) indefinido, rela vo, pessoal, rela vo. foi dito.
c) demonstra vo, rela vo, pessoal, indefinido.
d) indefinido, rela vo, demonstra vo, rela vo. SINTAXE
e) indefinido, demonstra vo, demonstra vo, rela vo.
Sintaxe da Oração
LÍNGUA PORTUGUESA

GABARITO
Os Termos da Oração
1. d Para mim (compl. nom. de “suplício”), viajar de
avião é um suplício. Veja a ordem direta: Viajar I – Termos Essenciais
de avião é um suplício para mim. Obs.: a) ... para
eu (suj.) resolver; b) Entre mim e Ɵ (prepos.); c) ... Os termos essenciais são: sujeito e predicado.
por mim e você (prepos.); e) Quando (eu) voltei a Sujeito é o termo que iden fica o ser do qual se declara
mim... (1ª pess. sing.). alguma coisa.

42
Predicado é a declaração que se faz a respeito do sujeito. Observação: o predicaƟvo do sujeito é o núcleo do
O avião (suj.) decolou no horário (pred.). predicado nominal:
Acabaram-se (pred.) as férias (suj.). O promotor ficou nervoso (predica vo).

Classificação do Sujeito Verbal


No predicado verbal, verifica-se:
Simples (um núcleo) a) declaração de ação ou fenômeno;
Os concursos tornam-se di ceis. b) núcleo verbal: o próprio verbo;
Paulo da Silva já assumiu o cargo. c) verbos intransiƟvos:
É preciso que todos sejam perspicazes. A águia voava perigosamente.
Observação: no úl mo exemplo, a oração sublinhada é d) verbos transiƟvos diretos:
o sujeito da anterior. O pedreiro construiu a própria casa.
e) verbos transiƟvos indiretos:
Composto (mais de um núcleo) Sempre os pais perdoarão aos filhos
O avião e o helicóptero já decolaram. f) verbos transiƟvos diretos e indiretos:
Convém que estudem e que sejam felizes. Ela ofereceu seu coração ao namorado.
Observação: no segundo exemplo, as orações sublinha-
das são o sujeito composto da oração anterior. Predicação Verbal
ElípƟco ou Oculto (sujeito simples ou composto suben- Verbos IntransiƟvos
tendido na oração) São verbos que não necessitam de complementação,
A coordenadora e o professor chegaram ao curso (suj. pois já possuem sen do completo.
composto) e esclareceram as dúvidas dos alunos (suj. Rei Hussein, da Jordânia, morreu aos 63.
elípƟco).
Defenderemos a natureza. (suj. elípƟco) Há verbos intransi vos que vêm acompanhados de um
Observação: essa classificação não está prevista na N.G.B. termo acessório, exprimindo circunstâncias, como lugar,
tempo, modo, causa etc.
Indeterminado (quando não se pode ou quer idenƟfi- Governador diz que irá a Brasília para reunião.
car), ocorre
a) com verbos na 3ª pessoa do plural: Todos os verbos que indicam des no ou procedência
Re raram seu carro do estacionamento. são normalmente verbos intransi vos acompanhados de
b) com verbos na 3ª pessoa do singular + se (índice de circunstância de lugar: adjunto adverbial de lugar: ir, vir,
indeterminação do sujeito): voltar, chegar, cair, comparecer, dirigir-se...
Confia-se na atuação da polícia.
Verbos TransiƟvos
Oração sem sujeito (verbos impessoais), ocorre
São verbos que necessitam de complementação, pois
a) em fenômenos da natureza: têm sen do incompleto.
Trovejou muito, mas não choveu. O Palmeiras derrotou o Corinthians.
Poderá nevar em São Joaquim. O povo reclama de tantos impostos.
Observação: haverá sujeito, se houver conotação: O Governo não dá assistência médica aos trabalhadores.
Choveram pedras no árbitro. (suj. “pedras”) Os verbos u lizados necessitam de complementação,
b) na indicação de tempo: pois “quem derrota, derrota alguém”; “quem reclama, re-
Há muitos séculos, não vou ao cinema. clama de algo” e “quem dá, dá algo a alguém”.
No Sul, faz dias muito frios. A complementação ocorre de três maneiras diferentes:
Está muito quente hoje. 1) verbo não exige preposição: transiƟvo direto.
c) com o verbo haver significando exis r, ocorrer: 2) verbo exige preposição: transiƟvo indireto.
Ontem houve muitos acidentes. 3) verbo com dois complementos (com e sem preposi-
d) com o verbo ser indicando distâncias, datas e horas: ção): transiƟvo direto e indireto.
Daqui ao centro, são 10 km.
São exatamente 10h45min. TransiƟvos diretos: exigem complemento sem preposi-
Hoje são 27 de maio. ção obrigatória.
Hoje é dia 27 de maio. O complemento é objeto direto.
O treinador escalará os reservas.
Classificação do Predicado A chuva causou os atrasos.

Nominal TransiƟvos indiretos: exigem complemento com prepo-


No predicado nominal, verifica-se: sição obrigatória.
O complemento é objeto indireto.
a) declaração de estado, qualidade ou caracterís ca do Os jogadores não obedeceram à convocação da CBF.
sujeito; Pouca gente ainda acredita em políƟcos.
LÍNGUA PORTUGUESA

b) núcleo nominal: o predica vo;


c) verbos de ligação (ligam o sujeito ao predica vo): ser, TransiƟvos diretos e indiretos: com dois complementos
estar, ficar, parecer, permanecer, conƟnuar, andar, (objeto direto e objeto indireto).
viver (estado permanente), tornar-se e os verbos que O pai perdoou ao filho o comportamento inadequado.
indicam transformação (acabar, cair, fazer-se, virar, Kaká doa prêmios à ins tuição filantrópica.
converter-se, meter-se, eleger-se...):
Os alunos parecem cansados. Junto aos verbos transi vos e intransi vos podem surgir
Os concursandos vivem preocupados. nomes indicando qualidades do sujeito ou do objeto. Esse
O deputado, de repente, virou patriota. nome denomina-se predica vo do sujeito ou do objeto.

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O promotor chegou revoltado naquela tarde. (predica vo Objeto Indireto
do sujeito) É o complemento dos verbos transi vos indiretos (ligado
O professor considerou fáceis as questões da prova. ao verbo por preposição):
(predica vo do objeto direto) Os bons cidadãos obedecem às leis.
Chamavam aos vereadores de oportunistas. (predica vo
do objeto indireto) Objeto Indireto PleonásƟco
Também, para enfa zar, pode-se antepor o objeto e, a
Verbo-nominal seguir, repe -lo na forma de pronome:
No predicado verbo-nominal, verifica-se: Aos polí cos de Brasília, nada lhes devo.
a) declaração de ação e de estado;
b) núcleo verbal (o verbo) e nominal (o predica vo); Agente da Passiva
c) verbos intransiƟvos: É o complemento dos verbos na voz passiva, indica o
Eles saíram do cinema decepcionados. agente da ação:
d) verbos transiƟvos diretos: A jogada foi executada pelo zagueiro.
O juiz achou válidas as provas. Observação: o agente da passiva corresponde ao sujeito
da voz a va:
e) verbos transiƟvos indiretos:
O zagueiro executou a jogada.
Os alunos lhe chamavam de sábio.
f) verbos transiƟvos diretos e indiretos: Complemento Nominal
Comunicou-me feliz o resultado ob do. É o complemento, sempre preposicionado, de adje vos,
Observação: o predica vo pode ser do sujeito ou do advérbios e substan vos abstratos que, em determinadas
objeto (direto ou indireto). circunstâncias, pedem complemento à semelhança dos
verbos transi vos indiretos:
II – Termos Integrantes O filme era impróprio para crianças.
O juiz decidiu favoravelmente ao réu.
Os termos integrantes são: objeto direto, objeto indireto, Finalizou-se a construção do prédio.
agente da passiva e complemento nominal. Ela ainda tem medo de assombração.

Objeto Direto Observações:


É o complemento dos verbos transiƟvos diretos. 1) substanƟvo concreto + compl. prepos. (adj. adno-
Chama-se objeto direto por ligar-se diretamente ao minal):
verbo: Há muitos políƟcos sem escrúpulos. (adjunto adno-
Os bons cidadãos cumprem as leis. minal)
Como variações do objeto direto, tem-se: 2) substanƟvo abstrato + compl. agente / prep. de (adj.
adnominal):
Objeto Direto Preposicionado Esta não é a declaração do ministro. (adjunto adno-
É o objeto direto regido de preposição não exigida pelo minal)
verbo, o que ocorre nos seguintes casos: 3) substanƟvo abstrato + compl. paciente / prep. de
a) com verbos que exprimem sen mento e objeto direto (compl. nominal):
“pessoa”: Em Minas, houve a descoberta de muitos fósseis.
Amemos a nossos pais. (compl. nominal)
Os romanos adoravam a falsos deuses.
b) com pronomes oblíquos tônicos: III – Termos Acessórios
Convidaram a , não a ele.
c) com pronomes substan vos: Os termos acessórios são: aposto, adjunto adnominal e
Ofendeu a todos indis ntamente. adjunto adverbial.
d) com o numeral “ambos”:
Aposto
Quero aplaudir a ambas.
É o termo que esclarece outro(s).
e) para evitar ambiguidade: Joana, esposa de João, é muito bela.
Elogiou ao aluno o professor.
f) em construções paralelas (pronome e substan vo): Tipos de Aposto
Conheço-os e aos leais ao rei. 1) explica vo
g) em construções enfá cas: Alencar, escritor românƟco, tem méritos.
Puxou/arrancou da arma. 2) resumi vo
Cumprir com os deveres. Estudo, esporte, cinema, tudo o chateava.
Comer do pão. 3) enumera vo
Beber do vinho. Preciso de duas coisas: saúde e dinheiro.
4) especifica vo
Objeto Direto PleonásƟco A no cia foi publicada na revista Veja.
LÍNGUA PORTUGUESA

É a função do pronome que subs tui o objeto direto;


quando esse, enfa camente, vem anteposto: Adjunto Adnominal
Esse capricho tolo, não o sa sfarei jamais. É o termo que determina um nome.

Objeto Direto Interno Podem ser adjuntos adnominais:


É a função sintá ca decorrente da transformação de a) os ar gos:
verbo intransi vo em transi vo direto: As alunas serão aprovadas.
Morrerás infame. – Morrerás morte infame. b) os pronomes adje vos:
Dorme tranquilo. – Dorme teu sono tranquilo. Aquela aluna será aprovada.

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c) os numerais adje vos: EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
Duas alunas serão aprovadas.
d) os adje vos: 1. A palavra em destaque não é núcleo do sujeito na al-
Aluno estudioso é aprovado. terna va:
e) as locuções adje vas: a) A bela menina deixou-se estar à janela.
Aluno de verdade é aprovado. b) Devagar se conquistam muitas coisas.
c) Nós o vimos chegar à janela do clube.
Observação: d) Mandei-o entrar imediatamente.
O adjeƟvo tanto pode ser adjunto adnominal quanto e) A mãe o fez estudar as lições escolares.
predicaƟvo, observe as diferenças:
1) adjunto adnominal: ligado ao nome, indica estado 2. É teoricamente errado:
próprio do nome a que se refere. a) No predicado nominal, o verbo é de ligação.
O rapaz esperto saiu da sala. (um rapaz sempre es- b) Em um predicado verbal, pode haver predica vo.
perto) c) Só o predicado verbo-nominal possui predica vo do
2) predicaƟvo: separado do nome, indica estado aciden- objeto.
tal, atribuído ao nome a que se refere. d) No predicado verbal, o verbo pode ser intransi vo.
O rapaz, esperto, saiu da sala. (esperto quando ou e) Na voz passiva, o predicado nunca é nominal.
por que saiu)
3. Marque a opção que preencha as lacunas do texto com
Adjunto Adverbial os devidos pronomes oblíquos:
É o termo que exprime circunstância ao verbo e, às vezes, “Não __ ajudou, nem __ pediu nada, não __ julgou e
ao adje vo e ao advérbio. nem __ condenou por isso”.
Serão adjuntos adverbiais: a) o – lhe – o – o
a) os advérbios: b) o – lhe – o – lhe
Os povos an gos trabalhavam mais. c) lhe – lhe – o – o
b) as locuções adverbiais: d) o – lhe – lhe – o
Li vários livros durante as férias. e) o – lhe – lhe – lhe
Alguns Tipos de Adjunto Adverbial 4. Assinale a opção em que houve erro ao se subs tuir a
acréscimo: Além de pobre, é muito azarado. expressão destacada pelo pronome oblíquo.
afirmação: Ela, certamente, está feliz. a) “Antecederam a Segunda Guerra Mundial” / ante-
assunto: Falávamos de futebol. cederam-lhe.
causa: Os mendigos morriam de frio. b) “Ele, então, iniciou a série de science fiction” /
companhia: Amanhã sairás comigo.
iniciou-a.
condição: Sem estudo, não passarás.
c) “Na série, procuraram descrever a sociedade do
concessão: Apesar de tudo, não se salvou.
futuro” / procuraram descrevê-la.
conformidade: Fiz a prova conforme o tempo.
d) “A câmera presenciava todos os atos” / presencia-
direção: O carro convergiu para a esquerda.
va-os.
dúvida: Talvez passemos neste concurso.
e) “Essas novas técnicas caracterizam as modificações”
interesse: Daria minha vida por você.
/ caracterizam-nas.
fim: Algumas mães vivem para a família.
frequência: Assis a às aulas todos os dias.
5. Aponte a alterna va que expressa a função sintá ca do
instrumento: Abriu a porta com uma gazua.
intensidade: Trabalhávamos demais. termo destacado em: “Parece enfermo seu irmão”.
limite: Essa estrada vai até ao bosque. a) sujeito.
lugar: Os beduínos vivem no deserto. b) objeto direto.
matéria: A casa foi construída com concreto. c) predica vo do sujeito.
meio: Os polí cos viajam de avião. d) predica vo do objeto.
negação: Nunca esqueças os amigos. e) objeto indireto.
modo: A mocinha saiu de mansinho.
preço: Vendia os picolés a um real. 6. Analise as duas frases a seguir:
tempo: Durante o verão, rei férias. I – No ano passado, havia passas no meu pudim.
II – No ano passado, exis am passas no meu pudim.
Observação: Em I, o verbo está no singular e, em II, está no plural,
Embora o adjunto adverbial seja termo ligado ao porque, quando é sinônimo de exis r, o verbo haver
verbo, o de intensidade modifica, também, adje vos a) tem sujeito e é transi vo direto.
e advérbios. b) tem sujeito e é intransi vo.
LÍNGUA PORTUGUESA

Os concursandos estudam muito. c) não tem sujeito e é transi vo direto.


Os meninos falam muito alto. d) não tem sujeito e é intransi vo.
Aquela mulher era muito bonita. e) tem sujeito mas não tem objeto.

VocaƟvo 7. Nas orações a seguir:


O vocaƟvo é um termo à parte, é um chamamento; I – As chuvas abundantes, pródigas, violentas, fortes
normalmente, indica o ser com quem se fala. anunciaram o verão.
Ó mar, por que não me levas con go? II – Eu e você vamos juntos.
Vem, meu amigo, abraçar um vitorioso. III – Vendeu-se a pá.

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O sujeito é, respec vamente, 15. “As empregadas das casas saiam apressadas, de latas
a) composto, simples, indeterminado. e garrafas na mão, para a pequena fila de leite”.
b) composto, composto, indeterminado. Os termos destacados são respec vamente
c) simples, simples, oculto. a) adj. adverbial de modo e adj. adverbial de matéria.
d) simples, composto, simples. b) predica vo do sujeito e adj. adnominal.
e) composto, simples, simples. c) adj. adnominal e complemento nominal.
d) adj. adverbial de modo e adj. adnominal.
8. Assinale a oração sem sujeito. e) predica vo do objeto e complemento nominal.
a) Convidaram-me para a festa.
b) Diz-se muita coisa errada. GABARITO
c) O dia está quente.
d) Alguém se enganou.
e) Vai fazer bom tempo amanhã. 1. a Correção: A bela (adj. adn.) menina (núcl. do su-
jeito) deixou-se estar à janela. Obs.: Nas demais
9. Na oração: “Um dia um tufão furibundo abateu-a pela opções, o termo em negrito é núcleo do sujeito;
raiz”, um dia é: talvez a opção d) mereça destaque: “mandar”,
a) sujeito. verbo causa vo: o pron.“o” é o suj. de “entrar”.
b) adjunto adnominal. 2. b Correção: Em um predicado verbal, não pode haver
c) adjunto adverbial de tempo. predica vo.
d) adjunto adverbial de modo. 3. a “Não o ajudou (v.t.d.), nem lhe pediu nada (v.t.d.i.),
e) complemento nominal. não o julgou (v.t.d.) e nem o condenou (v.t.d.) por
isso”.
10. Qual a frase com análise incorreta? 4. a Correção: a) “Antecederam (v.t.d.) a Segunda Guer-
a) Isso não me convém. (objeto indireto) ra Mundial (o.d.)” / Antecederam-na.
b) Convidaram-te para a festa? (objeto direto)
5. c “Parece (v. lig.) enfermo (= “estado”: predic. do suj.)
c) Telefonei-lhe no sábado. (objeto indireto)
seu irmão (suj.)”.
d) Saudaram-te pela vitória. (objeto indireto)
e) A verdade os constrangeu. (objeto direto) 6. c I – No ano passado, havia (= exis r: sem suj. / v.t.d.)
passas (o.d.) no meu pudim.
11. No período: “Quando enxotada por mim foi pousar na 7. d I – As chuvas (suj. simples) abundantes, pródigas,
vidraça”, qual a função sintá ca de por mim? violentas, fortes anunciaram o verão. II – Eu e você
a) objeto direto. (suj. composto) vamos juntos. III – Vendeu-se (par-
b) complemento nominal. c. apassiv.) a pá (suj. simples).
c) sujeito. 8. e Vai fazer bom tempo (fazer, indic. tempo: or. sem
d) agente da passiva. sujeito). Obs.: a) suj. indet; b) suj. simples (coisa); c)
e) objeto indireto. suj. simples (dia); d) suj. simples (alguém).
9. c “Um dia um tufão furibundo abateu-a pela raiz
12. “Apesar de vistosa, a construção acelerada daquele (quando a abateu? – um dia: adj. adv. tempo)”.
ediİcio deixou-nos insaƟsfeitos novamente”. Os termos
em destaque são, respec vamente, 10. d Correção: Saudaram-te (v.t.d.i.+ te objeto direto)
a) adjunto adnominal, objeto indireto e adjunto adver- pela vitória (o.i.).
bial. 11. d Quando (foi) enxotada por mim (ag. da passiva) foi
b) complemento nominal, objeto direto e adjunto pousar na vidraça.
adverbial. 12. d Apesar de vistosa, a construção acelerada daquele
c) adjunto adnominal, objeto direto e predica vo do edi cio (subst. abstr. + termo prepos. c/ prep. de,
objeto. paciente: compl. nominal): deixou (v.t.d.) -nos
d) complemento nominal, objeto direto e predica vo (obj. direto) insaƟsfeitos (predic. do obj. direto)
do objeto. novamente.
e) adjunto adnominal, objeto indireto e adjunto adno- 13. c “O alvo foi a ngido (voz passiva) por uma bomba
minal. formidável (ag. da passiva)”.
14. e “... mas de há muito não há (haver = exis r, v.t.d. –
13. Na oração “O alvo foi a ngido por uma bomba formi-
impess.) pássaros (obj. direto)”.
dável”, a expressão destacada tem a função de
a) objeto indireto. 15. b “As empregadas das casas saiam apressadas (predi-
b) complemento nominal. ca vo do sujeito), de latas e garrafas na mão, para
c) agente da passiva. a pequena fila de leite (subst. concreto + termo
d) adjunto adnominal. prepos.: adjunto adnominal)”.
e) adjunto adverbial.
LÍNGUA PORTUGUESA

14. Qual a função sintá ca da palavra destacada no período SINTAXE DO PERÍODO


seguinte: “É nessa hora que o pássaro volta, mas de há
muito não há pássaros”. Frase, Oração, Período
a) complemento nominal.
b) sujeito. Frase
c) predica vo do sujeito.
d) objeto indireto. Frase é qualquer expressão falada ou escrita que esta-
e) objeto direto. beleça comunicação completa:

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Pare! Conjunções: e, nem, mas também, que, mas ainda,
Fogo! como também, bem como...
Socorro! Fui a São Paulo e assis aos jogos.
Muito riso, pouco siso. Ignorei os fatos, nem quis conhecê-los.
O estudo garante a aprovação. Fala que fala...
Vivo na roça, mas ainda estudo na cidade.
Frase verbal 2) AdversaƟvas (contraste, oposição):
É a frase com verbo: Estou muito feliz. Conjunções: mas, porém, contudo, todavia, entretan-
to, no entanto, e...
Frase nominal O som não era alto, mas ouvia-se bem.
É a frase sem verbo: Que bela manhã! Há vagas, contudo poucos são os alunos.
3) AlternaƟvas (exclusão, alternância):
Oração Conjunções: ou, ou... ou..., ora... ora..., quer... quer...,
seja... seja...
A oração é uma expressão com verbo. Irei à praia, ou viajarei para as montanhas.
Quando ver sen do completo, será uma frase verbal: Ora pesava demais, ora não nha peso.
O povo merece mais atenção. Iremos, quer chova, quer faça sol.
O porteiro chamou o elevador. Seja domingo, seja segunda, cá estou.
4) Conclusivas (conclusão de uma ideia):
Considerações sobre frase e oração
Conjunções: portanto, logo, por isso, por conseguinte,
1) Nem toda frase é oração:
pois (depois do verbo)...
Que dia maravilhoso!
O carro está ruim, portanto não viaje nele.
Vives men do, logo não mereces crédito.
É frase porque tem sen do, mas não é oração porque
não tem verbo. Ele é forte; tem, pois, condição de vencer.
2) Nem toda oração é frase: 5) ExplicaƟvas (explicação, argumentação):
Espero que vença o melhor. Conjunções: porque, que, porquanto, pois (antes do
verbo)...
Cada verbo formou uma oração: Não a abandone, porque te arrependerás.
1ª oração – Espero O susto foi grande, porque você está pálido.
2ª oração – que vença o melhor. Vai, Maria; pois só tenho rancor e mágoas.
No entanto, cada oração, isoladamente, não tem sen-
do completo; para formar a frase, foi preciso juntar Orações Subordinadas SubstanƟvas
as orações.
São introduzidas pelas conjunções subordina vas in-
Período tegrantes que e se; e, também, por pronomes e advérbios
interroga vos:
Período é a estrutura verbal de sen do completo, pode Posso afirmar que a estória é verdadeira.
conter uma ou várias orações. Os fiscais viram se a nota estava correta.
Portanto, toda frase verbal é um período. Não posso dizer quem é o mais rico.
Só ela sabia onde se escondera o marido.
Período simples
É formado por apenas uma oração: Método práƟco para iden ficar e analisar orações su-
Moro em Brasília desde sua fundação. bordinadas substan vas:
1) Toda oração que possa ser subs tuída por pronome
Período composto é substan va (pode-se usar o pronome isso).
É formado por mais de uma oração: 2) O po da oração subordinada substan va corresponde
Quem mora em Brasília // vive tranquilo. à função sintá ca do pronome.
Não sabia que chegara sua hora.
Processos de Coordenação e Subordinação Não sabia isso (objeto direto).

Orações Coordenadas Portanto:


Não sabia que chegara sua hora (or. subord. subst. ob-
As orações coordenadas vêm ligadas por conjunções je va direta).
coordena vas, claras ou subentendidas.
Classificação das Orações Subordinadas SubstanƟvas
AssindéƟcas (conjunção subentendida)
LÍNGUA PORTUGUESA

Cheguei, vi, venci. SubjeƟvas


Não fale alto: estou pensando. É possível que o livro valha muito.
Seria mais correto se todos votassem.
SindéƟcas (conjunção clara) Não se sabe como chegou até aqui.
Chore, pois lágrimas lavam a alma.
PredicaƟvas
Classificação das Orações Coordenadas SindéƟcas Meu obje vo é que me deixem estudar.
1) AdiƟvas (soma, acrescentamento): A Pátria era onde me sen a bem.

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ObjeƟvas Diretas ConformaƟvas (adequação, equivalência com a oração
O técnico exige que todos treinem muito. principal)
Não posso dizer se amanhã poderei vir. Conjunções: conforme, segundo, consoante, como...
Perguntei aos alunos quando ela chegou. Relatei a ocorrência conforme a presenciei.
Como diz o ditado, a História se repete.
ObjeƟvas Indiretas Devemos escrever segundo as normas da linguagem
Nunca te esqueças de que a vida é breve. culta.
O filme convida para que o vejas de novo.
A escola abriu vagas a quem as quisesse. ConsecuƟvas (consequência ou resultado do que se
prolata na oração principal)
CompleƟvas Nominais Conjunções: (tão) que, (tal) que, (tanto) que, de modo
Tenho certeza de que há vagas para todos. que, de forma que...
Passar só é fácil para quem estuda muito. A chuva era tão forte que não se via a rua.
Sou favorável a que decidam logo. Já estudei de modo que agora posso sair.

AposiƟvas Finais (finalidade, objeƟvo da ação verbal constante da


Imponho uma condição: que seja à vista. oração principal)
Confesso uma verdade: ainda sou virgem. Conjunções: para que, a fim de que, de sorte que, de
A no cia veio de supetão: iria para casa. modo que, porque...
Fiz um sinal para que o táxi parasse.
Observação: Saí da sala a fim de que ficassem a sós.
A N.G.B. não faz menção às orações que exercem a função Ora muito porque não caias em tentação.
de agente da passiva:
A obra foi comprada por quem a fez. Proporcionais (ações simultâneas ou proporcionais à
O prefeito está rodeado de quem não o apoia. oração principal)
Conjunções: à medida que, à proporção que, quanto
mais, quanto menos...
Orações Subordinadas Adverbiais
À medida que andava pelas veredas, via a natureza
preservada.
Introduzidas pelas conjunções subordina vas, exceto
Quanto mais se vive, mais se aprende.
as integrantes (das or. subord. substan vas). As or. subord.
adverbiais ligam-se ao verbo da or. principal, como um adj.
Temporais (o tempo em que se realiza a oração prin-
adverbial, para indicar a circunstância em que ocorre a ação
cipal)
verbal.
Conjunções: quando, mal, enquanto, logo que, assim
que, sempre que, depois que...
Classificação das Orações Subordinadas Adverbiais A gente vive enquanto ama de verdade.
Todos, mal soou o sinal, saíram correndo.
Causais (a causa pela qual ocorre a ação verbal da Quando o dólar cai, o turismo se levanta.
oração principal)
Conjunções: porque, visto que, que, como... Locativas (equivalentes a um adjunto adverbial de
O prisioneiro morreu porque tomou veneno. lugar)
Faltou às aulas, visto que andava doente. Introduzidas pelo advérbio onde.
Não há consenso onde todos são radicais.
ComparaƟvas (o segundo termo de uma comparação
iniciada na oração principal) Modais (equivalentes a um adjunto adverbial de modo)
Conjunções: como, (mais) que, (menos) que, assim como, Introduzidas pela locução sem que.
tal qual... Todos saíram da sala sem que o anfitrião visse.
A preguiça gasta a vida como a ferrugem consome o
ferro. Orações Subordinadas AdjeƟvas
A cidade está tal qual você a deixou.
A luz é mais veloz que o som. São as orações introduzidas pelos pronomes rela vos
que, quem, o(a) qual, os(as) quais, onde, quanto, cujo(a),
Concessivas (concedem ou aceitam ação contrária à cujos(as).
oração principal)
Conjunções: embora, ainda que, se bem que, conquanto, Método práƟco para idenƟficar e analisar orações su-
mesmo que... bordinadas adjeƟvas
Sairei agora embora ainda seja cedo. 1) Toda oração introduzida por pronome relaƟvo (que,
LÍNGUA PORTUGUESA

Ainda que viva cem anos, não lhe perdoarei a traição. quem, o qual, onde, quanto, cujo) é adjeƟva.
2) Estando separada por vírgula, é adje va explicaƟva;
Condicionais (condição, hipótese sob a qual se realizará caso contrário, restriƟva.
ou não a oração principal)
Conjunções: se, caso, desde que, salvo se, sem que, a Não analisamos a proposta com que concordaste.
menos que, contanto que... or. subord. adj. restriƟva
Seria diferente se vessem chegado antes.
Caso saibas a causa, aceitarás a falta. Os jogadores do Grêmio, que são pernas de pau, só
Passará na prova, desde que estude mais. pensam em dinheiro. or. subord. adj. explicaƟva

48
Classificação das Orações Subordinadas AdjeƟvas De ParƟcípio
Abertas as portas, entramos.
RestriƟvas or. subord. adv. temporal, reduzida de parƟcípio
Os técnicos preferem jogadores que obedecem a es- (= quando as portas foram abertas)
quemas. A ngidos pela chuva, fugimos rápido.
Nem todos os jogadores obedecem a esquemas. or. subord. adv. causal, reduzida de parƟcípio
A oração está restringindo um subconjunto. (= porque fomos a ngidos)
Oração subordinada adje va restri va não vem separada
por vírgula.
De Gerúndio
ExplicaƟvas Havia ali crianças pedindo esmolas.
Vozes d’África, que é um poema épico, é um raro mo- or. subord. adjeƟva restriƟva,
mento da poesia. reduzida de gerúndio
A oração explica va traz uma qualidade ou caracterís ca (= que pediam esmolas)
inerente ao ser ou ao conjunto a que se refere. O vaso caiu da mesa, despedaçando-se.
A oração explica va vem separada por vírgula(s). or. coord. assindéƟca,
reduzida de gerúndio
Funções SintáƟcas do Que (e dos demais pronomes (= e despedaçou-se)
relaƟvos) Estando doente, não saiu de casa.
or. subord. adv. causal, reduzida de gerúndio
Método práƟco para analisar o pronome relaƟvo (= porque estava doente)
Li a proposta com que concordaram.
1) Desenvolver a oração adje va a par r do verbo; EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
Eles concordaram com...
2) Subs tuir o pronome rela vo por seu antecedente; 1. Assinale o período em que há oração subordinada
Eles concordaram com a proposta. adje va explica va.
3) Analisar o termo que subs tuiu o pronome; a) Ela foi quem menos comprou joias.
Eles concordaram com a proposta. b) A vitória foi justa, portanto não te queixes.
objeto indireto c) Ele, que nasceu pobre, viveu rico.
4) Aplicar esse resultado ao pronome rela vo. d) Os meninos estudam porque precisam.
Li a proposta com que concordaram. e) Ele é teu pai, respeita-lhe, pois, a sua vontade.
“que”: objeto indireto
2. “João, Francisco, Antônio desde pequenos vêm sen-
Orações Reduzidas do constru vos, enfrentam as maiores dificuldades,
ajudam os pais, amparam os irmãos, realizam breves
São aquelas que não se iniciam por conjunção e apre- alegrias entre mil sombras”.
sentam seus verbos em formas nominais: infini vo, gerúndio Do ponto de vista da construção sintá ca, é correto
ou par cípio. afirmar que esse período é composto por
Eles dizem acreditar na sorte. a) subordinação, com três orações.
Estudando, conseguirei boas notas. b) coordenação, com quatro orações.
Terminado o jogo, fomos para a piscina. c) coordenação, com cinco orações.
d) subordinação, com cinco orações.
Método práƟco para analisar orações reduzidas e) subordinação e coordenação com quatro orações.
1) desenvolve-se a oração reduzida:
Eles dizem acreditar na sorte. 3. “Nesse caso, é bom que todos os candidatos às vagas
Eles dizem que acreditam na sorte. estudem bem o programa”.
2) analisa-se a oração desenvolvida: Nesse período há uma oração
Eles dizem que acreditam na sorte. a) adje va explica va.
b) substan va predica va.
or. subord. subst. objeƟva direta
c) substan va subje va.
3) aplica-se esse resultado, acrescentando-se “reduzida
d) adje va restri va.
de...”
e) coordenada sindé ca.
Eles dizem acreditar na sorte.
or. subord. subst. obj. direta,
reduzida de infiniƟvo.
4. A classificação da oração sublinhada foi iden ficada
incorretamente em:
a) Não fortalecerás a dignidade humana, se subtraíres
Tipos de Orações Reduzidas
ao homem a inicia va e a liberdade. (adverbial con-
dicional)
LÍNGUA PORTUGUESA

De InfiniƟvo b) Quando quiser falar mal de alguém, escreva na areia


É necessário terem paciência. da praia, perto das ondas. (adverbial temporal)
or. subord. subst. subjeƟva, c) O trabalho mais produ vo é aquele que sai das mãos
reduzida de infiniƟvo
de uma pessoa alegre. (adverbial compara va)
(= que tenham paciência) d) A riqueza conquistou Roma após ter Roma conquis-
O essencial é salvar tua alma. tado o mundo. (adverbial temporal)
or. subord. subst. predicaƟva, e) Embora todos os homens sejam feitos do mesmo
reduzida de infiniƟvo metal, não são todos fundidos no mesmo molde.
(= que salves tua alma) (adverbial concessiva)

49
5. “Supondo o espírito humano uma vasta concha, o meu 12. Há oração subordinada adverbial causal na opção:
fim, Sr. Soares, é // ver // se posso extrair a pérola, que a) Fez-me tantos elogios que me envaideceu deveras.
é a razão”. b) Como não conhecesse o fato, preferiu não opinar.
As orações sublinhadas são, respec vamente, c) Você só se sen rá feliz, se souber repar r felicidade.
a) principal, subordinada substan va subje va, subor- d) Acho que deste assunto sei tanto quanto você.
dinada substan va subje va. e) Logo que o viram, correram para cumprimentá-lo.
b) coordenada assindética, principal, subordinada 13. Ocorre erro de análise sintá ca na alterna va:
adverbial condicional. a) “Se quiseres viver em paz, ouve, vê e cala”. (período
c) principal, subordinada substan va predica va, su- composto por coordenação, com três orações coor-
bordinada substan va obje va direta. denadas assindé cas)
d) coordenada assindé ca, coordenada assindé ca, b) “Os espinhos que colhi vêm da árvore que plantei”.
subordinada adverbial condicional. (período composto por subordinação, com duas
orações adje vas introduzidas por pronome rela vo
6. Em que período há uma oração adje va restri va? na função de objeto direto)
a) Brasília, que é capital do Brasil, é linda. c) “Os homens de bem perdem e empobrecem nos
b) Penso que você é de bom coração. mesmos empregos em que os velhacos ganham e
c) A casa onde estou é ó ma. se enriquecem”. (período misto, com duas orações
d) Vê-se que você é de bom coração. adje vas coordenadas entre si)
e) Nada obsta a que você se empregue. d) “Nada pode ser poli camente certo se for moralmen-
te errado”. (período composto por subordinação, com
7. Assinale a opção que iden fica sinta camente a 2ª oração principal e subordinada adverbial condicional,
respec vamente)
oração do período.
e) “Alguns nascem grandes; outros conquistam a grande-
“A verdade é que a gente não sabia nada mesmo”. za; outros a recebem gratuitamente de circunstâncias
a) subordinada substan va obje va direta. fortuitas”. (período composto por coordenação, com
b) subordinada adverbial conforma va. três orações coordenadas assindé cas)
c) subordinada substan va obje va indireta.
d) subordinada substan va predica va. 14. Falhou a classificação da oração na alterna va:
e) subordinada substan va aposi va. a) “Um filantropo é, muitas vezes, um milionário no qual
a vaidade é mais forte que a ganância”. (subordinada
8. “Penso, logo existo”. A oração em negrito deve ser adverbial loca va)
classificada como b) “Os olhos deixam de ver quando o coração deseja
a) coordenada sindé ca conclusiva. que sejam cegos”. (subordinada adverbial temporal
b) coordenada sindé ca adi va. e principal)
c) “A ciência nos dá conhecimentos. Só a filosofia nos
c) coordenada sindé ca alterna va.
dá sabedoria”. (absoluta)
d) coordenada sindé ca adversa va. d) “Um rosto silencioso diz às vezes mais que as pala-
e) coordenada sindé ca explica va. vras”. (subordinada adverbial compara va)
e) “Os espíritos mesquinhos são conquistados com
9. “Tento esquecer a terra onde tanto sofri”. favores; os espíritos generosos, com afeto”. (coorde-
Nesse período, pode-se iden ficar nada assindé ca)
a) oração subordinada adverbial de lugar.
b) oração subordinada adje va restri va. 15. A oração reduzida está corretamente desenvolvida em
c) oração subordinada adje va explica va. todas as alterna vas, exceto em:
d) oração coordenada assindé ca. a) Mesmo correndo muito, não alcançarás o expresso
e) oração coordenada sindé ca consecu va. da meia-noite. / Se correres muito, não alcançarás o
expresso da meia-noite.
b) Assentando-te aqui, não verás os jogadores. / Se te
10. “Apesar de ser indivíduo medianamente impressionável,
assentares aqui, não verás os jogadores.
convenci-me de que este mundo não é mau”. c) Estando ela de bom humor, a noite era das melhores.
As orações desse período são, respec vamente, / Quando ela estava de bom humor, a noite era das
a) subordinada reduzida de infini vo – principal – su- melhores.
bordinada substan va obje va indireta. d) Chegando a seca, não se colheria um só fruto. / Quan-
b) subordinada adverbial causal – principal – subordi- do chegasse a seca, não se colheria um só fruto.
nada substan va comple va nominal. e) No princípio, querendo impor-se, adotava a tudes
c) subordinada adverbial causal – principal – subordi- pos ças. / No princípio, porque queria impor-se,
nada substan va obje va direta. adotava a tudes pos ças.
d) subordinada reduzida de infini vo – principal – su-
bordinada substan va aposi va. GABARITO
LÍNGUA PORTUGUESA

11. “Como a mãe não se voltasse para vê-lo, deu uma 1. c Ele, que nasceu pobre (pron. rel.: or. subord. adje va
corridinha em direção de seu quarto”. explica va), viveu rico. Obs.: a) Ela foi (v. lig.) quem
O fragmento só não apresenta: menos comprou joias (or. subord. subst. predic.);
a) oração adverbial causal. b) A vitória foi justa, portanto não te queixes (or.
b) oração reduzida final. coord. sindé ca conclusiva); d) Os meninos estudam
c) adjunto adverbial. porque precisam (or. subord. adv. causal); e) Ele é
d) adjunto adnominal. teu pai, respeita-lhe, pois, a sua vontade (or. coord.
e) predica vo do sujeito. sindé ca conclusiva).

50
2. c No período há cinco orações coordenadas (as- segmento sublinhado pode ser corretamente subs tu-
sindé cas). Veja: “João, Francisco, Antônio desde ído, sem prejuízo para o sen do, por:
pequenos vêm sendo constru vos, // enfrentam a) Ainda assim, contando com a
as maiores dificuldades, // ajudam os pais, // am- b) Porém, ainda que houvesse a
param os irmãos, // realizam breves alegrias entre c) Apesar disso, pelo fato de haver a
mil sombras”. d) Todavia, apesar da
e) Por conseguinte, a despeito da
3. c “Nesse caso, é bom (or. princ.) // que (conj. inte-
grante) todos os candidatos às vagas estudem bem
2. (Cesgranrio) O vocábulo se tem o mesmo valor sintá co
o programa (or. subord. subst. subjeƟva)”.
da sua ocorrência em “Não se abre telhado com chuva”
4. c Correção: O trabalho mais produ vo é aquele que no trecho:
sai das mãos de uma pessoa alegre. (que = o qual, a) Se chovesse, nada feito, não se abre telhado com
pron. rel.: adjeƟva restriƟva). chuva.
5. c “Supondo o espírito humano uma vasta concha, b) Se fizesse sol, ele ia escalar um pico próximo.
o meu fim, Sr. Soares, é (or. principal) // ver (su- c) Quem marca com o consertador do computador terá
bord. subst. predicaƟva) // se posso extrair a pérola uma surpresa se a criatura vier.
(subord. subst. objeƟva direta), // que é a razão”. d) Quem marca com o consertador do computador
6. c A casa onde estou é ó ma (onde = na qual: pron. terá uma surpresa se a criatura vier – e mais ainda
rela vo; não está sep. p/ vírgulas: or. s. adj. restriƟ- se chegar na hora marcada.
va). Obs.: a) explica va; b) obj. direta; d) subje va; e) Quanto tempo se perde por desorganização ou
e) obj. indireta. esperando pelos outros...
7. d A verdade é (or. princ. c/ v. lig.) // que (conj. inte-
grante) a gente não sabia nada mesmo (or. s. subst. 3. (Cespe) “O Brasil é ator importante nessa pauta. Possui,
como nenhum outro, condições para produzir energia
predicaƟva).
de origem vegetal e está situado sobre o maior reser-
8. a Penso, logo existo (logo = portanto: conj. coordena- vatório de água doce do mundo. Tamanhas benesses
va): oração coord. sindéƟca conclusiva. não estão isentas de perigo. O maior deles é a invasão
9. b “Tento esquecer a terra onde tanto sofri (onde = na de capitais estrangeiros”.
qual, pron. rel.: or. subord. adj. restriƟva). Plínio de Arruda Sampaio. Energia, água e soberania.
10. a “Apesar de ser indivíduo medianamente impres- (com adaptações).
sionável (or. s. adv. concessiva, red. de infini vo), //
convenci-me (or. princ.) // de que este mundo não ( ) Fazendo-se os devidos ajustes na inicial maiúscula,
é mau (or. s. subst. obj. indireta)”. a argumentação do texto permite a inserção de
Logo, antes de “O maior deles”, sem que se pro-
11. e Como a mãe não se voltasse (or. subord. adv. causal) voque incoerência ou incorreção grama cal.
para vê-lo (or. subord. adv. final, red. de infiniƟvo),
deu uma corridinha em direção de seu quarto (or. 4. (NCE) A alterna va em que o valor semân co do co-
princ.). Obs.: adj. adv.: não, em direção; adj. adn.: nec vo destacado está corretamente indicado é:
a, uma, seu. Não há predicaƟvo do sujeito. a) “O budismo faz tanto sucesso no Ocidente porque
12. b Como não conhecesse o fato (como = porque: or. possui caracterís cas...” – Consequência.
subord. adv. causal), preferiu não opinar. Obs.: b) “... a ideologia pós-moderna do individualismo exa-
a) consecu va; c) condicional; d) compara va; e) cerbado segundo a qual cada um de nós vem agindo
temporal. costumeiramente” – Conformidade.
13. a Correção: a) “Se quiseres viver em paz (or. subord. c) “o budismo é de grande riqueza, pois nos ensina a
adv. condicional), ouve, vê (coord. assindé cas) e lidar...” – Conclusão.
cala (coord. sind. adi va)”. Período composto por d) “se sustentam em estruturas autoritárias e apresen-
subordinação e coordenação, com quatro orações; tam desvios...” – Alternância.
uma subord. adv. condicional, duas coord. assindé- e) “são encarados não como des nos, mas como fata-
cas e uma coord. sindé ca adi va. lidades” – Concessão.
14. a Correção: “Um filantropo é, muitas vezes, um
5. (Cesgranrio) Assinale a opção em que a oração não tem
milionário no qual a vaidade é mais forte que a ga-
sujeito.
nância (o qual, pron. rela vo: subordinada adjeƟva
a) Em três décadas, haverá tantos idosos quantos jovens.
restriƟva)”.
b) Dessa questão tratam agora a ONU, demógrafos e
15. a Correção: Mesmo correndo muito (concessiva), não economistas.
alcançarás o expresso da meia-noite. Embora corras c) Ninguém quer morte, só saúde e sorte.
muito, não alcançarás o expresso da meia-noite. d) Incerto é o momento.
e) A vida a va já se transformou para a maioria em
LÍNGUA PORTUGUESA

QUESTÕES DE CONCURSOS tempo livre.

Sintaxe da Oração e do Período 6. (Cespe) “É somente aí que ele encontrará aquela


 Os Termos da Oração unidade que lhe permite destacar uma tal parcela da
 O Período e as Orações humanidade para estudá-la à parte”.
Caio Prado Júnior. In: Intérpretes do Brasil. (com adaptações).
1. (FCC) “No entanto, mesmo com a mul plicação das
ins tuições, não conhecemos nenhuma época histórica ( ) O emprego de “lhe” jus fica-se, uma vez que “per-
que não tenha sido marcada por conflitos”. Na frase o mite” é verbo intransi vo.

51
7. (FCC) “Ser livre é tomar a inicia va de principiar novas 3. E Correção: Entre os dois últimos períodos deste
possibilidades. Desamarrar. Abrir novos tempos”. No segmento, há a relação semân ca de adição, com
trecho acima, entende-se que Desamarrar e Abrir a qual se acrescenta ao período anterior a ideia de
novos tempos exercem a mesma função sintá ca de
consequência. O conector coerente, para reuni-los
a) a inicia va de principiar novas possibilidades
em um só período, seria e, assim: “Tamanhas be-
b) tomar a inicia va de principiar
c) ser livre nesses não estão isentas de perigo e o maior deles
d) de principiar novas possibilidades é a invasão de capitais estrangeiros”. A inserção de
e) novas possibilidades. Logo não traria incorreção, mas incoerência, uma
vez que tornaria conclusivo algo que não pode
8. (Cesgranrio) O termo da oração em destaque está sê-lo. Veja: “Tamanhas benesses não estão isentas
iden ficado de acordo com a sintaxe em de perigo, logo o maior deles é a invasão de capitais
a) Cantavam tristes, vozes conduzidas pelo pavor da estrangeiros”.
escuridão... – adjunto adverbial de modo. 4. b Veja: “segundo” = conforme (conjunção conforma-
b) De manhã, chegavam ao mercado do peixe para ne- va). Correções: a) causa; c) explicação; d) adição;
gociar a presa da noite. – adjunto adverbial de lugar. e) oposição.
c) Os pescadores viam-se cercados pelos fregueses. –
objeto indireto. 5. a Em “...haverá tantos idosos...”, o verbo haver, sig-
d) Vinham cozinheiras, homens de importância, para nificando “exis r”, é impessoal, isto é, forma uma
conversar e regatear. – núcleos do sujeito composto. oração sem sujeito. Obs.: b) suj. composto (núcleos:
e) Pareciam quietos, de noite bem dormida, mas a cara ONU, demógrafos e economistas); c) suj. simples
amarela, os lábios roxos... – objeto direto. (núcleo: “Ninguém”); d) suj. simples (núcleo: “mo-
mento”); e) suj. simples (núcleo: “vida”).
9. (NCE) “A preferência por espetáculos televisionados 6. E Correção: No segmento destacado neste período:
tem caracterizado o mundo moderno. Muitos telespec- “É somente aí que ele encontrará aquela unidade
tadores assumem esse comportamento. Tanto que um
que lhe permite destacar uma tal parcela da hu-
grupo de estudantes da Universidade de Rutgers assiste
aos jogos nos telões do próprio estádio”. A expressão manidade para estudá-la à parte”, o verbo permiƟr
destacada tem o valor textual de: é transi vo direto e indireto (permite-se algo a
a) intensidade. alguém). Veja as funções sintá cas: “que (sujeito)
b) consequência. lhe (obj. indireto) permite (v.t.d.i.) destacar uma
c) explicação. tal parcela da humanidade (or. subord. subst. obj.
d) conclusão. direta, reduzida de infini vo)”.
e) causa. 7. b Ser livre é (or. princ. c/ verbo de ligação) // tomar
a inicia va de principiar novas possibilidades (or.
10. (Cesgranrio) “Não deverão faltar recursos à previdência subord. subst. predica va, reduzida de infini vo).
social, __________ o aumento da expecta va de vida Desamarrar (subentende-se “Ser livre é desamar-
das pessoas signifique aumento de despesas”. A con-
rar”). Abrir novos tempos (subentende-se “Ser livre é
junção capaz de estabelecer o nexo entre as orações
acima é: abrir novos tempos”). Portanto, seriam, também, or.
a) portanto subord. subst. predicaƟvas reduzidas de infiniƟvo.
b) porque 8. d “Vinham cozinheiras, homens...” Veja: Quem
c) embora “vinha”? – Resposta (= sujeito): “cozinheiras” –
d) visto que “homens” (núcl. do suj. composto). Correções: a)
e) contanto que Cantavam tristes (v. i. + adje vo): predicaƟvo; b) ...
mercado do peixe... (= peixeiro; qualifica o nome):
GABARITO adj. adnominal; c) ... cercados pelos fregueses
(completa o sen do do nome): compl. nominal; e)
1. d Todavia = No entanto, ambas conjunções adver- Pareciam (v. lig.) quietos: predic. do sujeito.
sa vas; apesar da = mesmo com, ambos locuções 9. c O conec vo tanto que tem o mesmo valor que
preposi vas; portanto, a subs tuição pode ser feita “tanto assim que, a prova disso é que”, todos
(elementos semântica e sintaticamente equiva- denotadores de explicação. Obs.: Explicam-se a
lentes). Veja (a estruturação do período): Todavia “preferência” e o “comportamento”, citados nos
(não liga orações, refere-se – adversa vamente – períodos anteriores.
a um período anterior), apesar da mul plicação 10. c A conjunção embora (concessiva) liga o nexo contra-
das ins tuições (or. subord. adv. concessiva), não
ditório que há entre as orações. Veja: “Não deverão
conhecemos nenhuma época histórica (oração
faltar recursos (...), embora (...) signifique aumento
principal) que não tenha sido marcada por conflitos
(or. subord. adj. restriƟva). de despesas”.
LÍNGUA PORTUGUESA

2. e Veja: Não se abre telhado... = Telhado não é aber- Concordância Verbal


to... (voz passiva); o mesmo valor do se ocorre em
“... tempo se perde...” = “... tempo é perdido (voz Sujeito Simples
passiva)”. Em ambas as ocorrências, se > parơcula
apassivadora. Obs.: nas demais opções, se = caso O verbo concorda com o núcleo do sujeito em número
ou no caso de (indicando hipótese ou condição): e pessoa:
conjunção subord. condicional (que não exerce Os alunos estudaram muito.
função sintá ca). Nós somos bons alunos.

52
Sujeito Composto Casos Especiais de Concordância

Verbo no plural, na pessoa grama cal do núcleo de 1) Com as locuções um e outro (...), nem um nem outro
número mais baixo: (...) e nem (...) nem (...), verbo no singular ou no plural:
3ª pess. + 3ª pess.: verbo na 3ª pess. pl. (eles): Um e outro assunto será / serão visto(s).
O diretor e a secretária já saíram. Nem um nem outro aluno saiu / saíram.
Nem livro nem apos la basta / bastam.
1ª pess. + 2ª pess.: verbo na 1ª pess. pl. (nós): Observações:
Eu e tu iremos passar no concurso. a) havendo reciprocidade, verbo no plural:
1ª pess. + 3ª pess.: verbo na 1ª pess. pl. (nós): Nem um nem outro se olham mais.
Eu e Raimunda estaremos na cidade. b) havendo exclusão, verbo no singular:
2ª pess. + 3ª pess.: verbo na 2ª pess. pl. (vós): Nem Paulo nem José casará com ela.
Tu e alguns colegas saireis mais cedo. 2) Com a locução um ou outro (...), verbo no singular:
2ª pess. + 3ª pess.: verbo na 3ª pess. pl. (vocês): Um ou outro assessor viajará a serviço.
Tu e alguns colegas sairão mais cedo. 3) Com a locução mais de um (...), verbo no singular:
Mais de um jogador será convocado.
Casos Especiais de Concordância com o Sujeito Com- Observação: havendo reciprocidade ou repe ção,
posto verbo no plural:
1) núcleos pospostos: verbo no plural ou concordando Mais de um carro se chocaram na pista.
com o núcleo mais próximo: Mais de um carro, mais de um caminhão derraparam
Na igreja, choraram / chorou mãe e filha. na pista.
2) núcleos sinônimos: verbo no plural ou concordando 4) Sujeito locução pronominal com pronome pessoal
com o núcleo mais próximo: preposicionado.
A dor e o sofrimento sempre me acompanham / a) núcleo no singular: verbo na 3ª pess. sing.:
acompanha. Qual de nós sobreviverá?
b) núcleo no plural: verbo na 3ª pess. plural ou con-
3) núcleos em gradação: verbo no plural ou concordando corda com o pronome pessoal:
com o núcleo mais próximo: Quais de nós vencerão / venceremos?
Um ano, um mês, um dia pouco importam / importa.
5) Sujeito que, da locução “um dos (...) que”:
4) núcleos ligados pela conjunção ou a) verbo no singular (para enfa zar o indivíduo):
a) com exclusão: o verbo concorda com o núcleo mais Vieira foi um dos escritores que me fascinou.
próximo: b) verbo no plural (para enfa zar o conjunto):
João ou José casará com Raimunda. Vieira foi um dos escritores que me fascinaram.
Os gaúchos ou nós venceremos a corrida. 6) Sujeito coleƟvo, parƟƟvo ou percentual
b) sem exclusão: verbo no plural: a) concordância com o núcleo:
O rico ou o pobre morrerão um dia. A maioria dos alunos passará.
5) núcleos infiniƟvos (sujeito oracional): verbo na 3ª Um bando de pássaros pousou.
pessoa do singular: Um por cento dos alunos já saiu.
Caminhar e correr faz bem à saúde. b) concordância com o determinante:
Porém, verbo no plural se os infini vos forem antô- A maioria dos alunos passarão.
nimos, ou se es verem determinados por ar go: Um bando de pássaros pousaram.
Amar e odiar fazem parte do ser humano. Um por cento dos alunos já saíram.
O falar e o escrever bem revelam cultura. 7) Sujeito nome pluralício
6) núcleos ligados pela preposição “com” – o verbo de a) com ar go no plural, verbo no plural:
preferência no plural, podendo concordar com o 1º Os Estados Unidos invadiram o Iraque.
núcleo para realçá-lo. b) sem ar go, verbo no singular:
O professor com seus alunos realizaram / realizou a Alagoas nos deu polí cos ilustres.
pesquisa. 8) Sujeito quem
Observação: se o núcleo preposicionado vier separa- a) pronome indefinido (sem ênfase) – verbo na
do por vírgulas, o verbo deverá concordar com o 1º 3ª pess. do singular:
núcleo (suj. simples). Não serei eu quem pagará a conta.
O professor, com seus alunos, realizará a pesquisa. b) pronome rela vo (com ênfase) – verbo concorda
7) núcleos ligados por conjunção comparaƟva com o antecedente:
a) o verbo concorda com o lº núcleo, se quisermos Não serei eu quem pagarei a conta.
destacá-lo (o 2º núcleo vem separado por vírgulas). 9) Sujeito que
Na realidade, a felicidade, como o paraíso, não Sendo o sujeito o pronome rela vo que, o verbo
LÍNGUA PORTUGUESA

existe. concorda com o antecedente:


b) o verbo concorda com os dois núcleos, isto é, no Sou eu que faço as contas.
plural (nesse caso não há vírgulas). 10) Oração sem sujeito, verbo na 3ª pess. singular (ver-
O homem como todos os seres humanos são mor- bos impessoais)
tais. a) indicando tempo (fazer, haver, estar):
8) seguido do aposto resumiƟvo – o verbo concorda Faz anos que estudo Português.
com o aposto. Fez muito frio neste inverno.
Vinho, dinheiro, mulheres, nada o alegrava mais. Há séculos não vou ao cinema.
sujeito composto aposto
Hoje está muito quente.

53
b) indicando fenômenos da natureza: EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
Trovejou no norte, mas choveu no sul.
c) verbo haver significando exis r, ocorrer: 1. Assinale a frase incorreta.
Houve muitas faltas às aulas. a) São Paulo e Rio de Janeiro estão entregues a uma
Observação: o verbo auxiliar ficará na 3ª pessoa bilateral delinquência – a dos criminosos comuns e
do singular, se houver locução verbal: a dos policiais criminosos. De permeio, dezenas de
Pode fazer dez anos que não a vejo. inocentes são brutalmente sacrificados.
Deve fazer dias frios no Sul. b) É compreensível o pavor da população diante da cri-
Amanhã poderá haver problemas sérios. minalidade. Porém, esse clima angus ante es mula
11) Com a parơcula apassivadora (v.t.d. + se), o verbo a matança oficial.
concorda com o sujeito: c) Assim, a polí ca de extermínio que toma conta
Nesta oficina, consertam-se televisores. de nossos policiais, além de covarde e cruel com
12) Com o índice de indeterminação do sujeito (outros inocentes, nivelam por baixo bandidos e policiais,
verbos + se): verbo sempre na 3ª pessoa do singular: tornando-os delinquentes comuns.
d) A segurança pública, dever do Estado, é exercida,
Precisa-se de calma. (v.t.i.)
também, pelas polícias militares. Forçoso é reconhe-
Vive-se calmamente. (v.i.)
cer que o Estado está falhando, para dizer mínimo,
Nunca se está sa sfeito.(v.lig.) em seu dever.
Quando se empregar o objeto direto preposi- e) A violência uniformizada, além de covarde odiosa,
cionado, o verbo ficará, também, na 3ª pessoa do ao contrário de manter a segurança, causa a total
singular: o sujeito será indeterminado. insegurança.
Louva-se a Deus, porque se teme ao demônio.
Método práƟco para determinar as funções básicas 2. Assinale o período incorreto.
do se (em duas perguntas): a) A invenção da roda é frequentemente descrita
1ª) O “se” é equivalente a “a si mesmo” ou a “entre como um dos fatos fundamentais que permi ram
si”? ao homem construir sua civilização. Ela é também
Sim – pronome pessoal reflexivo (PPR). sinônimo de coisa evidente, ovo de Colombo.
Não – faça a 2ª pergunta. b) A roda, ao lado de outras importantes invenções
2ª) O verbo da oração é V.T.D.? como a alavanca e o guindaste, inaugurou uma era
Sim – par cula apassivadora (PA) tecnológica que hoje nos permitem construir todas
Não – índice de indeterminação do sujeito (IIS). as espécies de veículos, desde carroças até foguetes
Exemplo: Condordar-se-ia (IIS) com o projeto, espaciais.
desde que não se (PA) violassem direitos de c) Um dos mais populares é, sem dúvida alguma, o car-
pessoas que se (PPR) machuquem em serviço. ro, que facilita a vida de milhões de pessoas em todo
13) Verbo “parecer” seguido de infiniƟvo o planeta.
d) Há, porém, um grande inconveniente quando muitos
Flexiona-se o verbo parecer ou o outro verbo, nunca
carros procuram passar pelo mesmo local ao mesmo
os dois.
tempo.
As crianças parecem estar felizes. e) Os veículos simplesmente deixam de cumprir a fi-
As crianças parece estarem felizes. nalidade para a qual foram criados. Eles deixam de
14) Concordância do verbo ser se locomover.
Concordância com o predicaƟvo (Folha de S. Paulo, com adaptação)
1) predica vo pessoa:
Os zelos do pai era Maria. 3. Em que frase a concordância está correta?
2) predica vo quanƟdade: a) Os encarregados de coibir a violência contra a po-
Dez mil reais seria muito. pulação não cumpre a lei.
3) predica vo pronome o: b) João Paulo, um dos melhores advogados da cidade,
Problemas é o que não falta. defenderam a ví ma.
4) predica vo horas, distâncias, datas: c) Tem domicílio em comarcas diferentes os dois réus.
São exatamente 10h45min. d) Não é permi do que se estacionem os carros sem
Daqui ao centro, é 1Km apenas. cartão.
Observação: com datas, concorda com o numeral e) Foi publicada em abril as leis necessárias à punição
ou com a palavra dia clara ou subentendida: do criminoso.
Hoje são 15 de maio.
Hoje é dia 15 de maio. 4. Indique a alterna va correta.
a) Filmes, novelas, boas conversas, nada o ravam da
Hoje é 15 de maio.
apa a.
5) o sujeito é pronome interroga vo ou nome par -
b) A pátria não é ninguém: são todos.
vo: c) Se não vier as chuvas, como faremos?
LÍNGUA PORTUGUESA

Quem são os melhores alunos? d) É precariíssima as condições do prédio.


A maioria eram pobres ou desempregados. e) Vossa Senhoria vos preocupais com vossa imagem
Concordância facultaƟva demasiadamente.
1) sujeito tudo, nada, isto, isso, aquilo:
Na juventude, tudo é / são flores. 5. A relação de verbos que completam, conveniente e
2) sujeito tulo pluralício de obras: respec vamente, as lacunas dos períodos abaixo é:
Os Lusíadas são / é uma epopeia. I – Hoje ____ 24 de janeiro.
3) sujeito singular e predica vo “coisas”: II – Trinta quilômetros ____ muito.
A cama era / eram só palhas velhas. III – Já ____ uma e vinte.

54
IV – ______ ser duas horas. 12. Assinale a frase incorreta.
a) são – são – eram – Devem a) Machado de Assis foi um dos realistas que escreveu
b) é – são – era – Deve Dom Casmurro.
c) é – é – eram – Devem b) Machado de Assis foi um dos realistas que escreve-
d) são – é – era – Devem ram Dom Casmurro.
e) são – é – eram – Deve c) Machado de Assis foi um dos realistas que escreve-
ram romances.
6. Assinale a frase correta. d) Palmeiras é um dos mes que disputam o campeo-
a) Fazem dois meses que não chove. nato paulista de futebol.
b) Vão fazer dez dias que não saio de casa.
e) Se dez é pouco, nove reais é menos ainda.
c) Não podem haver rasuras neste documento.
d) Da minha casa até a de Anacleto é cinco quadras.
e) A representação eram apenas pantomimas. 13. Assinale a frase correta.
a) As paredes parecia estremecer.
7. Assinale a opção com as formas verbais requeridas para b) As paredes pareciam estremecerem.
que se completem corretamente as lacunas. c) Eu com outros amigos viemos de São Paulo.
“Neste inverno ______ havido dias bonitos, mas agora d) Tu não sois inimiga dele, não?
já ____ duas semanas que se ______ as manhãs de sol”. e) Amai a terra em que nasceste.
a) tem – faz – foram
b) têm – faz – foi 14. Sobre os períodos abaixo, aponte a opção correta.
c) tem – fazem – foram I – Deveria esquecer as coisas sérias que poderia haver
d) tem – fazem – foi a separá-los?
e) têm – fazem – foram II – Se não houvessem ingra dões, como poderiam
haver finezas?
8. Assinale a frase incorreta. III – Julgo, sinceramente, que haverá de exis r melhores
a) Nesta segunda-feira, quando o interventor designa-
dias para esta comunidade.
do pela Reitoria, Othon de Souza, diretor da Faculda-
de de Tecnologia – iniciar seu trabalho, começará a IV – Tamanha era a fúria dos rebeldes que sem demora
aparecerem, no próprio Departamento de Ciências, choveu balas, chumbo grosso mesmo!
as origens da crise. V – Os dias frios do Sul não são mais intensos do que
b) Cerca de mil aposentados e pensionistas, segundo os que faz na Patagônia.
o advogado Mílton Peixoto, deverão ingressar na a) Todos estão incorretos.
Jus ça, esta semana, para salvaguardar direitos b) Só estão incorretos I, III e V.
adquiridos. c) Só estão incorretos II, III e IV.
c) A liquidação extrajudicial era uma das poucas me- d) Só estão incorretos I, II e III.
didas disponíveis aos ministros econômicos que e) Todos estão corretos.
solucionaria o rombo do grupo financeiro.
d) Quantos dentre vós, que ontem mesmo abandonas- 15. Observe a concordância das frases abaixo.
tes o Par do do Governo, con nuareis a receber as I–( ) E és tu quem tem a culpa do meu viver de-
benesses do Poder? sesperado.
e) O fato, porém, é que poucos e raros dentre nós
II – ( ) Uma nuvem de pétalas coloridas foram lan-
estarão integrando o reduzido grupo de intelectuais
do Palácio do Planalto. çadas sobre os atletas vitoriosos.
III – ( ) Vossa Eminência já vestes ensejo de exami-
9. Enumere a segunda coluna pela primeira. nar a situação da diocese?
1. Pensamos ( ) eu e tu IV – ( ) Não esqueças que fomos nós quem no berço
2. Pensais ( ) eu e ele te embalou.
3. Pensam ( ) tu e ele
( ) ele e ela a) V–V–F–V
b) F–V–F–V
a) 1 – 3 – 3 – 3. c) V–F–F–V
b) 1 – 3 – 2 – 2. d) V–V–F–F
c) 2 – 3 – 3 – 3. e) F–V–F–F
d) 1 – 1 – 2 – 3.
e) 1 – 2 – 2 – 2.
GABARITO
10. A lacuna completa-se com:
“No grupo, os trabalhos_________________”. 1. c Correção: (...) a polí ca de extermínio... nivela... (o
a) sou eu que coordena. verbo deve conc. c/ o núcl. do suj. simples “polí ca”).
b) é eu que coordena. 2. b Correção: “(...) inaugurou uma era tecnológica //
c) é eu quem coordena.
LÍNGUA PORTUGUESA

que hoje nos permite // construir... (com suj. pron.


d) é eu quem coordeno.
e) sou eu que coordeno. rel. “que”, o verbo conc. c/ o antecedente: “uma
era... permite”).
11. Assinale a incorreta. 3. d Não é permi do (c/ suj. “oracional”, verbo na 3ª
a) Mais de um jogador foi expulso. pess. sing.) // que se estacionem os carros... Corre-
b) Mais de um jogador foram expulsos. ções (conc. c/ os suj. subl.): a) Os encarregados (...)
c) Mais de um jogador reclamou ao juiz. não cumprem a lei. b) João Paulo, (...), defendeu...
d) Mais de um jogador se agrediram mutuamente. c) Têm domicílio... os dois réus. e) Foram publica-
e) Mais de um jogador se queixou ao Tribunal. das... as leis...

55
4. b A pátria não é ninguém: são todos. (verbos conc. c/ Concordância Nominal
os suj. subl.). Correções: a) ... nada o Ɵrava... (v. conc.
c/ aposto resum. subl.); c) Se não vierem as chuvas... AdjeƟvos, pronomes, numerais e arƟgos concordam
(v. conc. c/ suj. subl.); d) São precariíssimas (verbo em gênero e número com o substanƟvo que determinam.
e pred. conc. c/ suj. subl.) as condições... e) Vossa Isto é, os adjuntos adnominais concordam com o nome a
que se referem.
Senhoria se preocupa com sua imagem demasiada-
Os nossos dois maiores rios estão morrendo.
mente. (suj. pron. tratam.; verbo e pron.: 3ª pessoa).
O adje vo na função de predicaƟvo concorda com o
5. d I – Hoje são (é) 24 de janeiro (conc. c/ num. ou c/ sujeito ou com o objeto.
pal. “dia” elíp ca). II – ... é muito (conc. c/ predic. PredicaƟvo do sujeito:
indic. “quan dade”). III – Já era uma e vinte (conc. As reservas serão preservadas.
c/o numeral). IV – Devem ser duas horas (conc. PredicaƟvo do objeto:
c/o numeral). O promotor julgou válidas as provas.
6. e A representação eram apenas pantomimas. (verbo
ser – suj. e predic. “coisas”: conc. faculta va). Cor- Concordância do AdjeƟvo
reções: a) Faz dois meses (indic. tempo, v. impess.:
3ª p. sing.); b) Vai fazer dez dias... (idem); c) Não 1) O adje vo concorda em gênero e número com o
pode haver rasuras... (= exis r, verbo impess.: 3ª p. substan vo:
sing.); d) ... são cinco quadras (conc. c/ o numeral). O alto ipê cobre-se de flores amarelas.
7. a Neste inverno tem havido (haver = exis r, verbo 2) Um adjeƟvo posposto a mais de um substan vo:
impess.: aux. na 3ª p. sing.) dias bonitos, mas ago- a) adje vo no plural, no gênero predominante, o
masculino:
ra já faz (indic. tempo, verbo impess.: 3ª p. sing.)
Carro e moto importados.
duas semanas que se foram (conc. c/ suj. subl.) as
b) adje vo concorda com o mais próximo:
manhãs de sol.
Carro e moto importada.
8. a Correção: (...) começarão a aparecer, (conc. c/ o 3) Um adjeƟvo anteposto a mais de um substan vo:
suj. subl.) no próprio Departamento de Ciências, a) adjunto adnominal: concorda apenas com o mais
as origens da crise. próximo:
9. d (1) eu e tu = pensamos; (1) eu e ele = pensamos; (2) Compramos aromáƟcas ervas e flores.
tu e ele = pensais; (3) ele e ela = pensam. b) predica vo: no plural (de preferência) ou concorda
10. e “No grupo, os trabalhos sou eu que coordeno com o mais próximo:
(suj.“que”: conc. c/o antec. “eu”)”. Julgo saƟsfatórios a pesquisa e o estudo.
11. b Correção: Mais de um jogador foi expulso (suj. c/ Julgo saƟsfatória a pesquisa e o estudo.
loc. “mais de um”: verbo na 3ª pess. sing.).
Outros Casos de Concordância
12. b Correção: Machado de Assis foi um dos realistas
que escreveu Dom Casmurro. (suj. “que”, da loc. 1) alerta / menos (advérbios) – invariáveis
“um dos... que”, cuja ação se refere apenas ao Tenho menos fãs na TV que no teatro.
anteced. subl.). Por precaução, vivemos alerta.
13. c Eu com outros amigos vim / viemos de São Paulo. 2) bastante / bastantes
(suj. comp. c/ núcl. lig. p/ prep. com: v. conc. c/ 1º a) pronome indefinido (variável):
núcl. ou fica no plural). Correções: a) As paredes Tenham bastante dinheiro.
pareciam estremecer / parecia estremecerem (pa- Façam bastantes exercícios
recer + infini vo: flex. um ou outro); b) As paredes... b) advérbio (invariável):
(idem ao anterior); d) Tu não és (conc. c/ suj. subl.) Temos estudado bastante.
inimiga dele, não? e) Amai (vós) a terra em que (vós) Todos pareciam bastante felizes.
nascestes ou Ama (tu) a terra em que (tu) nasceste. O Palmeiras tem jogado bastante mal.
14. c I – (C) ... poderia haver (loc. verbal c/ verbo impesso- c) adje vo (variável):
al: aux. na 3ª p. sing.) a separá-los? II – (E) Correção: Já temos os livros bastantes.
Se não houvesse ingra dões, como poderia haver 3) quite / quites (adje vo)
finezas? (verbos impessoais: 3ª p. sing.). III – (E) a) predica vo – concorda com o sujeito:
Correção: ... que haverão de exis r (haver = ter) Ao votar, tu ficarás quite com o TRE.
melhores dias... IV – (E) Correção: ... choveram ba- Nós estamos quites com o IRPF.
las... (sen do conota vo: conc. s/ suj. subl.) V – (C) b) adj. adnominal – concorda com o nome:
... que os (dias frios) que faz na Patagônia (indic. Prova de alunos quites com a tesouraria.
tempo meteorológico, verbo impess.: 3ª p. sing.). 4) só / sós / a sós
LÍNGUA PORTUGUESA

a) só = sozinho, adje vo (variável):


15. a I – (V) E és tu quem tem ou tens (suj. “quem”: 3ª Mesmo na mul dão, eles vivem sós.
p. sing. ou conc. c/ antec.). II – (V) Uma nuvem de b) só = somente, advérbio (invariável):
pétalas coloridas foram lançadas ou foi lançada... O jogador estava só testando a sorte.
(suj. cole vo + determ.: conc. c/ núcl. ou c/ determ.). c) a sós, locução adverbial (invariável):
III – (F) Vossa Eminência já teve ensejo... (suj. pron. Quero uma conversa a sós con go.
de tratamento: 3ª pess.). IV – (V) Não esqueças (tu) 5) meio(s) / meia(s) / meio
que fomos nós quem no berço te embalou ou em- a) meio = metade, numeral (variável):
balamos (suj. “ quem”: 3ª p. sing. ou conc. c/ antec.). Tomara meia gela de leite.

56
b) meio = um pouco, advérbio (invariável): 2. Qual a alterna va correta para preencher as lacunas?
Às vezes, mocinhas ficam meio confusas. “Muito ________________, disse ela. Vocês proce-
6) mesmo(s) / mesma(s) / mesmo deram ________, considerando meu ponto de vista e
a) pron. demonstra vo (variável): minha argumentação __________”.
Ela mesma confessou sua farsa. a) obrigado – certos – sensata.
Os mesmos alunos saíram da sala. b) obrigada – certo – sensatos.
b) advérbio (invariável): c) obrigada – certos – sensata.
Ele faz mesmo muitas promessas. d) obrigada – certos – sensatos.
e) obrigado – certo – sensatos.
c) palavra denota va (invariável):
Mesmo os espertos se enganam. 3. Tendo em vista as normas de concordância, assinale a
7) anexo, incluso, apenso, separado opção em que a lacuna só pode ser preenchida por um
a) adje vos (concordam com substan vos): dos termos colocados entre parênteses.
Remeto anexas / inclusas / apensas / separadas a) Cabelo e pupila _______ (negros – negra)
/ as fotos solicitadas. b) Cabeça e corpo _______ (monstruoso – monstruo-
b) em anexo e em separado (locuções adverbiais), sos)
ficam invariáveis: c) Calma e serenidade _______ (invejável – invejáveis)
Seguem em anexo / em separado os documentos d) Dentes e garras ________ (afiados – afiadas)
solicitados. e) Tronco e galhos ________ (seco – secos)
8) o mais possível / os mais possíveis
a) locução adverbial (invariável): 4. Assinale a frase em que há erro de concordância.
Vi peças o mais belas possível. a) Todo homem deve estar quite com suas obrigações.
Vi dramas o mais belos possível. b) As crianças não devem ficar descalças.
b) locução adje va (variável): c) Anexas seguem as informações pedidas.
Vi nações as mais ricas possíveis. d) Os policiais estavam alertas.
e) O divórcio é sempre um mal.
Vi países os mais ricos possíveis.
9) é bom, é proibido, é necessário, é justo etc.
5. Assinale a opção de sintaxe correta.
a) com sujeito (no singular) sem ar go ou pronome, a) O povo brasileiro anseia por uma cons tuição digna.
o predica vo fica invariável: b) Era necessário a permanência do médico no hospital.
Paciência é necessário. c) Aconteceu, durante a discussão do processo, graves
b) com sujeito com ar go ou pronome, o predica vo distúrbios entre os parlamentares.
concorda com o sujeito: d) Sua discrição era digna de elogios, pois todos esta-
A paciência é necessária. vam ao par das dificuldades de se manter secreta a
10) leso (elemento de composição) concorda em gênero negociação.
e número com o 2º vocábulo: e) Não mais se lê bons autores naquela escola.
leso-caráter – lesos-caracteres
lesa-pátria – lesas-pátrias 6. Assinale a alterna va que completa corretamente as
11) Com as locuções um e outro, nem um nem outro, lacunas.
um ou outro, substan vo no singular, adje vo no “Ainda _____ furiosa, mas com _____ violência, proferia
plural: injúrias ________ para escandalizar os mais arrojados”.
Um e outro jovem estudiosos passarão. a) meia – menas – bastantes
b) meia – menos – bastante
12) tal qual
c) meio – menos – bastante
a) com verbos de ligação, são predicaƟvos e con-
d) meio – menos – bastantes
cordam com os respec vos sujeitos: e) meio – menas – bastantes
O filho será tal quais os pais.
O filho será tal // quais os pais (são). 7. Assinale erro no emprego da palavra “meio”.
b) com outros verbos, conjunção comparativa, a) Existem meios para tudo.
invariável: b) O relógio bateu meio-dia e meia.
Os filhos falam tal qual os pais. c) Empurrei a porta que estava meio fechada.
Os filhos falam // tal qual os pais (falam). d) Bebia sozinho meia garrafa de vinho.
e) Ela ficou meia envergonhada pela reprovação.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
8. Assinale a opção que completa corretamente as lacunas.
“Ela estava _____ irritada e, à _____ voz, porém, com
1. Considerando o período: “Reincidente, terá sua carteira
________ razões, dizia _________ desaforos”.
permanentemente cassada na terceira vez.”, assinale a a) meio – meia – bastantes – bastantes
opção que se apresenta de acordo com a norma culta b) meia – meia – bastante – bastante
LÍNGUA PORTUGUESA

do Português. c) meia – meia – bastantes – bastantes


a) Reincidentes, terão sua carteira permanentemente d) meio – meia – bastante – bastante
cassada nas terceiras vezes. e) meio – meia – bastantes – bastante
b) Reincidentes, terão suas carteiras permanentemen-
tes cassadas na terceira vez. 9. Assinale a série que completa corretamente as lacunas.
c) Reincidente, terão suas carteiras permanentemente “As moças, estando ______, veram, elas _______, de
cassadas na terceira vez. tomar as providências que a situação exigia”.
d) Reincidentes, terão suas carteiras permanentemente a) só – mesmo
cassadas na terceira vez. b) só – mesmas

57
c) sós – mesmo a) Nas seis maiores regiões metropolitanas, o índice
d) sós – mesmas apurado pelo IBGE caíram para a faixa de 7% em
e) só – mesma dezembro, o mais baixo da série esta s ca iniciada
em 2002, com a adoção de uma nova metodologia.
10. Assinale a série que completa corretamente as lacunas. Na Grande São Paulo, segundo a Fundação Seade,
“________ a di cil fase inicial e o período da expe- a parcela de trabalhadores sem emprego formal caiu
rimentação, ______ algumas semanas antes que se para 14% (índice que chegou a ultrapassar 19% há
_________ os obje vos es pulados”. poucos anos).
a) Vencidos – decorreu – alcançassem b) Mesmo com um aumento significa vo da população
b) Vencida – decorreu – alcançassem economicamente a va – ou seja, pessoas que havia
c) Vencido – decorreram – alcançasse desis do de procurar emprego voltaram ao mercado
d) Vencidos – decorreram – alcançassem de trabalho – da ordem de 2%, houve redução dos
e) Vencida – decorreu – alcançasse índices de desemprego.
c) Depois de vários anos com baixo crescimento e
GABARITO insuficiente geração de empregos, a economia bra-
sileira conseguiu, em 2007, expandir-se em ritmo
1. d “Reincidentes (eles), terão suas carteiras perma- próximo à média mundial. E o resultado foi ainda
nentemente (advérbio) cassadas na terceira vez”. mais animador porque a criação de empregos bateu
Correções: a) na terceira vez; b) permanentemente; recorde, com mais de 1,6 milhão de contratações
c) Reincidentes. com carteira assinada.
2. b “Muito obrigada (conc. c/ o emissor), disse ela. Vo- d) Os salários não aumentaram em igual proporção,
cês procederam certo (adv.)... meu ponto de vista e pois o mercado ainda estava na fase de absorção
minha argumentação sensatos (ou sensata)”. Obs.: de mão de obra. Ainda assim, os rendimentos dos
subst. + subst. + adj. (adj. adn.): adj. no pl. ou conc. trabalhadores pra camente encostou nos valores
c/ mais próximo. de 1995, período áureo do Plano Real.
e) Tudo indica que esse processo de recuperação con-
3. e Tronco e galhos secos... Obs.: nas demais opções, nuará se a economia brasileira conseguir sustentar
tanto cabe a conc. no plural quanto a conc. c/ o taxas anuais de crescimento acima de 4%, e isso
mais próximo. dependerá de ajustes macro e microeconômicos.
4. d Correção: d) ... estavam alerta. Obs.: “alerta” = em E deixar o mercado funcionar são o melhor caminho
estado de alerta: advérbio (invariável). para que esses ajustes se concre zem.
5. a O povo brasileiro anseia por uma cons tuição dig-
na (os adj. conc. c/ subst. subl.). Correções: b) Era 2. (Cespe) O trecho é parte adaptada de um texto de
necessária a permanência... (predic.: conc. c/ o suj. Ronaldo Vainfas, julgue-o quanto à correção grama cal.
subl.); c) Aconteceram (conc. c/ suj. subl.)... graves ( ) O progresso é uma indústria que, como na China,
distúrbios... d) ... todos estavam a par (= informado; é explorada, em uma rápida absorção, pelos capi-
ao par = igual taxa) das dificuldades... e) Não mais tais estrangeiros e os poucos grupos financeiros
se leem bons autores... (conc. c/ suj. subl.). nacionais que só cogita – como é natural – dos
6. d “Ainda meio (“meio” + adj.: adv.) furiosa, mas com próprios interesses.
menos (adv.) violência, proferia injúrias bastan-
tes (conc. c/ “injúrias”) para escandalizar os mais 3. (FCC) A concordância está correta na frase:
arrojados”. a) A cultura globalizada, aparentemente, esmagam
as dis ntas culturas locais, porém é importante
7. e Correção: Ela ficou meio (“meio” + adj.: adv.) en-
constatar reações no sen do de preservação das
vergonhada pela reprovação.
individualidades.
8. a “Ela estava meio (“meio” + adj.: adv.) irritada e, b) No mundo globalizado, expõe-se todas as informa-
à meia (= metade: numeral, conc. c/ nome subl.) voz, ções culturais, de modo que as sociedades vai incor-
porém, com bastantes (conc. c/ nome subl.) razões, rer numa padronização de hábitos e de tradições.
dizia bastantes (conc. c/ nome subl.) desaforos”. c) A pluralização das experiências humanas são po-
9. d “As moças, estando sós (= sozinhas, conc. c/ nome deroso instrumento de construção das sociedades
subl.), veram, elas mesmas (conc. c/ o nome subl.)... nacionais, embora se iden fique tendências à pa-
10. d “Vencidos (predic. anteposto: plural conc. c/ dronização de costumes.
núcleos subl.) a di cil fase inicial e o período da d) O que se observa atualmente é o fato de que todos
experimentação, decorreram (conc. c/ suj. subl.) querem ser diferentes e, portanto, passam também
algumas semanas antes que se alcançassem (idem) a respeitar mais as diferenças encontradas em toda
os obje vos es pulados”. sociedade.
e) Alguns valores que já se encontra disseminado em
todo o mundo tende a aumentar cada vez mais sua
LÍNGUA PORTUGUESA

influência, determinando o comportamento das


QUESTÕES DE CONCURSOS pessoas.
Concordância 4. (Cesgranrio) Assinale a opção em que a concordância
 Concordância Verbal e Nominal segue a norma culta da língua.
a) Dos dois cien stas consultados, nem um nem outro
1. (Esaf) Assinale o segmento do texto re rado de O aceitou o cargo.
Globo, 6/2/2008, transcrito corretamente, sem erro b) Cada um dos jornalistas fizeram uma pergunta ao
grama cal. entrevistado.

58
c) Resta ainda muitas dúvidas sobre o cálculo dos juros. e) Admi r as imprecisões e as ambiguidades de forma
d) Fazem dois meses que o cien sta concedeu uma alguma cons tuem, para o autor, qualquer entrave
entrevista. para os caminhos de raciocínio.
e) Os drogados não parecem perceberem o mal que
fazem a si mesmos. 9. (Cespe) “O processo é totalmente coerente com as
premissas da ideologia econômica que têm se afirmado
5. (NCE) A frase abaixo com um erro de concordância como a forma dominante de representação do mundo
(nominal ou verbal) é: ao longo dos úl mos 100 anos, aproximadamente”.
a) No anúncio da ó ca, o óculos estava quebrado. G. Muzio. In: Polí cas do dissenso e hegemonia global.
b) As crianças, por si mesmas, decidiram rabiscar o (com adaptações).
cartaz.
c) O anunciante era um dos que deveriam falar naquele ( ) A forma verbal “têm” em “têm se afirmado” es-
congresso. tabelece relação de concordância com o termo
d) Nosso melhor guia devem ser a honra e o dever. antecedente “ideologia”.
e) O bando de crianças mancharam os cartazes da feira.
10. (NCE) “Compra-se ouro” / “Vendem-se cartões telefô-
6. (Cespe) “A análise dos assuntos rela vos ao Oriente Mé- nicos”.
dio pelos órgãos de inteligência faz parte do esforço em São dizeres de dois cartazes em que se verifica o cuidado
acompanhar o fenômeno do terrorismo internacional...”. com a norma culta da língua. O cartaz abaixo em que
Paulo de Tarso Resende Paniago. esse mesmo cuidado não se verifica é:
In: Revista Brasileira de Inteligência. a) Alugam-se quartos para rapazes solteiros.
b) Precisam-se de ajudantes para serviços domés cos.
( ) A forma verbal “faz” está no singular porque con- c) Contratam-se serventes de pedreiros.
corda com “Oriente Médio”. d) Consertam-se roupas.
e) Emprestam-se livros para estudantes pobres.
7. (Esaf) Assinale a opção correta em relação às formas
verbais do texto.
11. (Cesgranrio) Assinale a opção em que a concordância
“As pesquisas desenvolvidas nos vários centros nacio-
segue a norma culta da língua.
nais e internacionais, tanto em animais quanto em seres
a) Acontece, em viagens longas e di ceis, muitas situa-
humanos, têm demonstrado que o tratamento rege-
ções inesperadas e inusitadas.
nera vo com células-tronco está deixando de ser uma
b) Faz mais de 20 anos que a família Schürmann iniciou
5 utopia, podendo tornar-se importante recurso para o
sua aventura pelo mundo.
tratamento de diversas doenças. As pesquisas mostram
c) Na viagem, haviam dias de tempestades e condições
que essas células têm potencial capaz de reparar as
climá cas adversas.
alterações determinadas pelas doenças que provocam
perda ou diminuição da capacidade funcional de deter- d) A família Schürmann – fato surpreendente – passa-
10 minados órgãos do nosso corpo. Assim, especula-se ram mais de 20 anos em um veleiro.
que os transplantes de células-tronco possam vir a e) A firmeza para enfrentar desafios e obstáculos po-
beneficiar doenças do coração, doenças neurovegeta- diam significar a própria sobrevivência.
vas, degeneração celular ligada ao envelhecimento e
a tratar certas formas de câncer, como as leucemias”. 12. (FCC) As normas de concordância verbal encontram-se
(O Globo, 11/3/2006. José Barbosa Filho e plenamente atendidas na frase:
Roberto Benchimol Barbosa) a) A cada vez mais pessoas interessam verificar o que
dizem as colunas de astrologia.
a) “têm” (l.3) está no plural para concordar com “seres b) Não cabem aos sicos e aos cien stas em geral
humanos”. explicar fenômenos que não ocorrem na natureza.
b) “está deixando de ser” (l.4) concorda com “célu- c) Se provas houvessem da ocorrência de tais fenôme-
las-tronco”. nos, os cien stas ficariam interessados.
c) “provocam” (l.8) está no plural para concordar com d) Nenhuma das supostas “provas” oferecidas até hoje
“pesquisas” (l.6). aos cien stas sequer chegou perto de os convencer.
d) “especula-se” (l.10) apresenta sujeito explícito. e) Não se submetem às forças estranhas e aos “po-
e) “a tratar” (l.14) forma locução verbal com “possam deres” esotéricos quem só se deixa orientar pelos
vir” (l.11). métodos cien ficos.

8. (FCC) A concordância verbal está plenamente respeitada 13. (Cespe) “A criação da ABIN, em 1995, proporcionou ao
na frase: Estado brasileiro ins tucionalizar a a vidade de inte-
a) O enfoque nas soluções únicas dos problemas que ligência, mediante ações de coordenação do fluxo de
enfrentamos empobrecem, quase sempre, a quali- informações necessárias às decisões de governo, no que
dade mesma do raciocínio. diz respeito ao aproveitamento de oportunidades...”.
LÍNGUA PORTUGUESA

b) São as possibilidades de enfoques alterna vos o Paulo de Tarso Resende Paniago.


que importam nas operações que levam a soluções In: Revista Brasileira de Inteligência.
múl plas.
c) Tanto na leitura como na escrita, levem-se em conta ( ) A subs tuição do termo “necessárias” por neces-
as variáveis de interpretação, que aprofundam o sário mantém a correção grama cal do texto.
sen do do texto.
d) Construir prédios escolares não implicam mais do 14. (FCC) Está correta a concordância estabelecida em:
que acréscimos de espaço material para as a vida- a) Será necessário análises mais de das de cada uma
des de ensino. das óperas mencionada.

59
b) Diante das potências estrangeiras que nada lhes 5. a Correção: ... os óculos (usa-se somente no plural)
poderiam facilitar, a Itália deixa manifesto na Norma estavam quebrados. Obs.: A palavra óculos é plu-
sua ânsia por liberdade. ralia tantum, sendo, portanto, erro a discordância
c) Nas óperas român cas, servem de pesos incons- de número (o óculos), embora muito vulgarizado
cientes, postos que até então desconhecidos, laços, no português coloquial. As formas corretas são: uns
geralmente ocultados, de naturezas mais pessoais. óculos, meus óculos, um par de óculos etc.
d) Deveriam haver argumentos para sustentar que a 6. E Correção: A forma verbal “faz” concorda com “aná-
Traviata procede do mesmo modo que a Norma. lise”, núcleo do sujeito simples. Veja: “A análise dos
e) Sempre se desejaram pátrias livres, fossem elas Gália assuntos rela vos ao Oriente Médio pelos órgãos de
e Itália ou quaisquer outras. inteligência faz parte do esforço em acompanhar o
fenômeno do terrorismo internacional...”.
15. (Cesgranrio) Aponte a opção em que a concordância 7. e Correções: a) ... para concordar com “pesquisas”,
verbal está realizada corretamente. núcl. do suj. Veja: “As pesquisas desenvolvidas (...)
a) Houveram muitas festas de Carnaval na Bahia. têm demonstrado...”; b) “está deixando de ser”
b) Os Estados Unidos, ontem, bombardeou o Iraque. concorda com “tratamento”, núcl. do suj. Veja: “...
c) Cada um dos funcionários apresentaram boas pro- o tratamento regenera vo com células-tronco está
postas. deixando de ser uma utopia”; c) ... para concordar
d) Um dia, um mês, um ano passam depressa. com “doenças”, o suj. semân co. Veja: “... doen-
e) Aconteceu vários fatos marcantes na minha vida. ças que provocam perda ou diminuição...”; d) Em
“especula-se que os transplantes de células-tronco
GABARITO possam vir a beneficiar doenças do coração...” o
sujeito sintáƟco está explícito (é a or. subord. subst.
1. c Correções: a) “(...), o índice apurado pelo IBGE subje va introd. pelo “que”; note que o “se” é par-
caiu (conc. com “índice”, núcl. do suj.) para a fai- c. apassiv.); o que não está explícito, em verdade,
xa de 7% em dezembro...”; b) “(...) pessoas que é o sujeito semânƟco, isto é, quem pra ca a ação.
haviam (= nham) desis do (sendo suj. sintá co 8. c Correções: a) O enfoque nas soluções (...) empo-
o pron. rela vo “que”, a conc. deve ser feita com brece... (conc. c/ “enfoque”, núcl. suj.). b) ... o que
o suj. semân co; no caso, “pessoas”)...”; d) (...) importa nas operações... (conc. c/ “o” = “isso”,
Ainda assim, os rendimentos dos trabalhadores
antecedente do sujeito “que”). d) Construir prédios
pra camente encostaram (conc. com “rendimen-
escolares não implica... (“sujeito oracional”: verbo
tos”, núcl. do suj.) nos valores de 1995...”; e) “(...)
na 3ª pess. sing.). e) Admi r as imprecisões e as
E deixar o mercado funcionar é o melhor caminho
(conc. com o suj. oracional sublinhado)...”. ambiguidades de forma alguma consƟtui (“sujeito
oracional”: verbo na 3ª pess. sing.), para o autor,
2. E Correção: “... pelos capitais estrangeiros e os pou-
cos grupos financeiros nacionais que só cogitam – qualquer entrave...
como é natural – dos próprios interesses (sujeito 9. E Correção: No segmento, tem-se uma oração em
pronome rela vo que (= os quais): concordância que o sujeito é o pronome rela vo que. A concor-
com “capitais” e “grupos”, antecedentes do pro- dância processa-se, nesse caso, com antecedente
nome, e por isso núcleos do sujeito semân co). do pronome, que é premissas. Veja: “... coerente
3. d Correções: a) “A cultura globalizada, (...), esmaga com as premissas da ideologia econômica que (= as
as dis ntas culturas...” (conc. c/ “cultura”, núcl. quais) têm se afirmado como a forma dominante...”.
suj.). b) “(...), expõem-se todas as informações...
10. b Correção: Precisa-se de ajudantes... (se, índice
(conc. c/ “informações”, núcl. suj.; obs.: se =
de indeterminação do sujeito: verbo na 3ª pess.
par c. apassiv.), de modo que as sociedades vão
sing.). Obs.: Nas demais opções, o se é parơcula
incorrer (conc. c/ “sociedades”, núcl. suj.) numa
apassivadora, e os verbos conc. com os respec vos
padronização...”. c) A pluralização das experiências
núcleos dos sujeitos. a) conc. com “quartos”; c)
humanas é (conc. c/ “pluralização”, núcl. suj.) po-
conc. com “serventes”; d) conc. com “roupas”; e)
deroso instrumento (...), embora se idenƟfiquem
conc. com “livros”.
(conc. c/ “tendências”, núcl. suj.; obs.: se = par c.
apassiv.) tendências...”. e) Alguns valores que já 11. b Faz (indic. tempo, verbo impess.: 3ª pess. sing.) mais
se encontram disseminados (sujeito “que”, conc. de 20 anos... Correções: a) Acontecem (conc. c/
c/ “valores”, núcl. do antecedente) em todo o “situações”, núcl. do sujeito)... c) ... havia (haver =
mundo tendem (conc. c/ “valores”, núcl. suj.) a exis r, verbo impess.: 3ª pess. sing.)... d) ... passou
aumentar...”. (conc. c/ “família”, núcl. do sujeito)... e) ... podia
LÍNGUA PORTUGUESA

4. a ... nem um nem outro aceitou / aceitaram (suj. significar (conc. c/ “firmeza”, núcl. do sujeito)...
com a loc. “nem um nem outro”: verbo no sing. 12. d Correções: a) A cada vez mais pessoas interessa
ou no pl.). Correções: b) ... fez (conc. c/ “cada verificar o... (“sujeito oracional”: verbo na 3ª
um”, locução núcl. do sujeito)... c) Restam (conc. pess. sing.). b) Não cabe (...) explicar fenômenos...
c/ “dúvidas” , núcl. do sujeito)... d) Faz (indic. tem- (“sujeito oracional”: verbo na 3ª pess. sing.). c) Se
po, verbo impess.: 3ª pess. sing.)... e) ... parecem provas houvesse... (“haver” = exis r: impessoal = 3ª
perceber (em loc. verbal, flexiona-se apenas o pess. sing.). e) Não se submete (...) quem... (conc.
verbo aux.)... c/ “quem” = “aquele que”, núcl. suj.).

60
13. C Veja: Em “... mediante ações de coordenação do Aspirar (v.t.d. ou v.t.i. c/ prep. a)
fluxo de informações necessário às decisões de 1) = sorver, cheirar (v.t.d.):
É gostoso aspirar seu perfume.
governo...”, a concordância passa a ser feita com
2) = desejar, pretender (v.t.i. c/ prep. a):
o núcleo “fluxo” e não mais com o determinante
Todos aspiram a um bom cargo.
“informações”.
14. e Correções: a) Serão necessárias análises (conc. c/ AssisƟr (v.t.d. – v.t.i. ou v.i.)
“análises”, núcl. suj.)... das óperas mencionadas 1) = ver, presenciar (v.t.i. c/ prep. a):
(conc. c/ “óperas”, nome do qual é adj. adn.). b) Amanhã quero assisƟr ao jogo.
Diante das potências estrangeiras que nada lhe Observação: não aceita o pronome lhe.
(= a ela = a Itália) poderiam facilitar, a Itália deixa Assis ste ao jogo? Sim, assis a ele.
manifesto... c) ... laços, geralmente ocultos (“ocul- 2) = dar assistência, auxiliar (v.t.d. ou v.t.i. c/ prep. a):
tado” = par cípio; “oculto” = adje vo), de natureza As enfermeiras assistem os doentes.
(loc.: nome + prep. + nome, flexiona-se o 1º nome) As enfermeiras assistem aos doentes.
mais pessoais. d) Deveria haver (loc. verbal com 3) = caber, pertencer (v.t.i. c/ prep. a):
“haver” = exis r: impessoal; verbo aux. na 3ª pess. Assiste aos alunos o dever de estudar.
sing.) argumentos... 4) = morar, residir (v.i. – adj. adv. c/ prep. em):
Naquele tempo, assisƟa em Planal na.
15. d Um dia, um mês, um ano passam / passa (suj.
composto c/núcl. em gradação: verbo no plu-
Atender (v.t.d. ou v.t.i.)
ral – ou conc. c/núcl. mais próx.). Correções: 1) = dar atenção a “coisas” (v.t.i. c/ prep. a):
a) Houve (haver = ocorrer, verbo impess.: 3ª pess. Por favor, atenda ao telefone.
sing.). b) ... bombardearam (conc. c/ “Os Estados Atenderei ao chamado do chefe.
Unidos”, suj. pluralício determ. p/art. no plural)... 2) = dar atenção a “pessoas” (v.t.d. ou v.t.i.):
c) ... apresentou (conc. c/ “cada um”, locução núcl. No intervalo, atendo os alunos.
do sujeito)... e) Aconteceram (conc. c/ “fatos”, núcl. No intervalo, atendo aos alunos.
do sujeito)... 3) = deferir, conceder (v.t.d.):
Deus atenderá meus pedidos.
REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL
Autorizar (v.t.d.i. c/ prep. a)
Regência é, em gramá ca, sinônimo de dependência, (autoriza-se alguém a algo):
subordinação. Assim, a sintaxe de regência trata das relações Autorizamos o gerente a pagar o cheque.
de dependência que as palavras mantêm na frase.
Avisar (v.t.d.i. c/ prep. a ou de)
Termos regentes Termos regidos (avisa-se algo a alguém, ou alguém de algo):
Amar, amor a Deus. Avise o resultado aos alunos.
Insis u, insistência em falar. Avise os alunos do resultado.
Obediente, obediência à lei. Observação: têm a mesma regência os verbos: cerƟ-
Cuidado, cuidadoso com a revisão. ficar, comunicar, impedir, proibir, informar, incumbir,
noƟficar...
Regência dos Principais Verbos
Anunciar (v.t.d.i. c/ prep. a)
(anuncia-se algo a alguém):
Agradar (desagradar) (v.t.d. ou v.t.i. c/ prep. a)
Anunciaremos o resultado ao povo.
1) = fazer carinho, amimar (v.t.d.):
Fazia serão para agradar o chefe. Chamar (v.t.d. – v.t.d. ou v.t.i.)
2) = ser agradável, sa sfazer (v.t.i. c/ prep. a): 1) = convidar, convocar (v.t.d.):
A no cia não agradou aos inves dores. Chamei os alunos para a sala.
2) = considerar, tachar
Aconselhar (v.t.d.i. c/ prep. a) a) v.t.d. + predica vo:
1) aconselha-se algo a alguém: Chamei o aluno de esperto.
Aconselhei prudência aos compradores. Chamei-o de esperto.
Chamei o aluno, esperto.
2) aconselha-se alguém a algo: Chamei-o esperto.
Aconselhei o comprador a ser prudente. b) v.t.i. c/ prep. a + predica vo:
Chamei ao aluno de esperto.
Admirar (v.t.d.)
LÍNGUA PORTUGUESA

Chamei-lhe de esperto.
Sempre admirei seus quadros. Chamei ao aluno, esperto.
Observação: admirar-se (v.t.i. c/ prep. de): Chamei-lhe esperto.
Sempre me admirei dos seus quadros.
Chegar (v.i. – adj. adv. c/ prep. a)
Agradecer (v.t.d.i. c/ prep. a) Chegamos cedo à repar ção.
(agradecer algo a alguém, obj. direto “coisa”, obj. indireto Ontem, cheguei muito tarde a casa.
“pessoa”): Observação: é vício de linguagem usar-se com prepo-
Agradeceu a compreensão aos amigos. sição em.

61
Comparecer (v.t.i. ou v.i.) Pagar (v.t.d.i. c/ prep. a)
1) a vidades (v.t.i. c/ prep. a): (pagar algo a alguém, obj. direto “coisa”, obj.indireto
Procure comparecer a todas as aulas. “pessoa”):
2) lugares (v.i. – adj. adv. c/ prep. a ou em): Já paguei as duplicatas ao cobrador.
Poucos compareceram à ou na secretaria. Observação: é vício de linguagem usar “pessoa” como
objeto direto.
Convidar (v.t.d.i. c/ prep. a ou para)
(convida-se alguém a ou para alguma coisa): Perdoar (v.t.d.i. c/ prep. a)
Convidei os fiscais a entrar. (perdoar algo a alguém, obj. direto “coisa”, obj. indireto
Convidei alguns amigos para o jantar. “pessoa”):
Jamais perdoou as traições ao marido.
Custar (v.t.d.i. ou v.t.i.) Observação: é vício de linguagem usar “pessoa” como
1) = acarretar (v.t.d.i. c/ prep. a): objeto direto.
Imprudência custa acidentes aos operários.
2) = ser custoso (v.t.i. c/ prep. a – obj. indireto “pessoa”
Preferir (v.t.d.i. c/ prep. a)
– sujeito oracional):
Prefere uma sandice inglesa a pérolas nossas.
Custa aos alunos (o.i.) gostar disso (suj.).
Observação: não aceita os reforços “antes, mais, muito
Deparar (v.t.d. ou v.t.i. c/ prep. com) mais, mil vezes” etc.; nem os compara vos “que” ou
Deparei dois erros em sua carta. “do que”.
Deparei com dois erros em sua carta.
Querer (v.t.d. e v.t.i.)
Esquecer (v.t.d.) 1) = desejar, querer para si (v.t.d.):
Nunca esqueço o seu aniversário. Quero sua amizade e compreensão.
Observação: esquecer-se (verbo pronominal, v.t.i. c/ 2) = amar, querer bem (v.t.i. c/ prep. a):
prep. de): Muito queremos a nossos filhos.
Nunca me esqueço do seu aniversário.
Recordar (v.t.d.)
Implicar (v.t.i., v.t.d. e v.t.d.i.) Sempre recordo o seu aniversário.
1) = ter implicância (v.t.i. c/ prep. com): Observação: recordar-se (v.t.i. c/ prep. de):
A professora implica com meu filho. Sempre me recordo do seu aniversário.
2) = acarretar, gerar consequência (v.t.d.):
Contratação de pessoal implica despesas. Responder (v.t.d., v.t.i. e v.t.d.i.)
3) = envolver (v.t.d.i. c/ prep. em): 1) O complemento é a resposta dada (v.t.d.):
Implicaram o rapaz em vários crimes. Respondeu que não gostava de queijo.
2) Resposta a algo/alguém (v.t.i. c/ prep. a):
Ir (v.i.) Respondeu ao ques onário / ao professor.
1) direção e retorno (v.i. c/ prep. a): 3) Responder algo a alguém (v.t.d.i. c/ prep. a):
Pretendo ir a Blumenau. Respondeu as perguntas ao professor.
2) direção e transferência (v.i. c/ prep. para):
No final do ano, irei para Curi ba. SimpaƟzar (anƟpaƟzar) (v.t.i. – c/ prep. com).
Observação: é vício de linguagem usar-se com prepo- Alguns não simpa zavam com o treinador.
sição em. Observação: é vício de linguagem usar-se com pronome
oblíquo.
Lembrar (v.t.d.)
Sempre lembro o seu aniversário. Solicitar (v.t.d.i. c/ prep. a)
Observação: lembrar-se (v.t.i. c/ prep. de): (solicitar algo a alguém):
Sempre me lembro do seu aniversário. Solicitei apoio aos companheiros.

Morar (v.i. – adj. adv. c/ prep. em): Visar (v.t.d. ou v.t.i. c/ prep. a)
Ainda moramos na rua Porto Alegre. 1) passar visto ou fazer visada (v.t.d.)
Observação: têm a mesma regência os verbos: residir, O cônsul visou os passaportes.
situar-se, estabelecer-se – e as formas derivadas: resi- Os a radores visavam os alvos.
dente, sito, estabelecido: 2) almejar, pretender (v.t.i. c/ prep. a):
Tenho novo escritório, sito no Setor Bancário. Sempre visei ao bem-estar da família.

Namorar (v.t.d.) Observações Finais


Paula namorava todos os rapazes da rua. Verbos pronominais são aqueles que
Observação: é vício de linguagem usar-se a preposição 1) não podem ser empregados sem pronomes oblíquos:
LÍNGUA PORTUGUESA

com. atrever-se, indignar-se, ufanar-se, referir-se, queixar-


Raimunda só foi feliz namorando com Ricardo. (incorreto) -se, arrepender-se, suicidar-se, orgulhar-se...
2) mudam de significado: debater (discutir) / deba-
Obedecer (desobedecer) (v.t.i. c/ prep. a) ter-se (agitar-se), dirigir (conduzir, guiar) / dirigir-se (ir
(obedecer a algo ou a alguém): a ou falar a), formar (compor) / formar-se (doutorar-
As crianças devem obedecer aos pais. -se), deparar (encontrar) / deparar-se (apresentar-se
Não desobedeçam ao regulamento. a)... e/ou de regência: lembrar, esquecer, recordar,
Observação: é vício de linguagem usar-se sem a pre- admirar (v.t.d.) / lembrar-se, esquecer-se, recordar-se,
posição a. admirar-se (v.t.i.)...

62
O Pronome Oblíquo LHE c) Sempre foi muito tolerante com o irmão.
O pronome lhe é normalmente usado com v.t.i. d) É lamentável sen r desprezo por alguém.
(c/ prep. a) que tenham obj. indireto “pessoa”. Os principais e) Em referência ao assunto, prefiro nada dizer.
v.t.i. que repelem o pronome lhe são: aludir, anuir, aspirar,
assen r, assis r, presidir, proceder, referir-se, visar... 3. Indique o trecho em que há erro de regência.
a) “Os rebeldes sem causa já haviam tomado de as-
Regência Nominal salto as telas do cinema muito antes que a primeira
guitarra roqueira fosse plugada na tomada”. (Veja)
É a relação de subordinação entre os nomes (substan - b) “A exemplo das grandes sagas empresariais, ‘Um
vo, adje vo, advérbio) e seus complementos, devidamente Sonho de Liberdade’ prega a supremacia da perse-
estabelecida pelas preposições. verança sobre a adversidade, da paciência sobre a
Acostumado (a, com) brutalidade, da frieza sobre o ins nto”. (Veja)
Estava acostumado a / com qualquer coisa. c) “Para lembrar o assassinato de Zumbi, muitos esta-
Afável (a, com, para com) rão somente dançando e tocando tambor – o que
Parecia afável a / com / para com todos. somente acontecerá em reforço aos estereó pos
Afeiçoado (a, por) a çados sobre seus descendentes”. (Folha de S.
Afeiçoado aos estudos. Paulo)
Afeiçoado pela vizinha. d) “Art. 3. São direitos de cada condômino: (...) reclamar
Aflito (com, por) à Administração, exclusivamente por escrito, todas
Aflito com a no cia. e quaisquer irregularidades que observe, ou que
Aflito por não ter no cia. esteja sendo ví ma”.
Amizade (a, por, com) e) “4.1 – Este contrato é irrevogável e irretratável.
Amizade à / pela / com a irmã mais velha. Desejando o assinante cancelá-lo, deverá remeter à
Analogia (com, entre) editora cópia xerográfica da face preenchida deste
Não há analogia com / entre os fatos. documento, acompanhada de carta explica va dos
Apaixonado (de, por) mo vos do cancelamento”.
Era um apaixonado das / pelas flores.
Apto (a, para) 4. Aponte o trecho correto quanto à regência.
É apto ao / para desempenho das funções. a) Quando se desa va uma linha de trem, estão-se
Ávido (de, por) isolando muitas localidades que perderão o único
Um homem ávido de / por novidades. meio de transporte que dispõem.
ConsƟtuído (de, por) b) Em muitas cidades pequenas, no interior do País,
Cons tuído de / por várias turmas. prevalece a ideia, a qual se desconfia que o próprio
Contemporâneo (a, de) Prefeito seja adepto, de que o trem é meio de trans-
Contemporâneo ao / do Modernismo. porte obsoleto.
Devoto (a, de) c) Como é interesse do País de que o preço do frete
Um aluno devoto às / das artes. diminua, são urgentes e imprescindíveis os inves -
Falho (de, em) mentos em nosso sistema ferroviário.
Um polí co falho de / em caráter. d) A par r dos anos 50, o baixo custo do petróleo jus-
Imbuído (de, em) ficou a opção do transporte de carga por rodovias,
Imbuído de / em vaidades. às quais foram ganhando cada vez mais preferência.
Incompaơvel (com) e) No Brasil, dadas suas dimensões continentais,
A verdade é incompa vel com a realidade. deve-se dar preferência às ferrovias para a movi-
Passível (de) mentação de cargas.
O projeto é passível de modificações.
Propenso (a, para) 5. Assinale a opção que contém as respostas corretas.
Sejam propensos ao / para o bem. I – Visando apenas suas próprias conveniências, preju-
Residente (em) dicou toda a cole vidade.
Os residentes na Capital. II – Por orgulho, preferiu abandonar a empresa a ter
Vizinho (a, de) que se valer de emprés mos do Governo.
III – Embora fosse humilde, sempre aspirou a posições
Um prédio vizinho ao / do meu.
de destaque na empresa.
IV – Adormeceu tranquilamente, aspirando o aroma
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO doce das flores da campina.
a) II – III – IV.
1. Quanto à regência, assinale o período correto. b) I – II – III.
a) O digitador deve conhecer a todas as possibilidades c) I – III – IV.
do computador. d) Todos os períodos estão corretos.
LÍNGUA PORTUGUESA

b) Aconselho-o uma leitura atenta ao manual. e) Todos os períodos contêm erros.


c) Alguns itens podem parecê-lo mais importante.
d) As margens do papel protegem à margem escrita. 6. Assinale a alterna va em que a regência do verbo im-
e) Cabe ao digitador o estabelecimento das medidas plicar está incorreta.
da margem. a) Ele nos implicou mais ainda.
b) O estudo implica disposição e disciplina.
2. Assinale a frase com a regência nominal incorreta. c) Ele sempre implicou comigo.
a) O tabagismo é prejudicial à saúde. d) Fomos implicados no movimento grevista.
b) Estava inclinado em aceitar o convite. e) Seu talento implicou numa promoção.

63
7. Aponte a alterna va em que haja erro. 13. Marque a série que completa corretamente as lacunas.
a) Aquele rapaz com quem eu me simpa zo prefere “São excelentes técnicos, ____ colaboração não pode-
mais aventuras desastrosas do que empreendimen- mos prescindir”.
tos sérios. a) cuja
b) Nunca perdoarei ao homem a quem eu paguei a b) de cuja
dívida. c) que a
c) Eu sempre obedeço a mulheres. d) de que a
d) O homem visou o alvo depois de ter visado o cheque, e) dos quais a
porque visava a uma posição destacada.
e) Antes de assis r o doente, o médico que assiste em 14. Marque a série que completa corretamente as lacunas.
Curi ba assis u a um programa de televisão, porque “Era um que peculiar ___ cavalariço o de deixar caído,
aspirava a um descanso. ___ canto da boca, o cachimbo vazio ____ fumo, en-
quanto alheio ___ tudo e solícito apenas ____ animais,
8. Assinale a alterna va que apresenta erro. prosseguia ___ seu serviço”.
a) Simpa zei com a nova diretoria e com as novas a) do – no – em – de – dos – para
orientações. b) para o – no – de – com – pelos – a
b) Há alguns dos novos diretores com os quais não c) ao – ao – de – a – com os – em
simpa zamos. d) ao – pelo – do – por – sobre – em
c) A firma toda não se simpa zou com a nova orienta- e) do – para o – no – para – para com os – no
ção.
d) Somente o tesoureiro não simpa zou com a nova 15. Marque a série que completa corretamente as lacunas.
diretoria. “Sua avidez ___ lucros, ___ riquezas, não era compa vel
e) Nenhum dos que estavam presentes, nem mesmo ___ seus sen mentos de amor ____ próximo”.
o filho do novo diretor, simpa zou com as novas a) por – por – em – do
orientações. b) de – de – com – para o
c) de – de – por – para com o
9. Observe o verbo que se repete: “aspirou o ar” e “aspirou d) para – para – de – pelo
à glória”. Tal verbo: e) por – por – com – ao
a) apresenta a mesma regência e o mesmo sen do nas
duas orações.
b) embora apresente regências diferentes, ele tem GABARITO
sen do equivalente nas duas orações.
c) poderia vir regido de preposição também na primei- 1. e Cabe (v.t.i.) ao digitador (o.i.) o estabelecimento
ra oração sem que se modificasse o sen do dela. (sujeito)... Correções: a) O digitador deve conhecer
d) apresenta regência e sen dos diferentes nas duas (v.t.d.) todas as possibilidades...; b) Aconselho-lhe...
orações. (v.t.i.+ lhe, o.i.); c) ... podem parecer-lhe (v.t.i.+
e) embora tenha o mesmo sen do nas duas orações, lhe, o.i.) mais importante; d) ... protegem (v.t.d.) a
ele apresenta regência diferente em cada uma. margem escrita (o.d.).
2. b Correção: Estava inclinado a aceitar o convite.
10. Assinale a opção em que os significados do verbo não
acompanham as suas regências. 3. d Correção: (...) ou de que esteja sendo ví ma. (quem
a) querer o livro (desejá-lo) / querer ao pai (es má-lo). é ví ma, é ví ma de).
b) visar o documento (pôr o visto) / visar ao lugar (tê-los 4. e (...) deve-se dar preferência às ferrovias (prep. a +
em vista). art . as). Correções: a) ... que perderão o único
c) aspirar o ar (desejá-lo) / aspirar ao poder (absor- meio de transporte de que dispõem (dispor de...);
vê-lo). b) ... prevalece a ideia, da qual se desconfia...
d) respeitar os superiores (ter respeito) / no que res- (desconfia-se de...); c) Como é interesse do País
peita aos superiores (dizer respeito). que o preço do frete diminua (s/ prep.: or. subord.
subje va)...; d) ... transporte de carga por rodovias,
11. Marque a série que completa corretamente as lacunas. as quais (s/ prep.: sujeito: “as quais” = “rodovias”)
“Embora pobre e falto ___ recursos, foi fiel __ ela, que foram ganhando...
__ queria bem com igual constância”.
a) em – a – o 5. a I – (E) Correção: Visando (v.t.i. c/ prep. a...) apenas
b) em – para – o às suas próprias... II – (C) ... preferiu (v.t.d.i. c/ prep.
c) de – para – o a) abandonar a empresa a ter que se valer... III – (C)
d) de – a – lhe ... aspirou (= pretender: v.t.i. c/ prep. a) a posições...
e) de – para – lhe IV – (C) ... aspirando o aroma... (= sorver: v.t.d.).
LÍNGUA PORTUGUESA

6. e Correção: Seu talento implicou uma promoção


12. Marque a série que completa corretamente as lacunas. (implicar = acarretar: v.t.d.).
“Imbuído ___ preconceitos, com tendência ___ into- 7. a Correção: Aquele rapaz com quem eu simpaƟzo
lerância, era impermeável ___ qualquer influência”. (simpa zar: sem pron. reflex.) prefere aventuras
a) com – pela – contra desastrosas a empreendimentos sérios (preferir,
b) por – à – a v.t.d.i. c/ prep. a: sem reforços e, ou, compara vos).
c) de – à – a
d) com – para – à 8. c Correção: A firma toda não simpa zou com a nova
e) de – pela – ante orientação. (simpa zar com – sem pron. reflex.).

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9. d “aspirou o ar” (= sorver: v.t.d.) e “aspirou à glória” c) Não há dúvida de que os números são bons, num
(= almejar: v.t.i. c/ prep. a). Regência e sen dos momento em que atingimos um bom superávit
diferentes nas duas orações. em conta-corrente, em que se revela queda no de-
semprego e até se anuncia a ampliação de nossas
10. c Correção: c) aspirar o ar (= sorvê-lo) / aspirar ao reservas monetárias, além da descoberta de novas
poder (= almejá-lo). fontes de petróleo.
11. d “Embora pobre e falto de recursos, foi fiel a ela, que d) Mesmo assim, olhando-se para os vizinhos de con -
lhe queria bem (= amar: v.t.i.) com igual constância”. nente, percebe-se que nossa performance é inferior
12. c “Imbuído de preconceitos, com tendência (ao mau a que foi atribuída a Argen na (8,6%) e a alguns
humor: prep. a + art. o) à intolerância (prep. a + outros países com par cipação menor no conjunto
art. a), era impermeável a qualquer influência”. dos bens produzidos pela América La na.
e) Nem é preciso olhar os exemplos da China, Índia e
13. b “São excelentes técnicos, de cuja colaboração não
Rússia, com crescimento acima desses patamares.
podemos prescindir. (v.t.i. c/ prep. de). Ao conjunto inteiro da América La na, o organismo
14. c “Era um que peculiar ao cavalariço o de deixar internacional está atribuindo um crescimento médio,
caído, ao canto da boca, o cachimbo vazio de fumo, em 2007, de 5,6%, um pouco maior do que o do
enquanto alheio a tudo e solícito apenas com os Brasil.
animais, prosseguia em seu serviço”.
15. e “Sua avidez por lucros, por riquezas, não era com- 4. (Cesgranrio) Assinale a opção em que há uso inadequado
pa vel com seus sen mentos de amor ao próximo. da regência verbal, segundo a norma culta da língua.
a) É interessante a obra de Freyre com a qual a de
QUESTÕES DE CONCURSOS Sérgio Buarque compõe uma dupla magistral.
b) É necessário ler estes livros nos quais nos vemos
caracterizados.
Regência
c) Chico Buarque, por quem os brasileiros têm grande
 Regência Verbal
admiração, é filho de Sérgio Buarque.
 Regência Nominal d) É tão bom escritor que não vejo alguém de quem
ele possa se comparar.
1. (Cespe) A análise dos assuntos rela vos ao Oriente Mé- e) Valoriza-se, sobretudo, aquele livro sob cujas leis as
dio pelos órgãos de inteligência faz parte do esforço em pessoas traçam suas vidas.
acompanhar o fenômeno do terrorismo internacional...
Paulo de Tarso Resende Paniago.
5. (NCE) “Antes da chamada Lei dos Crimes Ambientais
In: Revista Brasileira de Inteligência.
(Lei 9.605, de 1998), quem era flagrado na caça ou no
tráfico de animais silvestres não nha direito à fiança”.
( ) Se a preposição “em” for subs tuída pela prepo-
Nesse segmento, com os vocábulos “caça” e “tráfico” o
sição para, prejudica-se a correção grama cal do
termo regido – “de animais silvestres” – pode vir após
período.
os dois. A alterna va abaixo em que isso não ocorre é:
a) a higienização e organização dos criadouros é indis-
2. (FCC) “O maior foco desta demanda são os Estados Uni-
pensável.
dos, que consomem 46% de toda a gasolina do planeta,
b) a compra e a venda de animais silvestres.
mas esta é uma tendência que se vem espalhando como
c) o prejuízo e o lucro com a venda de animais.
fogo em palha”.
d) a par da e a chegada ao porto de animais capturados.
O mesmo po de complemento exigido pelo verbo
e) o medo e a necessidade de burlar a lei ambiental.
destacado acima está na frase:
a) O mundo sofre com a falta de capacidade de refino
6. (FCC) “O mundo está sedento por gasolina e diesel
moderno... especiais, mais limpos, menos poluentes”.
b) Outros adjacentes na Bacia de Santos vêm em ó ma O mesmo po de regência exigido pelo termo destacado
hora... acima encontra-se na expressão:
c) Outra oportunidade reside em inves mentos maci- a) no cia auspiciosa para todos os brasileiros.
ços em capacidade de refino. b) de reservas expressivas de petróleo leve de boa
d) Mas esta é uma tendência que se vem espalhando qualidade.
como fogo em palha. c) no restrito clube das megaempresas mundiais de
e) Veio para gerar produtos de alto valor ambiental. petróleo e energia.
d) as reservas de gás de Bahia Blanca.
3. (Esaf) Assinale o trecho do texto adaptado do Jornal do e) produzindo resinas termoplás cas para toda a região.
(PE), de 12/1/2008, que apresenta erro de regência.
a) Depois de um longo período em que apresentou
LÍNGUA PORTUGUESA

7. (Cespe) “Em A Peste (1947), o francês Albert Camus usa


taxas de crescimento econômico que não iam além a doença para criar uma narra va em que os habitantes
dos 3%, o Brasil fecha o ano de 2007 com uma ex- de Oran, na Argélia, descobrem a solidariedade e refle-
pansão de 5,3%, certamente a maior taxa registrada tem sobre a condição humana enquanto convivem com
na úl ma década. a ameaça da infecção na cidade isolada, o que também
b) Os dados ainda não são defini vos, mas tudo sugere pode ser entendido como uma metáfora da guerra”.
que serão confirmados. A en dade responsável pelo ( ) A re rada da preposição “sobre” preserva a corre-
estudo foi a conhecida Comissão Econômica para a ção grama cal, bem como a coerência da argumen-
América La na (Cepal). tação do texto, por manter o sen do do verbo.

65
8. (Esaf) Assinale o segmento construído com organização ( ) A forma verbal “reduziram”, responsável pelo
sintá ca escorreita. emprego da preposição “em”, admite, alterna -
a) Note-se, em primeiro lugar, que todas as abordagens vamente, o emprego da preposição a, sem que as
a respeito da questão penitenciária em nosso país gi- relações semân cas e a coerência do texto sejam
ram em torno, exclusivamente, dos efeitos do crime. alteradas.
Encara-se o delito como fato irreversível, perante os
quais só nos resta atuar após a sua ocorrência. 12. (FCC) Está correto o emprego de ambos os elementos
b) Há uma propagação persistente, diria até obs nada,
destacados na frase:
da ideologia da repressão como o instrumento único
a) Aquele que deseja cumprir novos propósitos não
de combate ao crime. Entendam-se como repressão
os mecanismos retribu vos u lizados face o come- podem faltar inicia vas em que levem a alguma
mento do delito. ação.
c) A cultura repressiva vem acompanhada da divulga- b) O passado, em cujo nos moldamos, é como a argila,
ção, pelos meios que mais a ngem a massa – filmes à qual forma os bonecos se submetem.
e novelas – , da violência como único meio de rea- c) A trama do des no, em que tantos atribuem o peso
ção às frustrações e decepções a que o mundo nos da fatalidade, esvaziaria qualquer inicia va de que
oferece. viéssemos a tomar.
d) É verdade que Estado e sociedade pouco fazem d) A capacidade de escolher, da qual muitos iden ficam
para dar à prisão um sen do u litário e constru vo. o livre-arbítrio, não tem a mesma relevância com
Investem no encarceramento, mas desatendem as que se reveste a inicia va de uma ação.
necessidades e exigências do sistema em relação à e) Os mesmos fatos do passado a que estamos atre-
ressocialização do egresso. lados podem nos incitar a um recomeço, de que
e) Assiste-se a um paradoxo. O cidadão exige punição, sempre temos tanta necessidade.
quer soluções para a questão penitenciária, mas
afasta-se dos presos e dos egressos, sequer admite
a construção de presídios em sua cidade. Falta-lhes a 13. (Esaf) Assinale a opção que preenche corretamente as
coragem de passar da exclusão discriminatória para lacunas do texto.
a ação inclusiva. “O século XXI desponta com a atenção da comunidade
(Antônio Cláudio Mariz, Folha de S. Paulo, cien fica voltada _1_ pesquisas que visam aprimorar os
com modificações) conhecimentos sobre a biologia celular. A aplicação ra-
cional __2__ conhecimentos possibilitará o surgimento
9. (FCC) – “Todos os anos o Brasil perde com o tráfico de uma nova modalidade de tratamento de doenças:
uma quan a financeira incalculável, além de recursos a terapêu ca celular regenera va, __3__ base será
gené cos irrecuperáveis”. o emprego das chamadas células-tronco. __4__sua
A frase cujo verbo exige o mesmo po de complemento capacidade regenera va, estas células se apresentam
do verbo destacado anteriormente é:
como potencialmente habilitadas para res tuir o estado
a) Grupos de preocupação ecológica investem na pro-
funcional de órgãos doentes __5__forem implantadas”.
teção aos recursos naturais do país.
(O Globo, 11/3/2008, José Barbosa Filho e
b) Compete à Jus ça a aplicação de penalidades aos Roberto Benchimol Barbosa)
traficantes de animais silvestres, nos termos da lei.
c) O comércio de animais silvestres é prá ca ilegal,
reprovada por toda a sociedade. a) para as – desses – cuja – Em face de – em que
d) Animais silvestres transportados sem o devido cui- b) a – dos – que a – Face à – nos quais
dado acabam morrendo. c) às – de tais – qual – Diante de – no que
e) Pesquisadores destacam a necessidade de maior d) nas – de – com a – À frente de – em quais
proteção aos recursos naturais do país. e) perante as – dos – da qual – Diante à – em cujos

10. (Cesgranrio) Analise as frases. 14. (Cespe) “Todo mundo imaginava sempre que havia
I – Desejavam saber o preço _______ venderiam o um ponto qualquer em que se estaria melhor que no
camarão. presente. Pensamento arraigado e universal que nada
II – Com cenário iluminado, a pesca na lagoa foi a mais destruía, nem experiências nem fracassos sucessivos”.
bonita _______ assis u. Caio Prado Júnior. In: Intérpretes do Brasil
III – O barco _______ estavam os que se dirigiam ao (com adaptações).
porto passava distante dos pescadores.
( ) A subs tuição de “em que” por no qual mantém a
Tendo em vista a regência verbal, as frases acima se correção grama cal do período.
completam com
a) de que / em que / com que 15. (NCE) “No Brasil há milhões de pessoas que, por sua
b) de que / em que / do qual
pobreza, só conseguem alimentos em pequena quan-
LÍNGUA PORTUGUESA

c) pelo qual / a que / em que


d) pelo qual / que / de que dade ou de muito má qualidade...”.
e) com o qual / com que / em que A frase abaixo em que a preposição por possui sen do
idên co ao do segmento destacado é:
11. (Cespe) “Os números comprovam isso. Segundo es - a) As pessoas pobres saem por aí, à cata de alimentos.
ma vas da Associação Brasileira de Comércio Exterior, b) Por quanto tempo as pessoas podem ficar sem
as barreiras impostas aos produtos brasileiros reduzi- alimentos?
ram nossas exportações em cerca de US$ 20 bilhões nos c) Por estar sem alimentação adequada, as pessoas
úl mos quatro anos”. ficam doentes.

66
d) Os alimentos chegam predominantemente por 8. d Correções: a) (...). Encara-se o delito como fato
rodovias. irreversível, perante o qual (refere-se a “delito”)
e) Mandou por carta as informações sobre a alimen- só nos resta atuar após a sua ocorrência. b) (...)
tação adequada. os mecanismos retribu vos u lizados em face do
come mento do delito. c) (...) reação às frustrações
GABARITO e decepções que (o.d.) o mundo nos oferece. e)
(...). Falta-lhe (refere-se a “cidadão”) a coragem...
1. E Correção: Nesse trecho, a preposição é decorrente 9. e Em “(...) o Brasil perde (v.t.d.) com o tráfico (adj.
da regência de “esforço”, que, conforme o contexto, adv.) uma quan a financeira... (o.d.)”, o verbo é
aceita várias preposições, como, de, em, para, por transiƟvo direto: tem como complemento o obj.
etc. Sendo assim, a subs tuição não prejudica a direto, que se liga diretamente ao verbo, isto é,
correção grama cal. sem preposição; igual po de complemento vê-se
2. e Em “... consomem (v.t.d.) 46% de toda a gasolina em “Pesquisadores destacam (v.t.d.) a necessidade
do planeta (o.d.)”, o verbo é transiƟvo direto: tem (o.d)...”. Obs.: a) ... investem (v.t.i.) na proteção...
como complemento o obj. direto, isto é, que se liga (o.i.). b) Compete (v.t.d.i.) à Jus ça (o.i.) a aplicação
diretamente ao verbo; igual po de complemento de penalidades (o.d.)... c) ... reprovada (v.t.i.) por
vê-se em “... gerar (v.t.d.) produtos de alto valor am- toda a sociedade (o.i.). d) ... acabam morrendo...
biental (o.d.)”. Obs.: a) “... sofre (v.t.i.) com a falta...
(v.i.).
(o.i)”. b) “... vêm (v.i.) em ó ma hora (adj. adv.)...”
c) “... reside (v.t.i.) em inves mentos (o.i.)...” d) Mas 10. c I – ... pelo qual venderiam o camarão (venderiam
esta é (v. lig.) uma tendência (predic.) que (sujeito) o camarão pelo preço...). II – ... a que assis u (as-
se (par c. apassiv.) vem espalhando (v.t.d. – na voz sis u à pesca...). III – ... em que estavam (estavam
passiva, o obj. direto passa a sujeito)”. Veja: “... uma no barco...).
tendência que (sujeito) vem sendo espalhada...”. 11. E Correção: As relações semân cas são alteradas e,
3. d Correção: “(...), percebe-se que (nosso desem- consequentemente, a coerência do texto. Veja: com
penho é inferior ao que: prep. a + pron. o) nossa a preposição em: “... reduziram nossas exportações
performance é inferior à que (prep. a + pron. a) foi em cerca de US$ 20 bilhões nos úl mos quatro
atribuída (ao Uruguai: prep. a + art. o) à Argen na anos” – o valor semân co é “deixou-se de exportar
(prep. a + art. a)...”. cerca de US$ 20 bilhões...”; com a preposição a: “...
4. d Correção: d) ... não vejo alguém com quem (o.i.) ele reduziram nossas exportações a cerca de US$ 20 bi-
possa se comparar (comparar-se com...: v.t.i.). Obs.: lhões nos úl mos quatro anos” – o valor semân co
a) ... com a qual (o.i.) compõe (v.t.d.i. > compor algo é “exportou-se cerca de US$ 20 bilhões...”.
com...) uma dupla magistral (o.d.). b) ... nos quais 12. e Correções: a) Àquele (o.i.) (...) não podem faltar
(adj. adv. lugar) nos vemos caracterizados . c) ... por
(faltar algo a...: v.t.d.i.) inicia vas (o.d.) que (sujeito)
quem (compl. nom. < admiração por...) os brasilei-
levem a alguma ação. b) ... em que nos moldamos
ros têm grande admiração... e) ... aquele livro sob
(moldar-se em: v.t.i. – “cujo” indica posse), (...),
cujas leis (adj. adn. < as pessoas traçam suas vidas
a cuja forma os bonecos se submetem (submeter-se
sob a leis do livro) as pessoas traçam suas vidas.
a: v.t.i.). c) ... a que tantos atribuem o peso da fata-
5. d Correção: a par da do porto e a chegada a ele lidade (atribuir algo a...: v.t.d.i.), (...) que viéssemos
(nomes com regências diferentes). Obs.: a) higieni- a tomar (v.t.d.). d) ... na qual muitos iden ficam o
zação de... organização de... b) compra de... venda livre-arbítrio (iden ficar algo em..: v.t.d.i.), ... de
de... c) prejuízo com... lucro com... e) medo de... que se reveste (reves r-se de: v.t.i.) a inicia va...
necessidade de...
13. a Veja: “(...) comunidade cien fica voltada para as
6. a Em “O mundo está sedento (adje vo) por gasolina (ou a / às) pesquisas... A aplicação racional desses
(compl. nom.)...”, tem-se a regência nominal de (ou dos / de tais) conhecimentos possibilitará o
um adje vo em relação ao complemento nominal; surgimento de uma nova modalidade de tratamen-
o mesmo ocorre em “no cia auspiciosa (adje vo) to de doenças: a terapêu ca celular regenera va,
para todos os brasileiros (compl. nom.)”. Obs.: b)
cuja base (“cuja” indica posse, isto é, a base da
de reservas (subst.) expressivas de petróleo leve
terapêu ca...) será o emprego... Em face de (ou
(adj. adn. de “reservas”) de boa qualidade (adj.
Diante de) sua capacidade regenera va, (...) para
adn. de “reservas”). c) no restrito clube (subst.) das
res tuir o estado funcional de órgãos doentes em
megaempresas mundiais (adj. adn. de “clube”) de
que (ou nos quais) forem implantadas”. Obs.: A 3ª
petróleo e energia (adj. adn. de “megaempresas”).
lacuna define a resposta.
d) as reservas de gás de Bahia Blanca (adj. adn. de
“reservas”). e) produzindo (verbo) resinas termo- 14. C A oração “em que se estaria melhor” é uma adje va
plás cas para toda a região (adj. adv.). restri va introduzida pelo pronome rela vo que (= o
LÍNGUA PORTUGUESA

7. E Correção: Em “... descobrem a solidariedade e re- qual); a preposição em deve-se à regência do verbo
fletem sobre a condição humana...”, a preposição estar usado como loca vo (que está, está em algum
é decorrente da forma verbal “refletem” (v.t.i. = lugar); daí, em + o qual = no qual. Portanto, com a
meditar). A re rada da preposição tornaria o ver- subs tuição, mantém-se a correção. Veja: “(...) ha-
bo transi vo direto (refle r = espelhar, retratar), via um ponto qualquer no qual se estaria melhor...”.
isso alteraria o sen do do verbo e prejudicaria a 15. c Em “por sua pobreza” e “por estar sem alimenta-
coerência da argumentação. Veja: “... descobrem ção”, a preposição introduz segmentos com a ideia
a solidariedade e refletem a condição humana...”. de causa. Obs.: a) lugar; b) tempo; d) modo; e) meio.

67
CRASE 2) antes de pronome possessivo adjeƟvo:
Assis a(à) sua formatura.
É a fusão da preposição a com o ar go a(s) ou com os (Assis a (ao) seu ba smo).
pronomes demonstra vos a(s), aquele(s), aquela(s) e aquilo. 3) com a locução até a:
A estrada vai até a(à) fazenda.
Regras PráƟcas para a Crase (A estrada vai até a(ao) sí o).
6) A crase nas locuções com palavras femininas
Método práƟco para verificar a ocorrência da crase: Acentua-se o a das locuções adverbiais, preposi vas
trocar a palavra feminina por masculina, se dessa troca, sem e conjun vas, formadas com palavras femininas.
alterar a regência, resultar a transformação do a em ao, ou a) Locuções adverbiais
de as em aos, é porque ocorre a crase. À primeira vista, o trabalho pareceu-nos bem
simples.
Sempre estudei à noite, nem por isso fiquei obscuro.
Principais casos em que Ocorre a Crase b) Locuções preposiƟvas
Quem vive à espera de facilidades, encontra falsi-
1) Antes de palavra feminina
dades.
Método práƟco: trocar a palavra feminina por mas-
Triunfaremos à custa de nossos méritos.
culina,
c) Locuções conjunƟvas
se a  ao = à: O flagelo aumentava à medida que as chuvas
Chegando a(?) cidade, procurei os amigos. con nuavam.
Chegando ao clube... Logo, À proporção que subíamos, o ar tornava-se mais
Chegando à cidade, procurei os amigos. leve.
2) Antes dos pronomes rela vos que, a qual, as quais
Método práƟco: trocar o antecedente por palavra Observações:
masculina, 1) Segundo alguns autores, às vezes, o acento grave
se a  ao = à: no “a” (à) representa a pura preposição que rege
Conheço a estória a(?) qual se referem. substan vo feminino, formando locução adverbial.
Conheço o caso ao qual se referem. Portanto, (Bechara, Rocha Lima, Adriano Kury e outros)
Conheço a estória à qual se referem. Se tal procedimento não fosse adotado, teríamos,
3) Com os pronomes aquele(s) (e flexões) e aquilo então, muitas frases ambíguas:
Método práƟco: trocar por este ou isto, se O rapaz cheirava a bebida.
aquele = a este  àquele, se aquilo = a isto  àquilo. (aspirava o cheiro da bebida)
Respondeste aquele (?) telegrama? O rapaz cheirava à bebida.
Respondeste a este telegrama? Então, (exalava o cheiro da bebida)
Respondeste àquele telegrama?
2) Em relação à crase nas locuções adverbiais, há diver-
4) Com nomes de lugares
gência entre alguns gramá cos; porém há consenso
O principal problema é o ar go.
nos casos em que possa haver ambiguidade:
Método práƟco para verificar se há arƟgo:
Fique a vontade na sala.
“Se estou na ou volto da, pode haver crase no a;
(“vontade” é sujeito ou adj. adv. modo?)
se estou em ou volto de, crase pra quê?”
Ainda voltarei a(?) Itália.
(Estou na Itália, volto da Itália): há ar go, pode, EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
dependendo do verbo, haver crase. (verbo voltar:
quem volta, volta a...) Portanto, 1. Assinale a opção incorreta no que se refere ao emprego
Ainda voltarei à Itália. do acento grave indica vo de crase.
O deputado foi a (?) Paris. a) Há cinco anos vivendo em São Paulo, um cidadão
(Estou em Paris, volto de Paris): não há ar go, portanto inglês foi constrangido a abandonar a tradicional
não pode haver crase. Logo, pontualidade britânica. Para ir à casa de seus alunos,
O deputado foi a Paris. ele enfrenta horas de trânsito conges onado.
Observação: os nomes de lugares, se qualificados, b) Assustado com os efeitos de trânsito sobre os índices
exigem ar go. de poluição, o Secretário estadual de Meio Ambiente
Irei brevemente à Curi ba dos pinheirais. pregou a necessidade de restringir à circulação de
5) Casos parƟculares carros na capital paulista.
a) casa e terra c) Em Salvador, a terceira cidade mais populosa do
Se significarem, respec vamente, lar e terra firme, País, a prefeitura recorreu à parceria com a inicia va
não haverá crase, porque não há ar go. privada para alargar as avenidas mais importantes.
Não chegue tarde a casa, filho! (= lar) d) O motorista entregou a documentação a uma das
Os turistas não voltaram a terra. (= terra firme) funcionárias do Departamento e ficou à espera do
b) distância resultado, a fim de que pudesse resolver o seu pro-
LÍNGUA PORTUGUESA

1) indeterminada, sem crase: blema a curto prazo.


Os bombeiros ficaram a distância do fogo. e) Quanto àquele problema de falta de verbas para
2) determinada, pode haver crase: o Departamento, o diretor resolveu dirigir-se di-
O bombeiro ficou à distância de cem metros. retamente a Sua Excelência, de modo a deixar os
Mantenha (v.t.d.) a distância de cem metros. funcionários mais tranquilos.
c) crase facultaƟva
1) antes de nomes personaƟvos femininos: 2. Assinale o emprego incorreto de a e à.
Refiro-me a(à) Maristela. a) “Os detritos cósmicos viajam a mais de 3.200 km por
(Refiro-me a (ao) José). hora, 2,6 vezes a velocidade do som.

68
b) A essa velocidade, uma esfera de metal do tamanho d) Não quero que vá embora, só daqui a instantes.
de uma unha que se chocar contra um objeto maior... e) De hoje a oito dias, haverá um show no salão de
c) ... libera energia equivalente a explosão de uma festas do clube.
granada. O futuro desses objetos é um dia precipi-
tarem-se sobre a Terra. 9. Assinale a opção em que há erro no emprego do acento
d) Os menores devem desintegrar-se. Os maiores po- indica vo de crase:
dem chegar à super cie quase intactos. a) passeio à Tijuca.
e) Na prá ca, isso já vem ocorrendo em escala menor: b) passeio à Urca
em algumas de suas missões, também o ônibus c) passeio à Ipanema.
espacial já retornou à Terra com avarias provocadas d) passeio à Barra da Tijuca.
por colisões em órbita”. e) passeio à Gávea.
(Veja, 22/3/2008 – adaptado.)

3. Aponte a alterna va em que não ocorra erro. 10. Assinale a alterna va em que o acento indica vo da
a) Caminhava passo à passo a procura de um lugar onde crase foi empregado corretamente.
pudesse estar à vontade. a) Venho à mando do professor.
b) Sempre me dirigia aquele lugar, pontualmente às b) Escreveu uma carta à lápis.
dez horas. c) Aquele duque pertencia à casa de Orleans.
c) Aquela hora ninguém estaria disposto à fazer mais d) Não esforce a vista, compre óculos à prazo.
nada. e) Admirei o quadro à óleo.
d) A vontade daquele homem era ir a Roma.
e) Não conte aquilo à ninguém. 11. Marque a alterna va correta, quanto ao acento indi-
ca vo da crase.
4. Marque o período em que o uso da crase é correto. a) A cidade à que me refiro situa-se em plena floresta,
a) Enviei à Roma suas fotografias. a algumas horas de Manaus.
b) Foi à Hungria para inaugurar a gráfica. b) De hoje à duas semanas estaremos longe, a muitos
c) Alô, franceses, chegamos à Paris. quilômetros daqui, a gozar nossas merecidas férias.
d) Viajou à Londres a fim de rever an go amor. c) As amostras que servirão de base a nossa pesquisa
e) Referimo-nos à Niterói, em nossa excursão pelo estão há muito tempo a disposição de todos.
interior. d) A qualquer distância percebia-se que, à falta de
cuidados, a lavoura amarelecia e murchava.
5. O emprego da crase é correto em:
a) Morto à ros, seu corpo foi trazido à capital. 12. Assinale a série que completa corretamente as lacunas
b) Cortou o cabelo à Caetano Veloso. dos itens a seguir:
c) Já entregaste o cartão à Rômulo? I – Sei que não devemos ir novamente __ esse lugar tão
d) Às horas passam inexoravelmente. triste e tão sombrio.
e) Venderam o formulário à você? II – A receita médica prescrevia que o remédio fosse
tomado diariamente gota ___ gota.
6. Analise os itens, quanto ao uso, ou não, do sinal de crase.
III – No Brasil, usam-se agora calças ___ toureiro.
I – Em relação a renda familiar, o emprego intensivo de
IV – A vida deu ___ ela todas as lições de humildade.
mão de obra não é a melhor solução.
II – Desde a úl ma década, sinistros presságios ator-
mentam-lhe a mente. a) à–à–à–à
III – Os inves dores americanos, habituados à len dão b) a–a–à–a
do ritmo inflacionário, conseguem acumular fortuna. c) à–a–a–à
d) a–à–a–à
De acordo com o correto emprego do sinal de crase, e) a–à–à–a
deduz-se que:
a) todos os períodos estão corretos. 13. Assinale a série que completa corretamente as lacunas
b) nenhum dos três está correto. do trecho a seguir.
c) estão corretos os períodos I e II. “O progresso chegou inesperadamente ______ subúr-
d) estão corretos os períodos II e III. bio. Daqui ___ poucos anos, nenhum de nós se lembrará
e) somente o período III está correto. mais das casinhas que, ___ tão pouco, marcavam a
paisagem familiar”.
7. Qual a frase em que há erro ou omissão de crase? a) aquele – a – a
a) À janela, os meninos assis am a enchente. b) àquele – à – há
b) Às vezes eu ia àquela fazenda a cavalo. c) aquele – à – à
c) Aqueles presentes foram doados a crianças pobres, d) àquele – a – há
LÍNGUA PORTUGUESA

a ninguém mais. e) aquele – à – há


d) A calma era semelhante à que antecede a tormenta.
e) Indo a casa, cheguei à Baía de Guanabara às cinco
14. Assinale a série que completa corretamente as lacunas
horas da tarde.
do trecho a seguir.
8. Assinale a frase incorreta. “Não deves perguntar __ mim, mas sim __ quem esteve
a) Irei a Recife brevemente. presente __ discussão”.
b) Seu amigo o espera há tempo. a) a – a – a
c) A prova foi marcada há tempo de minha chegada. b) a – a – à

69
c) a – à – à 9. c Correção: Passeio a Ipanema (prep. a + topônimo
d) à – a – a s/art.).
e) à – à – à 10. c Aquele duque pertencia (ao castelo) à casa de
Orleans. Obs.: a) ... a mando... (masc.); b) ... a lá-
15. Assinale a série que completa corretamente as lacunas pis... (masc.); d) ... a prazo... (masc.); e) ... a óleo...
do trecho a seguir. (masc.).
“Só __ duras penas conseguiremos chegar __ estação, 11. d (...), à falta de cuidados (loc. prepos. c/ núcl. fem.).
que fica __ duas horas daqui”. Correções: a) (O bairro a que me refiro) A cidade a
a) a – a – há que me refiro... b) De hoje a duas semanas... (tempo
b) à – à – a futuro); c) ... (ao dispor de) à disposição de...
c) à – à – há 12. b I – ... ir novamente a esse (prep. a + pron. esse);
d) a – à – a II – ... gota a gota (pingo a pingo); III – ... à toureiro
e) à – a – a (subentende-se: à moda de toureiro); IV – ... a ela
(pron. pess.: sem art.).
GABARITO 13. d O progresso chegou inesperadamente (a este:
prep. a + pron. esse) àquele (prep. a + pron. aque-
1. b Correção: b) ... pregou (o propósito) a necessidade le) subúrbio. Daqui a poucos anos (masc. plural),
de restringir (o trânsito) a circulação de carros na nenhum de nós se lembrará mais das casinhas
capital paulista. Obs.: a) ... a abandonar (verbo) (o que, há (= faz, indic. tempo) tão pouco, marcavam
a paisagem familiar.
hábito) a tradição... Para ir (ao domicílio) à casa...;
c) ... (o terceiro estado) a terceira cidade... (o mu- 14. b “Não deves perguntar a mim, (pron. pess.: sem
nicípio) a prefeitura recorreu (ao patrocínio) à par- art.) mas sim a quem (pron. indef.: sem art.) esteve
ceria... alargar (os logradouros) as avenidas...; d) ... presente (ao debate: prep. a + art. o) à discussão
entregou (os documentos) a documentação (a um) (prep. a + art. a)”.
a uma das funcionárias... e ficou à espera do (loc. 15. d “Só a duras penas (plural sem art. as) conseguire-
prepos. c/ núcl. feminino)... a fim de (loc. prepos. c/ mos chegar (ao metrô: prep. a + art. o) à estação
núcl. masc.)... a curto prazo (nome masculino); e) (prep. a + art. a), que fica a duas horas (plural,
Quanto (a este) àquele... (a você) a Sua Excelência, tempo futuro: prep. a) daqui”.
de modo a deixar (verbo)...
2. c Correção: c) ... libera energia equivalente (ao es-
trondo) à explosão de... Obs.: a) ... (a menos) a mais QUESTÕES DE CONCURSOS
de... 2,6 vezes (o tempo) a velocidade...; b) (A esse
tempo) A essa velocidade...; d) ... podem chegar (ao Crase
solo) à super cie...; e) ... retornou (ao Sol) à Terra...  Emprego do Sinal IndicaƟvo de Crase
3. d A vontade (O desejo) daquele homem era ir a Roma
(topônimo sem ar go). Correções: a) Caminhava 1. (Cespe) “O autor de Ensaio sobre a Cegueira e O Evange-
passo a passo (masc.) à procura de (loc. prep. c/ lho Segundo Jesus Cristo decidiu criar ‘um espaço para
núcl. fem.) um lugar onde pudesse estar à von- comentários, reflexões, simples opiniões sobre isto ou
tade; b) Sempre me dirigia àquele (a este) lugar, aquilo, o que vier a talhe de foice’”.
pontualmente às dez horas; c) Àquela (a esta) hora Revista da Cultura (com adaptações).
ninguém estaria disposto a fazer (verbo: sem ar go)
mais nada; e) Não conte aquilo a ninguém (pron. ( ) Preserva-se a correção grama cal ao se reescrever
indef.: sem ar go). a expressão “a talhe de foice” com crase: à talhe
4. b Foi à Hungria (ir a + topônimo c/ art.) para inaugurar de foice.
a gráfica (o escritório). Obs.: “Estou em Roma /em
Paris / em Londres / em Niterói...”; não há crase: 2. (FCC) “Por vezes, excelentes candidatos, sob o aspecto
esses topônimos não admitem ar go. do conhecimento jurídico, sucumbem ___ necessidade
5. b Cortou o cabelo à (moda de) Caetano Veloso. de uma melhor preparação em Português para ____
Correções: a) Morto a ros (masc. pl.), seu corpo dissertações e respostas ___ questões”.
foi trazido à capital (ao estado); c) Já entregaste Assinale a alterna va que preenche corretamente as
o cartão a Rômulo? (masc.); d) As horas (Os dias) lacunas:
passam inexoravelmente; e) Venderam o formulário a) à – as – às
a você? (pron.: s/ art.). b) à – às – às
6. d I – (E) Correção: Em relação à renda (ao rendimento) c) a – às – as
LÍNGUA PORTUGUESA

familiar... II – (C) Desde a úl ma década (o úl mo d) a – as – as


século), sinistros presságios atormentam-lhe a
mente (o espírito). III – (C) ... habituados à len dão 3. (Cesgranrio) Dentre as expressões destacadas abaixo,
(ao vagar) do ritmo... qual a que não deve usar o sinal indica vo de crase?
7. a Correção: À janela, os meninos assis am (ao pôr a) As 10 horas, o rei saía para seu passeio diário.
do sol) à enchente. b) O Brasil cumpre o seu des no, a medida que o tempo
8. c Correção: A prova foi marcada a tempo de minha vai passando.
chegada (prep. a: tempo futuro). c) Os frangos eram feitos a moda da casa imperial.

70
d) A dedicação a população fez de D. João um rei que- 9. (NCE) Assinale a frase que apresenta o emprego correto
rido. do acento grave indica vo de crase.
e) D. João VI declarou a seus diplomatas a intenção de a) Isto não interessa à ninguém.
par r. b) Não costumamos comprar roupas à prazo.
c) O estudante se dirigiu à diretoria da escola.
4. (NCE) “Os agrotóxicos podem poluir e causar danos à
d) O delegado se referia à uma presa considerada
nossa saúde”.
O emprego do acento grave indica vo da crase, nesse perigosa.
caso, se deve à mesma razão que o mo va na seguinte e) Essa é a ins tuição à que nos referimos na conversa
frase: com o Presidente.
a) Devemos estar atentos à composição dos produtos.
b) A poluição causa danos à humanidade. 10. (Esaf) No texto a seguir, assinale o trecho que foi transcri-
c) Os detergentes são indispensáveis à higiene. to de forma grama calmente correta quanto à regência.
d) Cada um precisa dar atenção à sua proteção. a) O que os capitais buscam de fato é a maximização
e) Em relação à higiene, todo cuidado é pouco. dos seus lucros e de suas oportunidades de acumula-
ção, independentemente de quais sejam as polí cas
5. (Esaf) Assinale a opção que preenche corretamente as econômicas, desde que elas garantam o crescimento
lacunas do texto. econômico, o seu lucro e a estabilidade das decisões
“Durante o ano passado, o montante des nado pelo e das regras definidas em cada governo nacional.
Banco do Brasil __1__ concessão de crédito a ngiu R$
b) Respeitado esse princípio, os caminhos do capital
101,8 bilhões, um crescimento de 14,9% em relação
__2__ 2004. Esse resultado consolidou __3__ posição e do capitalismo têm sido extremamente eclé cos,
do banco de líder na concessão de crédito no país cabendo, portanto, os governos, em primeiro lugar
com 15,3% de par cipação no mercado. Os recursos definir suas prioridades, obje vos e polí cas e, em
des nados pelo BB __4__ emprés mos beneficiam segundo lugar, mantê-las através do tempo para
pessoas sicas e micro e pequenas empresas, favore- então conquistar a famosa “credibilidade”.
cem o financiamento do agronegócio e da produção dos c) Não existem políticas econômicas com validade
agricultores familiares, bem como __5__ exportações universal, que possam atender simultaneamente às
brasileiras e outras a vidades produ vas que promo- necessidades das grandes potências e as das grandes
vem o desenvolvimento regional”. economias em desenvolvimento.
(Adaptado de Em Questão – Brasília, 13 de março de 2007)
d) Numa economia mundial integrada e desregula-
da, a polí ca macroeconômica liberal e ortodoxa
a) a – a – à – a – às
funciona, nos países menos desenvolvidos, como
b) à – à – a – a – às
c) a – a – à – à – as um instrumento de poder à favor dos capitais das
d) à – a – a – a – as economias mais poderosas, exatamente como no
e) à – à – à – a – as caso dos tratados amplos de livre-comércio, porém,
de forma mais su l e destru va.
6. (Cespe) “Muitos inves mentos foram realizados, embo- e) Os países mais fracos só conseguirão defender os
ra ainda não atendam às vastas demandas da atualida- interesses do seu capitalismo e de sua população se
de, impulsionadas pelo crescimento das exportações”. forem capazes de construir suas próprias estratégias
Paulo Villa. Ao porto o que é do porto. comerciais ao lado de polí cas macroeconômicas
In: Correio Braziliense, (com adaptações). adequadas à seu nível de desenvolvimento e aos
seus obje vos nacionais.
( ) O sinal indica vo de crase pode ser omi do sem
(José Luís Fiori, CARTACAPITAL, com adaptações)
que haja prejuízo para a correção grama cal do
texto.
GABARITO
7. (FCC) “Observa-se que há um grande número de pes-
soas __ procura de uma vaga no mercado de trabalho,
mas diversos fatores __ levam __ desis r dessa busca”. 1. E Correção: Em “... o que vier a talhe de foice”, a ex-
As lacunas da frase apresentada serão corretamente pressão destacada corresponde a uma locução
preenchidas por adverbial, cujo núcleo é “talhe”, palavra masculina.
a) à – às – à Portanto, seria incorreto o sinal de crase, devido à
b) à – as – à inexistência do ar go feminino a.
c) à – as – a 2. a (...), sucumbem (ao apelo: prep. a + art. o) à ne-
d) a – às – a cessidade (prep. a + art. a)... Português para as
e) a – as – à
dissertações (prep. para + art. as > sem crase) e
LÍNGUA PORTUGUESA

respostas (aos itens: prep. a + art. os) às questões


8. (Cesgranrio) Assinale a frase com o uso incorreto do
acento indica vo de crase. (prep. a + art. as).
a) Deve ser garan do à todas as pessoas o direito de 3. e ... declarou a seus diplomatas (prep. a + pron. poss.
ir e vir. masc. – sem art. a, sem crase). Correções: a) Às 10
b) Estamos à procura de bons roteiros de viagem. horas (loc. adv. c/núcl. fem.); b) ... à medida que (loc.
c) Foi da Itália à Alemanha de avião. conj. c/núcl. fem.); c) ... à moda de (loc. prepos. c/
d) Viajamos à tarde para São Paulo. núcl. fem.); d) ... dedicação (ao povo: prep. a + art. o)
e) Às vezes ele caminha no Jardim Botânico. à população (prep. a + art. a).

71
4. d Em “... danos à nossa saúde” como em “... atenção à Princípios Básicos
sua proteção”, o acento indicador de crase é facul-
taƟvo, uma vez que antes de pronome possessivo Desde que não inicie oração, a colocação do pronome
adje vo não é obrigatório o uso do arƟgo. Veja: “... antes do verbo estará, quase sempre, correta.
danos (a / ao nosso corpo) a / à nossa saúde” / “... As compe ções se iniciaram na hora marcada.
atenção (a / ao seu cuidado) a / à sua proteção”.
5. d Veja: “(...) des nado pelo Banco do Brasil (ao con- Observações:
sen mento: prep. a + art. o) à concessão (prep. a +
art. a) de crédito (...) em relação a 2004 (prep. a + 1) O pronome átono, no entanto, pode iniciar orações
numeral: sem art. a, sem crase). Esse resultado con- interferentes.
solidou (o nome: art. o) a posição (art. a, sem prep. As férias de julho, me diziam as crianças, foram as
a, sem crase) do banco (...). Os recursos des nados melhores.
pelo BB a emprés mos (prep. a + nome masc. pl.: 2) Depois dos infini vos invariáveis, a colocação será
sem art. as, sem crase) beneficiam pessoas (...) correta, mas não obrigatória.
favorecem (v.t.d.) o financiamento (...), bem como Não dizer-lhe a verdade, será pior.
(os negócios: art. o) as exportações (art. as: sem Não lhe dizer a verdade, será pior.
prep. a, sem crase) brasileiras (...)”.
3) É proibida a colocação do pronome depois de verbos
6. C O verbo atender (= considerar) é faculta vamente no par cípio, futuro do presente ou futuro do preté-
transiƟvo direto ou indireto; de modo que o sinal
rito.
indica vo de crase pode ser omiƟdo, sem alterar a
correção grama cal, embora haja alteração sintá- Tenho dedicado-me ao trabalho.(incorreto)
ca. Veja: “embora ainda não atendam as (art. as) Tenho-me dedicado ao trabalho. (correto)
vastas demandas da atualidade (obj. direto)” – “em- Avisarei-te assim que chegarem. (incorreto)
bora ainda não atendam às (prep. a + art. as) vastas Avisar-te-ei assim que chegarem. (correto)
demandas da atualidade (obj. indireto)”.
7. c (...) pessoas à procura de (loc. prep. c/ núcl. fem.) Próclise Obrigatória
uma vaga (...), mas diversos fatores as (= elas: pron.
pess. – sem art., sem crase) levam a desis r (prep. 1) Com advérbios (aqui, não, jamais, ali, já, amanhã,
a + verbo – sem art., sem crase). ontem, hoje, nunca, quando etc.):
8. a Correção: ... garan do a todas (prep. a + pron. Aqui se trabalha.
indef. – sem art. a, sem crase). Obs.: b) ... à pro- Não o chame de tolo.
cura de (loc. prepos. c/ núcl. fem.); c) ... da Itália à Jamais me ensinaram isso.
Alemanha (prep. a + topônimo determ. p/art. a); d) Quando lhe chamarem de feia, não lhes responda com
... à tarde (loc. adv. c/ núcl. fem.); e) Às vezes (loc. mais feiura.
adv. c/ núcl. fem.).
2) Com pronomes indefinidos (alguém, ninguém, ne-
9. c Veja: O estudante se dirigiu (ao diretor: prep. a + nhum, pouco, tudo, muito etc.):
art. o) à diretoria (prep. a + art. a) da escola. Cor-
Alguém se esqueceu do chapéu.
reções: a) ... a ninguém (prep. a + pron. indef.: sem
Ninguém me ama de verdade.
art. a, sem crase); b) ... a prazo (prep. a + nome
Poucos o esperavam no aeroporto.
masculino: sem art. a, sem crase); d) ... a uma (prep.
a + art. indef.: sem art. a, sem crase) presa... e) Esse 3) Com pronomes relaƟvos (que, quem, o qual, onde,
é o estabelecimento a que nos referimos / Essa é a cujo etc.):
ins tuição a que (prep. a + pron. rela vo: sem pron. Aquele que se esforça, vence.
a, sem crase) nos referimos. Foi ela quem nos preveniu do perigo.
10. a Correções: b) “(...), cabendo (= compe r, pertencer: Eram aulas nas quais se aprendia muito.
v.t.i.), portanto, aos governos (o.i)...”; c) “(...), que Veja o local onde se verificou o crime.
possam atender (= dar solução, resolver: v.t.d.) 4) Com conjunções subordinaƟvas (que, se, porque,
simultaneamente as necessidades das grandes po- embora, conforme, visto que, como, caso, quando,
tências (o.d.) e as das grandes economias (o.d.)...”; conquanto, pois etc.):
d) “(...) um instrumento de poder a favor (prep. a + Irei agora, porque se esqueceram de mim.
nome masc.: sem art. a, sem crase) dos capitais...”; Viajarei se me for possível.
e) “(...) adequadas a seu (prep. a + pron. poss. masc.:
Tudo direi, embora me cause problemas.
sem art. a, sem crase) de nível desenvolvimento.
Fizeram o trabalho, segundo se combinou.
Espero que nos ofereçam os convites.
COLOCAÇÃO DE PRONOMES 5) Com gerúndio preposicionado (em + gerúndio):
Em se tratando de polí ca, tudo é possível.
LÍNGUA PORTUGUESA

Na oração, os pronomes átonos podem ficar em três 6) Com verbos no infiniƟvo flexionado.
posições: Não serás cri cado por me dizeres a verdade.
1) Próclise (antes do verbo): 7) Em orações negaƟvas, interrogaƟvas, exclamaƟvas
Nunca o cri carei por isso. e optaƟvas (desejos):
2) Ênclise (depois do verbo): Ninguém nos convidou para o jogo.
Ofereceram-me tentadores cargos. Quanto te custará essa reforma?
3) Mesóclise (intercalado ao verbo): Como se estuda nessa vida!
Informar-te-ei do andamento do processo. Deus me perdoe.

72
Próclise FacultaƟva EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1) Com sujeito expresso: 1. Qual a opção que refaz corretamente as sentenças?
As provas me deixaram louco. a) Não passou despercebida a Aurélia essa esquivança
As provas deixaram-me louco. do marido. // Não lhe a passou despercebida.
A aula se iniciará em breve. b) Aceitava o indolente estes serviços como um sultão.
A aula iniciar-se-á em breve. // O indolente aceitava-lhes como um sultão.
2) Com conjunções coordenaƟvas: c) As necessidades econômicas deixam de exis r duran-
Estudara, porém me confundi na prova. te a época do natal. // As necessidades econômicas
Estudara, porém confundi-me na prova. deixam-nas de exis r.
d) O aspecto decora vo sobrepuja o aspecto funcional
3) Com infiniƟvos invariáveis dos presentes natalinos. // O aspecto decora vo
O meu propósito era não lhe obedecer/obedecer-lhe sobrepuja-o.
mais. e) Ninguém ousará comprar uma caixa de sabonetes
para o suor com que teremos de conquistar o pão
Ênclise Obrigatória de cada dia. // Ninguém lhe ousará comprar para o
suor com que teremos de conquistá-lo.
1) Com verbos iniciando orações:
Obrigaram-me a votar com a maioria. 2. Quanto à colocação pronominal no texto:
Comprei livros, li-os atentamente... “O funcionário que se inscrever, fará prova amanhã”.
Observação: com verbos no futuro do presente, no I – ( ) Ocorre próclise em função do pronome rela vo.
futuro do pretérito e no par cípio, não pode ocorrer II – ( ) Deveria ocorrer ênclise.
ênclise. III – ( ) A mesóclise é impra cável.
IV – ( ) Tanto a ênclise quanto a próclise são aceitáveis.
2) Com os pronomes o, a, os, as – nos infiniƟvos regidos a) Correta apenas a 1ª afirma va.
das preposições a e por: b) Apenas a 2ª é correta.
Sabe ele se tornará a vê-los algum dia? c) São corretas a 1ª e 3ª.
Encontrei a madrasta a maltratá-las. d) A 4ª é a única correta.
Ansiava por encontrá-lo. e) Todas estão corretas.
3) Com verbos no imperaƟvo afirmaƟvo:
Localiza os processos e analisa-os hoje. 3. Quais são as frases que têm o pronome oblíquo em-
pregado de forma incorreta?
Mesóclise Assinale a sequência correta.
1. Ninguém falou-me jamais dessa maneira.
A mesóclise só pode ocorrer com verbos no futuro do 2. Bons ventos o levem!
presente e futuro do pretérito, no entanto somente será 3. Ele se recordará com certeza do vexame sofrido.
obrigatória se não houver caso(s) de próclise. 4. As pastas que perderam-se, não foram as mais im-
Elogiar-te-emos sempre. portantes.
Sempre te elogiaremos. (próclise obrigatória) 5. Confesso que tudo me pareceu confuso.
Seja merecedor e elogiar-te-emos. 6. Me empreste o livro!
Seja merecedor e te elogiaremos. (próclise faculta va) 7. Por que lhe permi riam esses abusos?
a) 1 – 4 – 6 – 7
b) 2 – 3 – 5 – 7
Colocação nas Locuções Verbais c) 1 – 2 – 3 – 6
d) 3 – 4 – 5 – 6
1) Livre colocação (não havendo caso de próclise obri- e) 1 – 3 – 5 – 7
gatória):
Os servidores lhe devem fazer um pedido. 4. Em qual das frases o pronome poderia ser colocado
Os servidores devem-lhe fazer um pedido. corretamente em outra posição?
Os servidores devem fazer-lhe um pedido. a) Acendemos uma enorme fogueira onde se assariam
2) Antes ou depois da locução (havendo caso de próclise as batatas e os milhos verdes.
obrigatória) b) Vocês, na realidade, precisam de alguém que os
O diretor jamais nos pôde negar tal direito. oriente.
O diretor jamais pôde negar-nos tal direito. c) Caber-lhe-ia mostrar aos jovens competência e
Os alunos se haviam comprome do comigo. determinação.
Os alunos haviam-se comprome do comigo. d) Enquanto isso, o nevoeiro se iria dissipando vagaro-
samente.
Observação: e) Tê-lo-iam picado algumas serpentes venenosas?
LÍNGUA PORTUGUESA

A “sintaxe brasileira”, isto é, a colocação do pronome


oblíquo “solto” entre os verbos, mesmo havendo fatores 5. Assinale a opção em que a sintaxe de colocação prono-
de próclise, vem sendo consagrada por escritores e gra- minal está correta.
má cos de renome, mas ainda não foi defini vamente a) “Raimunda, sábado te farei uma visita e infor-
aceita pelos padrões clássicos da língua. mar-te-ei de todos os detalhes. Aguarda-me para
Os alunos ainda não nham nos informado a data. não obrigar-me a a esperar”.
O concursando, numa prova, deve optar pela colocação b) “Raimunda, sábado farei-te uma visita e te informa-
tradicional: rei de todos os detalhes. Aguarda-me para não me
Os alunos ainda não nos nham informado a data. obrigar a esperá-la”.

73
c) “Raimunda, sábado farei-te uma visita e informa- e) A Nasa, que se comprometeu a desvendar os in-
rei-te de todos os detalhes. Aguarda-me para não sondáveis mistérios, tem-se portado com eficácia
me obrigar a esperá-la”. indiscu vel.
d) “Raimunda, sábado far-te-ei uma visita e infor-
mar-te-ei de todos os detalhes. Aguarda-me para 10. Qual a opção correta para completar as lacunas?
não obrigar-me a a esperar”. I – Nenhum obstáculo ______ cair ou desis r.
e) “Raimunda, sábado te farei uma visita e te informa- II – A agricultura não _______________ à terra.
rei de todos os detalhes. Aguarda-me para não me III – Não faz mal que a plantação ___________ por
obrigar a esperá-la”. toda a área.
a) far-me-á – os havia fixado – vá-se estendendo
6. Qual a opção que indica períodos corretos? b) me fará – havia-os fixado – vá estendendo-se
I – Nunca soubemos quem roubava-nos nas medidas. c) me fará – havia fixado-os – se vá estendendo
II – Pouco se sabe sobre as novas fontes energé cas. d) me fará – os havia fixado – se vá estendendo
III – Nada chegava a impressioná-lo na juventude. e) far-me-á – havia-os fixado – se vá estendendo
IV – Falaria-me tudo, se eu fizesse pressão.
V – Dar-lhe-emos novas oportunidades. GABARITO
VI – Eles apressaram-se a convidar-nos para a festa.
a) I – IV – V – VI
b) I – II – III 1. d O aspecto decora vo sobrepuja o aspecto funcional
c) II – III – V – VI (o.d.)... – O aspecto decora vo sobrepuja-o (o.d.).
d) I – II – IV – VI Correções: a) Não lha passou... b) O indolente
e) III – IV – V aceitava-os... c) As necessidades econômicas dei-
xam de exis r... e) Ninguém ousará comprá-la...
7. Em qual das opções o pronome pessoal oblíquo átono 2. c O funcionário que se inscrever... (I) pron. rel.:
está corretamente colocado em um só dos períodos? próclise; (III) mesóclise só c/ verbos no fut. pres.
a) Isto me não diz respeito! Respondeu-me ele, afeta- ou fut. pret.).
damente.
b) Segundo deliberou-se na sessão, espero que todos 3. a Correções: 1.(E) Ninguém me falou... (pron. indef.:
apresentem-se na hora conveniente. próclise); 4. (E) As pastas que se perderam... (pron.
c) Me entenda! Lhe não disse isto! rel.: próclise); 6. (E) Empreste-me o livro! (início de
d) Os conselhos que dão-nos os pais, levamo-los em oração: próclise); 7. (E) Por que lhe permi riam
conta mais tarde. esses abusos? (adv.: próclise).
e) Amanhã contar-lhe-ei por que peripécias consegui 4. d Enquanto isso, o nevoeiro se iria dissipando... // ...
não envolver-me. o nevoeiro ir-se-ia dissipando... / ... o nevoeiro iria
dissipando-se... (em locuções verbais, sem caso de
8. Com relação à colocação pronominal, assinale a descri-
próclise obrigatória, é livre a colocação pronomi-
ção incorreta.
a) O horário eleitoral não tem permi do que se ex- nal – na linguagem moderna, vem sendo também
plique para que serve um vereador. (a próclise foi aceito deixar o pronome “solto” entre os verbos: “...
mo vada pela conjunção subordina va integrante) o nevoeiro iria se dissipando...”).
b) Um candidato terá poder de interferir e atuar onde 5. e “Raimunda, sábado te farei (adv.: próclise) uma visi-
menos se imagina. (a próclise é obrigatória por causa ta e te informarei (fut. pres. – início de oração: pró-
do advérbio “menos”) clise) de todos os detalhes. Aguarda-me (início de
c) Em “Os cargos execu vos monopolizam as aten- oração: ênclise) para não me obrigar a esperá-la”.
ções”, a subs tuição do objeto direto por um pro-
nome pessoal oblíquo resultaria obrigatoriamente 6. c II – Pouco se sabe sobre... (pron. indef.: próclise).
em: Os cargos execu vos monopolizam-nas. III – Nada chegava a impressioná-lo... (prep. a +
d) É do prefeito quase sempre a inicia va, aos vereado- pron. o: ênclise). V – Dar-lhe-emos... (fut. pres. inic.
res cabe acatá-la ou recusá-la. (a ênclise ao infini vo oração: mesóclise). VI – Eles apressaram-se (suj.
é sempre correta) expresso: ênclise ou próclise) a convidar-nos para...
e) Em “Fica di cil fazer o mesmo”, a subs tuição do (infini vo impess.: ênclise ou próclise). Correções:
objeto direto por um pronome oblíquo resultaria I – ... quem nos roubava (pron. indef.: próclise). IV –
em: Fica di cil fazê-lo. Falar-me-ia tudo... (fut. pret. no iniciando oração:
mesóclise).
9. Assinale a alterna va em que a colocação pronominal
7. a Isto me não diz respeito (apossínclise: correta)!
pra cada contrariou preceitos grama cais da linguagem
escrita. Respondeu-me ele (verbo iniciando oração: ênclise
a) Até agora, o desempenho da Pioneer tem sido quase correta)... Obs.: b) Segundo deliberou-se na sessão
LÍNGUA PORTUGUESA

milagroso para os cien stas que a acompanham. (conj. subord.: ênclise incorreta), espero que todos
b) A Nasa usa um gigantesco radiotelescópio, que é apresentem-se (pron. indef.: ênclise incorreta)... c)
capaz de dis nguir o sinal da nave entre o turbilhão Me entenda! Lhe não disse isto! (incorretas: não se
de ruídos produzidos pelas estrelas distantes e ao iniciam orações com pron. oblíquos); d) Os conse-
dis ngui-lo o faz com perfeita ni dez. lhos que dão-nos os pais (pron. rel.: ênclise incor-
c) A nave Pioneer irá-se transformar, em breve, no reta), levamo-los... (v. inic. oração: ênclise correta).
maior laboratório espacial. e) Amanhã contar-lhe-ei (adv.: mesóclise incorreta)
d) Nada se compara aos avanços tecnológicos das por que peripécias consegui não envolver-me (adv.
pesquisas espaciais neste século. ênclise incorreta).

74
8. c Correção: c) “... resultaria não obrigatoriamente 9) separando datas:
em: Os cargos execu vos (suj.) monopolizam-nas”. Brasília, 31 de maio de 2003.
Também poderia ser: “Os cargos execu vos (suj.) as A Lei 314, de 18 de maio de 1987.
monopolizam” (c/ suj. expresso: próclise ou ênclise). 10) indicando zeugma (do verbo):
9. c Correção: c) A nave Pioneer (suj.) se transformará... A vida é efêmera; o amor, fugaz.
ou transformar-se-á (c/ suj. expresso + fut. pres.: 11) separando as an teses dos provérbios:
próclise ou mesóclise)... Obs.: a) ... que a (pron. Pai ganhador, filho gastador.
rel.: próclise) acompanham; b) ... e ao dis ngui-lo 12) separando orações coordenadas assindéticas e
o faz (para evitar o cacófato em “fá-lo”)... d) Nada sindé cas, exceto as adi vas ligadas pela conjunção
se (pron. indef.: próclise) compara... e) ... que se “e”:
(pron. rel.: próclise) comprometeu... Estudas muito, logo tua aprovação é certa.
Estava perplexo, ora mexia-se na cadeira, ora olhava
10. d I – Nenhum obstáculo me fará cair... (fr. nega va:
para a janela.
próclise); II – A agricultura não os havia fixado (fr.
O dia estava quente e fora muito cansa vo.
nega va: próclise)... III – Não faz mal que a plan-
Observações:
tação se vá estendendo (conj. subord.: próclise)
Usa-se a vírgula com a conjunção e:
por toda a área.
a) em orações com sujeitos diferentes:
Chegaram os livros, e me sen melhor.
PONTUAÇÃO Veio o verão, e as chuvas minguaram.
b) com conjunção adversa va (e = mas):
A Vírgula Comprou passagens, e desis u da viagem.
c) no polissíndeto:
Emprega-se a Vírgula nos Seguintes Casos: Passaram os anos, e os amores, e a vida, e a
felicidade...
1) separando termos assindé cos compostos: d) para dar realce es lís co:
Era uma rapariga bonita, corada, forte. Procurou emprego, trabalho, e o achou.
Dispensava festas, visitas, passeios e bailes. 13) separando orações adverbiais
Ana, Andrea e Adriana foram estudar. a) obrigatoriamente, quando deslocadas:
Observação: normalmente, não se separam palavras Quando os ranos caem, os povos se levantam.
ligadas com as conjunções e, nem e ou: Os povos, quando os ranos caem, se levantam.
Tragam cadernos, lápis e borracha. b) faculta vamente, para dar ênfase, quando pos-
Não trouxeram caderno nem borracha. postas:
Tragam lápis ou caneta. Farei meu trabalho(,) conforme prome .
2) separando aposto explica vo: 14) separando orações interferentes:
Nós, brasileiros, consideramo-nos espertos. Ideias, como dizia Silveira Mar ns, não são metais
3) separando voca vo: que se fundem.
Roda, meu carro, que é curto o caminho. 15) separando orações adje vas explica vas:
4) separando palavras ou expressões explicativas, Os Lusíadas, que é um poema épico, narra as grandes
conclusivas, re fica vas, repe das... navegações portuguesas.
Joguei futebol, isto é, completei o me. 16) separando orações adverbiais reduzidas:
As meninas, aliás, não gostavam de sair. Pegados pela chuva, corremos para casa.
Portanto, tudo tem seus limites.
O mar estava calmo, calmo. Os Erros de Pontuação
5) separando locuções adverbiais antepostas ao
verbo: (“Os Sete Pecados Capitais”)
No aeroporto, esperavam-se as autoridades. 1) separar sujeito e verbo:
Os deputados amanhã votarão o projeto.
O povo, no ano passado, elegeu seus deputados.
Convém que se confie nas pessoas de bem.
Observações:
Observação:
A vírgula será faculta va:
Uma vírgula separa; vírgulas intercalam:
a) se a locução es ver posposta ao verbo:
Os deputados, amanhã, votarão o projeto.
O povo elegeu(,) no ano passado(,) seus depu-
2) separar verbo e objeto direto:
tados. Alguns analistas não conferiram todos os dados.
b) em relação aos advérbios: Os brasileiros esperam que a vida melhore.
Amanhã(,) visitaremos várias comunidades. 3) separar verbo e objeto indireto:
Visitaremos(,) amanhã(,) várias comunidades. Os eleitores já desconfiam de tantas promessas.
6) separando termos antepostos desde que repe dos Eles desconfiam de que foram enganados.
(pleonás cos):
LÍNGUA PORTUGUESA

4) separar verbo e agente da passiva:


Os alunos, elogio-os sempre que mereçam. Os animais foram afugentados pelo vento.
Aos amigos, ofereci-lhes meu endereço. A ópera fora composta por quem já esteve inspirado.
Poderoso, há muito já não o é mais. 5) separar verbo de ligação e predica vo:
7) separando conjunções deslocadas: Ninguém mais parece entusiasmado com o jogo.
Aluguei o carro; viajei, todavia, de ônibus. O essencial é que as pessoas tenham emprego.
Ele é o chefe; obedeça, pois, suas ordens. 6) separar nome e adjunto adnominal:
8) separando o predica vo do sujeito: A economia brasileira é muito vulnerável.
Carlos, entusiasmado, corria e gritava... Pedra que muito rola não cria limo.

75
7) separar nome e complemento nominal: Ponto de Exclamação
Há os alunos que têm aversão aos estudos.
Tenho esperança de que tudo volte ao normal. 1) Usa-se depois das interjeições, locuções ou frases
exclama vas para exprimir surpresa, espanto, susto,
O Ponto e Vírgula indignação...
Céus! Que injus ça!
Assinala uma pausa maior que a da vírgula. O seu em- Nunca! exclamou o deputado.
prego varia muito de autor para autor. Coitado dos alunos!
Emprega-se ponto e vírgula nos seguintes casos: Suspendam a prova!
1) separar as partes principais de um período, cujas
2) Subs tui a vírgula depois de um voca vo enfá co:
secundárias já tenham vírgula(s):
“Colombo! fecha a porta dos teus mares!” (Castro
À noite, após o jantar, saímos ambos a caminhar; a
Alves)
lua, quase cheia, iluminava nossos passos.
2) separando os termos de uma enumeração:
ReƟcências
A gramá ca da língua portuguesa estuda:
a) foné ca; b) morfologia; c) sintaxe. As re cências (...) são usadas:
3) separando orações com conjunção deslocada:
O jogo terminou; vamos, portanto, sair logo. 1) para indicar suspensão ou interrupção do pensamen-
4) separando orações com conjunção adversa vas su- to, ou ainda, corte da frase de um personagem pelo
bentendida: interlocutor, nos diálogos:
Há muitos modos de afirmar; há um só de negar. Mas essa cruz, observei eu, não me disseste que era
teu pai que...
Os Dois-Pontos Para quem se habitua aos livros...

Assinalam uma pausa suspensiva para indicar que a frase 2) no meio do período, para indicar certa hesitação ou
não está concluída. breve interrupção do pensamento:
Empregam-se os dois-pontos nos seguintes casos: Porque... não sei porque... porque é a minha sina....”
1) antes de citações: Ao contrário, se é amigo dele... peço-lhe que o dis-
Diz um velho provérbio: “A agulha veste os outros, e traia... que...”
anda nua”.
2) antes do aposto enumera vo: 3) no fim de um período grama calmente completo, para
sugerir certo prolongamento da idéia:
O homem, para ver a si mesmo, precisa de três coisas:
Na terra os homens sonham, os homens vivem so-
olhos, luz e espelho.
nhando...
3) explicações com a conjunção subentendida:
Ninguém... a estrada, ampla e silente, sem caminhan-
Você fez tudo errado: gritou quando não podia e calou tes adormece...
quando não devia.
4) nas orações aposi vas: 4) para sugerir movimento ou a con nuação de um fato:
Só te peço uma coisa: honra tua palavra. E a vida passa ... efêmera e vazia...
Era feio, feio...
Ponto Final
O Emprego do Travessão (—)
1) Empregado para fechar períodos:
Faz muitos anos que moramos aqui. O travessão é usado para indicar:

2) Usado também nas abreviaturas: 1) a fala das personagens nos diálogos:


Sr., V.Exª., pág. (página), ex. (exemplo)... “A caixinha de costura con nha de tudo um pouco:
tesoura, botões, fita métrica e, logicamente, agulha
Ponto de Interrogação e linha.
O diálogo começou quando a linha disse para a agulha:
— Então, você veste os outros e anda nua?”
1) Usado para indicar pergunta direta:
Aonde pensas que vais?
2) uma curta intervenção do narrador para, por exemplo,
Não estás farto de tantas promessas?
esclarecer qual é a personagem que fala:
Que tem você com isso? ― Estou muito apressado ― diz Tonhão ― Deixem-me
LÍNGUA PORTUGUESA

entrar!
2) Aparece em perguntas intercaladas:
A imprensa (quem o contesta?) é o mais poderoso 3) para isolar palavras ou frases, como se as colocasse
meio de comunicação.. entre parênteses (nesse caso usa-se travessão duplo):
O seu mundo não ia além dos muros que a enclausu-
Às vezes, combina-se com ponto de exclamação ou com ravam. E ninguém via — ninguém mesmo — aqueles
re cências: meigos olhos azuis.
A mim?! Que ideia mais tola! Um dos policiais ― solteiro e jovem ― começou a se
Raimunda? Então, era ela a tal pessoa misteriosa...? insinuar para a filha mais velha do delegado.

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Aspas (“...”) e) Somos povos; novos ainda na luta para nos fazermos
a nós, mesmos. Como um gênero humano novo, que
Normas para emprego das aspas: nunca exis u antes, tarefa muito mais di cil. Penosa,
1) indicam citação textual; mas também muito mais bela e desafiante.
Como disse Cecília Meirelles: “Uma bomba não tem
2. Assinale a alterna va em que a pontuação está correta.
endereço”. a) Não se jus fica que o ilustre autor, querendo valo-
rizar a nobre missão de ensinar, atribua aos profes-
2) indicam serem estrangeiras ou de gíria certas palavras. sores um salário-mínimo profissional de tão pouca
O “jazz” revolucionou a música. expressão.
O seu maior sonho era ser um “ ra” respeitável. b) Não se justifica, que o ilustre autor, querendo
valorizar a nobre missão de ensinar; atribua aos
Parênteses ( ) professores um salário-mínimo profissional, de tão
pouca expressão.
A função básica dos parênteses é delimitar intercalações c) Não se jus fica que, o ilustre autor, querendo valo-
dentro de um período. Por exemplo: rizar a nobre missão de ensinar, atribua aos profes-
Brasília (a capital do Brasil) é uma cidade moderna. sores um salário-mínimo profissional de tão pouca
expressão.
Delimitar as referências de uma citação.
d) Não se jus fica que o ilustre autor querendo, valo-
“Ao vencedor, as batatas!” (Quincas Borba – Machado rizar a nobre missão de ensinar atribua, aos profes-
de Assis.) sores, um salário-mínimo profissional, de tão pouca
Indicar o período de vida de uma pessoa. expressão.
Carlos Drummond de Andrade (1902 – 1986).
3. Assinale o período de pontuação correta.
Asterisco, ou “Estrela” (*) a) Se alguém vier com perguntas a que você não saiba
responder, será mais honesto dizer que vai estudar
O asterisco, sinal gráfico em forma de estrela, é um re- o assunto.
curso empregado para: b) Se alguém, vier com perguntas a que você não saiba,
a) remissão a uma nota no pé da página ou no fim de responder, será mais honesto dizer que vai estudar
um capítulo de um livro: Ao analisarmos as palavras o assunto.
c) Se alguém vier, com perguntas a que você não saiba
sorveteria, sapataria, confeitaria, leiteria e muitas
responder, será mais honesto, dizer que vai estudar
outras que contêm o morfema preso* -aria e seu o assunto.
alomorfe -eria, chegamos à conclusão de que este d) Se, alguém vier com perguntas, a que você não saiba
afixo está ligado a estabelecimento comercial. Em responder será, mais honesto, dizer que vai estudar
alguns contextos pode indicar a vidades, como em: o assunto.
bruxaria, gritaria, pa faria etc. e) Se alguém vier com perguntas a que, você não saiba
b) subs tuição de um nome próprio que não se deseja responder, será mais honesto dizer, que vai estudar
mencionar:O Dr.* afirmou que a causa da infecção o assunto.
hospitalar na Casa de Saúde Municipal está ligada à
falta de produtos adequados para assepsia. 4. Assinale o período de pontuação correta.
a) Não sei odiar os homens por mais que, deles me
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO desiluda.
b) Não sei, odiar os homens, por mais que deles, me
desiluda.
1. As opções a seguir apresentam um parágrafo – “O povo
c) Não sei odiar os homens, por mais que deles me
brasileiro” – pontuado de diferentes maneiras. Assinale desiluda.
aquela cuja pontuação está correta. d) Não sei, odiar os homens por mais que, deles me
a) Somos povos novos ainda na luta para nos fazermos desiluda.
a nós mesmos como um gênero humano novo, que e) Não sei odiar, os homens, por mais que deles, me
nunca exis u antes. Tarefa muito mais di cil e pe- desiluda.
nosa, mas também muito mais bela e desafiante.
b) Somos povos novos, ainda na luta para nos fazermos, 5. Assinale o período de pontuação correta.
a nós mesmos como um gênero humano novo, que a) Já se vai embora? perguntou, ele, ao moço, quando
nunca exis u antes. Tarefa muito mais di cil e pe- o viu rar, o casaco, do cabide.
nosa – mas também muito mais bela e desafiante. b) Já? se vai embora? perguntou ele ao moço quando,
c) Somos povos novos. Ainda na luta para nos fazer- o viu rar o casaco do cabide.
mos a nós mesmos, como um gênero humano novo c) Já se vai embora? perguntou ele ao moço, quando
que nunca exis u antes, tarefa muito mais di cil e o viu rar o casaco do cabide.
LÍNGUA PORTUGUESA

penosa. Mas também muito mais bela e desafiante! d) Já se vai, embora, perguntou ele? ao moço quando
d) Somos povos novos ainda; na luta para nos fazermos o viu rar o casaco do cabide.
a nós mesmos, como um gênero humano novo que e) Já se vai embora, perguntou ele ao moço? quando
nunca exis u antes, tarefa muito mais di cil e pe- o viu rar o casaco do cabide.
nosa; mas também muito mais bela e desafiante.
6. Assinale o período que está pontuado corretamente.
a) Solicitamos aos candidatos que respondam às per-
* É o morfema que não possui signifi cação autônoma e sempre aparece ligado
guntas a seguir, importantes para efeito de pesquisas
a outras palavras. rela vas aos ves bulares.

77
b) Solicitamos aos candidatos, que respondam, às per- d) E dizia, que os vaga-lumes bailavam gen s, quais
guntas a seguir importantes para efeito de pesquisas falenas no ar.
rela vas aos ves bulares. e) Como devem saber, há o dedo poderoso de Deus
c) Solicitamos aos candidatos, que respondam às per- em todas as coisas.
guntas, a seguir importantes para efeito de pesquisas
rela vas aos ves bulares. 11. Assinale a pontuação correta.
d) Solicitamos, aos candidatos que respondam às per- a) Quando criança, ele sempre sonhava que iria ser, um
guntas a seguir importantes para efeito de pesquisas homem famoso e reconhecido, no mundo todo.
rela vas aos ves bulares. b) Quando, criança, ele sempre sonhava que iria ser
e) Solicitamos aos candidatos, que respondam às um homem famoso, e reconhecido no mundo todo.
perguntas, a seguir, importantes para efeito de c) Quando criança, ele sempre sonhava que iria ser um
pesquisas rela vas aos ves bulares. homem famoso e reconhecido no mundo todo.
d) Quando criança ele sempre sonhava que, iria ser um
homem famoso e, reconhecido no mundo todo.
7. Cada um dos períodos seguintes foi pontuado de cinco e) Quando criança ele sempre sonhava, que iria ser um
formas diferentes. Leia-os e assinale a letra que corres- homem famoso e, reconhecido no mundo todo.
ponde ao período de pontuação correta.
a) Deixei, a capital, e fui advogar na roça, mas por pouco 12. Das seguintes redações abaixo, assinale a que não está
tempo. pontuada corretamente.
b) Deixei a capital e fui advogar na roça, mas por pouco a) Os advogados, inquietos, esperavam o resultado da
tempo. pe ção.
c) Deixei a capital e fui advogar na roça mas por pouco b) Inquietos, os advogados esperavam o resultado da
tempo. pe ção.
d) Deixei, a capital e fui advogar, na roça mas por pouco c) Os advogados esperavam, inquietos, o resultado da
tempo. pe ção.
e) Deixei, a capital, e fui advogar, na roça mas por pouco d) Os advogados inquietos esperavam o resultado da
tempo. pe ção.
e) Os advogados esperavam inquietos, o resultado da
8. Em qual período há pontuação incorreta? pe ção.
a) Reúnam-se, os países ricos em associações, com o
intuito de fazer do intercâmbio de capital, de ser- 13. Assinale a pontuação correta.
viços, de produtos agrícolas e industrializados um a) A lua, surgiu brilhante, mas, ele não pôde vê-la pois
meio de ajudar os menos favorecidos a superar as havia adormecido.
dificuldades econômicas que os oprimem. b) A lua surgiu brilhante, mas ele não pôde vê-la, pois
b) – Qual cansadas, seu Antonino! Não há terras can- havia adormecido.
sadas! A Europa é cul vada há milhares de anos; c) A lua surgiu, brilhante mas, ele, não pôde vê-la pois,
entretanto... – Mas lá se trabalha!... havia adormecido.
c) Calcula-se que durante o Pleistoceno, isto é, há d) A lua surgiu, brilhante, mas ele, não pôde vê-la pois
havia, adormecido.
cerca de um milhão de anos, não só gliptodontes,
e) A lua surgiu, brilhante, mas ele, não pôde vê-la, pois
mas também megatérios habitavam essa região da
havia, adormecido.
América do Sul, onde só Deus sabe ao certo quando
veio a formar-se o rio Uruguai. 14. “Durante muitos anos o TUCA o Teatro da Universidade
d) Roquete Pinto lidou com índios, minerais, plantas, Católica foi em São Paulo o templo da música brasileira”.
bichos, gravuras, filmes, rendas paraguaias, samba- Nesse período, corretamente pontuado, há
quis. a) 1 vírgula.
e) Apesar do longo tempo de silêncio, não perdera a b) 2 vírgulas.
originalidade nem a inspiração. Conservara os re- c) 3 vírgulas.
tratos e os repertórios, mas fugia de gastar todas as d) 4 vírgulas.
noites ao piano, para não cair em novas tenta vas. e) 5 vírgulas.

9. Em qual dos períodos se fez a pontuação correta? 15. Considere a frase abaixo (do J. B., mas sem pontu-
a) Repare, que o outono é mais da alma que da natu- ação).
reza. Ela tem, de acordo com as regras de uso da vírgula,
b) Ao homem deu-lhe Deus força e sensibilidade. a seguinte pontuação correta.
c) Vieram passar as férias na fazenda, duas sobrinhas a) O presidente descobriu, que nha aliados, virou a
que moravam no Rio. agenda de cabeça para baixo e par u para a reforma
d) Águia e lesma, o homem vacila entre voar e rastejar. administra va.
e) Quanto mais ganhares mais almejarás a fortuna. b) O presidente, descobriu que nha aliados, virou a
agenda de cabeça para baixo e par u para a reforma
administra va.
LÍNGUA PORTUGUESA

10. Assinale a pontuação incorreta.


a) Olhe, D. Evarista, disse-lhe o padre Lopes, vigário do c) O presidente descobriu que nha aliados, virou a
lugar, veja se seu marido dá um passeio a Goiás. agenda de cabeça para baixo e par u para a reforma
b) A coruja sempre foi reputada como representante administra va.
da meditação, e, por tal mo vo, era pelos gregos, d) O presidente descobriu que nha aliados virou a
agenda de cabeça para baixo, e par u para a reforma
intensamente, respeitada e considerada.
administra va.
c) Percebi nas suas palavras uma benevolente ironia; e) O presidente descobriu que nha aliados, virou a
no fundo dessa ironia se escondia, contudo, uma agenda, de cabeça para baixo e par u para a reforma
indisfarçável tristeza. administra va.

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GABARITO 15. c O presidente descobriu que nha aliados, (vírgula
p/sep. or. coord. assindé cas) virou a agenda de
1. a “... um gênero humano novo, que nunca exis u cabeça para baixo e par u para a reforma adminis-
antes (sep. or. adj. explicaƟva). Tarefa (...) penosa, tra va. Obs.: a) sep. or. subord. subst. obj. direta;
mas também muito mais bela (sep. or. coord. sind. b) sep. o suj. do verbo; d) falta vírgula p/ sep. or.
coord. assindé ca; e) sep. adj. adn.
adversaƟva) e desafiante”.
2. a Não se jus fica que o ilustre autor, querendo valori-
zar a nobre missão de ensinar, (or. adv. intercalada) QUESTÕES DE CONCURSOS
atribua aos professores um salário-mínimo profis-
sional de tão pouca expressão. Pontuação
3. a Se alguém vier com perguntas a que você não saiba  Emprego dos Sinais de Pontuação
responder, (sep. or. subord. adv. anteposta) será
mais honesto dizer que vai estudar o assunto. Erros: 1. (FCC) Quanto à pontuação, está inteiramente correta
b) a 1ª vírg. sep. suj. e verbo, a 2ª sep. obj. direto; c) a frase:
a 1ª vírg. sep. obj. indireto, a 2ª sep. or. subje va; a) É possível que entre os leitores, haja os que não
d) a 1ª vírg. sep. a conj., a 2ª sep. or. adj. restri va; concordem com a tese esposada pelo autor; a de
e) a 1ª vírg. sep. pron. rel.; a 2ª sep. or. obj. direta. que as condições de atuação do neoliberalismo
são subje vas, uma vez que incorporam sonhos de
4. c Não sei odiar os homens, por mais que deles me
realização impossível.
desiluda. (vírgula facultaƟva para separar or. su- b) O jornalista Elio Gaspari, citado pelo autor, acre-
bord. adv. posposta). dita, a julgar pela expressão de sua própria lavra,
5. c Já se vai embora? perguntou ele ao moço, (vírgula que há sujeitos inteiramente excluídos do processo
p/sep. or. interferente) quando o viu rar o casaco civilizatório, mercê do funcionamento da máquina
do cabide. neoliberal.
6. a Solicitamos aos candidatos que respondam às c) A busca incessante de status empreendida pela
perguntas a seguir, importantes para efeito de maioria das pessoas, faz parte de uma estratégia,
pesquisas rela vas aos ves bulares (or. adj. expli- segundo a qual, há sempre uma miragem que deve
ca va – subentende-se “que são importantes...”). ser perseguida; como se miragens pudessem de
repente ganhar corpo.
7. b Deixei a capital e fui advogar na roça (sem vírgula: d) Con nuação ou repe ção das mesmas violências –
or. coord. sind. adiƟva), mas por pouco tempo não importa – o fato é que não temos conseguido
(vírgula p/ sep. or. coord. sind. adversa va) incluir, a maioria dos cidadãos, num processo em que
8. a Reúnam-se os países ricos (sem vírgula: não se sep. houvesse um mínimo de jus ça, na distribuição das
o verbo do suj.) em associações, (...). riquezas.
9. d Águia e lesma, (sep. aposto explica vo anteposto) e) Ao se referir ao seu observatório psicanalí co o autor
o homem vacila entre voar e rastejar. Correções: a) expõe a perspec va, segundo a qual, detectou ra-
Repare que o outono... (sem vírgula: não se sep. or. zões de ordem subje va, para que a máquina liberal
subord. subst.). b) Ao homem, (vírgula p/ sep. obj. aja em conformidade com uma estratégia aliás muito
bem planejada.
ind. anteposto e rep. pleonas camente) deu-lhe... c)
Vieram passar as férias na fazenda duas sobrinhas...
2. (Cespe) “Nesse cenário, os serviços de inteligência assu-
(sem vírgula: não se sep. verbo e sujeito). e) Quan- mem papel fundamental, pois o intercâmbio de informa-
to mais ganhares, (vírgula p/ sep. or. subord. adv. ções e o trabalho em parceria são requisitos basilares...”.
anteposta) mais almejarás a fortuna. Paulo de Tarso Resende Paniago.
10. d Correção: E dizia que os vaga-lumes bailavam gen s In: Revista Brasileira de Inteligência. Brasília.
(sem vírgula: não se sep. or. subord. subst.), quais
falenas no ar. ( ) A vírgula após “Nesse cenário” é empregada para
isolar expressão deslocada que qualifica “os ser-
11. c Quando criança, (sep. or. adv. anteposta; suben-
viços de inteligência”.
tende-se “era”) ele sempre sonhava que iria ser
um homem famoso e reconhecido no mundo todo 3. (Cesgranrio) Assinale a opção que apresenta jus fica-
(única pontuação correta). va incorreta de emprego do(s) sinal(is) de pontuação
12. e Correção: Os advogados esperavam inquietos(*) o re- destacado(s).
sultado da pe ção (sem a vírgula após “inquietos”: a) Mas para a ngir essa idade, aos 40 ela deve tomar
não se separa o objeto direto do verbo). uma di cil decisão: nascer de novo. – quebra da
13. b A lua surgiu brilhante,(1) mas ele não pôde vê-la,(2) sequência das ideias.
LÍNGUA PORTUGUESA

pois havia adormecido. Obs.: (1) vírgula p/ sep. or. b) O bico, alongado e pon agudo, se curva. As asas,
coord. sind. adversa va; (2) vírgula p/ sep. or. coord. envelhecidas e pesadas, dobram-se sobre o pei-
sind. explica va. to... – estabelecer uma pausa entre os adje vos e o
substan vo.
14. e Obs.: “Durante muitos anos, (vírgula p/sep. loc.
c) Quando as novas unhas despontam, a águia puxa as
adv. anteposta) o TUCA, o Teatro da Universidade velhas penas e, após cinco meses, crescidas as novas,
Católica, (vírgulas p/sep. aposto explic.) foi, em São ela a ra-se renovada ao voo, pronta para viver mais
Paulo, (vírgulas p/ enfa zar a loc. adv.) o templo da trinta anos. – separa oração subordinada adverbial
música brasileira”. antecipada à principal.

79
d) No noviciado, aprendi que, ao longo da existência, b) É realmente muito di cil: cumprir propósitos de Ano
a possibilidade de nossa sobrevida depende, muitas Novo; pois não há como, de fato, alguém começar
vezes, de seguir o exemplo da águia. – separa adjunto algo inteiramente do nada.
adverbial deslocado. c) É, realmente, muito di cil – cumprir propósitos de
e) Primeiro, ousar perder o que envelheceu: o bico, Ano Novo: pois não há como de fato, alguém come-
as unhas, as penas. – separa termos coordenados. çar algo inteiramente do nada.
d) É, realmente, muito di cil cumprir propósitos de Ano
4. (NCE) “Antes da chamada Lei dos Crimes Ambientais, Novo, pois não há como, de fato, alguém começar
quem era flagrado na caça ou no tráfico de animais algo inteiramente do nada.
silvestres não nha direito à fiança”. Empregou-se a e) É realmente muito di cil, cumprir propósitos de Ano
vírgula, nesse caso, para: Novo; pois não há como de fato alguém começar
a) separar o voca vo. algo, inteiramente do nada.
b) destacar o aposto.
c) indicar inversão da ordem direta. 10. (Cesgranrio) “Fiquei pensando em algo tão definido
d) evitar ambiguidade. pelos psicólogos e literatos, porém inesgotável e eterno
e) ligar orações coordenadas. como o tema humano: a necessidade de ser aceito”.
O emprego de dois-pontos jus fica-se por anteceder
5. (Cespe) Salta à vista, na abordagem do assunto (a uma:
é ca e a verdade do paciente), que se fica, mais uma a) citação. d) definição.
vez, diante da pergunta feita por Pôncio Pilatos a Jesus b) enumeração. e) exemplificação.
Cristo, encarando, como estava, um homem pleno de c) conceituação.
sua verdade, “O que é a verdade?”
( ) Os sinais de parênteses são empregados para GABARITO
intercalar uma explicação do que seria o “assunto”.

6. (FCC) Está inteiramente correta a pontuação do período: 1. b Correções: a) É possível que entre os leitores(1)
a) Primeiro, inventamos a literatura e em seguida o haja os que não concordem com a tese esposada
cinema, mas nenhum desses meios, teria alcançado pelo autor:(2) a de que as condições de atuação do
influenciar-nos tanto como a TV. neoliberalismo são subje vas... Obs.: 1 – não se se-
b) O fato de imaginarmos que há uma dimensão além para conec vo; 2 – subs tuir por dois-pontos, para
das nossas paredes, é decisivo, para que reconhe- introduzir citação. c) A busca incessante de status
çamos na TV, o poder de abrir tantas janelas. empreendida pela maioria das pessoas(1) faz parte
c) Por mais confortável que seja, o zapping, cons tui de uma estratégia: (2) segundo a qual(3) há sempre
na verdade, um meio de tentar suprir com rapidez uma miragem que deve ser perseguida... Obs.: 1 –
nossa fome, insaciável de imagens. não se separa o sujeito do verbo; 2 – subs tuir por
d) Queremos por vezes imaginar: que somos policiais dois-pontos: trata-se de citação; 3 – não se separa
ou gângsteres, mas, preferiríamos ser nós mesmos, o conec vo. d) (...) não temos conseguido incluir(1)
sen rmo-nos por assim dizer completos. a maioria dos cidadãos(2) num processo em que
e) O autor preocupa-se, sobretudo, com a tese de que houvesse um mínimo de jus ça(3) na distribuição
nossa violência tem origem em nossa divisão interna, das riquezas. Obs.: 1 – não se separa verbo e obj.
responsável maior por nossas rebeldias. direto; 2 – não se separa verbo e obj. indireto;
3 – não se separa nome e compl. nom... e) Ao se
7. (Cesgranrio) De acordo com as regras de pontuação, referir ao seu observatório psicanalí co,(1) o autor
assinale o enunciado que está pontuado corretamente. expõe a perspec va(2) segundo a qual(3) detectou
a) Os níveis de violência, nos grandes centros urbanos razões de ordem subje va, para que a máquina
suscitam reações. liberal aja em conformidade com uma estratégia,(4)
b) O combate à violência é necessário pois, cada vez aliás muito bem planejada. Obs.: 1 – vírgula p/sep.
há mais ví mas desse fenômeno. or. adv. anteposta; 2 – não se separa compl. nom.
c) É possível mobilizar, pois, diferentes setores no 3 – não se separa suj. e verbo; 4 – vírgula p/sep.
combate à violência. termo explica vo.
d) É possível por conseguinte, mobilizar diferentes
2. E Correção: A vírgula separa o adjunto adverbial ante-
setores no combate à violência.
e) Há, a presença da violência em todas as classes posto, para dar ênfase à ideia do “lugar onde” recai a
sociais e faixas etárias. afirmação verbal em “assumem papel fundamental”.
3. a Em “... tomar uma di cil decisão: nascer de novo.”,
8. (Cespe) “Chico Mendes se tornaria mundialmente os dois-pontos foram empregados corretamente
conhecido, dali para a frente, por comandar uma para indicar uma citação, o que não quebra a se-
campanha contra a ação de grileiros e la fundiários, quência das ideias.
responsáveis pela destruição da floresta e pela escra- 4. c A vírgula separa adjunto adverbial anteposto
LÍNGUA PORTUGUESA

vização do caboclo amazônico”. (inversão da ordem direta). Veja (a ordem direta):


( ) O emprego da vírgula após “latifundiários” “Quem era flagrado na caça ou no tráfico de ani-
jus fica-se por isolar o termo explica vo. mais silvestres antes da chamada Lei dos Crimes
Ambientais não nha direito à fiança”.
9. (FCC) Está inteiramente correta a pontuação da seguinte
frase: 5. E Correção: Os parênteses intercalam uma explicação
a) É realmente muito di cil, cumprir propósitos de Ano do que “Salta à vista”. Veja: Salta à vista, na aborda-
Novo, pois não há como de fato alguém começar algo gem do assunto (a é ca e a verdade do paciente)... (O
inteiramente do nada. que salta à vista? – “a é ca e a verdade do paciente”).

80
6. e Correções: a) Primeiro, inventamos a literatura e em
seguida,(1) o cinema, mas nenhum desses meios(2)
teria alcançado influenciar-nos tanto como a TV.
Obs.: 1 – vírgula para indicar zeugma; 2 – não se
separa o sujeito do verbo. b) O fato de imaginarmos
que há uma dimensão além das nossas paredes(1) é
decisivo(2) para que reconheçamos na TV(3) o poder
de abrir tantas janelas. Obs.: 1 – não se separa o
sujeito do verbo; 2 – não se separa o complemen-
to nominal do nome. 3 – não se separa o objeto
direto do verbo. c) Por mais confortável que seja,
o zapping(1) cons tui na verdade(2) um meio de ten-
tar suprir com rapidez nossa fome(3) insaciável de
imagens. Obs.: 1 – não se separa o sujeito do verbo;
2 – não se separa o obj. direto do verbo; 3 – não se
separa o adj. adnominal do nome. d) Queremos por
vezes imaginar(1) que somos policiais ou gângsteres,
mas(2) preferiríamos ser nós mesmos... Obs.: 1 – não
se separa or. subord. obj. direta; 2 – não se separa
o conec vo.
7. c É possível mobilizar, pois, diferentes setores... (se-
param conj. conclusiva intercalada). Correções: a)
Os níveis de violência nos grandes centros urbanos
suscitam reações (não se separa sujeito e verbo)
ou Os níveis de violência, nos grandes centros
urbanos, suscitam reações (enfa za adj. adverbial
intercalado). b) O combate à violência é necessário,
pois cada vez há mais ví mas... (separa or. coord.
sindé ca explica va). d) É possível, por conseguin-
te, mobilizar diferentes... (enfa za conj. conclusiva
intercalada) e) Há a presença da violência... (não se
separa verbo e obj. direto).
8. C A expressão separada por vírgula é um esclarecimen-
to a respeito de “grileiros” e “la fundiários”; além
disso, poderia transformar-se em oração adje va
explica va: mais uma das caracterís cas do aposto
explicaƟvo. Veja: “(...) a ação de grileiros e la fun-
diários, (que são) responsáveis pela destruição da
floresta e pela escravização do caboclo amazônico”.
9. d Veja: É, realmente, (ênfase ao adjunto adverbial)
muito di cil cumprir propósitos de Ano Novo, pois
(separando oração coordenada sindé ca) não há
como, de fato, (ênfase ao adjunto adverbial) alguém
começar algo inteiramente do nada.
10. a Os dois-pontos se jus ficam por anteceder uma
citação. Veja: Em que consiste o “algo” tão definido
pelos psicólogos...? Resposta (a citação): “a neces-
sidade de ser aceito”.
LÍNGUA PORTUGUESA

81
EBSERH

SUMÁRIO

Raciocínio Lógico e Matemá co


Resolução de problemas envolvendo frações, conjuntos, porcentagens, sequências (com números, com figuras,
de palavras)........................................................................................................................................................................... 3

Raciocínio lógico-matemá co:


proposições, conec vos, equivalência e implicação lógica, argumentos válidos ......................................................... 17
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO
Josimar Padilha

RESOLUCÃO DE PROBLEMAS ENVOLVENDO do conjunto N formado pelos números naturais. Entretanto,


FRAÇÕES E CONJUNTOS N pode ser descrito por uma lista parcial, ou seja,

Neste primeiro tópico estudaremos “Teoria de con- N = {1, 2, 3, 4, 5, 6...}


juntos”. Tal assunto trará uma interpretação concreta dos
fundamentos u lizados na lógica proposicional. Além disso, Relação de Inclusão: é a relação existente entre conjunto
ressalta-se que esse conteúdo é constantemente cobrado e subconjunto ou subconjunto e conjunto. Caso você quei-
nas provas de concursos públicos. ra relacionar um subconjunto A a um conjunto B, veja, no
exemplo abaixo, a relação que deverá ser feita.
Conjuntos
Exemplo:
Conjunto é uma coleção de objetos ou elementos. Para No diagrama a seguir temos que A contém o conjunto
que se caracterize um conjunto, faz-se necessária uma regra B. Logo, A é um conjunto e B é um subconjunto. Vejamos
que nos permita decidir se um dado elemento pertence ou a relação existente entre os dois:
não pertence a determinado conjunto. Assim, se chamarmos
M de conjunto dos animais que vivem no mar, podemos dizer, A  B (“A contém B”) e B  A (“B está con do em A”)
por exemplo, que a baleia é elemento de M, bem como o
leão não é elemento de M. Na linguagem de conjuntos, tais
considerações serão escritas da seguinte forma:

Baleia  M (Lê-se: Baleia é elemento do conjunto M).


Leão  M (Lê-se: Leão não é elemento do conjunto M).

Relação de Per nência: é a relação existente entre ele-


mento e conjunto. Caso você queira relacionar um elemento
“x” a um conjunto “X”, a relação deverá ser:

O elemento x pertence a X (x  X) Conjunto Universo, Unitário e Vazio


ou o elemento x não pertence a X (x  X).
Nas questões envolvendo a Teoria dos Conjuntos,
Há vários modos de se descrever um conjunto. Um deles é preciso que se defina um conjunto que contenha todos os
é optar por uma regra que permita decidir se um objeto arbi- conjuntos considerados, para que se possa ter uma inter-
trário “a” pertence ou não a um determinado conjunto. Por pretação correta dos elementos trabalhados. Assim, todos
exemplo, A é o conjunto formado pelos algarismos romanos. os conjuntos abordados no problema seriam subconjuntos
Nesse caso, u lizaremos a seguinte notação: de um conjunto maior, que é conhecido como Conjunto
Universo, ou simplesmente Universo.
A = {a; a é um algarismo romano} Por exemplo: em um problema envolvendo conjuntos
Lê-se “A é o conjunto dos elemento ‘a’ tal de números naturais, o conjunto dos números naturais N
que ‘a’ é um algarismo romano”. é o Conjunto Universo; em um problema envolvendo pes-
soas (consideradas como conjuntos de pessoas), o Conjunto
Outra maneira de se definir conjuntos consiste em escre- Universo são os seres humanos.
ver, entre chaves, uma lista dos elementos do conjunto. Des- Nos tópicos a seguir, será importante ressaltar o Con-
se modo, pode-se escrever o conjunto A da seguinte forma: junto Universo – necessário para que se possa realizar uma
interpretação lógica das sentenças apresentadas – ao traba-
A = {I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII, IX, X...} lharmos com as proposições categóricas.

Um conjunto poderá ser representado por diagramas. Conjunto: representa uma coleção de objetos. Um con-
Vejamos: junto é representado por uma letra maiúscula.

Exemplos:
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

• S: Conjunto de todos os servidores públicos.


• A: Conjunto de todos os animais.

Dados os conjuntos a seguir:

Observe que para dar a descrição completa de um con- A = {x | x é par e 6 < x <10} ou A = {8}
junto nem sempre é preciso incluir todos os elementos na B = {x | 2x + 3 = 7 e x é inteiro} ou B = {2}
lista. Por exemplo, o conjunto dos algarismos poderia ser
indicado da seguinte maneira: Nos dois conjuntos acima, A e B, temos exemplos de
conjuntos unitários, pois cada conjunto possui apenas um
M = {0, 1, 2, 3, ..., 9} elemento.

Algumas vezes não é possível descrever um conjunto re- O elemento 8  A.


lacionando todos os seus elementos; é o caso, por exemplo, O elemento 2  B.

3
“W = {n | n é natural e 3 < n < 4}” é um conjunto que Subconjuntos – Relação de Inclusão
não possui nenhum elemento, visto que não há nenhum
elemento nesse conjunto entre 3 e 4. Esse po de conjunto O número de subconjuntos de um conjunto pode ser
é chamado de conjunto vazio. ob do conforme o exemplo a seguir.
Indicamos um conjunto vazio por { } ou , nunca por {}.
Caso seja feita a seguinte representação U = {}, esta- A = {a, b} = {a}, {b}, {a, b}, { }.
remos lidando com um conjunto unitário, em que o é o
elemento do conjunto U. Temos, nesse caso, 4 subconjuntos de um conjunto A
com 2 elementos.
Descrição por uma Propriedade Conjunto vazio é aquele que não possui nenhum ele-
mento. E ele está con do em qualquer conjunto.
Um conjunto pode ser descrito por uma ou mais pro- Representação:  ou { }, nunca {}.
priedades. Na maioria das vezes, representa-se um conjunto
dispondo os seus elementos dentro de duas chaves – {2, Propriedades da Inclusão
5, 6} ou {x  Naturais R | x > –5} – e também por meio de
forma geométrica: Sejam A, B e C três conjuntos quaisquer. Então valem as
seguintes propriedades:
Diagrama de Euler Venn 1. O conjunto vazio é subconjunto de qualquer conjunto:
 A.
a) F = {m: m é uma fruta} 2. Propriedade reflexiva: todo conjunto é subconjunto
de si próprio: A  A.
FRUTAS 3. Propriedade antissimétrica: A  B e B  A 
A = B.
4. Propriedade transi va: A  B e B  C  A  C: se um
Maçã conjunto é subconjunto de um outro e este é subconjunto
de um terceiro, então o primeiro é subconjunto do terceiro.
Banana
Conjunto das Partes
Figo
Denotado por P(A), possui todos os subconjuntos de A.
Laranja
n(P(A)) = 2 n(A) (número de elementos do conjunto)

b) N = {x: x é um número natural} C = {a, b, c} = {a}, {b}, {c}, {a, b}, {a, c}, {b, c}, {a, b, c}, { }
= 23 = 8 subconjuntos.
Conjuntos dos Números Naturais
• Se A = {a, b, c}, então P(A) = {, {a}, {b}, {c}. {a . b}, {a
. c}. {b, c}, {a, b, c}}.
• Se B = {a, b}, então P(B) = {, {a}, {b}, {a, b}}.
• Se C = {a}, então P(C) = {, {a}}.

Conjuntos das partes de um conjunto A:


P(A) = {X | X  A}

Exemplo com aplicação prá ca:


Uma cozinheira dispõe de cinco frutas para preparar uma
salada de frutas. Sabendo que uma salada deve conter pelo
menos duas frutas, quantas podem ser preparadas?
Conjuntos Iguais
Resposta: Se calcularmos o número de subconjuntos
Dois conjuntos são iguais quando todos os elementos teremos:
de um conjunto forem iguais a todos os elementos do outro 2n = 25 = 32 subconjuntos, em que cada elemento é represen-
conjunto, ou seja, dois conjuntos A e B são iguais quando tado por uma fruta. Temos, na composição dos subconjuntos,
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

todo elemento de A pertence a B e, reciprocamente, todo subconjuntos com 1, 2, 3, 4, 5 e nenhum elemento. Logo,
elemento de B pertence a A. temos saladas com 1, 2, 3, 4, 5 e nenhuma fruta. Assim, deve-
-se subtrair aquilo que não é salada, ou seja, os subconjuntos
A = B (x) (x  A  x  B) unitários e o subconjunto vazio, uma vez que para ser salada
há que se ter no mínimo duas frutas.
Exemplo:
Podem ser preparadas 32 – 6 = 26 saladas.
Dados os conjuntos X = {0, 1, 2, 3, 4} e Y = {2, 3, 4, 1, 0}, po-
demos dizer que X = Y, já que todos os elementos são iguais.
Operações com Conjuntos
Estabelece-se uma relação de equivalência da seguinte
forma: Reunião de Conjuntos

Se o conjunto X está con do no conjunto Y, e se Y está Consideremos os dois conjuntos:


con do no conjunto X, então o conjunto X é igual ao con-
junto Y. A = {b, l, o, g, i, e} e B = {b, v, i, l, c, h, e}

4
Podemos pensar num novo conjunto C, cons tuído por Exemplos:
aqueles elementos que pertencem a A ou que pertencem a
B. No exemplo em questão, esse novo conjunto é: • {1; 2} {3; 4} = 
• {n, e, w, t, o, n} {h, o, r, t, a} = {o, t}
C = {b, l, o, g, v, i, c, h, e}
Da definição de intersecção resulta:
Repare que o conjunto C foi formado a par r dos conjun-
tos A e B, em que os elementos repe dos (os que estão em A (x  ) x A B  x  A
e em B) foram escritos apenas uma vez. Dizemos, então, que (x  ) x A B  x  B
se trata da reunião (ou união) do conjunto A com o conjunto
B. A reunião (ou união) de A e de B (ou de A com B) é usual- Os fatos acima nos dizem que A intersecção B é um
mente representada por A  B. Com essa notação, tem-se: subconjunto de A e de B, ou seja:
A  B = {b, l, o, g, v, i, c, h, e} A B A
A B B
Esse exemplo nos sugere a seguinte definição geral para
reunião de conjuntos.
Iden ficar-se-á uma intersecção entre dois conjuntos
quando vermos os termos “e”, “simultaneamente” e “ao
Conceito. Dados dois conjuntos quaisquer A e B,
mesmo tempo”.
chama-se união ou reunião de A e B o conjunto formado
pelos elementos que pertencem a pelo menos um desses
Propriedades da Intersecção
conjuntos (podendo, evidentemente, pertencer aos dois),
isto é, o conjunto formado pelos elementos que perten-
Sejam A, B e C três conjuntos quaisquer, então são ver-
cem a A ou a B. Em símbolos:
dadeiras as seguintes propriedades:
1. Idempotência: A A = A.
A  B = {x   | x  A ou x  B} 2. Comuta va: A B = B A.
3. Elemento Neutro – o conjunto universo  é o elemento
Exemplos: neutro da intersecção de conjuntos: A   = A.
• {1; 2}  {3; 4} = {1; 2; 3; 4}. 4. Associa va: A B C) = (A B) C.
• {n, e, w, t, o, n}  {h, o, r, t, a} = {a, e, h, n, o, r, t, w}.

Um elemento x pertencer a A  B é equivalente a dizer Quando dois conjuntos quaisquer A e B não têm ele-
que uma das proposições “x pertence A” ou “x pertence a mento comum, dizemos que A e B são conjuntos disjuntos.
B” é verdadeira. Desse fato decorre que: Em outras palavras, dois conjuntos são disjuntos quando a
intersecção entre eles é igual ao conjunto vazio.
AAB e BAB
Propriedades que Inter-relacionam a Reunião e a Inter-
Propriedades da Reunião secção de Conjuntos
Sejam A, B e C três conjuntos quaisquer. Então são ver- Sejam A, B e C três conjuntos quaisquer, então valem
dadeiras as seguintes propriedades: as seguintes propriedades que inter-relacionam união e
1. Idempotência: A  A = A. A união de um conjunto intersecção de conjuntos:
qualquer A com ele mesmo é igual a A. 1. A A B) = A
2. Comuta va: A  B = B  A. 2. A A B) = A
3. Elemento Neutro: Ø  A = A  Ø = A. O conjunto Ø é 3. A B C) = (A  B) A C)
o elemento neutro da união de conjuntos. 4. A B C) = (A B) A C)
4. Associa va: (A  B)  C = A  (B  C).
Diferença entre Conjuntos
Iden ficar-se-á uma união entre dois conjuntos quan-
do houver o termo “OU”. Implica conjunto dos elementos que pertencem a A e
que não pertencem a B.
Intersecção de Conjuntos
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

Conceito. Sejam A e B dois conjuntos quaisquer.


Seja A o conjunto dos eleitores que votaram em Josimar Chamaremos a diferença entre A e B de conjunto dos
para Presidente, e B o conjunto dos eleitores que votaram em
elementos de A que não pertencem a B.
Enny Giuliana para Governadora do DF, no primeiro turno das
eleições de 2008, é certo supor que houve eleitores que votaram
A – B = {x   | x  A e x  B}
simultaneamente nos dois candidatos no primeiro turno. Assim,
somos levados a definir um novo conjunto, cujos elementos são
aqueles que pertencem ao conjunto A e ao conjunto B. Esse Exemplos:
novo conjunto nos leva à seguinte definição geral. • {a, b, c} – {a, c, d, e, f} = {b}.
• {a, b} – {e, f, g, h, i} = {a, b}.
• {a, b} – {a, b, c, d, e} = Ø.
Conceito. Sejam A e B dois conjuntos quaisquer, cha-
maremos de intersecção de A e de B (ou de A com B) um Temos, a seguir, uma interpretação concreta por meio do
novo conjunto, assim definido: diagrama de Euler-Venn, em que a diferença corresponde à
A  B = {x   | x  A e x  B} parte branca de A.

5
Se a e b pertencem a A  R, a ≤ b, então para todo c
tal que a ≤ c ≤ b, então c pertence a A.

Logo, pode-se representar da seguinte maneira:

A = {c ε R | a ≤ c ≤ b}

Os intervalos podem ser classificados segundo as:


Iden ficar-se-á, nas provas de concursos públicos, I – Caracterís cas topológicas – abertos, fechados e
uma diferença entre dois conjuntos quando vermos os semiabertos (fechados ou abertos à esquerda ou à direita).
termos “apenas”, “somente” e “exclusivamente” ligados II – Caracterís cas métricas – comprimento nulo, finito
ao conjunto. Teremos uma noção melhor nas questões não nulo ou infinito.
comentadas adiante.
Notação
Conjunto Complementar U lizam-se os colchetes – “[” e “]” – para indicar que um
dos limites do intervalo é parte desse intervalo, e os parên-
Dados quaisquer conjuntos A e B, com B con do em A, teses – “(” e “)” – ou, também, os colchetes inver dos – “]”
chama-se de complementar de B em relação a A o conjunto e “[” – para indicar o contrário.
A – B, indicado da seguinte maneira: Assim, por exemplo, dados x e y números reais, com x ≤
y, o intervalo W = (x,y) = ]x,y] representa o conjunto dos a
ε R, tal que x < a ≤ y. Note que x não faz parte do intervalo.
CBA  A  A  B
Tipos de Intervalos
Dados t e z números reais, com t ≤ z, s pertencente ao
intervalo e c o seu comprimento, podemos classificar os
intervalos como:
a) Intervalo fechado de comprimento finito k = z – t:

[t,z] = {s ε R | t ≤ s ≤ z}

b) Intervalo fechado à esquerda e aberto à direita de


Exemplos: comprimento finito k = z – t:
• A = {a, b, c, d, e, f} e B = {a, b}. Complementar: A – B =
{c, d, e, f}. [t,z[ = [t,z) = {s ε R | t ≤ s < z}
• A = B = {1}. Complementar: A – B = Ø.
c) Intervalo aberto à esquerda e fechado à direita de
comprimento finito k = z – t:

(t,z] = ]t,z] = {s ε R | t < s ≤ z}

d) Intervalo aberto de comprimento finito k = z – t:

]t,z[ = (t,z) = {s ε R | t < s < z}

e) Intervalo aberto à direita de comprimento infinito:


No diagrama acima tem-se o conjunto B em relação a A
]-∞,z[ = (-∞,z) = {s ε R | s < z}
definido como: (B está con do em A).
f) Intervalo fechado à direita de comprimento infinito:
Propriedades da Complementação
]-∞,z] = (-∞,z] = {s ε R | s ≤ z}
Sendo B e C subconjuntos de A, valem as propriedades
a seguir: g) Intervalo fechado à esquerda de comprimento infinito:
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

1. C  B   e C  B  A
B
A
B
A [t,+∞) = [t,+∞[ = {s ε R | t ≤ s}
2. CAA   e CA  A
B
h) Intervalo aberto à esquerda de comprimento infinito:
3. CCAA  B
C)
]t,+∞[ = (t,+∞) = {s ε R | s > t}
4. C(B
A  CAB  CCA
5. C(B C)
 CAB  CCA i) Intervalo aberto de comprimento infinito:
A

]-∞,+∞[ = (-∞,+∞) = R
Intervalos
j) Intervalo fechado de comprimento nulo: como o com-
Vejamos o conceito de intervalo na reta real R, ou seja, primento é nulo e o intervalo fechado, então t = z e esse
dos subconjuntos de R que sa sfazem à seguinte proprie- intervalo corresponde ao conjunto unitário {t}, isto é, a um
dade: ponto da reta real.

6
Representação Gráfica Para o conjunto Y, tem-se:
Um intervalo é representado na reta real por meio de
uma pequena “bolinha vazia”, para indicar que um dos P(Y) = 256, sendo P(Y) = 2n.
pontos (elemento) extremos não pertence ao intervalo, e de
uma “bolinha cheia”, para indicar que o ponto (elemento) Logo,
extremo pertence ao intervalo. 2n = 256.

Fatorando-se o número 256, tem-se 256 = 28.


2n = 28.

União e Intersecção de Intervalos Y


Por serem intervalos conjuntos, é natural que as ope-
rações mencionadas anteriormente possam ser efetuadas.
Uma forma mais prá ca de realizar essas operações se dá
por meio da representação gráfica dos intervalos envolvidos.

Exemplo:
Sejam X = [-1,6] = {x ε R | -1 ≤ x ≤ 6} e Y = (1,+∞)
= {x ε R | x > 1} dois intervalos, vamos determinar n = 8 (o número de elementos do conjunto n(Y) = 8).
X  Y e X  Y.
Para o conjunto Z, segundo o enunciado, temos que:
X  Y = {x ε R | 1 < x ≤ 6} e X  Y = {x ε R | -1 ≤ x}
Z = X  Y possui 2 elementos (n(Z) = 2). Logo,

x
X Y
X
XÇY
Y x

XÇY x
1 6

QUESTÕES COMENTADAS Após construirmos os diagramas e suas respectivas


operações, percebe-se que a questão solicita o número de
1. (Esaf/Técnico/2006) X e Y são dois conjuntos não vazios. elementos do conjunto P = Y – X. Trata-se da diferença entre
O conjunto X possui 64 subconjuntos. O conjunto Y, por os conjuntos Y e X. Portanto, deve-se selecionar os elementos
sua vez, possui 256 subconjuntos. Sabe-se, também, que pertencem a Y mas não pertencem a X.
que o conjunto Z = X  Y possui 2 elementos. Desse
modo, conclui-se que o número de elementos do con- X Y
junto P = Y – X é igual a:
a) 4. d) vazio.
b) 6. e) 1.
c) 8.

Comentário
Nessa questão são dados dois conjuntos não vazios, ou
seja, possuem elementos, mas são fornecidas as quan dades
de subconjuntos de cada conjunto. Diante do exposto, devere-
mos encontrar o número de elementos da seguinte maneira: De acordo com o diagrama acima, tem-se:
P = Y – X = 6 elementos.
Para o conjunto X, tem-se:
Resposta: b
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

P(X) = 64, sendo P(X) = 2n.


2. (Cespe/TRT 5ª Região/2008/adaptada) No curso de lín-
Logo, guas Esperanto, os 180 alunos estudam inglês, espanhol
2n = 64. Ao se fatorar o número 64 temos que 64 = 26. ou grego. Sabe-se que 60 alunos estudam espanhol e
2n = 26. que 40 estudam somente inglês e espanhol. Com base
nessa situação, julgue os itens que se seguem.
n = 6 (o número de elementos do conjunto n(X) = 6). a) Se 40 alunos estudam somente grego, então mais
de 90 alunos estudam somente inglês.
X b) Se os alunos que estudam grego estudam também
espanhol e nenhuma outra língua mais, então há
mais alunos estudando inglês do que espanhol.
c) Se os 60 alunos que estudam grego estudam tam-
bém inglês e nenhuma outra língua mais, então
há mais alunos estudando somente inglês do que
espanhol.

7
Comentário • 40 alunos estudam somente inglês e espanhol ((I 
Analisando a questão acima, temos: E) – G).
• 180 alunos estudam inglês, espanhol ou grego. Logo,
vamos representar da seguinte maneira (I  E  G); a) Se 40 alunos estudam somente grego, então mais de
• 60 alunos estudam espanhol (E = 60); 90 alunos estudam somente inglês.

Vimos que as duas áreas pintadas acima totalizam 100 alunos, ou seja, restam 80 para preencher os espaços em branco.
Mesmo que a intersecção “somente inglês e grego” fosse igual a zero, ou seja, não vesse nenhum aluno, não teríamos 90
alunos que estudam apenas inglês.

O item a está errado.

b) Se os alunos que estudam grego estudam também espanhol e nenhuma outra língua mais, então há mais alunos
estudando inglês do que espanhol.
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

De acordo com o diagrama acima, o item b está certo.

c) Se os 60 alunos que estudam grego estudam também inglês e nenhuma outra língua mais, então há mais alunos es-
tudando somente inglês do que espanhol.

8
O item c está errado.

EXERCÍCIOS PROPOSTOS 9. Um levantamento socioeconômico entre os habitantes


de uma cidade revelou que, exatamente:
1. Em uma classe, há 20 alunos que pra cam futebol mas 17% têm casa própria;
não pra cam vôlei e há 8 alunos que pra cam vôlei mas 22% têm automóvel;
não pra cam futebol. O total dos que pra cam vôlei 8% têm casa própria e automóvel.
é 15. Ao todo, existem 17 alunos que não pra cam Qual o percentual dos que não têm casa própria nem
futebol. O número de alunos da classe é automóvel?
a) 30. d) 42.
b) 35. e) 44. 10. Uma senhora que costuma fazer saladas de frutas para
c) 37. servir aos fregueses em seu restaurante dispõe de
oito frutas diferentes. Sabendo que cada mistura de
2. Julgue os itens. pelo menos duas frutas resulta numa salada diferente,
a)   (A B) d) (AB)  (AB) calcule o número de saladas de frutas diferentes que
b) A  (AB) e) (A B)  B podem ser ob das.
c) A (AB) f) (A  B)  (ABC)
11. Numa escola existem 84 meninas, 48 crianças loiras, 26
3. Seja E = { a, {a}}. Julgue os itens a seguir. meninos não loiros e 18 meninas loiras. Pergunta-se:
a) a E d) {a}  E a) Quantas crianças existem na escola?
b) {a}  E e)   E b) Quantas crianças são meninas ou são loiras?
c) a  E f)   E
12. Dos funcionários de uma empresa, sabe-se que existem:
4. Em certa comunidade há indivíduos de três raças: bran- 35 homens;
ca, negra e amarela. Sabendo que 70 são brancos, 350 18 pessoas que possuem automóvel;
são negros e 50% são amarelos, responda: 15 mulheres que não possuem automóvel;
a) Quantos indivíduos tem a comunidade? 7 homens que possuem automóvel;
b) Quantos são os indivíduos amarelos? a) Qual o número de funcionários que há nessa em-
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

presa?
5. Numa classe de 45 alunos, 28 falam francês e 14 falam b) Quantos funcionários são homens ou quantos pos-
espanhol. Desses alunos, 8 não falam nem francês nem suem automóvel?
espanhol. Quantos falam as duas línguas?
13. Numa classe colheram-se os seguintes dados em relação
6. Numa classe de 43 alunos, 27 falam inglês, 15 falam às três matérias estudadas:
alemão, 6 falam inglês e alemão. Quantos alunos não 20 alunos foram aprovados nas 3 matérias;
falam nem inglês nem alemão? 35 alunos foram aprovados em Química e Física;
42 alunos foram aprovados em Matemá ca e Física;
7. Considere o conjunto M = {2, 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16} e 22 alunos foram aprovados em Química e Matemá ca;
responda quantos subconjuntos tem M. O professor de Matemá ca aprovou 50 alunos;
O professor de Física aprovou 70 alunos;
8. Quantos elementos tem o conjunto do qual se pode O professor de Química aprovou 40 alunos;
obter 32.768 subconjuntos? Quantos alunos há na classe?

9
14. Dentre os inscritos em um concurso público, 60% são GABARITO
homens e 40% são mulheres. Já têm emprego 80% dos
homens e 30% das mulheres. Qual a porcentagem dos 1. e 14. a
candidatos que já têm emprego? 2. C, E, E, C, C, C 15. d
a) 60% d) 24% 3. C, C, E, C, E, C 16. b
b) 40% e) 12% 4. a) 560 17. c
c) 30% b) 280 18. a) {1; 3; 4; 5; 6; 7}
5. 5 alunos. b) {3; 4}
15. Em um exame ves bular, 30% dos candidatos eram 6. 7 alunos. c) {1, 3, 4, 5, 6, 8}
da área de Humanas. Dentre esses candidatos, 20% 7. 256 d) {4; 6}
optaram pelo curso de Direito. Do total de candidatos, 8. 15 elementos. e) {1; 3; 4; 5; 6; 7; 8}
qual a porcentagem dos que optaram por Direito? 9. 69% f) {4}
a) 50% d) 6% 10. 247 g) {4; 5; 6}
b) 20% e) 5% 11. a) 140 h) {1, 6}
c) 10% b) 114 i) {1; 3; 7}
12. a) 61 19. c
16. Numa universidade com n alunos, 80 estudam Física, b) 46 20. b
90 Biologia, 55 Química, 32 Biologia e Física, 23 Quí- 13. 81 alunos.
mica e Física, 16 Biologia e Química e 8 estudam nas
três faculdades. Sabendo-se que esta Universidade
somente mantém as três faculdades, quantos alunos QUESTÕES DE CONCURSOS
estão matriculados na Universidade?
a) 304. d) 154. 1. (Cespe/Perito/2003)
b) 162. e) n.d.a.
c) 146. Vacinas Crianças Vacinadas
Sabin 5.300
17. Numa universidade são lidos apenas dois jornais, X e
Y. 80% de seus alunos leem o jornal X e 60%, o jornal Y. Sarampo 5.320
Sabendo-se que todo aluno é leitor de pelo menos um Tríplice 4.600
dos dois jornais, assinale a alterna va que corresponde Sabin e sarampo 1.020
ao percentual de alunos que leem ambos. Sabin e tríplice 900
a) 80% d) 60%
b) 14% e) 48% Sarampo e tríplice 800
c) 40% Sabin, sarampo e tríplice 500
Nenhuma 2.000
18. Dados os conjuntos A = {1; 3; 4; 6},
B = {3; 4; 5; 7} e C = {4; 5; 6; 8}, pede-se: Considerando os dados da tabela acima, que represen-
a) A  B. tam as quan dades de crianças de uma determinada
b) A  B. cidade que receberam, em 2002, as vacinas Sabin,
c) A  C. sarampo e tríplice, julgue os itens seguintes.
d) A  C. a) Exatamente 3.880 crianças receberam apenas a
e) A  B  C. vacina Sabin.
f) A  B  C. b) Exatamente 3.700 crianças receberam apenas a
g) (A  B)  C. vacina tríplice.
h) A – B. c) Exatamente 4.300 crianças receberam apenas a
i) (A  B) – C. vacina sarampo.
d) 2.720 crianças receberam pelo menos duas vacinas.
e) Mais de 16.000 crianças foram vacinadas nessa
19. Seja A  B a diferença simétrica dos conjuntos A e B,
cidade em 2002.
definida pela igualdade
A  B = (A – B)  (B – A). Se A = {a, b, c} e 2. (Esaf/AFC/2006) Uma escola de idiomas oferece apenas
B = {b, c, d, e, f}, então A  B é o conjunto três cursos: um curso de alemão, um curso de francês e
a) {a, c, d, f}. um curso de inglês. A escola possui 200 alunos e cada
b) . aluno pode matricular-se em quantos cursos desejar.
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

c) {a, d, e, f}. No corrente ano, 50% dos alunos estão matriculados


d) {a}. no curso de alemão, 30% no curso de francês e 40% no
e) {b, a}. de inglês. Sabendo-se que 5% dos alunos estão matri-
culados em todos os três cursos, o número de alunos
20. Suponhamos que: matriculados em mais de um curso é igual a:
A  B = {a, b, c, d, e, f, g, h} a) 30. d) 5.
A  B = {d, e} b) 10. e) 20.
A – B = {a, b, c} c) 15.

Então: Leia os textos a seguir.


a) B = {f, g, h}.
b) B = {d, e, f, g, h}. Texto I
c) B = {a, b, c, d, e}.
d) B = {d, e}. Um grupo de 600 turistas desembarcou no aeroporto de
e) B = . Guararapes, em Recife, para uma visita de 10 dias. Desses tu-

10
ristas, 260 visitaram também Olinda, 300 visitaram Porto de jornais e 2.840 receberam o jornal A. Com base nessas
Galinhas, 80 visitaram Fernando de Noronha, 140 visitaram a informações, julgue os itens a seguir.
Ilha de Itamaracá e 30 preferiram ficar somente na cidade de a) Mais de 1.800 associados receberam apenas o jor-
Recife, desfrutando de suas belezas e seus pontos históricos. nal A.
b) Menos de 2.500 associados receberam o jornal B.
3. (Cespe/2004 – adaptado) Considerando que os 570
turistas, a cada dia, estavam visitando uma das quatro
localidades mencionadas no texto I, excluindo a cidade
GABARITO
de Recife, julgue os itens seguintes.
a) Os turistas que foram para Olinda visitaram somen- 1. C, E, E, E, E 4. C, C, E
te Olinda, e os que foram para a Ilha de Itamaracá 2. a 5. C, C, E, C, E
visitaram unicamente este lugar. 3. E, E, E 6. C, E
b) Todos os turistas que visitaram a Ilha de Itamaracá
também visitaram todos os outros locais menciona- CONJUNTOS NUMÉRICOS
dos no texto.
c) Em determinado dia não havia nenhum desses tu- Assim como existem vários pos de conjuntos, ou seja,
ristas em Fernando de Noronha nem em Itamaracá. de pessoas, de animais, de objetos, temos também o con-
junto de números que são importantes para resolver várias
Texto II questões, uma vez, que muitas delas terão soluções a par r
do conjunto de possíveis resultados desse conjunto.
Considere que os turistas mencionados no texto I que
visitaram Fernando de Noronha somente visitaram esse Exemplo:
lugar. Além disso, 100 turistas visitaram somente Olinda, 50 1. (Cespe) Se a soma de três números ímpares naturais
visitaram somente a Ilha de Itamaracá, 40 visitaram somente consecu vos é 51, então a soma dos dois números
Olinda e a Ilha de Itamaracá, e 30 visitaram somente a Ilha pares que estão entre esses ímpares é maior que 36.
de Itamaracá e Porto de Galinhas.
x3
A solução da equação x  3  6 6
4. (Cespe/2004 – adaptado) Com base nas informações
é um
dos textos I e II, julgue os itens a seguir. 3 3
número natural.
a) Menos de 4% dos turistas visitaram os três locais:
Ilha de Itamaracá, Olinda e Porto de Galinhas.
2. (FCC) Perguntaram a José quantos anos nha sua fi-
b) O número de turistas que visitaram Olinda e Porto
lha e ele respondeu: “A idade dela é numericamen-
de Galinhas foi superior a 80.
te igual à maior das soluções inteiras da inequação
c) O número de turistas que visitaram somente Porto
2x2 − 31x − 70 < 0.” É correto afirmar que a idade da
de Galinhas foi inferior a 140.
filha de José é um número
a) menor que 10.
Considere os seguintes conjuntos de turistas:
b) divisível por 4.
O – dos que visitaram Olinda;
P – dos que visitaram Porto de Galinhas; c) múl plo de 6.
I – dos que visitaram a Ilha de Itamaracá; d) quadrado perfeito.
R – dos que ficaram somente em Recife; e) primo.
A – dos que visitaram somente Olinda e Porto de
Galinhas; Comentário:
B – dos que visitaram somente Fernando de Noronha; Nesses casos temos que saber o que é um número na-
C – dos que visitaram Olinda e não visitaram Porto de tural e um número inteiro para podermos responder as
Galinhas ou visitaram Porto de Galinhas e não visitaram questões. Veja exemplos de conjuntos numéricos.
Olinda.
Conjuntos Numéricos
5. (Cespe/2004 – adaptado) A par r dessas informações
e dos textos I e II, e considerando que os símbolos  e 1. Conjunto dos números naturais, representados pela
 representam, respec vamente, união e interseção letra Ν:
de conjuntos, e Q é o complementar do conjunto Q, Estes números foram criados pela necessidade prá ca
julgue os itens que se seguem. de contar as coisas da natureza, por isso são chamados de
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

números naturais. São aqueles números que aparecem na-


a) A  (O  P )  ( P  O  I ) turalmente ao longo de um processo de contagem, são os
b) B  O  P  I  R posi vos.
c) C  ( A  B )  ( B  A) Ν = {0, 1, 2, 3, ...}
d) A  A  ( A  B )
e) A  C  O  P 2. Conjunto dos números inteiros, representados pela
letra Ζ:
6. (Cespe/Metrô/2005) Uma associação de motoristas e Os números naturais não permi am que todas as ope-
de pilotos de trens elétricos distribui a seus associados rações. A subtração de 7 – 9 era impossível.
dois jornais periódicos, A e B, que tratam de assuntos • A ideia do número nega vo, aparece na Índia, asso-
de interesse das duas categorias profissionais. Um ciada a problemas comerciais que
total de 4.540 membros compõe a associação. Devido envolviam dívidas.
a problemas de comunicação, 75 associados não re- • A ideia do número zero surgiu também nesta altura,
ceberam nenhum dos jornais, 980 receberam os dois para representar o nada.

11
É formado por todos os números naturais e por seus c) Se somente as afirma vas I e II es verem corretas.
respec vos opostos, são os posi vos e nega vos. d) Se somente a afirma va I es ver correta.
Ζ = {... – 3, – 2. – 1, 0, 1, 2, ...} e) Se somente as afirma vas II e III es verem corretas.

3. Conjunto dos números racionais, representados Comentário:


pela letra Q: Referente a afirma va I, temos o resultado 5/2 igual a
Entretanto, surgiu outro po de problema: “Como divi-
dir 3 bezerras por 2 fazendeiros?” 2,5, uma maneira de representá-lo é = , logo,
Para resolver esse po de problemas foram criados os nú-
temos que O item está errado.
meros fracionários. Estes Referente a afirma va II, temos que todas as dízimas
números, juntamente com os números inteiros formam os periódicas pertencem ao conjunto dos números racionais.
racionais, que são os números que podem ser expressos O item está correto.
sob a forma de fração de tal forma que Referente a afirma va III, temos que o conjunto dos
números inteiros são todos os números que vão do menos
Q={x I x = a/b, com a ∈ Ζ e b ∈ Ζ *} infinito (- ∞ ) até o mais infinito ( +∞ ) , logo todo número
inteiro irá possuir um antecessor e um sucessor. O item está
Obs.: As dízimas periódicas são números racionais, pois correto.
todas podem ser representadas por frações em que o nu-
merador pertence aos inteiros (Z) e o denominador perten- Resposta: e
ce aos inteiros menos o zero (Ζ*) .
2. (IBFC/MPE-SP/2011) Somando 2,33.... e 3,111... pode-
Exemplo: mos dizer que a terça parte dessa soma vale:
a) 0,33333333 = 3/9 49
b) 0,34343434= 34/99 a)
27
c) 0,056565656= 56/990
49
b)
4. Conjunto dos números irracionais, representados 9
pela letra I:
c)
27
É o conjunto composto pelas dízimas aperiódicas, são 7
números com infinitas casas decimais. 54
d)
Exemplo: 8
O número π = 3,1415926535...
O número 2  1, 4142 Comentário:
Devemos primeiro descobrir as funções geratrizes dos
dois números, ou seja,
5. Conjunto dos números reais, representado pela le-
2,333...= 2 + 0,3333...= 2 + 3/9 = 21/9
tra R:
3,111...= 3 + 0,111... = 3 + 1/9 = 28/9
É o conjunto formado pela união dos números racionais
e irracionais. Somando-se as duas frações temos que 21/9 + 28/9 =
49/9
R=QUI A terça parte desta soma será: 49/9 x 1/3 = 49/27
Diagrama de VENN: Resposta: a

EXERCÍCIOS
1. (Esaf) Em uma prova de natação, um dos par cipantes
desiste de compe r ao completar apenas 1/5 do per-
curso total da prova. No entanto, se vesse percorrido
mais 300 metros, teria percorrido 4/5 do percurso total
da prova. Com essas informações, o percurso total da
prova, em quilometros, era igual a:
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

a) 0,75 d) 0,5
b) 0,25 e) 1
c) 0,15

2. (Cespe) Uma empresa contratou um operador de empi-


QUESTÕES COMENTADAS lhadeira para realizar 30 tarefas. A empresa combinou
pagar R$ 40,00 por tarefa realizada corretamente e
1. (FGV/2010) Analise as afirma vas a seguir: cobrar do operador R$ 20,00 por tarefa executada
I – 6 é maior do que 5/2. de forma incorreta. No final do processo, o operador
II – 0,555 é um número racional. recebeu R$ 840,00. Dessa forma, o número de tarefas
III – Todo número inteiro tem antecessor. realizadas corretamente pelo operador de empilhadeira
foi igual a
Assinale: a) 21. d) 24.
a) Se somente as afirma vas I e III es verem corretas. b) 22. e) 25.
b) Se somente a afirma va II es ver correta. c) 23.

12
3. (Cespe) Uma certa empresa resolveu distribuir parte de PORCENTAGEM E PROBLEMAS
seus lucros entre seus funcionários. O proprietário veri-
ficou que, se desse R$ 300,00 a cada um, sobrar-lhe-iam É comum o uso de expressões que refletem acréscimos
R$ 12.000,00 e que, se desse R$ 500,00 a cada um, ou reduções em preços, números ou quan dades, sempre
faltar-lhe- iam R$ 8.000,00. A quan a que o proprietário tomando como referencial 100 unidades.
da empresa pretendia repar r era Exemplos:
a) inferior a R$ 43.000,00. • Os alimentos veram um aumento de 16%.
b) superior a R$ 43.000,00 e inferior a R$ 44.500,00. • Significa que em cada R$ 100 houve um acréscimo de
c) superior a R$ 44.500,00 e inferior a R$ 46.000,00. R$ 16,00.
d) superior a R$ 46.000,00 e inferior a R$ 47.500,00. • O freguês recebeu um desconto de 12% em todas as
e) superior a R$ 47.500,00. mercadorias.
• Significa que em cada R$ 100 foi dado um desconto de
R$12,00.
4. (Cespe) Maria distribuiu 79 pacotes de biscoitos entre
• Dos atletas que jogam no Santos, 80% são craques.
as prateleiras A, B e C. Na prateleira A, Maria pôs três • Significa que em cada 100 jogadores que jogam no
pacotes a mais que na prateleira B. Na prateleira C, pôs Grêmio, 80 são craques.
o dobro de pacotes des nados à prateleira B, menos
quatro pacotes. Com base nas informações acima, Razão centesimal
assinale a opção correta. Toda a razão que tem para consequente (denominador)
a) Na prateleira A, Maria pôs mais de 25 pacotes. o número 100 denomina-se razão centesimal.
b) Na prateleira B, Maria pôs menos de 19 pacotes.
c) A prateleira C ficou com mais de 38 pacotes. Exemplos:
d) A prateleira A ficou com mais de 22 pacotes enquanto
a prateleira B ficou com menos de 19 pacotes. 8 34 129 300
, , ,
e) Na prateleira B, foram postos mais de 19 pacotes e, 100 100 100 100
na prateleira C, mais de 35.
Podemos representar uma razão centesimal de outras
5. (FCC) Na entrada de um estádio, em um dia de jogo, formas:
150 pessoas foram revistadas pelos soldados Mauro,
Norberto e Orlando. O número das revistadas por 8
 0.08  8%
Mauro correspondeu a 3 do número das revistadas 100
4 34
por Orlando, e o número das revistadas por Orlando  0,34  34%
100
correspondeu a 14 do número das revistadas por 129
13  1, 29  129%
100
Norberto. O número de pessoas revistadas por 300
a) Mauro foi 45.  3, 0  300%
100
b) Norberto foi 54.
c) Orlando foi 52.
d) Norberto foi 50. As expressões 8%, 34% e 129% são chamadas taxas
e) Mauro foi 42. centesimais ou taxas percentuais.

Considere o seguinte exemplo:


6. (FCC) Ao dividir o número 762 por um número inteiro João pagou uma prestação que corresponde a 50% do
de dois algarismos, Natanael enganou-se e inverteu seu salário. Sabendo que seu salário é de 1.200,00 reais,
a ordem dos dois algarismos. Assim, como resultado, qual o valor pago?
obteve o quociente 13 e o resto 21. Se não vesse se Para solucionar esse problema devemos aplicar a taxa
enganado e efetuasse corretamente a divisão, o quo- percentual (50%) sobre o seu salário.
ciente e o resto que ele obteria seriam, respec vamen-
te, iguais a 50
a) 1 e 12 d) 11 e 15 50% de 1200   1200  600, 00
100
b) 8 e 11 e) 12 e 11
c) 10 e 12
Porcentagem
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

(Cespe) Com relação a números naturais, inteiros, racionais Valor ob do ao aplicarmos uma taxa percentual a um
e reais. Julgue o item. determinado valor.
7. Em uma divisão de números naturais, a soma do divi-
sor com o quociente é igual a 50, o divisor é igual a 9 Dada uma razão qualquer P , denominados de por-
vezes o quociente e o resto é o maior possível. Então o v
centagem do valor v a todo valor de P que estabelece uma
dividendo é um número natural maior que 270.
proporção com alguma razão centesimal.
É o valor ob do ao aplicarmos uma taxa percentual a um
GABARITO: determinado valor.

1. d 5. e Exemplos 1:
2. d 6. e • Calcular 10% de 200.
3. a 7. E 10
10% de 200   200  20
4. e 100

13
• Calcular 25% de 300kg. d) se uma mercadoria sofre uma redução de 15% no
25 seu preço x, então seu novo preço será.................
25% de 300   300  75 Kg e) aumentar 40% significa mul plicar por.............
100
a) aumentar 3% significa mul plicar por..................
b) diminuir 25% significa mul plicar por.................
Logo, 75 kg é o valor correspondente à porcentagem
c) diminuir 9% significa mul plicar por.................
procurada.
d) 20% de 30% é igual a.........................................
Exemplos 2:
Um jogador de futebol, ao longo de um campeonato, 2. Em certa cidade, as tarifas de ônibus foram majoradas,
cobrou 50 faltas, transformando em gols 30% dessas faltas. passando de R$ 16,00 para R$ 20,00. De quanto foi o
Quantos gols de falta esse jogador fez? percentual de aumento?

30 3. Meio, quantos por cento são de 5/8?


30% de 50   50  15
100
4. Uma pesquisa revelou que 70% das pessoas entrevista-
das assis am à TV. Sabe-se que 60% das pessoas entre-
Portanto, o jogador fez 15 gols de falta. vistadas eram do sexo masculino e que 75% das mulheres
entrevistadas assis am à TV. Qual a porcentagem de
Fator de Mul plicação homens entre as pessoas que não assistam à TV?

Se, por exemplo, há um acréscimo de 10% a um deter- 5. Num certo grupo de 300 pessoas sabe-se que 98% são
minado valor, podemos calcular o novo valor apenas mul - do sexo masculino. Quantos homens deveriam sair do
plicando esse valor por 1,10, que é o fator de mul plicação. grupo para que o restante deles passasse a representar
Se o acréscimo for de 20%, mul plicamos por 1,20, e assim 97% das pessoas presentes no grupo remanescente?
por diante.

Observe a tabela seguinte. QUESTÕES DE CONCURSOS


1. (FCC/TRF/2006) Em agosto de 2006, Josué gastava 20%
Acréscimo ou Lucro Fator de Mul plicação
de seu salário no pagamento do aluguel de sua casa.
10% 1,10 A par r de setembro de 2006, ele teve um aumento de
12% 1,12 8% em seu salário e o aluguel de sua casa foi ajustado
25% 1,25 em 35%. Nessas condições, para o pagamento do alu-
48% 1,48 guel após os reajustes, a porcentagem do salário que
68% 1,68 Josué deverá desembolsar mensalmente é:
a) 22,5%
Exemplo 1 b) 25%
Aumentando 20% no valor de R$ 15,00 temos: c) 27,5%
15 x 1,20 = R$ 18,00. d) 30%
e) 32,5%
No caso de haver um decréscimo, o fator de mul pli-
cação será: 2. (FCC/TRT/2006) Pedi certa quan a emprestada a meu
Fator de mul plicação = 1 – taxa de desconto (na forma irmão. Já lhe devolvi R$ 254,40, que correspondem a
decimal) 80% do valor que ele me emprestou. Se não há paga-
mento de juros, o valor total dessa dívida é:
Observe a tabela seguinte. a) R$ 63,60
b) R$ 203,50
Desconto Fator de Mul plicação c) R$ 318,00
10% 0,90 d) R$ 2035,20
25% 0,75 e) R$ 3180,00
35% 0,65
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

3. (FCC/TRT/2003) Dos 120 funcionários convidados para


75% 0,25 assis r a uma palestra sobre doenças sexualmente
90% 0,10 transmissíveis, somente 72 compareceram. Em rela-
ção ao total de funcionários convidados, esse número
Exemplo 2 representa:
Descontando 15% no valor de R$ 130,00 temos: a) 45%
130 x 0,85 = R$ 110,50.
b) 50%
c) 55%
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
d) 60%
1. Complete: e) 65%
a) 17% de x é igual a ..........................................
b) 300% de x é igual a.................................... 4. (Cespe/TRT/2002) Julgue os itens.
c) se uma mercadoria sofre um aumento de 30% no a) Se um trabalhador ganha R$ 800,00 líquidos por
seu preço x, então seu novo preço será................. mês, gasta 25% de seu salário em alimentação,

14
30% em aluguel, 25% em outras despesas e aplica d) 62,5 %
o restante em uma caderneta de poupança, então o e) 75 %
valor aplicado mensalmente é maior que R$ 150,00.
b) Se Antônio e Pedro analisaram juntos 225 proces- 10. (Esaf/AFC/2002) A remuneração mensal dos funcionários
sos e Pedro analisou 25% a mais de processos que de uma empresa é cons tuída de uma parte fixa igual a R$
Antônio, então Antônio analisou 100 processos. 1.500,00 mais uma comissão de 3% sobre o total de vendas
que exceder a R$ 8.000,00. Calcula-se em 10% o percen-
5. (Cespe/TRT/2002) Julgue os itens. tual de descontos diversos que incidem sobre seu salário
a) Considere que a cesta básica tenha seu preço majo- bruto (isto é, sobre o total da parte fixa mais a comissão).
rado a cada mês, de acordo com a inflação mensal. Em dois meses consecu vos, um dos funcionários dessa
Se, em dois meses consecu vos, a inflação foi de empresa recebeu, líquido, respec vamente, R$ 1.674,00 e
5% e 10%, então a cesta básica, nesse período, foi R$ 1.782,00. Com esses dados, pode-se afirmar que as
majorada em exatamente 15%. vendas realizadas por esse funcionário no segundo mês
b) Se um funcionário recebia R$ 850,00 por mês e pas- foram superiores às do primeiro mês em:
sou a receber R$ 952,00, então ele teve um aumento a) 8%
inferior a 13%. b) 10%
c) 14%
6. (Cespe/2002) Um comerciante aplicou um capital C, d) 15%
com rendimento de 30% ao ano, no início de 2001. e) 20%
Naquela data, ele poderia comprar, com esse capital,
exatamente 20 unidades de um determinado produto. 11. (Esaf/AFC-2004) Durante uma viagem para visitar
Porém, o preço unitário do produto subiu 25% em 2001. familiares com diferentes hábitos alimentares, Alice
A porcentagem a mais de unidades do produto que o apresentou sucessivas mudanças em seu peso. Primei-
comerciante podia comprar no início de 2002 era: ro, ao visitar uma a vegetariana, Alice perdeu 20% de
a) inferior a 3,5%. peso. A seguir, passou alguns dias na casa de um o,
b) superior a 3,5% e inferior a 4,5%. dono de uma pizzaria, o que fez Alice ganhar 20% de
c) superior a 4,5% e inferior a 5,5%. peso. Após, ela visitou uma sobrinha que estava fazendo
d) superior a 5,5% e inferior a 6,5%. um rígido regime de emagrecimento. Acompanhando
e) superior a 6,5%. a sobrinha em seu regime, Alice também emagre-
ceu, perdendo 25% de peso. Finalmente, visitou um
7. (FCC/2002) Desprezando-se qualquer po de perda, sobrinho, dono de uma renomada confeitaria, visita
ao se adicionar 100 g de ácido puro a uma solução que que, acarretou, para Alice, um ganho de peso de 25%.
contém 40 g de água e 60 g deste ácido, obtém-se uma O peso final de Alice, após essas visitas a esses quatro
nova solução com familiares, com relação ao peso imediatamente anterior
a) 75% de ácido. ao início dessa sequência de visitas, ficou:
b) 80% de ácido. a) exatamente igual.
c) 85% de ácido. b) 5% maior.
d) 90% de ácido. c) 5% menor.
e) 95% de ácido. d) 10% menor.
e) 10% maior.
8. (FCC/2002) Em janeiro, uma loja em liquidação decidiu
baixar todos os preços em 10%. No mês de março, fren- 12. (FCC/MPU/2007) No refeitório de certa empresa, num
te a diminuição dos estoques a loja decidiu reajustar dado momento, o número de mulheres correspondia a
os preços em 10%. Em relação aos preços pra cados 45% do de homens. Logo depois, 20 homens e 3 mulheres
antes da liquidação de janeiro, pode-se afirmar que, no re raram-se do refeitório e, concomitantemente, lá aden-
período considerado, houve traram 5 homens e 10 mulheres, ficando, então, o número
a) um aumento de 0,5% de mulheres igual ao de homens. Nessas condições, o total
b) um aumento de 1% de pessoas que havia inicialmente nesse refeitório era:
c) um aumento de 1,5% a) 46
b) 48
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

d) uma queda de 1%
e) uma queda de 1,5% c) 52
d) 58
9. (Esaf/AFC/2002) Em um aquário há peixes amarelos e e) 60
vermelhos: 80% são amarelos e 20% são vermelhos.
Uma misteriosa doença matou muitos peixes amare- 13. (Esaf/2002) As vendas de uma microempresa
los, mas nenhum vermelho. Depois que a doença foi passaram de R$ 3.000,00 no mês de janeiro para
controlada, verificou-se que 60% dos peixes vivos, no R$ 2.850,00 no mês de fevereiro. De quanto foi a dimi-
aquário, eram amarelos. Sabendo que nenhuma outra nuição rela va das vendas?
alteração foi feita no aquário, o percentual de peixes a) 4%
amarelos que morreram foi: b) 5%
a) 20 % c) 6%
b) 25 % d) 8%
c) 37,5 % e) 10%

15
14. (Esaf/2002) Um trabalhador teve um aumento salarial 3
de 10% em um ano e de 20% no ano seguinte. Qual foi c) A região Centro-Oeste possui dos recursos
o aumento salarial total do trabalhador no período? hídricos nacionais. 20
a) 40%
b) 32% 18
d) A bacia Amazônica concentra do potencial
c) 30% hídrico nacional. 25
d) 20% 1
e) 10% e) A região Nordeste possui mais de dos recursos
hídricos nacionais. 50
15. (Esaf-2002) Na compra à vista de um produto que cus-
tava R$ 180,00, um consumidor conseguiu um desconto
de 12%. Por quanto saiu o produto? 19. (Cespe/BB/2007) Considerando que o número de
a) R$ 158,40 crianças e adolescentes com até 17 anos de idade
b) R$ 160,00 que trabalham no Brasil seja igual a 2.899.800 e que a
quan dade deles por região brasileira seja diretamen-
c) R$ 162,00
te proporcional ao número de unidades federa vas
d) R$ 162,45
da respec va região – são 27 as unidades federa vas
e) R$ 170,00
brasileiras, incluindo-se o Distrito Federal como unidade
federa va da região Centro-Oeste – , julgue o item se-
Responda às questões 16 e 17, usando a tabela abaixo: guinte, tendo como referência as informações con das
no texto acima.
Em uma eleição para a presidência do Conselho Regional, ( ) Considere que, das crianças e adolescentes com
foi apurado o seguinte resultado: até os 17 anos de idade que trabalham no Brasil,
20% tenham entre 5 e 9 anos de idade. Nesse caso,
Candidato % do votos Número de votos mais de 450.000 dessas crianças e adolescentes
A 26% trabalham no campo.
B 24%
20. (Cesgranrio/2007) Em 2006, foram embarcadas, no
C 22% porto de Porto Velho, cera de 19.760 toneladas de
Brancos e/ou nulos 196 madeira a mais do que em 2005, totalizando 46.110
toneladas. Assim, em relação a 2005, o embarque de
16. (Funiversa) O número de votos ob dos pelo vencedor madeira aumentou aproximadamente x%. Pode-se
foi de: concluir que x é igual a:
a) 178 votos a) 45
b) 58
b) 182 votos
c) 65
c) 184 votos
d) 75
d) 188 votos
e) 80
e) 191 votos

17. (Funiversa) O número de total de eleitores foi de: GABARITO


a) 504
b) 600 Fixação de aprendizagem
c) 700
d) 804 1. a) 0,17x j) 9%
e) 638 b) 3x k) 90%
c) 1,3x l) 24
d) 0,85x m) 32%
18. (Cespe/2002) A bacia amazônica concentra 72% do e) 1,4 2. 25%
potencial hídrico nacional. A distribuição regional dos f) 1,03 3. 80%
recursos hídricos é de 70% para a região Norte, 15%
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

g) 0,75 4. 66,7% (aprox.)


para o Centro-Oeste, 12% para as regiões Sul e Sudeste, h) 0,91 5. 100 homens
que apresentam o maior consumo de água, e 3% para i) 6%
a Nordeste.
Internet: <h p://www.bndes.gov.br/
conhecimento/revista/rev806.pdf>. Questões de Concursos

Com base no texto, assinale a opção incorreta. 1. b 8. d 15. a


2. c 9. d 16. b
a) Mais de 6 dos recursos hídricos brasileiros 3. d 10. e 17. c
10 4. C C 11. d 18. d
situam-se na região Norte. 5. E C 12. d 19. C
6 6. b 13. b 20. d
b) Na região Sudeste, situam-se dos recursos hídri- 7. b 14. b
cos nacionais. 50

16
RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICO Exemplo:
“Ele é juiz do TRT da 1ª Região”, ou “x + 5 = 10”. O sujeito
é uma variável que pode ser subs tuída por um elemento
Estruturas Lógicas arbitrário, transformando a expressão em uma proposição
que pode ser valorada como V ou F. Expressões dessa forma
A lógica formal não se ocupa dos conteúdos pensados
são denominadas sentenças abertas, ou funções proposi-
ou dos objetos referidos pelo pensamento, mas apenas da
cionais. Pode-se passar de uma sentença aberta para uma
forma pura e geral dos pensamentos, expressa por meio da
proposição por meio dos quan ficadores “qualquer que seja”
linguagem. O objeto da lógica é a proposição, que exprime,
por intermédio da linguagem, os juízos formulados pelo ou “para todo”, indicado por , e “existe”, indicado por .
pensamento. A proposição é a atribuição de um predicado
a um sujeito. Sentenças Fechadas
São as sentenças nas quais podemos determinar o seu
sujeito.
Sentenças
Exemplos:
• Expressão de um pensamento completo.
• Antônio está de férias.
• São compostas por um sujeito (algo que se declara)
• O professor Josimar foi trabalhar.
e por um predicado (aquilo que se declara sobre o
sujeito).
Expressões
Exemplos:
São aquelas que não são sentenças.
• José passou no concurso público.
• Lógica não é di cil.
Exemplos:
• Que horas começa o filme?
• Vinte e cinco centésimos.
• Que belas flores!
• A terça parte de um número.
• Pegue essa xícara agora.
Proposições
Observação: Percebe-se que as sentenças podem ser:
Dá-se o nome de proposição a uma sentença (afirma-
 – Afirma vas; va ou nega va) formada por palavras ou símbolos que
s  Ex.: A lógica é uma ciência do raciocínio. expressam um pensamento de sen do completo, aos quais
e  se podem atribuir um valor lógico, ou seja, uma valoração
– Nega vas;
n  Ex.: José não vai à festa. (verdadeiro ou falso).
t 
Essa valoração também é chamada de valor-lógico ou
 valor-verdade.
e  – Impera vas;
Ex.: Faça seu trabalho com dedicação.
n Diagrama
ç  – Exclama vas;
a  Ex.: Que dia lindo!

s – Interroga vas.

 Ex.: Qual é o seu nome?
Sentenças Abertas
São as sentenças nas quais não podemos determinar
o seu sujeito. Uma forma mais simples de saber se uma
sentença é aberta seria não poder iden ficá-la nem como V
(verdadeira) nem como F (falsa).

Exemplo:
Ela foi a melhor atleta da compe ção. Aplicação
Uma questão que deixa às claras a relação entre pro-
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

Algumas sentenças são chamadas de abertas porque posições e sentenças é a que consta na prova para analista
são passíveis de interpretação, podendo ser julgadas como do Sebrae, realizada pelo Cespe em 2008, na qual aparece
verdadeiras (V) ou falsas (F). Se, por exemplo, vermos a a seguinte proposição: “‘Ninguém ensina ninguém’ é um
proposição expressa “Para todo a, P(a)”, em que a é um ele- exemplo de sentença aberta”.
mento qualquer do conjunto U, e P(a) é uma propriedade a
respeito dos elementos de U, será necessário explicitar U e Resolução:
P para que seja possível valorar. Essa questão é interessante, pois exige do candidato
uma diferenciação entre os conceitos já citados. Muitos
Exemplo: certamente se deteriam à interpretação da frase sugerida.
{x  R | x > 2} – neste caso, x pode ser qualquer número Observe que, quando o Cespe cita que a proposição “Nin-
maior que dois, ou seja, não há um sujeito específico. guém...” é uma sentença aberta, há uma contradição, uma
vez que uma proposição pode ser valorada, o que não ocorre
Há expressões às quais não se pode atribuir um valor com uma sentença aberta (não há como se valorar.) Logo,
lógico V ou F. o item está errado.

17
QUESTÕES COMENTADAS Comentário
O item não é uma proposição, pois não pode ser va-
1. (FCC/SFASP/Ag.Fis.Rendas/2006) Considere as seguintes lorado. É uma sentença interroga va. O item está correto.
frases:
I – Ele foi o melhor jogador do mundo em 2005. Proposições Simples e Compostas
II – (x+y) / 5 é um numero inteiro.
III – João da Silva foi o Secretário da Fazenda do Estado Proposições Simples ou Atômicas
de São Paulo em 2000.
Proposições Simples ou Básicas: são as proposições que
É verdade que apenas expressam apenas um pensamento.
a) I é uma sentença aberta.
b) II é uma sentença aberta. Exemplos:
c) I e II são sentenças abertas. • Guarapari tem lindas praias.
d) I e III são sentenças abertas. • José passou no concurso.
e) II e III são sentenças abertas.
Proposições Compostas ou Moleculares
Comentário
Proposições Compostas: são as proposições que expres-
No item I temos uma sentença aberta, pois não se pode sam mais de um pensamento. As proposições compostas
determinar quem foi o melhor jogador do mundo em 2005. costumam ser chamadas de fórmulas proposicionais ou
No item II vários valores podem ser atribuídos a x apenas fórmulas.
ou a y para que a razão possua resultado inteiro. Ex.: x
= 5 e y = 10, temos (5 + 10) / 5 = 3 (3 pertence aos intei- Exemplo:
ros); pode acontecer o mesmo com x = 20 e y = 10, temos José passou no concurso e Guarapari tem lindas praias.
(20 + 10) = 15 etc. Logo, a sentença é aberta.
Já no item III, temos uma sentença fechada, visto que se
QUESTÕES COMENTADAS
pode determinar quem foi o Secretário da Fazenda do Estado
de São Paulo em 2000, ou seja, o Sr. João da Silva. 1. (Cespe/STF/Técnico Judiciário/2008)
• Filho meu, ouve minhas palavras e atenta para meu
Resposta: c conselho.
• A resposta branda acalma o coração irado.
2. (FCC/SFASP/Ag.Fis.Rendas/2006/Adaptada) Das quatro • O orgulho e a vaidade são as portas de entrada da
frases abaixo, três têm uma mesma caracterís ca lógica ruína do homem.
e comum, enquanto uma delas não tem essa caracte- • Se o filho é honesto, então o pai é exemplo de inte-
rís ca. gridade.
I – Que belo dia!
II – Josias é um excelente aluno de raciocínio lógico. Tendo como referência as quatro frases acima, julgue
III – O jogo terminou empatado? os itens seguintes.
IV – Escreva uma poesia. a) A primeira frase é composta por duas proposições
lógicas simples unidas pelo conec vo de conjunção.
A frase que não possui essa caracterís ca comum é a: b) A segunda frase é uma proposição lógica simples.
a) IV. c) A terceira frase é uma proposição lógica composta.
b) III. d) A quarta frase é uma proposição lógica em que
c) I. aparecem dois conec vos lógicos.
d) II.
Comentário
Comentário O item a está errado, já que temos duas sentenças
Nas frases acima temos quatro sentenças: impera vas (não são proposições) ligadas por um conec-
I – Que Belo dia! (não possui uma interpretação lógica – vo de conjunção. Logo, podemos afirmar que não é uma
sentença exclama va – não há como valorar). proposição.
II – Josias é um excelente aluno de raciocínio lógico (sen- Já o item b está correto, pois temos apenas uma ideia
completa (proposição simples).
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

tença afirma va – há como valorar).


III – O jogo terminou empatado? (sentença interroga - Por sua vez, o item c está errado, visto que temos ape-
nas uma ideia completa (proposição simples).
va – não há como valorar).
O item d também está incorreto, porque temos duas
IV – Escreva uma poesia. (sentença impera va – não há
proposições simples (pensamentos) conectadas pelo conec-
como valorar).
vo condicional “Se... então...”.
Entre as quatro, apenas uma pode ser valorada. Logo, te-
mos uma proposição. Esse caso refere-se à segunda frase. 2. (Cespe/Sebrae/Analista/2008) Com relação à lógica
formal, julgue os itens subsequentes.
Resposta: d a) A frase “Pedro e Paulo são analistas do SEBRAE” é
uma proposição simples.
3. (Cespe/Banco do Brasil/2008) Julgue o item. b) A proposição “João viajou para Paris e Roberto viajou
a) A frase “Quanto subiu o percentual de mulheres para Roma” é um exemplo de proposição formada
assalariadas nos úl mos 10 anos?” não pode ser por duas proposições simples relacionadas por um
considerada uma proposição. conec vo de conjunção.

18
Comentário III – As quan dades de embaixadas e consulados gerais
O item a está correto, já que temos uma ideia completa que o Itamaraty possui são, respec vamente, x e y.
(proposição simples). IV – O barão do Rio Branco foi um diplomata notável.
O item b está correto, pois temos duas ideias completas Nessa situação, é correto afirmar que entre as sentenças
conectadas (operadas) por um conec vo de conjunção “e”. acima apenas uma delas não é uma proposição.

3. (Cespe/2008) Uma proposição é uma afirmação que 2. (Cespe/STJ/2008 – adaptada) A lógica formal representa
pode ser julgada como verdadeira – V – ou falsa – F –, as afirmações que os indivíduos fazem em linguagem
mas não como ambas. Uma proposição é denominada do co diano para apresentar fatos e se comunicar.
simples quando não contém nenhuma outra proposição Uma proposição é uma sentença que pode ser julgada
como parte de si mesma, e é denominada composta como verdadeira (V) ou falsa (F) (embora não se exija
quando for formada pela combinação de duas ou mais que o julgador seja capaz de decidir qual é a alterna va
proposições simples. De acordo com as informações válida).
con das no texto, julgue os itens a seguir. Nas sentenças a seguir, apenas A e D são proposições.
a) A frase “Você sabe que horas são?” é uma propo- A: 12 é menor que 6.
sição. B: Para qual me você torce?
b) A frase “Se o mercúrio é mais leve que a água, en- C: x + 3 > 10.
tão o planeta Terra é azul” não é considerada uma D: Existe vida após a morte.
proposição composta.
3. (Cespe/2008/adaptada) Na comunicação, o elemento
fundamental é a sentença, ou proposição simples,
Comentário
cons tuída esquema camente por um sujeito e um
Letra a – A frase “Você sabe que horas são?” é uma
predicado, sempre nas formas afirma va ou nega -
sentença interroga va. Assim, as sentenças interroga vas
va, excluindo-se as interroga vas e exclama vas. Há
não são proposições, pois elas não podem ser valoradas. expressões que não podem ser julgadas como V nem
Logo, o item está incorreto. como F, por exemplo: “x + 3 = 7”, “Ele foi um grande
Letra b – As proposições compostas são aquelas brasileiro”. Nesses casos, as expressões cons tuem sen-
que expressam mais de um pensamento completo. Nesse tenças abertas e “x” e “Ele” são variáveis. Uma forma de
contexto, os conec vos lógicos são u lizados para criar passar de uma sentença aberta a uma proposição é pela
novas proposições, ou até mesmo modificá-las. Tomando a quan ficação da variável. São dois os quan ficadores:
seguinte sentença: “Se o mercúrio é mais leve que a água, “qualquer que seja”, ou “para todo”, indicado por ∀ e
então o planeta Terra é azul”, temos duas ideias conectadas “existe”. Por exemplo, a proposição “(∀x)(x ∈ R) (x + 3
por um conec vo condicional “se... então...”. Logo, o item = 7)” é valorada como F, enquanto a proposição “(∀x)
está incorreto. (x ∈ R)(x + 3 = 7)” é valorada como V.
Com base nessas informações, julgue o item seguinte.
QUESTÕES DE CONCURSOS Considere as seguintes sentenças:
I – O Acre é um estado da Região Nordeste.
1. (Cespe/MRE/2008) Proposições são sentenças que II – Você viu o cometa Halley?
podem ser julgadas como verdadeiras – V – ou fal- III – Há vida no planeta Marte.
sas – F – mas não cabem a elas ambos os julgamentos. IV – Se x < 2, então x + 3 > 1.
As proposições simples são frequentemente simboliza- Nesse caso, entre essas 4 sentenças, apenas duas são
das por letras maiúsculas do alfabeto, e as proposições proposições.
compostas são conexões de proposições simples. Uma
expressão da forma A ^ B é uma proposição composta GABARITO
que tem valor lógico V quando A e B forem ambas V e,
nos demais casos, será F, e é lida “A e B”. A expressão ¬A, 1. E 3. E
“não A”, tem valor lógico F se A for V, e valor lógico V se 2. C
A for F. A expressão A V B, lida como “A ou B”, tem valor
lógico F se ambas as proposições A e B forem F; nos
demais casos, é V. A expressão AB tem valor lógico Valor Lógico de uma Proposição
F se A for V e B for F. Nos demais casos, será V, e tem,
Como já visto anteriormente, uma proposição é a expres-
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

entre outras, as seguintes leituras: “se A então B”, “A é


condição suficiente para B”, “B é condição necessária são de um pensamento completo (sentença) que pode ser
valorado, ou seja, na lógica proposicional uma proposição
para A”. Uma argumentação lógica correta consiste de
pode ser interpretada da seguinte maneira, respeitando os
uma sequência de proposições em que algumas são
princípios fundamentais: Verdadeira: V ou Falsa: F.
premissas, isto é, são verdadeiras por hipótese, e as
outras, as conclusões, são obrigatoriamente verdadei- Representação Literal das Proposições
ras por consequência das premissas.
Considerando as informações acima, julgue o item a As proposições podem ser representadas por letras,
seguir. podendo ser maiúsculas ou minúsculas.
Considere a seguinte lista de sentenças:
I – Qual é o nome pelo qual é conhecido o Ministério Exemplos:
das Relações Exteriores? • p: O estado do Espírito Santo é produtor de Petróleo.
II – O Palácio do Itamaraty em Brasília é uma bela cons- • q: O mundo precisa de Paz.
trução do século XIX. • r: Renato é um aluno dedicado.

19
SIMBOLIZAÇÃO EXERCÍCIO PROPOSTO
Na lógica proposicional não analisamos o conteúdo das 1. Dadas a proposições:
proposições, mas, sim, a forma como estas se relacionam p: Estudo lógica.
com outras proposições. Por exemplo, as proposições ‘A Terra q: Passo em concurso público.
é quadrada’ ou ‘Todo cachorro é rosa’ podem ser valoradas r: Estudo com dedicação.
como verdadeiras mesmo que saibamos que em nosso co-
diano não são. Por isso são representadas por símbolos. Traduzir para a linguagem corrente as seguintes propo-
As proposições são indicadas com maior frequência pelas sições:
letras ‘p’, ‘q’, ‘r’ ou ‘s’ (maiúsculas ou minúsculas). a)  p
b) p  q
Símbolos U lizados na Lógica Matemá ca c) p  q
d) q ↔ p
Símbolo Significado Símbolo Significado e) p → r
~ não  pertence f) p ↔ q
g) ~r  ~q
 e  não pertence h) (r q ) → p
 ou  união i) ~(p  ~q) → q

 se... então...  intersecção GABARITO


 se e somente se  contém
| tal que  está con do a) Não estudo lógica.
b) Estudo lógica e passo em concurso público.
 implica = igual c) Estudo lógica ou passo em concurso público.
 d) Passo em concurso público se e somente se estudo
 equivalente diferente
lógica.
qualquer que
 existe, algum  seja, todo
e) Se estudo lógica, então estudo com dedicação.
f) Estudo lógica se e somente se não passo em concurso
existe um e menor ou
| somente um

igual que
público.
g) Não estudo com dedicação e não passo em concurso
≥ maior ou igual que ≡ congruente
público.
> maior que < menor que h) Se estudo com dedicação ou não passo em concurso
Conec vos e Linguagem Formal público, então estudo lógica.
i) Se é falso que estudo lógica e não passo em concurso
público, então passo em concurso público.
Nas provas de concursos é de suma importância co-
nhecer os significados dos símbolos, os conec vos lógicos
e suas linguagens, bem como os termos atuais que estão QUESTÕES DE CONCURSOS
sendo u lizados. Nessa perspec va, nos deteremos à
“linguagem da lógica formal”. 1. (Cespe/TCU/2004 – adaptada) Considere que as letras
P, Q e R representam proposições e os símbolos , 
Os conec vos lógicos são elementos que operam as e → são operadores lógicos que constroem novas pro-
proposições simples para formarem novas proposições, posições e significam não, e e então, respec vamente.
as proposições compostas. São eles: “e”, “ou”, “se, então”, Na lógica proposicional que trata da expressão do
“se, e somente se” e “ou... ou...”. raciocínio por meio de proposições que são avaliadas
(valoradas) como verdadeiras (V) ou falsas (F), mas
Exemplos de proposições compostas: nunca ambos, esses operadores estão definidos, para
• P: José é irmão de Maria e André é irmão de João. cada valoração atribuída às letras proposicionais, na
• Q: André é dedicado nos estudos ou José pratica tabela abaixo.
esporte.
• R: Se o professor Josimar Padilha é rigoroso, então seus P Q ¬P P /\ Q P→Q
alunos gostam de lógica.
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

• S: Josias era um homem admirado se, e somente se, V V F V V


gostava muito da sua família. V F F F
F V V F V
Apresentação dos Conec vos Lógicos e sua Represen-
tação Matemá ca F F F V

Suponha que P represente a proposição Hoje choveu, Q


Conec vos
Símbolos Significados represente a proposição José foi à praia e R represente
Operadores
a proposição Maria foi ao comércio. Com base nessas
Conjunção  e / mas informações e no texto, julgue os itens seguintes.
Disjunção Inclusiva  ou a) A sentença Hoje não choveu então Maria não foi
Disjunção Exclusiva ◊ ou... ou... ao comércio e José não foi à praia pode ser corre-
Condicional  Se... então... / Quando tamente representada por  P → (R  Q).
b) A sentença Hoje choveu e José não foi à praia pode
Bicondicional  Se, e somente se ser corretamente representada por P  Q.

20
2. (Cespe/2006) Considere que P, Q, R e S representem Considere as sentenças a seguir.
proposições e que os símbolos , ,  e  sejam ope- I – Fumar deve ser proibido, mas muitos europeus
radores lógicos que constroem novas proposições e fumam.
significam “não”, “e”, “ou” e “então”, respec vamente. II – Fumar não deve ser proibido e fumar faz bem à
Na lógica proposicional, cada proposição assume um saúde.
único valor – verdadeiro (V) ou falso (F). Considere, III – Se fumar não faz bem à saúde, deve ser proibido.
ainda, que P, Q, R e S representem as sentenças listadas IV – Se fumar não faz bem à saúde e não é verdade
a seguir. que muitos europeus fumam, então fumar deve ser
P: O homem precisa de limites. proibido.
Q: A jus ça deve ser severa. V – Tanto é falso que fumar não faz bem à saúde como é
R: A repressão ao crime é importante. falso que fumar deve ser proibido; consequentemente,
S: A liberdade é fundamental. muitos europeus fumam.

Com base nessas informações, julgue os itens. Considere também que P, Q, R e T representem as
a) A sentença “A liberdade é fundamental, mas o sentenças listadas na tabela a seguir.
homem precisa de limites” pode ser corretamente
representada por P  ~S. P Fumar deve ser proibido.
b) A sentença “A repressão ao crime é importante, se
a jus ça deve ser severa” pode ser corretamente Q Fumar deve ser encorajado.
representada por R → Q. R Fumar não faz bem à saúde.
c) A sentença “Se a jus ça não deve ser severa nem a T Muitos europeus fumam.
liberdade fundamental, então a repressão ao crime
não é importante” pode ser corretamente represen- Com base nas informações acima e considerando a
tada por (~Q)  (~S) → ~R. notação introduzida no texto, julgue os itens seguintes.
d) A sentença “Ou o homem não precisa de limites e a) A sentença I pode ser corretamente representada
a repressão ao crime não é importante, ou a jus ça por P  (T).
deve ser severa” pode ser corretamente represen- b) A sentença II pode ser corretamente representada
tada por ((~P)  (~R))  Q. por ( P)  ( R).
e) A sentença “Se a jus ça deve ser severa, então o c) A sentença III pode ser corretamente representada
homem precisa de limites” pode ser corretamente por R  P.
representada por Q → P. d) A sentença IV pode ser corretamente representada
por (R  ( T))  P.
3. (Cespe/2006) Uma proposição pode ter valoração e) A sentença V pode ser corretamente representada
verdadeira (V) ou falsa (F). Os caracteres ¬,  e  que por T  ((¬ R)  (¬ P)).
simbolizam “não”, “ou” e “e”, respec vamente, são
usados para formar novas proposições. Por exemplo, se 5. (Cespe/TSE/2007) Na análise de um argumento,
P e Q são proposições, então P  Q, P  Q e ¬P também pode-se evitar considerações subje vas, por meio da
são proposições. Considere as proposições seguir. reescrita das proposições envolvidas na linguagem da
A: As despesas foram previstas no orçamento. lógica formal. Considere que P, Q, R e S sejam propo-
B: Os gastos públicos aumentaram. sições e que “”, “”, “” e “” sejam os conectores
C: Os funcionários públicos são sujeitos ao Regime lógicos que representam, respec vamente, “e”, “ou”,
Jurídico Único. “negação” e o “conector condicional”. Considere tam-
D: A lei é igual para todos. bém a proposição a seguir.
“Quando Paulo vai ao trabalho de ônibus ou de metrô,
A par r dessas informações, julgue os itens subse- ele sempre leva um guarda-chuva e também dinheiro
quentes. trocado”.
a) A proposição “Ou os gastos públicos aumentaram Assinale a opção que expressa corretamente a propo-
ou as despesas não foram previstas no orçamento” sição acima em linguagem da lógica formal, assumin-
está corretamente simbolizada por (B)  (¬A). do que
b) A  (C  (¬B)) simboliza corretamente a proposição P= “Quando Paulo vai ao trabalho de ônibus”.
“As despesas foram previstas no orçamento e, ou os Q= “Quando Paulo vai ao trabalho de metrô”.
funcionários públicos são sujeitos ao Regime Jurídico R= “ele sempre leva um guarda-chuva”.
Único ou os gastos públicos não aumentaram”. S= “ele sempre leva dinheiro trocado”.
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

c) A proposição “Não é verdade que os funcionários


públicos são sujeitos ao Regime Jurídico Único nem a) P  (Q  R) c) (P  Q)  (R  S)
que os gastos públicos aumentaram” está correta- b) (PQ)  R d) P  (Q  (R  S)).
mente simbolizada pela forma (¬C)  (¬B).
6. (Cespe/Banco do Brasil/2007) Há duas proposições no
4. (Cespe/PF/2004 – adaptada) Considere que as letras P, seguinte conjunto de sentenças:
Q, R e T representem proposições e que os símbolos I – O BB foi criado em 1980.
, ,  e  sejam operadores lógicos que constroem II – Faça seu trabalho corretamente.
novas proposições e significam não, e, ou e então, res- III – Manuela tem mais de 40 anos de idade.
pec vamente. Na lógica proposicional, cada proposição
assume um único valor (valor-verdade), que pode ser 7. (Cespe/STF/Analista Judiciário/2008) Considere as se-
verdadeiro (V) ou falso (F), mas nunca ambos. guintes proposições lógicas representadas pelas letras
Com base nas informações apresentadas no texto aci- P, Q, R e S:
ma, julgue os itens a seguir. P: Nesse país o direito é respeitado.

21
Q: O país é próspero. Solução:
R: O cidadão se sente seguro. O número de proposições simples, variáveis proposicio-
S: Todos os trabalhadores têm emprego. nais, é igual a 3, ou seja, n = 3, então o Nº de linhas = 23 =
8 linhas.Veja:
Considere também que os símbolos “V”, “^”, “” e
“¬” representem os conec vos lógicos “ou”, “e”, “se P Q R (P  Q) (P  Q)R
... então” e “não”, respec vamente. Com base nessas V V V V V
informações, julgue os itens seguintes.
a) A proposição “Nesse país o direito é respeitado, mas V V F V V
o cidadão não se sente seguro” pode ser represen- V F V F V
tada simbolicamente por P ^ (¬R). V F F F F
b) A proposição “Se o país é próspero, então todos os
trabalhadores têm emprego” pode ser representada F V V F V
simbolicamente por QS. F V F F F
c) A proposição “O país ser próspero e todos os tra- F F V F V
balhadores terem emprego é uma consequência
de, nesse país, o direito ser respeitado” pode ser F F F F F
representada simbolicamente por (Q ^ R)P. Número de Valorações Dis ntas
8. (Cespe/2008) Os conec vos e, ou, não e o condicional O número de valorações dis ntas que podem ser ob das
se ... então são, simbolicamente, representados por para proposições com n variáveis proposicionais é igual a
, , ¬ e , respec vamente. As letras maiúsculas 2n de linhas.
do alfabeto, como P, Q e R, representam proposições.
As indicações V e F são usadas para valores lógicos Nº de valorações = 2n de linhas
verdadeiro e falso, respec vamente, das proposições.
Com base nessas informações, julgue os item seguinte. Exemplo:
a) A proposição “Tanto João não é norte-americano Qual o número de valorações dis ntas que podem ser
como Lucas não é brasileiro, se Alberto é francês” ob das para proposições com exatamente duas variáveis
poderia ser representada por uma expressão do po proposicionais?
P [(Q)  (R)].
Solução:
O número de proposições simples, variáveis pro-
GABARITO posicionais, é igual a 2, ou seja, n = 2, então temos
22 = 4 linhas.
1. C, C 5. c
2. E, E, C, C, C 6. C Conec vos ou Operadores Lógicos
3. E, C, C 7. C, C, E
4. E, C, C, C, E 8. C Operações com Proposições – Operadores Lógicos

Construção de uma Tabela-Verdade Os conec vos lógicos são u lizados para criar novas
proposições ou até mesmo modificá-las.
Se uma proposição composta é formada por n variáveis
Negação ou Modificador Lógico
proposicionais, a sua tabela-verdade possuirá 2n linhas.
O “não” é chamado de modificador lógico, porque ao
ser inserido em uma proposição muda seu valor lógico, ou
Nº de linhas = 2n Proposições seja, faz a negação da proposição. Quando representarmos
a negação de uma proposição, usaremos (~) ou (¬) antes da
Exemplo: letra que representa a proposição.
Quantas linhas possui a tabela-verdade da proposição
composta (P  Q)?
Proposição p Proposição ¬p
Solução: Reginaldo não é trabalhador.
Reginaldo é Não é verdade que
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

O número de proposições simples, variáveis proposicio-


nais, é igual a 2, ou seja, n = 2, então o Nº de linhas = 22 = trabalhador Reginaldo é trabalhador.
4 linhas.Veja: É falso que Reginaldo é trabalhador.

Se uma proposição p é verdadeira, então a sua negação,


P Q (P  Q) a proposição ¬p, é falsa. Veja:
V V V
V F F Se a proposição... Tem valor lógico...
F V F A bola é pesada. Verdadeiro
F F F então a proposição... Tem valor lógico...
A bola não é pesada. Falso
Exemplo:
Quantas linhas possui a tabela-verdade da proposição Se uma proposição ¬p é verdadeira, então a sua negação,
composta (P  Q)R? proposição p, é falsa.Veja:

22
Se a proposição... Tem valor lógico... Exemplos:
• P: Gosto de Lógica. (1º Disjun vo)
Não quero. Verdadeiro
• Q: Passo no concurso público. (2º Disjun vo)
então a proposição... Tem valor lógico...
Quero. Falso A disjunção P ou Q pode ser escrita como: Gosto de Lógica
ou passo no concurso público.
Não quero, verdadeiro. Quero, falso. Podemos represen- A noção de conjunto fornece uma interpretação concreta
tar as tabelas anteriores apenas por: para algumas ideias de natureza lógica que são fundamen-
tais para a Matemá ca e o desenvolvimento do raciocínio.
p ~ p ou ¬ p Quando declaramos “Gosto de Lógica ou Passo no concurso
V F público”, devemos, de acordo com os Axiomas da Lógica,
aceitar como verdadeiro que “Gosto exclusivamente de
F V lógica, passo exclusivamente no concurso” ou pode ainda
gostar de lógica e passar no concurso público. A possibilidade
de não gostar de lógica e nem passar no concurso público
representa um conjunto vazio. A tabela e o diagrama abaixo
mostram esse raciocínio.

Tabela-Verdade
P Q PQ
V V V
Conjunção
Denomina-se conjunção a proposição composta formada V F V
por duas proposições quaisquer que estejam ligadas (opera- F V V
das) pelo conec vo “e”.
F F F
Exemplos:
• T: José trabalha no Tribunal. (1º Conjun vo) O operador “ou” tem o sen do de “um ou outro,
• U: José mora em Brasília. (2º Conjun vo) possivelmente ambos”.
O operador “ou” em operações de conjuntos dá ideia
A palavra “e” é breve e cômoda, mas tem outros usos, além
de União e de Soma.
de interligar enunciados (proposições simples). Por exemplo,
o enunciado “Lincoln e Grant eram contemporâneos” não é
uma conjunção, mas um simples enunciado que expressa uma Disjunção Exclusiva
relação. “Para ter um símbolo único com a função específica Denomina-se disjunção exclusiva a proposição composta
de interligar conjun vamente os enunciados, introduzimos o formada por duas proposições simples que estejam ligadas
símbolo  como símbolo da conjunção”. Assim, a conjunção, (operadas) pelo conec vo “ou... ou...”.
previamente mencionada, pode ser escrita como T  U: José
trabalha no Tribunal e José mora em Brasília. Exemplos:
A noção de conjunto fornece uma interpretação concreta • R: Josimar gosta de matemá ca. (1º Disjun vo)
para algumas ideias de natureza lógica que são fundamentais • S: Josimar gosta de esporte. (2º Disjun vo)
para a Matemá ca e o desenvolvimento do raciocínio.
Quando declaramos que “José trabalha no tribunal” e A disjunção ou R ou S pode ser escrita como: Ou Josimar
“José mora em Brasília”, devemos, de acordo com os Axiomas gosta de matemá ca ou Josimar gosta de esporte.
da Lógica, aceitar como verdadeiro que José trabalha no Quando declaramos que “Ou Josimar gosta de mate-
Tribunal e mora em Brasília. As possibilidades de que José má ca ou Josimar gosta de esporte” devemos, de acordo
trabalhe exclusivamente no Tribunal e de que José more com os Axiomas da Lógica, aceitar como verdadeiro que
exclusivamente em Brasília ou que não trabalhe no Tribunal “Josimar gosta exclusivamente de matemá ca ou Josimar
e more em Brasília representa um conjunto vazio. A tabela gosta exclusivamente de esporte”. A possibilidade de Josimar
e o diagrama abaixo representam essa situação. gostar de matemá ca e Josimar gostar de esporte representa
um conjunto vazio. A tabela e o diagrama abaixo mostram
esse raciocínio.
Tabela-Verdade
I E IE IE
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

Tabela-Verdade
V V V
R S RS
V F F
V V F
F V F
V F V
F F F
F V V
Concluindo, o operador “e” tem o sen do de “ambos”, F F F
“simultaneidade”, “ao mesmo tempo”.
O operador “e” em operações de conjuntos dá a ideia de O operador “ou... ou...” tem o sen do de “um ou outro,
“intersecção” e uma ideia de “mul plicação”. e não ambos”.
Disjunção O operador “ou... ou...” em operações de conjuntos dá
A disjunção inclusiva é a proposição composta formada ideia de união e soma dos exclusivos.
por duas proposições simples que estejam ligadas (operadas) Quando se u liza o “ou” no sen do exclusivo, é comum
pelo conec vo “ou”. adicionar no final a expressão: “mas não os dois”.

23
QUESTÕES COMENTADAS 4. (Cespe/2007) Circuitos lógicos são estruturas que po-
dem ser exibidas por meio de diagramas cons tuídos de
1. (Esaf) De três irmãos – José, Adriano e Caio, sabe-se componentes denominados portas lógicas. Um circuito
que ou José é o mais velho, ou Adriano é o mais moço. lógico recebe um ou mais de um valor lógico na entrada
Sabe-se também que, ou Adriano é o mais velho ou Caio e produz exatamente um valor lógico na saída. Esses
é o mais velho. Então, o mais velho e o mais moço dos valores lógicos são representados por 0 ou 1. As portas
três irmãos são, respec vamente: lógicas OU e N (não) são definidas pelos diagramas
a) Caio e José. d) Adriano e José. abaixo.
b) Caio e Adriano. e) José e Adriano.
c) Adriano e Caio.

Comentário
Par ndo da dica de que todas as proposições (premissas)
são verdadeiras, iremos valorá-las com “V”. Ao aplicarmos
a tabela-verdade do conectivo utilizado na proposição,
iremos valorando as proposições simples que compõem as Nesses diagramas, A e B representam os valores lógicos
premissas P1 e P2. de entrada e S, o valor lógico da saída. Em OU, o valor
de S é 0 quando A e B são ambos 0, caso contrário, é 1.
P1: ou José é o mais velho ou Adriano é o mais moço.  V. Em N, o valor de S é 0 quando A for 1, e é 1 quando A
for 0. Considere o seguinte diagrama de circuito lógico.
P2: ou Adriano é o mais velho ou Caio é o mais ve-
lho.  V.

Para que os resultados das premissas (P1 e P2) sejam ver-


dadeiros, temos que valorar as proposições simples de acordo
com a tabela-verdade da disjunção exclusiva. Então, teremos:
F V
P1: ou José é o mais velho ou Adriano é o mais moço.  V Com base nas definições apresentadas e no circuito
F V ilustrado acima, julgue os itens subsequentes.
P2: ou Adriano é o mais velho ou Caio é o mais ve- a) Considere-se que A tenha valor lógico 1 e B tenha
lho.  V valor lógico 0. Nesse caso, o valor lógico de S será 0.
b) A saída no ponto Q terá valor lógico 1 quando A ver
“Conclusão: O mais velho é Caio e o mais moço é Adria- valor lógico 0 e B ver valor lógico 1.
no.”  V.
5. (Cespe/2007) Os símbolos que conectam duas pro-
QUESTÕES DE CONCURSOS posições são denominados conec vos. Considere a
proposição definida simbolicamente por A  B, que é F
1. (Esaf) Maria tem três carros: um gol, um corsa e um quando A e B são ambos V ou ambos F, caso contrário
fiesta. Um dos carros é branco, o outro é preto e o outro é V. O conec vo  é denominado “ou exclusivo” por-
é azul. Sabe-se que: 1) ou o gol é branco, ou o fiesta é que é V se, e somente se, A e B possuírem valorações
branco; 2) ou o gol é preto, ou o corsa é azul; 3) ou o dis ntas. Com base nessas informações, julgue o item
fiesta é azul, ou o corsa é azul; 4) ou o corsa é preto, que se segue.
ou o fiesta é preto. a) A proposição “João nasceu durante o dia ou João
Portanto, as cores do gol, do corsa e do fiesta são, nasceu durante a noite” não tem valor lógico V.
respec vamente,
a) branco, preto, azul. d) preto, branco, azul. 6. (CGU/2008) Sou amiga de Abel ou sou amiga de Oscar.
b) preto, azul, branco. e) branco, azul, preto. Sou amiga de Nara ou não sou amiga de Abel. Sou amiga
c) azul, branco, preto. de Clara ou não sou amiga de Oscar. Ora, não sou amiga
de Clara. Assim,
2. (MPU/2004) Ricardo, Rogério e Renato são irmãos. Um a) não sou amiga de Nara e sou amiga de Abel.
deles é médico, outro é professor e o outro é músico. b) não sou amiga de Clara e não sou amiga de Nara.
Sabe-se que: 1) ou Ricardo é médico, ou Renato é médi- c) sou amiga de Nara e amiga de Abel.
co; 2) ou Ricardo é professor, ou Rogério é músico; 3) ou d) sou amiga de Oscar e amiga de Nara.
Renato é músico, ou Rogério é músico; 4) ou Rogério é e) sou amiga de Oscar e não sou amiga de Clara.
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

professor, ou Renato é professor. Portanto, as profissões


de Ricardo, Rogério e Renato são, respec vamente, GABARITO
a) professor, médico, músico.
b) médico, professor, músico.
1. e 3. e 5. E
c) professor, músico, médico.
d) músico, médico, professor. 2. e 4. E, C 6. c
e) médico, músico, professor.
Condicional
3. (Esaf/Aneel/2004) Surfo ou estudo. Fumo ou não surfo. Denomina-se condicional a proposição composta for-
Velejo ou não estudo. Ora, não velejo. Assim, mada por duas proposições que estejam ligadas (operadas)
a) estudo e fumo. pelos conec vos “Se..., então...” / “Quando”.
b) não fumo e surfo.
c) não velejo e não fumo. Exemplos:
d) estudo e não fumo. • A: Elisa é estudiosa.
e) fumo e surfo. • B: Elisa é bem-sucedida.

24
A condicional “Se A, então B”/ “Quando A, B” pode ser Uma observação muito importante para o conec vo
escrita como: A  B: Se Elisa é estudiosa, então Elisa é condicional é que ele não pode comutar. A tabela-verdade
bem-sucedida. mostra isso claramente nas linhas 2 e 3, em que os resultados
Ao escrevermos “Se Elisa é estudiosa, então Elisa é são diferentes.
bem-sucedida” devemos, de acordo com os axiomas da
Lógica, acordar que: Elisa ser estudiosa, obrigatoriamente A B A →B
Elisa é bem-sucedida; se Elisa não é bem-sucedida, então
ela não é estudiosa. V V V
A implicação lógica denotada por A  B pode ser inter- V F F
pretada como uma inclusão entre conjuntos, ou seja, como A F V V
 B, em que A é o conjunto cujos objetos cumprem a condi- F F V
ção a, e b é o conjunto cujos objetos cumprem a condição b.
Uma outra demonstração se dá por meio dos diagramas,
A B A →B nos quais temos: p → q.
V V V
V F F
F V V 
F F V

QUESTÕES COMENTADAS
Em uma proposição condicional não existe a possibilidade
de termos a primeira verdadeira e a segunda falsa; então, se 1. (Esaf) Se o jardim não é florido, então o gato mia. Se
sabemos que a primeira é verdadeira, a segunda, por dedu- o jardim é florido, então o passarinho não canta. Ora,
ção, deverá ser considerada verdadeira; e se sabemos que o passarinho canta. Logo:
a segunda é falsa, a primeira deverá ser considerada falsa. a) O jardim é florido e o gato mia.
Note também que, se sabemos que a primeira é falsa, não b) O jardim é florido e o gato não mia.
temos como deduzir o valor lógico da segunda, e, se sabemos c) O jardim não é florido e o gato mia.
que a segunda é verdadeira, não temos como deduzir o valor d) O jardim não é florido e o gato não mia.
lógico da primeira. Veja: e) Se o passarinho canta, então o gato não mia.

Comentário
Par ndo do princípio de que todas as premissas são
verdadeiras, temos:
Antecedente Consequente
V V (V)
Em uma proposição condicional temos as seguintes P1: O jardim não é florido  O gato mia.
condições:
F F (V)
P2: O jardim é florido  o passarinho não canta.

P3: O passarinho canta. (V)

Par ndo da premissa p3 como (V), temos as seguintes


valorações para as demais proposições simples, de acordo
com a tabela-verdade da condicional:
a) O jardim é florido e o gato mia.
X = Condicional suficiente FV=F
Y = Condicional necessária
b) O jardim é florido e o gato não mia.
Exemplos: FF=F
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

• Se o dia es ver claro, então José vai ao comércio.


• P: O dia es ver claro. c) O jardim não é florido e o gato mia.
• Q: José vai ao comércio. VV=V

Tem-se: d) O jardim não é florido e o gato não mia.


VF=F
O dia estar claro é condição suficiente
para José ir ao comércio. e) Se o passarinho canta, então o gato não mia.
OU VF=F
José ir ao comércio é condição necessária
para o dia estar claro. Logo, a sentença c é verdadeira.

O Operador “Se... então...” dá a ideia de inclusão de dois Observação: Perceba que analisamos cada uma das
conjuntos, em que p q  p q. opções para encontrar o item verdadeiro.

25
QUESTÕES DE CONCURSOS a) Celso compra um carro e Ana não vai à África.
b) Celso não compra um carro e Luís não compra o livro.
1. (Esaf) Se Beto briga com Glória, então Glória vai ao c) Ana não vai à África e Luís compra um livro.
cinema. Se Glória vai ao cinema, então Carla fica em d) Ana vai à África ou Luís compra um livro.
casa. Se Carla fica em casa, então Raul briga com Carla. e) Ana vai à África e Rui não vai a Roma.
Ora, Raul não briga com Carla, logo:
a) Carla não fica em casa e Beto não briga com Glória. 7. (Esaf) Se Nestor disse a verdade, Júlia e Raul men ram.
b) Carla fica em casa e Glória vai ao cinema. Se Raul men u, Lauro falou a verdade. Se Lauro falou a
c) Carla não fica em casa e Glória vai ao cinema. verdade, há um leão feroz nesta sala. Ora, não há um
d) Glória vai ao cinema e Beto briga com Glória. leão feroz nesta sala. Logo:
e) Glória não vai ao cinema e Beto briga com Glória. a) Nestor e Júlia disseram a verdade.
b) Nestor e Lauro men ram.
2. (Esaf) Se não durmo, bebo. Se es ver furioso, durmo. c) Raul e Lauro men ram.
Se dormir, não estou furioso. Se não estou furioso, não d) Raul men u ou Lauro disse a verdade.
bebo. Logo: e) Raul e Júlia men ram.
a) não durmo, estou furioso e não bebo.
b) durmo, estou furioso e não bebo. 8. (Esaf) Se Carlos é mais velho do que Pedro, então Ma-
c) não durmo, estou furioso e bebo. ria e Júlia têm a mesma idade. Se Maria e Júlia têm a
d) durmo, não estou furioso e não bebo. mesma idade, então João é mais moço do que Pedro.
e) não durmo, não estou furioso e bebo. Se João é mais moço do que Pedro, então Carlos é mais
velho do que Maria. Ora, Carlos não é mais velho do
3. (Esaf) Há três suspeitos de um crime: o cozinheiro, que Maria. Então:
a governanta e o mordomo. Sabe-se que o crime foi a) Carlos não é mais velho do que Júlia, e João é mais
efe vamente come do por um ou por mais de um moço do que Pedro.
deles, já que podem ter agido individualmente ou não. b) Carlos é mais velho do que Pedro, e Maria e Júlia
Sabe-se, ainda, que: têm a mesma idade.
I. Se o cozinheiro é inocente, então a governanta é c) Carlos e João são mais moços do que Pedro.
culpada. d) Carlos é mais velho do que Pedro e João é mais moço
II. Ou o mordomo é culpado ou a governanta é culpada, do que Pedro.
mas não os dois. e) Carlos não é mais velho do que Pedro, e Maria e Júlia
III. O mordomo não é inocente. não têm a mesma idade.

Logo: 9. (Esaf) Quando não vejo Carlos, não passeio ou fico


a) a governanta e o mordomo são os culpados. deprimida. Quando chove, não passeio e fico deprimi-
b) o cozinheiro e o mordomo são os culpados. da. Quando não faz calor e passeio, não vejo Carlos.
c) somente a governanta é culpada. Quando não chove e estou deprimida, não passeio.
d) somente o cozinheiro é inocente. Hoje eu passeio. Portanto, hoje:
e) somente o mordomo é culpado. a) vejo Carlos, e não estou deprimida, e chove, e faz
calor.
4. (Esaf) José quer ir ao cinema assis r ao filme “Fogo b) não vejo Carlos, e estou deprimida, e chove, e faz
contra fogo”, mas não tem certeza se o mesmo está calor.
sendo exibido. Seus amigos, Maria, Luís, e Júlio, têm c) vejo Carlos, e não estou deprimida, e não chove,
opiniões discordantes sobre se o filme está em cartaz ou e faz calor.
não. Se Maria es ver certa, então Júlio está enganado. d) não vejo Carlos, e estou deprimida, e não chove,
Se Júlio es ver enganado, então Luís está enganado. e não faz calor.
Se Luís es ver enganado, então o filme não está sendo e) vejo Carlos, e estou deprimida, e não chove, e faz
exibido. Ora, ou o filme “Fogo contra fogo” está sendo calor.
exibido, ou José não irá ao cinema. Verificou-se que
Maria está certa. Logo: 10. Considere que as letras P, Q, R e T representem
a) o filme “Fogo contra fogo” está sendo exibido.
proposições e que os símbolos ¬, /\, v e  sejam
b) Luís e Júlio não estão enganados.
operadores lógicos que constroem novas proposições
c) Júlio está enganado, mas não Luís.
e significam não, e, ou e então, respec vamente. Na
d) Luís está enganado, mas não Júlio.
lógica proposicional, cada proposição assume um único
e) José não irá ao cinema.
valor (valor-verdade), que pode ser verdadeiro (V) ou
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

5. (AFC) Ou lógica é fácil, ou Arthur não gosta de Lógica. falso (F), mas nunca ambos. Com base nas informações
Por outro lado, se Geografia não é di cil, então Lógica apresentadas no texto acima, julgue os itens a seguir.
é di cil. Daí segue-se que se Arthur gosta de Lógica, a) Se as proposições P e Q são ambas verdadeiras, en-
então: tão a proposição (¬P) V (¬Q) também é verdadeira.
a) se Geografia é di cil, então Lógica é di cil. b) Se a proposição T é verdadeira e a proposição R é
b) Lógica é fácil e Geografia é di cil. falsa, então a proposição R  (¬ T) é falsa.
c) Lógica é fácil e Geografia é fácil. c) Se as proposições P e Q são verdadeiras e a propo-
d) Lógica é di cil e Geografia é di cil. sição R é falsa, então a proposição (P /\ R)  (¬ Q)
e) Lógica é di cil ou Geografia é fácil. é verdadeira.

6. (Esaf) Ou Celso compra um carro, ou Ana vai à África, ou 11. (Cespe/2008) Considere que P, Q e R sejam proposições
Rui vai a Roma. Se Ana vai à África, então Luís compra lógicas e que os símbolos “”, “”, “” e “¬” repre-
um livro. Se Luís compra um livro, então Rui vai a Roma. sentem, respec vamente, os conec vos “ou”, “e”, “im-
Ora Rui não vaia Roma, logo: plica” e “negação”. As proposições são julgadas como

26
verdadeiras (V) ou como falsas (F). Com base nessas Conclusão:
informações, julgue os itens seguintes relacionados à Na proposição bicondicional, se a primeira das duas
lógica proposicional. proposições simples que a compõem for verdadeira, a se-
a) A úl ma coluna da tabela-verdade abaixo corres- gunda será verdadeira; se a primeira for falsa, a segunda
ponde à proposição (PR)  Q. será falsa; se a segunda for falsa, a primeira será falsa;
P Q R PR se a segunda for verdadeira, a primeira será verdadeira.
Veja:
V V V V
V V F V
Tabela-Verdade
V F V F
A B A B
V F F V
F V V F
V V V V V
V F F
F V F V F F
F V F
F F V F
F F V
F F F V
Quando temos:
b) A úl ma coluna da tabela-verdade abaixo corres-
P→Q P Q 
ponde à proposição (¬P)  (QR). 
e  Logo, P = Q  PQ
P Q R ¬P P R Q→P Q P 

V V V V
Uma aplicação desse conceito foi comentada na prova
V V F F do TRF 1ª Região em 2006.
V F V V
V F F V Se todos nossos atos têm causas, então não há atos livres.
Se não há atos livres, então todos nossos atos têm causas.
F V V V
F V F V Tomando como proposições:
P: Todos nossos atos têm causas.
F F V V Q: Não há atos livres.
F F F V
PQ
GABARITO QP
P  Q “Todos nossos atos tem causas ‘se e somente se’
1. a 4. e 7. b 10. E, E, C não há atos livres”.
2. d 5. b 8. e 11. E, C PQ
3. b 6. a 9. c P é condição necessária e suficiente para Q.

Ressalta-se que em muitas questões de concursos pú-


Bicondicional blicos os conec vos lógicos condicional e bicondicional são
Denomina-se bicondicional a proposição composta expressos não em uma linguagem formal (seu significado),
formada por duas proposições que estejam ligadas pelo mas por meio de condições impostas às proposições simples
conec vo “se, e somente se”. que compõem uma sentença composta.

Exemplos:
• A: Gosto de lógica.
QUESTÕES COMENTADAS
• B: Gosto de matemá ca.
1. (Esaf/Técnico/2006) Sabe-se que Beto beber é condição
necessária para Carmem cantar e condição suficiente
A proposição bicondicional “A se, e somente se, B” pode
para Denise dançar. Sabe-se, também, que Denise dan-
ser escrita como: A  B: Gosto de lógica se, e somente se,
çar é condição necessária e suficiente para Ana chorar.
gosto de matemá ca.
Assim, quando Carmem canta,
Uma proposição bicondicional, de acordo com os axiomas
a) Denise não dança ou Ana não chora.
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

da Lógica, deve aceitar como verdadeiro que, se é verdade


b) nem Beto bebe nem Denise dança.
que gosto de lógica, obrigatoriamente, é verdade que gosto
c) Beto bebe e Ana chora.
de matemá ca. Se é verdade que gosto de matemá ca,
d) Beto não bebe ou Ana não chora.
obrigatoriamente, é verdade que gosto de lógica. Se é falso
e) Denise dança e Beto não bebe.
que gosto de lógica, obrigatoriamente, é falso que gosto de
matemá ca, e, se é falso que gosto de matemá ca, obri-
Comentário
gatoriamente, é falso que gosto de lógica. Qualquer outra
Primeiramente, vamos identificar os conectivos e
possibilidade representa um conjunto vazio. A tabela e o
construir a estrutura para chegarmos a uma conclusão
diagrama a seguir representam essa situação.
verdadeira.
(V) (V)
P1: Carmem cantar Beto beber (V)
A=B
(V) (V)
P2: Beto beber  Denise dançar (V)

27
(V) (V) a) D ocorre e B não ocorre.
P3: Denise dançar  Ana chorar (V) b) D não ocorre ou A não ocorre.
c) B e A ocorrem.
(V) d) nem B nem D ocorrem.
P4: Carmem cantar (V) e) B não ocorre ou A não ocorre.

Logo, par ndo do princípio de que todas as premissas GABARITO


(proposições) são verdadeiras e u lizando as tabelas-ver-
dade, valoramos as proposições simples. 1. d 2. c 3. c
Analisando os itens propostos pela questão, para se
chegar a uma conclusão verdadeira, temos:
(F)  (F) = (F) Equivalências Lógicas
a) Denise não dança ou Ana não chora.
Duas proposições são equivalentes quando são forma-
(F)  (F) =F das pelas mesmas proposições simples e os resultados das
b) Nem Beto nem Denise dançam. tabelas-verdade são idên cos.

(V)  (V) =V AB


c) Beto bebe e Ana chora.
Leis Associa vas
(F)  (F) =F
d) Beto não bebe e Ana não chora. (A  B) C A  (B C)

(V)  (F) =F Exemplo:


e) Denise dança e Beto não bebe. A: José é um aluno dedicado.
B: José é um aluno esforçado.
Portanto, o item correto é a letra c. C: José gosta de futebol.

QUESTÕES DE CONCURSOS (A  B)  C A  (B C)


José é um aluno dedicado e José é um aluno dedicado e
1. (Esaf) Sabe-se que João estar feliz é condição necessária esforçado, e gosta de jogar esforçado e gosta de jogar
para Maria sorrir e condição suficiente para Daniela futebol. futebol.
abraçar Paulo. Sabe-se, também, que Daniela abraçar
Paulo é condição necessária e suficiente para Sandra (A  B) C A  (B C)
abraçar Sérgio.
Assim, quando Sandra não abraça Sérgio: Exemplo:
a) João está feliz, e Maria não sorri, e Daniela abraça A: Josimar é um professor esforçado.
Paulo. B: José é um aluno dedicado.
b) João não está feliz, e Maria sorri, e Daniela não C: Josias gosta de estudar.
abraça Paulo.
c) João está feliz, e Maria sorri, e Daniela não abraça (A  B) C A  (B C)
Paulo.
d) João não está feliz, e Maria não sorri e Daniela não Josimar é um professor Josimar é um professor es-
abraça Paulo. esforçado ou José é um forçado ou José é um aluno
e) João não está feliz, e Maria sorri, e Daniela abraça aluno dedicado, ou Josias dedicado ou Josias gosta de
Paulo. gosta de estudar. estudar.

Leis Distribu vas


2. (Esaf) O Rei ir à caça é condição necessária para o Duque
sair do castelo, e é condição suficiente para a Duquesa ir
A  (B  C)  (A  B)  (A  C)
ao jardim. Por outro lado, o Conde encontrar a Princesa
é condição necessária e suficiente para o Barão sorrir
Exemplo:
e é condição necessária para a Duquesa ir ao jardim. A: Josimar gosta de Lógica.
O barão não sorriu, logo:
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

B: Josimar gosta de Português.


a) a Duquesa foi ao jardim ou o Conde encontrou a C: Josimar gosta de Matemá ca.
Princesa.
b) se o Duque não saiu do castelo, então o Conde en-
controu a Princesa. A  (B  C) (A  B)  (A C)
c) o Rei não foi à caça e o Conde não encontrou a Josimar gosta de Lógica e Josimar gosta de Lógica e
Princesa. Josimar gosta de Português Português ou Josimar gosta
d) o Rei foi à caça e a Duquesa não foi ao jardim. ou Matemá ca. de Lógica e Matemá ca.
e) o Duque saiu do castelo e o rei não foi à caça.
A  (B  C)  (A  B)  (A  C)
3. (Esaf) Sabe-se que a ocorrência de B é condição neces-
sária para a ocorrência de C e condição suficiente para a Exemplo:
ocorrência de D. Sabe se, também, que a ocorrência de A: Josimar gosta de Lógica.
D é condição necessária e suficiente para a ocorrência B: Josimar gosta de Português.
de A. Assim, quando C ocorre: C: Josimar gosta de Matemá ca.

28
A  (B  C) (A  B)  (A  C) É logicamente equivalente a dizer que:
Se Beatriz não briga com Bia, então Beraldo não briga
Josimar gosta de Lógica ou Josimar gosta de Lógica ou
com Beatriz.
Josimar gosta de Português Português e Josimar gosta de
e Matemá ca. Lógica ou Matemá ca.
Uma relação existente entre as equivalências condicio-
Lei da Dupla Negação nais é dada pela inferência da intersecção das sentenças A
B  ~A  B e AB  ~B A, em que podemos concluir:
~(~A)  A AB  ~A  B ou AB  ~B A.

Demonstração: ~(~A) A Observe a tabela abaixo:

A ~A ~(~A) A B ~A ~B AB ~A B ~B A


V F V V V F F V V V
F V F V F F V V V V
F V V F V V V
Exemplo:
F F V V F F F
Proposições Proposições Equivalentes As três úl mas colunas apresentam os mesmos valores
Não é verdade que o Prof.
O Prof. Josimar Padilha é lógicos em todas as linhas, logo as proposições AB, ~A 
Josimar Padilha não é
brasiliense. B e ~B  A são proposições logicamente equivalentes, isto é:
brasiliense.
AB  ~A  B
Equivalência da Condicional AB  ~B  A
~A  B  ~B A
(A  B  ~AB) / (A  B  ~B  ~A)
Exemplos:
I) A  B  ~AB

Demonstração: A  B  ~AB Proposição


Proposição
Equivalente
A B ~A A B ~A B Se Enny tomar remédio, ela Enny não toma remédio ou
V V F V V vai ficar boa. fica boa.
V F F F F Se Clara não anda, então
Clara anda ou corre.
F V V V V Clara corre.
F F V V V
Equivalência da Bicondicional
As duas últimas colunas apresentam os mesmos
valores lógicos em todas as linhas, logo as proposições [(A B)  (B A)]  [A  B]
A  B e ~AB são proposições logicamente equivalentes,
isto é: Demonstração:

A  B  ~AB A B A B B A (A B)  (B A) AB


II) A  B  ~B  ~A (Teorema Contrarrecíproco ou V V V V V V
Contraposi va) V F F V F F
F V V F F F
Demonstração: A → B  ~B → ~A F F V V V V

A B ~A ~B A B ~B  ~A As duas últimas colunas apresentam os mesmos


V V F F V V valores lógicos em todas as linhas, logo as proposições
V F F V F F [(A B)  (B A)] e [A  B] são logicamente equivalentes.
F V V F V V
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

Lei de Augustus de Morgan


F F V V V V
As duas úl mas colunas apresentam os mesmos valores ~(A  B)  (~A)(~B) / ~(AB)  (~A)  (~B)
lógicos em todas as linhas, logo são proposições logicamente
equivalentes, isto é: I) ~(A  B)  (~A)(~B)

A  B  ~B  ~A Demonstração: ~(A  B)  (~A)(~B)

Essa relação é chamada de Teorema Contrarrecíproco. A B AB ~(A  B) ~A ~B (~A)(~B)


Exemplos: V V V F F F F
Dizer que: V F F V F V V
F V F V V F V
Se Beraldo briga com Beatriz, então Beatriz briga
com Bia. F F F V V V V

29
As duas úl mas colunas apresentam os mesmos valores As duas úl mas colunas apresentam os mesmos valores
lógicos em todas as linhas, logo as proposições ~(A  B) e lógicos em todas as linhas, logo as proposições ~(AB) e
(~A)(~B) são proposições logicamente equivalentes, isto é: (~A)  (~ B) são proposições logicamente equivalentes, isto é:

~(A  B)  ~ A~ B ~(AB)  ~A  ~B

II) ~(AB)  (~A)  (~B) Equivalência Comuta va

Demonstração: ~(A B)  (~A)(~B) Conforme visto no estudo das tabelas-verdade, os co-
nectivos conjuntivo, disjuntivo, disjuntivo exclusivo e
A B AB ~(AB) ~A ~B (~A)  (~B) bicondicional possuem a propriedade comuta va, isto é,
ao trocarmos a ordem das proposições simples, os resultados
V V V F F F F das tabelas-verdade permanecem idên cos.
V F V F F V F Com relação ao conectivo condicional não ocorre o
F V V F V F F mesmo, uma vez que os resultados de suas tabelas-verdade
não serão os mesmos, ou seja, o conec vo condicional não
F F F V V V V possui a propriedade comuta va.

Nas úl mas provas de concursos públicos, as equivalências lógicas es-


tão aparecendo com maior frequência. As leis são cobradas, mas torna-se
interessante iden ficar quando duas proposições são equivalentes. Assim,
é preciso construir as tabelas-verdade para uma análise concreta.

QUESTÕES DE CONCURSOS a) Se Ana não é alegre, então Beatriz é feliz.


b) Se Beatriz é feliz, então Ana é alegre.
1. (Cespe) Julgue os itens. c) Se Ana é alegre, então Beatriz é feliz.
d) Se Ana é alegre, então Beatriz não é feliz.
a) As tabelas de valorações das proposições P  Q e e) Se Ana não é alegre, então Beatriz não é feliz.
Q  P são iguais.
4. (Gestor) Dizer que “André é ar sta ou Bernardo não é
b) As proposições (P  Q )  S e (P  S )  (Q  S ) engenheiro” é logicamente equivalente a dizer que:
possuem tabelas de valorações iguais. a) André é ar sta se e somente se Bernardo não é
c) Do ponto de vista lógico, dizer que “Rafael foi ao engenheiro.
cinema ou Renata não foi ao parque” é o mesmo que b) Se André é ar sta, então Bernardo não é engenheiro.
dizer que “Se Rafael foi ao cinema, então Renata foi c) Se André não é ar sta, então Bernardo é engenheiro.
ao parque”. d) Se Bernardo é engenheiro, então André é ar sta.
e) Do ponto de vista lógico, dizer que “Rafael foi ao e) André não é ar sta e Bernardo é engenheiro.
cinema ou Renata não foi ao parque” é o mesmo que
5. (AFT) Dizer que “Pedro não é pedreiro ou Paulo é paulis-
dizer que “Se Renata foi ao parque, então Rafael foi ta” é, do ponto de vista lógico, o mesmo que dizer que:
ao cinema”. a) Se Pedro é pedreiro, então Paulo é paulista.
f) As proposições “Quem tem dinheiro, não compra b) Se Paulo é paulista, então Pedro é pedreiro.
fiado” e “Quem não tem, compra” são logicamente c) Se Pedro não é pedreiro, então Paulo é paulista.
equivalentes. d) Se Pedro é pedreiro, então Paulo não é paulista.
g) A tabela de interpretação de (P  Q )  P é e) Se Pedro não é pedreiro, então Paulo não é paulista.
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

igual à tabela de interpretação de P .


6. (Esaf) Uma sentença logicamente equivalente a “Pedro
2. (FGV/2006) Suponha que “Se X = 1, então Y > 7”. Assinale é economista, então Luísa é solteira” é:
a conclusão correta. a) Pedro é economista ou Luísa é solteira.
b) Pedro é economista ou Luísa não é solteira.
Se X  1 , então Y < 7. c) Se Luísa é solteira, Pedro é economista.
Se X  1 , então Y . d) Se Pedro não é economista, então Luísa não é sol-
Se Y > 7, então X = 1. teira.
e) Se Luísa não é solteira, então Pedro não é economista.
Se Y  7 , então X .
Se Y = 7, então X = 1. 7. (TRT) Um economista deu a seguinte declaração em
uma entrevista:
3. (MPOG/2006) Dizer que “Ana não é alegre ou Beatriz “Se os juros bancários são altos, então a inflação é
é feliz” é, do ponto de vista lógico, o mesmo que di- baixa”. Uma proposição logicamente equivalente à do
zer que: economista é:

30
a) Se a inflação não é baixa, então os juros bancários senvolvimento do raciocínio. Por exemplo, a implicação
não são altos. lógica denotada por p  q pode ser interpretada como
b) Se a inflação é alta, então os juros bancários são uma inclusão entre conjuntos, ou seja, como P  Q, em
altos. que P é o conjunto cujos objetos cumprem a condição
c) Se os juros bancários não são altos, então a inflação p, e Q é o conjunto cujos objetos cumprem a condição
não é baixa. q. Com o auxílio do texto acima, julgue se a proposição
d) Os juros bancários são baixos e a inflação é baixa. apresentada em cada item a seguir é equivalente à
e) Ou os juros bancários, ou a inflação é baixa. sentença abaixo.

8. (UMSP) Duas grandezas, x e y, são tais que “Se x = 3, Se um indivíduo está inscrito no concurso do
então y = 7”. Pode-se concluir que: Senado Federal, então ele pode ter acesso
Se x 3, então y 7. às provas desse concurso.
Se y = 7, então x = 3.
Se y 7, então x 3. a) Se um indivíduo não pode ter acesso às provas do
Se x = 5, então y = 5. concurso do Senado Federal, então ele não está
Nenhuma das conclusões acima é válida. inscrito nesse concurso.
b) O conjunto de indivíduos que não podem ter acesso
9. (ANA) Sabendo-se que o símbolo  denota negação e às provas do concurso do Senado Federal e que estão
que o símbolo  denota o conec vo lógico ou, a pro- inscritos nesse concurso é vazio.
posição A  B, que é lida “Se A, então B”, pode ser c) Se um indivíduo pode ter acesso às provas do concur-
reescrita como: so do Senado Federal, então ele está inscrito nesse
A B concurso.
A  B d) O conjunto de indivíduos que podem ter acesso às
A  B provas do concurso do Senado Federal é igual ao
conjunto de indivíduos que estão inscritos nesse
A  B concurso.
( A  B) e) O conjunto de indivíduos que estão inscritos no con-
curso do Senado Federal ou que podem ter acesso
10. (Anpad) Considere a sentença “Se é carnaval, os sam- às provas desse concurso está con do neste úl mo
bistas dançam nas ruas”. A contraposi va dessa sen- conjunto.
tença é:
a) Se os sambistas não dançam nas ruas, não é carnaval. 13. (Cespe/2007) Os símbolos que conectam duas pro-
b) Se os sambistas dançam nas ruas, não é carnaval. posições são denominados conec vos. Considere a
c) Se não é carnaval, os sambistas não dançam nas ruas. proposição definida simbolicamente por A  B, que é F
d) Se os sambistas dançam nas ruas, é carnaval. quando A e B são ambos V ou ambos F, caso contrário
e) Se é carnaval, os sambistas não dançam nas ruas. é V. O conec vo  é denominado “ou exclusivo” por-
que é V se, e somente se, A e B possuírem valorações
11. (Cespe/Senado/2002) O Teorema Fundamental da Arit- dis ntas. Com base nessas informações, julgue o item
mé ca afirma que: que se segue.
a) Considerando que A e B sejam proposições, então a
proposição A  B possui os mesmos valores lógicos
Se n for um número natural diferente de 1, então n pode
que a proposição  (A  B)  (A  B).
ser decomposto como um produto de fatores primos, de
modo único, a menos da ordem dos fatores.
14. (CGU/2008) Um renomado economista afirma que “A
Julgue se cada um dos itens subsequentes reescreve, inflação não baixa ou a taxa de juros aumenta”. Do pon-
de modo correto e equivalente, o enunciado acima. to de vista lógico, a afirmação do renomado economista
a) É condição suficiente que n seja um número natural equivale a dizer que:
para que n possa ser decomposto como um produto a) se a inflação baixa, então a taxa de juros não aumenta.
de fatores primos, de modo único, a menos da ordem b) se a taxa de juros aumenta, então a inflação baixa.
dos fatores. c) se a inflação não baixa, então a taxa de juros aumenta.
b) É condição necessária que n seja um número natural d) se a inflação baixa, então a taxa de juros aumenta.
para que n possa ser decomposto como um produto e) se a inflação não baixa, então a taxa de juros não
de fatores primos, de modo único, a menos da ordem aumenta.
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

dos fatores.
c) Se n não possuir decomposição como um produto 15. (Cespe/Serpro/Analista/2008) Uma proposição é uma
de fatores primos, que seja única, a menos da or- sentença que pode ser julgada verdadeira (V) ou falsa
dem dos fatores, então n não é um número natural (F). As proposições são normalmente representadas
diferente de 1. pelas letras maiúsculas A, B, C etc. A par r de propo-
d) Ou n não é um número natural diferente de 1, ou n sições dadas, podem-se construir novas proposições
tem uma decomposição como um produto de fatores compostas, mediante o emprego de símbolos lógicos
primos, que é única, a menos da ordem dos fatores. chamados conec vos: “e”, indicado pelo símbolo lógi-
e) n é um número natural diferente de 1 se puder ser co ^, e “ou”, indicado pelo símbolo lógico v. Usa-se o
decomposto como um produto de fatores primos, modificador “não”, representado pelo símbolo lógico ¬,
de modo único, a menos da ordem dos fatores. para produzir a negação de uma proposição; pode-se,
também, construir novas proposições mediante o uso
12. (Cespe/Senado/2002) A noção de conjunto fornece uma do condicional “se A então B”, representado por AB.
interpretação concreta para algumas ideias de natureza O julgamento de uma proposição lógica composta de-
lógica que são fundamentais para a Matemá ca e o de- pende do julgamento que se faz de suas proposições

31
componentes. Considerando os possíveis julgamen- Negação da Disjunção
tos V ou F das proposições A e B, tem-se a seguinte
Afirmação Negação
tabela-verdade para algumas proposições compostas.
¬P¬Q
PQ
Ex.: Bárbara não come e não
A B AB AB ¬A A B Ex.: Bárbara come ou dorme.
dorme.
Negação da Condicional
V V V V F V
Afirmação Negação
V F F V F PQ P¬Q
Ex.: Se molhar, então vai Ex.: Vai molhar e não vai
F V F V V V desmanchar. desmanchar.
F F F F V Negação da Bicondicional
Afirmação Negação
Considerando-se a proposição A, formada a par r das (P¬Q)(Q¬P)
proposições B, C etc. mediante o emprego de conec vos P↔Q
Ex.: Eu te dou um carro e não
(^ ou v), ou de modificador (¬) ou de condicional (), Ex.: Eu te darei um carro se,
fico rico ou eu fico rico e não
diz-se que A é uma tautologia quando A tem valor lógico e somente se, eu ficar rico.
te dou um carro.
V, independentemente dos valores lógicos de B, C etc.,
e diz-se que A é uma contradição quando A tem valor
Negação de uma Sentença
lógico F, independentemente dos valores lógicos de B, C
etc. Uma proposição A é equivalente a uma proposição Afirmação Negação
B quando A e B têm as tabelas-verdade iguais, isto é, X>A X≤A
A e B têm sempre o mesmo valor lógico. Com base nas X<A X≥A
informações acima, julgue os itens a seguir.
a) A proposição (AB)  (¬A v B) é uma tautologia. X=A X≠A
b) Em relação às proposições A: 16   4 e B: 9 é
par, a proposição composta AB é uma contradição. QUESTÃO COMENTADA
c) A proposição A B é equivalente à proposi-
ção ¬B¬A. 1. (Cespe/Sebrae/Analista/2008) Com relação à lógica
formal, julgue o item subsequente.
a) A negação da proposição “2 + 5 = 9” é a proposição
GABARITO “2 + 5 = 7”.
1. E, E, E, C, E, C 6. e 11. E, E, C, C, E Comentário
2. d 7. a 12. C, C, E, E, C A negação da sentença “2 + 5 = 9” é “2 + 5 ≠ 9”, portanto
3. c 8. c 13. e o item está errado.
4. d 9. b 14. d
5. a 10. a 15. C, E, C QUESTÕES DE CONCURSOS
1. Dê a negação para cada uma das proposições abaixo.
Negação de Proposições Compostas a) O dia está quente e seco.
Em duas proposições, uma é negação da outra quando b) Ela trabalhou muito ou teve sorte na vida.
são formadas pelas mesmas proposições simples e os resul- c) Maria não é ruiva ou Regina é loira
tados das tabelas-verdade são contrários. d) Se o tempo está chuvoso, então está em dezembro.
e) Faz sol se, e somente se, a família foi à praia.
A B AB AB A B AB 2. A negação de “O gato mia e o rato chia” é:
AFIRMAÇÃO

V V V V V V a) O gato não mia e o rato não chia.


V F F V F F b) O gato mia ou o rato chia.
F V F V V F c) O gato não mia ou o rato não chia.
d) O gato e o rato não miam nem chiam.
F F F F V V e) O gato chia e o rato mia.
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

¬A ¬B ¬A ¬B ¬A¬B A¬B (A¬B)  (B¬A) 3. A negação de “Hoje é segunda-feira e amanhã não
choverá” é:
NEGAÇÃO

F F F F F F
a) Hoje não é segunda-feira e amanhã choverá.
F V V F V V b) Hoje não é segunda-feira ou amanhã choverá.
V F V F F V c) Hoje não é segunda-feira, então amanhã choverá.
V V V V F F d) Hoje não é segunda-feira nem amanhã choverá.
e) Hoje é segunda-feira ou amanhã não choverá.
De acordo com as tabelas-verdade, temos o seguinte:
4. (Anpad/2002) A negação da proposição “A seleção
Negação da Conjunção brasileira classificou-se para a copa do mundo, mas não
jogou bem” é:
Afirmação Negação a) A seleção brasileira não se classificou para a copa do
PQ ¬P¬Q mundo e não jogou bem.
Ex.: O réu é culpado e a tes- Ex.: O réu não é culpado ou b) A seleção brasileira classificou-se para a copa do
temunha mente. a testemunha não mente. mundo ou não jogou bem.

32
c) A seleção brasileira não se classificou para a copa do Quanto às informações das sentenças acima, julgue os
mundo, mas jogou bem. itens subsequentes.
d) A seleção brasileira não se classificou para a copa do a) A negação da união de S1 e S2 pode ser expressa por:
mundo ou jogou bem. Se não foi descoberto óleo no campo de Garoupa,
e) A seleção brasileira classificou-se para a copa do em 1974, então não foi ba do o recorde mundial
mundo e não jogou bem. em perfuração horizontal, em profundidade de 905
m, no Campo de Marlim, em 1995.
5. (M. AGR) A negação da afirma va “Me caso ou compro b) A negação de S3 pode ser expressa por: Não foi
sorvete” é: iniciada a produção em Moreia ou não foi iniciado o
a) Me caso e não compro sorvete. programa de desenvolvimento tecnológico em águas
b) Não me caso ou não compro sorvete. profundas (Procap), em 1986.
c) Não me caso e não compro sorvete.
d) Não me caso ou compro sorvete. 11. A negação de “x ≥ -2” é:
e) Se me casar, então não compro sorvete. a) x ≥ 2.
b) x ≤ -2.
6. (AFT/1997) A negação da afirmação condicional “Se c) x < -2.
es ver chovendo, eu levo o guarda-chuva” é: d) x < 2.
a) Se não es ver chovendo, eu levo o guarda-chuva. e) x ≤ 2.
b) Se não está chovendo e eu levo o guarda-chuva.
c) Não está chovendo e eu não levo o guarda-chuva. 12. (Gestor/2002)
d) Se es ver chovendo, eu não levo o guarda-chuva. Se m = 2x + 3y, então m = 4p + 3r.
e) Está chovendo e eu não levo o guarda-chuva. Se m = 4p + 3r, então m = 2w – 3r.
m = 2x + 3y ou m = 0.
7. (Aneel/2006) A negação da afirmação condicional “Se Se m = 0, então m + h = 1.
Ana viajar, Paulo vai viajar” é:
a) Ana não está viajando e Paulo vai viajar. Ora, m + h ≠ 1. Logo:
b) Se Ana não viajar, Paulo vai viajar. a) 2w – 3r = 0.
c) Ana está viajando e Paulo não vai viajar. b) 4p + 3r ≠ 2w – 3r.
d) Ana não está viajando e Paulo não vai viajar. c) m ≠ 2x + 3y.
e) Se Ana es ver viajando, Paulo não vai viajar. d) 2x +3y ≠ 2w – 3r.
e) m= 2w – 3r.
8. (Gefaz) A afirmação “Não é verdade que se Pedro está
em Roma, então Paulo está em Paris” é logicamente 13. (Oficial de Chancelaria/2002) Se x ≥ y, então Z > P
equivalente a afirmação: ou Q ≤ R. Se Z > P, então S ≤ T. Se S ≤ T, então Q ≤ R.
a) É verdade que “Pedro está em Roma e Paulo não Ora, Q > R, logo:
está em Paris”. a) S > T e Z ≤ P.
b) Não é verdade que “Pedro está em Roma ou Paulo a) S ≥ T e Z >P.
está não está em Paris”. b) X ≥ Y e Z ≤ P.
c) Não é verdade que “Pedro não está em Roma ou c) X > Y e Z ≤ P.
Paulo não está em Paris”. d) X < Y e S < T.
d) É verdade que “Pedro não está em Roma ou Paulo
está em Paris”. 14. (AFC/2004) Uma professora de matemá ca faz as três
seguintes afirmações:
9. (Anpad/2002) Considere a seguinte sentença: “Não é I – X > Q e Z < Y.
verdade que se os impostos baixarem, então haverá II – X > Y e Q > Y, se e somente se Y > Z.
mais oferta de emprego”. Pode-se concluir que: III – R ≠ Q, se e somente se Y = X.
a) Haverá mais oferta de emprego se os impostos
baixarem. Sabendo-se que todas as afirmações da professora são
b) Se os impostos baixarem, não haverá mais oferta de verdadeiras, conclui-se corretamente que:
emprego. a) X > Y > Q > Z.
c) Os impostos baixam e não haverá mais oferta de b) X > R > Y > Z.
emprego. c) Z < Y < X < R.
d) Os impostos baixam e haverá mais oferta de empre- d) X > Q > Z > R.
go. e) Q < X < Z < Y.
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

e) Se os impostos não baixarem, não haverá mais oferta


de emprego.
GABARITO
10. (Cespe/Petrobras) As sentenças S1, S2 e S3 a seguir
são no cias acerca da Bacia de Campos – RJ, extraídas 1. a) O dia não está quente ou não está seco.
e adaptadas da revista comemora va dos 50 anos da b) Ela não trabalhou muito e não teve sorte na vida.
Petrobras. c) Maria é ruiva e Regina não é loira.
S1: Foi descoberto óleo no campo de Garoupa, d) O tempo está chuvoso e não está em dezembro.
em 1974. e) Faz sol e a família não foi à praia ou a família foi à
S2: Foi ba do o recorde mundial em perfuração horizon- praia e não faz sol.
tal, em profundidade de 905 m, no Campo de Marlim,
em 1995. 2. c 5. c 8. a 11. c 14. b
S3: Foi iniciada a produção em Moreia e foi iniciado o 3. b 6. e 9. c 12.e
programa de desenvolvimento tecnológico em águas 4. d 7. c 10. E, C 13.a
profundas (Procap), em1986.

33
DIAGRAMAS LÓGICOS Nenhum animal é imortal. animal imortal
Algum atleta é ar sta. atleta ar sta
Go lob Frege construiu uma maneira de reordenar várias
sentenças para tornar sua forma lógica clara, com a intenção Algum policial não é
policial idôneo
de mostrar como as sentenças se relacionam em certos as- idôneo.
pectos. Antes de Frege, a lógica formal não obteve sucesso
além do nível da lógica de sentenças: ela podia representar a Par cular Afirma vo: Algum “a” é “B”
estrutura de sentenças compostas de outras sentenças, usan-
do os conec vos lógicos: “e”, “ou” e “não”, mas não podia Alguns termos que podem subs tuir a palavra “algum”
nas provas de concursos públicos:
quebrar sentenças em partes menores. O trabalho de Frege
– Ao menos um – Pelo menos um
foi um dos que deu início à lógica formal contemporânea.
– Existe – Alguém
Sendo assim, percebemos a grande incidência de questões de
concursos públicos voltadas para essa linguagem e raciocínio. Interseção (A  B) = {u}
No estudo das operações com conjuntos e das soluções Conjunto unitário
de problemas envolvendo conjuntos, os diagramas ajudam
a visualizar e contribuem para a compreensão de vários
assuntos em Lógica.
Um po especial de proposição são as proposições cate-
góricas. Podemos iden ficá-las facilmente porque são pre-
cedidas pelos quan ficadores lógicos: “Todo ()”, “Nenhum
(¬)”, “Algum ()”. Na lógica clássica (também chamada de
lógica aristotélica) o estudo da dedução era desenvolvido
usando-se as proposições categóricas.

Exemplos:
“Todos os homens são mortais” se torna “Para todo x, O conjunto interseção é formado pelos elementos que
se x é homem, então x é mortal.”, o que pode ser escrito pertencem aos conjuntos A e B simultaneamente.
simbolicamente como: x(H(x) M(x)). (A  B) = {x / x  A e x B}
“Alguns homens são vegetarianos” se torna “Existe algum
(ao menos um) x tal que x é homem e x é vegetariano”, o que
pode ser escrito simbolicamente como: x(H(x) V(x)).
As proposições categóricas podem ser universais ou par-
culares, cada uma delas subdividindo-se em afirma va ou
nega va. Temos, portanto, quatro proposições categóricas
possíveis.
As quatro proposições categóricas possíveis, em suas
formas picas, são dadas no quadro seguinte:

Proposições Simbologicamente:
Proposições Nega vas
Afirma vas  x (A(x)  B(x))  x (B(x) A(x))
Proposições (A) Todo “A” (E) Nenhum “A” é “B”.
Universais é “B”. Todo “A” não é “B”. Universal Nega vo: Nenhum “a” é “B”
Proposições (I) Algum “A” (O) Algum “A” não
Par culares é “B”. é “B”. Conjuntos Disjuntos
Entre parênteses estão as vogais que representam a O termo “nenhum” pode ser subs tuído pela palavra
quan ficação. “não existe” nas provas de concursos públicos:

Podemos observar, no quadro anterior, que cada uma das A e B são disjuntos se A B = Ø.
proposições categóricas, na forma pica, começa por “Todo” Conjunto vazio
ou “Nenhum” (chamados de quan ficadores universais) ou
por “Algum” (chamado de quan ficador par cular).
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

Sujeito e Predicado de uma Proposição


Categórica
Dada uma proposição categórica, em sua forma pica,
chamamos:
– Sujeito: Elemento da sentença relacionado ao quan -
ficador da proposição.
– Predicado: Elemento que se segue ao verbo.

Exemplos:

Proposições Categóricas Sujeito Predicado


Todo estudante dedicado Simbologicamente:
estudante bem-sucedido
é bem-sucedido. ¬x (A(x) B(x))  ¬x (B(x) A(x))

34
Par cular Nega vo: Algum “a” não é “B” QUESTÕES DE CONCURSOS
Alguns termos que podem subs tuir a palavra “algum” 1. (Cespe/BB/2008) Julgue os itens.
nas provas de concursos públicos: a) Suponha-se que U seja o conjunto de todas as pesso-
– Ao menos um – Pelo menos um as, que M(x) seja a propriedade “x é mulher” e que
– Existe – Alguém D(x) seja a propriedade “x é desempregada”. Nesse
caso, a proposição “Nenhuma mulher é desempre-
CBA = A – B = {x / x  A e x B} gada” fica corretamente simbolizada por ¬  (M(x)
^ D(x)).
Complementar b) A proposição “Não existem mulheres que ganham
menos que os homens” pode ser corretamente
simbolizada na forma x (M(x)  G(x)).

2. (TRT 5ª Região/2008) Se R é o conjunto dos núme-


ros reais, então a proposição (x)(x  R)(y)(y  R)
(x + y = x) é valorada como V.

GABARITO
1. C, E 2. C

Negação das Proposições Categóricas


Duas proposições categóricas dis ntas que tenham o
mesmo sujeito e o mesmo predicado ou não poderão ser
Simbologicamente: ambas verdadeiras ou não poderão ser ambas falsas, ou as
x (A(x) ¬B(x)) duas coisas.
Dizemos que estarão sempre em oposição.
Universal Afirma vo: Todo “a” é “B” São quatro os pos de oposição:
1) Proposições contraditórias: cada uma delas é a nega-
Alguns termos que podem subs tuir a palavra “todo” ção lógica da outra (A-O e E-I).
nas provas de concursos públicos: Duas contraditórias terão sempre valores lógicos con-
– Para todo – Qualquer que seja trários, ou seja, não podem ser ambas verdadeiras nem
AB=BAB=A ambas falsas.
Inclusão de Conjuntos (A  B) 2) Proposições contrárias: uma afirma va universal e
sua nega va (A – E).
Duas sentenças contrárias nunca são ambas verdadeiras,
mas podem ser ambas falsas. Desse modo, se soubermos que
uma delas é verdadeira, podemos garan r que a outra é falsa.
Mas, se soubermos que uma delas é falsa, não poderemos
garan r que a outra é falsa também.
3) Proposições subcontrárias: uma afirma va par cular
e sua nega va (I – O).
Duas sentenças subcontrárias nunca são ambas falsas,
mas podem ser ambas verdadeiras. Assim sendo, se souber-
mos que uma delas é falsa, poderemos garan r que a outra é
verdadeira. Mas se soubermos que uma delas é verdadeira,
não poderemos garan r que a outra é verdadeira também.
4) Proposições Subalternas: duas afirma vas (universal
e sua par cular correspondente, A – I) ou duas nega vas
Simbologicamente: (universal e sua par cular correspondente, E – O).
Sempre que a universal for verdadeira, sua correspon-
(x) (A(x)  B(x))
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

dente par cular será verdadeira também, mas a falsidade


da sentença universal não obriga que a correspondente
Obs.: (x) (A(x)  B(x))  (x) (B(x)  A(x)) sentença par cular seja falsa também.
Sempre que a par cular for falsa, sua correspondente
Não possui a propriedade comuta va. universal será falsa também, mas a verdade da sentença par-
cular não obriga que a correspondente sentença universal
Linguagem (Simbologia) das Proposições seja verdadeira também.
Categóricas
CONTRÁRIAS
Nesses úl mos concursos as bancas têm cobrado dos
candidatos um conhecimento mais amplo referente à Todo A é B Nenhum A é B
simbologia e à escrita das proposições categóricas. Sendo
assim, torna-se importante verificarmos algumas questões
de concursos. Nega quan dade, mas não qualidade.

35
SUBCONTRÁRIAS a) Nenhum polí co é filiado a algum par do.
b) Nenhum polí co não é filiado a qualquer par do.
c) Pelo menos um polí co é filiado a algum par do.
Algum A é B Algum A não é B d) Pelo menos um polí co não é filiado a qualquer
par do.

Nega qualidade, mas não quan dade. 3. (TRT) A correta negação da proposição “Todos os cargos
deste concurso são de analista judiciário” é:
CONTRADITÓRIAS a) Alguns cargos deste concurso são de analista judiciário.
b) Existem cargos deste concurso que não são de ana-
lista judiciário.
Todo A é B Algum A não é B c) Existem cargos deste concurso que são de analista
judiciário.
d) Nenhum dos cargos deste concurso não é de analista
judiciário.
Algum A é B Nenhum A é B e) Os cargos deste concurso são ou de analista, ou de
judiciário.

Nega quan dade e qualidade. 4. (Anpad/2002) A negação da proposição “Todos os


homens são bons motoristas” é:
a) Todas as mulheres são boas motoristas.
Sinopse b) Algumas mulheres são boas motoristas.
c) Nenhum homem é bom motorista.
Negação de Quan ficadores d) Todos os homens são maus motoristas.
Nas questões de concursos, as bancas adotam as nega- e) Ao menos um homem é mau motorista.
ções pelas contraditórias, uma vez que as proposições serão
opostas tanto na quan dade como na qualidade. 5. (CVM/2000) Dizer que a afirmação “Todos os econo-
a) Contrariedade: duas proposições contrárias não po- mistas são médicos” é falsa, do ponto de vista lógico,
dem ser verdadeiras ao mesmo tempo, mas podem ser falsas equivale a dizer que a seguinte afirmação é verdadeira:
ao mesmo tempo. Exemplo: Todo homem é educado – Ne- a) Pelo menos um economista não é médico.
nhum homem é educado: ambas são proposições universais, b) Nenhum economista é médico.
sendo uma verdadeira e outra falsa. Toda mulher é bonita – c) Nenhum médico é economista.
Nenhuma mulher é bonita: ambas são universais e falsas. d) Pelo menos um médico não é economista.
b) Subcontrariedade: duas proposições subcontrárias c) Todos os não médicos são não economistas.
não podem ser falsas ao mesmo tempo, mas podem ser
verdadeiras ao mesmo tempo. Exemplo: Algum homem é 6. (M. AGR) A negação da afirma va “Todo tricolor é
inteligente – Algum homem não é inteligente: ambas são faná co” é:
proposições par culares, mas uma é verdadeira e a outra a) Existem tricolores não faná cos.
é falsa. Algum animal é feroz – Algum animal não é feroz: b) Nenhum tricolor é faná co.
ambas proposições são par culares e verdadeiras. c) Nem todo faná co é tricolor.
c) Contraditoriedade: duas proposições contraditórias não d) Nenhum faná co é tricolor.
podem ser verdadeiras ao mesmo tempo, nem podem ser e) Existe pelo menos um faná co que é tricolor.
falsas ao mesmo tempo. Exemplo: Toda ciência é especial – Al-
guma ciência não é especial: a proposição universal afirma va 7. (Medicina – ABC) A negação de “Todos os gatos são
é verdadeira e a proposição par cular nega va é falsa. pardos” é:
Em primeiro lugar, a qualidade de nega va é mais fraca a) Nenhum gato é pardo.
que a qualidade de afirma va, porque o juízo nega vo sig- b) Existe gato pardo.
nifica meia afirmação, isto é, é uma advertência de que algo c) Existe gato não pardo.
deve ser colocado no lugar. Em segundo lugar, a quan dade d) Existe um e só um gato pardo.
par cularizada é mais fraca que a quan dade universalizada, e) Nenhum gato é não pardo.
por mo vos óbvios. Consequentemente, uma proposição
nega va par cular (O) é mais fraca do que uma proposição 8. (Esaf) Fábio, após visitar uma aldeia distante, afirmou:
nega va universal (E), que é mais fraca do que uma propo- “Não é verdade que todos os aldeões daquela aldeia
sição afirma va par cular (I), que é mais fraca do que uma não dormem a sesta”. A condição necessária e suficiente
proposição afirma va universal (A). Segue daí que a conclu- para que a afirmação de Fábio seja verdadeira é que
seja verdadeira a seguinte proposição:
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

são, para seguir a premissa mais fraca, deve ser nega va se


houver no antecedente premissa nega va, e par cular se a) No máximo um aldeão daquela aldeia não dorme a
houver no antecedente premissa par cular. sesta.
b) Todos os aldeões daquela aldeia dormem a sesta.
c) Pelo menos um aldeão daquela aldeia dorme a sesta.
QUESTÕES DE CONCURSOS d) Nenhum aldeão daquela aldeia não dorme a sesta.
e) Nenhum aldeão daquela aldeia dorme a sesta.
1. Dê a negação para cada uma das proposições abaixo:
a) Todos os corvos são negros. 9. (Anpad/2002) A negação da sentença “Nenhuma pessoa
b) Nenhum triângulo é retângulo. lenta em aprender frequenta esta escola” é:
c) Alguns sapos são bonitos. a) Todas as pessoas lentas em aprender frequentam
d) Algumas vidas não são importantes. esta escola.
b) Todas as pessoas lentas em aprender não frequen-
2. (FCC) Considere que S seja a sentença: “todo polí co tam esta escola.
é filiado a algum par do”. A sentença equivalente à c) Algumas pessoas lentas em aprender frequentam
negação da sentença S acima é: esta escola.

36
d) Algumas pessoas lentas em aprender não frequen- Teoremas
tam esta escola.
e) Nenhuma pessoa lenta em aprender frequenta esta Nos teoremas abaixo:
escola. – as premissas estão sempre à direita do sinal  (Lê-se
“portanto”);
10. (Esaf) Se não é verdade que “alguma professora – uma vírgula separa duas premissas;
universitária não dá aulas interessantes”, portanto é – Rec. significa teorema recíproco do apresentado na
verdade que: linha anterior.
a) Todas as professoras universitárias dão aulas inte-
ressantes. T1: A  A
b) Nenhuma professora universitária dá aulas interes- T2: ~(~A)  A
santes. REC: A  ~(~A)
c) Nenhuma aula interessante é dada por alguma T3: A, B  AB
professora universitária. T4: A  A B
T5: AB  A
d) Nem todas as professoras universitárias dão aulas
T6: A B, ~A  B
interessantes.
T7: AB, BC  AC
e) Todas as aulas não interessantes são dadas por
T8: A, (AB)  B
professoras universitárias. T9: (A B), BC  (A C)
T10: AB  ~B~A
11. (Oficial de Chancelaria/2002) Se a professora de mate- REC: ~B~A  AB
má ca foi à reunião, nem a professora de Inglês nem a T11: AB, (~AB)  B
professora de Francês deram aula. Se a professora de T12: (AB)C  A(BC)
francês não deu aula, a professora de português foi à REC: A(BC)  (AB)C
reunião. Se a professora de português foi à reunião, T13: (A~B)(C~C)  AB (Princípio da não
todos os problemas foram resolvidos. Ora, pelo menos contradição)
um problema não foi resolvido. Logo, T14: A(B C, ~B  AC)
a) a professora de matemá ca não foi à reunião e a
professora de francês não deu aula. QUESTÃO COMENTADA
b) a professora de matemá ca e a professora de por-
tuguês não foram à reunião. 1. (Cespe/Sebrae/2008) Considere as seguintes proposi-
c) a professora de francês não deu aula e a professora ções:
de português não foi à reunião. I – Todos os cidadãos brasileiros têm garan do o direito
d) a professora de francês não deu aula ou a professora de herança.
de português foi à reunião. II – Joaquina não tem garan do o direito de herança.
e) a professora de inglês e a de francês não deram aula. III – Todos aqueles que têm direito de herança são cida-
dãos de muita sorte.
GABARITO
Supondo que todas essas proposições sejam verdadeiras,
é correto concluir logicamente que:
1. a) Pelo menos um corvo não é negro.
a) Joaquina não é cidadã brasileira.
b) Algum triângulo é retângulo.
b) Todos os que têm direito de herança são cidadãos
c) Nenhum sapo é bonito.
brasileiros.
d) Todas as vidas são importantes.
c) Se Joaquina não é cidadã brasileira, então Joaquina
2. d 4. e 6. a 8. c 10. a
não é de muita sorte.
3. b 5. a 7. c 9. c 11. b
Comentário
Inferências Lógicas Segundo as premissas, podemos construir o diagrama a
seguir.
É uma operação mental pela qual extraímos uma nova
proposição, denominada conclusão, de proposições já co-
nhecidas, denominadas premissas.
P1: Proposição  Premissa (Hipótese)
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

P2: Proposição  Premissa (Hipótese)


P3: Proposição  Premissa (Hipótese)
P4: Proposição  Premissa (Hipótese)
P5: Proposição  Premissa (Hipótese)
Pn: Proposição  Premissa (Hipótese)
C: Proposição  Conclusão (Tese)

Regras de Inferência Pela premissa I, temos a inclusão de dois conjuntos: Todos


os cidadãos brasileiros têm garan do o direito de herança.
1. Modus Ponens Cidadão brasileiro está con do no conjunto “garan a de
A, A B  B direito de herança”.
Pela premissa II, temos que Joaquina não pode pertencer
2. Generalização Universal ao conjunto “garan a de direito de herança”, podendo, assim,
xA ficar nas duas posições indicadas no diagrama.

37
Pela premissa III, temos que o conjunto “cidadãos de a) nenhum músico é escritor.
muita sorte” pode possuir, ou não, Joaquina. b) algum escritor é músico.
c) algum músico é escritor.
Julgando os itens: d) algum escritor não é músico.
a) Certo, pois Joaquina não pertence ao conjunto “cida- e) nenhum escritor é músico.
dão brasileiro”.
b) Errado, pois comutou o quan ficador universal afir- 6. (TCU) Em uma pequena comunidade sabe-se que:
ma vo, que não aceita tal propriedade. “nenhum filósofo é rico” e que “alguns professores são
c) Errado. Temos um conec vo condicional, com o qual ricos”. Assim, pode-se afirmar, corretamente, que nesta
podemos valorar as proposições dadas: comunidade:
a) alguns filósofos são professores.
Se Joaquina não é cidadã brasileira, então não é de muita b) alguns professores são filósofos.
sorte. c) nenhum filósofo é professor.
V  (V / F) = V / F d) alguns professores não são filósofos.
e) nenhum professor é filósofo.
Sendo assim, temos que o item está errado, pois não
podemos garan r a verdade da proposição dada. 7. Considere verdadeiras as seguintes proposições:
I – Quem sabe colecionar selos não é ocioso.
QUESTÕES DE CONCURSOS II – Macacos não sabem dirigir automóvel.
III – Quem não sabe dirigir automóvel é ocioso.
1. (Cespe/2006) Considere que os diagramas abaixo
representam conjuntos nomeados pelos seus pos de Dentre as sentenças a seguir, diga qual pode ser con-
elementos. Um elemento específico é marcado com clusão das proposições.
um ponto. a) Quem não sabe dirigir automóvel é macaco.
b) Quem sabe dirigir automóvel não é ocioso.
c) Quem não sabe colecionar selos é ocioso.
d) Macacos não sabem colecionar selos.
e) As pessoas ociosas não sabem dirigir automóveis.

8. Em uma prova, nem todos os alunos ob veram aprova-


ção. Sabemos que todos os alunos aprovados fizeram
a lista de exercícios proposta pelo professor do curso.
Podemos concluir, com absoluta certeza, que:
a) existem alunos que não fizeram a lista de exercícios.
b) se algum aluno não fez a lista de exercícios, ele foi
reprovado.
O diagrama da esquerda representa a inclusão descrita c) existem alunos que não fizeram a lista de exercícios
pela sentença “Todos os seres humanos são bípedes”. e foram aprovados.
O diagrama da direita representa a inclusão descrita d) todos os alunos que fizeram a lista de exercícios
pela sentença “Miosó s é bípede”. Nessas condições, foram aprovados.
é correto concluir que “Miosó s é um ser humano”. e) todos os alunos fizeram a lista de exercícios.

2. Todo cristão é monoteísta. Algum cristão é lutera- 9. Considere as seguintes sentenças:


no, logo: I – Nenhum espor sta é alcoólatra.
a) todo monoteísta é luterano. II – Osmar é pescador.
b) algum luterano é monoteísta. III – Todos os pescadores são alcoólatras.
c) algum luterano não é cristão.
d) nenhum monoteísta é cristão. Admitindo que as três sentenças são verdadeiras,
e) nenhum luterano é monoteísta. verifique qual das sentenças a seguir é certamente
verdadeira.
3. (Esaf) Todo professor é graduado. Alguns professores a) Todos os alcoólatras são pescadores.
são pós-graduados, logo: b) Algum espor sta é pescador.
a) alguns pós-graduados são graduados. c) Alguns pescadores são espor stas.
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

b) alguns pós-graduados não são graduados. d) Osmar não é espor sta.


c) todos pós-graduados são graduados.
d) todos pós-graduados não são graduados. 10. Todos os ar stas são belos.
e) nenhum pós-graduado é graduado. Alguns ar stas são indigentes.
a) Alguns indigentes são belos.
4. Se Rodrigo men u, então ele é culpado. Logo: b) Alguns indigentes não são belos.
a) se Rodrigo não é culpado, então ele não men u. c) Todos os indigentes são belos.
b) Rodrigo é culpado. d) Todos os indigentes não são belos.
c) se Rodrigo não men u, então ele não é culpado. e) Nenhum indigente é belo.
d) Rodrigo men u.
e) se Rodrigo é culpado, então ele men u. 11. (Serpro) Todos os alunos de Matemá ca são, também,
alunos de Inglês, mas nenhum aluno de Inglês é aluno
5. (TCU) Se é verdade que “alguns escritores são poetas” de História. Todos os alunos de Português são também
e que “nenhum músico é poeta”, então, também é alunos de Informá ca, e alguns alunos de Informá ca
necessariamente verdade que: são também alunos de História. Como nenhum aluno

38
de Informá ca é aluno de Inglês, e como nenhum aluno c) algum R não é M.
de Português é aluno de História, então: d) algum R é M.
a) pelo menos um aluno de Português é aluno de Inglês. e) todo R não é M.
b) pelo menos um aluno de Matemá ca é aluno de
História. 18. Considere as premissas:
c) nenhum aluno de Português é aluno de Matemá ca. P1: Os bebês são ilógicos.
d) todos os alunos de Informá ca são alunos de Mate- P2: Pessoas ilógicas são desprezadas.
má ca. P3: Quem sabe amestrar um crocodilo não é desprezado.
e) todos os alunos de Informá ca são alunos de Portu-
guês. Assinale a única alterna va que é uma consequência
lógica das três premissas.
12. Todas as plantas verdes têm clorofila. Algumas plantas a) Bebês não sabem amestrar crocodilos.
b) Pessoas desprezadas são ilógicas
que têm clorofila são comes veis, logo:
c) Pessoas desprezadas não sabem amestrar crocodilos.
a) algumas plantas verdes são comes veis. d) Pessoas ilógicas não sabem amestrar crocodilos.
b) algumas plantas verdes não são comes veis. e) Bebês são desprezados.
c) algumas plantas comes veis têm clorofila.
d) todas as plantas que têm clorofila são comes veis. 19. Valter tem inveja de quem é mais rico do que ele. Ge-
e) todas as plantas verdes são comes veis. raldo não é mais rico do que quem o inveja. Logo:
a) quem não é mais rico do que Valter é mais pobre do
13. (Serpro) Todas as amigas de Aninha que foram à sua que Valter. b) Geraldo é mais rico do que Valter.
festa de aniversário es veram antes na festa de aniver- c) Valter não tem inveja de quem não é mais rico do
sário de Be nha. Como nem todas amigas de Aninha que ele.
es veram na festa de aniversário de Be nha, conclui-se d) Valter inveja só quem é mais rico do que ele.
que, das amigas de Aninha: e) Geraldo não é mais rico do que Valter.
a) todas foram à festa de Aninha e algumas não foram
à festa de Be nha. 20. (Anpad) Considere as seguintes proposições:
b) pelo menos uma não foi à festa de Aninha. I – Todo ar sta é simpá co.
c) todas foram à festa de Aninha e nenhuma foi a Festa II – Todo polí co não é simpá co.
de Be nha.
d) algumas foram à festa de Aninha, mas não foram à Pode-se afirmar que:
festa de Be nha. a) alguns ar stas são polí cos.
e) algumas foram à festa de Aninha e nenhuma foi à b) algumas pessoas simpá cas são polí cos.
festa de Be nha. c) nenhum ar sta é simpá co.
d) nenhum ar sta é polí co.
14. (Vunesp) Todos os marinheiros são republicanos. Assim e) nenhuma pessoa simpá ca é ar sta.
sendo:
a) o conjunto dos marinheiros contém o conjunto dos GABARITO
republicanos.
b) o conjunto dos republicanos contém o conjunto dos 1. E 5. d 9. d 13. b 17. c
marinheiros. 2. b 6. d 10. a 14. b 18. b
c) todos os republicanos são marinheiros. 3. a 7. d 11. c 15. b 19. e
d) algum marinheiro não é republicano. 4. a 8. b 12. c 16. a 20. d
e) nenhum marinheiro é republicano.
Lógica de Argumentação
15. (AFC) Considere as seguintes premissas (onde A, B, C e
D são conjuntos vazios): A lógica formal, também chamada de lógica simbólica,
Premissa 1: “A está con do em B e em C, ou A está preocupa-se, basicamente, com a estrutura do raciocínio.
con do em D”. Os conceitos são rigorosamente definidos, e as sentenças são
Premissa 2: “A não está con do em D”. transformadas em notações simbólicas precisas, compactas
e não ambíguas.
Pode-se, então, concluir corretamente que: Argumento é a relação que associa um conjunto de
a) B está con do em C. proposições P1, P2, P3, ... Pn, chamadas de premissas (hipó-
b) A está con do em C. teses), a uma proposição C, chamada de conclusão (tese)
do argumento.
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

c) B está con do em C ou em D.
d) A não está con do nem em D nem em B.
e) A não está con do nem em B e nem em C. Estrutura do argumento:
p 1  p 2  p 3  p 4  p 5 ... p n  C
16. (TTN) Se é verdade que “alguns A são R” e que “nenhum (Premissas/Hipóteses) (Conclusão/Tese)
G é R”, então é necessariamente verdadeiro que:
a) algum A não é G. Silogismo
b) algum A é G.
c) nenhum A é G. Quando temos um argumento formado por três propo-
d) algum G é A. sições, sendo duas premissas e uma conclusão, trata-se de
e) nenhum G é A. um Silogismo.

17. (Esaf) Nenhum M é K. Alguns R são K, logo: P1: premissa


a) nenhum R é M. P2: premissa
b) todo R é M. C: conclusão

39
Exemplos: estrutura como as premissas se relacionam com a conclusão,
ou seja, se o argumento é válido ou inválido. Isso quer dizer
I– P1: Todos os professores são dedicados. (V) que para ser argumento é necessário possuir forma.
P2: Todos os dedicados são bem-sucedidos. (V)
C: Todos os professores são bem-sucedidos. (V) Validade de um Argumento

Representação por diagrama: Um argumento será válido, legí mo ou bem construí-


do quando a conclusão é consequência obrigatória do seu
conjunto de premissas.
Sendo as premissas de um argumento verdadeiras, isso
implica necessariamente que a conclusão será verdadeira.
A validade de um argumento depende tão somente da
relação existente entre as premissas e a conclusão.

p1(V)  p2(V)  p3(V)  p4(V)  p5(V) ... pn(V)  C(V)

Percebemos que existe um conectivo de conjunção


que opera as premissas. Assim, para que a conclusão seja
verdadeira, torna-se necessário que as premissas sejam ver-
dadeiras, até mesmo porque se uma das premissas for falsa,
tornará a conclusão falsa. Logo, a verdade das premissas
II – P1: Todos os professores são dedicados. (V) garante a verdade da conclusão do argumento.
P2: Josimar é dedicado. (V)
C: Josimar é professor. (V / F)
Nas provas realizadas pelo Cespe para o concurso
Representação por diagrama: do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 2007, e para
Polícia Federal, em 2004, foi cobrado do candidato o
conhecimento do que seja um argumento válido. Sendo
assim, seguem os comentários dessas questões.

QUESTÃO COMENTADA
1. (Cespe/TSE/2007) Assinale a opção que apresenta um
argumento válido.
a) Se estudo, obtenho boas notas. Se me alimento
bem, me sinto disposto. Ontem estudei e não me
sen disposto, logo obterei boas notas mas não me
alimentei bem.
b) Se ontem choveu e estamos em junho, então hoje
Silogismo Categórico fará frio. Ontem choveu e hoje fez frio. Logo, estamos
Um silogismo é denominado categórico quando é com- em junho.
posto por três proposições categóricas, e as três proposições c) Choveu ontem ou segunda-feira é feriado. Como não
categóricas devem conter, ao todo, três termos e cada um choveu ontem, logo segunda-feira não será feriado.
dos termos devem estar exatamente em duas das três pro- d) Quando chove, as árvores ficam verdinhas. As árvores
posições que compõem o silogismo. estão verdinhas, logo choveu.
Ex.: No silogismo
P1: Todo aluno dedicado é aprovado. Comentário
P2: Josilton é um aluno dedicado. a) Se estudo, obtenho boas notas. Se me alimento bem,
C: Josilton será aprovado. me sinto disposto. Ontem estudei e não me sen disposto,
logo obterei boas notas mas não me alimentei bem.
Exemplos de argumentos:
P1: De acordo com a acusação, o réu roubou um carro ou Temos:
roubou uma motocicleta. P1: Estudo  obtenho boas notas.
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

P2: O réu roubou um carro. P2: Me alimento bem me sinto disposto.


C: Portanto, o réu não roubou uma motocicleta. P3: Ontem estudei  não me sen disposto.
Logo, C: Obterei boas notas  não me alimentei bem.
P1: Se juízes fossem deuses, então juízes não cometeriam
erros. Par ndo do princípio de que todas as premissas são
P2: Juízes cometem erros. verdadeiras, temos:
C: Portanto, juízes não são deuses.
P1: Estudo (V)  obtenho boas notas (V). = (V)
P1: Todo cachorro é verde. P2: Me alimento bem (F)  me sinto disposto (F). = (V)
P2: Tudo que é verde é vegetal. P3: Ontem estudei (V)  não me sen disposto (V). = (V)
C: Logo, todo cachorro é vegetal.
Após a valoração das premissas, podemos verificar se a
A Lógica não se preocupa com o valor lógico das pre- verdade das premissas realmente garante a verdade da
missas e da conclusão, preocupa-se apenas com a forma e a conclusão? Vejamos:

40
Logo, C: Obterei boas notas (V)  não me alimentei bem QUESTÕES DE CONCURSOS
(V). = (V)
Sendo assim, temos que o argumento é válido. 1. Todos os bons estudantes são pessoas tenazes. Assim
sendo:
b) Se ontem choveu e estamos em junho, então hoje fará a) alguma pessoa tenaz não é um bom estudante.
frio. Ontem choveu e hoje fez frio. Logo estamos em junho. b) o conjunto dos bons estudantes contém o conjunto
das pessoas tenazes.
Temos: c) toda pessoa tenaz é um bom estudante.
P1: (Ontem choveu  estamos em junho)  hoje fará frio. d) nenhuma pessoa tenaz é um bom estudante.
P2: Ontem choveu  fez frio. e) o conjunto das pessoas tenazes contém o conjunto
Logo, C: Estamos em junho. dos bons estudantes.
Par ndo do princípio de que todas as premissas são
2. Todo baiano gosta de axé music. Sendo assim:
verdadeiras, temos:
a) todo aquele que gosta de axé music é baiano.
b) todo aquele que não é baiano não gosta de axé
P1: Ontem choveu (V)  estamos em junho (V/F)  hoje
fará frio (V). = (V) music.
P2: Ontem choveu (V)  fez frio (V). = (V) c) todo aquele que não gosta de axé music não é baiano.
Logo, C: Estamos em junho. (V/F) d) algum baiano não gosta de axé music.
e) alguém que não goste de axé music é baiano.
Após a valoração das premissas, podemos verificar se
a verdade das premissas realmente garante a verdade da 3. Todo atleta é bondoso. Nenhum celta é bondoso. Daí
conclusão? Vejamos: pode-se concluir que:
Logo, C: Estamos em junho. (V/F) a) algum atleta é celta.
Sendo assim, temos que o argumento é inválido. b) nenhum atleta é celta.
c) nenhum atleta é bondoso.
c) Choveu ontem ou segunda-feira é feriado. Como não d) alguém que seja bondoso é celta.
choveu ontem, logo segunda-feira não será feriado. e) ninguém que seja bondoso é celta.

Temos: 4. Se chove, então faz frio. Assim sendo:


P1: Choveu ontem  segunda-feira é feriado. a) chover é condição necessária para fazer frio.
P2: Não choveu ontem. b) fazer frio é condição suficiente para chover.
Logo, C: Segunda-feira não é feriado. c) chover é condição necessária e suficiente para fa-
zer frio.
Par ndo do princípio de que todas as premissas são d) chover é condição suficiente para fazer frio.
verdadeiras, temos: e) fazer frio é condição necessária e suficiente para
chover.
P1: Choveu ontem (F)  segunda-feira é feriado (V). = (V)
P2: Não choveu ontem. = (V) 5. (Gestor/2000) A par r das seguintes premissas:
Logo, C: Segunda-feira não é feriado = (F) Premissa 1: “X é A e B, ou X é C”.
Premissa 2: “Se Y não é C, então X não é C”.
Após a valoração das premissas, podemos verificar se Premissa:3 “Y não é C”.
a verdade das premissas realmente garante a verdade da
conclusão? Vejamos: Conclui-se corretamente que X é:
Logo, C: Segunda-feira não é feriado. = (F) a) A e B. d) A e não B.
Sendo assim, temos que o argumento é inválido. b) Não A ou C. e) Não A e não B.
c) Não A e B.
d) Quando chove, as árvores ficam verdinhas. As árvores
estão verdinhas, logo choveu. 6. (AFC/2004) Uma professora de matemá ca faz as três
seguintes afirmações:
Temos: – “X > Q e Z < Y”.
P1: Choveu  as árvores ficam verdinhas. – “X > Y e Q > Y, se e somente se Y > Z”.
P2: As árvores estão verdinhas. – “R > Q, se e somente se Y = X”.
Logo, C: Choveu.
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

Sabendo que todas as afirmações da professora são


Par ndo do princípio de que todas as premissas são
verdadeiras, conclui-se corretamente que:
verdadeiras, temos:
a) X > Y > Q > Z. d) X > Q > Z > R.
P1: Choveu (V/F)  as árvores ficam verdinhas (V). = (V) b) X > R > Y > Z. e) Q < X < Z < Y.
c) Z < Y < X < R.
P2: As árvores estão verdinhas. = (V)
(Cespe)
Logo, C: Choveu. (V/F)
PvQ PvQ P→Q P→Q
Após a valoração das premissas, podemos verificar se
a verdade das premissas realmente garante a verdade da ¬P ¬Q P ¬Q
conclusão? Vejamos: Q P Q ¬P
Logo, C: Choveu. (V/F)
Sendo assim, temos que o argumento é inválido. I II III IV

41
As letras P, Q e R representam proposições, e os esquemas (Cespe)
acima representam quatro formas de dedução, nas quais, A forma de uma argumentação lógica consiste de uma se-
a par r das duas premissas (proposições acima da linha quência finita de premissas seguidas por uma conclusão. Há
tracejada), deduz-se a conclusão (proposição abaixo da linha formas de argumentação lógica consideradas válidas e há
tracejada). Os símbolos ¬ e → são operadores lógicos que formas consideradas inválidas.
significam, respec vamente, não e então, e a definição de A respeito dessa classificação, julgue os itens seguintes.
v é dada na seguinte tabela-verdade.
13. A seguinte argumentação é inválida:
P Q PvQ Premissa 1: Todo funcionário que sabe lidar com orça-
V V V mento conhece contabilidade.
Premissa 2: João é funcionário e não conhece contabi-
V F V lidade.
F V V Conclusão: João não sabe lidar com orçamento.
F F F
14. A seguinte argumentação é válida:
Considerando as informações acima e as do texto, julgue os Premissa 1: Toda pessoa honesta paga os impostos
itens que se seguem quanto à forma de dedução. devidos.
Premissa 2: Carlos paga os impostos devidos.
7. Considere a seguinte argumentação: Conclusão: Carlos é uma pessoa honesta.
Se juízes fossem deuses, então juízes não cometeriam
erros. Juízes cometem erros. Portanto, juízes não são (Cespe)
deuses. A lógica proposicional trata das proposições que podem ser
Essa é uma dedução da forma IV. interpretadas como verdadeiras (V) ou falsas (F). Para as
proposições (ou fórmulas) P e Q, duas operações básicas,
8. Considere a seguinte dedução: “¬” e “→”, podem ser definidas de acordo com as tabelas
De acordo com a acusação, o réu roubou um carro ou de interpretação abaixo.
roubou uma motocicleta. O réu roubou um carro.
Portanto, o réu não roubou uma motocicleta.
Essa é uma dedução da forma II. P Q P→Q P ¬P
V V V V F
9. Dadas as premissas P → Q; ¬ Q; R → P, é possível fazer V F F F V
uma dedução de ¬R usando-se a forma de dedução IV. F V V
F F V
10. Na forma de dedução I, tem-se que a conclusão será
verdadeira sempre que as duas premissas forem ver-
Com base nessas operações, novas proposições podem ser
dadeiras.
construídas. Uma argumentação é uma sequência finita de
proposições. Uma argumentação é válida sempre que a ve-
(Cespe)
racidade (V) de suas (n – 1) premissas acarreta a veracidade
A seguinte forma de argumentação é considerada válida. Para
de sua n-ésima – e úl ma – proposição.
cada x, se P(x) é verdade, então Q(x) é verdade, e para x = c,
se P(c) é verdade, então se conclui que Q(c) é verdade. Com
Com relação a esses conceitos, julgue os itens a seguir.
base nessas informações, julgue os itens a seguir.

11. Considere o argumento seguinte: 15. A sequência de proposições:


Toda prestação de contas submetida ao TCU que – Se existem tantos números racionais quanto números
expresse, de forma clara e obje va, a exa dão dos irracionais, então o conjunto dos números irracionais
demonstra vos contábeis, a legalidade, a legi midade é infinito.
e a economicidade dos atos de gestão do responsável – O conjunto dos números irracionais é infinito.
é julgada regular. A prestação de contas da Presidên- – Existem tantos números racionais quanto números
cia da República expressou, de forma clara e obje va, irracionais.
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

a exa dão dos demonstra vos contábeis, a legalidade,


a legi midade e a economicidade dos atos de gestão é uma argumentação da forma
do responsável. Conclui-se que a prestação de contas P→Q
da Presidência da República foi julgada regular. Q
Nesse caso, o argumento não é válido. P

12. Considere o seguinte argumento: 16. Julgue se a argumentação é válida.


Cada prestação de contas submetida ao TCU que Premissa 1: Se lógica é fácil, então Sócrates foi mico de
apresentar ato an econômico é considerada irregular. circo.
A prestação de contas da prefeitura de uma cidade Premissa 2: Lógica não é fácil.
foi considerada irregular. Conclui-se que a prestação Conclusão: Sócrates não foi mico de circo.
de contas da prefeitura dessa cidade apresentou ato
an econômico. 17. A tabela de interpretação de (P → Q)→¬P é igual à
Nessa situação, esse argumento é válido. tabela de interpretação de P → Q.

42
(Cespe) ARGUMENTO II
Considere os enunciados I e II a seguir.
P1: Toda pessoa saudável pra ca esportes.
I – Desde que a Ponte JK, que liga o Lago Sul ao Plano Piloto,
foi inaugurada, o tráfego entre o P2: Alberto pra ca esportes.
Lago Sul e o Plano Piloto melhorou. Conclusão: Alberto é saudável.
II – Houve muitas mudanças nas técnicas de construção,
Considerando os argumentos I e II acima, julgue os próximos
desde que a Ponte JK foi construída.
itens.
Julgue os itens que se seguem, acerca desses enunciados.
24. O argumento I não é válido porque, mesmo que as
18. O enunciado I é um argumento. premissas P1 e P2 sejam verdadeiras, isso não acarreta
que a conclusão seja verdadeira.
19. O enunciado II é um argumento.
25. O argumento II é válido porque toda vez que as pre-
(Cespe) missas P1 e P2 forem verdadeiras, então a conclusão
Considere a asser va seguinte, adaptada da revista come- também será verdadeira.
mora va dos 50 anos da Petrobras.
GABARITO
“Se o governo brasileiro vesse ins tuído, em 1962, o mo-
nopólio da exploração de petróleo no território nacional, 1. e 6. b 11. E 16. E 21. E
a Petrobras teria a ngido, nesse mesmo ano, a produção 2. c 7. c 12. E 17. E 22. E
de 100 mil barris/dia”. 3. b 8. E 13. E 18. C 23. C
4. d 9. C 14. E 19. E 24. C
Julgue se cada um dos itens a seguir apresenta uma propo- 5. a 10. C 15. C 20. C 25. E
sição logicamente equivalente à asser va acima.

20. Se a Petrobras não a ngiu a produção de 100 mil barris/ SEQUÊNCIAS


dia em 1962, o monopólio da importação de petróleo
e derivados não foi ins tuído pelo governo brasileiro As questões adiante exigem do aluno atenção e
nesse mesmo ano. percepção, que serão adquiridas apenas pela prática.
Perceber-se-á que tais questões são muito parecidas, o que
21. Se o governo brasileiro não ins tuiu, em 1962, o mo- facilita a resolução. Elas também são tradicionais nas provas
nopólio da importação de petróleo e derivados, então da FCC e de outras bancas. Logo, dar-se-á ênfase às questões
a Petrobras não a ngiu, nesse mesmo ano, a produção da Fundação Carlos Chagas, pois é a que mais trabalha com
de 100 mil barris/dia. questões desse po.
(Cespe)
Considere a seguinte argumentação lógica:
Sucessões ou Sequências
– Todo psiquiatra é médico.
– Nenhum engenheiro de so ware é médico. Definição
– Portanto, nenhum psiquiatra é engenheiro de so ware.
Conjunto de elementos de qualquer natureza, organiza-
Denote por x um indivíduo qualquer e simbolize por P(x) dos ou escritos numa ordem bem determinada.
o fato de o indivíduo ser psiquiatra, por M(x) o fato de ele A representação de uma sequência se dá quando seus
ser médico e por E(x) o fato de ser engenheiro de so ware. elementos, ou termos, es verem dispostos entre parênteses.
Nesse contexto e com base na argumentação lógica, julgue Não pode haver uma interpretação como ocorre nos
os itens seguintes. conjuntos, pois qualquer alteração na ordem dos elementos
de uma sequência altera a própria sequência.
22. A argumentação lógica pode ser simbolizada por
(  )(P(x) v M(x)) Exemplos:
a) Sucessão dos meses do ano: (janeiro, fevereiro, março,
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

¬ (  x) (E(x)  M(x))
abril... dezembro).
¬ (  x) (P(x)  E(x)) b) O conjunto ordenado (0, 1, 2, 3, 4, 5...) é chamado
sequência ou sucessão dos números naturais.
23. A forma simbólica ¬ (  x) (E(x) /\ M(x)) é logicamente
equivalente a (  x) (¬E(x) /\ ¬M(x)). Termos de uma Sucessão

(Cespe) Uma sequência ou uma sucessão numérica pode possuir


uma quan dade finita ou infinita de termos.
ARGUMENTO I
Exemplos:
P1: Toda pessoa saudável pra ca esportes.
a) (4, 8, 12, 16) é uma sequência finita.
P2: Alberto não é uma pessoa saudável. b) (a, e, i, o, u) é uma sequência finita.
Conclusão: Alberto não pra ca esportes. c) (3, 6, 9...) é uma sequência infinita.

43
d)
a1 = 1
a2 = 3 O número que aparece no nome do ele-
a3 = 5 mento é a “ordem” dele. Ou seja, a1 é o
a4 = 7 primeiro, a2 é o segundo etc.
...
Representação de uma Sequência

A representação matemá ca de uma sucessão é dada Se sobraram 4 termos, o termo a70 corresponde ao 4o
da seguinte forma: termo: (2, 3, 1, -2, -3, -1, 2, 3, 1...).

(b1, b2, b3... bn-1, bn), em que: Resposta: d.

• b1 é o primeiro termo; Lei de Formação de uma Sequência

• b2 é o segundo termo; Progressão Aritmé ca (P.A.)


A lei de formação é a relação estabelecida entre os ele-
• bn é o enésimo termo. mentos da sequência que gera os demais elementos.
Um exemplo clássico é uma Progressão Aritmé ca (P.A.).
Exemplo: Consideremos o exemplo abaixo:
Dada a sequência (-1, 2, 5, 8, 11), calcular:
(1, 3, 5, 7, 9, 11, 13, 15, 17...)
a) a 3 – a2 b) a2+ 3a1
O primeiro termo dessa P.A. é 1, o segundo é 3, e assim
Solução: por diante.
a) a3 = 5 e a2 = 2  a3 – a2 = 5 – 2 = 3 Quando temos um termo e não sabemos sua posição,
chamamos de an, em que “n” é a posição ocupada pelo termo
b) a2 + 3 . a1 = 2 + 3 x -1 = 2 – 3 = -1 em questão. Esse é o termo geral, pois pode ser qualquer um.
No que se refere ao exemplo:
QUESTÃO COMENTADA (1, 3, 5, 7, 9, 11, 13, 15, 17...)
1. (Cesgranrio/Caixa Econômica Federal/2008)
Como é uma P.A., segue um “ritmo definido” (ritmo este
que é a soma de 2 unidades a cada elemento que acrescenta-
 a1  2 mos). Esse ritmo também tem um nome: chama-se “RAZÃO”

 a2  3 e é representada por “r” minúsculo. Portanto, o segundo
a a a termo será a soma do primeiro mais a razão; o terceiro será
 n n 1 n 2 a soma do segundo mais a razão.
Vemos no nosso exemplo que cada próximo termo da
Qual é o 700 termo da sequência de números (an) defi- progressão é acrescido de 2 unidades, portanto r = 2. A razão
nida acima? pode ser estabelecida da seguinte maneira:
a) 2. b) 1. c) – 1. d) – 2. e) – 3.
r = an – a n- 1
Comentário
Primeiro construiremos a sequência para que possamos Tabela 1 Tabela 2
verificar qual foi o padrão u lizado na sucessão dos termos.
a1 = 2 a1 = 1 =1 a1 = a 1
a2 = 3 a2 = 3 =1+2 a2 = a 1 + r
a3 = a 2 – a 1 = 1 a3 = 5 =1+2+2 a3 = a 1 + r + r
a4 = a3 – a2 = -2
a4 = 7 =1+2+2+2 a4 = a 1 + r + r + r
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

a5 = a4 – a3 = -3
a6 = a5 – a4 = -1 a5 = 9 =1+2+2+2+2 a5 = a 1 + r + r + r + r
a7 = a 6 – a 5 = 2 ... ... ... ...
a8 = a 7 – a 6 = 3
... Ao analisar as tabelas 1 e 2, verifica-se a soma do primeiro
termo a1 com (n – 1) vezes a razão.
Representando a sequência, temos:
a1= a1 + 0 . r
a2 = a 1 + 1 . r
2, 3, 1, -2, -3, -1, 2, 3, 1... a3 = a1 + 2 . r
Ao representar, torna-se notável que a sequência pos-
sui outra sequência que se repete de seis em seis termos. a4 = a1 + 3 . r
Logo, podemos realizar o seguinte cálculo para resolver o a5 = a1 + 4 . r
problema: an = a1 + (n – 1) . r

44
Logo, pode-se definir que a Lei de Formação de uma P.A. 3. (Cesgranrio/2006) Leonardo queria jogar “bolinhas de
é a seguinte: gude” mas, como não nha com quem brincar, pegou
suas 65 bolinhas e resolveu fazer várias letras “L” de
an = a1 + (n – 1) . r tamanhos diferentes, seguindo o padrão apresentado
abaixo.
Outro exemplo clássico é a Progressão Geométrica (P.G.).
Consideremos o exemplo a seguir.
Observe a sequência:

(4, 8, 16, 32, 64...)

Note que, dividindo um termo qualquer dessa sequência


pelo termo antecedente, o resultado é sempre igual a 2.

a2 : a1 = 8: 4 = 2
Leonardo fez o maior número possível de “L” e, assim,
a4 : a3 = 32 : 16 = 2
a5 : a4 = 64 : 32 = 2 sobraram n bolinhas. O valor de n foi igual a:
a) 5. d) 8.
Progressão Geométrica (P.G.) b) 6. e) 9.
É a sequência de números reais não nulos em que o quo- c) 7.
ciente entre um termo qualquer (a par r do 2º) e o termo
antecedente é sempre o mesmo (constante). 4. (FCC/2006) Observe a seguinte sequência de figuras
Essa constante é chamada de razão, representada pela formadas por “triângulos”:
letra q.

Exemplos:
• (1, 2, 4, 8, 16...) é uma P.G. de razão q = 2.
• (2, -4, 8, -16...) é uma P.G. de razão q = -2.

Termo Geral de uma P.G.


Para obtermos o termo geral de uma P.G., u lizamos o
primeiro termo (a1) e a razão (q).
Seja (a1, a2, a3, ..., an) uma P.G. de razão q. Temos:

a2 : a1 = q → a2 = a1 . q Con nuando a sequência de maneia a manter o mesmo


padrão, é correto concluir que o número de “triângulos”
a3 : a2 = q → a3 = a2 . q → a3 = a1 . q² da figura 100 é:
a) 403. d) 395.
a4 : a3 = q → a4 = a3 . q → a4 = a1 . q³ b) 401. e) 391.
c) 397.
Logo, concluímos que an ocupa a n-ésima posição da P.G.,
dada pela expressão: 5. (FCC/2007) Uma aranha demorou 20 dias para co-
brir com sua teia a super cie total de uma janela.
an = a 1 . q n – 1 Ao acompanhar o seu trabalho, curiosamente, obser-
vou-se que a área da região coberta pela teia duplicava
QUESTÕES DE APRENDIZAGEM a cada dia. Se desde o início ela vesse contado com a
ajuda de outra aranha de mesma capacidade operacio-
1. (FGV/2007) A figura abaixo mostra uma ra formada nal, então, nas mesmas condições, quantos dias seriam
por quadradinhos de lado 1cm. Sobre essa ra foi necessários para que, juntas, as duas reves ssem toda
desenhada uma linha quebrada, começando no canto
a super cie de tal janela?
inferior esquerdo e que mantém sempre o mesmo
padrão. As retas ver cais estão numeradas, e, na reta a) 10. d) 18.
ver cal de número 50, o desenho foi interrompido. b) 12. e) 19.
c) 15.
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

6. (FCC/2007) Indagado sobre a quan dade de projetos


desenvolvidos nos úl mos 10 anos em sua área de
trabalho, um analista legisla vo que era aficionado em
matemá ca respondeu o seguinte: “O total de projetos
é igual ao número que, no criptograma matemá co
O comprimento da linha é de: abaixo, corresponde à palavra ESSO”.
a) 150cm. d) 140cm.
b) 138cm. e) 156cm.
(SO)2 = ESSO
c) 144cm.

2. (Cesgranrio/2006) Na sequência (1, 2, 4, 7, 11, 16, 22, ...) Considerando que nesse criptograma letras dis ntas
o número que sucede 22 é: equivalem a algarismos dis ntos escolhidos de 1 a 9,
a) 28. d) 31. então, ao decifrar corretamente esse enigma, conclui-se
b) 29. e) 32. que a quan dade de projetos à qual ele se refere é um
c) 30. número

45
a) menor que 5 000. cada número é ob do a par r do anterior, de acordo
b) compreendido entre 5 000 e 6 000. com uma certa regra.
c) compreendido entre 6 000 e 7 000. Nessas condições, o sé mo elemento dessa sequência é
d) compreendido entre 7 000 e 8 000. a) 197.
e) maior que 8 000. b) 191.
c) 189.
7. (FCC/2007) Se a é um número inteiro posi vo, defi- d) 187.
ne-se uma operação & como a& = 3a – 2. Considere e) 185.
a sequência (a1, a2, a3, ..., an, ...) cujo termo geral é
a n  (n & )& , para todo n = 1, 2, 3, ... . A soma do 11. (FCC/2009) Observe o diagrama.
terceiro e quinto termos dessa sequência é igual a:
a) 42. d) 52.
b) 46. e) 56.
c) 48.

8. (FCC/2007) Carol recebeu uma promoção na Repar ção


Pública onde trabalha e Sueli, sua colega de trabalho,
foi incumbida de fazer um discurso no dia de sua posse.
Para tal, Sueli anotou alguns dados que serviriam de
base para redigir o discurso:
a) Carol começou a trabalhar enquanto cursava o En- Usando a mesma ideia, é possível determinar os núme-
sino Médio, aos 16 anos de idade. ros do interior de cada um dos 4 círculos do diagrama
b) Carol ingressou no serviço público após ter cursado a seguir.
a pós-graduação em Direito.
c) Seus pais mudaram-se para o Rio de Janeiro, onde
Carol cursou o Ensino Básico.
d) Quando cursávamos o 4º ano da faculdade, Carol
apresentou-me seu marido Gastão, uma semana
após ter começado a namorá-lo.
e) Eu fui escolhida para elaborar o discurso em sua
homenagem.
f) Conheci Carol na Universidade, em que ambas in-
gressamos no curso de Direito.
g) Carol nasceu em São Paulo no dia 18 de maio
de 1975. Desses quatro números, o
h) Carol concluiu o curso de bacharelado em Direito, a) menor é 3.
em 1999. b) menor é 4.
i) Seu primeiro emprego foi como auxiliar em um c) maior é 6.
escritório de advocacia. d) maior é 9.
j) Carol casou-se com Gastão 6 meses após o início do e) maior é 12.
namoro.
12. (Cespe) Julgue o item seguinte.
Para que todos esses dados sejam incluídos no discurso ( ) Considere as seguintes sequências de números:
na ordem cronológica em que ocorreram, a ordem de {3, 6, 12, 24, ...} e {11, 13, 15, ...} e suponha que haja
inserção deverá ser: uma relação entre elas, definida da seguinte forma:
a) g – c – a – d – f – j – h – i – b – e 3 → 11, 6 → 13, 12 → 15, .... Nesse caso, o número da
b) g – a – c – i – f – d – h – j – b – e segunda sequência que está relacionado ao número
c) g – c – a – i – f – d – j – h – b – e 24, da primeira sequência, é o número 19.
d) e – g – c – a – i – f – d – j – h – b
e) e – a – i – c – f – h – g – b – d – j 13. (Cesgranrio) Em um caminho re líneo há um canteiro
formado por 51 roseiras, todas enfileiradas ao longo
9. (FCC/2008). Analise a sequência abaixo. do caminho. A distância entre quaisquer duas roseiras
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

consecu vas é 1,5 m. Nesse caminho, há ainda uma


1 × 9 + 2 = 11 torneira a 10,0 m da primeira roseira. Gabriel decide
12 × 9 + 3 = 111 molhar todas as roseiras desse caminho. Para isso, u li-
123 × 9 + 4 = 1 111 za um regador que, quando cheio, tem capacidade para
.... molhar 3 roseiras. Dessa forma, Gabriel enche o regador
.... na torneira, encaminha-se para a 1a roseira, molha-a,
.... caminha até a 2a roseira, molha-a e, a seguir, caminha
até a 3a roseira, molhando-a também, esvaziando o
Nessas condições, quantas vezes o algarismo 1 aparece regador. Cada vez que o regador fica vazio, Gabriel volta
no resultado de 12 345 678 × 9 + 9? à torneira, enche o regador e repete a ro na anterior
a) 9. b) 10. c) 11. d) 12. e) 13. para as três roseiras seguintes. No momento em que
acabar de regar a úl ma das roseiras, quantos metros
10. (FCC/2008) Observando a sequência (2, 5, 11, 23, 47, Gabriel terá percorrido ao todo desde que encheu o
95, ...) verifica-se que, do segundo termo em diante, regador pela primeira vez?

46
a) 1666,0 Portanto, um calendário fixo de 365 dias apresenta um
b) 1581,0 erro de aproximadamente 6 horas por ano, equivalente a 1
c) 1496,0 dia a cada quatro anos ou 1 mês a cada 120 anos. Um erro
d) 833,0 como esse tem sérias implicações nas sociedades, principal-
e) 748,0 mente nas a vidades que dependem de um conhecimento
preciso das estações do ano, como a agricultura.
14. (Cespe) Considere que os números reais a, b e c este- Para diminuir esse erro, foi adotado o ano bissexto,
b 3 acrescentando-se 1 dia a cada quatro anos. Foi adotado
jam em progressão aritmé ca e que = . Julgue os pela primeira vez no Egito, em 238 a.C. O calendário Julia-
a 2
no, introduzido em 45 a.C, adotou a regra de que todo ano
itens subsequentes com relação a essa progressão. divisível por quatro era bissexto. Mas mesmo com essa regra
a) Se a + b + c = 36, então a < 9. ainda exis a um erro de aproximadamente 1 dia a cada 128
b) c = 5 . anos. No final do século XVI, foi introduzido o calendário
b 3 Gregoriano, usado até hoje na maioria dos países, adotando
as seguintes regras:
15. (Cespe) Julgue o item que se segue. 1) Todo ano divisível por 4 é bissexto.
( ) Se uma dívida foi paga em 16 prestações, sendo a 2) Todo ano divisível por 100 não é ano bissexto.
primeira parcela de R$ 50,00, a segunda de R$ 55,00, 3) Mas se o ano for também divisível por 400, é ano
a terceira de R$ 60,00 e assim por diante – ou seja, bissexto”.
as parcelas estavam em progressão aritmé ca de
razão igual a R$ 5,00 – , então o valor total da dívida De forma mais prá ca, consideremos que anos bissextos
era inferior a R$ 1.500,00. são anos Olímpicos...

GABARITO Quan dade de dias em cada mês:


Janeiro – 31 dias
Fevereiro – 28 dias – (bissexto – 29 dias)
1. a 6. b 11. d Março – 31 dias
2. b 7. e 12. E Abril – 30 dias
3. a 8. c 13. b Maio – 31 dias
4. b 9. a 14. C, E Junho – 30 dias
5. e 10. b 15. C Julho – 31 dias
Agosto – 31 dias
Setembro – 30 dias
QUESTÕES COMENTADAS Outubro – 31 dias
MÚLTIPLOS DATAS Novembro – 30 dias
Dezembro – 31 dias
1. (FGV/FNDE/2007) Em certo ano, o dia primeiro de
março caiu em uma terça-feira. Nesse ano, o úl mo Diante do exposto, temos que calcular quantos dias há
dia de abril foi: entre o dia primeiro de março, que caiu em uma terça-feira,
a) quarta-feira. e o úl mo dia de abril.
b) sábado. 01/03 – Uma observação importante é que o primeiro dia
c) sexta-feira. não pode entrar, a fim de se manter uma sequência de sete
d) quinta-feira. dias (múl plos de sete). Temos, assim, um total de 30 dias.
e) domingo. 30/04 – (Conta-se o úl mo dia). Temos, assim, 30 dias.
TOTAL: 60 DIAS
Comentário
Sabemos que a semana possui 7 (sete) dias, e que, por 60 7
exemplo, de uma segunda-feira para outra segunda-feira –
temos um intervalo de 7 (sete) dias, isto é, podemos 56 8 Passaram-se 8 semanas
afirmar que acontece da seguinte maneira: dias: M (7): 4 Sobraram 4 dias
(7, 14, 21, 28, 35, 42, 49...) – múl plos de sete.
É necessário sabermos quantos dias possui cada mês
Como foi de terça a terça, então é só contar mais 4 dias,
do ano, por isso falaremos um pouco sobre o ano bissexto.
“O ano de 2008 é um ano bissexto. Em nosso calendário, o que acontecerá sábado.
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

chamado Gregoriano, os anos comuns têm 365 dias e os anos


bissextos têm um dia a mais, totalizando 366 dias. Essa infor- 2. (Cesgranrio/2007) O ano de 2007 tem 365 dias. O pri-
mação pra camente todo mundo sabe, mas o entendimento meiro dia de 2007 caiu em uma segunda-feira. Logo,
sobre o funcionamento dos anos bissextos ainda é recheado neste ano, o dia de Natal cairá numa:
de dúvidas na cabeça de muita gente. Você saberia dizer quais a) segunda-feira. d) quinta-feira.
são os anos bissextos? b) terça-feira. e) sexta-feira.
Os anos bissextos são anos com um dia a mais, tendo, c) quarta-feira.
portanto, 366 dias. O dia extra é introduzido como o dia 29
de fevereiro, ocorrendo a cada quatro anos. O período de Comentário
um ano se completa com uma volta da terra ao redor do sol. Do dia 1º de janeiro de 2007 até o Natal – 25/12/2007 –
Como instrumentos de uso prá co, os calendários adotam passaram-se quantos dias? Vejamos abaixo:
uma quan dade exata de dias para o período de um ano:
365 dias. Mas, na realidade, a terra leva aproximadamente Jan. Fev. Março Abril Maio Junho Julho Agosto Set. Out. Nov. Dez.
365 dias e 6 horas para completar uma volta ao redor do sol. 30 28 31 30 31 30 31 31 30 31 30 25

47
Em janeiro, não entra o primeiro dia. Em dezembro, Sequência infinita: é uma sequência que não possui fim,
entram todos os dias até a data desejada. ou seja, seus elementos seguem ao infinito. Por exemplo: a
Somando-se os números acima, temos: 358 dias. sequência dos números inteiros.
Um cálculo mais simples é o seguinte: o total (365 dias)
menos 7 dias, que vai de 25 de dezembro até 1º de janeiro. (a1, a2, a3, a4... an...) – sequência infinita
Assim: 365 – 7 = 358 dias.
Logo, podemos citar algumas sequências ou séries:
– 358 7
357 51 (passaram-se 51 semanas) Série de Fibonacci: é uma sequência definida na prá ca
da seguinte forma: você começa com 0 e 1, e então produz
1 (sobrou 1 dia) o próximo número de Fibonacci somando os dois anteriores.
Os primeiros números de Fibonacci para n = 0, 1... são: 0, 1,
Passaram-se 51 semanas de segunda a segunda, e sobrou 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, 144, 233, 377, 610, 987, 1597,
1 dia. Logo, caiu em uma terça-feira. 2584, 4181, 6765, 10946...
Essa sequência foi descrita primeiramente por Leonardo
QUESTÕES DE CONCURSOS de Pisa, conhecido como Fibonacci. Nela, ele descreveu o
aumento de uma população de coelhos. Os termos descre-
veram o número de casais em uma população de coelhos
1. (Cesgranrio/2007) Os anos bissextos têm, ao contrário
depois de n meses, supondo que:
dos outros anos, 366 dias. Esse dia a mais é colocado
1. nascesse apenas um casal no primeiro mês;
sempre no final do mês de fevereiro, que, nesses casos, 2. os casais reproduzissem-se apenas após o segundo
passa a terminar no dia 29. O primeiro dia de 2007 mês de vida;
caiu em uma segunda-feira. Sabendo que 2007 não é 3. no cruzamento consanguíneo não houvesse proble-
ano bissexto, mas 2008 será, em que dia da semana mas gené cos;
começará o ano de 2009? 4. cada casal fér l desse a luz a um novo casal todos os
a) Terça-feira. d) Sexta-feira. meses;
b) Quarta-feira. e) Sábado. 5. não houvesse morte de coelhos.
c) Quinta-feira.
Número Tribonacci: um número Tribonacci assemelha-se
2. (FCC/MPU/2007) Considerando que, em certo ano, a um número de Fibonacci, mas em vez de começarmos com
o dia 23 de junho ocorreu em um sábado, o dia 22 de dois termos pré-definidos, a sequência é iniciada com três
outubro desse mesmo ano ocorreu em termos pré-determinados, e cada termo posterior é a soma
a) uma segunda-feira. d) um sábado. dos três termos anteriores. Os primeiros números de uma
b) uma terça-feira. e) um domingo. pequena sequência Tribonacci são: 1, 1, 2, 4, 7, 13, 24, 44,
c) uma quinta-feira. 81, 149, 274, 504, 927, 1705, 3136, 5768, 10609, 19513,
35890, 66012, 121415, 223317 etc.
GABARITO
Progressão Aritmé ca: é uma sequência de números que
obedecem a uma lei de formação já citada antes, isto é, an =
1. c 2. a
a1 + (n – 1) . r, em que podemos definir cada elemento por
meio do termo anterior juntamente com a razão.
Sequências Numéricas
Exemplo: (10, 15, 20, 25, 30, 35, 40...).
Sequência é todo conjunto ou grupo que possui os seus
elementos escritos em uma determinada ordem. Progressão Geométrica: é uma sequência de números
De acordo com o tópico “Lei de formação de uma se- que obedecem a uma lei de formação já citada antes, isto
é, an = a1 . qn – 1, em que podemos definir cada elemento por
quência”, pode-se perceber que uma sequência numérica
meio do termo anterior juntamente com a razão.
é cons tuída de termos numéricos, ou seja, números que
seguirão um padrão de formação. Toda sequência numérica Exemplo: (2, 6, 18, 54...).
possui uma ordem para organização dos seus elementos. As-
sim, podemos dizer que em qualquer sequência os elementos
são dispostos da seguinte forma: (a1, a2, a3, a4... an...) ou QUESTÕES COMENTADAS SEQUÊNCIAS
NUMÉRICAS
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

(a1, a2, a3... an), em que a1 é o 1º elemento; a2, o segundo


elemento e assim por diante, e an o enésimo elemento.
1. (FGV/FNDE/2007) Na sequência numérica 3, 10, 19, 30,
Exemplos: 43, 58..., o termo seguinte ao 58 é:
a) (1, 0, 0, 1) – (4, 3, 3, 4) – (5, 4, 4, 5) – (6, 7, 7, 6) – a) 75. d) 78.
b) 77. e) 79.
(9, 8, 8, 9)
c) 76.
b) 2, -4, 6, -8, -12...
Comentário
Essas sequências são diferenciadas em dois pos: As questões de sequências, em sua maioria, trazem uma
Sequência finita: é uma sequência numérica na qual os lógica que só será percebida com bastante treino. Vejamos:
elementos têm fim. Por exemplo, a sequência dos números • Primeiro termo: 3.
múl plos de 5 maiores que 10 e menores que 40. • Segundo termo: 10.
• Terceiro termo: 19.
(a1, a2, a3, a4... an) – sequência finita • Quarto termo: 30.

48
Pode-se concluir que o quinto termo realmente é 43, pois mesmo padrão. Par ndo das letras M, O, P e S, e saltando
entre o primeiro e o segundo aumentaram 7 unidades, entre três letras, teremos QSTX.
o segundo e o terceiro aumentaram 9 unidades, entre o ter- Um desafio para você! Na sucessão de figuras seguintes,
ceiro e o quarto aumentaram 11 unidades. Logo, o aumento as letras do alfabeto oficial foram dispostas segundo um
acontece da seguinte forma: (7, 9, 11, 13, 15, 17...). Assim, determinado padrão.
do termo 58 para o seu sucessor temos um aumento de 17
unidades, que resulta em 75 (próximo número).
A C E ? I L N
2. (FGV/FNDE/2007) Na sequência de algarismos 1, 2,
3, 4, 5, 4, 3, 2, 1, 2, 3, 4, 5, 4, 3, 2, 1, 2, 3..., o 2007º Z V T ? P N L
algarismo é:
a) 1. d) 5. Considerando que o alfabeto oficial exclui as letras K,
b) 2. e) 3. Y e W, então, para que o padrão seja man do, a figura que
c) 4. deve subs tuir aquela que tem os pontos de interrogação é

Comentário
Na sequência acima temos o seguinte: 1, 2, 3, 4, 5, 4, a) I b) H c) H d) G e) G
3, 2, 1, 2, 3, 4, 5, 4, 3, 2, 1, 2, 3... Ao observar, percebemos
R T R T R
que se torna um pouco di cil encontrar um padrão, pois o
intervalo entre os termos não é constante. Contudo, devemos
agrupar uma quan dade maior de termos, transformando-os Resposta: e.
em termos maiores.
Assim, percebe-se que agrupando [1, 2, 3, 4, 5, 4, 3, 2] Sequências com Figuras
[1, 2, 3, 4, 5, 4, 3, 2] [1, 2, 3...] criam-se termos com maior
quan dade de números. Cada termo possui 8 números. As sequências com figuras exigem dos candidatos uma
Se quisermos o termo de posição 2007º, calcularemos percepção de objetos ligados a um determinado padrão.
assim: A prá ca determinará uma melhor interpretação de tais pro-
blemas, uma vez que as bancas que cobram essas questões
2007 8 Grupos de 8 números seguem um determinado raciocínio.
– Vejamos alguns exemplos de sequências com figuras.
2000 250 Termos de oito números
1. Observe que há uma relação entre as duas primeiras
7 Sobram 7 posições figuras representadas na sequência abaixo.
O número estará na 7ª posição. Logo, na sequência 1, 2, 3,
4, 5, 4, 3, 2, 1, 2, 3, 4, 5, 4, 3, 2, 1, 2, 3, será o número 3 (três).
está para assim como está para...
Sequências Alfabé cas
A mesma relação deve exis r entre a terceira figura e a
Da mesma maneira que temos as sequências numéricas,
quarta, que está faltando. Essa quarta figura é
em que os termos são cons tuídos de números, podemos
construir uma sequência alfabé ca, na qual os termos são
letras, possuindo também uma lei de formação. a) d)
Um exemplo de sequência alfabé ca pode ser a seguin-
te: {a, e, i, o, u} – os termos da sequência são as vogais do
alfabeto.
Um outro exemplo de sequência alfabé ca pode ser: {a, c, b) e)
e, g, i...} – os termos da sequência são as letras que ocupam
as posições ímpares do alfabeto.
Em muitas provas de concursos públicos temos questões
que envolvem sequências alfabé cas. Nelas o candidato é c)
subme do a interpretar qual a lei de formação, ou qual o
padrão u lizado para construção da série disposta. A resposta é a letra e, uma vez que a primeira figura está
para segunda, obedecendo ao seguinte padrão: a parte
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

Exemplo: interna da figura ora fica hachurada, ora não; e a parte


Observe que há uma relação entre os dois primeiros externa segue o mesmo esquema. A figura também vai
grupos de letras apresentados abaixo. A mesma relação deve realizando um movimento de rotação. Logo, temos que
exis r entre o terceiro e o quarto grupo, que está faltando. a úl ma figura, o retângulo, ficará na posição ver cal,
e serão inver das as regiões hachuradas.
DFGJ: HJLO:: MOPS: ?
2. Escolha, entre as figuras, a que deve ocupar a vaga
Considerando que as letras K, Y e W não pertencem ao
assinalada pela interrogação.
alfabeto oficial usado, o grupo de letras que subs tuiria
corretamente o ponto de interrogação é QSTX, uma vez que,
dada a primeira parte DFGJ: HJLO, da letra D para a letra
H saltaram-se três letras (E, F e G), da letra F para a letra
J saltaram-se também três letras, da letra G para a letra L
saltaram-se também três e da mesma forma da letra J para
a letra O. Na segunda parte temos que analisar seguindo o

49
a) b) c) d) e) 3. O esquema abaixo representa a subtração de dois
números inteiros, em que alguns algarismos foram
subs tuídos pelas letras X, Y, Z e T.

Observe nessa sequência tanto a posição dos braci-


nhos alternando-se, como a posição das perninhas se
abrindo e fechando. Da primeira figura para a terceira,
os bracinhos se alternam e as perninhas ficam na mesma Ob do o resultado correto, a soma X + Y + Z + T é igual a
posição. Da segunda figura para a quarta (desejada), a) 12. d) 18.
as perninhas permanecem na mesma posição e os bra- b) 14. e) 21.
cinhos se alternam. c) 15.

Resposta: d. 4. As afirmações seguintes são resultados de uma pesquisa


feita entre os funcionários de certa empresa.
3. Escolha, entre as figuras, a que deve ocupar a vaga – Todo indivíduo que fuma tem bronquite.
assinalada pela interrogação. – Todo indivíduo que tem bronquite costuma faltar ao
trabalho.

Rela vamente a esses resultados, é correto concluir que


a) existem funcionários fumantes que não faltam ao
trabalho.
b) todo funcionário que tem bronquite é fumante.
a) b) c) d) e) c) todo funcionário fumante costuma faltar ao traba-
lho.
d) é possível que exista algum funcionário que tenha
bronquite e não falte habitualmente ao trabalho.
e) é possível que exista algum funcionário que seja
Observe nessa questão que há uma inversão no fumante e não tenha bronquite.
preenchimento das regiões e que a figura posterior é a
parte interna da anterior. Logo, a figura que subs tuirá 5. Sabe-se que os pontos marcados nas faces opostas de
o ponto de interrogação deve ser o triângulo interno, um dado devem somar 7 pontos. Assim sendo, qual
alternando sua cor. das figuras seguintes não pode ser a planificação de
um dado?
Resposta: a.

Podemos dizer que a prá ca das questões envolvendo a)


sequências de figuras é a melhor forma de o candidato
entender os padrões estabelecidos pelas bancas.

QUESTÕES DA FCC COM FIGURAS E


SEQUÊNCIA b)
2006

1. Se x e y são números inteiros tais que x é par e y é ímpar,


então é correto afirmar que
a) X + y é par. c)
b) X + 2y é ímpar.
c) 3X – 5y é par.
d) X x y é ímpar.
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

e) 2X – y é ímpar.

2. Observe que há uma relação entre os dois primeiros d)


grupos de letras apresentados abaixo. A mesma relação
deve exis r entre o terceiro e quarto grupo, que está
faltando.

DFGJ : HJLO :: MOPS : ?


e)
Considerando que as letras K, Y e W não pertencem ao
alfabeto oficial usado, o grupo de letras que subs tuiria
corretamente o ponto de interrogação é
a) OQRU. c) QSTX. e) RTUZ. 6. Os termos da sequência (2, 5, 8, 4, 8, 12, 6, 11, 16,....)
b) QSTV. d) RTUX. são ob dos por meio de uma lei de formação. A soma

50
do décimo e do décimo segundo termos dessa sequên- Nessas condições, é verdade que
cia, ob dos segundo essa lei, é a) o terno comprado por Bento era preto e a camisa
a) 28. d) 25. era cinza.
b) 27. e) 24. b) a camisa comprada por Aluísio era branca e o terno
c) 26. comprado por Casimiro era preto.
c) o terno comprado por Bento era preto e a camisa
7. A sequência de figuras abaixo foi construída obedecen- comprada por Aluísio era branca.
do a determinado padrão. d) os ternos comprados por Aluísio e Casimiro eram
cinza e preto, respec vamente.
e) as camisas compradas por Aluísio e Bento eram preta
e branca, respec vamente.

11. Uma pessoa tem 7 bolas de mesmo peso e, para calcular


o peso de cada uma, colocou 5 bolas em um dos pratos
de uma balança e o restante junto com uma barra de
Segundo esse padrão, a figura que completa a sequên- ferro de 546 gramas, no outro prato. Com isso, os pratos
cia é: da balança ficaram totalmente equilibrados. O peso de
cada bola, em gramas, é um número
a) maior que 190.
b) entre 185 e 192.
a) d) c) entre 178 e 188.
d) entre 165 e 180.
e) menor que 170.

12. Para um grupo de funcionários, uma empresa oferece


cursos para somente dois idiomas estrangeiros: inglês e
b) e) espanhol. Há 105 funcionários que pretendem estudar
inglês, 118 que preferem espanhol e 37 que pretendem
estudar simultaneamente os dois idiomas. Se 1/7 do
total de funcionários desse grupo não pretende estu-
dar qualquer idioma estrangeiro, então o número de
elementos do grupo é
c) a) 245. d) 224.
b) 238. e) 217.
c) 231.

8. Na sentença abaixo, falta a úl ma palavra. Procure 13. Suponha que, num banco de inves mento, o grupo
nas alterna vas a palavra que melhor completa essa responsável pela venda de tulos é composto de três
sentença. elementos. Se, num determinado período, cada um
Estava no portão de entrada do quartel, em frente à dos elementos do grupo vendeu 4 ou 7 tulos, o total
guarita; se es vesse fardado, seria tomado por ... de tulos vendidos pelo grupo é sempre um número
a) comandante. múl plo de
b) ordenança. a) 3. d) 6.
c) guardião. b) 4. e) 7.
d) porteiro. c) 5.
e) sen nela.
14. Os clientes de um banco contam com um cartão magné-
9. Das 30 moedas que estão no caixa de uma padaria, co e uma senha pessoal de quatro algarismos dis ntos
sabe-se que todas têm apenas um dos três valores: 5 entre 1.000 e 9.999. A quan dade dessas senhas, em
centavos, 10 centavos e 25 centavos. Se as quan dades que a diferença posi va entre o primeiro algarismo e
de moedas de cada valor são iguais, de quantos mo- o úl mo algarismo é 3, é igual a
dos poderá ser dado um troco de 1 real a um cliente, a) 936. d) 768.
usando-se exatamente 12 dessas moedas? b) 896. e) 728.
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

a) Três. c) 784.
b) Quatro.
c) Cinco. 15. Na sequência dos quadriculados a seguir, as células
d) Seis. pretas foram colocadas obedecendo a um determinado
e) Sete. padrão.
10. Aluísio, Bento e Casimiro compraram, cada um, um
único terno e uma única camisa. Considere que:
– tanto os ternos quanto as camisas compradas eram
nas cores branca, preta e cinza;
– apenas Aluísio comprou terno e camisa nas mesmas
cores;
– nem o terno e nem a camisa comprados por Bento
eram brancos;
– a camisa comprada por Casimiro era cinza.

51
Mantendo esse padrão, o número de células brancas Supondo que as figuras apresentadas nas alterna vas
na Figura V será abaixo possam apenas ser deslizadas sobre o papel,
a) 101. d) 83. aquela que coincidirá com a figura dada é:
b) 99. e) 81.
c) 97.
a)
16. Das 5 figuras abaixo, 4 delas têm uma caracterís ca
geométrica em comum, enquanto uma delas não tem
essa caracterís ca.

b)

c)

d)
A figura que não tem essa caracterís ca é a
a) I. d) IV.
b) II. e) V.
c) III.

17. Na figura abaixo, tem-se um conjunto de ruas paralelas


às direções I e II indicadas.
e)

19. Analise a figura abaixo.

Sabe-se que 64 pessoas partem de P: metade delas na


direção I, a outra metade na direção II. Con nuam a ca-
minhada e, em cada cruzamento, todos os que chegam
se dividem prosseguindo metade na direção I e metade O maior número de triângulos dis ntos que podem ser
na direção II. O número de pessoas que chegarão nos vistos nessa figura é:
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

cruzamentos A e B são, respec vamente, a) 20. d) 14.


a) 15 e 20. d) 1 e 15. b) 18. e) 12.
b) 6 e 20. e) 1 e 6. c) 16.
c) 6 e 15.
20. Um quadrado de madeira é dividido em 5 pedaços como
18. Considere a figura abaixo. mostra a figura:

52
Todas as figuras a seguir podem ser ob das por meio 23. Uma loja de ar gos domés cos vende garfos, facas e
de uma reordenação dos 5 pedaços, exceto uma. colheres. Cada um desses ar gos tem seu próprio preço.
Indique-a. Comprando-se 2 colheres, 3 garfos e 4 facas, paga-se
R$13,50. Comprando-se 3 colheres, 2 garfos e 1 faca,
paga-se R$8,50. Pode-se afirmar que, comprando-se 1
colher, 1 garfo e 1 faca, pagar-se-á, em reais:
a) a) 3,60. d) 6,20.
b) 4,40. e) 7,00.
c) 5,30.

24. Em um quarto totalmente escuro, há uma gaveta com


3 pares de meias brancas e 4 pares de meias pretas.
b) Devido à escuridão, é impossível ver a cor das meias.
Quantas meias devem ser re radas para que se tenha
certeza de que, entre as meias re radas, haja pelo
menos um par de meias pretas?
a) 8. d) 4.
b) 6. e) 2.
c) 5.

25. Na Consoantelândia, fala-se o consoantês. Nessa língua,


c) existem 10 letras: 6 do po I e 4 do po II.
– As letras do po I são: b, d, h, k, l, t.
– As letras do po II são: g, p, q, y.

Nessa língua, só há uma regra de acentuação: uma


palavra só será acentuada se ver uma letra do po II
precedendo uma letra do po I. Pode-se afirmar que:
d) a) dhtby é acentuada.
b) pyg é acentuada.
c) kpth não é acentuada.
d) kydd é acentuada.
e) btdh é acentuada.
e) 26. Na sequência (1, 2, 4, 7, 11, 16, 22, ...) o número que
sucede 22 é:
a) 28. d) 31.
b) 29. e) 32.
c) 30.
21. Um certo jogo consiste em colocar onze pessoas em
círculo e numerá-las de 1 a 11. A par r da pessoa que
recebeu o número 1, incluindo-a, conta-se de 3 em
3, na ordem natural dos números, e cada 3ª pessoa
é eliminada, ou seja, são eliminadas as pessoas de
números 3, 6 etc. Depois de iniciada, a contagem não
será interrompida, ainda que se complete uma volta.
Nesse caso, a contagem con nua normalmente com
aqueles que ainda não foram eliminados. Vence quem
sobrar. O vencedor é a pessoa de número:
a) 2. d) 9.
b) 5. e) 11.
c) 7.
27. Dado o cubo ABCDEFGH de arestas medindo 1, pode-se
afirmar que a distância entre:
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

a) um ponto do segmento BE e um ponto do segmento


DH é sempre maior que 1.
b) um ponto do segmento BE e um ponto do segmento
BH é sempre maior que 0.
c) um ponto do segmento CD e um ponto do segmento
EF é sempre maior que 1.
d) os pontos G e D é 1.
e) os pontos A e H é igual à distância entre B e C.
22. Na figura acima, quantos caminhos diferentes levam 28. A seguir, tem-se um fragmento de uma das composições
de A a E, não passando por F e sem passar duas vezes de Caetano Veloso.
por um mesmo ponto? “Luz do sol
a) 6. d) 3. Que a folha traga e traduz
b) 5. e) 2. Em verde novo,
c) 4. Em folha, em graça, em vida, em força, em luz.”

53
A par r da leitura do fragmento, pode-se afirmar que: 34. Na sucessão de figuras seguintes, as letras do alfabeto
a) todos os dias, pode-se ver de novo a graça da natu- oficial foram dispostas segundo um determinado pa-
reza (do “verde”). drão.
b) a folha traz a luz do sol para si a fim de traduzi-la em
novas folhas.
c) a luz do sol é a fonte de toda vida.
d) o texto fala da fotossíntese.
e) a luz do sol é fonte de energia gratuita.

29. A seção “Dia a dia”, do Jornal da Tarde de 6 de janeiro Considerando que o alfabeto oficial exclui as letras K,
de 1996, trazia esta nota: Y e W, então, para que o padrão seja man do, a figura
“Técnicos da CETESB já nham re rado, até o fim da que deve subs tuir aquela que tem os pontos de inter-
tarde de ontem, 75 litros da gasolina que penetrou nas rogação é:
galerias de águas pluviais da Rua João Boemer, no Pari,
Zona Norte. A gasolina se espalhou pela galeria devido
ao tombamento de um tambor num posto de gasolina a) c) e)
desa vado.”

De acordo com a nota, a que conclusão se pode chegar


a respeito da quan dade de litros de gasolina vazada
b) d)
do tambor para as galerias pluviais?
a) Corresponde a 75 litros.
b) É menor do que 75 litros.
35. Observe as seguintes sequências de números:
c) É maior do que 75 litros.
d) É impossível ter qualquer ideia a respeito da quan-
(1,0,0,1) – (4,3,3,4) – (5,4,4,5) – (6,7,7,6) – (9,8,8,9)
dade de gasolina.
e) Se se considerar a data de publicação do jornal e o
A sequência que não apresenta as mesmas caracterís-
dia do acidente, vazaram 150 litros de gasolina.
cas das demais é:
a) (1,0,0,1). d) (6,7,7,6).
30. Suponha que todos os professores sejam poliglotas e b) (4,3,3,4). e) (9,8,8,9).
todos os poliglotas sejam religiosos. Pode-se concluir c) (5,4,4,5).
que, se:
a) João é religioso, João é poliglota. 36. Qual o melhor complemento para a sentença “O mel
b) Pedro é poliglota, Pedro é professor. está para a abelha assim como a pérola está para ...”?
c) Joaquim é religioso, Joaquim é professor. a) o colar. d) a vaidade.
d) Antônio não é professor, Antônio não é religioso. b) a ostra. e) o peixe.
e) Cláudio não é religioso, Cláudio não é poliglota. c) o mar.
31. Sejam a, b e c números reais dis ntos, sobre os quais 37. Os números no interior do círculo representado na
afirma-se: figura abaixo foram colocados a par r do número 2
I – Se b > a e c > b, então c é o maior dos três números. e no sen do horário, obedecendo a um determinado
II – Se b > a e c > a, então c é o maior dos três números. critério.
III – Se b > a e c > a, então a é o menor dos três números.

É correta a afirma va:


a) I, somente.
b) II, somente.
c) III, somente.
d) I e III, somente.
e) I, II e III.

32. Se todo Y é Z e existem X que são Y, pode-se con-


cluir que:
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

a) existem X que são Z. Segundo o critério estabelecido, o número que deverá


b) todo X é Z. subs tuir o ponto de interrogação é:
c) todo X é Y. a) 42. d) 50.
d) todo Y é X. b) 44. e) 52.
e) todo Z é Y. c) 46.

33. Considere as seguintes figuras geométricas: 38. A sentença seguinte é seguida de um número entre
Triângulo – Retângulo – Círculo – Quadrado – Losango parênteses, que corresponde ao número de letras de
A única dessas figuras que não apresenta uma caracte- uma palavra que se aplica à definição dada.
rís ca comum às demais é o Cidade que abriga a sede do governo de um Estado.(7)
a) triângulo. A alterna va onde se encontra a letra inicial de tal
b) retângulo. palavra é:
c) círculo. a) B. d) P.
d) quadrado. b) C. e) S.
e) losango. c) M.

54
39. Observe que há uma relação entre as duas primeiras Para que o resultado da terceira linha seja correto,
figuras representadas abaixo. A mesma relação deve o ponto de interrogação deverá ser subs tuído pelo
exis r entre a terceira figura e a quarta, que está fal- número
tando. a) 6.
b) 5.
c) 4.
d) 3.
e) 2.

42. Alcides, Ferdinando e Reginaldo foram a uma lancho-


A quarta figura é: nete e pediram lanches dis ntos entre si, cada qual
cons tuído de um sanduíche e uma bebida. Sabe-se
também que:
a) – os pos de sanduíches pedidos eram de presunto,
misto quente e hambúrguer;
– Reginaldo pediu um misto quente;
b) – um deles pediu um hambúrguer e um suco de laranja;
– Alcides pediu um suco de uva;
– um deles pediu suco de acerola.
c)
Nessas condições, é correto afirmar que
a) Alcides pediu o sanduíche de presunto.
b) Ferdinando pediu o sanduíche de presunto.
c) Reginaldo pediu suco de laranja.
d) d) Ferdinando pediu suco de acerola.
e) Alcides pediu o hambúrguer.

43. Na sucessão de figuras seguintes as letras foram colo-


e) cadas obedecendo a um determinado padrão.

40. Observe a figura abaixo.

Se a ordem alfabé ca adotada exclui as letras K, W e Y,


Se ela pudesse ser deslizada sobre esta folha de papel, então, completando-se corretamente a figura que tem
os pontos de interrogação obtém-se
com qual das figuras seguintes ela coincidiria?

a) d) a) d)

b) e)

b) e)
c)
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

41. No quadro seguinte, as letras A e B subs tuem os sím-


bolos das operações que devem ser efetuadas em cada
linha a fim de obter-se o correspondente resultado que c)
se encontra na coluna da extrema direita.

44. Das seis palavras seguintes, cinco deverão ser agrupadas


segundo uma caracterís ca comum.

CARRETA – CANHADA – CAMADA – CREMADA –


CANHOTO – CARRINHO

55
A palavra a ser descartada é: 49. Considere a sequência:
a) canhoto. d) canhada.
b) cremada. e) carreta. (16, 18, 9, 12, 4, 8, 2, X)
c) camada.
Se os termos dessa sequência obedecem a uma lei de
45. Considere que, no interior do círculo abaixo os números formação, o termo X deve ser igual a
foram colocados, sucessivamente e no sen do horário, a) 12. d) 7.
obedecendo a um determinado critério. b) 10. e) 5.
c) 9.

50. Uma pessoa dispõe apenas de moedas de 5 e 10 centa-


vos, totalizando a quan a de R$ 1,75. Considerando que
ela tem pelo menos uma moeda de cada po, o total de
moedas que ela possui poderá ser no máximo igual a
a) 28. d) 38.
b) 30. e) 40.
c) 34.

51. Alice, Bruna e Carla, cujas profissões são advogada,


Se o primeiro número colocado foi o 7, o número a den sta e professora, não necessariamente nesta or-
ser colocado no lugar do ponto de interrogação está dem, veram grandes oportunidades para progredir em
compreendido entre sua carreira: uma delas foi aprovada em um concurso
a) 50 e 60. d) 80 e 90. público; outra recebeu uma ó ma oferta de emprego
b) 60 e 70. e) 90 e 100. e a terceira, uma proposta para fazer um curso de es-
c) 70 e 80.
pecialização no exterior.
Considerando que:
46. Na sentença abaixo falta a úl ma palavra. Procure
nas alterna vas a palavra que melhor completa essa – Carla é professora;
sentença. – Alice recebeu a proposta para fazer o curso de espe-
A empresa está revendo seus obje vos e princípios cialização no exterior;
à procura das causas que obstruíram o tão esperado – a advogada foi aprovada em um concurso público;
sucesso e provocaram esse inesperado é correto afirmar que
a) êxito. d) fulgor. a) Alice é advogada.
b) susto. e) lucro. b) Bruna é advogada.
c) malogro. c) Carla foi aprovada no concurso público.
d) Bruna recebeu a oferta de emprego.
47. Se um livro tem 400 páginas numeradas de 1 a 400, e) Bruna é den sta.
quantas vezes o algarismo 2 aparece na numeração das
páginas desse livro?
a) 160. d) 176.
GABARITO
b) 168. e) 180.
c) 170. 1. e 27. c
2. c 28. d
48. Considere a figura abaixo: 3. d 29. c
4. c 30. e
5. b 31. d
6. a 32. a
7. d 33. c
8. e 34. e
9. a 35. d
10. b 36. b
Se você pudesse fazer uma das figuras seguintes deslizar 11. c 37. a
sobre o papel, aquela que, quando sobreposta à figura 12. e 38. b
RACIOCÍNIO LÓGICO E MATEMÁTICO

dada, coincidiria exatamente com ela é: 13. a 39. c


14. e 40. e
15. a 41. d
a) d) 16. c 42. a
17. b 43. a
18. d 44. b
19. b 45. d
b) e) 20. d 46. c
21. c 47. e
22. e 48. a
23. b 49. d
24. a 50. c
c)
25. d 51. b
26. b

56
EBSERH

SUMÁRIO

Legislação Aplicada à EBSERH


Lei Federal nº 12.550, de 15 de dezembro de 2011 ..............................................................................................................5

Decreto nº 7.661, de 28 de dezembro de 2011.....................................................................................................................8

Regimento Interno da EBSERH ............................................................................................................................................12


LEGISLAÇÃO APLICADA À EBSERH
Érico Valverde de Souza

EBSERH ͵ EMPRESA BRASILEIRA DE Visão


SERVIÇOS HOSPITALARES Ser reconhecida pela sociedade brasileira como refe-
rência na atenção à saúde e em gestão hospitalar.
A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH)
foi criada pelo Governo Federal, possuindo personalidade Valores
jurídica de direito privado e patrimônio próprio, regida por • Respeito ao ser humano em todas as práƟcas de
Estatuto Social e Regimento Interno próprio. Sua sede está atenção e gestão da saúde, baseando-se nas melho-
localizada em Brasília, Distrito Federal, sua sede provisória res práƟcas, políƟcas e diretrizes de humanização e
se encontra no Ministério da Educação, na Esplanada dos acolhimento, promovendo os direitos do cidadão;
Ministérios, Bloco L, Ediİcio Anexo II, sala 412, CEP 70.047- • Compromisso com a qualificação e a valorização dos
profissionais de saúde, a fim de garanƟr a prestação
900 – Brasília – DF. Por conta da sua atuação, organização da
de serviços de excelência;
rede de Hospitais Universitários Federais, poderá estabelecer
• Responsabilidade com uma visão abrangente da
filiais, escritórios e representações nos demais estados da
saúde para o desenvolvimento de ações e de rela-
Federação. ções compromeƟdas com a sociedade e com o meio
O surgimento e criação da EBSERH ocorreram com a ambiente.
finalidade de organizar a prestação de serviços gratuitos de Fonte: Web site oficial da EBSERH
assistência médico-hospitalar, ambulatorial e de diagnósƟco
e terapêuƟco realizado pelos hospitais universitários em todo
o país, que são representados por 46 hospitais. Para a total compreensão desta Legislação, colocamos
Esta empresa pública tem vinculação direta com o à sua disposição o Decreto nº 7.082/2010, que justamente
Ministério da Educação. Quanto aos serviços de assistência à instaura o Programa Nacional de Reestruturação dos Hos-
saúde, tem sua vinculação com o Ministério da Saúde, desta pitais Federais – REHUF, a fim de que você compreenda o
forma, entendemos que os princípios preconizados pelo SUS moƟvo pelo qual surgiu a EBSERH e sua finalidade. Muitos
serão seguidos, haverá uma conƟnuação da aƟvidade de destes tópicos estão se repeƟndo nas demais legislações
ensino, pesquisa, a extensão, ao ensino-aprendizagem dos que se seguem.
acadêmicos da área de saúde, levando em consideração a
autonomia universitária, que consta na ConsƟtuição Federal. DECRETO Nº 7.082, DE 27 DE JANEIRO DE 2010
A EBSERH é Ɵda como uma empresa pública de caráter
inovador e inédito, pois agrega tanto servidores do regime Este decreto insƟtui o Programa Nacional de Reestru-
jurídico único (estatutários) cedidos, quanto servidores turação dos Hospitais Universitários Federais – REHUF, tal
celeƟstas (CLT). Esta estatal traz como ideal uma reformu- reestruturação tem como foco principal a melhoria das
lação completa na maneira pela qual o trabalho dentro dos aƟvidades médico-assistenciais, como também a formação
hospitais universitários tem sido realizado. O objeƟvo será dos profissionais da área de saúde, no que diz respeito às
estabelecido por meio de metas, na eficiência do trabalho, demandas do SUS.
para trazer mais dinamismo a estrutura destes hospitais,
com invesƟmento pesado em treinamento de pessoal para
alcançar os objeƟvos traçados.
A principal motivação para essa reestruturação dos
HUF (Hospitais Universitários Federais) se deu por conta de
um quesƟonamento levantado pelo Tribunal de Contas da
União, que desde 2008, faz exigências para a subsƟtuição dos
servidores contratados pelas Fundações de Apoio aos HUF.
Assim deu-se início Programa Nacional de Reestruturação
dos Hospitais Universitários Federais (REHUF), criado pelo
Decreto nº 7.082/2010, pelo qual foram empreendidas ações
no senƟdo de garanƟr a reestruturação İsica e tecnológica
e objeƟvando solucionar o problema de recursos humanos
LEGISLAÇÃO APLICADA À EBSERH

destas insƟtuições.
A sua criação se deu pela Lei nº 12.550 de 2011, e o De-
creto nº 7.661/2011 apresenta o seu Estatuto Social.

Missão, Visão e Valores da EBSERH Os hospitais universitários federais desempenham uma


função de fundamental importância para a saúde: o desen-
Missão volvimento cienơfico tecnológico dos profissionais da saúde
Prestar serviços de atenção à saúde com excelência, e desenvolvimento de novas abordagens que aproximem
criar condições para a formação profissional de qualidade as áreas acadêmica e de serviço no campo da saúde, tendo
e promover o desenvolvimento cienơfico e tecnológico, como objeƟvos específicos:
mediante a gestão dos hospitais universitários federais e • atender às necessidades do ensino de graduação na
congêneres. área da saúde, em especial em relação à oferta de

3
internato nos cursos de Medicina e estágios curricula- bilidade, adotando-se como regra geral protocolos
res supervisionados para os demais cursos, conforme clínicos e padronização de insumos, que resultem na
previsão nas diretrizes curriculares nacionais e no qualificação da assistência prestada e oƟmização do
projeto pedagógico de cada curso; custo-beneİcio dos procedimentos;
• desenvolver programas de pós-graduação stricto • implantação de sistema gerencial de informações
sensu e lato sensu, voltados à formação de docentes e indicadores de desempenho a ser disponibilizado
e pesquisadores em saúde, familiarizados com a óƟca pelo Ministério da Educação, como ferramenta de
dos serviços de atenção especializada ofertados e a administração e acompanhamento do cumprimento
gestão em saúde; das metas estabelecidas;
• definir a oferta anual de vagas dos programas de • reformas de prédios ou construção de unidades hos-
residência médica, de modo a favorecer a formação pitalares novas, com adequação às normas da Agência
de médicos especialistas nas áreas prioritárias para Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa e às disposi-
o SUS, segundo indicadores estabelecidos pelos Mi- ções específicas do Ministério da Saúde sobre espaços
nistérios da Educação e da Saúde; desƟnados à atenção de média e alta complexidade;
• implementar a residência mulƟprofissional nas áreas
• aquisição de novos equipamentos de saúde e subs-
estratégicas para o SUS, esƟmulando o trabalho em
Ɵtuição dos equipamentos obsoletos, visando a uƟli-
equipe mulƟprofissional e contribuindo para a qualifi-
zação de tecnologias mais modernas e adequadas à
cação dos recursos humanos especializados, de forma
atenção de média e alta complexidade;
a garanƟr assistência integral à saúde; e
• implantação de processos de melhoria de gestão de
• esƟmular o desenvolvimento de linhas de pesquisa de
recursos humanos, para se alcançar as metas estabele-
interesse do SUS, em conformidade com o perfil epi-
demiológico local e regional e as diretrizes nacionais cidas, o treinamento de pessoal se torna fundamental;
para pesquisa em saúde, com foco na busca de novas • promoção do incremento do potencial tecnológico e
tecnologias para o cuidado e a gestão em saúde. de pesquisa dos hospitais universitários federais, em
beneİcio do atendimento das dimensões assistencial
No âmbito da assistência à saúde, os hospitais univer- e de ensino;
sitários desempenham as funções de centros de referência • insƟtuição de processos permanentes de avaliação
de média e alta complexidade, tendo como objeƟvos es- tanto das aƟvidades de ensino, pesquisa, extensão e
pecíficos: inovação tecnológica, como da atenção à saúde pres-
• ofertar serviços de atenção de média e alta com- tada à população;
plexidade, observada a integralidade da atenção à • criação de mecanismos de governança no âmbito dos
saúde, com acesso regulado, mantendo as aƟvidades hospitais universitários federais, com a parƟcipação
integradas à rede de urgência e emergência; de representantes externos às universidades.
• garanƟr oferta da totalidade da capacidade instalada
ao SUS; Visando uma maior efeƟvidade e funcionalidade dos Hos-
• avaliar novas tecnologias em saúde, com vistas a pitais Universitários, o Plano de Reestruturação do Hospital
subsidiar sua incorporação ao SUS; Universitário traz consigo algumas caracterísƟcas:
• desenvolver aƟvidades de educação permanente para • diagnósƟco situacional (verificação da situação atual)
a rede de serviços do SUS, com vistas à qualificação infraestrutura İsica, tecnológica e principalmente dos
de recursos humanos para o sistema; e recursos humanos, além de especificar as necessidades
• desenvolver ações de telessaúde, uƟlizando as meto- de reestruturação;
dologias e ferramentas propostas pelos Ministérios da • análise do impacto financeiro previsto para desenvol-
Saúde e da Educação. vimento das ações de reestruturação do hospital;
• proposta de cronograma para a implantação do Plano
O REHUF orienta-se pelas seguintes diretrizes: de Reestruturação, vinculando-o ao desenvolvimento
• insƟtuição de mecanismos adequados de financia- de aƟvidades e metas.
mento, igualmente comparƟlhados entre Saúde e
Educação;
• melhoria dos processos de gestão e adequação da
estrutura İsica;
LEGISLAÇÃO APLICADA À EBSERH

• recuperação e modernização do parque tecnológico;


• reestruturação do quadro de recursos humanos dos
hospitais universitários federais; e
• aprimoramento das aƟvidades hospitalares vinculadas
ao ensino, pesquisa e extensão, bem como à assis-
tência à saúde, com base em avaliação permanente e
incorporação de novas tecnologias em saúde.

Com a determinação de alcançar os objeƟvos definidos


serão necessários:
• modernização da gestão dos hospitais universitários
federais, com base em transparência e responsa-

4
A relação entre os gestores do SUS, os Ministérios da A insƟtuição está autorizada a criar subsidiárias para
Educação, Saúde e do Planejamento, Orçamento e Gestão se o desenvolvimento de aƟvidades inerentes ao seu objeto
fará por meio do regime de pactuação global, ou seja, haverá social, com as mesmas caracterísƟcas citadas a seguir:
metas que deverão ser aƟngidas, no âmbito da assistência, • O capital social integralmente sob a propriedade da
gestão, ensino, pesquisa e extensão. União, com recursos oriundos de dotações consigna-
Tanto o Ministro da Saúde, como o Ministro da Educação das no orçamento da União.
acompanharão de perto as questões relaƟvas ao financia- • A Finalidade será a prestação de serviços gratuitos
mento, que é composto por invesƟmentos das duas partes, de assistência médico-hospitalar, ambulatorial e
e também as demandas que surgirem relacionadas à quanƟ- de apoio diagnósƟco e terapêuƟco à comunidade,
dade de pessoal, definição dos quadros de lotação de pessoal e também a prestação às insƟtuições públicas federais
à luz da capacidade instalada e das plataformas tecnológicas de ensino ou insƟtuições congêneres de serviços de
disponíveis, e neste úlƟmo caso, o Ministro do Orçamento, apoio ao ensino, à pesquisa e à extensão, ao ensi-
Planejamento e Gestão os acompanhará. no-aprendizagem e à formação de pessoas no campo
da saúde pública, devendo ser observada, a autonomia
Na parte final deste Decreto, faz-se menção ao documen-
universitária (art. 207 da ConsƟtuição Federal).
to de Pactuação Global, que deverá conter os pontos chaves
– “Instituições congêneres” – do mesmo gênero,
para o desenvolvimento do trabalho da EBSERH dentro dos
insƟtuições públicas com finalidade de ensino e
HUF’s e apresenta as seguintes caracterísƟcas:
pesquisa em saúde e que prestam serviços ao SUS,
– Tais aƟvidades de prestação de serviços de assis-
tência à saúde estarão inseridas integral e exclusi-
vamente no âmbito do SUS,
– Observação das orientações da PolíƟca Nacional de
Saúde, de responsabilidade do Ministério da Saúde,
– Tal empresa também poderá prestar serviços a
consumidores e respecƟvos dependentes de planos
privados de assistência a saúde e por conta disso,
lhe é assegurado o devido ressarcimento de acordo
com os valores de referência estabelecidos pela
Agência Nacional de Saúde Suplementar.

LEI Nº 12.550, DE 15 DE DEZEMBRO


DE 2011

Na Lei nº 12.550/2011, foi criada a Empresa Brasileira de


Serviços Hospitalares – EBSERH, com personalidade jurídica
de direito privado e patrimônio próprio, vinculada ao Mi-
nistério da Educação, com prazo de duração indeterminado.
Sua sede será em Brasília, DF, e poderá manter escritórios,
representações, dependências e filiais em outras unidades
da Federação. Competências da EBSERH:
• administrar unidades hospitalares, bem como
prestar serviços de assistência em saúde: quer seja o
LEGISLAÇÃO APLICADA À EBSERH

atendimento médico-hospitalar, quer o atendimento


ambulatorial e de apoio diagnósƟco e terapêuƟco à
comunidade, no âmbito do SUS;
• prestar às insƟtuições federais serviços de apoio ao en-
sino, à pesquisa e à extensão, ao ensino-aprendizagem
e à formação de pessoas no campo da saúde pública,
mediante as condições que forem fixadas em seu esta-
tuto social;
• apoiar a execução de planos de ensino e pesquisa, em
especial na implementação das residências médicas,
mulƟprofissional e em área profissional da saúde, nas
especialidades e regiões estratégicas para o SUS.

5
• prestar serviços de apoio: • as receitas decorrentes:
– à geração do conhecimento em pesquisas básicas, – da prestação de serviços compreendidos em seu
clínicas e aplicadas nos hospitais universitários fe- objeto;
derais e a outras insƟtuições congêneres; – da alienação de bens e direitos e das aplicações
– ao processo de gestão dos hospitais universitários financeiras que realizar;
e federais e a outras insƟtuições congêneres, com – dos direitos patrimoniais, tais como aluguéis, foros,
a implementação de sistema de gestão único com dividendos e bonificações; e
foco em metas, gerando indicadores quanƟtaƟvos – dos acordos e convênios que realizar com enƟdades
e qualitaƟvos. nacionais e internacionais.
• doações, legados, subvenções e outros recursos que
lhe forem desƟnados por pessoas İsicas ou jurídicas
• exercer outras aƟvidades inerentes às suas finalidades, de direito público ou privado; e
nos termos do seu estatuto social. • rendas provenientes de outras fontes.

Não se faz necessário licitação para a contratação desta Obs.: o lucro líquido será reinvesƟdo para atendimento
empresa pública por parte da própria administração pública. do objeto social da empresa, excetuadas as parcelas de-
Será estabelecido um contrato de prestação de serviços, correntes da reserva legal e da reserva para conƟngência.
respeitando-se o princípio da autonomia universitária.
Tal contrato conterá as seguintes prerrogaƟvas: • Reserva Legal: é consƟtuída mediante desƟnação de
• as obrigações dos signatários; 5% do lucro líquido do exercício. Deve ser consƟtuída
• as metas de desempenho, indicadores e prazos de obrigatoriamente pela companhia até o limite de 20%
execução a serem observados pelas partes; do capital social realizado, e neste momento então
deixará ser guardada.1
• a respecƟva sistemáƟca de acompanhamento e avalia-
• Reserva para ConƟngências: Fundo de reserva criado
ção, contendo critérios e parâmetros a serem aplicados. por lei para ter finalidade de compensar, em tempos
futuros, a diminuição do lucro decorrente de perda
Tal contrato terá como base avaliação de resultados ob- julgada provável. (Lei nº 6404/1976, art. 195.) 1
Ɵdos, que serão usados para o aprimoramento de pessoal
e melhorias estratégicas na atuação perante a população e A EBSERH será administrada por:
as insƟtuições públicas federais de ensino ou congêneres, • um Conselho de Administração, com funções delibe-
buscando sempre o melhor aproveitamento dos recursos raƟvas;
desƟnados a esta empresa. • por uma Diretoria ExecuƟva; e
Ao contrato firmado será dada ampla divulgação por • um Conselho ConsulƟvo representará o controle social.
intermédio dos síƟos da EBSERH e da enƟdade contratante
na Internet.
Os servidores Ɵtulares de cargo efeƟvo das insƟtuições
as quais estarão sendo assisƟdas pela EBSERH, e exerçam
aƟvidades relacionadas aos objeƟvos desta empresa, poderão
ser a ela cedidos para a realização de aƟvidades de assistência
a saúde e administraƟva, sendo assegurados os direitos e as
vantagens a que façam jus no órgão ou enƟdade de origem.
O ônus será do cessionário (EBSERH).

Este conselho será paritariamente consƟtuído por re-


LEGISLAÇÃO APLICADA À EBSERH

presentantes:
• da sociedade civil, incluindo usuários;
• do Estado, na forma estabelecida no estatuto social e
sem prejuízo de outros meios de fiscalização por parte
da sociedade civil.

Os órgãos fiscalizatórios serão o Conselho Fiscal e Au-


ditoria interna.

ConsƟtuem recursos da EBSERH: Obs.: o estatuto social da EBSERH definirá a composi-


• recursos oriundos de dotações consignadas no orça- ção, as atribuições e o funcionamento dos órgãos referidos
mento da União; acima.

6
As insƟtuições públicas federais – hospitais universitá-
rios – optarão em firmar ou não contrato com a empresa.
Em caso afirmaƟvo, farão cessão a EBSERH bens e direitos
necessários a sua execução. Ao findar-se o contrato tais bens
serão devolvidos a insƟtuição cedente. A parƟr da assinatura
do contrato entre a EBSERH e a insƟtuição de ensino superior,
a EBSERH disporá de prazo de até 1 (um) ano para reaƟvação
de leitos e serviço inaƟvos por falta de pessoal.
O Tribunal de Contas da União e o Congresso Nacional
poderão fiscalizar tal empresa e suas subsidiárias, esta lei
também garante aos Estados a possibilidade de criação de
empresas públicas de serviços hospitalares.

Fonte: hƩp://ebserh.mec.gov.br/a-ebserh/ebserh-insƟtucional –
acesso em 17 de maio de 2013 (com adaptações).

Uma das novidades que a empresa trouxe e que já é


adotada por outras insƟtuições, como por exemplo: HFA
e Hospital do Aparelho Locomotor – Sarah Kubitschek é o
regime de pessoal estabelecido: Consolidação das Leis do
Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o
de maio de 1943, e legislação complementar, condicionada
a contratação, à prévia aprovação em concurso público de
provas ou de provas e ơtulos, observadas as normas espe-
cíficas editadas pelo Conselho de Administração.
Devido a sua novíssima estrutura e organização, esta
lei permiƟu por tempo determinado (dois anos seguintes
a criação) a contratação de pessoal por processo seleƟvo
simplificado, esta contratação terá como objeƟvo desƟnar
Ao final do texto da lei, ainda é citado um trecho do
tal pessoal a contrato celebrado com as insƟtuições federal
LEGISLAÇÃO APLICADA À EBSERH

código penal, Decreto-Lei nº 2.848, de 1940, com a finali-


de ensino ou congênere, nos primeiros 180 dias do referido dade de repreender a existência de fraudes e de promover
contrato. Tais contratos temporários de emprego poderão os princípios da administração pública: a moralidade e a
ser prorrogados uma única vez, desde que a soma dos dois impessoalidade.
períodos não ultrapasse cinco anos.
REFERÊNCIAS
Obs.: a EBSERH poderá celebrar contratos temporários
de emprego com base nas alíneas a e b do § 2º do art. 443 www. Portaldecontabilidade.com.br – acesso em 17 de
da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo maio de 2013.
Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, mediante
processo seleƟvo simplificado, observado o prazo máximo hƩp://ebserh.mec.gov.br/a-ebserh/ebserh-insƟtucional –
de duração estabelecido no seu art. 445. acesso em 17 de maio de 2013

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DECRETO Nº 7.661, DE 28 DE DEZEMBRO Obs.: no que concerne discussões e deliberações sobre
assuntos que envolvam relações sindicais, remunerações,
DE 2011 benefícios e vantagens, assistenciais ou de previdência
complementar configurando claramente conflito de inte-
Estatuto Social da Empresa Brasileira de Serviços resse, tais assuntos serão deliberados em reunião separada
Hospitalares S.A. – EBSERH e exclusiva para este fim.

Por meio deste Decreto, a Presidente da República aprova • um membro indicado pela Associação Nacional dos
o Estatuto Social da Empresa Brasileira de Serviços Hospi- Dirigentes das InsƟtuições Federais de Ensino Supe-
talares - EBSERH, nos termos do Anexo, empresa pública rior – ANDIFES, sendo reitor de universidade federal
federal, unipessoal, vinculada ao Ministério da Educação, ou diretor de hospital universitário federal.
estabelecendo também vinculação com o Ministério da
Saúde, no que diz respeito aos atendimentos prestados nas O prazo de gestão dos membros deste Conselho de
aƟvidades de assistência saúde, reafirmando que a atuação Administração será de dois anos contados a parƟr da data de
da Empresa pública se dará por meio de contrato entre as publicação do ato de nomeação, podendo ser reconduzidos
partes interessadas, sempre resguardando a autonomia das por igual período. A invesƟdura se fará mediante a assinatura
universidades. de um livro de termo de posse.
São órgãos estatutários da EBSERH: No caso de vacância definiƟva do cargo de Conselheiro,
I – o Conselho de Administração; o subsƟtuto será nomeado pelos Conselheiros remanescen-
II – a Diretoria ExecuƟva; tes e servirá até a designação do novo representante, exceto
III – o Conselho Fiscal; e no caso do representante dos empregados.
IV – o Conselho ConsulƟvo. Salvo impedimento legal, os membros do Conselho de
Administração farão jus a honorários mensais correspon-
dentes a dez por cento da remuneração média mensal dos
Diretores da EBSERH, além do reembolso, obrigatório, das
despesas de locomoção e estada necessárias ao desempe-
nho da função.
Será considerada vaga a função de membro do Conselho
nos casos de morte, renúncia, desƟtuição, como também a
ausência em duas reuniões consecuƟvas ou três alternadas,
no período de um ano, exceto em caso de força maior ou
caso fortuito.

Obs.: a auditoria Interna faz parte do Conselho de Admi-


nistração, por este moƟvo não se encontra nesta relação.
Sua descrição e funcionamento serão vistos no Regimento
Interno da Organização.

Do Conselho de Administração

Composto por nove membros, nomeados pelo Ministro


de Estado da Educação, obedecendo a seguinte composição:
• três membros indicados pelo Ministro de Estado da
Compete ao Conselho de Administração:
Educação, sendo que um será o Presidente do Conselho
• fixar as orientações gerais das aƟvidades da EBSERH;
e outro subsƟtuto nas suas ausências e impedimentos;
LEGISLAÇÃO APLICADA À EBSERH

• examinar e aprovar, por proposta do Presidente da


• o Presidente da Empresa, que não poderá exercer a
EBSERH, políƟcas gerais e programas de atuação a
Presidência do Conselho, ainda que interinamente; curto, médio e longo prazos, em harmonia com a
• um membro indicado pelo Ministro de Estado do Pla- políƟca de educação, com a políƟca de saúde e com
nejamento, Orçamento e Gestão; a políƟca econômico-financeira do Governo Federal;
• dois membros indicados pelo Ministro de Estado da • aprovar o regimento interno da EBSERH, que deverá
Saúde; conter, dentre outros aspectos, a estrutura básica da
• um representante dos empregados e respecƟvo su- empresa e os níveis de alçada decisória da Diretoria
plente, na forma da Lei nº 12.353, de 28 de dezembro e do Presidente, para fins de aprovação de operações
de 2010; ( o representante dos empregados, de que • aprovar o orçamento e programa de invesƟmentos e
trata o inciso V deste arƟgo, e seu respecƟvo suplen- acompanhar a sua execução;
te, serão escolhidos dentre os empregados aƟvos da • aprovar os contratos previstos no art. 6o da Lei no
EBSERH, pelo voto direto de seus pares); 12.550, de 2011;

8
• apreciar os relatórios anuais de auditoria e as infor-
mações sobre os resultados da ação da EBSERH, bem
como sobre os principais projetos por esta apoiados;
• autorizar a contratação de auditores independentes;
• opinar e submeter à aprovação do Ministro de Estado
da Fazenda, por intermédio do Ministro de Estado da
Educação:
– o relatório de administração e as demonstrações
contábeis anuais da EBSERH;
– a proposta de desƟnação de lucros ou resultados;
– a proposta de criação de subsidiárias; e
– a proposta de dissolução, cisão, fusão e incorpora-
ção que envolva a EBSERH.
• deliberar sobre alteração do capital e do estatuto social
da EBSERH;
• deliberar, mediante proposta da Diretoria ExecuƟva, Da Diretoria ExecuƟva
sobre:
– o regulamento de licitação; A EBSERH será administrada por uma Diretoria ExecuƟva,
– o regulamento de pessoal, incluindo o regime composta pelo Presidente e até seis Diretores, todos nome-
disciplinar e as normas sobre apuração de respon- ados e desƟtuíveis, a qualquer tempo, pelo Presidente da
República, por indicação do Ministro de Estado da Educação,
sabilidade;
assim como o conselho administraƟvo, haverá uma cerimônia
– o quadro de pessoal, com a indicação do total de para a assinatura do livro de termo de posse.
vagas autorizadas; e Para ser presidente da EBSERH deverão seguir os seguin-
– o plano de salários, beneİcios, vantagens e quais- tes requisitos:
quer outras parcelas que componham a retribuição – idoneidade moral e reputação ilibada;
de seus empregados; – notórios conhecimentos na área de gestão, da aten-
ção hospitalar e do ensino em saúde; e
• autorizar a aquisição, alienação e a oneração de bens – mais de dez anos de exercício de função ou de efeƟva
imóveis e valores mobiliários; aƟvidade profissional que exija os conhecimentos
• autorizar a contratação de emprésƟmos no interesse mencionados no inciso anterior.
da EBSERH;
• designar e desƟtuir o Ɵtular da auditoria interna, após São Competências da Diretoria:
aprovação da Controladoria Geral da União; e • administrar e dirigir os bens, serviços e negócios da
EBSERH e decidir, por proposta dos responsáveis pelas
• dirimir questões em que não haja previsão estatutária, respecƟvas áreas de coordenação, sobre operações de
aplicando, subsidiariamente, a Lei no 6.404, de 15 de responsabilidade situadas no respecƟvo nível de alçada
dezembro de 1976. decisória estabelecido pelo Conselho de Administra-
ção;
As reuniões do Conselho de Administração serão men- • propor e implementar as linhas orientadoras da ação
salmente, ordinariamente e, extraordinariamente, sempre da EBSERH;
• apreciar e submeter ao Conselho de Administração o
que for convocado pelo presidente, a seu critério, ou por orçamento e programa de invesƟmentos da EBSERH;
solicitação de, pelo menos, quatro de seus membros. • deliberar sobre operações, situadas no respecƟvo
nível de alçada decisória estabelecido pelo Conselho
de Administração;
• autorizar a aquisição, alienação e oneração de bens
móveis, exceto valores mobiliários, podendo estabe-
lecer normas e delegar poderes;
• analisar e submeter à aprovação do Conselho de Admi-
nistração propostas de aquisição, alienação e oneração
de bens imóveis e valores mobiliários;
LEGISLAÇÃO APLICADA À EBSERH

• estabelecer normas e delegar poderes, no âmbito de


sua competência;
• elaborar as demonstrações financeiras de encerra-
mento de exercício;
• autorizar a realização de acordos, contratos e convê-
nios que consƟtuam ônus, obrigações ou compromis-
sos para a EBSERH, respeitando-se a autonomia dos
hospitais universitários (art. 6o da Lei no 12.550, de
2011);
Todas as deliberações do Conselho somente acontecerão • pronunciar-se sobre todas as matérias que devam ser
submeƟdas ao Conselho de Administração.
com a presença da maioria absoluta dos seus membros,
por maioria simples dos votos dos presentes, cabendo ao As reuniões da diretoria acontecerão uma vez por sema-
presidente, o voto ordinário ou de qualidade. na, ordinariamente, ou quando convocada pelo Presidente

9
da EBSERH. As deliberações acontecerão com a maioria dos Obs.: os contratos que a EBSERH celebrar e os atos
membros, lembrando que o presidente possui o voto de que envolvam obrigações ou responsabilidades por parte
qualidade (voto de minerva, ou de desempate). Caso o pre- da empresa serão assinados pelo presidente, em conjunto
sidente queira vetar alguma deliberação da diretoria, deverá com um diretor. Existem casos, nos quais o presidente pode
submetê-las ao Conselho de Administração. delegar essa responsabilidade, nesta situação, tal documento
deverá conter as assinaturas de pelo menos dois diretores
(nos casos de emissão de cheques ou ơtulos ou documentos
relacionados a obrigações contratuais).

Conselho Fiscal
O Conselho Fiscal, como órgão permanente da EBSERH,
compõe-se de três membros efeƟvos e respecƟvos suplen-
tes, nomeados pelo Ministro de Estado da Educação, sendo:
• um membro indicado pelo Ministro de Estado da Edu-
cação, que o presidirá;
• um membro indicado pelo Ministro de Estado da Saú-
de; e
• um membro indicado pelo Ministro de Estado da Fa-
zenda como representante do Tesouro Nacional.

A investidura dos membros do Conselho Fiscal será


feita mediante registro na ata da primeira reunião de que
São Competências do Presidente:
parƟciparem.
• representar a EBSERH, em juízo ou fora dele, podendo
O conselho fiscal seguirá as mesmas regras do Conselho
delegar essa atribuição, em casos específicos, e, em
AdministraƟvo:
nome da enƟdade, consƟtuir mandatários ou procu-
• Mandato será de dois anos podendo ser reconduzido
radores;
por igual período;
• convocar e presidir as reuniões da Diretoria;
• Honorários mensais correspondentes a dez por cento
• coordenar o trabalho das unidades da EBSERH, po-
da remuneração média mensal dos Diretores da EB-
dendo delegar competência execuƟva e decisória
SERH, além do reembolso, obrigatório, das despesas
e distribuir, entre os Diretores, a coordenação dos
de locomoção e estada necessárias ao desempenho
serviços da empresa;
da função;
• editar normas necessárias ao funcionamento dos ór-
• Em caso de renúncia, falecimento ou impedimento,
gãos e serviços da EBSERH, de acordo com a organiza-
os membros efeƟvos do Conselho Fiscal serão subsƟ-
ção interna e a respecƟva distribuição de competências
tuídos pelos seus suplentes até a nomeação de novo
estabelecidas pela Diretoria;
membro;
• admitir, promover, punir, dispensar e praticar os
• Será considerada vaga a função de membro do conse-
demais atos compreendidos na administração de
lho nos casos de morte, renúncia, desƟtuição, como
pessoal, de acordo com as normas e critérios previstos
em lei e aprovados pela Diretoria, podendo delegar também a ausência em duas reuniões consecuƟvas
esta atribuição no todo ou em parte; ou três alternadas, no período de um ano, exceto em
• designar subsƟtutos para os membros da Diretoria, caso de força maior ou caso fortuito;
em seus impedimentos temporários, que não possam • O Conselho Fiscal reunir-se-á, ordinariamente, a cada
ser atendidos mediante redistribuição de tarefas, e, no mês e, extraordinariamente, quando convocado pelo
seu presidente.
caso de vaga, até o seu preenchimento; e
• apresentar relatório das aƟvidades da EBSERH, tri-
mestralmente, ao Conselho de Administração.

Os diretores terão o papel de auxiliar o presidente na


direção e coordenação de suas aƟvidades.
LEGISLAÇÃO APLICADA À EBSERH

É função do Conselho Fiscal:


• fiscalizar, por qualquer de seus membros, os atos dos
administradores e verificar o cumprimento dos seus
deveres legais e estatutários;

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• opinar sobre o relatório anual da administração e É composto pelos seguintes membros:
demonstrações financeiras do exercício social; • o Presidente da EBSERH, que o preside;
• opinar sobre a modificação do capital social, planos de • dois representantes do Ministério da Educação;
invesƟmento ou orçamentos de capital, transformação, • um representante do Ministério da Saúde;
incorporação, fusão ou cisão; • um representante dos usuários dos serviços de saúde
• denunciar, por qualquer de seus membros, os erros, dos hospitais universitários federais, indicado pelo
fraudes ou crimes que descobrirem, e sugerir provi- Conselho Nacional de Saúde;
dências úteis;
• um representante dos residentes em saúde dos hos-
• analisar, ao menos trimestralmente, o balancete e
pitais universitários federais, indicado pelo conjunto
demais demonstrações financeiras elaboradas perio-
de enƟdades representaƟvas;
dicamente pela EBSERH; e
• um reitor ou diretor de hospital universitário, indicado
• acompanhar a execução patrimonial, financeira e
orçamentária, podendo examinar livros e quaisquer pela ANDIFES; e
outros documentos e requisitar informações. • um representante dos trabalhadores dos hospitais
universitários federais administrados pela EBSERH,
indicado pela respecƟva enƟdade representaƟva.

São competências do Conselho ConsulƟvo:


• opinar sobre as linhas gerais das políƟcas, diretrizes
e estratégias da EBSERH, orientando o Conselho de
Administração e a Diretoria ExecuƟva no cumprimento
de suas atribuições;
• propor linhas de ação, programas, estudos, projetos,
formas de atuação ou outras medidas, orientando
para que a EBSERH aƟnja os objeƟvos para a qual foi
criada;
• acompanhar e avaliar periodicamente o desempenho
da EBSERH; e
• assisƟr à Diretoria e ao Conselho de Administração em
suas funções, sobretudo na formulação, implementa-
ção e avaliação das estratégias de ação da EBSERH.
A Diretoria e o Conselho de Administração deverão dis-
ponibilizar, por meio de comunicação formal:
• dentro de dez dias, cópia das atas de suas reuniões e,
• dentro de quinze dias de sua elaboração, cópias dos
balancetes e demais demonstrações financeiras ela-
boradas periodicamente, bem como dos relatórios de
execução do orçamento.

As reuniões do conselho acontecerão pelo menos uma


vez por ano e extraordinariamente, sempre que convocado
LEGISLAÇÃO APLICADA À EBSERH

pelo presidente, nas seguintes situações:


• por sua iniciaƟva, ou
• por solicitação do Conselho de Administração, ou
• a pedido de um terço dos seus membros.
Do Conselho ConsulƟvo A indicação dos membros do Conselho acontece bie-
nalmente pelos respecƟvos órgãos e sua invesƟdura
O Conselho ConsulƟvo é órgão permanente da EBSERH mediante ata da primeira reunião que parƟciparem.
que tem as finalidades:
• de consulta, Obs.: a atuação de membros da sociedade civil no Conse-
• controle social, e lho ConsulƟvo não será remunerada e será considerada como
• apoio à Diretoria ExecuƟva e ao Conselho de Adminis- função relevante, assegurado o reembolso das despesas de
tração. locomoção e estada necessárias ao desempenho da função.

11
a economia popular, contra a fé pública, contra a
propriedade ou que Ɵverem sido condenados a pena
criminal que vede, ainda que temporariamente,
o acesso a cargos públicos;
• os declarados inabilitados para cargos de administra-
ção em empresas sujeitas a autorização, controle e
fiscalização de órgãos e enƟdades da administração
pública direta e indireta;
• os declarados falidos ou insolventes;
• os que deƟveram o controle ou parƟciparam da admi-
nistração de pessoa jurídica concordatária, falida ou
insolvente, no período de cinco anos anteriores à data
da eleição ou nomeação, salvo na condição de síndico,
comissário ou administrador judicial;
• sócio, ascendente, descendente ou parente colateral
ou afim, até o terceiro grau, de membro do Conselho
de Administração, da Diretoria ExecuƟva e do Conse-
Do Exercício Social, das Demonstrações lho Fiscal;
Financeiras e dos Lucros • os que Ɵverem interesse conflitante com a sociedade.

O exercício social da EBSERH coincidirá com o ano ci-


vil. Ao final de cada exercício, 31 de dezembro, será feito um
levantamento das demonstrações financeiras e a apuração
dos resultados. Após as deduções para atender os prejuízos
acumulados, deverá ser consƟtuída uma reserva legal, cor-
respondente a 5% da arrecadação, tal reserva legal poderá
alcançar o limite de 20% do capital social.

Obs.: os prejuízos acumulados devem, preferencialmen-


te, ser deduzidos do capital social.

Da Organização Interna e do Pessoal

O ingresso do pessoal far-se-á mediante concurso públi-


co de provas ou de provas e ơtulos, observadas as normas
específicas expedidas pela diretoria, aplicando-se ao pessoal
o regime jurídico estabelecido pela legislação vigente para
as relações de emprego privado. REGIMENTO INTERNO DA EBSERH
O Conselho de Administração estabelecerá como será a
distribuição de competências e a sua estrutura organizacional. O Regimento Interno está dividido da seguinte forma:

Obs.: o órgão de auditoria interna da EBSERH vincula-se


diretamente ao Conselho de Administração.

Disposições Gerais e Transitórias

Os membros do Conselho de Administração, da Diretoria


ExecuƟva, do Conselho Fiscal e os ocupantes de cargos de
confiança, direção, assessoramento ou chefia, ao assumirem
suas funções, apresentarão declaração de bens e renda,
anualmente renovada.
LEGISLAÇÃO APLICADA À EBSERH

Não podem parƟcipar dos órgãos da EBSERH, além dos


impedidos por lei:
• os que detenham controle ou parƟcipação relevante
no capital social de pessoa jurídica inadimplente com
a EBSERH ou que lhe tenha causado prejuízo ainda não
ressarcido, estendendo-se esse impedimento aos que Nestes capítulos estão descritas informações que já fo-
tenham ocupado cargo de administração em pessoa ram citadas no Estatuto social da Empresa. O único detalhe
jurídica nessa situação, no exercício social imediata- que precisaremos rever será a questão do Corpo DireƟvo
mente anterior à data da eleição ou nomeação; (podemos também chamar de Diretoria ExecuƟva) que trata
• os que houverem sido condenados por crime falimen- a respeito das diversas Diretorias que compõem a Diretoria
tar, de sonegação fiscal, de prevaricação, de corrupção ExecuƟva e a Presidência da Empresa. Tal composição está
aƟva ou passiva, de concussão, de peculato, contra descrita a diante:

12
Compete à Chefia de Gabinete:
 Prestar assistência direta e imediata ao Presidente,
no preparo, na análise e despacho do expediente;
 Organizar as agendas, preparar a documentação e su-
pervisionar o secretariado das reuniões do Conselho
de Administração, Conselho Fiscal, Conselho Con-
sulƟvo e da Diretoria ExecuƟva, lavrar as respecƟvas
atas, controlar os documentos perƟnentes e divulgar
as decisões do colegiado;
 Subsidiar, organizar e acompanhar pronunciamentos
públicos da Presidência e auxiliar o Presidente na
preparação de documentos para apresentação em
eventos internos e externos à EBSERH;
 ParƟcipar de grupos de trabalho, reuniões e acompa-
nhamento de projetos e aƟvidades desenvolvidos no
âmbito das Assessorias da Presidência;
 Redigir, revisar e movimentar correspondências e
Os outros capítulos do Regimento Interno se apresentam outros documentos do Presidente;
no próximo esquema:  Responder pela gestão interna do Gabinete da Pre-
sidência, garanƟndo a infraestrutura e suporte neces-
sários ao seu funcionamento, em arƟculação com as
demais Assessorias e Assessores da Presidência;
 Acompanhar e orientar as ações e matérias de inte-
resse da Empresa relaƟvas a assuntos legislaƟvos; e
 Exercer outras atribuições determinadas pelo Presi-
dente.

Compete à Coordenadoria Jurídica:


 Assessorar juridicamente o Presidente, a Diretoria
ExecuƟva, o Conselho de Administração, o Conselho
Fiscal e o Conselho ConsulƟvo da EBSERH;
 Responder pela advocacia prevenƟva na EBSERH,
atendendo e propondo soluções jurídicas para a em-
presa;
 Supervisionar, bem como estabelecer as teses jurídicas
das unidades hospitalares geridas pela Empresa, sub-
A estrutura organizacional da EBSERH será estabelecida sidiárias, escritórios, representações, dependências e
no organograma aprovado pelo Conselho de Administração. filiais;
Tal organograma já foi mostrado anteriormente.  Representar a Empresa judicial e extrajudicialmente,
O Plano de Cargos Carreiras e Salários, Plano de Be- com a outorga do Presidente, coordenando a repre-
neİcios e Plano de Cargos em Comissão e Funções GraƟ- sentação aƟva e passiva da EBSERH na via judicial e
ficadas também deverão ser aprovados pelo Conselho de administraƟva;
Administração. Depois disso, ainda passarão por aprovação  EmiƟr parecer jurídico relaƟvo à publicação de edi-
do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e do tais, dispensas e inexigibilidades de licitação, bem
Ministério do Trabalho. como quanto à formalização de contratos, convênios,
Caso ocorram mudanças nessa estrutura organizacional, acordos, ajustes e instrumentos congêneres, inclusive
tais alterações poderão ser feita a qualquer tempo pelo quanto aos aspectos de legalidade e conformidade da
Conselho de Administração, mediante proposta da diretoria instrução processual;
execuƟva.  Elaborar informações em mandado de segurança, a
ser assinado por autoridade competente que esƟver
sendo demandada no âmbito da EBSERH;
 Analisar e emiƟr parecer jurídico referente à lega-
lidade de conclusões de relatórios de comissões de
sindicância e consequentes proposições de medidas
disciplinares ou imputação de responsabilidade admi-
nistraƟva ou civil;
LEGISLAÇÃO APLICADA À EBSERH

 Acompanhar a atualização de legislação de interesse


da Empresa;
 Examinar previamente a legalidade dos atos relaƟvos
ao direito de pessoal e assessorar a Diretoria de Ges-
tão de Pessoas;
 Defender os integrantes e ex-integrantes dos Conse-
lhos de Administração e Fiscal e da Diretoria ExecuƟva
em processos judiciais e administraƟvos contra eles
instaurados pela práƟca de atos no exercício do cargo
ou função, nos casos em que não houver incompaƟbi-
lidade com os interesses da empresa;
Agora, vamos conhecer as Estrutura de assessoramento  Exercer outras atribuições determinadas pelo Presi-
direto do Diretoria ExecuƟva da Empresa. dente.

13
Compete à Assessoria de Planejamento e Avaliação: Compete à Ouvidoria:
 Assessorar a Presidência na formulação de políƟcas e  Coordenar o atendimento aos cidadãos em geral,
diretrizes insƟtucionais e na coordenação do planeja- direta ou indiretamente relacionados à EBSERH, dando
mento insƟtucional; encaminhamento às reclamações, críƟcas, elogios,
 Subsidiar e apoiar a Diretoria ExecuƟva da EBSERH sugestões ou denúncias, visando o aperfeiçoamento
na coordenação dos processos de planejamento es- do modelo administraƟvo, das ações insƟtucionais e a
tratégico, organizacional, avaliação e aperfeiçoamento constante melhoria dos processos, a qual será objeto
insƟtucional; de regulamento específico; e
 Formular, promover e coordenar a elaboração de pla-  Prestar informações ao público sobre a EBSERH em
nos, programas e projetos e garanƟr seu alinhamento cumprimento à Lei nº 12.527, de 18 de novembro de
no âmbito insƟtucional, setorial e governamental; 2011.
 Promover a melhoria das práƟcas e processos orga-
nizacionais e a adoção de instrumentos de monitora- Obs.: o Ɵtular da Ouvidoria da EBSERH, denominado
mento do desempenho; Ouvidor-Geral, será de livre escolha do Presidente e deve-
rá tratar com absoluta confidencialidade as informações
 Coordenar e fornecer o suporte técnico ao processo
recebidas, interagindo com os diversos setores para o aten-
de avaliação do desempenho e das metas insƟtucio-
dimento das manifestações.
nais;
 Coordenar a parƟcipação da EBSERH no âmbito dos
Devido ao sistema descentralizado da atenção à saúde,
sistemas federais de planejamento, orçamento e de as ouvidorias das unidades hospitalares se reportarão ao
modernização da gestão do Governo Federal; respecƟvo diretor ou superintendente e integrarão um Siste-
 ArƟcular e apoiar tecnicamente as ações de fortaleci- ma de Ouvidorias descentralizado. Não sendo, desta forma,
mento insƟtucional e estruturação de áreas e proces- subordinadas entre si, mas atuando de forma arƟculada na
sos; padronização dos processos e na unificação dos dados nacio-
 ParƟcipar da elaboração da proposta orçamentária nais para a produção de relatórios estaơsƟcos e de gestão.
anual da EBSERH;
 Coordenar e elaborar o plano de ação da EBSERH;
 Coordenar a elaboração do Relatório de Gestão e do
Balanço Geral da União;
 Assessorar a Diretoria ExecuƟva da EBSERH na de-
finição dos critérios para aprovação e priorização de
projetos, cooperações, convênios e instrumentos afins;
 Coordenar o monitoramento e a avaliação dos pro-
gramas, projetos e convênios aprovados pela Diretoria
ExecuƟva;
 Promover diagnósƟcos, estabelecer referências e
indicadores que permitam embasamento e melhor
compreensão do progresso das finalidades da Empre-
sa; e
 Exercer outras atribuições determinadas pelo Presi-
dente.

Compete à Assessoria de Comunicação: Compete à Diretoria de Atenção à Saúde e Gestão de


 Elaborar e acompanhar a execução do Plano de Co- Contratos:
municação Social;  Promover o alinhamento da EBSERH às políƟcas e
diretrizes do Ministério da Educação e do Ministério
 Planejar, coordenar e supervisionar as aƟvidades de
da Saúde;
comunicação social da Empresa, no que compete às
 Proceder a gestão dos contratos estabelecidos entre
ações relacionadas com imprensa, publicidade e rela-
a EBSERH e insƟtuições federais de ensino superior e
ções públicas;
insƟtuições congêneres;
 Promover a divulgação da imagem, missão e objeƟvos  Promover a arƟculação com os gestores de saúde, no
estratégicos, âmbito federal, estadual e municipal, de forma a de-
 Prestar assessoramento à Direção da Empresa em
LEGISLAÇÃO APLICADA À EBSERH

senvolver suas ações em consonância com as políƟcas


assuntos relacionados à comunicação social; públicas de saúde e contribuir com a consolidação e
 Divulgar as informações insƟtucionais sobre a Em- aprimoramento do Sistema Único de Saúde;
presa na internet, por todos os meios, observando  Proceder a gestão dos contratos estabelecidos entre
os preceitos da transparência administraƟva, e em os hospitais universitários federais e insƟtuições con-
arƟculação com o Ministério da Educação e Ministério gêneres e a gestão do SUS e definir metas de desem-
da Saúde, observadas as diretrizes governamentais; penho de prestação de serviços de saúde à população;
 Difundir, em arƟculação com as unidades hospitalares  Redefinir, em parceria com os gestores do SUS, hospi-
vinculadas, os objeƟvos e ações executadas pela Em- tais universitários federais e insƟtuições congêneres,
presa; o modelo de atenção à saúde e o perfil assistencial
 Coordenar a elaboração da Mensagem Presidencial; e das insƟtuições, de acordo com as necessidades de
 Exercer outras atribuições determinadas pelo Presi- saúde da população e em consonância com as políƟ-
dente. cas públicas de Saúde;

14
 ArƟcular com as insƟtuições federais de ensino supe- Compete à Diretoria AdministraƟva e Financeira:
rior e insƟtuições congêneres a formulação e imple-  Planejar, coordenar, gerenciar e implementar as políƟ-
mentação de políƟca de pesquisa, desenvolvimento e cas de gestão administraƟva, orçamentária, financeira
inovação tecnológica em consonância com as políƟcas e contábil no âmbito da EBSERH e das unidades hospi-
públicas de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde; talares por ela administrados;
 Promover a articulação entre a atenção à saúde  Planejar e articular as diretrizes administrativas
realizada nos hospitais universitários federais e ins- entre a EBSERH, hospitais universitários federais e
Ɵtuições congêneres e a produção de conhecimento insƟtuições congêneres, garanƟndo as condições de
e formação de recursos humanos na área da saúde; cumprimento de sua missão insƟtucional;
 Apoiar a estruturação dos hospitais universitários  Definir as políƟcas de gestão administraƟva, orça-
federais e insƟtuições congêneres para o processo de mentária, financeira e contábil no âmbito da EBSERH
cerƟficação como Hospital de Ensino; e das unidades hospitalares por ela administrados;
 Apoiar a insƟtucionalização da pesquisa e do proces-  Planejar, junto às demais Diretorias, monitorar a
so de capacitação permanente dos profissionais de execução e acompanhar o desempenho do orçamento
acordo com as diretrizes do SUS, em parceria com as da Empresa, subsidiando o Presidente, o Conselho de
universidades; Administração e o Conselho Fiscal com as informações
necessárias para a tomada de decisões;
 InsƟtuir instrumentos internos de controle adminis-
 Elaborar o orçamento da Empresa de acordo com o
traƟvo de desempenho, de aplicação dos recursos
planejamento plurianual pré-estabelecido;
públicos e da guarda dos bens públicos, na sua área de
 Realizar o gerenciamento financeiro, cuidando para
atuação, nos termos do art. 17, do Decreto nº 3.591,
a saúde financeira da EBSERH;
de 6 de setembro de 2000; e  Realizar o registro e gerenciamento contábil da
 Apoiar o Ministério da Educação no processo de cer- Empresa, de forma a possibilitar a transparência dos
Ɵficação dos Hospitais de Ensino. resultados insƟtucionais;
 Acompanhar os custos hospitalares de cada unidade
Compete à Diretoria de LogísƟca e Infraestrutura Hos- produƟva da EBSERH, cuidando para a maior eficiência
pitalar: do uso dos recursos financeiros;
 Planejar, coordenar e implementar os processos en-  Estabelecer metodologias, fluxos e diretrizes de
volvidos no provimento de adequadas condições de gerenciamento de compras e aquisições de bens e
infraestrutura İsica e de equipamentos, bem como contratação de serviços necessários para subsidiar o
de suprimento dos insumos necessários ao funciona- funcionamento da EBSERH e das unidades hospitalares
mento da EBSERH e das unidades hospitalares por ela por ela administra dos;
administrados;  Elaborar, gerenciar e estabelecer normaƟzações e me-
 Propor e implementar políƟca de gestão de infraestru- todologias de controle de contratos, serviços e recur-
tura İsica, tecnologias duras e insumos para os hospi- sos no âmbito da EBSERH e das unidades hospitalares
tais universitários federais e insƟtuições congêneres, por ela administrados, zelando pelo seu cumprimento
orientada na ampliação e qualificação do seu parque integral;
tecnológico, incorporação e uso racional de insumos  Gerenciar o patrimônio da Empresa, inventariando e
e novas tecnologias; zelando pela manutenção de seus bens;
 ArƟcular, junto às demais Diretorias da EBSERH de  Implementar a políƟca organizacional definida pelas
forma a oƟmizar os processos de definição e aquisição instâncias competentes da EBSERH; e
de insumos e novas tecnologias;  InsƟtuir instrumentos internos de controle adminis-
 ArƟcular junto ao Fundo Nacional de Desenvolvimen- traƟvo de desempenho, de aplicação dos recursos
to da Educação (FNDE), Ministério da Saúde, Agência públicos e da guarda dos bens públicos, na sua área
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Inmetro de atuação.
e outros afins, de forma a oƟmizar os processos de
definição e aquisição de insumos e novas tecnologias; Compete à Diretoria de Gestão de Pessoas:
 Submeter ao Conselho de Administração da EBSERH  Propor e gerir a PolíƟca de Gestão de Pessoas da
as propostas de implementação de infraestrutura e EBSERH;
 Planejar, administrar e desenvolver a força de traba-
aquisição de insumos e novas tecnologias;
lho própria (celeƟsta) e cedida (estatutária) da sede,
 Contribuir junto às demais Diretorias na formulação
filiais ou quaisquer outras unidades hospitalares da
e implementação da políƟca de recursos humanos da
EBSERH que venham a ser criadas;
EBSERH com ênfase na área de infraestrutura, logísƟca
LEGISLAÇÃO APLICADA À EBSERH

 Contribuir com todas as instâncias de gestão da EBSERH


e gestão de tecnologias; no processo de planejamento e avaliação das ações e
 Coordenar o processo de arƟculação para o planeja- de desenvolvimento de aƟvidades inerentes à gestão
mento, a logísƟca e a manutenção de tecnologias e de pessoas;
insumos junto aos hospitais universitários federais e  ArƟcular, com outras enƟdades públicas ou privadas,
insƟtuições congêneres; projetos e ações com vista à melhoria dos processos
 Estabelecer normas técnicas e delegar poderes, no de gestão de pessoas;
âmbito de suas competências;  IdenƟficar e sistemaƟzar os processos de trabalho
 Contribuir com o processo de monitoramento e ava- relacionados à gestão de pessoas, no âmbito do funcio-
liação da EBSERH; e namento da sede, filiais ou quaisquer outras unidades
 InsƟtuir instrumentos internos de controle adminis- da EBSERH que venham a ser criadas;
traƟvo de desempenho, de aplicação dos recursos  Elaborar estudos para dimensionar, em consonância
públicos e da guarda dos bens públicos, com os processos de trabalho, as necessidades quan-

15
ƟtaƟvas e qualitaƟvas de recursos humanos para a para a EBSERH e unidades hospitalares vinculadas
sede, filiais ou quaisquer outras unidades da EBSERH que auxiliem na gestão e monitoramento das ações
que venham a ser criadas; permiƟndo um controle interno prévio e efeƟvo;
 Formular, propor e implementar políƟca de contra-  Monitorar e avaliar os indicadores e metas de desem-
tação de recursos humanos para a sede, filiais ou penho dos contratos de prestação de serviços firma-
quaisquer outras unidades da EBSERH que venham dos entre a EBSERH e as universidades e insƟtuições
a ser criadas, por meio da elaboração de editais de congêneres, em parceria com as demais diretorias;
concurso público, realização de processos seleƟvos e  Monitorar e avaliar os indicadores de desempenho
divulgação de seus resultados; dos contratos de prestação de serviços de saúde
 Elaborar, propor e monitorar a aplicação do Plano de firmados entre os hospitais e os gestores do SUS;
Cargos, Carreiras e Salários; do Plano Beneİcios e do  Coordenar, planejar, desenvolver ou contratar sis-
Plano de Cargos em Comissão e Funções raƟficadas temas de informação, em discussão conjunta com
da EBSERH para a sede, filiais ou quaisquer outras as demais diretorias, que auxiliem na avaliação e
unidades da EBSERH; implementação dos fluxos e processos de trabalhos
 Formular, propor e implementar políƟca de formação, da EBSERH;
capacitação e avaliação de recursos humanos para a  Planejar, implementar e avaliar os aplicaƟvos de
sede, filiais ou quaisquer outras unidades da EBSERH, gestão e sistemas de informação a serem uƟlizados
em consonância com o Planejamento Estratégico da pelas unidades hospitalares;
InsƟtuição;  Promover a integração dos dados das unidades hospi-
 Estabelecer processos e promover eventos e meios talares com o sistema de informações da EBSERH;
de integração entre a sede, filiais ou quaisquer outras  Promover a integração dos sistemas de informações
unidades da EBSERH que venham a ser criadas; da EBSERH com os sistemas de informação congêne-
 Promover a integração, por meio de programas, tanto res da Esfera Federal para a qualificação dos sistemas
para os novos empregados como para os servidores internos;
dos demais regimes, lotados na sede, filiais ou quais-  Planejar e implementar a segurança da logísƟca İsica
quer outras unidades da EBSERH que venham a ser de equipamentos e tecnologias das redes e sistemas
criadas; de informação da EBSERH;
 Estabelecer metodologia e monitorar a implantação  Realizar a gestão da informação no âmbito da EBSERH;
do processo de avaliação de desempenho para os em-  Elaborar e implementar o Plano Diretor de Tecnologia
pregados da sede, filiais ou quaisquer outras unidades da Informação e;
da EBSERH que venham a ser criadas;  InsƟtuir instrumentos internos de controle adminis-
 Estabelecer metodologia e monitorar a implantação traƟvo de desempenho, de aplicação dos recursos
do processo de avaliação de estágio probatório para públicos e da guarda dos bens públicos, na sua área
os empregados da sede, filiais ou quaisquer outras de atuação.
unidades da EBSERH que venham a ser criadas;
 Divulgar as normas, os procedimentos e os documen- Obs.: com relação às Reuniões dos Conselhos, a inclusão
tos técnicos relacionados à políƟca de recursos hu- de matérias na pauta da reunião ordinária dos Conselhos de
manos da EBSERH; Administração, do Conselho Fiscal e do Conselho ConsulƟvo
 Promover a disseminação de informações sobre di- serão solicitadas à Chefia de Gabinete do Presidente até
reitos e deveres dos empregados da EBSERH; 72h (setenta e duas horas) antes do dia de realização das
 Coordenar e monitorar a implementação das ações reuniões.
de Segurança e Medicina do Trabalho no âmbito da
sede, filiais ou quaisquer outras unidades da EBSERH, A pauta das reuniões será divulgada pela Chefia de Gabi-
que venham a ser criadas; nete aos demais Diretores e membros dos Conselhos em até
 ArƟcular juntamente com representantes de órgãos de 5 (cinco) dias úteis antes do dia de realização das reuniões.
classe e sindicais, de forma a dar consecução às suas As matérias encaminhadas fora do prazo estabelecido serão
atribuições; de competência do respecƟvo conselho deliberar sobre tal
 Negociar acordos coleƟvos de trabalho; e insƟtuir matéria em pauta extra.
instrumentos internos de controle administraƟvo de Com relação à reunião de cada um dos conselhos citados
desempenho, de aplicação dos recursos públicos e da anteriormente, tal assunto foi abordado nas demais legisla-
guarda dos bens públicos, na sua área de atuação. ções anteriores.
Observando-se o Organograma da Empresa, já comen-
Compete à Diretoria de Gestão de Processos e Tecno- tamos a respeito do Conselho de Administração Fiscal e
logia da Informação: ConsulƟvo. Porém, ainda falta um detalhe que apenas foi
LEGISLAÇÃO APLICADA À EBSERH

 Coordenar a implantação e o desenvolvimento mencionado no Regimento interno. Tal detalhe é referente à


permanente de modelos de gestão padronizados e Auditoria Interna, que é classificada como órgão de fiscaliza-
unificados, com foco no processo assistencial e de ção. Dentro do Regimento Interno sua descrição encontra-se
formação de recursos humanos para a saúde; junto ao Conselho Fiscal, classificado, da mesma forma, como
 Coordenar o desenvolvimento e implantação de sis- órgão de fiscalização.
temas de informação para apoiar estes modelos de
gestão, nas unidades hospitalares administradas pela Auditoria Interna
EBSERH;
 Coordenar, planejar, implementar e avaliar os fluxos O órgão de Auditoria Interna da EBSERH vincula-se dire-
e processos assistenciais e administraƟvos da EBSERH tamente ao Conselho de Administração, nos termos do art.
e das unidades hospitalares vinculadas; 15, e terá suporte administraƟvo da Presidência da EBSERH,
 Desenvolver, em conjunto com as demais Diretorias, que proverá os meios e condições necessárias à execução
e implementar procedimentos operacionais padrão das suas atribuições, compeƟndo-lhe:

16
 Elaborar e submeter à aprovação do Conselho de ao melhor aproveitamento dos recursos desƟnados à
Administração: EBSERH; e
– PAINT – Plano Anual de AƟvidades de Auditoria Interna;  Mecanismos de controle social. O contrato será propos-
– RAINT – Relatório Anual de AƟvidades de Auditoria to pela Diretoria ExecuƟva e aprovado pelo Conselho
Interna. de Administração.
 Estabelecer estratégias com o objeƟvo de avaliar a
legalidade e acompanhar os resultados da gestão Este contrato terá a sua divulgação por meio dos síƟos
orçamentária, financeira, patrimonial e de recursos da empresa.
humanos da matriz e unidades descentralizadas da
EBSERH;
 Definir metas e procedimentos para auditoria e fisca-
lização, por meio de ações prevenƟvas e correƟvas na
matriz e unidades descentralizadas da EBSERH;
 Definir estratégias para a execução de Ações de Con-
trole nas enƟdades públicas e privadas sob contrato
de gestão c om a matriz e unidades descentralizadas
da EBSERH;
 Examinar e emiƟr parecer quanto à Prestação de Con-
tas semestral da EBSERH; e
 Elaborar e encaminhar anualmente, ou sempre que so-
licitado, ao Conselho de Administração e ao Presidente
da EBSERH, relatórios gerenciais e operacionais das
auditorias realizadas, das decisões e recomendações
proferidas pelos órgãos de controle interno e externo
e propor medidas prevenƟvas e correƟvas.

Obs.: a nomeação, designação, exoneração ou dispensa Além disso, na sessão I do mesmo capítulo, discorre a
do Auditor-Geral, Ɵtular da Unidade de Auditoria Interna estrutura de governança, a qual os hospitais que assinaram o
será submeƟda, pelo Presidente da EBSERH, à aprovação do contrato deverão ter. Esta estrutura poderá sofrer alterações
Conselho de Administração, e após, à aprovação da Contro- de acordo com a realidade de cada insƟtuição de cada hospital.
ladoria Geral da União. Um Colegiado é ExecuƟvo composto:
 pelo Superintendente do hospital;
 pelo Gerente de Atenção à Saúde;
 pelo Gerente e AdministraƟvo; e
 pelo Gerente de Ensino e Pesquisa, quando se tratar
de hospitais universitários ou de ensino.

Obs.: os cargos de Superintendente e de Gerentes serão


de livre nomeação.
 O Superintendente, no caso dos Hospitais Universitá-
rios, será selecionado pelo Reitor preferencialmente
no quadro permanente da universidade contratante
da EBSERH, obedecendo a critérios estabelecidos de
Ɵtulação acadêmica e comprovada experiência em
gestão pública na área de saúde, definidos em conjunto
entre a Reitoria e a Empresa, nos termos do art. 6º da
Lei nº 12.550.
 As Gerências serão ocupadas por pessoas selecionadas
O capítulo IV trata a respeito do Termo de Adesão e por um comitê composto por membros da Diretoria
Contrato que deverá ser firmado com a Empresa e o HUF’s. ExecuƟva da EBSERH e o Superintendente seleciona-
este mesmo também poderá ser firmado com insƟtuições do para a respecƟva unidade hospitalar, a parƟr de
congêneres (com a mesma finalidade). análise curricular que comprove qualificação para o
O Termo de Adesão é o instrumento que traduz o com- atendimento das competências específicas de cada
promisso de adesão ao projeto da EBSERH e lhe concede Gerência.
plenos poderes para a realização de diagnósƟco situacional
do hospital, que precederá o estabelecimento do contrato. Ao Colegiado Executivo das unidades hospitalares
LEGISLAÇÃO APLICADA À EBSERH

O contrato disposto no caput deste arƟgo conterá, entre compete:


outras:  Propor, implementar e avaliar o planejamento de aƟvi-
 as obrigações dos signatários; dades de assistência, ensino e pesquisa a serem desen-
 as metas de desempenho, indicadores e prazos de volvidas no âmbito do hospital, em consonância com
execução; as diretrizes estabelecidas pela EBSERH, as orientações
a respecƟva sistemáƟca de acompanhamento e avaliação, da universidade à qual o hospital esƟver vinculado e
contendo critérios e parâmetros a serem aplicados; às políƟcas de saúde e educação do país;
 a previsão de que a avaliação de resultados obƟdos, no  GaranƟr a execução das diretrizes da EBSERH e o cum-
cumprimento de metas de desempenho e observância primento dos contratos firmados;
de prazos pelas unidades da EBSERH, será as da para  Elaborar, implementar, monitorar e avaliar o Plano
o aprimoramento de pessoal e melhorias estratégicas Diretor da unidade hospitalar;
na atuação perante a população e as insƟtuições fe-  Estabelecer normas e delegar poderes, no âmbito de
derais de ensino ou insƟtuições congêneres, visando sua competência;

17
 Intermediar o relacionamento da unidade hospitalar Marque Certo (C) para a asserƟva correspondente às com-
com a universidade e com a EBSERH; petências da EBSERH, e Errado (E) para aquelas que não
 Fornecer todas e quaisquer informações requeridas correspondem.
pela Diretoria da ExecuƟva da EBSERH; e 9. Administrar unidades hospitalares, bem como prestar
 InsƟtuir as respecƟvas Comissões de ÉƟca, nos termos serviços de assistência médico-hospitalar, ambulatorial
da legislação vigente. e de apoio diagnósƟco e terapêuƟco à comunidade, no
âmbito do SUS.
O capitulo V aborda as questões relaƟvas ao Quadro de 10. Prestar às insƟtuições federais de ensino superior e a
pessoal, começando pela lista completa dos empregados outras insƟtuições congêneres serviços de apoio ao en-
que fazem parte do quadro da empresa: sino, à pesquisa e à extensão, à formação de pessoas
 Cargos de Presidente e Diretor estabelecidos no Esta- no campo da saúde pública, apenas no que diz respeito
tuto da Empresa; os cargos ou funções graƟficadas; os às especializações lato-sensu e estritu-senso.
empregados públicos admiƟdos na forma do art. 10 da 11. Apoiar a execução de planos de ensino e pesquisa de
Lei nº 12.550; e insƟtuições federais de ensino superior e de outras ins-
 Os servidores públicos requisitados de outros órgãos. Ɵtuições congêneres, cuja vinculação com o campo da
saúde pública ou com outros aspectos da sua aƟvidade
Obs.: as formas e requisitos para ingresso na Empresa, torne necessária essa cooperação, não estando incluí-
a políƟca do desenvolvimento na carreira, a estratégia de das as áreas de residências médica, mulƟprofissional
remuneração e a políƟca de concessão dos beneİcios sociais e em área profissional da saúde, pois são de responsa-
a serem concedidos aos empregados serão disciplinadas bilidade da própria Universidade Federal.
pelos Planos de Cargos, Carreiras e Salários; de Beneİcios; 12. Prestar serviços de apoio à geração do conhecimento
de Cargos em Comissão e Funções GraƟficadas e pelo Regu- em pesquisas básicas, clínicas e aplicadas nos hospitais
lamento de Pessoal da EBSERH. universitários federais e a outras insƟtuições congêneres.
13. Prestar serviços de apoio ao processo de gestão dos
Os funcionários que entraram por meio de Processo hospitais universitários e federais e a outras insƟtuições
SeleƟvo Simplificado, não são considerados funcionários do congêneres, com implementação de sistema de gestão
quadro e não recebem beneİcios oferecidos pela empresa. único com geração de indicadores quanƟtaƟvos e qua-
litaƟvos para o estabelecimento de metas; e
EXERCÍCIOS
Julgue os itens.
Julgue os itens. 14. É dispensada a licitação para a contratação da EBSERH
1. A EBSERH terá sede e foro em Brasília, Distrito Federal, pela administração pública para realizar aƟvidades re-
e não poderá manter escritórios, representações, de- lacionadas ao seu objeto social.
pendências e filiais em outras unidades da Federação. 15. Todo os Hospitais Universitários Federais ficam sujeitos
2. Fica a EBSERH autorizada a criar subsidiárias para o a EBSERH, sendo obrigatória a assinatura do termo de
desenvolvimento de aƟvidades inerentes ao seu objeto adesão comprometendo-se com os princípios d empresa.
social, com as mesmas caracterísƟcas. 16. É previsto em Lei o ressarcimento das despesas com o
3. A EBSERH terá seu capital social integralmente sob a atendimento de consumidores e respecƟvos dependen-
propriedade da União, dos Estados e Municípios. tes de planos privados de assistência à saúde, na forma
4. A integralização do capital social será realizada com recur- estabelecida pelo art. 32 da Lei no 9.656, de 3 de junho de
sos oriundos de dotações consignadas no orçamento da 1998 observados os valores de referência estabelecidos
União, dos Hospitais Universitários Federais e do ministé- pela Agência Nacional de Saúde Suplementar.
rio da Saúde paritariamente com o Ministério da Educação 17. A EBSERH poderá prestar os serviços relacionados às
bem como pela incorporação de qualquer espécie de bens suas competências mediante contrato com as insƟtui-
e direitos susceơveis de avaliação em dinheiro. ções federais de ensino ou insƟtuições congêneres, tal
contrato subsƟtui o principio da autonomia universitá-
5. Assinale a alternaƟva que não contempla uma das fi- ria previsto na consƟtuição Federal.
nalidades da EBSERH.
a) a prestação de serviços gratuitos de assistência 18. O contrato firmado entre a EBSERH e o HUF estabele-
médico-hospitalar. cerá alguns termos, com exceção:
b) Atendimento ambulatorial e de apoio diagnósƟco e a) as obrigações dos signatários.
terapêuƟco à comunidade. b) as metas de desempenho, indicadores e prazos de
c) a prestação de serviços às insƟtuições públicas fede- execução.
rais de ensino ou insƟtuições congêneres de apoio c) a respecƟva sistemáƟca de acompanhamento e ava-
ao ensino, à pesquisa e à extensão, ao ensino-apren- liação.
dizagem. d) o prazo para reaƟvação dos serviços ou leitos inaƟ-
LEGISLAÇÃO APLICADA À EBSERH

d) e à formação de pessoas no campo da saúde pública, vos pela EBSERH é indeterminado, visto que existem
não observando as demandas próprias do SUS. muitas dificuldades na área da saúde.

6. As aƟvidades de prestação de serviços de assistência à 19. Ao contrato firmado entre as partes não poderá ser
saúde não estarão inseridas no âmbito do Sistema Único dada ampla divulgação por intermédio dos síƟos da
de Saúde – SUS, pois nem todos os hospitais universi- EBSERH e da enƟdade contratante na internet, pois se
tários fazem parte da rede do SUS. trata de informações confidenciais e sigilosas.
7. No desenvolvimento de suas aƟvidades de assistência 20. Consideram-se insƟtuições congêneres, para efeitos
à saúde, a EBSERH observará as orientações da PolíƟca desta Lei, as insƟtuições públicas que desenvolvam
Nacional de Saúde, de responsabilidade do Ministério aƟvidades de ensino e de pesquisa na área da saúde e
da Saúde. que prestem serviços no âmbito do Sistema Único de
8. É inconsƟtucional o ressarcimento das despesas com Saúde – SUS.
o atendimento de consumidores e respecƟvos depen- 21. No âmbito dos contratos previstos, os servidores Ɵtula-
dentes de planos privados de assistência à saúde. res de cargo efeƟvo em exercício na insƟtuição federal

18
de ensino ou insƟtuição congênere que exerçam aƟvi- 36. Os Estados não estão autorizados a criar empresas
dades relacionadas ao objeto da EBSERH não poderão públicas de serviços hospitalares, pois a EBSERH tem a
ser a ela cedidos para a realização de aƟvidades de finalidade de atender a tais entes federados também.
assistência à saúde e administraƟvas, pois já tem uma 37. Art. 1º A Empresa Brasileira de Serviços Hospitala-
função definida nestes referidos hospitais. res - EBSERH, empresa privada dotada de personalidade
22. Marque C para os itens Certo e E para os errados, quanto jurídica de direito público e patrimônio próprio, reger-
aos recursos da EBSERH: -se-á pelo presente Estatuto Social e pelas disposições
a) recursos oriundos de dotações consignadas no or- legais que lhe forem aplicáveis.
çamento da União. 38. A EBSERH fica sujeita à supervisão do Ministro de Es-
b) as receitas decorrentes da prestação de serviços tado da Saúde.
compreendidos em seu objeto; da alienação de bens 39. A EBSERH, no exercício de suas aƟvidades, não deverá
e direitos e das aplicações financeiras que realizar. estar orientada pelas políƟcas acadêmicas estabeleci-
c) receitas decorrentes dos direitos patrimoniais, tais das no âmbito das insƟtuições de ensino, pois os hos-
como aluguéis, foros, dividendos e bonificações; pitais universitários tem apenas a função de assistência
e dos acordos e convênios que realizar com enƟda- a saúde da população.
des nacionais e internacionais. 40. O prazo de duração da EBSERH é determinado por lei.
d) doações vindas de empresas estrangeiras. 41. A EBSERH sujeitar-se-á ao regime jurídico próprio das
23. O lucro líquido da EBSERH será reinvesƟdo para aten- empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obri-
dimento do objeto social da empresa, excetuadas as gações civis, comerciais, trabalhistas e tributários.
parcelas decorrentes da reserva legal e da reserva para
conƟngência, correspondendo ambas a 5% e 20%, res- Julgue os itens.
pecƟvamente. 42. As instancias de Governança são órgãos estatutários
24. A EBSERH será administrada por um Conselho de Admi- da EBSERH.
nistração, com funções deliberaƟvas, e por uma Direto-
ria ExecuƟva e contará ainda com um Conselho Fiscal e 43. Assinale a alternaƟva que corresponde ao Órgão de
um Conselho ConsulƟvo. orientação superior da EBSERH:
25. A atuação de membros da sociedade civil no Conselho a) Conselho de Administração.
ConsulƟvo será remunerada pois representa uma fun- b) a Diretoria ExecuƟva.
ção relevante. c) o Conselho Fiscal.
26. O regime de pessoal permanente da EBSERH será o da d) o Conselho ConsulƟvo.
Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, condicionada
a contratação à prévia aprovação em concurso público 44. O Conselho de Administração, composto por doze mem-
de provas ou de provas e ơtulos, observadas as normas
bros, nomeados pelo Ministro de Estado da Educação.
específicas editadas pela Diretoria ExecuƟva.
Com relação a contratação por meio de Processo SeleƟvo 45. Marque a opção que corresponda a correta composi-
Simplificado, julgue os itens. ção do Conselho de Administração, de acordo com as
27. Fica a EBSERH, para fins de sua implantação, autorizada a respecƟvas indicações:
contratar, mediante processo seleƟvo simplificado, pes- a) 4 membros indicados pelo Ministro de Estado da
soal técnico e administraƟvo por tempo indeterminado. Educação.
28. Os contratos temporários de emprego de que trata o b) o Presidente da Empresa, que exercerá a Presidência
caput somente poderão ser celebrados durante os 5 do Conselho.
(dois) anos subsequentes à consƟtuição da EBSERH. c) um membro indicado pelo Ministro de Estado do
29. Tal processo seleƟvo simplificado poderá ser desƟnados Planejamento, Orçamento e Gestão.
exclusivamente ao cumprimento de contrato celebrado, d) 3 membros indicados pelo Ministro de Estado da
nos primeiros 180 (cento e oitenta) dias de vigência
Saúde.
deste contrato.
30. Os contratos temporários de emprego de que trata o caput
poderão ser prorrogados uma única vez, desde que a soma Julgue os itens.
dos 2 (dois) períodos não ultrapasse 4 (cinco) anos. 46. Os empregados não terão representante dentro do
31. Os empregados que foram selecionado por Processo conselho de administração, pelo simples fato de este
SeleƟvo Simplificado terão os mesmos direitos e van- órgão ter a sua composição apenas por servidores
tagens que os empregados que foram selecionados por estatutários.
concurso público de provas ou de provas e ơtulos. 47. dois membros indicados pela Associação Nacional dos
Dirigentes das InsƟtuições Federais de Ensino Superior –
LEGISLAÇÃO APLICADA À EBSERH

Julgue os itens. ANDIFES,irão parƟcipar do conselho administraƟvo, são


32. Ficam as insƟtuições públicas federais de ensino e ins- eles: o Reitor da universidade e o Diretor do Hospital
Ɵtuições congêneres autorizadas a ceder à EBSERH, no Universitário.
âmbito e durante a vigência do contrato, bens e direitos
48. O prazo de gestão dos membros do Conselho de
necessários à sua execução.
Administração será de dois anos contados a parƟr da
33. A EBSERH e suas subsidiárias estarão sujeitas à fiscaliza-
ção dos órgãos de controle interno do Poder ExecuƟvo e data de publicação do ato de nomeação, podendo ser
ao controle externo exercido pelo Congresso Nacional, reconduzidos por igual período.
com auxílio do Ministério da Fazenda. 49. O representante dos empregados parƟcipará das discus-
34. A EBSERH fica autorizada a patrocinar enƟdade fechada sões e deliberações sobre assuntos que envolvam re-
de previdência privada, nos termos da legislação vigente. lações sindicais, remuneração, beneficios e vantagens,
35. Este patrocínio poderá ser feito mediante adesão a inclusive assistenciais ou de previdência complementar,
enƟdade fechada de previdência privada inovadora e pois esta é a função destes representantes dentro do
inédita no mercado. Conselho ConsulƟvo.

19
50. A invesƟdura dos membros do Conselho de Adminis- d) dez anos de exercício de função ou de efeƟva aƟvi-
tração far-se-á mediante assinatura em livro de termo dade profissional que exija os conhecimentos men-
de posse. cionados no anteriormente.
51. No caso de vacância definiƟva do cargo de Conselheiro,
o subsƟtuto será nomeado pelos Conselheiros remanes- 66. O Conselho Fiscal, como órgão permanente da EBSERH,
centes e servirá até a designação do novo representan- compõe-se de três membros efeƟvos e respecƟvos su-
te, exceto no caso do representante dos empregados. plentes, nomeados pelo Ministro de Estado da Educação.
52. Os membros do Conselho de Administração não farão 67. A cerca da composição do Conselho fiscal, assinale a
jus a honorários mensais. errada.
53. Os membros do Conselho de Administração, terão direito a) um membro indicado pelo Ministro de Estado da
apenas ao reembolso, obrigatório, das despesas de loco- Educação.
moção e estada necessárias ao desempenho da função. b) um membro indicado pelo Ministro de Estado da
54. Não se considera vaga a função de membro do Conselho Saúde.
de Administração quem não comparecer a uma reunião. c) um membro indicado pelo Ministro de Estado da
Fazenda como representante do Tesouro Nacional.
Julgue os itens referentes a competências do Conselho de d) um membro indicado pelo Ministro do Planejamento
Administração: e Gestão Orçamentária, que presidirá este conselho.
55. Fixar as orientações gerais das aƟvidades da EBSERH.
56. Examinar e aprovar, por proposta do Presidente da EB- 68. A invesƟdura dos membros do Conselho Fiscal far-se-á
SERH, políƟcas gerais e programas de atuação a curto, mediante registro na ata da primeira reunião de que
médio e longo prazo, em harmonia com a políƟca de parƟciparem.
educação, com a políƟca de saúde e com a políƟca 69. Os membros do Conselho Fiscal farão jus a honorários
econômico-financeira do Governo Federal.
mensais, além do reembolso, obrigatório, das despesas
57. Aprovar o regimento interno da EBSERH, que deverá
conter, dentre outros aspectos, a estrutura básica da de locomoção e estada necessárias ao desempenho da
empresa e os níveis de alçada decisória da Diretoria e função.
do Presidente, para fi ns de aprovação de operações. 70. O Conselho Fiscal reunir-se-á, ordinariamente, a cada
58. Aprovar o orçamento e programa de invesƟmentos e mês e, extraordinariamente, quando convocado pelo
acompanhar a sua execução. seu Presidente.
59. Aprovar os contratos previstos. 71. Qual dos órgãos abaixo representa a instancia de con-
trole social dentro da EBSERH:
60. O Conselho somente deliberará com a presença da a) Conselho de Administração.
maioria absoluta dos seus membros. Assinale a alter- b) a Diretoria ExecuƟva.
na Ɵva que corresponda a esse número de membros
citados: c) o Conselho Fiscal.
a) 12 d) o Conselho ConsulƟvo.
b) 9 72. O Conselho ConsulƟvo é órgão permanente, é consƟ-
c) 5 tuído pelos seguintes membros:
d) 4 a) Presidente da EBSERH.
b) dois representantes do Ministério da Educação.
61. As deliberações do Conselho AdministraƟvo serão to- c) um representante do Ministério da Saúde.
madas por maioria simples de votos dos presentes. As-
d) dois representantes dos usuários dos serviços de
sinale a alternaƟva que corresponda ao quorum mínimo
saúde indicado pelo Conselho Nacional de Saúde.
para essa deliberação:
a) 9 73. Os membros do Conselho ConsulƟvo serão indicados
b) 8 bienalmente pelos respecƟvos órgãos e enƟdades e
c) 3 designados pelo Ministro de Estado da Educação, sen-
d) 6 do sua invesƟdura feita mediante registro na ata da
primeira reunião de que parƟciparem.
62. Presidente da Empresa durante as votações terá direito
apenas ao voto ordinário. GABARITO
Julgue os itens. 1. E 16. C 31. E 46. E 61. c
63. A EBSERH será administrada por uma Diretoria Execu- 2. C 17. E 32. C 47. E 62. E
LEGISLAÇÃO APLICADA À EBSERH

Ɵva, composta pelo Presidente e até cinco Diretores, 3. E 18. d 33. E 48. C 63. E
todos nomeados e desƟtuíveis, a qualquer tempo, pelo 4. E 19. E 34. C 49. E 64. C
Presidente da República, por indicação do Ministro de 5. d 20. C 35. E 50. C 65. d
Estado da Educação. 6. E 21. E 36. E 51. C 66. C
64. A invesƟdura dos membros da Diretoria far-se-á me- 7. C 22. d 37. E 52. E 67. d
diante assinatura em livro de termo de posse. 8. E 23. E 38. E 53. E 68. C
9. C 24. C 39. E 54. C 69. C
65. O Presidente e Diretores da EBSERH serão nomeados 10. E 25. E 40. C 55. C 70. C
dentre brasileiros que saƟsfaçam os seguintes requisi- 11. E 26. E 41. C 56. C 71. d
tos, exceto: 12. C 27. E 42. C 57. C 72. d
a) idoneidade moral e reputação ilibada. 13. C 28. E 43. a 58. C 73. C
b) notórios conhecimentos na área de gestão. 14. C 29. C 44. C 59. C
c) da atenção hospitalar e do ensino em saúde. 15. E 30. E 45. c 60. c

20
LEGISLAÇÃO PERTINENTE I – ofertar serviços de atenção de média e alta comple-
xidade, observada a integralidade da atenção à saúde, com
Decreto nº 7.082, de 27 de janeiro de 2010 acesso regulado, mantendo as aƟvidades integradas à rede
de urgência e emergência;
InsƟtui o Programa Nacional II – garanƟr oferta da totalidade da capacidade instalada
de Reestruturação dos Hospitais ao SUS;
Universitários Federais – REHUF, III – avaliar novas tecnologias em saúde, com vistas a
dispõe sobre o financiamento subsidiar sua incorporação ao SUS;
comparƟlhado dos hospitais uni- IV – desenvolver aƟvidades de educação permanente
versitários federais entre as áreas para a rede de serviços do SUS, com vistas à qualificação de
da educação e da saúde e discipli- recursos humanos para o sistema; e
na o regime da pactuação global V – desenvolver ações de telessaúde, uƟlizando as me-
com esses hospitais. todologias e ferramentas propostas pelos Ministérios da
Saúde e da Educação.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que Art. 3º O REHUF orienta-se pelas seguintes diretrizes aos
lhe confere o art. 84, inciso VI, alínea a, da ConsƟtuição, hospitais universitários federais:
e tendo em vista o disposto nos arts. 196 e 207, da Cons- I – insƟtuição de mecanismos adequados de financiamen-
Ɵtuição, e no art. 4º da Lei nº 8.080, de 19 de setembro to, igualmente comparƟlhados entre as áreas da educação
de 1990, decreta: e da saúde, progressivamente, até 2012;
II – melhoria dos processos de gestão;
Art. 1º Fica insƟtuído o Programa Nacional de Rees- III – adequação da estrutura İsica;
truturação dos Hospitais Universitários Federais – REHUF, IV – recuperação e modernização do parque tecnológico;
desƟnado à reestruturação e revitalização dos hospitais V – reestruturação do quadro de recursos humanos dos
das universidades federais, integrados ao Sistema Único de
hospitais universitários federais; e
Saúde (SUS), nos termos do art. 4º da Lei nº 8.080, de 19 de
VI – aprimoramento das aƟvidades hospitalares vincula-
setembro de 1990.
das ao ensino, pesquisa e extensão, bem como à assistência
Art. 2º O REHUF tem como objeƟvo criar condições ma-
teriais e insƟtucionais para que os hospitais universitários à saúde, com base em avaliação permanente e incorporação
federais possam desempenhar plenamente suas funções de novas tecnologias em saúde.
em relação às dimensões de ensino, pesquisa e extensão e Art. 4º O financiamento dos hospitais universitários
à dimensão da assistência à saúde. federais será parƟlhado, paritariamente, entre as áreas da
§ 1º No campo do ensino, pesquisa e extensão, os hos- educação e da saúde, na forma deste arƟgo.
pitais universitários desempenham as funções de local de § 1º Para os efeitos do disposto no caput, considera-se
ensino-aprendizagem e treinamento em serviço, formação de o financiamento como sendo o montante total das des-
pessoas, inovação tecnológica e desenvolvimento de novas pesas correntes alocadas para esses hospitais, bem como
abordagens que aproximem as áreas acadêmica e de serviço das despesas de capital necessárias à sua reestruturação
no campo da saúde, tendo como objeƟvos específicos: e modernização, excluindo-se deste montante as despesas
I – atender às necessidades do ensino de graduação na com inaƟvos e pensionistas.
área da saúde, em especial em relação à oferta de internato § 2º O financiamento de que trata o caput será parƟlha-
nos cursos de Medicina e estágios curriculares supervisiona- do entre os Ministérios da Educação e da Saúde, sendo que:
dos para os demais cursos, conforme previsão nas diretrizes I – para o exercício de 2010, o Ministério da Saúde
curriculares nacionais e no projeto pedagógico de cada curso; alocará oitenta e cinco por cento do valor consignado no
II – desenvolver programas de pós-graduação stricto orçamento anual do Ministério da Educação para as finali-
sensu e lato sensu, voltados à formação de docentes e pes- dades previstas no § 1º;
quisadores em saúde familiarizados com a óƟca dos serviços II – para o exercício de 2011, o Ministério da Saúde
de atenção especializada ofertados e a gestão em saúde; alocará noventa e dois inteiros e cinco décimos por cento
III – definir a oferta anual de vagas dos programas de do valor consignado no orçamento anual do Ministério da
residência médica, de modo a favorecer a formação de mé- Educação para as finalidades previstas no § 1º; e
dicos especialistas nas áreas prioritárias para o SUS, segundo
III – a parƟr de 2012, o Ministério da Saúde alocará o
indicadores estabelecidos pelos Ministérios da Educação e
mesmo valor consignado no orçamento anual do Ministério
da Saúde;
da Educação para as finalidades previstas no § 1º.
IV – implementar a residência multiprofissional nas
Art. 5º Para a realização dos objeƟvos e diretrizes fixa-
LEGISLAÇÃO APLICADA À EBSERH

áreas estratégicas para o SUS, esƟmulando o trabalho em


equipe mulƟprofissional e contribuindo para a qualificação dos nos arts. 2º e 3º, serão adotadas as seguintes medidas:
dos recursos humanos especializados, de forma a garanƟr I – modernização da gestão dos hospitais universitários
assistência integral à saúde; e federais, com base em transparência e responsabilidade,
V – esƟmular o desenvolvimento de linhas de pesquisa de adotando-se como regra geral protocolos clínicos e pa-
interesse do SUS, em conformidade com o perfil epidemio- dronização de insumos, que resultem na qualificação da
lógico local e regional e as diretrizes nacionais para pesquisa assistência prestada e oƟmização do custo-beneİcio dos
em saúde, com foco na busca de novas tecnologias para o procedimentos;
cuidado e a gestão em saúde. II – implantação de sistema gerencial de informações
§ 2º No campo da assistência à saúde, os hospitais univer- e indicadores de desempenho a ser disponibilizado pelo
sitários desempenham as funções de centros de referência de Ministério da Educação, como ferramenta de adminis-
média e alta complexidade, para a rede pública de serviços tração e acompanhamento do cumprimento das metas
de saúde, tendo como objeƟvos específicos: estabelecidas;

21
III – reformas de prédios ou construção de unidades Art. 9º As despesas decorrentes deste Decreto corre-
hospitalares novas, com adequação às normas da Agência rão à conta das dotações orçamentárias consignadas nos
Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA e às disposições orçamentos dos órgãos envolvidos.
específicas do Ministério da Saúde sobre espaços desƟna- Art. 10. Este Decreto entra em vigor na data de sua
dos à atenção de média e alta complexidade; publicação.
IV – aquisição de novos equipamentos de saúde e subs-
Ɵtuição dos equipamentos obsoletos, visando a uƟlização Brasília, 27 de janeiro de 2010; 189º da Independência
de tecnologias mais modernas e adequadas à atenção de e 122º da República.
média e alta complexidade;
V – implantação de processos de melhoria de gestão LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
de recursos humanos; Fernando Haddad
VI – promoção do incremento do potencial tecnológico e José Gomes Temporão
de pesquisa dos hospitais universitários federais, em beneİ- Paulo Bernardo Silva
cio do atendimento das dimensões assistencial e de ensino;
VII – insƟtuição de processos permanentes de avalia- Lei nº 12.550, de 15 de dezembro de 2011
ção tanto das aƟvidades de ensino, pesquisa, extensão e
inovação tecnológica, como da atenção à saúde prestada Autoriza o Poder ExecuƟvo a
à população; criar a empresa pública denomina-
VIII – criação de mecanismos de governança no âmbito da Empresa Brasileira de Serviços
dos hospitais universitários federais, com a parƟcipação de Hospitalares – EBSERH; acrescenta
disposiƟvos ao Decreto-Lei nº 2.848,
representantes externos às universidades.
de 7 de dezembro de 1940 – Código
§ 1º Os Ministérios da Saúde, da Educação e do Plane-
Penal; e dá outras providências.
jamento, Orçamento e Gestão elaborarão, em conjunto,
grupo de parâmetros que contribua para a definição dos A PRESIDENTA DA REPÚBLICA: Faço saber que o Congresso
quadros de lotação de pessoal, à luz da capacidade instalada Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
e das plataformas tecnológicas disponíveis.
§ 2º Deverá ser manƟda permanente atualização da Art. 1º Fica o Poder ExecuƟvo autorizado a criar empresa
infraestrutura İsica e do parque tecnológico, de modo a pública unipessoal, na forma definida no inciso II do art. 5º do
conter a depreciação. Decreto-Lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967, e no art. 5º
Art. 6º A universidade apresentará aos Ministérios da do Decreto-Lei nº 900, de 29 de setembro de 1969, denomi-
Educação e da Saúde plano de reestruturação do hospital nada Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – EBSERH,
universitário, aprovado por seu respecƟvo órgão superior, com personalidade jurídica de direito privado e patrimônio
ouvida a instância de governança de que trata o inciso VIII próprio, vinculada ao Ministério da Educação, com prazo de
do art. 5º. duração indeterminado.
Parágrafo único. O Plano de Reestruturação do Hospital § 1º A EBSERH terá sede e foro em Brasília, Distrito Fe-
Universitário deverá conter: deral, e poderá manter escritórios, representações, depen-
I – diagnósƟco situacional da infraestrutura İsica, tec- dências e filiais em outras unidades da Federação.
nológica e de recursos humanos; § 2º Fica a EBSERH autorizada a criar subsidiárias para
II – especificação das necessidades de reestruturação o desenvolvimento de aƟvidades inerentes ao seu objeto
da infraestrutura İsica e tecnológica; social, com as mesmas caracterísƟcas estabelecidas no caput
III – análise do impacto financeiro previsto para desen- deste arƟgo, aplicando-se a essas subsidiárias o disposto nos
volvimento das ações de reestruturação do hospital; arts. 2º a 8º, no caput e nos §§ 1º, 4º e 5º do art. 9º e, ainda,
IV – elaboração de diagnósƟco da situação de recursos nos arts. 10 a 15 desta Lei.
humanos; e Art. 2º A EBSERH terá seu capital social integralmente
V – proposta de cronograma para a implantação do sob a propriedade da União.
Plano de Reestruturação, vinculando-o ao desenvolvimento Parágrafo único. A integralização do capital social será
de aƟvidades e metas. realizada com recursos oriundos de dotações consignadas
no orçamento da União, bem como pela incorporação de
Art. 7º A relação dos hospitais universitários federais
qualquer espécie de bens e direitos susceơveis de avaliação
com o Ministério da Educação, o Ministério do Planejamen-
em dinheiro.
to, Orçamento e Gestão, o Ministério da Saúde e demais
Art. 3º A EBSERH terá por finalidade a prestação de servi-
gestores do SUS será formalizada por meio do regime de ços gratuitos de assistência médico-hospitalar, ambulatorial
LEGISLAÇÃO APLICADA À EBSERH

pactuação global. e de apoio diagnósƟco e terapêuƟco à comunidade, assim


§ 1º Entende-se, para os fins do caput, pactuação global como a prestação às insƟtuições públicas federais de ensino
como o meio pelo qual as partes pactuam metas anuais de ou insƟtuições congêneres de serviços de apoio ao ensino, à
assistência, gestão, ensino, pesquisa e extensão. pesquisa e à extensão, ao ensino-aprendizagem e à formação
§ 2º Os recursos de invesƟmento desƟnados pelas áreas de pessoas no campo da saúde pública, observada, nos termos
da saúde e da educação para os hospitais universitários do art. 207 da ConsƟtuição Federal, a autonomia universitária.
federais serão aplicados sob acompanhamento direto dos § 1º As aƟvidades de prestação de serviços de assistência
Ministérios da Educação e da Saúde. à saúde de que trata o caput estarão inseridas integral e
Art. 8º As disposições necessárias para implementação exclusivamente no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS.
deste Decreto, bem como o cronograma do REHUF, serão § 2º No desenvolvimento de suas aƟvidades de assistên-
fixados por ato conjunto dos Ministérios da Educação e da cia à saúde, a EBSERH observará as orientações da PolíƟca
Saúde, e do Planejamento, Orçamento e Gestão quando Nacional de Saúde, de responsabilidade do Ministério da
couber, no prazo de cento e vinte dias. Saúde.

22
§ 3º É assegurado à EBSERH o ressarcimento das despesas § 1º Ficam assegurados aos servidores referidos no ca-
com o atendimento de consumidores e respecƟvos depen- put os direitos e as vantagens a que façam jus no órgão ou
dentes de planos privados de assistência à saúde, na forma enƟdade de origem.
estabelecida pelo art. 32 da Lei nº 9.656, de 3 de junho de § 2º A cessão de que trata o caput ocorrerá com ônus
1998, observados os valores de referência estabelecidos pela para o cessionário.
Agência Nacional de Saúde Suplementar. Art. 8º ConsƟtuem recursos da EBSERH:
Art. 4º Compete à EBSERH: I – recursos oriundos de dotações consignadas no orça-
I – administrar unidades hospitalares, bem como prestar mento da União;
serviços de assistência médico-hospitalar, ambulatorial e de
II – as receitas decorrentes:
apoio diagnósƟco e terapêuƟco à comunidade, no âmbito
a) da prestação de serviços compreendidos em seu ob-
do SUS;
jeto;
II – prestar às insƟtuições federais de ensino superior e a
outras insƟtuições congêneres serviços de apoio ao ensino, à b) da alienação de bens e direitos;
pesquisa e à extensão, ao ensino-aprendizagem e à formação c) das aplicações financeiras que realizar;
de pessoas no campo da saúde pública, mediante as condi- d) dos direitos patrimoniais, tais como aluguéis, foros,
ções que forem fixadas em seu estatuto social; dividendos e bonificações; e
III – apoiar a execução de planos de ensino e pesqui- e) dos acordos e convênios que realizar com enƟdades
sa de insƟtuições federais de ensino superior e de outras nacionais e internacionais;
insƟtuições congêneres, cuja vinculação com o campo da III – doações, legados, subvenções e outros recursos que
saúde pública ou com outros aspectos da sua aƟvidade torne lhe forem desƟnados por pessoas İsicas ou jurídicas de di-
necessária essa cooperação, em especial na implementação reito público ou privado; e
das residências médica, mulƟprofissional e em área profis- IV – rendas provenientes de outras fontes.
sional da saúde, nas especialidades e regiões estratégicas Parágrafo único. O lucro líquido da EBSERH será reinves-
para o SUS; Ɵdo para atendimento do objeto social da empresa, excetu-
IV – prestar serviços de apoio à geração do conhecimen- adas as parcelas decorrentes da reserva legal e da reserva
to em pesquisas básicas, clínicas e aplicadas nos hospitais para conƟngência.
universitários federais e a outras insƟtuições congêneres; Art. 9º A EBSERH será administrada por um Conselho de
V – prestar serviços de apoio ao processo de gestão dos Administração, com funções deliberaƟvas, e por uma Direto-
hospitais universitários e federais e a outras insƟtuições con- ria ExecuƟva e contará ainda com um Conselho Fiscal e um
gêneres, com implementação de sistema de gestão único Conselho ConsulƟvo.
com geração de indicadores quanƟtaƟvos e qualitaƟvos para § 1º O estatuto social da EBSERH definirá a composição,
o estabelecimento de metas; e as atribuições e o funcionamento dos órgãos referidos no
VI – exercer outras aƟvidades inerentes às suas finalida- caput.
des, nos termos do seu estatuto social.
§ 2º (Vetado).
Art. 5º É dispensada a licitação para a contratação da
§ 3º (Vetado).
EBSERH pela administração pública para realizar aƟvidades
relacionadas ao seu objeto social. § 4º A atuação de membros da sociedade civil no Con-
Art. 6º A EBSERH, respeitado o princípio da autonomia selho ConsulƟvo não será remunerada e será considerada
universitária, poderá prestar os serviços relacionados às suas como função relevante.
competências mediante contrato com as insƟtuições federais § 5º Ato do Poder ExecuƟvo aprovará o estatuto da EBSERH.
de ensino ou insƟtuições congêneres. Art. 10. O regime de pessoal permanente da EBSERH será
§ 1º O contrato de que trata o caput estabelecerá, entre o da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo
outras: Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e legislação
I – as obrigações dos signatários; complementar, condicionada a contratação à prévia aprova-
II – as metas de desempenho, indicadores e prazos de ção em concurso público de provas ou de provas e ơtulos,
execução a serem observados pelas partes; observadas as normas específicas editadas pelo Conselho
III – a respecƟva sistemáƟca de acompanhamento e ava- de Administração.
liação, contendo critérios e parâmetros a serem aplicados; e Parágrafo único. Os editais de concursos públicos para o
IV – a previsão de que a avaliação de resultados obƟdos, preenchimento de emprego no âmbito da EBSERH poderão
no cumprimento de metas de desempenho e observância estabelecer, como ơtulo, o cômputo do tempo de exercício em
de prazos pelas unidades da EBSERH, será usada para o apri- aƟvidades correlatas às atribuições do respecƟvo emprego.
moramento de pessoal e melhorias estratégicas na atuação Art. 11. Fica a EBSERH, para fins de sua implantação, au-
perante a população e as insƟtuições federais de ensino ou torizada a contratar, mediante processo seleƟvo simplificado,
insƟtuições congêneres, visando ao melhor aproveitamento pessoal técnico e administraƟvo por tempo determinado.
dos recursos desƟnados à EBSERH.
LEGISLAÇÃO APLICADA À EBSERH

§ 1º Os contratos temporários de emprego de que tra-


§ 2º Ao contrato firmado será dada ampla divulgação por ta o caput somente poderão ser celebrados durante os 2
intermédio dos síƟos da EBSERH e da enƟdade contratante (dois) anos subsequentes à consƟtuição da EBSERH e, quan-
na internet.
do desƟnados ao cumprimento de contrato celebrado nos
§ 3º Consideram-se insƟtuições congêneres, para efeitos
termos do art. 6º, nos primeiros 180 (cento e oitenta) dias
desta Lei, as insƟtuições públicas que desenvolvam aƟvidades
de ensino e de pesquisa na área da saúde e que prestem de vigência dele.
serviços no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS. § 2º Os contratos temporários de emprego de que trata o
Art. 7º No âmbito dos contratos previstos no art. 6º, os caput poderão ser prorrogados uma única vez, desde que a
servidores Ɵtulares de cargo efeƟvo em exercício na insƟtui- soma dos 2 (dois) períodos não ultrapasse 5 (cinco) anos.
ção federal de ensino ou insƟtuição congênere que exerçam Art. 12. A EBSERH poderá celebrar contratos temporá-
aƟvidades relacionadas ao objeto da EBSERH poderão ser a rios de emprego com base nas alíneas a e b do § 2º do art.
ela cedidos para a realização de aƟvidades de assistência à 443 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada
saúde e administraƟvas. pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, mediante

23
processo seleƟvo simplificado, observado o prazo máximo Decreto nº 7.661, de 28 de dezembro de 2011
de duração estabelecido no seu art. 445.
Art. 13. Ficam as insƟtuições públicas federais de ensi- Aprova o Estatuto Social da
no e insƟtuições congêneres autorizadas a ceder à EBSERH, Empresa Brasileira de Serviços
no âmbito e durante a vigência do contrato de que trata o Hospitalares – EBSERH, e dá ou-
art. 6º, bens e direitos necessários à sua execução. tras providências.
Parágrafo único. Ao término do contrato, os bens serão
devolvidos à insƟtuição cedente. A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que
Art. 14. A EBSERH e suas subsidiárias estarão sujeitas à lhe confere o art. 84, inciso IV, da ConsƟtuição, e tendo em
fiscalização dos órgãos de controle interno do Poder Execu- vista o disposto na Lei nº 12.550, de 15 de dezembro de
Ɵvo e ao controle externo exercido pelo Congresso Nacional, 2011, decreta:
com auxílio do Tribunal de Contas da União.
Art. 15. A EBSERH fica autorizada a patrocinar enƟdade fe- Art. 1º Fica aprovado o Estatuto Social da Empresa Bra-
chada de previdência privada, nos termos da legislação vigente. sileira de Serviços Hospitalares – EBSERH, nos termos do
Anexo, empresa pública federal, unipessoal, vinculada ao
Parágrafo único. O patrocínio de que trata o caput poderá
Ministério da Educação.
ser feito mediante adesão a enƟdade fechada de previdência Art. 2º A consƟtuição inicial do capital social da EBSERH
privada já existente. será de R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais), a ser inte-
Art. 16. A parƟr da assinatura do contrato entre a EBSERH gralizado pela União.
e a insƟtuição de ensino superior, a EBSERH disporá de prazo Art. 3º O disposto no art. 1º, inciso II do caput, do Decreto
de até 1 (um) ano para reaƟvação de leitos e serviço inaƟvos nº 757, de 19 de fevereiro de 1993, não se aplica à EBSERH.
por falta de pessoal. Art. 4º Este Decreto entra em vigor na data de sua pu-
Art. 17. Os Estados poderão autorizar a criação de em- blicação.
presas públicas de serviços hospitalares.
Art. 18. O art. 47 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de de- Brasília, 28 de dezembro de 2011; 190º da Independência
zembro de 1940 – Código Penal, passa a vigorar acrescido e 123º da República.
do seguinte inciso V:
DILMA ROUSSEFF
Art. 47.................................................................... José Henrique Paim Fernandes
.............................................................................. Alexandre Rocha Santos Padilha
V – proibição de inscrever-se em concurso, avaliação Miriam Belchior
ou exame públicos. (NR)
ANEXO
Art. 19. O Título X da Parte Especial do Decreto-Lei nº ESTATUTO SOCIAL DA EMPRESA BRASILEIRA
2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, passa a DE SERVIÇOS HOSPITALARES S.A. – EBSERH
vigorar acrescido do seguinte Capítulo V:
CAPÍTULO I
Da Natureza, Finalidade, Sede e Duração
CAPÍTULO V
Das Fraudes em Certames de Interesse Público Art. 1º A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares –
EBSERH, empresa pública dotada de personalidade jurídi-
Art. 311-A. UƟlizar ou divulgar, indevidamente, com o ca de direito privado e patrimônio próprio, reger-se-á pelo
fim de beneficiar a si ou a outrem, ou de comprome- presente Estatuto Social e pelas disposições legais que lhe
ter a credibilidade do certame, conteúdo sigiloso de: forem aplicáveis.
I – concurso público; Parágrafo único. A EBSERH fica sujeita à supervisão do
II – avaliação ou exame públicos; Ministro de Estado da Educação.
III – processo seleƟvo para ingresso no ensino su- Art. 2º A EBSERH tem sede e foro em Brasília, Distrito
perior; ou Federal, e atuação em todo o território nacional, podendo
IV – exame ou processo seleƟvo previstos em lei: criar subsidiárias, sucursais, filiais ou escritórios e represen-
Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. tações no país.
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem permite ou Art. 3º A EBSERH terá por finalidade a prestação de servi-
facilita, por qualquer meio, o acesso de pessoas não ços gratuitos de assistência médico-hospitalar, ambulatorial
autorizadas às informações mencionadas no caput. e de apoio diagnósƟco e terapêuƟco à comunidade, assim
§ 2º Se da ação ou omissão resulta dano à adminis- como a prestação às insƟtuições públicas federais de ensino
tração pública: ou insƟtuições congêneres de serviços de apoio ao ensino, à
LEGISLAÇÃO APLICADA À EBSERH

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa. pesquisa e à extensão, ao ensino-aprendizagem e à formação
§ 3º Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o fato de pessoas no campo da saúde pública, observada, nos ter-
mos do art. 207 da ConsƟtuição, a autonomia universitária.
é comeƟdo por funcionário público.’ (NR)
§ 1º As aƟvidades de prestação de serviços de assistência
à saúde de que trata o caput estarão inseridas integral e
Art. 20. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. exclusivamente no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS.
§ 2º No desenvolvimento de suas aƟvidades de assis-
Brasília, 15 de dezembro de 2011; 190º da Independên- tência à saúde, a EBSERH observará as diretrizes e políƟcas
cia e 123º da República. estabelecidas pelo Ministério da Saúde.
§ 3º A execução das aƟvidades mencionadas neste arƟgo
DILMA ROUSSEFF dar-se-á por meio da celebração de contrato específico para
Fernando Haddad este fim, pactuado de comum acordo entre a EBSERH e cada
Alexandre rocha Santos Padilha uma das insƟtuições de ensino ou insƟtuições congêneres,
Miriam Belchior respeitado o princípio da autonomia das universidades.

24
§ 4º A EBSERH, no exercício de suas aƟvidades, deverá V – prestar serviços de apoio ao processo de gestão dos
estar orientada pelas políƟcas acadêmicas estabelecidas no hospitais universitários e federais e a outras insƟtuições
âmbito das insƟtuições de ensino com as quais estabelecer públicas congêneres, com a implementação de sistema de
contrato de prestação de serviços. gestão único com geração de indicadores quanƟtaƟvos e
Art. 4º O prazo de duração da EBSERH é indeterminado. qualitaƟvos para o estabelecimento de metas; e
Art. 5º A EBSERH sujeitar-se-á ao regime jurídico próprio VI – exercer outras aƟvidades inerentes às suas finali-
das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obri- dades.
gações civis, comerciais, trabalhistas e tributários. Art. 9º A EBSERH prestará os serviços relacionados às
suas competências mediante contrato com as insƟtuições
CAPÍTULO II
Do Capital Social e dos Recursos federais de ensino ou insƟtuições públicas congêneres, o
qual conterá, obrigatoriamente:
Art. 6º O capital social da EBSERH é de R$ 5.000.000,00 I – as obrigações dos signatários;
(cinco milhões de reais), integralmente sob a propriedade II – as metas de desempenho, indicadores e prazos de
da União. execução a serem observados pelas partes; e
Parágrafo único. O capital social da EBSERH poderá ser III – a respecƟva sistemáƟca de acompanhamento e ava-
aumentado e integralizado com recursos oriundos de dota- liação, contendo critérios e parâmetros a serem aplicados.
ções consignadas no orçamento da União, bem como pela Parágrafo único. A EBSERH dará ampla publicidade aos
incorporação de qualquer espécie de bens e direitos susce- contratos firmados, inclusive por meio de síƟo na Internet.
ơveis de avaliação em dinheiro.
Art. 7º ConsƟtuem recursos da EBSERH:
I – as dotações que lhe forem consignadas no orçamento CAPÍTULO IV
da União; Dos Órgãos Estatutários
II – as receitas decorrentes:
a) da prestação de serviços compreendidos em seu ob- Art. 10. São órgãos estatutários da EBSERH:
jeto; I – o Conselho de Administração;
b) da alienação de bens e direitos;
II – a Diretoria ExecuƟva;
c) das aplicações financeiras que realizar;
d) dos direitos patrimoniais, tais como aluguéis, foros, III – o Conselho Fiscal; e
dividendos e bonificações; e IV – o Conselho ConsulƟvo.
e) dos acordos e convênios que realizar com enƟdades Art. 11. Não podem parƟcipar dos órgãos da EBSERH,
nacionais e internacionais; além dos impedidos por lei:
III – doações, legados, subvenções e outros recursos que I – os que detenham controle ou parƟcipação relevante
lhe forem desƟnados por pessoas İsicas ou jurídicas de di- no capital social de pessoa jurídica inadimplente com a EB-
reito público ou privado; SERH ou que lhe tenha causado prejuízo ainda não ressarcido,
IV – os oriundos de operações de crédito, assim enten- estendendo-se esse impedimento aos que tenham ocupado
didos os provenientes de emprésƟmos e financiamentos cargo de administração em pessoa jurídica nessa situação,
obƟdos pela enƟdade; e no exercício social imediatamente anterior à data da eleição
V – rendas provenientes de outras fontes. ou nomeação;
Parágrafo único. O lucro líquido da EBSERH será reinves- II – os que houverem sido condenados por crime falimen-
Ɵdo para atendimento do objeto social da empresa, excetu- tar, de sonegação fiscal, de prevaricação, de corrupção aƟva
adas as parcelas decorrentes da reserva legal e da reserva ou passiva, de concussão, de peculato, contra a economia
para conƟngência. popular, contra a fé pública, contra a propriedade ou que
houverem sido condenados a pena criminal que vede, ainda
CAPÍTULO III
Da Competência que temporariamente, o acesso a cargos públicos;
III – os declarados inabilitados para cargos de adminis-
Art. 8º A EBSERH exercerá aƟvidades relacionadas com tração em empresas sujeitas a autorização, controle e fis-
suas finalidades, compeƟndo-lhe, parƟcularmente: calização de órgãos e enƟdades da administração pública
I – administrar unidades hospitalares, bem como prestar direta e indireta;
serviços de assistência médico-hospitalar, ambulatorial e de IV – os declarados falidos ou insolventes;
apoio diagnósƟco e terapêuƟco à comunidade, integralmente V – os que deƟveram o controle ou parƟciparam da admi-
disponibilizados ao Sistema Único de Saúde; nistração de pessoa jurídica concordatária, falida ou insol-
II – prestar, às insƟtuições federais de ensino superior e vente, no período de cinco anos anteriores à data da eleição
a outras insƟtuições públicas congêneres, serviços de apoio ou nomeação, salvo na condição de síndico, comissário ou
ao ensino e à pesquisa e à extensão, ao ensino-aprendizagem administrador judicial;
LEGISLAÇÃO APLICADA À EBSERH

e à formação de pessoas no campo da saúde publica, em VI – sócio, ascendente, descendente ou parente colateral
consonância com as diretrizes do Poder ExecuƟvo; ou afim, até o terceiro grau, de membro do Conselho de
III – apoiar a execução de planos de ensino e pesquisa de Administração, da Diretoria ExecuƟva e do Conselho Fiscal;
insƟtuições federais de ensino superior e de outras insƟtui- VII – os que Ɵverem interesse conflitante com a socie-
ções públicas congêneres, cuja vinculação com o campo da
dade.
saúde pública ou com outros aspectos da sua aƟvidade torne
necessária essa cooperação, em especial na implementação § 1º Aos integrantes dos órgãos de administração é ve-
de residência médica ou mulƟprofissional e em área profis- dado intervir em operação em que, direta ou indiretamente,
sional da saúde, nas especialidades e regiões estratégicas sejam interessadas sociedades de que detenham o controle
para o SUS; ou parƟcipação superior a cinco por cento do capital social.
IV – prestar serviços de apoio à geração do conhecimen- § 2º O impedimento referido no § 1º aplica-se, ainda,
to em pesquisas básicas, clínicas e aplicadas nos hospitais quando se tratar de empresa em que ocupem ou tenham
universitários federais e a outras insƟtuições públicas con- ocupado, em período imediatamente anterior à invesƟdura
gêneres; na EBSERH, cargo de gestão.

25
CAPÍTULO V Art. 13. Compete ao Conselho de Administração:
Do Conselho de Administração I – fixar as orientações gerais das aƟvidades da EBSERH;
II – examinar e aprovar, por proposta do Presidente da
Art. 12. O órgão de orientação superior da EBSERH é o EBSERH, políƟcas gerais e programas de atuação a curto, mé-
Conselho de Administração, composto por nove membros, dio e longo prazo, em harmonia com a políƟca de educação,
nomeados pelo Ministro de Estado da Educação, obedecendo com a políƟca de saúde e com a políƟca econômico-financeira
a seguinte composição: do Governo Federal;
I – três membros indicados pelo Ministro de Estado da III – aprovar o regimento interno da EBSERH, que deverá
Educação, sendo que um será o Presidente do Conselho e conter, dentre outros aspectos, a estrutura básica da empresa
outro subsƟtuto nas suas ausências e impedimentos; e os níveis de alçada decisória da Diretoria e do Presidente,
II – o Presidente da Empresa, que não poderá exercer a para fins de aprovação de operações;
Presidência do Conselho, ainda que interinamente; IV – aprovar o orçamento e programa de invesƟmentos
III – um membro indicado pelo Ministro de Estado do e acompanhar a sua execução;
Planejamento, Orçamento e Gestão; V – aprovar os contratos previstos no art. 6o da Lei nº
IV – dois membros indicados pelo Ministro de Estado 12.550, de 2011;
da Saúde; VI – apreciar os relatórios anuais de auditoria e as infor-
V – um representante dos empregados e respecƟvo su- mações sobre os resultados da ação da EBSERH, bem como
plente, na forma da Lei nº 12.353, de 28 de dezembro de sobre os principais projetos por esta apoiados;
2010; e VII – autorizar a contratação de auditores independentes;
VI – um membro indicado pela Associação Nacional dos VIII – opinar e submeter à aprovação do Ministro de Es-
Dirigentes das InsƟtuições Federais de Ensino Superior – AN- tado da Fazenda, por intermédio do Ministro de Estado da
DIFES, sendo reitor de universidade federal ou diretor de Educação:
hospital universitário federal. a) o relatório de administração e as demonstrações con-
§ 1º O prazo de gestão dos membros do Conselho de tábeis anuais da EBSERH;
Administração será de dois anos contados a parƟr da data de b) a proposta de desƟnação de lucros ou resultados;
publicação do ato de nomeação, podendo ser reconduzidos c) a proposta de criação de subsidiárias; e
por igual período. d) a proposta de dissolução, cisão, fusão e incorporação
§ 2º O representante dos empregados, de que trata o que envolva a EBSERH.
inciso V deste arƟgo, e seu respecƟvo suplente, serão esco- IX – deliberar sobre alteração do capital e do estatuto
lhidos dentre os empregados aƟvos da EBSERH, pelo voto social da EBSERH;
direto de seus pares, em eleição organizada pela empresa X – deliberar, mediante proposta da Diretoria ExecuƟva,
em conjunto com as enƟdades sindicais que os representem, sobre:
na forma da Lei nº 12.353, de 2010, e sua regulamentação. a) o regulamento de licitação;
§ 3º O representante dos empregados não parƟcipará b) o regulamento de pessoal, incluindo o regime discipli-
das discussões e deliberações sobre assuntos que envolvam nar e as normas sobre apuração de responsabilidade;
relações sindicais, remuneração, beneİcios e vantagens, in- c) o quadro de pessoal, com a indicação do total de vagas
clusive assistenciais ou de previdência complementar, hipó- autorizadas; e
teses em que fica configurado o conflito de interesse, sendo d) o plano de salários, beneİcios, vantagens e quaisquer
tais assuntos deliberados em reunião separada e exclusiva outras parcelas que componham a retribuição de seus em-
para tal fim. pregados;
§ 4º A invesƟdura dos membros do Conselho de Admi- XI – autorizar a aquisição, alienação e a oneração de bens
nistração far-se-á mediante assinatura em livro de termo imóveis e valores mobiliários;
de posse. XII – autorizar a contratação de emprésƟmos no interesse
§ 5º Na hipótese de recondução, o prazo de nova gestão da EBSERH;
conta-se a parƟr da data do término do prazo de gestão XIII – designar e desƟtuir o Ɵtular da auditoria interna,
anterior. após aprovação da Controladoria Geral da União; e
§ 6º Findo o prazo de gestão, o membro do Conselho de XIV – dirimir questões em que não haja previsão estatu-
Administração permanecerá no exercício da função até a tária, aplicando, subsidiariamente, a Lei nº 6.404, de 15 de
invesƟdura de subsƟtuto. dezembro de 1976.
§ 7º No caso de vacância definiƟva do cargo de Conse- Art. 14. O Conselho de Administração reunir-se-á, ordi-
lheiro, o subsƟtuto será nomeado pelos Conselheiros rema- nariamente, mensalmente e, extraordinariamente, sempre
nescentes e servirá até a designação do novo representante, que for convocado pelo Presidente, a seu critério, ou por
exceto no caso do representante dos empregados. solicitação de, pelo menos, quatro de seus membros.
§ 8º O suplente do representante dos empregados exer- § 1º O Conselho somente deliberará com a presença da
cerá suas funções apenas no caso de vacância definiƟva do maioria absoluta dos seus membros.
LEGISLAÇÃO APLICADA À EBSERH

seu Ɵtular. § 2º As deliberações do Conselho serão tomadas por


§ 9º Salvo impedimento legal, os membros do Conselho maioria simples de votos dos presentes, respeitado o quorum
de Administração farão jus a honorários mensais correspon- do § 1º, e registradas em atas, cabendo ao Presidente, além
dentes a dez por cento da remuneração média mensal dos do voto ordinário, o voto de qualidade.
Diretores da EBSERH, além do reembolso, obrigatório, das
despesas de locomoção e estada necessárias ao desempe- CAPÍTULO VI
nho da função. Da Diretoria
§ 10. Além dos casos de morte, renúncia, desƟtuição e
outros previstos em lei, considerar-se-á vaga a função de Art. 15. A EBSERH será administrada por uma Diretoria
membro do Conselho de Administração que, sem causa ExecuƟva, composta pelo Presidente e até seis Diretores,
formalmente jusƟficada, não comparecer a duas reuniões todos nomeados e desƟtuíveis, a qualquer tempo, pelo Pre-
consecuƟvas ou três alternadas, no intervalo de um ano, sidente da República, por indicação do Ministro de Estado
salvo caso de forca maior ou caso fortuito. da Educação.

26
§ 1º A invesƟdura dos membros da Diretoria far-se-á VI – designar subsƟtutos para os membros da Diretoria,
mediante assinatura em livro de termo de posse. em seus impedimentos temporários, que não possam ser
§ 2º O Presidente e Diretores da EBSERH serão nomeados atendidos mediante redistribuição de tarefas, e, no caso de
dentre brasileiros que saƟsfaçam os seguintes requisitos: vaga, até o seu preenchimento; e
I – idoneidade moral e reputação ilibada; VII – apresentar, trimestralmente, ao Conselho de Admi-
II – notórios conhecimentos na área de gestão, da aten- nistração relatório das aƟvidades da EBSERH.
ção hospitalar e do ensino em saúde; e Art. 19. Aos Diretores compete auxiliar o Presidente na
III – mais de dez anos de exercício de função ou de efeƟva direção e coordenação das aƟvidades da EBSERH e exercer
aƟvidade profissional que exija os conhecimentos mencio- as tarefas de coordenação que lhe forem atribuídas em re-
nados no inciso anterior. gimento ou delegadas pelo Presidente.
Art. 16. Compete à Diretoria: Art. 20. Os contratos que a EBSERH celebrar ou em que
I – administrar e dirigir os bens, serviços e negócios da vier a intervir e os atos que envolvam obrigações ou res-
EBSERH e decidir, por proposta dos responsáveis pelas res- ponsabilidades por parte da empresa serão assinados pelo
pecƟvas áreas de coordenação, sobre operações de respon- Presidente, em conjunto com um Diretor.
sabilidade situadas no respecƟvo nível de alçada decisória § 1º Os ơtulos ou documentos emiƟdos em decorrência
estabelecido pelo Conselho de Administração; de obrigações contratuais, bem como os cheques e outras
II – propor e implementar as linhas orientadoras da ação obrigações de pagamento serão assinados pelo Presidente,
da EBSERH; que poderá delegar esta atribuição.
III – apreciar e submeter ao Conselho de Administração § 2º Na hipótese de delegação da atribuição referida no
o orçamento e programa de invesƟmentos da EBSERH; § 1º, os ơtulos, documentos, cheques e outras obrigações
IV – deliberar sobre operações, situadas no respecƟvo deverão conter, pelo menos, duas assinaturas.
nível de alçada decisória estabelecido pelo Conselho de
Administração; CAPÍTULO VII
V – autorizar a aquisição, alienação e oneração de bens Do Conselho Fiscal
móveis, exceto valores mobiliários, podendo estabelecer
normas e delegar poderes; Art. 21. O Conselho Fiscal, como órgão permanente da
VI – analisar e submeter à aprovação do Conselho de EBSERH, compõe-se de três membros efeƟvos e respecƟvos
Administração propostas de aquisição, alienação e oneração suplentes, nomeados pelo Ministro de Estado da Educação,
de bens imóveis e valores mobiliários; sendo:
VII – estabelecer normas e delegar poderes, no âmbito I – um membro indicado pelo Ministro de Estado da Edu-
de sua competência; cação, que exercerá a sua presidência;
VIII – elaborar as demonstrações financeiras de encer- II – um membro indicado pelo Ministro de Estado da
ramento de exercício; Saúde; e
IX – autorizar a realização de acordos, contratos e con- III – um membro indicado pelo Ministro de Estado da
vênios que consƟtuam ônus, obrigações ou compromis- Fazenda como representante do Tesouro Nacional.
sos para a EBSERH, exceto os constantes do art. 6º da Lei § 1º A invesƟdura dos membros do Conselho Fiscal far-
nº 12.550, de 2011; e -se-á mediante registro na ata da primeira reunião de que
X – pronunciar-se sobre todas as matérias que devam ser parƟciparem.
submeƟdas ao Conselho de Administração. § 2º O mandato dos membros do Conselho Fiscal será
Art. 17. A Diretoria reunir-se-á, ordinariamente, uma vez de dois anos contados a parƟr da data de publicação do ato
por semana e, extraordinariamente, sempre que convocada de nomeação, podendo ser reconduzidos por igual período.
pelo Presidente da EBSERH, deliberando com a presença da § 3º Salvo impedimento legal, os membros do Conselho
maioria de seus membros. Fiscal farão jus a honorários mensais correspondentes a dez
§ 1º As deliberações da Diretoria serão tomadas por por cento da remuneração média mensal dos Diretores da
maioria de votos e registradas em atas, cabendo ao Presi- EBSERH, além do reembolso, obrigatório, das despesas de
dente, além do voto ordinário, o de qualidade. locomoção e estada necessárias ao desempenho da função.
§ 2º O Presidente poderá vetar as deliberações da Di- Art. 22. Cabe ao Conselho Fiscal:
retoria, submetendo-as, neste caso, ao Conselho de Admi- I – fiscalizar, por qualquer de seus membros, os atos dos
nistração. administradores e verificar o cumprimento dos seus deveres
Art. 18. Compete ao Presidente: legais e estatutários;
I – representar a EBSERH, em juízo ou fora dele, podendo II – opinar sobre o relatório anual da administração e
delegar essa atribuição, em casos específicos, e, em nome da demonstrações financeiras do exercício social;
enƟdade, consƟtuir mandatários ou procuradores; III – opinar sobre a modificação do capital social, planos
LEGISLAÇÃO APLICADA À EBSERH

II – convocar e presidir as reuniões da Diretoria; de invesƟmento ou orçamentos de capital, transformação,


III – coordenar o trabalho das unidades da EBSERH, po- incorporação, fusão ou cisão;
dendo delegar competência execuƟva e decisória e distribuir, IV – denunciar, por qualquer de seus membros, os erros,
entre os Diretores, a coordenação dos serviços da empresa; fraudes ou crimes que descobrirem, e sugerir providências
IV – editar normas necessárias ao funcionamento dos úteis;
órgãos e serviços da EBSERH, de acordo com a organização V – analisar, ao menos trimestralmente, o balancete e
interna e a respecƟva distribuição de competências estabe- demais demonstrações financeiras elaboradas periodicamen-
lecidas pela Diretoria; te pela EBSERH; e
V – admiƟr, promover, punir, dispensar e praƟcar os de- VI – acompanhar a execução patrimonial, financeira e
mais atos compreendidos na administração de pessoal, de orçamentária, podendo examinar livros e quaisquer outros
acordo com as normas e critérios previstos em lei e apro- documentos e requisitar informações.
vados pela Diretoria, podendo delegar esta atribuição no § 1º A Diretoria e o Conselho de Administração são obri-
todo ou em parte; gados a disponibilizar, por meio de comunicação formal, aos

27
membros em exercício do Conselho Fiscal, dentro de dez dias, CAPÍTULO IX
cópia das atas de suas reuniões e, dentro de quinze dias de Do Exercício Social, das Demonstrações
sua elaboração, cópias dos balancetes e demais demonstra- Financeiras e dos Lucros
ções financeiras elaboradas periodicamente, bem como dos
relatórios de execução do orçamento. Art. 26. O exercício social da EBSERH coincidirá com o
§ 2º O Conselho Fiscal reunir-se-á, ordinariamente, a ano civil.
cada mês e, extraordinariamente, quando convocado pelo Art. 27. A EBSERH levantará demonstrações financeiras
e procederá à apuração do resultado em 31 de dezembro
seu Presidente. de cada exercício.
§ 3º Em caso de renúncia, falecimento ou impedimento, Art. 28. Do resultado do exercício, feita a dedução para
os membros efeƟvos do Conselho Fiscal serão subsƟtuídos atender a prejuízos acumulados e a provisão para imposto
pelos seus suplentes, até a nomeação de novo membro. sobre a renda, o Conselho de Administração proporá ao Mi-
§ 4º Além dos casos de morte, renúncia, desƟtuição e nistro de Estado da Fazenda a sua desƟnação, observando
outros previstos em lei, considerar-se-á vaga a função de a parcela de cinco por cento para a consƟtuição da reserva
membro do Conselho Fiscal que, sem causa formalmente legal, até o limite de vinte por cento do capital social.
jusƟficada, não comparecer a duas reuniões consecuƟvas Parágrafo único. Os prejuízos acumulados devem, prefe-
ou três alternadas, no intervalo de um ano, salvo caso de rencialmente, ser deduzidos do capital social.
forca maior ou caso fortuito.
CAPÍTULO X
CAPÍTULO VIII Da Organização Interna e do Pessoal
Do Conselho ConsulƟvo
Art. 29. A estrutura organizacional da EBSERH e a respec-
Ɵva distribuição de competências serão estabelecidas pelo
Art. 23. Conselho ConsulƟvo é órgão permanente da Conselho de Administração, mediante proposta da Diretoria
EBSERH que tem as finalidades de consulta, controle social e ExecuƟva.
apoio à Diretoria ExecuƟva e ao Conselho de Administração, Parágrafo único. O órgão de auditoria interna da EBSERH
e é consƟtuído pelos seguintes membros: vincula-se diretamente ao Conselho de Administração.
I – o Presidente da EBSERH, que o preside; Art. 30. Aplica-se ao pessoal da EBSERH o regime jurídi-
II – dois representantes do Ministério da Educação; co estabelecido pela legislação vigente para as relações de
III – um representante do Ministério da Saúde; emprego privado.
IV – um representante dos usuários dos serviços de saúde Parágrafo único. O ingresso do pessoal far-se-á mediante
dos hospitais universitários federais, indicado pelo Conselho concurso público de provas ou de provas e ơtulos, observadas
Nacional de Saúde; as normas específicas expedidas pela Diretoria, respeitado o
V – um representante dos residentes em saúde dos disposto no art. 10 da Lei nº 12.550, de 2011.
hospitais universitários federais, indicado pelo conjunto de
CAPÍTULO XI
enƟdades representaƟvas; Disposições Gerais e Transitórias
VI – um reitor ou diretor de hospital universitário, indi-
cado pela ANDIFES; e Art. 31. Os membros do Conselho de Administração, da
VII – um representante dos trabalhadores dos hospitais Diretoria ExecuƟva, do Conselho Fiscal e os ocupantes de
universitários federais administrados pela EBSERH, indicado cargos de confiança, direção, assessoramento ou chefia, ao
pela respecƟva enƟdade representaƟva. assumirem suas funções, apresentarão declaração de bens
§ 1º Os membros do Conselho ConsulƟvo serão indi- e renda, anualmente renovada.
cados bienalmente pelos respecƟvos órgãos e enƟdades e Art. 32. A EBSERH, na forma previamente definida pelo
designados pelo Ministro de Estado da Educação, sendo sua Conselho de Administração, assegurará aos integrantes e
invesƟdura feita mediante registro na ata da primeira reunião ex-integrantes dos Conselhos de Administração e Fiscal e
de que parƟciparem. da Diretoria ExecuƟva a defesa em processos judiciais e ad-
§ 2º A atuação de membros da sociedade civil no Conse- ministraƟvos contra eles instaurados pela práƟca de atos no
lho ConsulƟvo não será remunerada e será considerada como exercício do cargo ou função, nos casos em que não houver
função relevante, assegurado o reembolso das despesas de incompaƟbilidade com os interesses da empresa.
locomoção e estada necessárias ao desempenho da função. Parágrafo único. A defesa prevista no caput aplica-se,
Art. 24. Compete ao Conselho ConsulƟvo: no que couber, e a critério do Conselho de Administração,
I – opinar sobre as linhas gerais das políƟcas, diretrizes aos empregados ocupantes e ex-ocupantes de cargo ou de
e estratégias da EBSERH, orientando o Conselho de Admi-
função de confiança.
nistração e a Diretoria ExecuƟva no cumprimento de suas
Art. 33. A EBSERH rege-se pela Lei nº 12.550, de 2011,
atribuições;
pela Lei nº 6.404, de 1976, por este Estatuto e pelas demais
LEGISLAÇÃO APLICADA À EBSERH

II – propor linhas de ação, programas, estudos, projetos,


formas de atuação ou outras medidas, orientando para que normas que lhe sejam aplicáveis.
a EBSERH aƟnja os objeƟvos para a qual foi criada;
III – acompanhar e avaliar periodicamente o desempenho Regimento Interno da Empresa Brasileira de
da EBSERH; e Serviços Hospitalares – EBSERH*
IV – assisƟr à Diretoria e ao Conselho de Administração
em suas funções, sobretudo na formulação, implementação CAPÍTULO I
e avaliação das estratégias de ação da EBSERH. Das Disposições Gerais
Art. 25. O Conselho ConsulƟvo reunir-se-á ordinariamen-
te pelo menos uma vez por ano e, extraordinariamente, sem- Art. 1º A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares –
pre que convocado pelo presidente, por sua iniciaƟva ou por EBSERH, empresa pública dotada de personalidade jurídica
solicitação do Conselho de Administração, ou a pedido de
um terço dos seus membros. *
Versão atualizada – outubro/2012.

28
de direito privado e patrimônio próprio, autorizada pela Lei § 1º Órgãos de administração:
nº 12.550, de 15 de dezembro de 2011, e com Estatuto Social I – Conselho de Administração;
aprovado pelo Decreto nº 7.661, de 28 de dezembro de 2011, II – Diretoria ExecuƟva composta por:
reger-se-á pelas disposições legais que lhe forem aplicáveis a) Presidência:
e pelos disposiƟvos constantes deste regimento. b) Diretoria de Atenção à Saúde e Gestão de Contratos;
Parágrafo único. A EBSERH tem sede e foro em Brasília, c) Diretoria de LogísƟca e Infraestrutura Hospitalar;
Distrito Federal, e atuação em todo o território nacional, d) Diretoria AdministraƟva Financeira;
podendo criar subsidiárias, sucursais, filiais ou escritórios e e) Diretoria de Gestão de Pessoas; e
representações no país. f) Diretoria de Gestão de Processos e Tecnologia da In-
Art. 2º A EBSERH tem por finalidade a prestação de servi- formação
ços gratuitos de assistência médico-hospitalar, ambulatorial III – Conselho ConsulƟvo.
e de apoio diagnósƟco e terapêuƟco à comunidade, assim § 2º Órgãos de fiscalização:
como a prestação às insƟtuições públicas federais de ensino a) Conselho Fiscal;
ou insƟtuições congêneres de serviços de apoio ao ensino, à b) Auditoria Interna.
pesquisa e à extensão, ao ensino-aprendizagem e à formação
de pessoas no campo da saúde, observada, nos termos do Seção II
art. 207 da ConsƟtuição Federal, a autonomia universitária. Dos Órgãos de Administração
§ 1º As aƟvidades de prestação de serviços de assistência
à saúde de que trata o caput estarão inseridas integral e
Art. 7º Os órgãos de administração da EBSERH serão in-
exclusivamente no âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS.
§ 2º No desenvolvimento de suas aƟvidades de assis- tegrados por brasileiros dotados de notórios conhecimentos,
tência à saúde, a EBSERH observará as diretrizes e políƟcas inclusive sobre as melhores práƟcas de governança corpo-
estabelecidas pelo Ministério da Saúde. raƟva, experiência, idoneidade moral, reputação ilibada e
§ 3º A execução das aƟvidades da EBSERH dar-se-á por capacidade técnica compaơvel com o cargo, todos residentes
meio da celebração de contrato específico para este fim, no País.
pactuado de comum acordo entre a EBSERH e cada uma das § 1º Os membros da Diretoria-ExecuƟva deverão ter ex-
insƟtuições de ensino ou insƟtuições congêneres. periência profissional mínima de 10 anos em suas respecƟvas
Art. 3º O prazo de duração da EBSERH é indeterminado. áreas de atuação.
Art. 4º A EBSERH sujeitar-se-á ao regime jurídico próprio § 2º A experiência a que alude o parágrafo anterior de-
das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obri- verá ser comprovada através de declarações, documentos
gações civis, comerciais, trabalhistas e tributárias. e cerƟdões públicas ou parƟculares.
Art. 5º A EBSERH exercerá aƟvidades relacionadas com Art. 8º Não podem parƟcipar dos órgãos de administra-
suas finalidades, compeƟndo-lhe, parƟcularmente: ção da EBSERH, além dos impedidos por lei:
I – administrar unidades hospitalares, bem como prestar I – os que detenham controle ou parƟcipação relevante
serviços de assistência médico-hospitalar, ambulatorial e de no capital social de pessoa jurídica inadimplente com a EB-
apoio diagnósƟco e terapêuƟco à comunidade, integralmente SERH ou que lhe tenha causado prejuízo ainda não ressarcido,
disponibilizados ao Sistema Único de Saúde; estendendo-se esse impedimento aos que tenham ocupado
II – prestar, às insƟtuições federais de ensino superior e cargo de administração em pessoa jurídica nessa situação,
a outras insƟtuições públicas congêneres, serviços de apoio no exercício social imediatamente anterior à data da eleição
ao ensino e à pesquisa e à extensão, ao ensino-aprendizagem ou nomeação;
e à formação de pessoas no campo da saúde pública, em II – os que houverem sido condenados por crime falimen-
consonância com as diretrizes do Poder ExecuƟvo; tar, de sonegação fiscal, de prevaricação, de corrupção aƟva
III – apoiar a execução de planos de ensino e pesquisa de ou passiva, de concussão, de peculato, contra a economia
insƟtuições federais de ensino superior e de outras insƟtui- popular, contra a fé pública, contra a propriedade ou que
ções públicas congêneres, cuja vinculação com o campo da houverem sido condenados a pena criminal que vede, ainda
saúde pública ou com outros aspectos da sua aƟvidade torne que temporariamente, o acesso a cargos públicos;
necessária essa cooperação, em especial na implementação III – os declarados inabilitados para cargos de adminis-
de residência médica ou mulƟprofissional e em área profis- tração em empresas sujeitas a autorização, controle e fis-
sional da saúde, nas especialidades e regiões estratégicas calização de órgãos e enƟdades da administração pública
para o SUS; direta e indireta;
IV – prestar serviços de apoio à geração doconhecimen- IV – os declarados falidos ou insolventes;
to em pesquisas básicas, clínicas e aplicadas nos hospitais
V – os que deƟveram o controle ou parƟciparam da admi-
universitários federais e a outras insƟtuições públicas con-
nistração de pessoa jurídica concordatária,falida ou insol-
gêneres;
V – prestar serviços de apoio ao processo de gestão dos vente, no período de cinco anos anteriores à data da eleição
hospitais universitários e federais e a outras insƟtuições ou nomeação, salvo na condição de síndico, comissário ou
administrador judicial;
LEGISLAÇÃO APLICADA À EBSERH

públicas congêneres, com a implementação de sistema de


gestão único com geração de indicadores quanƟtaƟvos e VI – sócio, ascendente, descendente ou parente colateral
qualitaƟvos para o estabelecimento de metas; e ou afim, até o terceiro grau, de membro do Conselho de
VI – exercer outras aƟvidades inerentes às suas finali- Administração, da Diretoria ExecuƟva e do Conselho Fiscal; e
dades. VII – os que Ɵverem interesse conflitante com a socie-
dade.
CAPÍTULO II § 1º Aos integrantes dos órgãos de administração é ve-
Das Instâncias de Governança dado intervir em operação em que, direta ou indiretamente,
sejam interessadas sociedades de que detenham o controle
Seção I ou parƟcipação superior a cinco por cento do capital social.
Da Estrutura Organizacional § 2º O impedimento referido no § 1º aplica-se, ainda,
quando se tratar de empresa em que ocupem ou tenham
Art. 6º Para cumprimento das suas competências legais, ocupado, em período imediatamente anterior à invesƟdura
a EBSERH apresenta a seguinte estrutura de governança: na EBSERH, cargo de gestão.

29
Subseção I § 11. Por tratar-se de um órgão colegiado, os atos do
Do Conselho de Administração Conselho de Administração dependerão de deliberação da
maioria dos presentes, tomada em reunião tomada presen-
Art. 9º O órgão de orientação superior da EBSERH é o tes, tomada em regularmente convocada e instalada.
Conselho de Administração, composto por nove membros, Art. 10. O Conselho de Administração aprovará em ato
nomeados pelo Ministro de Estado da Educação, obedecendo próprio seu Regimento Interno.
a seguinte composição: Art. 11. Compete ao Conselho de Administração:
I – três membros indicados pelo Ministro de Estado da I – fixar as orientações gerais das aƟvidades da EBSERH;
Educação, sendo que um será o Presidente do Conselho e II – examinar e aprovar, por proposta do Presidente da
outro subsƟtuto nas suas ausências e impedimentos; EBSERH, políƟcas gerais e programas de atuação a curto, mé-
II – o Presidente da Empresa, que não poderá exercer a dio e longo prazo, em harmonia com a políƟca de educação,
Presidência do Conselho, ainda queinterinamente; com a políƟca de saúde e com a políƟca econômico-financeira
III – um membro indicado pelo Ministro de Estado do do Governo Federal;
Planejamento, Orçamento e Gestão; III – aprovar o regimento interno da EBSERH e suas al-
IV – dois membros indicados pelo Ministro de Estado terações supervenientes, que deverá conter, dentre outros
da Saúde;
aspectos, a estrutura básica da empresa e os níveis de alçada
V – um representante dos empregados e respecƟvo su-
decisória da Diretoria e do Presidente, para fins de aprovação
plente, na forma da Lei nº 12.353, de 28 de dezembro de
de operações;
2010; e
VI – um membro indicado pela Associação Nacional dos IV – aprovar o orçamento e programa de invesƟmentos
Dirigentes das InsƟtuições Federais de Ensino Superior -AN- e acompanhar a sua execução;
DIFES, sendo reitor de universidade federal ou diretor de V – aprovar os contratos previstos no art. 6º da Lei
hospital universitário federal. nº 12.550, de 15 de dezembro de 2011;
§ 1º O prazo de gestão dos membros do Conselho de VI – apreciar os relatórios anuais de auditoria e as infor-
Administração será de dois anos contados a parƟr da data de mações sobre os resultados da ação da EBSERH, bem como
publicação do ato de nomeação, podendo ser reconduzidos sobre os principais projetos por esta apoiados;
por igual período. VII – autorizar a contratação de auditores independentes;
§ 2º O representante dos empregados, de que trata o VIII – opinar e submeter à aprovação do Ministro de Es-
inciso V deste arƟgo, e seu respecƟvo suplente, serão esco- tado da Fazenda, por intermédio do Ministro de Estado da
lhidos dentre os empregados aƟvos da EBSERH, pelo voto Educação:
direto de seus pares, em eleição organizada pela empresa a) o relatório de administração e as demonstrações con-
em conjunto com as enƟdades sindicais que os representem, tábeis anuais da EBSERH;
na forma da Lei nº 12.353, de 2010, e sua regulamentação. b) a proposta de desƟnação de lucros ou resultados;
§ 3º O representante dos empregados não parƟcipará c) a proposta de criação de subsidiárias; e
das discussões e deliberações sobre assuntos que envolvam d) a proposta de dissolução, cisão, fusão e incorporação
relações sindicais, remuneração, beneİcios e vantagens, in- que envolva a EBSERH.
clusive assistenciais ou de previdência complementar, hipó- IX – deliberar sobre alteração do capital e do estatuto
teses em que fica configurado o conflito de interesse, sendo social da EBSERH;
tais assuntos deliberados em reunião separada e exclusiva X – deliberar, mediante proposta da Diretoria ExecuƟva,
para tal fim. sobre:
§ 4º A invesƟdura dos membros do Conselho de Admi- a) o regulamento de licitação;
nistração far-se-á mediante assinatura em livro de termo b) o regulamento de pessoal, incluindo o regime discipli-
de posse. nar e as normas sobre apuração de responsabilidade;
§ 5º Na hipótese de recondução, o prazo de nova gestão c) o quadro de pessoal, com a indicação do total de vagas
conta-se a parƟr da data do término do prazo de gestão autorizadas; e
anterior. d) o plano de salários, beneİcios, vantagens e quaisquer
§ 6º Findo o prazo de gestão, o membro do Conselho de outras parcelas que componham a retribuição de seus em-
Administração permanecerá no exercício da função até a pregados;
invesƟdura de subsƟtuto. XI – autorizar a aquisição, alienação e a oneração de bens,
§ 7º No caso de vacância definiƟva do cargo de Conse-
imóveis e valores mobiliários;
lheiro, o subsƟtuto será nomeado pelos Conselheiros rema-
XII – autorizar a contratação de emprésƟmos no interesse
nescentes e servirá até a designação do novo representante,
da EBSERH;
exceto no caso do representante dos empregados.
§ 8º O suplente do representante dos empregados exer- XIII – designar e desƟtuir o Ɵtular da auditoria interna,
cerá suas funções apenas no caso de vacância definiƟva do após aprovação da Controladoria Geral da União; e
LEGISLAÇÃO APLICADA À EBSERH

seu Ɵtular. XIV – dirimir questões em que não haja previsão esta-
§ 9º Salvo impedimento legal, os membros do Conselho tutária,aplicando, subsidiariamente, a Lei nº 6.404, de 15 de
de Administração farão jus a honorários mensais correspon- dezembro de 1976.
dentes a dez por cento da remuneração média mensal dos Art. 12. O Conselho de Administração reunir-se-á, ordi-
Diretores da EBSERH, além do reembolso, obrigatório, das nariamente, mensalmente e, extraordinariamente, sempre
despesas de locomoção e estada necessárias ao desempe- que for convocado pelo Presidente, a seu critério, ou por
nho da função. solicitação de, pelo menos, quatro de seus membros.
§ 10. Além dos casos de morte, renúncia, desƟtuição e § 1º O Conselho somente deliberará com a presença da
outros previstos em lei, considerar-se-á vaga a função de maioria absoluta dos seus membros.
membro do Conselho de Administração que, sem causa § 2º As deliberações do Conselho serão tomadas por
formalmente jusƟficada, não comparecer a duas reuniões maioria simples de votos dos presentes, respeitado o quórum
consecuƟvas ou três alternadas, no intervalo de um ano, do § 1º, e registradas em atas, cabendo ao Presidente, além
salvo caso de força maior ou caso fortuito. do voto ordinário, o voto de qualidade.

30
Subseção II I – o Presidente da EBSERH, que o preside;
Da Diretoria ExecuƟva II – dois representantes do Ministério da Educação;
III – um representante do Ministério da Saúde;
Art. 13. A EBSERH será administrada por uma Diretoria IV – um representante dos usuários dos serviços de saúde
ExecuƟva, composta pelo Presidente e até seis Diretores, dos hospitais universitários federais, indicado pelo Conselho
todos nomeados e desƟtuíveis, a qualquer tempo, pelo Pre- Nacional de Saúde;
sidente da República, por indicação do Ministro de Estado V – um representante dos residentes em saúde dos
da Educação. hospitais universitários federais, indicado pelo conjunto de
§ 1º A invesƟdura dos membros da Diretoria far-se-á enƟdades representaƟvas;
mediante assinatura em livro de termo de posse. VI – um reitor ou diretor de hospital universitário, indi-
§ 2º O Presidente e Diretores da EBSERH serão nomeados cado pela ANDIFES; e
dentre brasileiros que saƟsfaçam os seguintes requisitos: VII – um representante dos trabalhadores dos hospitais
I – idoneidade moral e reputação ilibada; universitários federais administrados pela EBSERH, indicado
II – notórios conhecimentos na área de gestão, da aten- pela respecƟva enƟdade representaƟva.
ção hospitalar e do ensino em saúde; e § 1º Os membros do Conselho ConsulƟvo serão indica-
III – mais de dez anos de exercício de função ou de efeƟva dos bienalmente pelos respecƟvos órgãos ou enƟdades e
aƟvidade profissional que exija os conhecimentos mencio- designados pelo Ministro de Estado da Educação, sendo sua
nados no inciso anterior. invesƟdura feita mediante registro na ata da primeira reunião
Art. 14. Compete à Diretoria: de que parƟciparem.
I – administrar e dirigir os bens, serviços e negócios da § 2º A atuação de membros da sociedade civil no Conse-
EBSERH e decidir, por proposta dos responsáveis pelas res- lho ConsulƟvo não será remunerada e será considerada como
pecƟvas áreas de coordenação, sobre operações de respon- função relevante, assegurado o reembolso das despesas de
sabilidade situadas no respecƟvo nível de alçada decisória locomoção e estada necessárias ao desempenho da função.
estabelecido pelo Conselho de Administração; Art. 17. Compete ao Conselho ConsulƟvo:
II – propor e implementar as linhas orientadoras da ação I – opinar sobre as linhas gerais das políƟcas, diretrizes
da EBSERH; e estratégias da EBSERH, orientando o Conselho de Admi-
III – apreciar e submeter ao Conselho de Administração nistração e a Diretoria ExecuƟva no cumprimento de suas
o orçamento e programa de invesƟmentos da EBSERH; atribuições;
IV – deliberar sobre operações, situadas no respecƟvo II – propor linhas de ação, programas, estudos, projetos,
formas de atuação ou outras medidas, orientando para que
nível de alçada decisória estabelecido pelo Conselho de
a EBSERH aƟnja os objeƟvos para a qual foi criada;
Administração;
III – acompanhar e avaliar periodicamente o desempenho
V – autorizar a aquisição, alienação e oneração de bens
da EBSERH; e
móveis, exceto valores mobiliários, podendo estabelecer
IV – assisƟr à Diretoria e ao Conselho de Administração
normas e delegar poderes;
em suas funções, sobretudo na formulação, implementação
VI – analisar e submeter à aprovação do Conselho de
e avaliação das estratégias de ação da EBSERH.
Administração propostas de aquisição, alienação e oneração
Art. 18. O Conselho ConsulƟvo reunir-se-á ordinariamen-
de bens imóveis e valores mobiliários; te pelo menos uma vez por ano e, extraordinariamente, sem-
VII – estabelecer normas e delegar poderes, no âmbito pre que convocado pelo presidente, por sua iniciaƟva ou por
de sua competência; solicitação do Conselho de Administração, ou a pedido de
VIII – elaboraras demonstrações financeiras de encerra- um terço dos seus membros.
mento de exercício;
IX – autorizar a realização de acordos, contratos e convê- Seção III
nios que consƟtuam ônus, obrigações ou compromissos para Dos Órgãos de Fiscalização
a EBSERH, exceto os constantes do art. 6º da Lei nº 12.550,
de 15 de dezembro de 2011; Subseção I
X – pronunciar-se sobre todas as matérias que devam ser Do Conselho Fiscal
submeƟdas ao Conselho de Administração;
XI – fornecer todas e quaisquer informações solicitadas Art. 19. O Conselho Fiscal, como órgão permanente da
por conselheiro do Conselho de Administração; EBSERH, compõe-se de três membros efeƟvos e respecƟvos su-
XII – fornecer ao Conselho de Administração os recursos plentes, nomeados pelo Ministro de Estado da Educação, sendo:
necessários ao seu funcionamento; e I – um membro indicado pelo Ministro de Estado da Edu-
XIII – insƟtuir a Comissão de ÉƟca da EBSERH. cação, que exercerá a sua presidência;
Art. 15. A Diretoria reunir-se-á, ordinariamente, uma vez II – um membro indicado pelo Ministro de Estado da
por semana e, extraordinariamente, sempre que convocada Saúde; e
LEGISLAÇÃO APLICADA À EBSERH

pelo Presidente da EBSERH, deliberando com a presença da III – um membro indicado pelo Ministro de Estado daFa-
maioria de seus membros. zenda como representante do Tesouro Nacional.
§ 1º As deliberações da Diretoria serão tomadas por § 1º A invesƟdura dos membros do Conselho Fiscal far-
maioria de votos e registradas em atas, cabendo ao Presi- -se-á mediante registro na ata da primeira reunião de que
dente, além do voto ordinário, o de qualidade. parƟciparem.
§ 2º O mandato dos membros do Conselho Fiscal será
Subseção III de dois anos contados a parƟr da data de publicação do ato
Do Conselho ConsulƟvo de nomeação, podendo ser reconduzidos por igual período.
§ 3º Salvo impedimento legal, os membros do Conselho
Art. 16. O Conselho ConsulƟvo é o órgão permanente da Fiscal farão jus a honorários mensais correspondentes a dez
EBSERH que tem as finalidades de consulta, controle social e por cento da remuneração média mensal dos Diretores da
apoio à Diretoria ExecuƟva e ao Conselho de Administração, EBSERH, além do reembolso, obrigatório, das despesas de
e é consƟtuído pelos seguintes membros: locomoção e estada necessárias ao desempenho da função.

31
Art. 20. Cabe ao Conselho Fiscal: VII – elaborar e encaminhar anualmente, ou sempre que
I – fiscalizar, por qualquer de seus membros, os atos dos solicitado, ao Conselho de Administração e ao Presidente da
administradores e verificar o cumprimento dos seus deveres EBSERH, relatórios gerenciais e operacionais das auditorias
legais e estatutários; realizadas, das decisões e recomendações proferidas pelos
II – opinar sobre o relatório anual da administração e órgãos de controle interno e externo e propor medidas pre-
demonstrações financeiras do exercício social; venƟvas e correƟvas.
III – opinar sobre a modificação do capital social, planos Parágrafo único. A nomeação, designação, exoneração ou
de invesƟmento ou orçamentos de capital, transformação, dispensa do Auditor Geral, Ɵtular da Unidade de Auditoria
incorporação, fusão ou cisão; Interna será submeƟda, pelo Presidente da EBSERH, à apro-
IV – denunciar, por qualquer de seus membros, os erros, vação do Conselho de Administração, e após, à aprovação da
fraudes ou crimes que descobrirem, e sugerir providências Controladoria-Geral da União, nos termos do art. 15, § 5º,
úteis; do Decreto nº 3.591, de 6 de setembro de 2000.
V – analisar, ao menos trimestralmente, o balancete e
demais demonstrações financeiras elaboradas periodicamen- Subseção III
te pela EBSERH; e Da Organização Interna
VI – acompanhar a execução patrimonial, financeira e
orçamentária, podendo examinar livros e quaisquer outros Art. 22. A estrutura organizacional da EBSERH será es-
documentos e requisitar informações. tabelecida no organograma aprovado pelo Conselho de
§ 1º A Diretoria e o Conselho de Administração são obri- Administração, assim como o Plano de Cargos Carreiras e
gados a disponibilizar, por meio de comunicação formal, aos- Salários, Plano de Beneİcios e Plano de Cargos em Comissão
membros em exercício do Conselho Fiscal, dentro de dez dias, e Funções GraƟficadas.
cópia das atas de suas reuniões e, dentro de quinze dias de § 1º Após aprovação pelo Conselho de Administração os
sua elaboração, cópias dos balancetes e demais demonstra- Planos serão submeƟdos à aprovação do Ministério do Plane-
ções financeiras elaboradas periodicamente, bem como dos jamento, Orçamento e Gestão e do Ministério do Trabalho.
relatórios de execução do orçamento. § 2º Alterações na estrutura organizacional e as respecƟ-
§ 2º O Conselho Fiscal reunir-se-á, ordinariamente, a vas mudanças na distribuição de competências poderão ser
cada mês e, extraordinariamente, quando convocado pelo estabelecidas a qualquer tempo pelo Conselho de Adminis-
seu Presidente. tração, mediante proposta da Diretoria ExecuƟva.
§ 3º Em caso de renúncia, falecimento ou impedimento,
os membros efeƟvos do Conselho Fiscal serão subsƟtuídos CAPÍTULO III
pelos seus suplentes, até a nomeação de novo membro.
Do Corpo DireƟvo
§ 4º Além dos casos de morte, renúncia, desƟtuição e
outros previstos em lei, considerar-se-á vaga a função de
Art. 23. O corpo direƟvo da EBSERH é consƟtuído pelo
membro do Conselho Fiscal que, sem causa formalmente
Presidente e pelos Diretores que compõem a Diretoria Exe-
jusƟficada, não comparecer a duas reuniões consecuƟvas
cuƟva.
ou três alternadas, no intervalo de um ano, salvo caso de
forca maior ou caso fortuito.
Seção I
Da Presidência
Subseção II
Da Auditoria Interna
Art. 24. São estruturas de assessoria diretamente vincu-
Art. 21. O órgão de Auditoria Interna da EBSERH vincula- ladas à Presidência:
-se diretamente ao Conselho de Administração, nos termos I – a Chefia de Gabinete;
do art. 15, § 3º, do Decreto nº 3.591, de 6 de setembro de II – a Coordenadoria Jurídica;
2000 e terá suporte administraƟvo da Presidência da EBSERH, III – a Assessoria de Planejamento e Avaliação;
que proverá os meios e condições necessárias à execução IV – a Assessoria de Comunicação; e
das suas atribuições, compeƟndo-lhe: V – a Ouvidoria.
I – elaborar e submeter à aprovação do Conselho de Parágrafo único. Compete aos Assessores auxiliarem a
Administração da EBSERH o Plano Anual de AƟvidades de autoridade a que estão subordinados no exercício de suas
Auditoria Interna–PAINT, de acordo com o disposto na le- respecƟvas atribuições.
gislação; Art. 25. Ao Presidente compete:
II – elaborar o Relatório Anual de AƟvidades de Auditoria I – representar a EBSERH, em juízo ou fora dele,podendo
Interna –RAINT, e apresentar ao Conselho de Administração delegar essa atribuição, em casos específicos, e, em nome da
LEGISLAÇÃO APLICADA À EBSERH

da EBSERH, de acordo com o disposto na legislação; enƟdade, consƟtuir mandatários ou procuradores;


III – estabelecer estratégias com o objeƟvo de avaliar a II – convocar e presidir as reuniões da Diretoria;
legalidade e acompanhar os resultados da gestão orçamentá- III – coordenar o trabalho das unidades da EBSERH, po-
ria, financeira, patrimonial e de recursos humanos da matriz dendo delegar competência execuƟva e decisória e distribuir,
e unidades descentralizadas da EBSERH; entre os Diretores, a coordenação dosserviços da empresa;
IV – definir metase procedimentos para auditoria e fisca- IV – editar normas necessárias ao funcionamento dos
lização, por meio de ações prevenƟvas e correƟvas na matriz órgãos e serviços da EBSERH, bem como aprovar a regula-
e unidades descentralizadas da EBSERH; mentação do quadro de pessoal de cada Diretoria;
V – definir estratégias para a execução de Ações de Con- V – editar normas de acordo com a organização inter-
trole nas enƟdades públicas e privadas sob contrato de ges- na e a respecƟva distribuição de competências estabelecidas
tão com a matriz e unidades descentralizadas da EBSERH; pela Diretoria;
VI – examinar e emiƟr parecer quanto à Prestação de VI – admiƟr, promover, punir, dispensar e praƟcar os de-
Contas semestral da EBSERH; e mais atos compreendidos na administração de pessoal, de

32
acordo com as normas e critérios previstos em lei e apro- V – redigir, revisar e movimentar correspondências e
vados pela Diretoria, podendo delegar esta atribuição no outros documentos do Presidente;
todo ou em parte; VI – responder pela gestão interna do Gabinete da Presi-
VII – designar subsƟtutos para os membros da Diretoria, dência, garanƟndo a infraestrutura e suporte necessários ao
em seus impedimentos temporários, que não possam ser seu funcionamento, em arƟculação com as demais Assesso-
atendidos mediante redistribuição de tarefas, e, no caso de rias e Assessores da Presidência;
vaga, até o seu preenchimento; VII – acompanhar e orientar as ações e matérias de inte-
VIII – submeter, por critério de relevância matérias da Di- resse da Empresa relaƟvas a assuntos legislaƟvos; e
retoria ExecuƟva ao Conselho de Administração e apresentar, VIII – exercer outras atribuições determinadas pelo Pre-
trimestralmente, ao Conselho de Administração, relatório sidente.
das aƟvidades da EBSERH; Art. 28. Compete à Coordenadoria Jurídica:
I – assessorar juridicamente o Presidente, a Diretoria
IX – submeter a nomeação, designação, exoneração ou
ExecuƟva, o Conselho de Administração, o Conselho Fiscal
dispensa do Auditor Geral, Ɵtular da Unidade de Auditoria
e o Conselho ConsulƟvo da EBSERH;
Interna, à aprovação do Conselho de Administração, e, após,
II – responder pela advocacia prevenƟva na EBSERH,
à aprovação da Controladoria-Geral da União, nos termos do atendendo e propondo soluções jurídicas paraa empresa;
art. 15, § 5º, do Decreto nº 3.591, de 6 de setembro de 2000; III – supervisionar, bem como estabelecer as teses jurí-
X – aprovar o Código de ÉƟca da EBSERH; dicas das unidades hospitalares geridas pela Empresa, sub-
XI – emiƟr portarias e resoluções necessárias ao cum- sidiárias, escritórios, representações, dependências e filiais;
primento das metas da EBSERH e autorizar a divulgação das IV – representar a Empresa judicial e extrajudicialmente,
decisões da empresa, quando for o caso; com a outorga do Presidente, coordenando a representação
XII – consƟtuir comissões especiais temporárias, inte- aƟva e passiva da EBSERH na via judicial e administraƟva;
gradas por conselheiros ou especialistas, para realizarem V – emiƟr parecer jurídico relaƟvo à publicação de editais,
estudos de interesse da EBSERH; dispensas e inexigibilidades de licitação, bem como quanto
XIII – operacionalizar a criação de subsidiárias, escritórios, à formalização de contratos, convênios,acordos, ajustes e
representações, dependências e filiais em outras unidades da instrumentos congêneres, inclusive quanto aos aspectos de
Federação para o desenvolvimento de aƟvidades inerentes legalidade e conformidade da instrução processual;
ao seu objeto social, conforme § 1º e § 2º do arƟgo 1º da Lei VI – elaborar informações em mandado de segurança, a
nº 12.550, de 15 de dezembro de 2011, bem como exƟngui- ser assinado por autoridade competente que esƟver sendo
-las, nos termos da legislação vigente; demandada no âmbito da EBSERH;
XIV – insƟtuir instrumentos internos de controle admi- VII – analisar e emiƟr parecer jurídico referente à legali-
nistraƟvo de desempenho, aplicação dos recursos públicos dade de conclusões de relatórios de comissões de sindicância
e da guarda dos bens públicos, nos termos do art. 17, do e consequentes proposições de medidas disciplinares ou im-
Decreto nº 3.591, de 6 de setembro de 2000; putação de responsabilidade administraƟva ou civil;
VIII – acompanhar a atualização de legislação de interesse
XV – assinar conjuntamente com um diretor os contratos
da Empresa;
que a EBSERH celebrar ou em que vier a intervir e os atos
IX – examinar previamente a legalidade dos atos relaƟvos
que envolvam obrigações ou responsabilidades por parte ao direito de pessoal e assessorar a Diretoria de Gestão de
da Empresa; Pessoas;
XVI – assinar os ơtulos ou documentos emiƟdos em de- X – defender os integrantes e ex-integrantes dos Conse-
corrência de obrigações contratuais, bem como os cheques e lhos de Administração e Fiscal e da Diretoria ExecuƟva em
outras obrigações de pagamento ou delegar essa atribuição; e processos judiciais e administraƟvos contra eles instaurados
XVII – outras atribuições previstas no Estatuto e Regi- pela práƟca de atos no exercício do cargo ou função, nos ca-
mento da EBSERH. sos em que não houver incompaƟbilidade com os interesses
Parágrafo único. Na hipótese de delegação da atribuição da empresa;
referida no § 1º, os ơtulos, documentos, cheques e outras XI – exercer outras atribuições determinadas pelo Pre-
obrigações deverão conter, pelo menos, duas assinaturas. sidente.
Art. 26. Nas suas ausências e impedimentos, o Presiden- Art. 29. Compete à Assessoria de Planejamento e Ava-
te será subsƟtuído por Diretor por ele designado dentre os liação:
membros da Diretoria ExecuƟva. I – assessorar a Presidência na formulação de políƟcas e
Art. 27. Compete à Chefia de Gabinete: diretrizes insƟtucionais e na coordenação do planejamento
I – prestar assistência direta e imediata ao Presidente, no insƟtucional;
preparo, na análise e despacho do expediente; II – subsidiar e apoiar a Diretoria ExecuƟva da EBSERH
LEGISLAÇÃO APLICADA À EBSERH

II – organizar as agendas, preparar a documentação e na coordenação dos processos de planejamento estratégico,


supervisionar o secretariado das reuniões do Conselho de organizacional, avaliação e aperfeiçoamento insƟtucional;
Administração, Conselho Fiscal, Conselho ConsulƟvo e da III – formular, promover e coordenar a elaboração de
planos, programas e projetos e garanƟr seu alinhamento no
Diretoria ExecuƟva, lavrar as respecƟvas atas, controlar os
âmbito insƟtucional, setorial e governamental;
documentos perƟnentes e divulgar as decisões do colegiado;
IV – promover a melhoria das práƟcas e processos orga-
III – subsidiar, organizar e acompanhar pronunciamentos
nizacionais e a adoção de instrumentos de monitoramento
públicos da Presidência e auxiliar o Presidente na preparação do desempenho;
de documentos para apresentação em eventos internos e V – coordenar e fornecer o suporte técnico ao processo
externos à EBSERH; de avaliação do desempenho e das metas insƟtucionais;
IV – parƟcipar de grupos de trabalho, reuniões e acompa- VI – coordenar a parƟcipação da EBSERH no âmbito dos
nhamento de projetos e aƟvidades desenvolvidos no âmbito sistemas federais de planejamento, orçamento e de moder-
das Assessorias da Presidência; nização da gestão do Governo Federal;

33
VII – arƟcular e apoiar tecnicamente as ações de forta- Parágrafo único. Os diretores indicarão seus subsƟtutos
lecimento insƟtucional e estruturação de áreas e processos; legais, dentre os coordenadores subordinados, e submeterão
VIII – parƟciparda elaboração da proposta orçamentária à aprovação do Presidente da EBSERH.
anual da EBSERH; Art. 33. Compete à Diretoria de Atenção à Saúde e Gestão
IX – coordenar e elaborar o plano de ação da EBSERH; de Contratos:
X – coordenar a elaboração do Relatório de Gestão e do I – promover o alinhamento da EBSERH às políƟcas e di-
Balanço Geral da União; retrizes do Ministério da Educação e do Ministério da Saúde;
XI – assessorar a Diretoria ExecuƟva da EBSERH na defi- II – proceder a gestão dos contratos estabelecidos entre
nição dos critérios para aprovação e priorização de projetos, a EBSERH e insƟtuições federais de ensino superior e insƟ-
cooperações, convênios e instrumentos afins; tuições congêneres;
XII – coordenar o monitoramento e a avaliação dos III – promover a arƟculação com os gestores de saúde,
programas, projetos e convênios aprovados pela Diretoria no âmbito federal, estadual e municipal, de forma a desen-
ExecuƟva; volver suas ações em consonância com as políƟcas públicas
XIII – promover diagnósƟcos, estabelecer referências e de saúde e contribuir com a consolidação e aprimoramento
indicadores que permitam embasamento e melhor compre- do Sistema Únicode Saúde;
ensão do progresso das finalidades da Empresa e IV – proceder a gestão dos contratos estabelecidos entre
XIV – exercer outras atribuições determinadas pelo Pre- os hospitais universitários federais e insƟtuições congêneres
sidente. e a gestão do SUS e definir metas dedesempenho de presta-
Art. 30. Compete à Assessoria de Comunicação: ção de serviços de saúde à população;
I – elaborar e acompanhar a execução do Plano de Co- V – redefinir, em parceria com os gestores do SUS, hospi-
municação Social da EBSERH; tais universitários federais e insƟtuições congêneres, o mode-
II – planejar, coordenar e supervisionar as aƟvidades de lo de atenção à saúde e o perfil assistencial das insƟtuições,
comunicação social da Empresa, no que compete às ações de acordo com as necessidades de saúde da população e em
relacionadas com imprensa, publicidade e relações públicas; consonânciacom as políƟcas públicas de Saúde;
III – promover a divulgação da imagem, missão e ob- VI – arƟcular com as insƟtuições federais de ensino supe-
jeƟvos estratégicos da EBSERH junto ao público interno e rior e insƟtuições congêneres a formulação e implementação
externo; de políƟca de pesquisa, desenvolvimento e inovação tecno-
IV – prestar assessoramento à Direção da Empresa em lógica em consonância com as políƟcas públicas de Ciência,
assuntos relacionados à comunicação social; Tecnologia e Inovação em Saúde;
V – divulgar as informações insƟtucionais sobre a EBSERH VII – promover a arƟculação entre a atenção à saúde
na internet, por todos os meios, observando os preceitos da realizada nos hospitais universitários federais e insƟtuições
transparência administraƟva, e em arƟculação com o Mi- congêneres e a produção de conhecimento e formação de
nistério da Educação e Ministério da Saúde, observadas as recursos humanos na área da saúde;
diretrizes governamentais; VIII – apoiar a estruturação dos hospitais universitários
VI – difundir, em arƟculação com as unidades hospitalares federais e insƟtuições congêneres para o processo de cerƟ-
vinculadas, os objeƟvos e ações executadas pela Empresa; ficação como Hospital de Ensino;
VII – coordenar a elaboração da Mensagem Presidencial e IX – apoiar a insƟtucionalização da pesquisa e do proces-
VIII – exercer outras atribuições determinadas pelo Pre- so de capacitação permanente dos profissionais de acordo
sidente. com as diretrizes do SUS, em parceria com as universidades;
Art. 31. Compete à Ouvidoria: X – insƟtuir instrumentos internos de controle adminis-
I – coordenar o atendimento aos cidadãos em geral, di- traƟvo de desempenho, de aplicação dos recursos públicos
reta ou indiretamente relacionados à EBSERH, dando enca- e da guarda dos bens públicos, na sua área de atuação, nos
minhamento às reclamações, críƟcas, elogios, sugestões ou termos do art. 17, do Decreto nº 3.591, de 6 de setembro
denúncias, visando o aperfeiçoamento do modelo adminis- de 2000; e
traƟvo, das ações insƟtucionais e a constante melhoria dos XI – apoiar o Ministério da Educação no processo de cer-
processos, a qual será objeto de regulamento específico e; Ɵficação dos Hospitais de Ensino.
II – prestar informações ao público sobre a EBSERH em Art. 34. Compete à Diretoria de LogísƟca e Infraestrutura
cumprimento à Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011; Hospitalar:
§ 1º O Ɵtular da Ouvidoria da EBSERH, denominado I – planejar, coordenar e implementar os processos en-
Ouvidor-Geral, será de livre escolha do Presidente e deverá volvidos no provimento de adequadas condições de infraes-
tratar com absoluta confidencialidade as informaçõesrecebi- trutura İsica e de equipamentos, bem como de suprimento
das, interagindo com os diversos setores para o atendimento dos insumos necessários ao funcionamento da EBSERH e das
das manifestações. unidades hospitalares por ela administrados;
LEGISLAÇÃO APLICADA À EBSERH

§ 2º As ouvidorias das unidades hospitalares se repor- II – propor e implementar políƟca de gestão de infraes-
tarão ao respecƟvo diretor ou superintendente e integra- trutura İsica, tecnologias duras e insumos para os hospitais
rão um Sistema de Ouvidorias descentralizado, não sendo universitários federais e insƟtuições congêneres, orientada
subordinadas entre si, mas atuandode forma arƟculada na na ampliação e qualificação do seu parque tecnológico, in-
padronização dos processos e na unificação dos dados nacio- corporação e uso racional de insumos e novas tecnologias;
nais para a produção de relatórios estaơsƟcos e de gestão. III – arƟcular, junto às demais Diretorias da EBSERH de
forma a oƟmizar os processos de definição e aquisição de
Seção II insumos e novas tecnologias;
Das Diretorias IV – arƟcular junto ao Fundo Nacional de Desenvolvi-
mento da Educação (FNDE), Ministério da Saúde, Agência
Art. 32. As Diretorias que compõem a EBSERH elaborarão Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Inmetro e outros
seus Regulamentos próprios e o submeterão à aprovação da afins, de forma a oƟmizar os processos de definição e aqui-
Diretoria ExecuƟva. sição de insumos e novas tecnologias;

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V – submeter ao Conselho de Administração da EBSERH Art. 36. Compete à Diretoria de Gestão de Pessoas:
as propostas de implementação de infraestrutura e aquisição I – propor e gerir a PolíƟca de Gestão de Pessoas da
de insumos e novas tecnologias; EBSERH;
VI – contribuir junto às demais Diretorias na formulação e II – planejar, administrar e desenvolver a força de traba-
implementação da políƟca de recursos humanos da EBSERH lho própria (celeƟsta) e cedida (estatutária) da sede, filiais
com ênfase na área de infraestrutura, logísƟca e gestão de ou quaisquer outras unidades hospitalares da EBSERH que
tecnologias; venham a ser criadas;
VII – coordenar o processo de arƟculação para o plane- III – contribuir com todas as instâncias de gestão da EB-
jamento, a logísƟca e a manutenção de tecnologias e insu- SERH no processo de planejamento e avaliação das ações
mos junto aos hospitais universitários federais e insƟtuições e de desenvolvimento de aƟvidades inerentes à gestão de
congêneres; pessoas;
VIII – estabelecer normas técnicas e delegar poderes, no IV – arƟcular, com outras enƟdades públicas ou priva-
âmbito de suas competências; das, projetos e ações com vista à melhoria dos processos
IX – contribuir com o processo de monitoramento e ava- de gestão de pessoas;
liação da EBSERH; e V – idenƟficar e sistemaƟzar os processos de trabalho re-
X – insƟtuir instrumentos internos de controle adminis- lacionados à gestão de pessoas, no âmbito do funcionamento
traƟvo de desempenho, de aplicação dos recursos públicos da sede, filiais ou quaisquer outras unidades da EBSERH que
e da guarda dos bens públicos, na sua área de atuação, nos venham a ser criadas;
termos do art. 17, do Decreto nº 3.591, de 6 de setembro VI – elaborar estudos para dimensionar, em consonância
de 2000. com os processos de trabalho, as necessidades quanƟtaƟvas
Art. 35. Compete à Diretoria AdministraƟva e Financeira: e qualitaƟvas de recursos humanos para a sede, filiais ou
I – planejar, coordenar, gerenciar e implementar as po- quaisquer outras unidades da EBSERH que venham a ser
líƟcas de gestão administraƟva, orçamentária, financeira e criadas;
contábil no âmbito da EBSERH e das unidades hospitalares VII – formular, propor e implementar políƟca de contra-
por ela administrados; tação de recursos humanos para a sede, filiais ou quaisquer
II – planejar e arƟcular as diretrizes administraƟvas en- outras unidades da EBSERH que venham a ser criadas, por
tre a EBSERH, hospitais universitários federais e insƟtuições meio da elaboração de editais de concurso público, realiza-
congêneres, garanƟndo as condições de cumprimento de ção de processos seleƟvos e divulgação de seus resultados;
sua missão insƟtucional; VIII – elaborar, propor e monitorar a aplicação do Plano
III – definir as políƟcas de gestão administraƟva, orça- de Cargos, Carreirase Salários; do Plano Beneİcios e do Plano
mentária,financeira e contábil no âmbito da EBSERH e das de Cargos em Comissão e Funções GraƟficadas da EBSERH
unidades hospitalares por ela administrados; para a sede, filiais ou quaisquer outras unidades da EBSERH;
IV – planejar, junto às demais Diretorias, monitorar a IX – formular, propor e implementar políƟca de forma-
execução e acompanhar o desempenho do orçamento da ção, capacitação e avaliação de recursos humanos para a
Empresa, subsidiando o Presidente, o Conselho de Adminis- sede, filiais ou quaisquer outras unidades da EBSERH, em
tração e o Conselho Fiscal com as informações necessárias consonância com o Planejamento Estratégico da InsƟtuição;
para a tomada de decisões; X – estabelecer processos e promover eventos e meios de
V – elaborar o orçamento da Empresa de acordo com o integração entre a sede, filiais ou quaisquer outras unidades
planejamento plurianual pré-estabelecido; da EBSERH que venham a ser criadas;
VI – realizar o gerenciamento financeiro, cuidando para XI – promover a integração, por meio de programas, tan-
a saúde financeira da EBSERH; to para os novos empregados como para os servidores dos
VII – realizar o registro e gerenciamento contábil da Em- demais regimes, lotados na sede, filiais ouquaisquer outras
presa, de forma a possibilitar a transparência dos resultados unidades da EBSERH que venham a ser criadas;
insƟtucionais; XII – estabelecer metodologia e monitorar a implantação
VIII – acompanhar os custos hospitalares de cada unidade do processo de avaliação de desempenho para os emprega-
produƟva da EBSERH, cuidando para a maior eficiência douso dos da sede, filiais ou quaisquer outras unidades da EBSERH
dos recursos financeiros; que venham a ser criadas;
IX – estabelecer metodologias, fluxos e diretrizes de ge- XIII – estabelecer metodologia e monitorar a implanta-
renciamento de compras e aquisições de bens e contratação ção do processo de avaliação de estágio probatório para os
de serviços necessários para subsidiar o funcionamento da empregados da sede, filiais ou quaisquer outras unidades da
EBSERH e das unidades hospitalares por ela administrados; EBSERH que venham a ser criadas;
LEGISLAÇÃO APLICADA À EBSERH

X – elaborar, gerenciar e estabelecer normaƟzações e XIV – divulgar as normas, os procedimentos e os docu-


metodologias de controle de contratos, serviços e recursos mentos técnicos relacionados à políƟca de recursos humanos
no âmbito da EBSERH e das unidades hospitalares por ela da EBSERH;
administrados, zelando pelo seu cumprimento integral; XV – promover a disseminação de informações sobre
XI – gerenciar o patrimônio da Empresa, inventariando direitos e deveres dos empregados da EBSERH;
e zelando pela manutenção de seus bens; XVI – coordenar e monitorar a implementação das ações
XII – implementar a políƟca organizacional definida pelas de Segurança e Medicina do Trabalho no âmbito da sede,
instâncias competentes da EBSERH; e filiais ou quaisquer outras unidades da EBSERH que venham
XIII – insƟtuir instrumentos internos de controle adminis- a ser criadas;
traƟvo de desempenho, de aplicação dos recursos públicos XVII – arƟcular juntamente com representantes de ór-
e da guarda dos bens públicos, na sua área de atuação, nos gãos de classe e sindicais, de forma a dar consecução às
termos do art. 17, do Decreto nº 3.591, de 6 de setembro suas atribuições;
de 2000. XVIII – negociar acordos coleƟvos de trabaIho; e

35
XIX – insƟtuir instrumentos internos de controle adminis- Art. 40. Em sendo encaminhada matéria fora do prazo
traƟvo de desempenho, de aplicação dos recursos públicos previsto no art. 38, caberá ao respecƟvo Conselho decidir
e da guarda dos bens públicos, na sua área de atuação, nos pela sua deliberação em extra-pauta.
termos do art. 17, do Decreto nº 3.591, de 6 de setembro Art. 41. As reuniões ordinárias dos Conselhos serão rea-
de 2000. lizadas conforme calendário aprovado por estes em reunião,
Art. 37. Compete à Diretoria de Gestão de Processos e em data previamente fixada, podendo vir a ser alterado, com
Tecnologia da Informação: a aprovação dos respecƟvos;
I – coordenar a implantação e o desenvolvimento per- Art. 42. O Conselho de Administração reunir-se-á, ordi-
manente de modelos de gestão padronizados e unificados, nariamente, mensalmente e, extraordinariamente, sempre
com foco no processo assistencial e de formação de recursos que for convocado pelo Presidente, a seu critério, ou por
humanos para a saúde; solicitação de, pelo menos, quatro de seus membros.
II – coordenar o desenvolvimento e implantação de sis- § 1º O Conselho somente deliberará com a presença da
temas de informação para apoiar estes modelos de gestão, maioria absoluta dos seus membros.
nas unidades hospitalares administradas pela EBSERH; § 2º As deliberações do Conselho serão tomadas por
III – coordenar, planejar, implementar e avaliar os fluxos
maioria simples de votos dos presentes, respeitado o quórum
e processos assistenciais e administraƟvos da EBSERH e das
do § 1º, e registradas em atas, cabendo ao Presidente, além
unidades hospitalares vinculadas;
do voto ordinário, o voto de qualidade.
IV – desenvolver, em conjunto com as demais Diretorias,
§ 3º A proposta de alteração deste Regimento Interno
e implementar procedimentos operacionais padrão para a
EBSERH e unidades hospitalares vinculadas que auxiliem na deverá ser aprovada em reunião do Conselho de Adminis-
gestão e monitoramento das ações permiƟndo um controle tração instalada com a presença da maioria dos membros.
interno prévio e efeƟvo;
V – monitorar e avaliar os indicadores e metas de desem- Subseção I
penho dos contratos deprestação de serviços firmados entre Das Reuniões da Diretoria ExecuƟva
a EBSERH e as universidades e insƟtuições congêneres, em
parceria com as demais diretorias; Art. 43. As reuniões da Diretoria ExecuƟva ocorrerão, or-
VI – monitorar e avaliar os indicadores de desempenho dinariamente, a cada semana e extraordinariamente, sempre
dos contratos de prestação de serviços de saúde firmados que convocadas pelo Presidente.
entre os hospitais e os gestores do SUS; § 1º O Presidente poderá alterar a data da reunião com
VII – coordenar, planejar, desenvolver ou contratar siste- a comunicação prévia aos membros da Diretoria.
mas de informação, em discussão conjunta com as demais § 2º Em caso de ausências e eventuais impedimentos,
diretorias, que auxiliem na avaliação e implementação dos parƟciparão da reunião, com direito a voto, seus subsƟtutos.
fluxos e processos de trabalhos da EBSERH;
VIII – planejar, implementar e avaliar os aplicaƟvos de CAPÍTULO IV
gestão e sistemas de informação a serem uƟlizados pelas Do Contrato de Adesão com a Ebserh
unidades hospitalares;
IX – promover a integração dos dados das unidades hos- Art. 44. As insƟtuições federais de ensino ou insƟtuições
pitalares com o sistema de informações da EBSERH; congêneres aderirão à EBSERH por meio de Termo de Adesão
X – promover a integração dos sistemas de informações e Contrato.
da EBSERH com os sistemas de informação congêneres da § 1º O Termo de Adesão é o instrumento pelo qual a ins-
Esfera Federal para a qualificação dos sistemas internos; Ɵtuição federal de ensino ou insƟtuição congênere assume o
XI – planejar e implementar a segurança da logísƟca İ- compromisso de adesão ao projeto da EBSERH e lhe concede
sica de equipamentos e tecnologias das redes e sistemas de plenos poderes para a realização de diagnosƟco situacional
informação da EBSERH; do hospital, que precederá o estabelecimento do contrato.
XII – realizara gestão da informação no âmbito da EB- § 2º O contrato disposto no caput deste arƟgo conterá,
SERH; entre outras:
XIII – elaborar e implementar o Plano Diretor de Tecno- I – as obrigações dos signatários;
logia da Informação e;
II – as metas de desempenho, indicadores e prazos de
XIV – insƟtuir instrumentos internos de controle adminis-
execução;
traƟvo de desempenho, de aplicação dos recursos públicos e
III – a respecƟva sistemáƟca de acompanhamento e ava-
da guarda dos bens públicos, na sua área de atuação, nos
liação, contendo critérios e parâmetros a serem aplicados;
termos do art. 17, do Decreto nº 3.591, de 6 de setembro
IV – a previsão de que a avaliação de resultados obƟdos,
LEGISLAÇÃO APLICADA À EBSERH

de 2000.
no cumprimento de metas de desempenho e observância
Seção III de prazos pelas unidades da EBSERH, será usada para o apri-
Das Reuniões dos Conselhos moramento de pessoal e melhorias estratégicas na atuação
perante a população e as insƟtuições federais de ensino ou
Art. 38. A inclusão de matérias na pauta da reunião or- insƟtuições congêneres, visando ao melhor aproveitamento
dinária dos Conselhos de Administração, do Conselho Fiscal dos recursos desƟnados à EBSERH e;
e do Conselho ConsulƟvo serão solicitadas à Chefia de Ga- V – mecanismos de controle social;
binete do Presidente até 72h (setenta e duas horas) antes § 3º O contrato será proposto pela Diretoria ExecuƟva e
do dia de realização das reuniões. aprovado pelo Conselho de Administração.
Art. 39. A pauta das reuniões será divulgada pela Chefia Art. 45. Ao contrato firmado será dada ampla divulgação
de Gabinete aos demais Diretores e membros dos Conselhos por intermédio dos síƟos da EBSERH e da enƟdade contra-
até 5 (cinco) dias úteis antes do dia de realização das reuniões. tante na internet.

36
Seção I Parágrafo único. As formas e requisitos para ingresso
Da Estrutura de Governança das Unidades Hospitalares na Empresa, a políƟca do desenvolvimento na carreira, a
Administradas pela EBSERH estratégia de remuneração e a políƟca de concessão dos
beneİcios sociais a serem concedidos aos empregados serão
Art. 46. As unidades hospitalares administradas pela EB- disciplinadas pelos Planos de Cargos, Carreiras e Salários; de
SERH em decorrência dos contratos previstos pelo Art. 6º da Beneİcios; de Cargos em Comissão e Funções GraƟficadas e
Lei nº 12.550, de 15 de dezembro de 2011 contarão com uma pelo Regulamento de Pessoal da EBSERH.
estrutura de governança consƟtuída pela seguinte instância: Art. 49. Os empregados temporários contratados na for-
I – Um Colegiado ExecuƟvo composto: ma dos arts.11, § 1º e § 2º e 12 da Lei nº 12.550, de 15 de
a) pelo Superintendente do hospital; dezembro de 2011 não farão parte do quadro de pessoal
b) pelo Gerente de Atenção à Saúde; próprio da EBSERH e de seus escritórios, representações,
c) pelo Gerente AdministraƟvo; e dependências, filiais e subsidiárias e, não poderão integrar
d) pelo Gerente de Ensino e Pesquisa, quando se tratar o Plano de Cargos, Carreiras e Salários da Empresa.
de hospitais universitários ou de ensino. Art. 50. No âmbito da EBSERH, são vedadas as nomea-
§ 1º Os cargos de Superintendente e de Gerentes serão ções, contratações ou designações de cônjuge, companheiro
de livre nomeação; ou parente em linha reta ou colateral, por consanguinida-
§ 2º O Superintendente, no caso dos Hospitais Univer- de ou afinidade, até 3º (terceiro) grau, dos membros dos
sitários, será selecionado pelo Reitor preferencialmente no
conselhos, da diretoria execuƟva e ocupantes de cargos de
quadro permanente da universidade contratante da EBSERH,
livre provimento, salvo de servidor do quadro de pessoal
obedecendo a critérios estabelecidos de Ɵtulação acadêmi-
da EBSERH na forma do art. 10 da Lei 12.550, de 15 de de-
ca e comprovada experiência em gestão pública na área de
zembro de 2011.
saúde, definidos em conjunto entre a Reitoria e a Empresa,
nos termos do art. 6º da Lei nº 12.550, de 15 de dezembro
de 2011. CAPÍTULO VI
§ 3º As Gerências serão ocupadas por pessoas selecio- Disposições Finais e Transitórias
nadas por um comitê composto por membros da Diretoria
ExecuƟva da EBSERH e o Superintendente selecionado para Art. 51. Todos os órgãos que integram a EBSERH deverão
a respecƟva unidade hospitalar, a parƟr de análise curricular manter colaboração recíproca e intercâmbio de informações,
que comprove qualificação para o atendimento das compe- a fim de permiƟr, da melhor forma, a consecução dos obje-
tências específicas de cada Gerência. Ɵvos da empresa.
§ 4º O modelo de estrutura de governança poderá ser Art. 52. Os casos omissos e as dúvidas referentes à apli-
redesenhado, em se tratando de complexo hospitalar ou de cação desse Regimento Interno, não solucionadas no âmbito
alguma excepcionalidade detectada das unidades hospita- da Diretoria ExecuƟva, serão dirimidas pela Presidência.
lares, mediante aprovação do Conselho de Administração. Art. 53. As regulamentações previstas neste Regimento
Art. 47. Ao Colegiado ExecuƟvo das unidades hospita- deverão sereditadas no prazo de até 180 dias contados a
lares compete: parƟr da sua publicação.
I – propor, implementar e avaliar o planejamento de aƟvi- Art. 54. O presente Regimento Interno entra em vigor na
dades de assistência, ensino e pesquisa a serem desenvolvi- data da publicaçãodo seu extrato no Diário Oficial da União e
das no âmbito do hospital, em consonância com as diretrizes será disponibilizado, na íntegra, na página oficial da EBSERH.
estabelecidas pela EBSERH, as orientações da universidade
à qual o hospital esƟver vinculado e às políƟcas de saúde e
educação do país;
II – garanƟr a execução das diretrizes da EBSERH e o cum-
primento dos contratos firmados;
III – elaborar, implementar, monitorar e avaliar o Plano
Diretor da unidade hospitalar;
IV – estabelecer normas e delegar poderes, no âmbito
de sua competência;
V – intermediar o relacionamento da unidade hospitalar
com a universidade e com a EBSERH;
VI – fornecer todas e quaisquer informações requeridas
LEGISLAÇÃO APLICADA À EBSERH

pela Diretoria ExecuƟva da EBSERH; e


VII – insƟtuir as respecƟvas Comissões de ÉƟca, nos ter-
mos da legislação vigente.

CAPÍTULO V
Do Pessoal

Art. 48. Integram o quadro de pessoal da sede da EBSERH


os ocupantes dos cargos de Presidente e Diretor estabeleci-
dos no Estatuto da Empresa; os cargos ou funções graƟfica-
das; os empregados públicos admiƟdos na forma do art. 10
da Lei nº 12.550, de 15 de dezembro de 2011 e os servidores
públicos requisitados de outros órgãos.

37
EBSERH

SUMÁRIO

Legislação Aplicada ao SUS


Evolução histórica da organização do sistema de saúde no Brasil e a construção do Sistema Único de Saúde
(SUS) – princípios, diretrizes e arcabouço legal .....................................................................................................................5

Controle social no SUS ..........................................................................................................................................................27

Resolução nº 333/2003, do Conselho Nacional de Saúde ...................................................................................................63

ConsƟtuição Federal, arƟgos de 194 a 200 ............................................................................................................................3

Lei Orgânica da Saúde – Lei nº 8.080/1990, Lei nº 8.142/1990 e Decreto Presidencial nº 7.508, de 28 de junho
de 2011 ..................................................................................................................................................................... 14/28/29

Determinantes sociais da saúde ...........................................................................................................................................12

Sistemas de informação em saúde .......................................................................................................................................38


LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS
Érico Valverde de Souza

CONSTITUIÇÃO FEDERAL ͵ 1988 Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado,
garanƟdo mediante políƟcas sociais e econômicas
Antes de comentarmos os arƟgos e incisos da ConsƟtui- que visem à redução do risco de doença e de outros
ção, que começaram a tornar o SUS uma realidade para a agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e
sociedade, precisamos nos lembrar de um importante evento serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
que aconteceu no ano de 1986, na capital federal, VIII Confe- (Grifo nosso)
rência Nacional de Saúde. Esta conferência trouxe os pilares
do novo sistema de saúde brasileiro que futuramente seria Este arƟgo da ConsƟtuição traz as principais caracte-
chamado de SUS. Este evento marcante para a Saúde Públi- rísƟcas do sistema de saúde que surgia. A universalidade,
ca brasileira lançou as bases do que encontramos na Carta como o próprio nome já diz, todos têm direito de acesso ao
Magna brasileira e trouxe à tona conceitos importanơssimos: sistema de saúde, sejam cidadãos comuns, desemprega-
• um amplo conceito de saúde; dos, índios, presidiários, pessoas carentes e podemos citar
• a saúde como direito de todos e dever do Estado;
também estrangeiros que se encontrem dentro do espaço
• a criação de um sistema único de saúde.
territorial brasileiro, todos têm direito de acesso a esse
Podemos citar, com certeza, que este evento pode ser sistema de saúde e o estado tem o dever de garanƟr esse
considerado como pré-consƟtuinte, pois definiu os princípios acesso. Entendemos esse como sendo um grande avanço
basilares deste sistema único de saúde, que são: universa- desse sistema, pois, antes dele, apenas os trabalhadores
lidade, integralidade, descentralização e parƟcipação da de carteira assinada, “fichados”, poderiam ter acesso ao
comunidade, estes se encontram descritos na ConsƟtuição sistema de saúde.
Federal. O segundo ponto é a igualdade, todos têm direito de
Avaliando a história da construção deste sistema de igual acesso a esse serviço e ações de saúde. É importante
saúde, temos de lembrar que neste espaço entre a VIII Confe- salientar neste momento a diferença existente entre dois
rência de Saúde e a promulgação da ConsƟtuição Federal tem termos muito próximos, porém diferentes: a igualdade,
um espaço de tempo, no qual Ɵvemos alguns avanços, como citada anteriormente, e a equidade.
a implantação do Sistema Unificado e Descentralizado de Equidade é um princípio de JusƟça Social, objeƟvando
Saúde (SUDS) e mais tarde tem-se a incorporação do Inamps assim a diminuição das desigualdades. Podemos também
ao Ministério da Saúde. O Inamps teve como caracterísƟca dizer assim: “Tratar de forma desigual os desiguais, para
principal a centralização, e representava um entrave para a aƟngir a igualdade”, pois as pessoas apresentam carências
consolidação do novo sistema de saúde. Essa caracterísƟca diversas e disƟntas e dessa forma devem ser tratadas dife-
era a marca maior do anƟgo sistema de saúde brasileiro. renciadamente.
A parƟr dessas explicações podemos, então, delimitar os
três princípios doutrinários do SUS, que são de fundamental
importância em nosso estudo:

• Universalidade – todos têm direito à saúde.


• Equidade – Princípio de JusƟça Social.
• Integralidade – Promoção, Proteção e Recuperação.

ConsƟtuição Federal de 1988


LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

Art. 194. A seguridade social compreende um con-


junto de ações de iniciaƟva dos Poderes Públicos e da
sociedade, desƟnadas a assegurar os direitos relaƟ-
vos à saúde, à previdência social e à assistência social.

Observando-se a história do nosso país, podemos perce-


ber que a evolução da saúde aconteceu concomitantemente
com os avanços dos direitos sociais e direitos trabalhistas, os
maiores avanços ocorreram no governo de Getúlio Vargas.
No texto consƟtucional, a saúde foi incorporada no con- Daqui por diante, veremos outros princípios do SUS,
texto da seguridade social, juntamente com a Previdência conhecidos como OrganizaƟvos, ou Operacionais ou Orga-
Social e a Assistência Social. nizacionais.

3
Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços Saúde da Família – NASF, Estratégia Saúde Bucal e Programa
de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos ter- Saúde Escolar. Tais programas pertencem à atenção básica,
mos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e porém devem ter caráter integral, atender à população nas
controle, devendo sua execução ser feita diretamente suas respecƟvas demandas em saúde, por isso o texto da lei
ou através de terceiros e, também, por pessoa İsica cita: sem prejuízo dos serviços assistenciais.
ou jurídica de direito privado. A parƟcipação da comunidade também pode ser cha-
mada de Controle Social. Os detalhes deste quesito serão
Neste ponto, expressa-se a necessidade de mais especi- abordados na Lei nº 8.142/1990.
ficações para poder reger todo esse sistema, tais especifica- Temos que ressaltar que a parƟcipação da comunidade
ções surgiram com as normas complementares à ConsƟtuição (Controle Social) foi referida pela primeira vez na ConsƟtui-
Federal. A Lei Orgânica da Saúde, por exemplo, composta ção Federal e posteriormente regulamentada pela Lei nº
pela Lei nº 8.080/1990, e Lei nº 8.142/1990, regulamentam 8.142/1990.
o funcionamento do SUS e a parƟcipação social. Na conƟnuação deste arƟgo existe a definição do finan-
ciamento da saúde, a responsabilidade dos Estados, Muni-
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde in- cípios e Distrito Federal. Tal tema foi discuƟdo no texto da
tegram uma rede regionalizada e hierarquizada e Emenda ConsƟtucional nº 29/2000 e na Lei Complementar nº
consƟtuem um sistema único, organizado de acordo 141/2012, pois estas normaƟzações deverão ser atualizadas
com as seguintes diretrizes: a cada 5 anos em conformidade com o texto da lei.
I – descentralização, com direção única em cada
esfera de governo; Art. 198. [...]
II – atendimento integral, com a prioridade para as § 1º O sistema único de saúde será financiado, nos
aƟvidades prevenƟvas, sem prejuízo dos serviços termos do art. 195, com recursos do orçamento da
assistenciais; seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito
III – parƟcipação da comunidade. (Grifo nosso) Federal e dos Municípios, além de outras fontes.
(Parágrafo único renumerado para § 1º pela Emenda
Este arƟgo apresenta os demais princípios do SUS, que ConsƟtucional nº 29, de 2000)
serão chamados de Organizacionais. A Lei Orgânica da Saúde § 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Mu-
irá dar mais detalhes, mais especificações a respeito de cada nicípios aplicarão, anualmente, em ações e serviços
um destes princípios relatados acima. públicos de saúde recursos mínimos derivados da
aplicação de percentuais calculados sobre: (Incluído
pela Emenda ConsƟtucional nº 29, de 2000)
I – no caso da União, na forma definida nos termos
da lei complementar prevista no § 3º; (Incluído pela
Emenda ConsƟtucional nº 29, de 2000)
II – no caso dos Estados e do Distrito Federal, o pro-
duto da arrecadação dos impostos a que se refere o
art. 155 e dos recursos de que tratam os arts. 157 e
159, inciso I, alínea a, e inciso II, deduzidas as parcelas
que forem transferidas aos respecƟvos Municípios;
(Incluído pela Emenda ConsƟtucional nº 29, de 2000)
III – no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o
produto da arrecadação dos impostos a que se refere
o art. 156 e dos recursos de que tratam os arts. 158
De modo resumido, podemos dizer que a rede de atendi- e 159, inciso I, alínea b e § 3º. (Incluído pela Emenda
mento à comunidade será regionalizada, ou seja, funcionará ConsƟtucional nº 29, de 2000)
com base em uma região, espaço territorial, que será dividida § 3º Lei complementar, que será reavaliada pelo
ou estabelecida, dentre outros fatores, de acordo com níveis menos a cada cinco anos, estabelecerá: (Incluído pela
de complexidade (hierarquizada), que assisƟrá à população Emenda ConsƟtucional nº 29, de 2000)
em todos os níveis de atenção à saúde, desde a atenção I – os percentuais de que trata o § 2º; (Incluído pela
básica até serviços de maior complexidade tecnológica. Emenda ConsƟtucional nº 29, de 2000)
A descentralização, quando citada, refere-se a uma II – os critérios de rateio dos recursos da União vin-
maior autonomia do município para a tomada de decisões culados à saúde desƟnados aos Estados, ao Distrito
a respeito do sistema de saúde local. A ferramenta uƟlizada Federal e aos Municípios, e dos Estados desƟnados a
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

pelas normas jurídicas estabelecidas foi a municipalização, seus respecƟvos Municípios, objeƟvando a progressi-
não deixando de falar a respeito do comando ou direção va redução das disparidades regionais; (Incluído pela
única que se trata das Secretarias Estaduais e Municipais e Emenda ConsƟtucional nº 29, de 2000)
do Ministério da saúde, cada uma na sua respecƟva esfera III – as normas de fiscalização, avaliação e controle
de governo. das despesas com saúde nas esferas federal, estadual,
O atendimento integral, como o próprio arƟgo nos fala, distrital e municipal; (Incluído pela Emenda ConsƟtu-
refere-se aos atendimentos prestados pela Rede de Assistên- cional nº 29, de 2000)
cia à Saúde (RAS), que deverá priorizar aƟvidades prevenƟ- IV – as normas de cálculo do montante a ser aplicado
vas, ou seja, um trabalho focado na Atenção Básica à Saúde pela União. (Incluído pela Emenda ConsƟtucional nº
ou Atenção Primária à Saúde, representadas pelo Estratégia 29, de 2000)
Saúde da Família, Programa de Agentes Comunitários de § 4º Os gestores locais do sistema único de saúde
Saúde e programas auxiliares como o Núcleo de Apoio à poderão admiƟr agentes comunitários de saúde e

4
agentes de combate às endemias por meio de pro- VII – parƟcipar do controle e fiscalização da produ-
cesso seleƟvo público, de acordo com a natureza ção, transporte, guarda e uƟlização de substâncias e
e complexidade de suas atribuições e requisitos produtos psicoaƟvos, tóxicos e radioaƟvos;
específicos para sua atuação. (Incluído pela Emenda VIII – colaborar na proteção do meio ambiente, nele
ConsƟtucional nº 51, de 2006) compreendido o do trabalho.
§ 5º Lei federal disporá sobre o regime jurídico e a
regulamentação das aƟvidades de agente comuni- EVOLUÇÃO DAS POLÍTICAS DE SAÚDE NO
tário de saúde e agente de combate às endemias. BRASIL
(Incluído pela Emenda ConsƟtucional nº 51, de 2006)
(Vide Medida provisória nº 297, de 2006) Para entender o Sistema de Saúde no Brasil, faz-se ne-
§ 6º Além das hipóteses previstas no § 1º do art. cessário olhar para todo o contexto histórico no qual está
41 e no § 4º do art. 169 da ConsƟtuição Federal, inserido. Nesse senƟdo, existe a necessidade de entrar a
o servidor que exerça funções equivalentes às de fundo nos movimentos e eventos, que levaram ao surgimen-
agente comunitário de saúde ou de agente de com- to do SUS. Analisaremos, a seguir, a história em etapas para
bate às endemias poderá perder o cargo em caso de facilitar o entendimento da evolução do SUS.
descumprimento dos requisitos específicos, fixados
em lei, para o seu exercício. (Incluído pela Emenda Período Colonial
ConsƟtucional nº 51, de 2006)
Segundo Kawamoto (1995),
O art. 199 diz: a assistência à saúde é livre à iniciaƟva
privada: a maioria da população uƟlizava a medicina popular
• parƟcipação de forma complementar; (uma mistura de cultura indígena, jesuíƟca e africa-
• contrato de direito público ou convênio; na) e apenas os senhores rurais Ɵnham acesso aos
• preferências; enƟdades filantrópicas e/ou sem fins profissionais da medicina.
lucraƟvos;
• vedada a desƟnação de recursos públicos para Com essa citação pode-se visualizar a situação neste
auxílios ou subvenções a insƟtuições privadas, período histórico, o povo brasileiro estava se formando
• vedada a parƟcipação direta ou indireta de em- por meio da mistura de culturas recém-chegadas ao nosso
presas de capitais estrangeiros na assistência à território: os portugueses que tentavam implantar os mo-
saúde, salvo nos casos previstos em lei. delos do sistema de saúde insƟtuídos em Portugal (porém,
a preocupação principal era com a infraestrutura que deveria
Esse arƟgo delimita a regra geral para que a iniciaƟva ser criada para possibilitar o crescimento), os africanos que
privada possa parƟcipar do sistema de saúde pública. Per- chegavam ao Brasil como mão de obra e traziam consigo
ceba que o caput do arƟgo está escrito que: A assistência a sua cultura e seus conhecimentos e os Índios que já se
à saúde é livre à iniciaƟva privada, ou seja, qualquer um, encontravam aqui, e conheciam muitas plantas medicinais,
desde que tenha habilitação para isso, poderá montar um podemos também citar os Religiosos que também chegaram
consultório, ou clínica, ou até mesmo um hospital e atender com finalidade de “catequizar” os índios e dar atendimentos
a população, desde que o estabelecimento siga as normas em saúde aos mais necessitados.
ditadas pelo SUS. As ações de saúde começaram a ser realizadas então
por pessoas conhecidas como İsicos-mor, cirurgiões mor, de
Nos demais incisos, já existe delimitação maior quanto
origem lusitana, além dos profissionais conhecidos como bo-
à parƟcipação no SUS, que representa a rede pública de
Ɵcários e curadores, estes de origem africana e/ou indígena.
saúde, deixando claro que a parƟcipação será complementar,
A influência do Estado era praƟcamente nula.
baseada em um contrato ou convênio, no qual prevaleça o
direito público sobre o privado, e deixa clara a preferência 1521 – D. Manoel baixa o Regimento do Físico-Mor
por insƟtuições filantrópicas e sem fins lucraƟvos. e do Cirurgião-Mor do Reino, e insƟtuindo os Comis-
Fica proibida a parƟcipação de capital estrangeiro e sários-Delegados nas Províncias, inclusive no Brasil.1
também o auxílio para insƟtuições privadas.
Nesse contexto histórico e social, surgem as Santas Casas
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de Misericórdia, justamente para dar aos mais necessitados
de outras atribuições, nos termos da lei: atendimentos médicos e cuidados em enfermagem. Segundo
I – controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e Filho (2008),
substâncias de interesse para a saúde e parƟcipar
da produção de medicamentos, equipamentos, a primeira foi fundada na vila de Santos, em 1543,
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos; seguida pelas do Espírito Santo, da Bahia, do Rio de
II – executar as ações de vigilância sanitária e epide- Janeiro e da Vila de São Paulo, ainda no século XVI.
miológica, bem como as de saúde do trabalhador; Todas foram financiadas por doações feitas pelas
III – ordenar a formação de recursos humanos na elites regionais e por verbas públicas.
área de saúde;
IV – parƟcipar da formulação da políƟca e da exe- Gostaria de lembrar que não havia um conhecimento
cução das ações de saneamento básico; cienơfico muito amplo e claro, sendo bastante arcaicas as
V – incrementar em sua área de atuação o desenvol- técnicas uƟlizadas pelos profissionais existentes. Não se
vimento cienơfico e tecnológico; Ɵnha um conhecimento a respeito da causa das doenças
VI – fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido e uma das explicações mais aceitas era a denominada de
o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas 1
Disponível de: hƩp://www.funasa.gov.br/site/museu-da-funasa/cronologia-his-
e águas para consumo humano; torica-da-saude-publica/ (Acesso em 30/1/2013).

5
Teoria dos Miasmas: “maus ares” (FILHO, 2008) ou “ares neste período iniciam-se as políƟcas de saúde. De acordo
corrompidos” (KAWAMOTO, 1995), supostamente nocivos, com Melo,
sendo estes a causa do aparecimento das doenças. Nesta
época já havia relatos de surtos epidêmicos de varíola, febre estas campanhas, entretanto, não chegaram ainda a
amarela e cólera. se consƟtuir uma políƟca nacional de saúde pública
Dados históricos importantes: porque terminaram assumindo um caráter apenas
• 1808 – Criada a Faculdade de Medicina da Bahia: local (restrito a uma pequena área geográfica), cura-
vinda da família real ao Brasil (Saldanha, 2011). Nesta Ɵva e também eventual.
mesma época, começa a se desenvolver o órgão que
faria o trabalho do Serviço de Saúde dos Portos, com Apesar disto, tais ações têm sua relevância comprovada,
a insƟtuição de autoridades responsáveis em cada pois indicaram a necessidade de melhorar esse sistema
estado. por meio da criação de outras insƟtuições para promovera
• 1828 – Após a Independência, foi promulgada, em prevenção de doenças, considerado como primeiro nível
30 de agosto, a lei de Municipalização dos Serviços de atenção.
de Saúde, que conferiu às Juntas Municipais, então Alguns nomes importantes da época foram Oswaldo
criadas, as funções exercidas anteriormente pelo Cruz, Emílio Ribas, Vital Brasil e Carlos Chagas (este médico
Físico-Mor, Cirurgião-Mor e seus Delegados. No mesmo sanitarista que descobriu o protozoário Tripanossama Cruzi,
ano, ocorreu a criação da Inspeção de Saúde Pública causador da doença que recebeu o nome dele: Doença de
do Porto do Rio de Janeiro, subordinada ao Senado Chagas). Esses Sanitaristas contribuíram para um desenvol-
da Câmara, sendo em 1833, duplicado o número dos vimento da saúde pública no Brasil e incrementando o que
integrantes.2 podemos chamar de PolíƟcas Públicas de Saúde.
Alguns dados históricos:
Período Republicano – República Velha • 1899 – InsƟtuto Soroterápico de Manguinhos – RJ –
(1889-1930) atualmente Fundação Oswaldo Cruz.
• 1902 a 1904 – Oswaldo Cruz assume a Diretoria Geral
Neste momento, temos de citar alguns personagens his- de Saúde Pública, e começa a trabalhar fortemente
tóricos que Ɵveram um papel de fundamental importância, no combate às doenças que acomeƟam a população,
difundindo conhecimentos cienơficos que revolucionaram porém ele uƟlizou daquilo que podemos chamar de
a medicina: “poder de polícia” ou de um militarismo para cumprir
1. Louis Pasteur (1822-1895): atribui a origem das do- as metas de erradicação das doenças.3
enças a microorganismos (micróbios). • 1904 – Denominada de “Revolta da Vacina”, foi o mo-
2. Claude Bernard (1813-1878): desenvolveu métodos vimento mais forte de oposição a obrigatoriedade de
de estudo em fisiologia. (Kawamoto, 1995). Autor do vacinação contra varíola, Oswaldo Cruz foi o mentor
livro Introdução a Medicina Experimental – 1865. dessa ideia, a qual foi aprovada pelo congresso nacio-
nal, gerando uma insaƟsfação geral na população do
Estas informações são importantes, pois a parƟr desses Rio de Janeiro, tão intenso foi o movimento popular
conhecimentos cienơficos pode-se estabelecer uma forma que o Congresso revogou a obrigatoriedade dessa
de atuação em surtos epidêmicos e também para controlar vacina. De acordo com Filho (2008)
algumas doenças. Surgindo assim o que podemos chamar de
Saúde Pública ou Medicina Higienista ou Sanitarista. [...] a revolta exigiu que o Estado e a medicina bus-
Segundo Filho (2008), cassem outras formas de relacionamento com a
sociedade, testando nos anos seguintes novas formas
[...] os médicos higienistas receberam incenƟvos do de organização das ações em favor da saúde coleƟva.
governo federal, passando a ocupar cargos importan-
tes na administração pública. Em troca, assumiram • 1920 – Criação do Departamento Nacional de Saúde
o compromisso de estabelecer estratégias para o Pública.
saneamento das áreas indicadas pelos políƟcos. • 1923 – Aprovação da Lei Eloy Chaves que criou as
Caixas de Aposentadoria e Pensões – corporações de
Neste tempo, difundi-se uma cultura chamada de Sani- direito privado, empresas, com administração própria,
tarismo Campanhista para designar uma sequência de ações consƟtuída por empregados e empregadores, exclu-
estabelecidas para se obter um resultado: o controle das do- sivos de grandes empresas públicas e privadas. Que
enças, eram ações que incidiam diretamente sobre uma dada propuseram-se a atender a demanda dos trabalhado-
enfermidade, possibilitando assim que a população Ɵvesse res quanto à aposentadorias, pensões e atendimento
mais saúde para justamente ter condições de produzir mais, médico-hospitalar.
evitando os prejuízos econômicos. Segundo Filho (2008),
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

Obs.: Este úlƟmo fato mostra que apenas os trabalha-


diferentemente dos períodos anteriores, a parƟci- dores que esƟvessem parƟcipando das CAP teriam a
pação do Estado na área de saúde tornou-se global: assistência médica devida, além dos demais beneİcios
não se limitava às épocas de surto epidêmico, mas ficaram excluídos os trabalhadores rurais, empregados
estendia-se por todo o tempo e a todos os setores domésƟcos, desempregados e pessoas carentes.
da sociedade.
• 1929 – Queda da bolsa de Nova York, culminando na
Assim sendo, observa-se o surgimento das primeiras Crise Mundial, e concomitantemente no Brasil a crise
ações do governo sobre a saúde, podemos dizer então, que do café.
2 3
Disponível em: http://www.funasa.gov.br/site/museu-da-funasa/cronolo- Disponível em: http://www.funasa.gov.br/site/museu-da-funasa/cronolo-
gia-historica-da-saude-publica/ (Acesso em 30/1/2013). gia-historica-da-saude-publica/ (Acesso em 30/1/2013).

6
• No final de 1920, a proposta de Educação Sanitária • 1949 – Criação do Serviço de Assistência Médica Do-
veio a ser concreƟzada com a implantação de centros miciliar e de Urgência (SAMDU).
de saúde, desƟnados a atender de modo constante ou • 1956 – Criação do Departamento Nacional de En-
permanente a população em geral. (MELO, 2008) demias Rurais (DENERu) objeƟvando a organização
e execução das ações de invesƟgação e controle às
Era Vargas e “Populismo” (1930-1964) principais doenças da época.
• Criação dos IAP – InsƟtutos de Aposentadorias e Pen-
Esse período tem início com o governo de Getúlio Vargas, sões – que também prestavam serviços de Assistência
conhecido também como pai dos pobres, que perdurou Médica, sua criação Ɵnha um objeƟvo: subsƟtuição
por aproximadamente 15 anos, e foi baseado em medidas
populares. Podemos perceber que a evolução da saúde gradual dos anƟgos CAP, de uma organização admi-
acontece simultaneamente com a evolução das questões nistraƟva própria passou a ser regido pelo Estado, por
sociais e trabalhistas. meio dos insƟtutos.
Nesta fase, percebe-se o surgimento de leis que ampa-
ram o trabalhador, como, por exemplo, o salário mínimo, Obs: a parƟr daí, as categorias profissionais puderam se
jornada semanal de trabalho fixa de até 8h diárias, horas organizar por classes profissionais, MariƟmos (IAPM),
extras, licença remunerada a gestante, e posteriormente Comerciários (IAPC), bancários (IAPB), serviços do Esta-
foi criada a Consolidação das Leis Trabalhistas em 1943. do (IPASE), Transportes e cargas (IAPETEC) verificou-se
Dentre os pontos de avanços, vemos a assistência médica e o crescimento da medicina previdenciária, permiƟndo
assistência previdenciária. o acesso desses trabalhadores urbanos e seus familia-
Segundo Kawamoto (1995), res à assistência médico-hospitalar. (Rouquayrol, 2003).
Aumenta-se, portanto, a quanƟdade de trabalhadores
período marcado pelo êxodo rural e aceleração do e seus familiares assisƟdos, pois, agora tem-se a re-
ritmo industrial, provocando uma nova ordem social presentação das várias categorias profissionais e uma
em que os sindicatos pressionam os serviços de saúde inclusão de um número maior de pessoas usufruindo
para prestarem aos trabalhadores uma assistência
médica de qualidade. do sistema de saúde. No entanto, observa-se que ainda
não contempla uma parcela da população que trabalha
Nessa época em questão, no âmbito da saúde pública, informalmente, e os empregados domésƟcos e rurais.
esƟmula-se bastante as questões relaƟvas à educação em
saúde, que trata realmente da difusão das informações com • Tem início no Brasil a chamada Medicina de Grupo, que
relação aos principais problemas de saúde que aflige a po- dará origem aos planos de saúde. (SALDANHA, 2011)
pulação de modo geral. O foco principal destes panfletos era • 1960 – É aprovada a Lei Orgânica da Previdência
a mudança dos hábitos anƟ-higiênicos que facilitavam a dis- Social, que garanƟa a isonomia para todos os traba-
seminação principalmente de doenças infecto-contagiosas. lhadores que compunham a previdência social, assim
De acordo com Filho (2008), ocorriam agravos cada vez maiores a este órgão, pois
aumentava-se a população de beneficiados.
ganharam impulso também os cursos de formação
de enfermeiras sanitaristas, que Ɵnham a missão Considerações Gerais
de percorrer os bairros mais carentes, ensinando
aos moradores as regras básicas de higiene e enca- Antes de conƟnuar, precisamos visualizar a situação da
minhando os doentes mais graves para os hospitais saúde que está sendo desenhada pela história e pelos gover-
públicos ou filantrópicos. nantes. No início, percebe-se uma ausência total da ação do
estado e o aparecimento das Santas Casas de Misericórdia,
Alguns dados históricos importantes:
• 1930 – Criação do Ministério da Educação e da Saúde cuja finalidade era prestar atendimento às populações ca-
Pública, em 1953, a separação destes e a criação do rentes. Sendo esta, a única forma de prestação de serviços
Ministério da Saúde. de saúde as comunidades carentes, pois os que Ɵnham
• Surge o Serviço Especial de Saúde Pública (SESP), com condições pagavam pelos atendimentos médicos.
a finalidade de combater a Malária especificamente na Posteriormente, vemos um Estado que tenta “apagar
região Norte, porém aos poucos foi incrementa ações o incêndio” da saúde caóƟca, começando justamente com
no ramo da Saúde Pública. a vacinação e com pequenas ações de saneamento básico
de algumas cidades, para se tentar impedir que as pessoas
Obs.: não se pode deixar de falar também do De- adoecessem, pois as doenças prejudicariam o ritmo de
partamento Nacional de Endemias Rurais criado em crescimento econômico do país. Os trabalhadores estavam
1956, estes serviços fundiram-se na Fundação SESP,
amparados pelas CAP e depois pelos IAPs que prestavam as-
posteriormente em Superintendência de Campanhas
de Saúde Pública (SUCAM), em 1970, formando, sistência médico-hospitalar a eles e seus familiares. Enquanto
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

assim, a Funasa – Fundação Nacional de Saúde. (ROU- que os desempregados, os necessitados, os trabalhadores
QUAYROL, 2003) domésƟcos e informais Ɵnham que recorrer às santas casas
de misericórdia.
• 1948 – Criação do primeiro Conselho de Saúde, con- Vejamos, então, o desenvolvimento de dois sistemas de
siderado por William Wech o marco inicial da Saúde saúde que ainda hoje vigoram no país, a Rede Privada e a
Pública moderna. A saúde do povo era integralmente Rede Pública de Saúde que coexistem concomitantemente,
reconhecida como importante função administraƟva e sem comentar nos planos de saúde – seguro saúde – que
de governo. Quanto melhores as condições de saúde se aproveitaram da situação precária dos serviços de saúde
da população, tanto maiores seriam as possibilidades pública para oferecer o serviço em melhor condição do que
econômicas de um país.4
o estado, cobrando um valor específico. A rede privada e o
4
seguro saúde, Ɵveram sua expansão garanƟda justamente
Disponível em: http://www.funasa.gov.br/site/museu-da-funasa/cronolo-
gia-historica-da-saude-publica. Acesso em 30/1/2013. no período do militarismo.

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Observando-se esse cenário, o perfil desenhado dos encaminhada pelo próprio governo, via INAMPS. Vê-se, desta
serviços de saúde, um perfil “hospitalocêntrico”, com pre- forma, que o governo foi a grande mola que impulsionou o
ferência para atendimentos em nível secundário e terciário crescimento do sistema privado de saúde.
de atenção a saúde, ou seja, atuar na saúde da população Além do mais, exisƟa uma insaƟsfação geral com o sis-
depois que esta apresenta os sintomas e/ou sinais das do- tema de saúde pública existente, tanto que a classe média,
enças, envolvendo equipamentos de úlƟma geração, exames os trabalhadores mais organizados das grandes empresas e
diagnósƟcos de alto custo, e medicamentos. Podemos, assim, das estatais, servidores públicos, organizaram seus próprios
chamar de medicina curaƟva, pois o objeƟvo era apenas de planos de seguro de saúde.
“curar/tratar” os doentes. Desta forma, para se manter esse A principal marca dos governos militares além da forte
sistema, faz-se necessário um grande invesƟmento, o que repressão era a centralização do poder. Esta caracterísƟca
torna esse sistema inviável e caro. Algum tempo depois é ficou marcante dentro do INAMPS que centralizava toda
desencadeada uma grave crise no sistema de saúde que parte do financiamento do Sistema de Saúde Pública
levou ao surgimento do movimento de Reforma Sanitária. que injetava recursos no setor privado, com a finalidade
de atender a demanda da população de um modo ge-
Autoritarismo – Regime Militar (1964-1984) ral. E para completar, as antigas CAPs que tornaram-se
IAP, a parƟr deste momento são unificadas e passaram
O período foi marcado pelo autoritarismo e pela repres- a se chamar Instituto Nacional de Previdência Social
são em diversos setores, porém, estava mais presente nos (INPS), finalizando assim, a parƟcipação dos empregados
meios de comunicação – censura – repressão políƟca e social. e empregadores na direção dos antigos IAP em 1967.
O país foi governado por uma série de Atos InsƟtucionais, Alguns dados históricos importantes:
que Ɵnham como objeƟvo manter o domínio dos militares. • 1970 – Reorganizou administraƟvamente o Ministério
Tivemos cinco presidentes militares, dentre eles Emílio da Saúde, criando a Superintendência de Campanhas
Garrastazu Medici (1969-1974), fase em que o país encon- de Saúde Pública (SUCAM), subordinada à Secretaria
trava-se em pleno crescimento econômico, conhecido como de Saúde Pública e incorporando o DENERu, a CEM e
o “milagre econômico”, fruto de uma taxa de crescimento do a CEV (Decreto nº 66.623, de 22/5/1970).5
Produto Interno Bruto por volta de 12%, associado a inves- • 1974 – A criação do Ministério da Previdência e Assis-
Ɵmentos internos e realização de emprésƟmos no exterior, tência Social e o Fundo de Apoio ao Desenvolvimento
e além disso, a inflação estava alta. Social (FAS), este úlƟmo órgão garanƟu a iniciaƟva
No governo de Geisel (1974-1979) demonstrou uma privada uma ampliação considerável de sua rede,
pequena abertura para uma gradaƟva redemocraƟzação, mediados por emprésƟmos a juros baixos, subsidiados.
associado a isto, surge uma insaƟsfação popular que começa • 1977 – Surge o Sistema Nacional de Previdência e
a tomar força, justamente por causa do fim do crescimento Assistência Social (SINPAS), ligado ao Ministério da
econômico no Brasil e uma crise do petróleo somada à Previdência e Assistência Social com finalidade de
recessão mundial. organizar a estrutura de concessão e manutenção dos
Diante desse quadro, os movimentos sociais surgem e beneİcios e a prestação de serviços, além da gestão
ganham força e, dentre esses movimentos, temos o mo- administraƟva, patrimonial e financeira da Previdência
Social.
vimento pela Reforma Sanitária. Segundo Lima (2008) “...
• 1978 – Criação do InsƟtuto Nacional de Assistência
as propostas na direção de uma ampla reforma da políƟca de
Médica e Previdência Social (INAMPS), uma tentaƟva
saúde foram formuladas e conduzidas por uma elite setorial:
de reorganizar o atendimento médico-hospitalar.
o movimento sanitário.”
• No mesmo ano, acontece a Conferência na cidade
De acordo com Rouquayrol (2003),
de Alma (ATA), URSS, sobre os cuidados primários de
saúde, organizada pela Organização Mundial de Saúde
a organização da classe operária do ABC, o movimen-
(OMS), levando a uma nova filosofia dentro da área
to sanitário que arƟculou trabalhadores, acadêmicos,
da Saúde Pública em âmbito internacional, o foco na
profissionais de saúde e setores populares, a mobi-
atenção primária à saúde ou Prevenção Primária e a
lização nacional em torno das eleições ‘Diretas Já’ e
relevância da parƟcipação da comunidade dentro do
a derrota do regime autoritário no Colégio Eleitoral
processo das PolíƟcas de Saúde.
que elegeu o Presidente Tancredo Neves, consƟtuí-
• 1983 – Foram insƟtuídas as Ações Integradas de Saúde
ram um processo políƟco que ampliou o espaço das
(AIS).
forças democráƟcas, possibilitando a construção da
proposta da Reforma Sanitária Brasileira (RSB).
Nova República (1985-1988)
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

Esse movimento em prol da Reforma Sanitária Brasileira


foi formado inicialmente por profissionais da área de saúde Com a interrupção da recessão econômica do início da
que perceberam essa necessidade de mudança radical do década de 80 e a conquista da democracia, a demanda pelo
sistema vigente, podemos citar a parƟcipação de Associação resgate da ”dívida social” acumulada no período autoritário
colocou a saúde na agenda políƟca da chamada Nova Repú-
Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Abras-
blica.(ROUQUAYROL, 2003)
co) e do Centro Brasileiro de Estudos em Saúde (Cebes).
Observa então, o governo em questão tentando orga-
(FILHO, 2008)
nizar o caos que havia se instaurado dentro do sistema de
Uma caracterísƟca marcante por todo o período do
saúde pública brasileira, pois havia uma minoria, formada
regime militar foi o aumento da parƟcipação da iniciaƟva
por empresários da saúde, interessados na manutenção dos
privada no setor da saúde, e podemos dizer que houve um
forte invesƟmento do governo em grandes hospitais da rede 5
Disponível em: http://www.funasa.gov.br/site/museu-da-funasa/cronolo-
privada, pois estes mesmos atendiam a demanda que era gia-historica-da-saude-publica. Acesso em 30/1/2013.

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precários serviços de saúde do governo, por que os mesmos Nesse contexto histórico, em 1986 acontece a VIII
lucravam vendendo seus serviços, seguros-saúde, para a Conferência de Saúde em Brasília, que discuƟa a proposta
população que Ɵnha condições de pagar. Tais seguros-saúde da Reforma Sanitária. No evento foi colocado em pauta as
eram sustentados por uma classe de profissionais médicos principais dificuldades e deficiências do sistema de saúde e
recém-formados que se sujeitavam a realizar atendimentos as devidas soluções, além de lançar os princípios e diretrizes
para tais seguros saúde a valores irrisórios. desta Reforma, tais princípios e diretrizes estão presentes
Segundo Filho (2008), na ConsƟtuição Federal de 1988 (arts. 196 a 200). O evento
foi considerado como Pré-ConsƟtuinte, pois lançou as bases
na década de 80, os projetos idenƟficados pelas siglas do Sistema Único de Saúde, que surgia juntamente com a
PREV-SAÚDE, CONASP e AIS manƟveram sempre CF de 1988.
a mesma proposta: reorganizar de forma racional Fatores históricos importantes:
as aƟvidades de proteção e tratamento da saúde
• 1986 – VIII Conferência Nacional de Saúde: foi discuƟdo
individual e coleƟva, evitar as fraudes e lutar contra
o sistema nacional de saúde, e foram estabelecidas as
o monopólio das empresas parƟculares de saúde.
bases desses sistema que foi denominado de Sistema
Único de Saúde.
A primeira aƟtude dos governantes foi criar o PREV –
SAÚDE (Programa Nacional de Serviços Básicos em Saúde), • 1987 – Surge o SUDS – Sistema Unificado Descen-
iniciaƟva que procurava modificar o sistema de saúde da tralizado de Saúde: precursor do que temos hoje e
época para poder adequá-lo às solicitações pedidas pela Con- chamamos de SUS. Teve como objeƟvo a superação da
ferência de Alma Ata que abrangia a parƟcipação sociedade deficiência da AIS. Esse Sistema Unificado Descentra-
civil, integração das ações e serviços de saúde, hierarquiza- lizado de Saúde procurava estabelecer os princípios e
ção e regionalização e o aumento da cobertura assistencial. diretrizes estabelecidos para o SUS, como, por exem-
Tudo o que foi descrito, está impregnado nas discussões que plo, a descentralização e a parƟcipação da sociedade/
aconteceram na VIII Conferência de Saúde. Tal iniciaƟva foi comunidade nos conselhos de saúde.
paralisada pelos interesses parƟculares de empresários da
rede privada de saúde, ou seja, não surƟu o efeito esperado. Pós-ConsƟtuinte (1989-2006)
A segunda iniciaƟva foi o Conselho ConsulƟvo da Admi-
nistração de Saúde Previdenciária (CONASP), que surgiu em A parƟr de então, os governantes elaboraram leis e
1981, justamenta para tentar resgatar alguns princípios esta- normas jurídicas para poder aperfeiçoar o sistema de saúde
belecidos pelo PREV-SAÚDE, além disso, com uma proposta pública, que, com certeza toda essa movimentação foi reali-
de contenção de gastos. Tal conselho consulƟvo era formado zada pelas pressões de movimentos sociais que aos poucos
por diversos representantes do governo (ministérios diver- vão desmontando as resistências que ainda existem e são
sos), representantes da sociedade e também representantes oriundas de uma classe que ainda tenta se beneficiar com a
dos prestadores de serviços contratados e conveniados.
situação em que se encontra a saúde nos dias atuais.
Tanto o PREV-SAÚDE e o CONASP Ɵnham objeƟvos de
erradicar a corrupção e fraldes existentes dentro do sistema
do INAMPS, na tentaƟva de moralizar este órgão público. REFERÊNCIAS
Por meio do CONASP acontece à consolidação de uma
estratégia conhecida com AIS – Ações Integradas de Saú- FILHO, C.B. História da saúde Pública no Brasil. 4. ed. São
de – alcançando muitos municípios, o objeƟvo era tornar Paulo: Ed. ÁƟca, 2008.
o sistema realmente resoluƟvo. A ơtulo de conhecimento,
existem dois momentos, quando se fala em AIS, o primeiro
KAWAMOTO, E. E. Enfermagem Comunitária. São Paulo:
momento ainda dentro do período ditatorial e outra etapa
EPU, 1995.
dentro da nova república.
Em 1987, ano seguinte a realização da VIII Conferência de
Saúde, a presidência da República criou o Sistema Unificado LIMA, N. T. Saúde e Democracia: história e perspecƟva do
e Descentralizado de Saúde (SUDS), que começava a trazer SUS. [s.l.]: Editora Fiocruz, 2008.
a tona os ideais discuƟdos naquele evento, podemos dizer
então que o SUDS é o antecessor do SUS. MELO, E.C.P. Fundamentos de saúde. 3. ed. Rio de Janeiro:
De acordo com Rouquayrol (2003), Ed. Senac.

o SUDS esƟmulava a parƟcipação da sociedade civil ROUQUAYROL, MZ. Epidemioloiga & Saúde. 6. ed. Rio de
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

nos conselhos de saúde e ampliava a cobertura Janeiro: MEDSI, 2003.


de serviços para todos os cidadãos, inclusive nos
hospitais, laboratórios e clínicas contratados pela
SALDANHA, A. SUS: sistema único de saúde [esquemaƟzado]:
Previdência Social.
Lei nº 8.080/1990, de 19 de setembro de 1990, incluída a
Segundo Filho (2008), Lei nº 8.142/1990 e comentários sobre as NOBs 91/93/96,
NOAS-SUS 01/2001 e 01/2002 e Pacto pela saúde, 2006 – ed.
com a assessoria de padres e médicos sanitaristas, Ferreira – Rio de Janeiro – 2011.
foram criados os Conselhos Populares de Saúde,
encarregados de obter melhor saneamento básico e Disponível em: hƩp://www.funasa.gov.br/site/museu-da-fu-
a criação de hospitais e centros de saúde nas áreas nasa/cronologia-historica-da-saude-publica. Acesso em:
mais carentes. 30/1/2013.

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SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE ΈSUSΉ: Por exemplo, a NOB-SUS 1991 teve como principal foco a
CONCEITOS, FUNDAMENTAÇÃO descentralização, cuja ferramenta principal foi a municipaliza-
ção, ou seja, vamos dar mais autonomia para os municípios
LEGAL, FINANCIAMENTO, PRINCÍPIOS, para que eles mesmos tomem as melhores decisões para o
DIRETRIZES E ARTICULAÇÃO COM seu respecƟvo sistema de saúde. A norma jurídica seguinte,
SERVIÇOS DE SAÚDE NOB – SUS 1992, segue os mesmos moldes da anterior, pois
ainda vigorava, naquela época, o Inamps, órgão centraliza-
Para podermos definir o Sistema Único de Saúde dor, que representava um entrave para o desenvolvimento
(SUS), precisamos recorrer à Lei Orgânica de Saúde – Lei e aperfeiçoamento do novo sistema de saúde que surgia.
nº 8.080/1990 no seu arƟgo que diz o seguinte: “Conjunto de A NOB-SUS 1993 ganhou força porque neste ano acon-
ações e serviços de saúde prestados por órgãos e insƟtuições teceu a exƟnção do Inamps, uma barreira muito forte à des-
públicas federais, estaduais e municipais e da administração centralização, e nesta época ocorreu uma parƟcipação mais
direta e indireta e fundações manƟdas pelo poder público efeƟva dos municípios no que diz respeito à descentralização,
e de forma complementar pela iniciaƟva privada.” Existem que aconteceu por meio da municipalização.
palavras chaves no texto, como, por exemplo, conjunto de E por fim a NOB-SUS 1996, que trouxe um enfoque dife-
ações e serviços de saúde, ou seja, o SUS não se resume ao rente das outras normas, a equidade – Principio de JusƟça
prédio no qual se encontra o Hospital ou o Posto de saúde, Social – que pode ser definida da seguinte maneira: Dar mais
indo além, pois inclui as ações realizadas como, por exemplo, atenção a quem mais precisa, ou seja, tratar desigualmente
vacinação que porventura pode ocorrer em locais diferen- os desiguais. Parece um contrassenso, pois na ConsƟtuição
tes dos postos de saúde. Na sequência encontramos outro Federal, art. 196, nos fala de um atendimento universal e
termo: prestado por órgãos e insƟtuições públicas (nos três igualitário, porém temos que entender que existem diversas
níveis de governo) a isso podemos associar qualquer órgão necessidades em saúde, e que os casos mais graves devem
como a Anvisa, a Vigilância Sanitária ou o Ministério da Saú- ter a prioridade, até mesmo por conta do risco iminente
de. Uma informação de suma importância que vem a seguir de morte.
é da administração direta e indireta, temos de imaginar o se- A ferramenta que foi uƟlizada por esta normaƟva foi a PPI
guinte: os órgãos vinculados diretamente ao chefe do poder (Programação Pactuada e Integrada). Uma forma simples e
execuƟvo – Presidência da República, ou aos Governadores, descomplicada de entendermos esta sigla é nos apegarmos
ou às Prefeituras – que são representados pelo Ministério às duas palavras chaves: Pactuada e Integrada. A primeira
da Saúde, Secretária Estadual e Municipal de saúde. Caso o palavra nos remete a pacto, aliança, ou seja, isso só pode
órgão seja vinculado indiretamente, podemos citar o exem- ser feito entre duas pessoas. Pensando no âmbito do SUS,
plo dos conselhos de fiscalizações dos profissionais de saúde. temos os gestores como referencial, pois são duas pessoas
O SUS possui um arcabouço legal, isso se refere às leis que vão estabelecer um pacto, uma aliança. A segunda pala-
que foram criadas para tornar o SUS uma realidade. Esse vra é Integrada – que nos lembra de integração, arƟculação,
foi e ainda é um processo paulaƟno, lento, e que deve ser e podemos associar até com a palavra interação, desta forma
levando em consideração apesar de toda a realidade que podemos imaginar uma arƟculação, uma interação entre os
encontramos, pois trouxe a existência o Sistema que hoje diversos setores do governo trabalhando em prol da saúde
conhecemos. Então, temos como marco inicial do surgimento ou em prol do sistema de saúde.
do SUS na ConsƟtuição Federal de 1988, que trouxe os ideais Com base em estudos feitos pelo Ministério da Saúde,
discuƟdos e comentados na VIII Conferência Nacional de idenƟficaram-se muitas deficiências dentro do Sistema de
Saúde, que aconteceu dois anos antes na Capital Federal. Saúde vigente, e com base nestas informações foi elaborada
Podemos observar nos arts. 196 a 200, os anseios de uma e editada mais um instrumento jurídico, foi então publicada
sociedade cansada de um sistema de saúde caóƟco. A parƟr a Norma Operacional da Assistência à Saúde (Noas-SUS
de então foram surgindo outras normas jurídicas para poder 1/2001, com um objeƟvo chave: Promover maior equidade
delimitar ainda mais o funcionamento de todo esse sistema na alocação de recursos e no acesso da população às ações e
que estava surgindo. serviços de saúde em todos os níveis de atenção (Ministério
Em seguida foram criadas normas reguladoras que foram da Saúde, 2001). Assim sendo, para se alcançar a equidade
chamadas de Lei Orgânica da Saúde – LOS, esta especifica e o acesso da população se faz necessário a criação ou
justamente como deverá ser regido e conduzido os serviços formação da própria rede de saúde bem estruturada, e a
de saúde em nosso país. Esta LOS é composta por duas par- principal ferramenta uƟlizada para isso foi o PDR – Plano
tes: a Lei nº 8.080/1990 e a Lei nº 8.142/1990. A primeira Diretor de Regionalização, e uma segunda ferramenta, de
realmente trata do funcionamento do sistema de saúde igual importância, o PDI – Plano Diretor de InvesƟmento.
brasileiro, seja ele público ou privado. A Segunda trata A intenção desde o inicio é de proporcionar o acesso a toda
efeƟvamente da parƟcipação popular – também conhecido a população do município ao serviço de saúde. A norma sub-
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

como Controle Social ou ParƟcipação da Comunidade – que sequente foi a NOAS-SUS 1/2 (2002) que retomou os mesmos
foi apenas citada na ConsƟtuição Federal, art. 198, inciso III. conceitos da Noas anterior e complementou alguns pontos,
Dando sequência a estas normas jurídicas que compõem porém não trouxe grandes alterações da anterior. Seu Ɵtulo
o arcabouço legal do SUS, temos as Normas Operacionais era: Regionalização da Assistência à Saúde: Aprofundando
Básicas – NOBͳSUS que foram editadas nos anos de 1991, a Descentralização com Equidade no Acesso, entende-se,
1992, 1993 e 1996. Porém as NOB-SUS de maior relevância desta forma, que o foco principal desta norma será a Regio-
são as de 1991, 1993 e 1996. Para cada uma dessas normaƟ- nalização, com foco nas regiões de saúde.
vas encontramos objeƟvos bem claros, que são os princípios Podemos ainda citar que no ano de 2000 foi promulgada
e diretrizes estabelecidas na ConsƟtuição Federal – Carta a Emenda ConsƟtucional 29, que regulamenta o financia-
Magna da Nação. Ano após ano, tais princípios e diretrizes mento do Sistema de Saúde. Tal assunto foi abordado na
foram desenvolvidas e aperfeiçoadas de acordo com as ConsƟtuição Federal, art. 198, parágrafo 3º, porém nenhuma
deficiências percebidas nos anos anteriores. norma complementar havia sido editada. Na Lei Orgânica

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de Saúde nº 8.080/1990, traz algumas diretrizes quanto à Financiamento do SUS
transferência de valores que deve ser fundo a fundo, regular
e automáƟca, porém não traz os percentuais que deverão Quando comentamos a respeito do financiamento da
ser invesƟdos em saúde, e para sanar essa brecha da lei, em saúde no nosso país, percebemos que existe um desinteresse
2000, foi promulgada a Emenda ConsƟtucional nº 29 com ou descaso da parte do Estado em garanƟr um invesƟmento
estes detalhes; e posteriormente em 2012 foi publica outra constante nessa área.
norma jurídica para complementar esta emenda. Os valores Com a promulgação da ConsƟtuição de 1988, o art. 195
citados para cada um dos entes federados foi estabelecido afirma: “a seguridade social será financiada por toda a
da seguinte maneira: sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei,
• A União irá invesƟr o valor empenhado no ano an- mediante recursos provenientes dos orçamentos da União,
terior mais a correção da variação do PIB (Produto dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios”. Portanto,
Interno Bruto), e caso tal variação tenho sido inferior a responsabilidade pelo financiamento do SUS é triparƟte,
ou menor, não poderá aplicar valor menor que no ano ou seja, dos três entes federados.
anterior. Quando lemos a Lei nº 8.080/1990, art. 2, § 2º temos:
• Os Estados irão aplicar 12% da receita de impostos “O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família,
estaduais recolhidos. das empresas e da sociedade.” Ou seja, parte do ônus de
• Os Municípios irão aplicar 15% da receita de impostos invesƟr também está sob as costas da população por meio
municipais recolhidos. das contribuições vistas anteriormente.
• O Distrito federal irá aplica 12% da receita de impostos Na Lei nº 8.080/1990 e na Lei nº 8.142/1990 não é esƟpu-
estaduais e 15% da receita dos impostos Municipais lado nenhum percentual de invesƟmento, pois tal percentual
recolhidos. se encontra descrito na Lei de Diretrizes Orçamentárias, por
isso lê-se o seguinte texto no art. 31: “O orçamento da se-
Em 2006, os gestores das três esferas de governo assu- guridade social desƟnará ao Sistema Único de Saúde (SUS),
mem um compromisso público para superação das dificulda- de acordo com a receita esƟmada, os recursos necessários
des encontradas nesse sistema de saúde, este compromisso à realização de suas finalidades... tendo em vista as metas
foi estabelecido por meio da portaria nº 399, de 22 de e prioridades estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamen-
fevereiro de 2006 e inƟtulado pacto pela Saúde. Este pacto tárias.” Essas duas Leis apenas determinam o modo como
apoia-se em três pilares: deverão acontecer as transferências e como isso acontecerá:
• Pacto pela Vida; de forma regular, automáƟca e via Fundo de Saúde (fundo
a fundo).
• Pacto em Defesa do SUS; e
Dentre as normas que procuraram definir os invesƟmen-
• Pacto de Gestão do SUS.
tos na área de saúde podemos citar a Resolução nº 281 do
Conselho Nacional de Saúde que propôs: “a União contri-
Cada um destes pilares tem a sua especificidade própria.
buirá anualmente para a manutenção e desenvolvimento
O primeiro está consƟtuído pela priorização de ações que
do SUS com no mínimo 30% dos valores do Orçamento da
favoreçam a vida humana, ou seja, ações que envolvam
Seguridade Social”. Também definiu patamares mínimos para
atenção à saúde, Promoção, Proteção e Recuperação e
estados e municípios, percentuais que começariam com 7%
as ações em saúde que assistam à mulher, à gestante,
e chegariam a 13% em um prazo de 5 (cinco) anos.
ao recém-nascido, à criança, ao adolescente, ao homem e
Após muita mobilização social e parƟcipação de alguns
ao idoso. políƟcos defensores da saúde, foi criada a Emenda ConsƟtu-
O segundo pilar está inƟmamente ligado ao Sistema De cional nº 29/2000 que trouxe uma definição a respeito dos
Saúde como uma políƟca de Estado e não como uma políƟca invesƟmentos em saúde. Dentre outras providências temos:
de governo, pois é assim que o SUS deve ser visto, ou seja,
é neste contexto que serão desenvolvidas ações consistentes Art. 77. Até o exercício financeiro de 2004, os recursos
para defender os pilares desse sistema (SUS). mínimos aplicados nas ações e serviços públicos de
E, por fim, temos o terceiro pilar, a Defesa da Gestão do saúde serão equivalentes:
Sus, que procura deixar bem definido as responsabilidades I – no caso da União:
de cada ente federaƟvo, delimitando e reforçando o papel a) No ano 2000, o montante empenhado em ações
da União, Estado e Município, e além disso, retoma a neces- e serviços públicos de saúde no exercício financeiro
sidade do controle social. de 1999 acrescido de, no mínimo, cinco por cento;
Obviamente, não podemos deixar de citar as Portarias b) do ano 2001 ao ano 2004, o valor apurado no ano
que regulamentam a Atenção Básica – Portaria nº 648 – que anterior, corrigido pela variação nominal do Produto
regula o funcionamento do Programa Saúde da Família, Interno Bruto – PIB;
atualmente conhecido como Estratégia Saúde da Família. II – no caso dos Estados e do Distrito Federal, doze
Tal portaria nº 648, foi revisada e atualizada pela Portaria por cento do produto da arrecadação dos impostos
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

nº 2.488, de 21 de outubro de 2011, trazendo informações a que se refere o art. 155 e dos recursos de que
a respeito de outros programas também, como é o exemplo tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alínea a, e inciso
do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS), II, deduzidas as parcelas que forem transferidas aos
Núcleo de Assistência à Saúde da Família (Nasf) e do Pro- respecƟvos Municípios; e
grama Saúde Escolar. III – no caso dos Municípios e do Distrito Federal,
Não podemos deixar de falar sistemas de informação em quinze por cento do produto da arrecadação dos
saúde que são de fundamental importância para se conhecer impostos a que se refere o art. 156 e dos recursos de
e avaliar a evolução do sistema de saúde. que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alínea b e § 3º.”
Em 28 de Julho de 2011, a Presidência da República
edita o Decreto nº 7.508, que complementa a Lei nº 8.080, A parƟr desta lei, nota-se uma obrigatoriedade de invesƟ-
retomando conceitos desta Lei e trazendo novas diretrizes mento das três esferas de governo, e a lei garante a interven-
que veremos juntamente com LOS. ção da União, caso os Estado e o Distrito Federal não cumpra

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esta norma, e a intervenção dos Estados nos municípios, caso portuária, a atuação de profissionais da área da saúde, dentre
aconteça o não cumprimento destas especificações. outras coisas, e podemos citar o exemplo também do início
Os 12% incidem sobre os seguintes impostos estaduais: das aƟvidades para o saneamento básico das cidades.
• ITD (Imposto de Transmissão Causa MorƟs e Doação); Dessa forma, inicia-se a vigilância à saúde, no século XX,
• ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e em 1901. Oswaldo Cruz inicia o Sanitarismo Campanhista,
Serviço); campanhas de vacinação em massa, combate aos insetos e
• IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Auto- ratos para poder melhorar a condição de saúde da popula-
motores); ção. Em 1920, com a criação do Departamento Nacional de
• Adicional de IR (Imposto de Renda); Saúde Pública e, posteriormente, em 1953 com a criação do
• FPE (Fundo de ParƟcipação dos Estados). Ministério da Saúde, se intensificou ainda mais a vigilância à
saúde, que começa a tomar forma por causa das insƟtuições
criadas para amparar e fortalecer cada vez mais a vigilância à
Os 15% incidem sobre os seguintes impostos municipais:
saúde, como, por exemplo, o surgimento do Departamento
• IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial
Nacional de endemias rurais em 1956 e posteriormente a
Urbana);
Sucam – Superintendência de Campanhas de Saúde Pública
• ITBI (Imposto sobre a Transmissão Inter Vivos, a Qual- em 1970.
quer Título, por Ato Oneroso, de Bens Imóveis, por O termo Vigilância em Saúde foi citado na ConsƟtuição
Natureza ou Acessão Física, e de Direitos Reais sobre Federal e depois foi definido na Lei Orgânica da Saúde, Lei
Imóveis exceto os de GaranƟa, bem como a Cessão nº 8.080/1990, art. 6º, e está dividida em três áreas compre-
de Direitos à sua Aquisição); endidas pela Vigilância Epidemiológica, Vigilância Sanitária e
• IVVC (Imposto sobre Vendas e Varejo de Combusơveis Vigilância à Saúde do Trabalhador; podemos expandir esse
líquidos e Gasosos); conceito para alcançar os ambientes, aí surge a Vigilância
• ISS (Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza); Ambiental, compreendendo aqui o Meio Ambiente.
• FPM (Fundo de ParƟcipação dos Municípios); Com o advento do SUS e suas normas operacionais,
• IPI-Exportação (Imposto sobre Produtos Industrializa- temos o surgimento de muitas definições, veja o art. 200 da
dos); ConsƟtuição Federal:
• Quota-parte ITR (Imposto sobre Propriedade Territo-
rial Rural); Art. 200. Ao SUS compete outras atribuições nos
• ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadoria e termos da lei:
Serviço); I – [...]
• IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Auto- II – executar as ações de vigilância sanitária e epide-
motores). miológica, bem como as de saúde do trabalhador;
III – [...]
Perante a Lei Orgânica de Saúde, art. 19, cita que o
Distrito Federal apresenta as duas caracterísƟcas citadas Agora veja a Lei nº 8.080/1990, art. 6º, § 1º:
acima, portanto perante a LOS, o DF é Ɵdo como Estado e
Município, portanto a arrecadação de impostos estaduais § 1º Entende-se por vigilância sanitária um conjunto
incide a percentagem de 12% e a arrecadação de impostos de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir
municipais incide a percentagem de 15%. riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários
decorrentes do meio ambiente, da produção e circu-
lação de bens e da prestação de serviços de interesse
VIGILÂNCIA À SAÚDE da saúde, abrangendo:
I – o controle de bens de consumo que, direta ou
Para podermos comentar a respeito desse termo, pre- indiretamente, se relacionem com a saúde, compre-
cisamos defini-lo. endidas todas as etapas e processos, da produção
ao consumo; e
A vigilância pode ser definida como a observação II – o controle da prestação de serviços que se rela-
conơnua da distribuição e tendências da incidência cionam direta ou indiretamente com a saúde.
de doenças mediante a coleta sistemáƟca, consoli-
dação e avaliação de informes de morbidade e mor- Para não confundir os termos, precisamos estabelecer
talidade, assim como de outros dados relevantes e correlação com algumas palavras-chaves dentro desse texto
a regular disseminação dessas informações a todos da lei: ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

que necessitam conhecê-la. (LANGMUIR, 1963 apud à saúde e de intervir nos problemas sanitários. Tudo o que
Brasil, 2007) envolve prevenção de riscos e intervenção em problemas
sanitários diz respeito à Vigilância Sanitária.
Com essas palavras podemos começar a visualizar o am-
plo campo de ação da vigilância em saúde. Desde o século § 2º Entende-se por vigilância epidemiológica um
XVI, com a chegada da Família Real ao Brasil, já havia uma conjunto de ações que proporcionam o conhecimen-
preocupação com a situação de saúde da população, pois os to, a detecção ou prevenção de qualquer mudança
problemas de saúde sempre afetaram a capacidade produ- nos fatores determinantes e condicionantes de
Ɵva de um país. Sendo assim, o Estado, representado pela saúde individual ou coleƟva, com a finalidade de
Monarquia, já começava a exercer esse papel de Vigilância recomendar e adotar as medidas de prevenção e
à Saúde quando emiƟa decretos que regulavam a aƟvidade controle das doenças ou agravos.

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Neste quesito basta lembrar das palavras em negrito. Art. 3º A saúde tem como fatores determinantes
Inclusive, quando se estuda a origem da palavra epide- e condicionantes, entre outros, a alimentação,
miológica, o sufixo “logos” denota conhecimento, estudo, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente,
ciência. o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer
e o acesso aos bens e serviços essenciais; os níveis de
§ 3º Entende-se por saúde do trabalhador, para fins saúde da população expressam a organização social
desta Lei, um conjunto de aƟvidades que se desƟna, e econômica do País.
através das ações de vigilância epidemiológica e vi- Parágrafo único. Dizem respeito também à saúde as
gilância sanitária, à promoção e proteção da saúde ações que, por força do disposto no arƟgo anterior,
dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e se desƟnam a garanƟr às pessoas e à coleƟvidade
reabilitação da saúde dos trabalhadores submeƟdos condições de bem-estar İsico, mental e social.
aos riscos e agravos advindos das condições de tra-
balho, abrangendo: Observando todos esses detalhes, principalmente, a in-
I – assistência ao trabalhador víƟma de acidente formação referente à mulƟcausalidade ou mulƟfatorialidade,
de trabalho ou portador de doença profissional e entendemos que existem diversos fatores que vão interferir
do trabalho; na condição de saúde de uma população.
II – parƟcipação, no âmbito de competência do Sis- Chamamos a estes fatores de risco, caso afetem a saúde
tema Único de Saúde – SUS, em estudos, pesquisas, dessa população provocando doenças e fatores de proteção
avaliação e controle dos riscos e agravos potenciais caso impeçam a proliferação ou propagação das doenças
à saúde existentes no processo de trabalho; naquele meio. Outra classificação mais comumente usada
para idenƟficá-los é a de determinantes. Tais fatores indi-
III – parƟcipação, no âmbito de competência do
Sistema Único de Saúde – SUS, da normaƟzação, cam as chances que o indivíduo pode ter de adquirir uma
fiscalização e controle das condições de produção, enfermidade ou não.
extração, armazenamento, transporte, distribuição e • Determinantes Biológicos: indicam as condições
manuseio de substâncias, de produtos, de máquinas inerentes ao próprio ser humano, suas caracterísƟcas
e de equipamentos que apresentam riscos à saúde anatômicas, fisiológicas, inclusive a herança genéƟca.
do trabalhador; Podemos citar como exemplo a idade, o sexo e a etnia.
• Determinantes Psicossociais: estão relacionadas às
IV – avaliação do impacto que as tecnologias pro-
condições psicológicas do indivíduo, relacionadas ao
vocam à saúde;
comportamento: agressivo, depressivo, tendência ao
V – informação ao trabalhador e à sua respecƟva isolamento, dentre outros. É importante ressaltar as
enƟdade sindical e às empresas sobre os riscos de
questões referentes às doenças psicossomáƟcas, pois
acidente de trabalho, doença profissional e do tra-
elas ocorrem devido a alterações do estado psicológico,
balho, bem como os resultados de fiscalizações, ava-
um exemplo disso é a gastrite nervosa.
liações ambientais e exames de saúde, de admissão,
• Determinantes Culturais: neste ponto temos que
periódicos e de demissão, respeitados os preceitos
relacionar os itens referentes ao esƟlo e condições de
da éƟca profissional;
vida. Como exemplo, podemos comentar a respeito
VI – parƟcipação na normaƟzação, fiscalização e do hábito de fumar, hábito de praƟcar aƟvidade İsica,
controle dos serviços de saúde do trabalhador nas o eƟlismo, e a condição de vida que a pessoa leva.
insƟtuições e empresas públicas e privadas; • Determinantes Socioeconômicos: está relacionado
VII – revisão periódica da listagem oficial de do- com a classe econômica do indivíduo, pois o perfil,
enças originadas no processo de trabalho, tendo modo de vida que cada um leva, está inƟmamente
na sua elaboração a colaboração das enƟdades relacionado ao poder de compra.
sindicais; e • Determinantes Ambientais: trata-se basicamente do
VIII – a garanƟa ao sindicato dos trabalhadores de ecossistema em que vivemos, o ar, a água, o solo, o cli-
requerer ao órgão competente a interdição de má- ma e também os alimentos que consumimos podem
quina, de setor de serviço ou de todo o ambiente de determinar o estado de saúde do homem, pois estão
trabalho, quando houver exposição a risco iminente diretamente ligadas ao homem. Tais elementos são
para a vida ou saúde dos trabalhadores. de suma importância para a sobrevivencia humana,
porém, caso exista algum sinal de poluição (visual ou
Entendemos com isso que precisamos estar vigilantes sonora) ou poluição nas águas e ar ou solo pode tra-
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

quanto à saúde, aos fatores que levam as pessoas a ficar zer consequência drásƟcas diretas sobre a existência
doentes, os fatores que protegem as pessoas das doenças. humana.
A Lei nº 8.080/1990 denomina tais fatores como determi-
nantes/condicionantes da saúde de uma população, que Para fazer o acompanhamento da condição de saúde
vão além das causas mais comuns (como, por exemplo: um da população brasileira foram criados os Sistemas e Infor-
vírus ou uma bactéria) até as condições socioeconômicas mação, justamente com a finalidade de traçar um perfil
que a pessoa tenha (pois tal condição pode ser um fator epidemiológico da população brasileira, conhecer as taxas
de risco ou de proteção às doenças ou agravos à saúde). de incidência, de prevalênica, de letalidade, as taxas de
Conclui-se que existem diversas causas que podem levar mortalidade e de natalidade. Esse perfil epidemiológico
uma pessoa a adoecer, não podendo afirmar que haja ape- permite às autoridades em Saúde Pública traçar a melhor
nas uma única (unicausalidade) causa, mas uma série de forma de ação, a forma mais eficaz e eficiente para com
fatores (mulƟcausalidade). Vamos ao texto da lei: aquela população específica.

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Existe um sistema de informação muito peculiar e de 40. Síndrome Respiratória Aguda Grave associada ao
suma importância para a Vigilância à Saúde, obviamente, Coronavírus (SARS-CoV);
não vamos desmerecer o Sistema de Informação em Nata- 41. Tétano;
lidade (Sinasc), e nem o Sistema de Informação de Mortali- 42. Tuberculose;
dade – SIM, ou a qualquer outro, mas temos de comentar 43. Tularemia;
com mais propriedade a respeito do Sinan – Sistema de 44. Varíola; e
Informação Nacional de Agravos de NoƟficação, pois neste 45. Violência domésƟca, sexual e/ou outras violências.
Sistema são registrados diversos casos de suspeita de agra-
vos à saúde. Vale lembrar que são suspeitas, que podem ANEXO II
se confirmar ou não após exame laboratórial. Anualmente Lista de NoƟficação Compulsória Imediata – LNCI
o Ministério da Saúde edita uma lista com a relação dos
principais Agravos de NoƟficação justamente para que se I – Caso suspeito ou confirmado de:
possa tomar uma aƟtude antecipada antes que o problema 1. Botulismo;
tome proporções maiores. 2. Carbúnculo ou Antraz;
A Portaria nº 104, de 25 de janeiro de 2011, traz a lista 3. Cólera;
com os principais agravos de noƟficação compulsória. Vale 4. Dengue nas seguintes situações:
a pena lembrar que os Estados e Municípios podem acres- • Dengue com complicações (DCC);
centar os agravos mais comuns na sua região ou localidade, • Síndrome do Choque da Dengue (SCD);
porém não podem reƟrar desta lista nenhum Ɵpo de agravo. • Febre Hemorrágica da Dengue (FHD);
Veja a lista completa: • Óbito por Dengue;
• Dengue pelo soroƟpo DENV 4 nos estados sem trans-
Lista de NoƟficação Compulsória – LNC missão endêmica desse soroƟpo;

1. Acidentes por animais peçonhentos; 5. Doença de Chagas Aguda;


2. Atendimento anƟrrábico; 6. Doença conhecida sem circulação ou com circulação
3. Botulismo; esporádica no território nacional que não constam no Anexo I
4. Carbúnculo ou Antraz; desta Portaria, como: Rocio, Mayaro, Oropouche, Saint Louis,
5. Cólera; Ilhéus, Mormo, Encefalites Equinas do Leste, Oeste e Vene-
6. Coqueluche; zuelana, Chikungunya, Encefalite Japonesa, entre outras;
7. Dengue; 7. Febre Amarela;
8. DiŌeria; 8. Febre do Nilo Ocidental;
9. Doença de Creutzfeldt-Jakob; 9. Hantavirose;
10. Doença Meningocócica e outras Meningites; 10. Influenza humana por novo subƟpo;
11. Doenças de Chagas Aguda; 11. Peste;
12. Esquistossomose; 12. Poliomielite;
13. Eventos Adversos Pós-Vacinação; 13. Raiva Humana;
14. Febre Amarela; 14. Sarampo;
15. Febre do Nilo Ocidental; 15. Rubéola;
16. Febre Maculosa; 16. Síndrome Respiratória Aguda Grave associada ao
17. Febre Tifóide; Coronavírus (SARS-CoV);
18. Hanseníase; 17. Varíola;
19. Hantavirose; 18. Tularemia; e
20. HepaƟtes Virais; 19. Síndrome de Rubéola Congênita (SRC).
21. Infecção pelo vírus da imunodeficiência humana-HIV II – Surto ou agregação de casos ou óbitos por:
em gestantes e crianças expostas ao risco de transmissão 1. DiŌeria;
verƟcal; 2. Doença Meningocócica;
22. Influenza humana por novo subƟpo; 3. Doença TransmiƟda por Alimentos (DTA) em embar-
23. Intoxicações Exógenas (por substâncias químicas, cações ou aeronaves;
incluindo agrotóxicos, gases tóxicos e metais pesados); 4. Influenza Humana;
24. Leishmaniose Tegumentar Americana; 5. Meningites Virais.
25. Leishmaniose Visceral;
26. Leptospirose; REFERÊNCIA
27. Malária;
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

28. Paralisia Flácida Aguda; BRASIL. Conselho Nacional de Secretários de Saúde.


29. Peste; Vigilância em Saúde / Conselho Nacional de Secretários de
30. Poliomielite; Saúde. Brasília: Conass, 2007.
31. Raiva Humana;
32. Rubéola;
33. Sarampo; LEI ORGÂNICA DA SAÚDE
34. Sífilis Adquirida; ΈLEI Nº 8.080/1990Ή
35. Sífilis Congênita;
36. Sífilis em Gestante; A Lei Orgânica da Saúde é representada pelas Leis
37. Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – AIDS; nos 8.080/1990 e 8.142/1990, que representam a primeira
38. Síndrome da Rubéola Congênita; norma jurídica que começou a delimitar e traçar o funcio-
39. Síndrome do Corrimento Uretral Masculino; namento e a regulamentação desse sistema.

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O Sistema Único de Saúde – SUS trouxe muitas mudan- e a União. Esta troca de entendimento de Gerentes para
ças para o sistema de saúde vigente; uma das principais Gestores foi um dos pontos principais desenvolvidos pelas
mudanças foi a visão mais humana, ou seja, vamos tratar o Normas Operacionais Básicas.
ser humano e não um órgão que está doente. Não é para
enxergar uma pessoa dividida, mas sim enxergar o homem
como um todo, devendo-se tratar o paciente, e não a doença
que ele apresenta, seja qual for essa doença. Esse detalhe
é importante, pois a tendência mundial da área de saúde
é que os profissionais se especializem cada vez mais, e esse
sistema vai valorizar o médico generalista ou médico de
família. Esse é um dos pontos-chave do programa Estratégia
Saúde da Família.

Vamos então começar nossa passagem pela Lei Orgânica


de Saúde – LOS. Temos de ressaltar a seguinte questão: mui-
tos arƟgos relatados aqui irão apenas repeƟr dados que já
foram ditos pela ConsƟtuição Federal nos arƟgos respecƟvos
à parte da saúde (arts. 196 a 200).

Lei nº 8.080/1990

O art. 1º reza o seguinte:

Outro fato importante é a mudança de foco na ação Esta lei regula, em todo o território nacional, as ações
curaƟva para a ação prevenƟva, pois quando falamos em e serviços de saúde, executados isolada ou conjun-
prevenção, entendemos que estamos tomando uma aƟtu- tamente, em caráter permanente ou eventual, por
de para impedir que a doença se estabeleça, e evitamos pessoas naturais ou jurídicas de direito Público ou
privado.
desta forma o gasto com exames mais específicos, gastos
com medicações caras, ou seja, é melhor prevenir do que
Ou seja, esta é a essência desta lei, o funcionamento
remediar. Com esse dado podemos idenƟficar o moƟvo de do sistema.
incenƟvar a Atenção Básica à Saúde com programas como O próximo arƟgo comenta sobre a saúde: direito funda-
a Estratégia Saúde da Família e Programas de Agentes mental do ser humano, e o Estado é o provedor dessa con-
Comunitários de Saúde. dição indispensável, e ainda lembra que o dever do Estado
Um ponto inovador dentro do Sistema foi a mudança no não exclui o dever das pessoas, das empresas e da sociedade.
modo de administrar, ou melhor, gerir o sistema. Antes do Quando é feita essa citação na lei, a função é lembrar que
SUS, quem sempre entrava em cena era o Diretor/Gerente todos somos contribuintes no que diz respeito à saúde:
da unidade de saúde, pois todo o sistema girava em torno de • como empregados, temos no contracheque um des-
uma Relação Convenial com o governo (grande pagador do conto que incide sobre nosso salário, antes mesmo
sistema de saúde), ou seja, uma relação baseada na produ- de recebê-lo;
ção, quanto mais atendimentos, mais se Ɵnha para receber. • como empresários ou empregadores, quando emiƟ-
Esse Diretor/Gerente tem uma visão limitada e obtusa, pois mos uma nota fiscal, ali são cobrados impostos que
consegue visualizar apenas as carências da unidade de saúde serão reverƟdos para a saúde, temos alguns exemplos,
que ele administra, como, por exemplo, um hospital, ou posto como: CSLL, Cofins, PIS etc.
de saúde, ou um centro de saúde.
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser


Com o advento do SUS, quem entra em cena, neste
humano, devendo o Estado prover as condições
momento, é o Gestor do Sistema de Saúde, responsável
indispensáveis ao seu pleno exercício.
não apenas por uma única unidade de saúde, mas por um § 1º O dever do Estado de garanƟr a saúde consiste
sistema inteiro, seja esse sistema municipal, estadual ou na formulação e execução de políƟcas econômicas
federal. Entendemos assim que o papel da gestão do sistema e sociais que visem à redução de riscos de doenças
será desenvolvido pelos Secretários Municipais e Secretários e de outros agravos e no estabelecimento de condi-
Estaduais e o Ministro da Saúde. Além desse fato, o Gestor ções que assegurem acesso universal e igualitário às
terá como função a arƟculação, negociação, coordenação ações e aos serviços para a sua promoção, proteção
de todo o sistema e a sua integração ou inter-relação com e recuperação.
os gestores vizinhos, para poder estabelecer consórcios § 2º O dever do Estado não exclui o das pessoas, da
entre os municípios vizinhos, entre o Município e o Estado família, das empresas e da sociedade.

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Na sequência, o art. 3º comenta os fatores determinantes • Ações de Alta Complexidade – Esfera Federal – União.
e condicionantes da saúde, lembrando que estes expressam a • Ações de Média Complexidade – Esfera Estadual –
organização social e econômica do País. Estado.
No texto desse arƟgo percebe-se que são citados vários • Ações Básicas de Saúde – Esfera Municipal – Muni-
itens que fazem parte não apenas de quesitos relacionados cípio.
com a saúde, como também vários outros itens correlaciona-
• O Distrito Federal possui caracterísƟcas de Município
dos com diversas áreas do governo, como, por exemplo, o sa-
e Estado (art. 19).
neamento básico, renda e moradia. Esse é um ponto-chave,
pois estabelece correlação da área da saúde com outras
áreas do governo – a isso chamamos de Intersetorialidade Ao idenƟficarmos esse termo, a Hierarquização, fica
ou Intersetoriedade, ou seja, os diversos setores do governo subentendido que existe uma relação de hierarquia, ou seja,
trabalhando em prol da saúde – Princípio Organizacional. há um ente federado que é superior aos demais. Observando
os entes Federados, temos a União, seguida pelo Estado,
Art. 3º A saúde tem como fatores determinantes e por fim o Município.
e condicionantes, entre outros, a alimentação, a
moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o Art. 5º São objeƟvos do Sistema Único de Saúde –
trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e SUS:
o acesso aos bens e serviços essenciais; os níveis de I – a idenƟficação e divulgação dos fatores condicio-
saúde da população expressam a organização social nantes e determinantes da saúde;
e econômica do País. II – a formulação de políƟca de saúde desƟnada a pro-
Parágrafo único. Dizem respeito também à saúde as mover, nos campos econômico e social, a observância
ações que, por força do disposto no arƟgo anterior, do disposto no § 1º do art. 2º desta lei;
se desƟnam a garanƟr às pessoas e à coleƟvidade III – a assistência às pessoas por intermédio de ações
condições de bem-estar İsico, mental e social. de promoção, proteção e recuperação da saúde, com
a realização integrada das ações assistenciais e das
O art. 4º apresenta os seguintes dizeres: aƟvidades prevenƟvas.

Conjunto de ações e serviços de saúde prestados O art. 6º correlaciona os campos de atuação do SUS,
por órgãos e insƟtuições públicas federais, estaduais podemos destacar: ações no âmbito da vigilância sanitária,
e municipais e da administração direta e indireta e epidemiológica e em relação à saúde do trabalhador. Esse
fundações manƟdas pelo poder público e de forma arƟgo descreve com riqueza de detalhes essa atuação a
complementar pela iniciaƟva privada. respeito desses três temas, citando também a assistência
terapêuƟca integral, inclusive a farmacêuƟca, ou seja, in-
Essa é a definição do que entendemos de SUS. cluindo desde a etapa de abastecimento de medicamentos
Um ponto que vale a pena ressaltar é a questão da ad- até o fornecimento deste para tratamento solicitado pelo
ministração direta e indireta, a diferença é a seguinte: se o médico. Vejamos o arƟgo na íntegra:
órgão está ligado diretamente à Presidência da República, ou
ao Governo estadual ou municipal, temos então um órgão da Art. 6º Estão incluídas ainda no campo de atuação
Administração direta, caso contrário, será da Administração do Sistema Único de Saúde – SUS:
indireta, como exemplo, podemos citar os órgãos fiscaliza- I – a execução de ações:
tórios de cada aƟvidade profissional. a) de vigilância sanitária;
b) de vigilância epidemiológica;
Art. 4º O conjunto de ações e serviços de saúde, c) de saúde do trabalhador; e
prestados por órgãos e instituições públicas d) de assistência terapêuƟca integral, inclusive far-
federais, estaduais e municipais, da Administra- macêuƟca.
ção direta e indireta e das fundações manƟdas II – a parƟcipação na formulação da políƟca e na
pelo Poder Público, consƟtui o Sistema Único de execução de ações de saneamento básico;
Saúde (SUS). III – a ordenação da formação de recursos humanos
§ 1º Estão incluídas no disposto neste arƟgo na área de saúde;
as instituições públicas federais, estaduais e IV – a vigilância nutricional e a orientação alimentar;
municipais de controle de qualidade, pesquisa e V – a colaboração na proteção do meio ambiente,
produção de insumos, medicamentos, inclusive nele compreendido o do trabalho;
de sangue e hemoderivados, e de equipamentos VI – a formulação da política de medicamentos,
para saúde. equipamentos, imunobiológicos e outros insumos
§ 2º A iniciaƟva privada poderá parƟcipar do de interesse para a saúde e a parƟcipação na sua
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

Sistema Único de Saúde (SUS), em caráter com- produção;


plementar. VII – o controle e a fiscalização de serviços, produtos
e substâncias de interesse para a saúde;
O art. 5º relata os objeƟvos do SUS: idenƟficação dos VIII – a fiscalização e a inspeção de alimentos, água
fatores condicionantes e determinantes da saúde, a formu- e bebidas para consumo humano;
lação de políƟca de saúde, e a assistência às pessoas, ou seja, IX – a parƟcipação no controle e na fiscalização da
enfaƟza sobre as ações em saúde – Promoção, Proteção e produção, transporte, guarda e uƟlização de subs-
Recuperação. Nesse ponto, é bom lembrar sobre o Prin- tâncias e produtos psicoaƟvos, tóxicos e radioaƟvos;
cípio da Regionalização e Hierarquização (art. 8º). Estes X – o incremento, em sua área de atuação, do desen-
conceitos caminham juntos e estabelecem uma correlação volvimento cienơfico e tecnológico;
com a Rede e o Tipo de Serviço prestado por esta rede, que XI – a formulação e execução da políƟca de sangue
e seus derivados.
contempla a questão dos níveis de complexidade:

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§ 1º Entende-se por vigilância sanitária um conjunto integram o Sistema Único de Saúde - SUS são de-
de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir senvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no
riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários art. 198 da ConsƟtuição Federal, obedecendo ainda
decorrentes do meio ambiente, da produção e circu- aos seguintes princípios:
lação de bens e da prestação de serviços de interesse I – universalidade de acesso aos serviços de saúde
da saúde, abrangendo: em todos os níveis de assistência;
I – o controle de bens de consumo que, direta ou II – integralidade de assistência, entendida como um
indiretamente, se relacionem com a saúde, compre- conjunto arƟculado e conơnuo das ações e serviços
endidas todas as etapas e processos, da produção prevenƟvos e curaƟvos, individuais e coleƟvos, exi-
ao consumo; e gidos para cada caso em todos os níveis de comple-
II – o controle da prestação de serviços que se rela- xidade do sistema;
cionam direta ou indiretamente com a saúde. III – preservação da autonomia das pessoas na defesa
§ 2º Entende-se por vigilância epidemiológica um de sua integridade İsica e moral;
conjunto de ações que proporcionam o conhecimen- IV – igualdade da assistência à saúde, sem precon-
to, a detecção ou prevenção de qualquer mudança ceitos ou privilégios de qualquer espécie;
nos fatores determinantes e condicionantes de saúde V – direito à informação, às pessoas assisƟdas, sobre
individual ou coleƟva, com a finalidade de recomen- sua saúde;
dar e adotar as medidas de prevenção e controle das VI – divulgação de informações quanto ao potencial
doenças ou agravos. dos serviços de saúde e a sua uƟlização pelo usuário;
§ 3º Entende-se por saúde do trabalhador, para fins VII – uƟlização da epidemiologia para o estabeleci-
desta Lei, um conjunto de aƟvidades que se desƟna, mento de prioridades, a alocação de recursos e a
através das ações de vigilância epidemiológica e vi- orientação programáƟca;
gilância sanitária, à promoção e proteção da saúde VIII – parƟcipação da comunidade;
dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e IX – descentralização políƟco-administraƟva, com
reabilitação da saúde dos trabalhadores submeƟdos direção única em cada esfera de governo:
aos riscos e agravos advindos das condições de tra- a) ênfase na descentralização dos serviços para os
balho, abrangendo: municípios;
I – assistência ao trabalhador víƟma de acidente de b) regionalização e hierarquização da rede de serviços
trabalho ou portador de doença profissional e do de saúde.
trabalho; X – integração em nível execuƟvo das ações de saúde,
II – parƟcipação, no âmbito de competência do Sis- meio ambiente e saneamento básico;
tema Único de Saúde – SUS, em estudos, pesquisas, XI – conjugação dos recursos financeiros, tecnológi-
avaliação e controle dos riscos e agravos potenciais cos, materiais e humanos da União, dos Estados, do
à saúde existentes no processo de trabalho; Distrito Federal e dos Municípios na prestação de
III – parƟcipação, no âmbito de competência do serviços de assistência à saúde da população;
Sistema Único de Saúde – SUS, da normaƟzação, XII – capacidade de resolução dos serviços em todos
fiscalização e controle das condições de produção, os níveis de assistência; e
extração, armazenamento, transporte, distribuição e XIII – organização dos serviços públicos de modo a
manuseio de substâncias, de produtos, de máquinas evitar duplicidade de meios para fins idênƟcos.
e de equipamentos que apresentam riscos à saúde Art. 8º As ações e serviços de saúde, executados pelo
do trabalhador; Sistema Único de Saúde – SUS, seja diretamente ou
IV – avaliação do impacto que as tecnologias provo- mediante parƟcipação complementar da iniciaƟva
cam à saúde; privada, serão organizados de forma regionalizada e
V – informação ao trabalhador e à sua respecƟva hierarquizada em níveis de complexidade crescente.
enƟdade sindical e às empresas sobre os riscos de
acidente de trabalho, doença profissional e do tra- O art. 9º descreve essa relação e cita os órgãos envol-
balho, bem como os resultados de fiscalizações, ava- vidos, que são: Ministério da Saúde, Secretaria Estadual de
liações ambientais e exames de saúde, de admissão, Saúde e Secretaria Municipal de Saúde, respecƟvamente.
periódicos e de demissão, respeitados os preceitos A palavra-chave desse arƟgo é Direção Única; tem de se
da éƟca profissional; ter em mente que a direção ou comando vem de cada um
VI – parƟcipação na normaƟzação, fiscalização e destes órgãos, não podendo haver divergências no quesito
controle dos serviços de saúde do trabalhador nas ao cumprimento da lei que já foi estabelecida anteriormente.
insƟtuições e empresas públicas e privadas; O art. 10 estabelece que os Municípios poderão criar con-
VII – revisão periódica da listagem oficial de doenças sórcios com municípios vizinhos para proporcionar melhor
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

originadas no processo de trabalho, tendo na sua atendimento da população, a qual tem acesso aos serviços de
elaboração a colaboração das enƟdades sindicais; e saúde. Além do mais, este arƟgo traz a forma de divisão dos
VIII – a garanƟa ao sindicato dos trabalhadores de municípios, que são divididos como Distritos. Lembre-se que
requerer ao órgão competente a interdição de má- existe em Saúde Pública o conceito de Distritos Sanitários.
quina, de setor de serviço ou de todo o ambiente de
trabalho, quando houver exposição a risco iminente Veja o texto original:
para a vida ou saúde dos trabalhadores.
Art. 9º A direção do Sistema Único de Saúde (SUS) é
Veja os arts. 7º e 8º na íntegra: única, de acordo com o inciso I do art. 198 da Cons-
Ɵtuição Federal, sendo exercida em cada esfera de
Art. 7º As ações e serviços públicos de saúde e os governo pelos seguintes órgãos:
serviços privados contratados ou conveniados que I – no âmbito da União, pelo Ministério da Saúde;

17
II – no âmbito dos Estados e do Distrito Federal, • Conselho de Secretários Municipais de Saúde –
pela respecƟva Secretaria de Saúde ou órgão equi- Cosems, instância de representação de todos os
valente; e secretários municipais de saúde daquele estado,
III – no âmbito dos Municípios, pela respecƟva Se- especificamente.
cretaria de Saúde ou órgão equivalente.
Art. 10. Os municípios poderão consƟtuir consórcios Os dois primeiros conselhos estão compondo a CIT, de
para desenvolver em conjunto as ações e os serviços âmbito nacional. O úlƟmo conselho tem uma representação
de saúde que lhes correspondam. dentro de cada estado e parƟcipa da CIB, de âmbito estadual.
§ 1º Aplica-se aos consórcios administraƟvos in-
termunicipais o princípio da direção única, e os Art. 12. Serão criadas comissões intersetoriais de
respecƟvos atos consƟtuƟvos disporão sobre sua âmbito nacional, subordinadas ao Conselho Nacio-
observância. nal de Saúde, integradas pelos Ministérios e órgãos
§ 2º No nível municipal, o Sistema Único de Saúde competentes e por enƟdades representaƟvas da
(SUS), poderá organizar-se em distritos de forma
sociedade civil.
a integrar e arƟcular recursos, técnicas e práƟcas
Parágrafo único. As comissões intersetoriais terão
voltadas para a cobertura total das ações de saúde.
a finalidade de arƟcular políƟcas e programas de
interesse para a saúde, cuja execução envolva áreas
Nesse ponto, é importante salientar a relevância de três não compreendidas no âmbito do Sistema Único de
palavras que serão constantemente comentadas: Contrato, Saúde (SUS).
Convênio, Consórcio. Quando comentamos a respeito dos Art. 13. A articulação das políticas e programas,
dois primeiros termos, entendemos que estamos falando a a cargo das comissões intersetoriais, abrangerá, em
respeito da rede privada de saúde que está estabelecendo especial, as seguintes aƟvidades:
um vínculo com a rede pública, por meio de um Contrato ou I – alimentação e nutrição;
um Convênio. Quando falamos de um Consórcio, sabemos
II – saneamento e meio ambiente;
que foi um acordo de pactuação entre dois entes federados,
III – vigilância sanitária e farmacoepidemiologia;
que obviamente são municípios, com a finalidade de assis-
IV – recursos humanos;
Ɵr melhor a população destes municípios para que todos
V – ciência e tecnologia; e
tenham acesso aos serviços de saúde. A LOS determina
VI – saúde do trabalhador.
que apenas os Gestores municipais poderão estabelecer
Art. 14. Deverão ser criadas Comissões Permanentes
essas três formas de acordo com a rede privada e com os
gestores de outros municípios, temos de lembrar que, para de integração entre os serviços de saúde e as insƟ-
isso, tais gestores precisam ter uma habilitação necessária tuições de ensino profissional e superior.
que está melhor descrita nas Normas Operacionais Básicas – Parágrafo único. Cada uma dessas comissões terá por
NOB-SUS. finalidade propor prioridades, métodos e estratégias
Os arts. 12 e 13 desta mesma lei regulamentam o funcio- para a formação e educação conƟnuada dos recursos
namento das Comissões Intersetoriais, criadas justamente humanos do Sistema Único de Saúde (SUS), na esfera
para esta finalidade: fazer toda essa arƟculação entre os correspondente, assim como em relação à pesquisa e
diversos setores do governo que não apenas a saúde, esƟ- à cooperação técnica entre essas insƟtuições.
pulando as seguintes aƟvidades: Art. 14-A. As Comissões IntergestoresBiparƟte e Tri-
• alimentação e nutrição; parƟte são reconhecidas como foros de negociação e
pactuação entre gestores, quanto aos aspectos ope-
• saneamento e meio ambiente;
racionais do Sistema Único de Saúde (SUS). (Incluído
• vigilância sanitária e farmacoepidemiologia; pela Lei nº 12.466, de 2011)
• recursos humanos; Parágrafo único. A atuação das Comissões Interges-
• ciência e tecnologia; toresBiparƟte e TriparƟte terá por objeƟvo: (Incluído
• saúde do trabalhador. pela Lei nº 12.466, de 2011)
I – decidir sobre os aspectos operacionais, financeiros
Além de se estabelecer vínculos da saúde com os demais e administraƟvos da gestão comparƟlhada do SUS,
setores do governo, não podemos deixar de falar das Comis- em conformidade com a definição da políƟca con-
sões Permanentes de Integração (art. 14) que terão como substanciada em planos de saúde, aprovados pelos
responsabilidade uma arƟculação entre os serviços de saúde conselhos de saúde; (Incluído pela Lei nº 12.466, de
e as insƟtuições de ensino profissional e superior, tendo 2011)
como objeƟvo principal a políƟca de formação e a educação II – definir diretrizes, de âmbito nacional, regional e
conƟnuada dos recursos humanos do SUS. intermunicipal, a respeito da organização das redes
Este mesmo arƟgo foi alterado pela Lei nº 12.466, de de ações e serviços de saúde, principalmente no
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

2011. Houve o acréscimo de dois itens que comentam a res- tocante à sua governança insƟtucional e à integração
peito das Comissões Intergestores BiparƟte (CIB) e TriparƟte das ações e serviços dos entes federados; (Incluído
(CIT) (art. 14-A), sua definição, funcionamento e objeƟvos. pela Lei nº 12.466, de 2011)
Na parte B do art. 14, é comentado a respeito dos conselhos III – fixar diretrizes sobre as regiões de saúde, dis-
que irão representar os gestores nestas comissões ditas trito sanitário, integração de territórios, referência
anteriormente, são eles: e contrarreferência e demais aspectos vinculados à
• Conselho Nacional de Secretários de Saúde – Conass, integração das ações e serviços de saúde entre os
instância de representação de todos os Secretários entes federados. (Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011)
Estaduais de Saúde. Art. 14-B. O Conselho Nacional de Secretários de
• Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias
Saúde – Conasems, instância de representação de Municipais de Saúde (Conasems) são reconhecidos
todos os Secretários Municipais de Saúde. como enƟdades representaƟvas dos entes estaduais

18
e municipais para tratar de matérias referentes à saú- • ArƟculação com órgão de fiscalização de exercício
de e declarados de uƟlidade pública e de relevante profissional – éƟca profissional;
função social, na forma do regulamento. (Incluído • Plano de saúde – envolvendo o orçamento e finan-
pela Lei nº 12.466, de 2011) ciamento;
§ 1o O Conass e o Conasems receberão recursos do or- • Pesquisa e estudo;
çamento geral da União por meio do Fundo Nacional • PolíƟca de arƟculação – Consórcios;
de Saúde, para auxiliar no custeio de suas despesas • Poder de polícia sanitária – Fiscalização;
insƟtucionais, podendo ainda celebrar convênios
• PolíƟca de formação de recursos humanos – esơmulo
com a União. (Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011)
à maior instrução dentro do SUS.
§ 2o Os Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde
(Cosems) são reconhecidos como enƟdades que re-
presentam os entes municipais, no âmbito estadual, Devemos lembrar também que a OMS – Organização
para tratar de matérias referentes à saúde, desde Mundial de Saúde – define saúde como: “Completo estado de
que vinculados insƟtucionalmente ao Conasems, na bem estar İsico, mental e social, e não meramente ausência
forma que dispuserem seus estatutos. (Incluído pela de dor ou doença”. Conceito bastante amplo e complexo,
Lei nº 12.466, de 2011) pois são vários fatores que estão envolvidos nesse bem-estar.
Os detalhes do seu funcionamento e regulação já Não se confunda, se o examinador perguntar a definição
foram criados e estabelecidos pelas Normas Opera- de saúde pela OMS, temos o conceito acima, se por acaso for
cionais Básicas do SUS – NOB-SUS. quesƟonado a respeito do conceito segundo a ConsƟtuição
Federal, temos de lembrar que saúde é “direito de todos e
dever do estado”.

Nesta LOS encontramos as principais normas que re-


gulamentam o funcionamento do SUS, e, portanto, temos
uma série de detalhes que têm de ser observados. O art.
15 lista as Atribuições Comuns da União, Estados e Muni-
cípios e Distrito Federal. É importante salientar que essas O art. 15 fala das atribuições comuns da União, dos Esta-
atribuições, de certa forma, já foram distribuídas ao longo dos, do Distrito Federal e Municípios. Veja o arƟgo na íntegra:
da lei, e foram colocadas neste arƟgo apenas para reforçar
ainda mais esta ideia. Art. 15. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
Para facilitar a memorização e o seu entendimento, Municípios exercerão, em seu âmbito administraƟvo,
agrupei em tópicos e de acordo com a semelhança entre as seguintes atribuições:
as atribuições. Vamos estabelecer uma linha de raciocínio, I – definição das instâncias e mecanismos de controle,
o SUS está envolvido em algumas aƟvidades bem peculia- avaliação e de fiscalização das ações e serviços de
res, que são: saúde;
II – administração dos recursos orçamentários e
Ações e Serviços de Saúde (Assistência à Saúde) financeiros desƟnados, em cada ano, à saúde;
• Promoção, Proteção e Recuperação. III – acompanhamento, avaliação e divulgação do
• Mecanismos de fiscalização dessas ações e serviços. nível de saúde da população e das condições am-
• Sistemas de informação. bientais;
IV – organização e coordenação do sistema de infor-
• Nível de saúde da população.
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

mação em saúde;
• Normas técnicas de parâmetros de custo da assistên-
V – elaboração de normas técnicas e estabelecimento
cia à saúde.
de padrões de qualidade e parâmetros de custos que
• Saúde do trabalhador. caracterizam a assistência à saúde;
• Serviços Privados de Saúde. VI – elaboração de normas técnicas e estabelecimen-
• Programas e projetos estratégicos e de atendimento to de padrões de qualidade para promoção da saúde
emergencial. do trabalhador;
VII – parƟcipação de formulação da políƟca e da exe-
Além dessas atribuições citadas, temos outras como: cução das ações de saneamento básico e colaboração
• Saneamento básico e meio ambiente; na proteção e recuperação do meio ambiente;
• Sistema nacional de sangue, componentes e deri- VIII – elaboração e atualização periódica do plano
vados; de saúde;

19
IX – parƟcipação na formulação e na execução da V – parƟcipar da definição de normas, critérios e
políƟca de formação e desenvolvimento de recursos padrões para o controle das condições e dos am-
humanos para a saúde; bientes de trabalho e coordenar a políƟca de saúde
X – elaboração da proposta orçamentária do Sistema do trabalhador;
Único de Saúde - SUS, de conformidade com o plano VI – coordenar e parƟcipar na execução das ações de
de saúde; vigilância epidemiológica;
XI – elaboração de normas para regular as aƟvidades VII – estabelecer normas e executar a vigilância sani-
de serviços privados de saúde, tendo em vista a sua tária de portos, aeroportos e fronteiras, podendo a
relevância pública; execução ser complementada pelos Estados, Distrito
XII – realização de operações externas de natureza Federal e Municípios;
financeira de interesse da saúde, autorizadas pelo VIII – estabelecer critérios, parâmetros e métodos
Senado Federal; para o controle da qualidade sanitária de produtos,
XIII – para atendimento de necessidades coleƟvas, substâncias e serviços de consumo e uso humano;
urgentes e transitórias, decorrentes de situações de IX – promover arƟculação com os órgãos educacio-
perigo iminente, de calamidade pública ou de irrup- nais e de fiscalização do exercício profissional, bem
ção de epidemias, a autoridade competente da esfera como com enƟdades representaƟvas de formação de
administrativa correspondente poderá requisitar recursos humanos na área de saúde;
bens e serviços, tanto de pessoas naturais como de X – formular, avaliar, elaborar normas e parƟcipar na
jurídicas, sendo lhes assegurada justa indenização; execução da políƟca nacional e produção de insumos
XIV – implementar o Sistema Nacional de Sangue, e equipamentos para a saúde, em arƟculação com os
Componentes e Derivados; demais órgãos governamentais;
XV – propor a celebração de convênios, acordos e XI – idenƟficar os serviços estaduais e municipais
protocolos internacionais relaƟvos à saúde, sanea- de referência nacional para o estabelecimento de
mento e meio ambiente; padrões técnicos de assistência à saúde;
XVI – elaborar normas técnico-cienơficas de promo- XII – controlar e fiscalizar procedimentos, produtos
ção, proteção e recuperação da saúde; e substâncias de interesse para a saúde;
XVII – promover arƟculação com os órgãos de fisca- XIII – prestar cooperação técnica e financeira aos
lização do exercício profissional e outras enƟdades Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios para o
representaƟvas da sociedade civil para a definição e aperfeiçoamento da sua atuação insƟtucional;
controle dos padrões éƟcos para pesquisa, ações e XIV – elaborar normas para regular as relações entre
serviços de saúde; o Sistema Único de Saúde - SUS e os serviços privados
XVIII – promover a arƟculação da políƟca e dos planos contratados de assistência à saúde;
de saúde; XV – promover a descentralização para as Unidades
XIX – realizar pesquisas e estudos na área de saúde; Federadas e para os Municípios, dos serviços e ações
XX – definir as instâncias e mecanismos de controle de saúde, respecƟvamente, de abrangência estadual
e fiscalização inerentes ao poder de polícia sanitária; e municipal;
XXI – fomentar, coordenar e executar programas e XVI – normaƟzar e coordenar nacionalmente o Siste-
projetos estratégicos e de atendimento emergencial. ma Nacional de Sangue, Componentes e Derivados;
VI – colaborar na fiscalização das agressões ao meio
Nos próximos arƟgos (arts. 16, 17, 18), encontraremos ambiente que tenham repercussão sobre a saúde hu-
um relato minucioso a respeito de cada uma das compe- mana e atuar, junto aos órgãos municipais, estaduais
tências dos entes federados – União, Estados e Municípios. e federais competentes, para controlá-las;
Percebe-se que existe uma hierarquia explícita nesta relação, VII – formar consórcios administraƟvos intermuni-
obviamente a União entra com a parcela mais “ditatorial”, ou cipais;
seja, é ela quem formula, avalia, apoia e cria as normas, e os VIII – gerir laboratórios públicos de saúde e hemo-
Estados e os Municípios irão cumprir essas normas ou fazer centros;
uma legislação complementar ou suplementar de acordo IX – colaborar com a União e os Estados na exe-
com a realidade encontrada em cada estado ou município. cução da vigilância sanitária de portos, aeroportos
e fronteiras;
Art. 16. À direção nacional do Sistema Único de X – observado o disposto no art. 26 desta Lei, celebrar
Saúde – SUS compete: contratos e convênios com enƟdades prestadoras de
I – formular, avaliar e apoiar políƟcas de alimentação serviços privados de saúde, bem como controlar e
e nutrição; avaliar sua execução;
II – parƟcipar na formulação e na implementação XI – controlar e fiscalizar os procedimentos dos ser-
das políƟcas: viços privados de saúde;
a) de controle das agressões ao meio ambiente; XII – normaƟzar complementarmente as ações e
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

b) de saneamento básico; e serviços públicos de saúde no seu âmbito de atuação.


c) relaƟvas às condições e aos ambientes de trabalho.
III – definir e coordenar os sistemas: O art. 19 cita que para o Distrito Federal compete às
a) de redes integradas de assistência de alta com- funções de Estado e Município.
plexidade; Além dessa informação, existem outras advindas de
b) de rede de laboratórios de saúde pública; atualizações posteriores, tais atualizações que acarretaram
c) de vigilância epidemiológica; e em acréscimos de pelo menos 22 quesitos que versam a
d) vigilância sanitária. respeito de quatro temas principais:
IV – parƟcipar da definição de normas e mecanismos • o subsistema de atenção à saúde indígena (incluído
de controle, com órgãos afins, de agravo sobre o pela Lei nº 9.836, de 1999);
meio ambiente ou dele decorrentes, que tenham • o atendimento e internaçãodomiciliar (Incluído pela
repercussão na saúde humana; Lei nº 10.424, de 2002);

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• a respeito do acompanhamento de gestante no tra- Para que aconteça a incorporação, a exclusão e a altera-
balho de parto, parto e pós-parto imediato (Incluído ção de medicamento ou de alguma tecnologia, faz-se neces-
pela Lei nº 11.108, de 2005); sária a instauração de processo administraƟvo, que deverá
• assistência terapêuƟca e da incorporação de Tecnolo- ser concluído em prazo não superior a 180 dias (contado a
gia em saúde (incluído pela Lei no. 12.401, de 2011). parƟr da data em que foi protocolado o pedido do processo)
podendo ser prorrogável por até 90 dias corridos. Tal pro-
Com relação à atenção à saúde indígena (art. 19-A a H), cesso observará as seguintes determinações:
foi criado um subsistema com as mesmas caracterísƟcas do • apresentação pelo interessado dos documentos e, se
SUS (descentralizado, regionalizado e hierarquizado), com cabível, das amostras de produtos, na forma do regu-
base nos distritos sanitários especiais indígenas, tendo o SUS lamento, com as devidas informações necessárias;
como retaguarda e referência a esse subsistema. A União • realização de consulta pública que inclua a divulgação
financiará este sistema com recursos próprios, os Estados do parecer emiƟdo pela Comissão Nacional de Incor-
e Municípios e outras insƟtuições governamentais e não poração de Tecnologias no SUS;
governamentais poderão atuar complementarmente. • realização de audiência pública, antes da tomada de
Esta parte da lei ainda cita que devem ser levadas em decisão, se a relevância da matéria jusƟficar o evento.
consideração as caracterísƟcas locais e as especificidades
culturais da população em questão, lembrando que tais A comissão emiƟrá parecer/relatório que deverá conter
populações terão o direito de parƟcipar dos organismos as informações perƟnentes ao medicamento ou tecnologia,
colegiados – Conselhos de Saúde, quando for o caso. descrevendo:
Com relação ao atendimento e internação domiciliar • as evidências cienơficas sobre a eficácia, a acurácia, a
(art. 19-I), deverão ser realizados por indicação médica, por efeƟvidade e a segurança do medicamento, produto
equipe mulƟdisciplinar que atuarão nos níveis de medicina ou procedimento objeto do processo, acatadas pelo
preventiva, terapêutica e reabilitadora, incluindo-se os órgão competente para o registro ou a autorização de
seguintes procedimentos: médicos, de enfermagem, fisiote- uso;
rapêuƟcos, psicológicos, assistência social e outros cuidados • a avaliação econômica comparaƟva dos beneİcios e
necessários aos cuidados integrais ao paciente. dos custos em relação às tecnologias já incorporadas,
O art. 19 garante à gestante/parturiente a presença de inclusive no que se refere aos atendimentos domiciliar,
um acompanhante indicado por ela que poderá estar junto ambulatorial ou hospitalar, quando cabível.
durante o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato.
O art. 19, da letra M até a letra U, regula a assistência O art. 19-T comenta sobre as proibições quanto a:
terapêuƟca e a incorporação de tecnologias em saúde, que • pagamento, ressarcimento ou reembolso de medica-
mento, produto e procedimento clínico ou cirúrgico
foi citada na alínea d do inciso I do art. 6º.
experimental, ou de uso não autorizado pela Agência
Para entendermos do que se trata, temos de ficar atentos
Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa;
às seguintes palavras citadas no inciso I do art. 19-M:
• dispensação, pagamento, ressarcimento ou reembolso
• dispensação de medicamentos;
de medicamento e produto, nacional ou importado,
• produtos de interesse para a saúde;
sem registro na Anvisa.
• protocolo clínico e diretrizes terapêuƟcas.
Segue texto da lei:
O primeiro termo, segundo o Conselho Federal de Far-
mácia (Brasil), consiste no “Ato do farmacêuƟco de orienta- Art. 19. Ao Distrito Federal competem as atribuições
ção e fornecimento ao usuário de medicamentos, insumos reservadas aos Estados e aos Municípios.
farmacêuƟcos e correlatos, a ơtulo remunerado ou não”.
O segundo termo citado se refere a: órteses, próteses, CAPÍTULO V
bolsas coletoras e equipamentos médicos. Do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena
E o terceiro termo se refere a documento que estabelece (Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999)
critérios para o diagnósƟco da doença ou do agravo à saúde;
o tratamento preconizado, os medicamentos e os demais Art. 19-A. As ações e serviços de saúde voltados para
produtos; as posologias recomendadas; os mecanismos de o atendimento das populações indígenas, em todo
controle clínico; e o acompanhamento e a verificação dos o território nacional, coleƟva ou individualmente,
resultados terapêuƟcos, a serem seguidos pelos gestores obedecerão ao disposto nesta Lei. (Incluído pela Lei
do SUS. nº 9.836, de 1999)
Caso não exista um protocolo clínico ou diretriz terapêu- Art. 19-B. É insƟtuído um Subsistema de Atenção à
Ɵca estabelecida, tal dispensação será realizada com base Saúde Indígena, componente do Sistema Único de
nas relações de medicamentos insƟtuídas pelo gestor, seja Saúde – SUS, criado e definido por esta Lei, e pela Lei
ele o federal, o estadual ou o municipal. O fornecimento será no 8.142, de 28 de dezembro de 1990, com o qual
pactuado nas Comissões Intergestores TripaƟte (no âmbito
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

funcionará em perfeita integração. (Incluído pela Lei


federal), BiparƟte (no âmbito Estadual) e no Conselho Mu- nº 9.836, de 1999)
nicipal de Saúde (no âmbito municipal). Art. 19-C. Caberá à União, com seus recursos pró-
O art. 19-Q cita a Comissão Nacional de Incorporação de prios, financiar o Subsistema de Atenção à Saúde
Tecnologias que terá um papel importante e fará um trabalho Indígena. (Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999)
de assessoramento ao Ministério da Saúde. Tal comissão Art. 19-D. O SUS promoverá a arƟculação do Subsiste-
terá um representante indicado pelo Conselho Nacional de ma insƟtuído por esta Lei com os órgãos responsáveis
Saúde e outro representante especialista na área indicado pela PolíƟca Indígena do País. (Incluído pela Lei nº
pelo Conselho Federal de Medicina. 9.836, de 1999)
Esta Comissão será responsável pela incorporação, Art. 19-E. Os Estados, Municípios, outras insƟtuições
exclusão ou alteração de novos medicamentos, produtos governamentais e não governamentais poderão atu-
e procedimentos, e também a consƟtuição ou alteração de ar complementarmente no custeio e execução das
protocolo clínico ou diretriz terapêuƟca. ações. (Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999)

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Art. 19-F. Dever-se-á obrigatoriamente levar em obrigados a permiƟr a presença, junto à parturiente,
consideração a realidade local e as especificidades de 1 (um) acompanhante durante todo o período de
da cultura dos povos indígenas e o modelo a ser trabalho de parto, parto e pós-parto imediato. (Incluí-
adotado para a atenção à saúde indígena, que se do pela Lei nº 11.108, de 2005)
deve pautar por uma abordagem diferenciada e § 1o O acompanhante de que trata o caput deste
global, contemplando os aspectos de assistência à arƟgo será indicado pela parturiente. (Incluído pela
saúde, saneamento básico, nutrição, habitação, meio Lei nº 11.108, de 2005)
ambiente, demarcação de terras, educação sanitária § 2o As ações desƟnadas a viabilizar o pleno exercí-
e integração insƟtucional. (Incluído pela Lei nº 9.836, cio dos direitos de que trata este arƟgo constarão
de 1999) do regulamento da lei, a ser elaborado pelo órgão
Art. 19-G. O Subsistema de Atenção à Saúde Indígena competente do Poder ExecuƟvo. (Incluído pela Lei
deverá ser, como o SUS, descentralizado, hierarqui- nº 11.108, de 2005)
zado e regionalizado.(Incluído pela Lei nº 9.836, de Art. 19-L. (Vetado) (Incluído pela Lei nº 11.108, de
1999) 2005)
§ 1o O Subsistema de que trata o caput deste arƟgo
terá como base os Distritos Sanitários Especiais Indí- CAPÍTULO VIII
genas. (Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999) Da Assistência TerapêuƟca e
§ 2o O SUS servirá de retaguarda e referência ao da Incorporação de Tecnologia em Saúde
Subsistema de Atenção à Saúde Indígena, deven- (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
do, para isso, ocorrer adaptações na estrutura e
organização do SUS nas regiões onde residem as Art. 19-M. A assistência terapêuƟca integral a que
populações indígenas, para propiciar essa integração se refere a alínea d do inciso I do art. 6o consiste
e o atendimento necessário em todos os níveis, sem em: (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
discriminações. (Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999) I – dispensação de medicamentos e produtos de
§ 3o As populações indígenas devem ter acesso garan- interesse para a saúde, cuja prescrição esteja em
Ɵdo ao SUS, em âmbito local, regional e de centros conformidade com as diretrizes terapêuƟcas defini-
especializados, de acordo com suas necessidades, das em protocolo clínico para a doença ou o agravo
compreendendo a atenção primária, secundária e à saúde a ser tratado ou, na falta do protocolo, em
terciária à saúde. (Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999) conformidade com o disposto no art. 19-P; (Incluído
Art. 19-H. As populações indígenas terão direito a pela Lei nº 12.401, de 2011)
parƟcipar dos organismos colegiados de formulação, II – oferta de procedimentos terapêuƟcos, em regime
acompanhamento e avaliação das políƟcas de saúde, domiciliar, ambulatorial e hospitalar, constantes de
tais como o Conselho Nacional de Saúde e os Conse- tabelas elaboradas pelo gestor federaldo Sistema
lhos Estaduais e Municipais de Saúde, quando for o Único de Saúde – SUS, realizados no território nacio-
caso. (Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999)
nal por serviço próprio, conveniado ou contratado.
Art. 19-N. Para os efeitos do disposto no art. 19-M,
CAPÍTULO VI
são adotadas as seguintes definições:
Do Subsistema de Atendimento e
I – produtos de interesse para a saúde: órteses,
Internação Domiciliar
próteses, bolsas coletoras e equipamentos médicos;
(Incluído pela Lei nº 10.424, de 2002)
II – protocolo clínico e diretriz terapêuƟca: documen-
Art. 19-I. São estabelecidos, no âmbito do Sistema to que estabelece critérios para o diagnósƟco da
Único de Saúde, o atendimento domiciliar e a interna- doença ou do agravo à saúde; o tratamento preco-
ção domiciliar. (Incluído pela Lei nº 10.424, de 2002) nizado, com os medicamentos e demais produtos
§ 1o Na modalidade de assistência de atendimento e apropriados, quando couber; as posologias reco-
internação domiciliares incluem-se, principalmente, mendadas; os mecanismos de controle clínico; e
os procedimentos médicos, de enfermagem, fisio- o acompanhamento e a verificação dos resultados
terapêuƟcos, psicológicos e de assistência social, terapêuƟcos, a serem seguidos pelos gestores do
entre outros necessários ao cuidado integral dos SUS. (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
pacientes em seu domicílio. (Incluído pela Lei nº Art. 19-O. Os protocolos clínicos e as diretrizes tera-
10.424, de 2002) pêuƟcas deverão estabelecer os medicamentos ou
§ 2o O atendimento e a internação domiciliares serão produtos necessários nas diferentes fases evoluƟvas
realizados por equipes mulƟdisciplinares que atua- da doença ou do agravo à saúde de que tratam, bem
rão nos níveis da medicina prevenƟva, terapêuƟca e como aqueles indicados em casos de perda de eficá-
reabilitadora. (Incluído pela Lei nº 10.424, de 2002) cia e de surgimento de intolerância ou reação adversa
§ 3o O atendimento e a internação domiciliares só relevante, provocadas pelo medicamento, produto ou
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

poderão ser realizados por indicação médica, com procedimento de primeira escolha. (Incluído pela Lei
expressa concordância do paciente e de sua famí- nº 12.401, de 2011)
lia. (Incluído pela Lei nº 10.424, de 2002) Parágrafo único. Em qualquer caso, os medicamentos
ou produtos de que trata o caput deste arƟgo serão
CAPÍTULO VII aqueles avaliados quanto à sua eficácia, segurança,
DO SUBSISTEMA DE ACOMPANHAMENTO efeƟvidade e custo-efeƟvidade para as diferentes
DURANTE O TRABALHO DE PARTO, PARTO fases evoluƟvas da doença ou do agravo à saúde de
E PÓS-PARTO IMEDIATO que trata o protocolo. (Incluído pela Lei nº 12.401,
(Incluído pela Lei nº 11.108, de 2005) de 2011)
Art. 19-P. Na falta de protocolo clínico ou de diretriz
Art. 19-J. Os serviços de saúde do Sistema Único de terapêuƟca, a dispensação será realizada: (Incluído
Saúde – SUS, da rede própria ou conveniada, ficam pela Lei nº 12.401, de 2011)

22
I – com base nas relações de medicamentos insƟ- IV – realização de audiência pública, antes da tomada
tuídas pelo gestor federal do SUS, observadas as de decisão, se a relevância da matéria jusƟficar o
competências estabelecidas nesta Lei, e a respon- evento. (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
sabilidade pelo fornecimento será pactuada na § 2o (Vetado) (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
Comissão Intergestores TriparƟte; (Incluído pela Lei Art. 19-S. (Vetado) (Incluído pela Lei nº 12.401, de
nº 12.401, de 2011) 2011)
II – no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, Art. 19-T. São vedados, em todas as esferas de gestão
de forma suplementar, com base nas relações de do SUS: (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
medicamentos insƟtuídas pelos gestores estaduais I – o pagamento, o ressarcimento ou o reembolso
do SUS, e a responsabilidade pelo fornecimento será de medicamento, produto e procedimento clínico
pactuada na Comissão IntergestoresBiparƟte; (Inclu- ou cirúrgico experimental, ou de uso não autorizado
ído pela Lei nº 12.401, de 2011) pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVI-
III – no âmbito de cada Município, de forma suple- SA; (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
mentar, com base nas relações de medicamentos II – a dispensação, o pagamento, o ressarcimento ou
insƟtuídas pelos gestores municipais do SUS, e a o reembolso de medicamento e produto, nacional ou
responsabilidade pelo fornecimento será pactuada importado, sem registro na Anvisa.
no Conselho Municipal de Saúde. (Incluído pela Lei Art. 19-U. A responsabilidade financeira pelo forneci-
nº 12.401, de 2011) mento de medicamentos, produtos de interesse para
Art. 19-Q. A incorporação, a exclusão ou a alteração a saúde ou procedimentos de que trata este Capítulo
pelo SUS de novos medicamentos, produtos e pro- será pactuada na Comissão Intergestores TriparƟte.
cedimentos, bem como a consƟtuição ou a alteração (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
de protocolo clínico ou de diretriz terapêuƟca, são
atribuições do Ministério da Saúde, assessorado pela Os arts. 20 a 23 (Funcionamento) retratam da par-
Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias Ɵcipação do setor privado dentro do sistema de saúde.
no SUS. (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) Os tópicos são:
§ 1o A Comissão Nacional de Incorporação de Tec- • a assistência à saúde é livre a iniciaƟva privada;
nologias no SUS, cuja composição e regimento são
• observação dos princípios éƟcos e normas expedidas
definidos em regulamento, contará com a parƟcipa-
pelo SUS;
ção de 1 (um) representante indicado pelo Conse-
lho Nacional de Saúde e de 1 (um) representante, • é vedada a parƟcipação direta ou indireta de empre-
especialista na área, indicado pelo Conselho Federal sas de capital estrangeiro na assistência à saúde, salvo
de Medicina. (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) por meio de doações de organismos internacionais
§ 2o O relatório da Comissão Nacional de Incorpora- – exemplo: ONU.
ção de Tecnologias no SUS levará em consideração,
necessariamente: (Incluído pela Lei nº 12.401, de TÍTULO III
2011) DOS SERVIÇOS PRIVADOS DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE
I – as evidências cienơficas sobre a eficácia, a acu-
rácia, a efeƟvidade e a segurança do medicamento, CAPÍTULO I
produto ou procedimento objeto do processo, acata- Do Funcionamento
das pelo órgão competente para o registro ou a auto-
rização de uso; (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) Art. 20. Os serviços privados de assistência à saúde
II – a avaliação econômica comparaƟva dos beneİcios caracterizam-se pela atuação, por iniciaƟva própria,
e dos custos em relação às tecnologias já incorpora- de profissionais liberais, legalmente habilitados, e
das, inclusive no que se refere aos atendimentos do- de pessoas jurídicas de direito privado na promoção,
miciliar, ambulatorial ou hospitalar, quando cabível. proteção e recuperação da saúde.
(Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) Art. 21. A assistência à saúde é livre à iniciativa
Art. 19-R. A incorporação, a exclusão e a alteração a privada.
que se refere o art. 19-Q serão efetuadas mediante a Art. 22. Na prestação de serviços privados de assistên-
instauração de processo administraƟvo, a ser concluí- cia à saúde, serão observados os princípios éƟcos e as
do em prazo não superior a 180 (cento e oitenta) dias, normas expedidas pelo órgão de direção do Sistema
contado da data em que foi protocolado o pedido, Único de Saúde (SUS) quanto às condições para seu
admiƟda a sua prorrogação por 90 (noventa) dias funcionamento.
corridos, quando as circunstâncias exigirem. (Incluído Art. 23. É vedada a parƟcipação direta ou indireta de
pela Lei nº 12.401, de 2011) empresas ou de capitais estrangeiros na assistência
§ 1o O processo de que trata o caput deste arƟgo à saúde, salvo através de doações de organismos
observará, no que couber, o disposto na Lei no 9.784, internacionais vinculados à Organização das Nações
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

de 29 de janeiro de 1999, e as seguintes determina- Unidas, de enƟdades de cooperação técnica e de


ções especiais: (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) financiamento e emprésƟmos.
I – apresentação pelo interessado dos documentos § 1° Em qualquer caso é obrigatória a autorização do
e, se cabível, das amostras de produtos, na forma órgão de direção nacional do Sistema Único de Saúde
do regulamento, com informações necessárias para (SUS), submetendo-se a seu controle as aƟvidades
o atendimento do disposto no § 2o do art. 19-Q; (In- que forem desenvolvidas e os instrumentos que
cluído pela Lei nº 12.401, de 2011) forem firmados.
II – (Vetado) (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) § 2° Excetuam-se do disposto neste arƟgo os serviços
III – realização de consulta pública que inclua a divul- de saúde manƟdos, sem finalidade lucraƟva, por
gação do parecer emiƟdo pela Comissão Nacional de empresas, para atendimento de seus empregados e
Incorporação de Tecnologias no SUS; (Incluído pela dependentes, sem qualquer ônus para a seguridade
Lei nº 12.401, de 2011) social.

23
Os arts. 24 a 26 (parƟcipação complementar) delimitam Os arƟgos seguintes (27 a 28) visam à organização de
a forma de parƟcipação complementar dos serviços privados um sistema de formação de recursos humanos, em todos os
no SUS. São estes os tópicos: níveis de ensino, com a valorização da dedicação exclusiva.
• forma de parƟcipação é complementar, por meio de Além disso, é citada a acumulação legal de dois cargos e para
contrato ou convênio; os cargos e função de chefia e assessoramento só poderão
• prevalecendo o interesse público sobre o privado; ser exercidas em tempo intergral.
• aos proprietários, administradores e dirigentes destas
enƟdades contratadas ou conveniadas ficam vetados
exercer cargos de chefia ou função de confiança den-
tro do SUS;
• dando-se preferência para os serviços não lucraƟvos:
Hospitais Filantrópicos, Santas Casas.

TÍTULO IV
DOS RECURSOS HUMANOS

Art. 27. A políƟca de recursos humanos na área da


saúde será formalizada e executada, arƟculadamen-
te, pelas diferentes esferas de governo, em cumpri-
mento dos seguintes objeƟvos:
CAPÍTULO II I – organização de um sistema de formação de recur-
Da ParƟcipação Complementar sos humanos em todos os níveis de ensino, inclusive
de pós-graduação, além da elaboração de programas
Art. 24. Quando as suas disponibilidades forem de permanente aperfeiçoamento de pessoal;
insuficientes para garanƟr a cobertura assistencial II – (Vetado)
à população de uma determinada área, o Sistema III – (Vetado)
Único de Saúde (SUS) poderá recorrer aos servi- IV – valorização da dedicação exclusiva aos serviços
ços ofertados pela iniciaƟva privada. do Sistema Único de Saúde (SUS).
Parágrafo único. A parƟcipação complementar Parágrafo único. Os serviços públicos que integram
dos serviços privados será formalizada mediante o Sistema Único de Saúde (SUS) consƟtuem campo
contrato ou convênio, observadas, a respeito, as de práƟca para ensino e pesquisa, mediante normas
normas de direito público. específicas, elaboradas conjuntamente com o sistema
Art. 25. Na hipótese do arƟgo anterior, as enƟ- educacional.
dades filantrópicas e as sem fins lucraƟvos terão Art. 28. Os cargos e funções de chefia, direção e
preferência para parƟcipar do Sistema Único de assessoramento, no âmbito do Sistema Único de
Saúde (SUS). Saúde (SUS), só poderão ser exercidas em regime
Art. 26. Os critérios e valores para a remuneração de tempo integral.
de serviços e os parâmetros de cobertura assis- § 1º Os servidores que legalmente acumulam dois
tencial serão estabelecidos pela direção nacional cargos ou empregos poderão exercer suas aƟvidades
do Sistema Único de Saúde (SUS), aprovados no em mais de um estabelecimento do Sistema Único
Conselho Nacional de Saúde. de Saúde (SUS).
§ 1º Na fixação dos critérios, valores, formas de § 2º O disposto no parágrafo anterior aplica-se tam-
reajuste e de pagamento da remuneração aludida bém aos servidores em regime de tempo integral,
neste arƟgo, a direção nacional do Sistema Único com exceção dos ocupantes de cargos ou função de
de Saúde (SUS) deverá fundamentar seu ato em chefia, direção ou assessoramento.
demonstraƟvo econômico-financeiro que garanta
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

a efeƟva qualidade de execução dos serviços Os demais arƟgos que se seguem vão regulamentar o
contratados. financiamento dentro do SUS, disporá sobre as contas es-
§ 2º Os serviços contratados submeter-se-ão às peciais – contas essas que serão uƟlizadas para realizar as
normas técnicas e administraƟvas e aos princípios transferências de recursos, que deverão ser fiscalizadas pelos
e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), conselhos de saúde, e o responsável por esta movimentação
manƟdo o equilíbrio econômico e financeiro do será o gestor de saúde na esfera de poder em que foram
contrato. arrecadadas.
§ 3º (Vetado)
§ 4º Aos proprietários, administradores e diri- Veja os arƟgos na íntegra:
gentes de enƟdades ou serviços contratados é
vedado exercer cargo de chefia ou função de Art. 30. As especializações na forma de treinamento
confiança no Sistema Único de Saúde (SUS). em serviço sob supervisão serão regulamentadas por

24
Comissão Nacional, insƟtuída de acordo com o art. 12 a Estados e Municípios. Constatada a malversação,
desta Lei, garanƟda a parƟcipação das enƟdades desvio ou não aplicação dos recursos, caberá ao Mi-
profissionais correspondentes. nistério da Saúde aplicar as medidas previstas em lei.
Art. 34. As autoridades responsáveis pela distribuição
Do Financiamento dos Recursos da receita efeƟvamente arrecadada transferirão au-
Art. 31. O orçamento da seguridade social desƟnará tomaƟcamente ao Fundo Nacional de Saúde – FNS,
ao Sistema Único de Saúde - SUS de acordo com a observado o critério do parágrafo único deste arƟgo,
receita esƟmada, os recursos necessários à realização os recursos financeiros correspondentes às dotações
de suas finalidades, previstos em proposta elaborada consignadas no Orçamento da Seguridade Social,
pela sua direção nacional, com a parƟcipação dos a projetos e aƟvidades a serem executados no âmbito
órgãos de Previdência Social e da Assistência Social, do Sistema Único de Saúde – SUS.
tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas Parágrafo único. Na distribuição dos recursos finan-
na Lei de Diretrizes Orçamentárias. ceiros da Seguridade Social será observada a mesma
Art. 32. São considerados de outras fontes os recursos proporção da despesa prevista de cada área, no
provenientes de: Orçamento da Seguridade Social.
I – (Vetado);
II – serviços que possam ser prestados sem prejuízo
Desta forma surge um termo que será bastante comen-
da assistência à saúde;
tado, principalmente na Lei nº 8.142/1990, que é a transfe-
III – ajuda, contribuições, doações e donaƟvos;
rência fundo a fundo.
IV – alienações patrimoniais e rendimentos de capital;
V – taxas, multas, emolumentos e preços públicos
arrecadados no âmbito do Sistema Único de Saúde
– SUS; e
VI – rendas eventuais, inclusive comerciais e indus-
triais.
§ 1º Ao Sistema Único de Saúde – SUS caberá metade
da receita de que trata o inciso I deste arƟgo, apurada
mensalmente, a qual será desƟnada à recuperação
de viciados.
§ 2º As receitas geradas no âmbito do Sistema Único
de Saúde – SUS serão creditadas diretamente em
contas especiais, movimentadas pela sua direção, na
esfera de poder onde forem arrecadadas.
§ 3º As ações de saneamento que venham a ser
executadas supleƟvamente pelo Sistema Único de
Saúde – SUS, serão financiadas por recursos tarifá-
rios específicos e outros da União, Estados, Distrito
Percebemos nesse diagrama que cada Fundo de Saúde
Federal, Municípios e, em parƟcular, do Sistema
– Nacional, Estadual e Federal – está relacionado com seu
Financeiro da Habitação – SFH.
respecƟvo Conselho de Saúde – Nacional (CNS), Estadual
§ 4º (Vetado)
(CES) ou Municipal (CMS).
§ 5º As aƟvidades de pesquisa e desenvolvimento
É claro que o detentor do controle destas contas espe-
cienơfico e tecnológico em saúde serão cofinanciadas
ciais, de cada um dos fundos citados, será o órgão represen-
pelo Sistema Único de Saúde – SUS, pelas universida-
des e pelo orçamento fiscal, além de recursos de ins- taƟvo em cada uma das esferas de governo:
Ɵtuições de fomento e financiamento ou de origem • União – Ministério da Saúde;
externa e receita própria das insƟtuições executoras. • Estado – Secretaria de Estado de Saúde;
§ 6º (Vetado) • Município – Secretaria Municipal de Saúde.

Da Gestão Financeira O art. 35 descreve os seguintes critérios para a trans-


Art. 33. Os recursos financeiros do Sistema Único de ferência:
Saúde - SUS serão depositados em conta especial,
em cada esfera de sua atuação, e movimentados I – perfil demográfico da região;
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

sob fiscalização dos respecƟvos Conselhos de Saúde. II – perfil epidemiológico da população a ser coberta;
§ 1º Na esfera federal, os recursos financeiros, origi- III – caracterísƟcas quanƟtaƟvas e qualitaƟvas da rede
nários do Orçamento da Seguridade Social, de outros de saúde na área;
Orçamentos da União, além de outras fontes, serão IV – desempenho técnico, econômico e financeiro
administrados pelo Ministério da Saúde, através do no período anterior;
Fundo Nacional de Saúde. V – níveis de parƟcipação do setor saúde nos orça-
§ 2º (Vetado) mentos estaduais e municipais;
§ 3º (Vetado) VI – previsão do plano quinquenal de invesƟmentos
§ 4º O Ministério da Saúde acompanhará, através de da rede;
seu sistema de auditoria, a conformidade à programa- VII – ressarcimento do atendimento a serviços pres-
ção aprovada da aplicação dos recursos repassados tados para outras esferas de governo.

25
No Capítulo III – Planejamento e Gestão – art. 36, estão § 6º Os imóveis de que trata o parágrafo anterior
estabelecidas as formas de planejamento e orçamento do serão inventariados com todos os seus acessórios,
SUS, a principal informação é que isso acontecerá de forma equipamentos e outros bens móveis e ficarão dispo-
ascendente, ou seja, do nível local até o nível federal. O do- níveis para uƟlização pelo órgão de direção municipal
cumento que será Ɵdo como norteador desse planejamento do Sistema Único de Saúde – SUS ou, eventualmente,
e orçamento será o plano de saúde, seja ele Municipal, pelo estadual, em cuja circunscrição administraƟva se
Estadual ou do DF. encontrem, mediante simples termo de recebimento.
Neste plano deverá conter todas as informações ne- § 7 º (Vetado)
cessárias, ações não previstas serão vetadas, a não ser que § 8º O acesso aos serviços de informáƟca e bases
seja uma situação emergencial ou de calamidade pública. de dados, manƟdos pelo Ministério da Saúde e pelo
Obviamente fica explicito na lei a proibição de desƟnação Ministério do Trabalho e da Previdência Social, será
de recursos para auxílio de insƟtuições com fins lucraƟvos. assegurado às Secretarias Estaduais e Municipais de
Ainda nesse conteúdo encontramos as disposições finais Saúde ou órgãos congêneres, como suporte ao pro-
e transitórias do SUS, entre elas citamos aqui: cesso de gestão, de forma a permiƟr a gerência infor-
• a criação de um sistema de informação em saúde, maƟzada das contas e a disseminação de estaơsƟcas
integrado em todo o território nacional, além de citar sanitárias e epidemiológicas médico hospitalares.
que as bases de dados do Ministério da Saúde e do
Art. 40. (Vetado)
Trabalho e da Previdência Social estão a assegurados
Art. 41. As ações desenvolvidas pela Fundação das
às Secretarias Estadual e Municipal;
• a gratuidade das ações e serviços de saúde; Pioneiras Sociais e pelo InsƟtuto Nacional do Câncer,
• os hospitais universitários estão integrados com o SUS, supervisionadas pela direção nacional do Sistema
mantendo-se a sua autonomia administraƟva e tam- Único de Saúde – SUS, permanecerão como referen-
bém os hospitais das Forças Armadas, em tempos de cial de prestação de serviços, formação de recursos
paz e havendo interesse recíproco, conforme disposto humanos e para transferência de tecnologia.
em convênio; Art. 42. (Vetado)
• os convênios firmados entre a União, os Estados e os Art. 43. A gratuidade das ações e serviços de saúde
Municípios para implantar os Sistemas Unificados e fica preservada nos serviços públicos e privados
Descentralizados de Saúde – SUDS ficam rescindidos contratados, ressalvando-se as cláusulas dos con-
e serão absorvidos pelo atual sistema – SUS. tratos ou convênios estabelecidos com as enƟdades
privadas.
Veja os arƟgos restantes na íntegra: Art. 44. (Vetado)
Art. 45. Os serviços de saúde dos hospitais universi-
Art. 36. O processo de planejamento e orçamento tários e de ensino integram-se ao Sistema Único de
do Sistema Único de Saúde – SUS será ascendente, Saúde - SUS, mediante convênio, preservada a sua
do nível local até o federal, ouvidos seus órgãos de- autonomia administraƟva, em relação ao patrimônio,
liberaƟvos, compaƟbilizando-se as necessidades da aos recursos humanos e financeiros, ensino, pesquisa
políƟca de saúde com a disponibilidade de recursos e extensão nos limites conferidos pelas insƟtuições
em planos de saúde dos Municípios, dos Estados, do a que estejam vinculados.
Distrito Federal e da União. § 1º Os serviços de saúde de sistemas estaduais e
§ 1º Os planos de saúde serão a base das aƟvidades municipais de previdência social deverão integrar-
e programações de cada nível de direção do Sistema -se à direção correspondente do Sistema Único de
Único de Saúde – SUS, e seu financiamento será pre- Saúde – SUS, conforme seu âmbito de atuação, bem
visto na respecƟva proposta orçamentária. como quaisquer outros órgãos e serviços de saúde.
§ 2º É vedada a transferência de recursos para o § 2º Em tempo de paz e havendo interesse recíproco,
financiamento de ações não previstas nos planos os serviços de saúde das Forças Armadas poderão
de saúde, exceto em situações emergenciais ou de integrar-se ao Sistema Único de Saúde – SUS, con-
calamidade pública, na área de saúde.
forme se dispuser em convênio que, para esse fim,
Art. 37. O Conselho Nacional de Saúde estabelecerá
for firmado.
as diretrizes a serem observadas na elaboração dos
Art. 46. O Sistema Único de Saúde – SUS, estabelecerá
planos de saúde, em função das caracterísƟcas epi-
mecanismos de incenƟvos à parƟcipação do setor
demiológicas e da organização dos serviços em cada
jurisdição administraƟva. privado no invesƟmento em ciência e tecnologia e
esƟmulará a transferência de tecnologia das uni-
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

Art. 38. Não será permiƟda a desƟnação de subven-


ções e auxílios a insƟtuições prestadoras de serviços versidades e insƟtutos de pesquisa aos serviços de
de saúde com finalidade lucraƟva. saúde nos Estados, Distrito Federal e Municípios, e às
Art. 39. (Vetado) empresas nacionais.
§ 1º (Vetado) Art. 47. O Ministério da Saúde, em arƟculação com
§ 2º (Vetado) os níveis estaduais e municipais do Sistema Único de
§ 3º (Vetado) Saúde - SUS, organizará, no prazo de 2 (dois) anos, um
§ 4º (Vetado) sistema nacional de informações em saúde, integrado
§ 5º A cessão de uso dos imóveis de propriedade do em todo o território nacional, abrangendo questões
INAMPS para órgãos integrantes do Sistema Único de epidemiológicas e de prestação de serviços.
Saúde – SUS será feita de modo a preservá-los como Art. 48. (Vetado)
patrimônio da Seguridade Social. Art. 49. (Vetado)

26
Art. 50. Os convênios entre a União, os Estados e Vale a pena lembrar que a primeira norma jurídica a citar
os Municípios, celebrados para implantação dos a ParƟcipação da Comunidade foi a ConsƟtuição Federal no
Sistemas Unificados e Descentralizados de Saúde, art. 198, inciso III. Porém, a sua regulamentação só aconte-
ficarão rescindidos à proporção que seu objeto for ceu com o advento desta lei em questão.
sendo absorvido pelo Sistema Único de Saúde – SUS. Essa Lei relata duas formas de ParƟcipação da Comuni-
Art. 51. (Vetado) dade, duas instâncias colegiadas: a Conferência de Saúde
Art. 52. Sem prejuízo de outras sanções cabíveis, e o Conselho de Saúde. Para diferenciá-los basta associar a
consƟtui crime de emprego irregular de verbas ou seguinte linha de raciocínio: a Conferência de Saúde é uma
rendas públicas (Código Penal, art. 315) a uƟlização reunião, um evento que acontece de tempos em tempos (de
de recursos financeiros do Sistema Único de Saúde – 4 em 4 anos) com a função de avaliar a situação de saúde e
SUS em finalidades diversas das previstas nesta Lei. propor diretrizes para formulação da políƟca de saúde pú-
Art. 53. (Vetado) blica em cada uma das esferas de poder, começando pelos
Art. 54. Esta Lei entra em vigor na data de sua pu- Municípios, depois Estados e por úlƟmo a União, caracteri-
blicação. zando assim a forma ascendente. É importante ressaltar que,
Art. 55. São revogadas a Lei nº 2.312, de 3 de setem- se houver necessidade, essa conferência de saúde poderá ser
bro de 1954, a Lei nº 6.229, de 17 de julho de 1975, solicitada a qualquer tempo, por qualquer uma das partes,
e demais disposições em contrário. pelo Poder ExecuƟvo ou pelo próprio Conselho de Saúde,
que veremos a seguir.
PARTICIPAÇÃO POPULAR E CONTROLE
SOCIAL

O Sistema Único de Saúde surgiu devido a uma grande e


forte mobilização da sociedade que estava insaƟsfeita com a
situação caóƟca na qual se encontrava o País, e consequen-
temente, a Saúde Pública. Tal mobilização social deu origem
ao movimento de Reforma Sanitária na década de 1980.
Percebe-se, então, que o SUS foi concebido nessa atmosfera
de parƟcipação popular, por meio de uma manifestação clara
de cidadania.
O movimento foi tão importante que a própria ConsƟ-
tuição Federal cita que um dos princípios do SUS é a ParƟ-
cipação da Comunidade ou Controle Social. Por meio desta O Conselho de Saúde tem caráter permanente e delibe-
ferramenta, o governo consegue estabelecer um canal de raƟvo, órgão colegiado que é formado por representantes
comunicação com a parte mais interessada no sistema de do governo, prestadores de serviços, profissionais de saúde
saúde pública: os usuários do sistema. Esse canal de comuni- (50%) e usuários (50%). Atua também em cada esfera do
cação tem dupla finalidade: ouvir as demandas da população Poder Público – Município, Estado e União.
em questão e fiscalizar o que está sendo feito pelos gestores
locais com relação ao aperfeiçoamento do SUS.
Uma das caracterísƟcas da Municipalização é a formação
dos conselhos de saúde, que tem um papel fiscalizador da
alocação de recursos em saúde. Desta forma, o Ministério da
Saúde e as Secretarias de Saúde (seja Estadual ou Municipal)
devem invesƟr na formação dos conselhos de saúde, dando
instrução e orientação para que os conselheiros, com a fina-
lidade de inseri-los de modo pleno no processo de formação
das políƟcas de saúde locais e fazê-los entender melhor como
funciona todo esse processo do financiamento, dos relatórios
de gestão e os demais detalhes deste processo.

ParƟcipação da Comunidade
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

Essa Lei ainda regulamenta como serão alocados (uƟliza-


dos/invesƟdos) os recursos do FNS – Fundo Nacional de Saú-
Esta norma trouxe as definições de como vai funcionar a de – e ainda cita a forma de transferência: de forma regular e
ParƟcipação da Comunidade, ou também conhecida como automáƟca de acordo com a arƟgo 35 da Lei nº 8.080/1990.
Controle Social. Quando ouvimos este dois termos sinôni-
Com relação aos consórcios, a Lei define que as transfe-
mos, temos de ter em mente que esta é uma ferramenta
rências poderão ocorrer entre os municípios que estabele-
de suma importância para o SUS, pois por meio dela que
ceram o consórcio.
acontece a fiscalização do sistema. Inclusive este é um dos
pontos cruciais para a municipalização, sem os conselhos Existe outro detalhe importante, a transferência regular
de saúde não tem como o município avançar nas formas e automáƟca foi vinculada a uma série de exigências, que
de habilitação, as quais foram insƟtuídas com as Normas foram denominadas de processo de municipalização, são
Operacionais Básicas do SUS. estas as exigências:

27
• Fundo (Municipal) de Saúde; § 5º As Conferências de Saúde e os Conselhos de Saúde
• Conselho (Municipal) de Saúde; terrão sua organização e normas de funcionamento definidas
• Plano (Municipal) de Saúde; em regimento próprio aprovados pelo respecƟvo Conselho.
• Programação e Orçamentação da Saúde – PROS; Art. 2º Os recursos do Fundo Nacional de Saúde – FNS
serão alocados como:
• Plano de carreira, cargos e salários – PCCS.
I – despesas de custeio e de capital do Ministério da
Saúde, seus órgãos e enƟdades, da administração direta e
A Lei atrela o repasse das verbas a essas condições, caso
indireta;
alguma delas não tenham sido cumpridas, tais recursos serão
administrados pelo Estado ou União, se for o caso. II – invesƟmentos previstos em Lei orçamentária, de
iniciaƟva do Poder LegislaƟvo e aprovados pelo Congresso
Nacional;
III – invesƟmentos previstos no Plano Quinquenal do
Ministério da Saúde;
IV – cobertura das ações e serviços de saúde a serem
implementados pelos Municípios, Estados e Distrito Federal.
Parágrafo único. Os recursos referidos no inciso IV deste
arƟgo desƟnar-se-ão a invesƟmentos na rede de serviços,
à cobertura assistencial ambulatorial e hospitalar e às demais
ações de saúde.
Art. 3º Os recursos referidos no inciso IV do art. 2º desta
Lei, serão repassados de forma regular e automáƟca para
os Municípios, Estados e Distrito Federal de acordo com
os critérios previstos no art. 35 da Lei nº 8.080, de 19 de
setembro de 1990.
LEI Nº 8.142, DE 28 DE DEZEMBRO DE 1990 § 1º Enquanto não for regulamentada a aplicação dos cri-
térios previstos no art. 35 da Lei nº 8.080, de 19 de setembro
Dispõe sobre a parƟcipação da de 1990, será uƟlizado, para o repasse de recursos, exclusi-
comunidade na gestão do Sistema vamente o critério estabelecido no § 1º do mesmo arƟgo,
Único de Saúde – SUS e sobre § 2º Os recursos referidos neste arƟgo serão desƟnados,
as transferências intergoverna- pelo menos setenta por cento, aos Municípios, afetando-se
mentais de recursos financeiros o restante aos Estados.
na área da saúde e dá outras § 3º Os municípios poderão estabelecer consórcio para
providências. execução de ações e serviços de saúde, remanejando, entre
si, parcelas de recursos previstos no inciso IV do arƟgo 2º
Art. 1º O Sistema Único de Saúde – SUS de que trata a Lei desta Lei.
nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, contará, em cada esfera
Art. 4º Para receberem os recursos, de que trata o art. 3º
de governo, sem prejuízo das funções do Poder LegislaƟvo,
desta lei, os Municípios, os Estados e o Distrito Federal de-
com as seguintes instâncias colegiadas: verão contar com:
I – a Conferência de Saúde; e
I – Fundo de Saúde;
II – o Conselho de Saúde.
§ 1º A Conferência de Saúde reunir-se-á cada 4 anos com II – Conselho de Saúde, com composição paritária de
a representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a acordo com o Decreto nº 99.438, de 7 de agosto de 1990;
situação de saúde e propor as diretrizes para a formulação III – plano de saúde;
da políƟca de saúde nos níveis correspondentes, convocada IV – relatórios de gestão que permitam o controle de que
pelo Poder ExecuƟvo ou, extraordinariamente, por este ou trata o § 4º do art. 33 da Lei nº 8.080, de 19 de setembro
pelo Conselho de Saúde. de 1990:
§ 2º O Conselho de Saúde, em caráter permanente e V – contraparƟda de recursos para a saúde no respecƟvo
deliberaƟvo, órgão colegiado composto por representantes orçamento;
do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e VI – Comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos
usuários, atua na formulação de estratégias e no controle da e Salários (PCCS), previsto o prazo de (dois) anos para a sua
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

execução da políƟca de saúde na instância correspondente, implantação.


inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas de- Parágrafo único. O não atendimento pelos Municípios,
cisões serão homologadas pelo chefe do poder legalmente ou pelos Estados, ou pelo Distrito Federal dos requisitos
consƟtuído em cada esfera do governo. estabelecidos neste arƟgo, implicará em que os recursos
§ 3º O Conselho Nacional de Secretários de Saúde – concernentes sejam administrados, respecƟvamente, pelos
Conass e o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Estados ou pela União.
Saúde Conasems terão representação no Conselho Nacional Art. 5º É o Ministério da Saúde, mediante Portaria do
de Saúde. Ministro de Estado, autorizado a estabelecer condições para
§ 4º A representação dos usuários nos Conselhos de a aplicação desta Lei.
Saúde e Conferências de Saúde será paritária em relação ao Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
conjunto dos demais segmentos. Art. 7º Revogam-se as disposições em contrário.

28
DECRETO Nº 7.508/2011 DA PRESIDÊNCIA • Contrato OrganizaƟvo da Ação Pública da Saúde – Acor-
do de colaboração firmado entre entes federaƟvos com
DA REPÚBLICA ͵ ATUALIZAÇÃO DA LEI a finalidade de organizar e integrar as ações e serviços
Nº 8.080/1990 de saúde na rede regionalizada e hierarquizada, com
definição de responsabilidades, indicadores e metas de
A Presidência da República no uso de suas atribuições, saúde, critérios de avaliação de desempenho, recursos
por meio do Decreto nº 7.508, de 28 de julho de 2011, traz financeiros que serão disponibilizados, forma de con-
algumas modificações da Lei nº 8.080/1990, com relação à trole e fiscalização de sua execução e demais elementos
organização do SUS, o planejamento da saúde, a assistên- necessários à implementação integrada das ações e
cia à saúde e a arƟculação interfederaƟva dentre outras serviços de saúde;
providências. • Portas de Entrada – Serviços de atendimento inicial à
saúde do usuário no SUS.
Obs.: de acordo com a PolíƟca da Atenção Básica,
a porta de entrada prioritária ao sistema de saúde é
caracterizada pela Estratégia Saúde da Família (ESF);
• Mapa da Saúde – Descrição geográfica da distribui-
ção de recursos humanos e de ações e serviços de
saúde ofertados pelo SUS e pela iniciaƟva privada,
considerando-se a capacidade instalada existente,
os invesƟmentos e o desempenho aferido a parƟr dos
indicadores de saúde do sistema;
• Rede de Atenção à Saúde – Conjunto de ações e ser-
viços de saúde arƟculados em níveis de complexidade
crescente, com a finalidade de garanƟr a integralidade
da assistência à saúde;
• Serviços Especiais de Acesso Aberto – Serviços de saúde
específicos para o atendimento da pessoa que, em razão
de agravo ou de situação laboral, necessita de atendi-
Este esquema tem como finalidade facilitar a compreensão mento especial;
dos principais tópicos comentados neste Decreto. • Protocolo Clínico e Diretriz TerapêuƟca – Documento
que estabelece: critérios para o diagnósƟco da doença
ou do agravo à saúde; o tratamento preconizado, com
os medicamentos e demais produtos apropriados,
quando couber; as posologias recomendadas; os me-
canismos de controle clínico; e o acompanhamento
e a verificação dos resultados terapêuƟcos, a serem
seguidos pelos gestores do SUS.

Acompanhe o texto na íntegra:

CAPÍTULO I
Das Disposições Preliminares

Art. 1º Este Decreto regulamenta a Lei nº 8.080, de 19


de setembro de 1990, para dispor sobre a organização
do Sistema Único de Saúde – SUS, o planejamento
da saúde, a assistência à saúde e a arƟculação in-
terfederaƟva.
Art. 2º Para efeito deste Decreto, considera-se:
I – Região de Saúde – espaço geográfico conơnuo
consƟtuído por agrupamentos de Municípios limí-
trofes, delimitado a parƟr de idenƟdades culturais,
econômicas e sociais e de redes de comunicação e
infraestrutura de transportes comparƟlhados, com a
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

finalidade de integrar a organização, o planejamento


e a execução de ações e serviços de saúde;
II – Contrato OrganizaƟvo da Ação Pública da Saú-
de – acordo de colaboração firmado entre entes federa-
Ɵvos com a finalidade de organizar e integrar as ações e
serviços de saúde na rede regionalizada e hierarquizada,
com definição de responsabilidades, indicadores e
metas de saúde, critérios de avaliação de desempenho,
recursos financeiros que serão disponibilizados, forma
de controle e fiscalização de sua execução e demais
No Capítulo I, o art. 1º retoma conceitos antes estabele-
elementos necessários à implementação integrada das
cidos e traz conceitos novos, listados a seguir: ações e serviços de saúde;

29
III – Portas de Entrada – serviços de atendimento Seção I
inicial à saúde do usuário no SUS; Das Regiões de Saúde
IV – Comissões Intergestores – instâncias de pac-
tuação consensual entre os entes federaƟvos para Art. 4º As Regiões de Saúde serão insƟtuídas pelo
definição das regras da gestão comparƟlhada do SUS; Estado, em arƟculação com os Municípios, respei-
V – Mapa da Saúde – descrição geográfica da distri- tadas as diretrizes gerais pactuadas na Comissão
buição de recursos humanos e de ações e serviços Intergestores TriparƟte – CIT a que se refere o inciso
de saúde ofertados pelo SUS e pela iniciaƟva privada, I do art. 30.
considerando-se a capacidade instalada existente, § 1º Poderão ser insƟtuídas Regiões de Saúde inte-
os invesƟmentos e o desempenho aferido a parƟr restaduais, compostas por Municípios limítrofes, por
dos indicadores de saúde do sistema; ato conjunto dos respecƟvos Estados em arƟculação
VI – Rede de Atenção à Saúde – conjunto de ações com os Municípios.
e serviços de saúde arƟculados em níveis de com- § 2º A insƟtuição de Regiões de Saúde situadas em
plexidade crescente, com a finalidade de garanƟr a
áreas de fronteira com outros países deverá respeitar
integralidade da assistência à saúde;
as normas que regem as relações internacionais.
VII – Serviços Especiais de Acesso Aberto – serviços de
saúde específicos para o atendimento da pessoa que,
Quanto à regionalização, o decreto relembra os conceitos
em razão de agravo ou de situação laboral, necessita de
atendimento especial; e relaƟvos às regiões de saúde, que já foram citadas, exausƟ-
VIII – Protocolo Clínico e Diretriz TerapêuƟca – do- vamente, pelas NOAS-SUS 01/2001 e NOAS – SUS 01/2002
cumento que estabelece: critérios para o diagnós- e Pacto pela Saúde de 2006, no componente do Pacto de
Ɵco da doença ou do agravo à saúde; o tratamento Gestão do SUS. Mesmo assim, é importante conhecer os
preconizado, com os medicamentos e demais pro- arts. 5º, 6º e 7º.
dutos apropriados, quando couber; as posologias
recomendadas; os mecanismos de controle clínico; e Art. 5º Para ser insƟtuída, a Região de Saúde deve
o acompanhamento e a verificação dos resultados te- conter, no mínimo, ações e serviços de:
rapêuƟcos, a serem seguidos pelos gestores do SUS. I – atenção primária;
II – urgência e emergência;
O Capítulo II trata de dois princípios basilares do SUS: na III – atenção psicossocial;
Seção I, retoma conceitos importantes da Regionalização, e IV – atenção ambulatorial especializada e hospita-
na seção II reforça a questão da Hierarquização. lar; e
O art. 3º (Capítulo II – Da Organização do SUS) reforça V – vigilância em saúde.
o conceito do SUS, ações e serviços de saúde com foco Parágrafo único. A insƟtuição das Regiões de Saúde
nos três níveis de assistência à saúde: promoção, proteção observará cronograma pactuado nas Comissões
e recuperação, citando logicamente a regionalização e a Intergestores.
hierarquização, além da participação complementar da Art. 6º As Regiões de Saúde serão referência para as
iniciaƟva privada. transferências de recursos entre os entes federaƟvos.
Art. 7º As Redes de Atenção à Saúde estarão com-
preendidas no âmbito de uma Região de Saúde,
ou de várias delas, em consonância com diretrizes
pactuadas nas Comissões Intergestores.
Parágrafo único. Os entes federaƟvos definirão os
seguintes elementos em relação às Regiões de Saúde:
I – seus limites geográficos;
II – população usuária das ações e serviços;
III – rol de ações e serviços que serão ofertados; e
IV – respecƟvas responsabilidades, critérios de acessibi-
lidade e escala para conformação dos serviços.
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

Os outros arƟgos irão abordar questões perƟnentes à


própria regionalização (Regiões de Saúde) e Hierarquização.

CAPÍTULO II
Da Organização do SUS

Art. 3º O SUS é consƟtuído pela conjugação das ações


e serviços de promoção, proteção e recuperação da
saúde executados pelos entes federaƟvos, de forma
direta ou indireta, mediante a parƟcipação comple-
mentar da iniciaƟva privada, sendo organizado de
forma regionalizada e hierarquizada.

30
Leia a seguir os arts. de 10 a 14:

Art. 10. Os serviços de atenção hospitalar e os ambula-


toriais especializados, entre outros de maior complexi-
dade e densidade tecnológica, serão referenciados pelas
Portas de Entrada de que trata o art. 9º.
Art. 11. O acesso universal e igualitário às ações e aos
serviços de saúde será ordenado pela atenção primá-
ria e deve ser fundado na avaliação da gravidade do
risco individual e coleƟvo e no critério cronológico,
observadas as especificidades previstas para pessoas
com proteção especial, conforme legislação vigente.
Parágrafo único. A população indígena contará com
regramentos diferenciados de acesso, compaơveis
com suas especificidades e com a necessidade de
assistência integral à sua saúde, de acordo com dis-
posições do Ministério da Saúde.
Na seção subsequente, Seção II, descreve-se os detalhes
Art. 12. Ao usuário será assegurada a conƟnuidade do
da hierarquização, comentando a forma de acesso e redefi-
cuidado em saúde, em todas as suas modalidades, nos
nindo as portas de entrada às ações e aos serviços de saúde.
serviços, hospitais e em outras unidades integrantes da
Em anexo o texto da lei: rede de atenção da respecƟva região.
Parágrafo único. As Comissões Intergestores pactu-
Seção II arão as regras de conƟnuidade do acesso às ações e
Da Hierarquização aos serviços de saúde na respecƟva área de atuação.
Art. 13. Para assegurar ao usuário o acesso universal,
Art. 8º O acesso universal, igualitário e ordenado às igualitário e ordenado às ações e serviços de saúde
ações e serviços de saúde se inicia pelas Portas de do SUS, caberá aos entes federaƟvos, além de ou-
Entrada do SUS e se completa na rede regionalizada tras atribuições que venham a ser pactuadas pelas
e hierarquizada, de acordo com a complexidade do Comissões Intergestores:
serviço. I – garanƟr a transparência, a integralidade e a equidade
Art. 9º São Portas de Entrada às ações e aos serviços no acesso às ações e aos serviços de saúde;
de saúde nas Redes de Atenção à Saúde os serviços: II – orientar e ordenar os fluxos das ações e dos
I – de atenção primária; serviços de saúde;
III – monitorar o acesso às ações e aos serviços de
II – de atenção de urgência e emergência;
saúde; e
III – de atenção psicossocial; e
IV – ofertar regionalmente as ações e os serviços
IV – especiais de acesso aberto. de saúde.
Parágrafo único. Mediante jusƟficaƟva técnica e de Art. 14. O Ministério da Saúde disporá sobre critérios,
acordo com o pactuado nas Comissões Intergestores, diretrizes, procedimentos e demais medidas que
os entes federaƟvos poderão criar novas Portas de auxiliem os entes federaƟvos no cumprimento das
Entrada às ações e serviços de saúde, considerando atribuições previstas no art. 13.
as caracterísƟcas da Região de Saúde.
O Capítulo III regulamenta o Planejamento da Saúde,
Ainda consta que o acesso universal e igualitário deverá citando que o processo acontecerá de forma ascendente,
ser ordenado pela atenção primária e deverá ser fundado do nível local até o federal.
na avaliação da gravidade do risco individual e coleƟvo e no Temos o entendimento que o planejamento de saúde
critério cronológico. Sendo que a população indígena contará é estabelecido pelo Plano de Saúde, seja ele municipal,
com regras diferenciadas de acordo com as disposições do estadual ou federal e nele se encontram as metas de saúde,
Ministério da Saúde. além da compaƟbilização das necessidades das políƟcas de
saúde com os recursos financeiros disponibilizados. É claro
que deverão ser elaborados tais planos de acordo com as
caracterísƟcas epidemiológicas e da organização de serviços
nas regiões de saúde de cada ente federado.
O Conselho Nacional de Saúde tem um prazo de 180
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

dias (a parƟr da publicação do Decreto) para estabelecer


as diretrizes a serem observadas na elaboração dos planos
de saúde.
Um dos pontos de apoio para a elaboração desse plane-
jamento é o Mapa da Saúde, que inclusive contará com os
serviços prestados pela iniciaƟva privada, complementar ou
não ao SUS. Os mapas de saúde serão regionais, estaduais
e nacional.
Cabe às CIBs, instâncias colegiadas, a responsabilidade
por esƟpular as etapas deste processo e os prazos do plane-
jamento municipal em conformidade com os planejamentos
estadual e nacional.

31
CAPÍTULO IV
Da Assistência à Saúde

Art. 20. A integralidade da assistência à saúde se


inicia e se completa na Rede de Atenção à Saúde, me-
diante referenciamento do usuário na rede regional
e interestadual, conforme pactuado nas Comissões
Intergestores.

CAPÍTULO III
Do Planejamento da Saúde

Art. 15. O processo de planejamento da saúde


será ascendente e integrado, do nível local até o
federal, ouvidos os respecƟvos Conselhos de Saúde,
compaƟbilizando-se as necessidades das políƟcas de
saúde com a disponibilidade de recursos financeiros.
§ 1º O planejamento da saúde é obrigatório para
os entes públicos e será indutor de políƟcas para a
Seção I
iniciaƟva privada. Da Relação Nacional de Ações e Serviços
§ 2º A compaƟbilização de que trata o caput será de Saúde – Renases
efetuada no âmbito dos planos de saúde, os quais
serão resultado do planejamento integrado dos Art. 21. A Relação Nacional de Ações e Serviços de
entes federaƟvos, e deverão conter metas de saúde. Saúde – Renases compreende todas as ações e serviços
§ 3º O Conselho Nacional de Saúde estabelecerá as que o SUS oferece ao usuário para atendimento da
diretrizes a serem observadas na elaboração dos integralidade da assistência à saúde.
planos de saúde, de acordo com as caracterísƟcas Art. 22. O Ministério da Saúde disporá sobre a Renases
epidemiológicas e da organização de serviços nos em âmbito nacional, observadas as diretrizes pactuadas
entes federaƟvos e nas Regiões de Saúde. pela CIT.
Art. 16. No planejamento devem ser considerados os Parágrafo único. A cada dois anos, o Ministério da
serviços e as ações prestados pela iniciaƟva privada, Saúde consolidará e publicará as atualizações da
de forma complementar ou não ao SUS, os quais renases.
deverão compor os Mapas da Saúde regional, esta- Art. 23. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
dual e nacional. Municípios pactuarão nas respecƟvas Comissões
Art. 17. O Mapa da Saúde será uƟlizado na idenƟfica- Intergestores as suas responsabilidades em relação
ção das necessidades de saúde e orientará o planeja- ao rol de ações e serviços constantes da renases.
mento integrado dos entes federaƟvos, contribuindo Art. 24. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
para o estabelecimento de metas de saúde. poderão adotar relações específicas e complemen-
Art. 18. O planejamento da saúde em âmbito estadual tares de ações e serviços de saúde, em consonância
deve ser realizado de maneira regionalizada, a parƟr com a renases, respeitadas as responsabilidades
das necessidades dos Municípios, considerando o dos entes pelo seu financiamento, de acordo com o
estabelecimento de metas de saúde. pactuado nas Comissões Intergestores.
Art. 19. Compete à Comissão Intergestores BiparƟ-
te – CIB de que trata o inciso II do art. 30 pactuar
as etapas do processo e os prazos do planejamento
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

municipal em consonância com os planejamentos


estadual e nacional.

O Capítulo IV trata da Assistência à Saúde, relembrando


o conceito da integralidade da assistência à saúde, que de
fato acontece na própria Rede de Atenção à Saúde, pois o
paciente começa o seu trajeto pelas portas de entrada do
sistema, que já foram citadas no início do decreto, podendo
chegar até o nível mais alto de complexidade, no qual en-
contramos, por exemplo, transplantes de órgãos e a própria
reabilitação. Este capítulo também traz as normas a respeito
do renases e rename.

32
Seção II No Capítulo V está descrita a ArƟculação InterfederaƟva,
Da Relação Nacional de Medicamentos que é função das Comissões Intergestores (Seção I), em cada
Essenciais – Rename um dos três níveis de governo: Federal, Estadual e Municipal
e citando também a Comissão Intergestora Regional, no âm-
Art. 25. A Relação Nacional de Medicamentos Essen- bito regional, com a sua vinculação a Secretaria Estadual de
ciais – Rename compreende a seleção e a padroniza- Saúde. Tais Comissões são formadas pelos próprios gestores
ção de medicamentos indicados para atendimento de que são representados pelos respecƟvos conselhos: Conass,
doenças ou de agravos no âmbito do SUS. Conasems e Cosems.
Parágrafo único. A Rename será acompanhada do
Formulário TerapêuƟco Nacional – FTN que subsi-
diará a prescrição, a dispensação e o uso dos seus
medicamentos.
Art. 26. O Ministério da Saúde é o órgão competente
para dispor sobre a Rename e os Protocolos Clínicos
e Diretrizes TerapêuƟcas em âmbito nacional, obser-
vadas as diretrizes pactuadas pela CIT.
Parágrafo único. A cada dois anos, o Ministério da
Saúde consolidará e publicará as atualizações da
Rename, do respecƟvo FTN e dos Protocolos Clínicos
e Diretrizes TerapêuƟcas.
Art. 27. O Estado, o Distrito Federal e o Município po-
derão adotar relações específicas e complementares
de medicamentos, em consonância com a Rename,
respeitadas as responsabilidades dos entes pelo Veja os arƟgos referentes a esse tópico:
financiamento de medicamentos, de acordo com o
pactuado nas Comissões Intergestores. CAPÍTULO V
Art. 28. O acesso universal e igualitário à assistência Da ArƟculação InterfederaƟva
farmacêuƟca pressupõe, cumulaƟvamente:
I – estar o usuário assisƟdo por ações e serviços de Seção I
saúde do SUS; Das Comissões Intergestores
II – ter o medicamento sido prescrito por profissio-
nal de saúde, no exercício regular de suas funções Art. 30. As Comissões Intergestores pactuarão a
no SUS; organização e o funcionamento das ações e serviços
III – estar a prescrição em conformidade com a Rena- de saúde integrados em redes de atenção à saúde,
me e os Protocolos Clínicos e Diretrizes TerapêuƟcas sendo:
ou com a relação específica complementar estadual, I – a CIT, no âmbito da União, vinculada ao Ministério
distrital ou municipal de medicamentos; e da Saúde para efeitos administraƟvos e operacionais;
IV – ter a dispensação ocorrido em unidades indica- II – a CIB, no âmbito do Estado, vinculada à Secreta-
das pela direção do SUS. ria Estadual de Saúde para efeitos administraƟvos e
§ 1º Os entes federaƟvos poderão ampliar o acesso operacionais; e
do usuário à assistência farmacêuƟca, desde que III – a Comissão Intergestores Regional – CIR, no
âmbito regional, vinculada à Secretaria Estadual de
questões de saúde pública o jusƟfiquem.
Saúde para efeitos administraƟvos e operacionais,
§ 2º O Ministério da Saúde poderá estabelecer regras
devendo observar as diretrizes da CIB.
diferenciadas de acesso a medicamentos de caráter
Art. 31. Nas Comissões Intergestores, os gestores
especializado.
públicos de saúde poderão ser representados pelo
Art. 29. A Rename e a relação específica complemen- Conselho Nacional de Secretários de Saúde – Conass,
tar estadual, distrital ou municipal de medicamentos pelo Conselho Nacional de Secretarias Municipais
somente poderão conter produtos com registro na de Saúde – Conasems e pelo Conselho Estadual de
Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa. Secretarias Municipais de Saúde – Cosems.

Na sequência, o art. 32 comenta a respeito dos tópicos


em que tais comissões entrarão em acordo e eles são:
• aspectos operacionais, financeiros e administraƟvos
da gestão comparƟlhada do SUS;
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

• diretrizes gerais sobre as Regiões de saúde, e das


redes de atenção à saúde e a responsabilização de
cada ente; federado nestas redes de saúde;
• referências das regiões intraestaduais e interesta-
duais de saúde com foco no atendimento integral a
saúde da população.

Veja o referido arƟgo na íntegra:

Art. 32. As Comissões Intergestores pactuarão:


I – aspectos operacionais, financeiros e administraƟ-
vos da gestão comparƟlhada do SUS, de acordo com

33
a definição da políƟca de saúde dos entes federa- a finalidade de garanƟr a integralidade da assistência
Ɵvos, consubstanciada nos seus planos de saúde, aos usuários.
aprovados pelos respecƟvos conselhos de saúde; Parágrafo único. O Contrato OrganizaƟvo de Ação
II – diretrizes gerais sobre Regiões de Saúde, integra- Pública da Saúde resultará da integração dos planos
ção de limites geográficos, referência e contrarrefe- de saúde dos entes federaƟvos na Rede de Atenção
rência e demais aspectos vinculados à integração das à Saúde, tendo como fundamento as pactuações
ações e serviços de saúde entre os entes federaƟvos; estabelecidas pela CIT.
III – diretrizes de âmbito nacional, estadual, regional Art. 35. O Contrato OrganizaƟvo de Ação Pública
e interestadual, a respeito da organização das redes da Saúde definirá as responsabilidades individuais
de atenção à saúde, principalmente no tocante à ges- e solidárias dos entes federaƟvos com relação às
tão insƟtucional e à integração das ações e serviços ações e serviços de saúde, os indicadores e as metas
dos entes federaƟvos; de saúde, os critérios de avaliação de desempenho,
IV – responsabilidades dos entes federaƟvos na Rede os recursos financeiros que serão disponibilizados,
de Atenção à Saúde, de acordo com o seu porte demo- a forma de controle e fiscalização da sua execução
gráfico e seu desenvolvimento econômico-financeiro, e demais elementos necessários à implementação
estabelecendo as responsabilidades individuais e as integrada das ações e serviços de saúde.
solidárias; e § 1º O Ministério da Saúde definirá indicadores nacio-
V – referências das regiões intraestaduais e interes- nais de garanƟa de acesso às ações e aos serviços de
taduais de atenção à saúde para o atendimento da saúde no âmbito do SUS, a parƟr de diretrizes estabe-
integralidade da assistência. lecidas pelo Plano Nacional de Saúde.
Parágrafo único. Serão de competência exclusiva da § 2º O desempenho aferido a parƟr dos indicadores
CIT a pactuação: nacionais de garanƟa de acesso servirá como parâ-
I – das diretrizes gerais para a composição da Re- metro para avaliação do desempenho da prestação
nases; das ações e dos serviços definidos no Contrato
II – dos critérios para o planejamento integrado das OrganizaƟvo de Ação Pública de Saúde em todas as
ações e serviços de saúde da Região de Saúde, em Regiões de Saúde, considerando-se as especificidades
razão do comparƟlhamento da gestão; e municipais, regionais e estaduais.
III – das diretrizes nacionais, do financiamento e das Art. 36. O Contrato OrganizaƟvo da Ação Pública de
questões operacionais das Regiões de Saúde situadas Saúde conterá as seguintes disposições essenciais:
em fronteiras com outros países, respeitadas, em I – idenƟficação das necessidades de saúde locais e
todos os casos, as normas que regem as relações regionais;
internacionais. II – oferta de ações e serviços de vigilância em saúde,
promoção, proteção e recuperação da saúde em
A Seção II desse Capítulo V aborda um tema novo: Con- âmbito regional e inter-regional;
trato OrganizaƟvo da Ação Pública de Saúde, que reflete a III – responsabilidades assumidas pelos entes federaƟ-
organização e integração das ações e serviços de saúde sob vos perante a população no processo de regionalização,
a responsabilidade dos entes federados em uma região de as quais serão estabelecidas de forma individualizada,
saúde. A lei também define como um acordo de colabora- de acordo com o perfil, a organização e a capacidade
ção entre tais entes federados para a organização de rede de prestação das ações e dos serviços de cada ente
interfederaƟva. federaƟvo da Região de Saúde;
Este Contrato é resultante da integração dos planos de IV – indicadores e metas de saúde;
saúde na Rede de Atenção Básica, e Ministério da Saúde ira V – estratégias para a melhoria das ações e serviços
definir quais serão os indicadores de garanƟa de acesso às de saúde;
ações e aos serviços de saúde a parƟr das diretrizes estabele- VI – critérios de avaliação dos resultados e forma de
cidas no Plano Nacional de Saúde. A parƟr destes indicadores monitoramento permanente;
será feita a avaliação de desempenho destas ações e serviços VII – adequação das ações e dos serviços dos entes
definidos no Contrato. federaƟvos em relação às atualizações realizadas na
Este documento conterá, então, as responsabilidades Renases;
individuais e solidárias dos entes federaƟvos, os indicadores VIII – invesƟmentos na rede de serviços e as respec-
e metas de saúde, os critérios de avaliação de desempenho, Ɵvas responsabilidades; e
os recursos financeiros disponibilizados, a forma de controle IX – recursos financeiros que serão disponibilizados
e fiscalização e os outros elementos necessários a sua im- por cada um dos parơcipes para sua execução.
plementação. Parágrafo único. O Ministério da Saúde poderá insƟ-
Veja o texto na íntegra: tuir formas de incenƟvo ao cumprimento das metas
de saúde e à melhoria das ações e serviços de saúde.
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

Seção II Art. 37. O Contrato OrganizaƟvo de Ação Pública de


Do Contrato OrganizaƟvo da Ação Saúde observará as seguintes diretrizes básicas para
Pública da Saúde fins de garanƟa da gestão parƟcipaƟva:
I – estabelecimento de estratégias que incorporem a
Art. 33. O acordo de colaboração entre os entes fe- avaliação do usuário das ações e dos serviços, como
deraƟvos para a organização da rede interfederaƟva ferramenta de sua melhoria;
de atenção à saúde será firmado por meio de Contrato II – apuração permanente das necessidades e inte-
OrganizaƟvo da Ação Pública da Saúde. resses do usuário; e
Art. 34. O objeto do Contrato OrganizaƟvo de Ação III – publicidade dos direitos e deveres do usuário
Pública da Saúde é a organização e a integração das na saúde em todas as unidades de saúde do SUS,
ações e dos serviços de saúde, sob a responsabilidade inclusive nas unidades privadas que dele parƟcipem
dos entes federaƟvos em uma Região de Saúde, com de forma complementar.

34
Ainda estão incluídas algumas questões bem relevantes, Na parte das Disposições Finais, encontramos um alerta
que devem ser lembradas como, por exemplo: do Ministério da Saúde ao não cumprimento das normas
• a humanização do atendimento, citado como fator deste decreto, sendo correlacionadas as seguintes situações:
determinante para o estabelecimentos das metas de • descumprimento injusƟficado de responsabilidades
saúde; na prestação de ações e serviços;
• toda a pactuação deste Contrato acontecerá por meio • não apresentação do Relatório de Gestão – ferramenta
da CIT, e a SES coordenará a implementação; imprescindível para o controle na saúde;
• o Sistema Nacional de Auditoria e Avaliação do SUS • a não aplicação, ou desvio ou malversão de recursos
fará o controle e a fiscalização por meio do Relatório financeiros;
de Gestão, instrumento criado pela Lei n° 8.142/1990, • e outros atos de natureza ilícita.
para idenƟficar o andamento das ações e serviços em
saúde; O art. 43 já determina que a primeira Renases é a soma-
• cabe aos parƟcipantes monitorar e avaliar a execução tória de todas as ações e serviços de saúde que são ofertados
deste contrato; pelo SUS na data de publicação deste Decreto, que entra em
• os dados serão incluídos no Sistema de Informação vigor nesta mesma data.
em saúde organizados pelo Ministério da Saúde, e o Vejamos o texto na íntegra:
respecƟvo conselho de saúde fará o monitoramento.
CAPÍTULO VI
Das Disposições Finais

Art. 42. Sem prejuízo das outras providências legais,


o Ministério da Saúde informará aos órgãos de con-
trole interno e externo:
I – o descumprimento injusƟficado de responsabili-
dades na prestação de ações e serviços de saúde e de
outras obrigações previstas neste Decreto;
II – a não apresentação do Relatório de Gestão a
que se refere o inciso IV do art. 4º da Lei nº 8.142,
de 1990;
III – a não aplicação, malversação ou desvio de re-
cursos financeiros; e
IV – outros atos de natureza ilícita de que Ɵver co-
nhecimento.
Art. 43. A primeira Renases é a somatória de todas as
ações e serviços de saúde que na data da publicação
deste Decreto são ofertados pelo SUS à população,
Em seguida, os demais arƟgos deste capítulo: por meio dos entes federados, de forma direta ou
indireta.
Art. 38. A humanização do atendimento do usuário Art. 44. O Conselho Nacional de Saúde estabelecerá
será fator determinante para o estabelecimento das as diretrizes de que trata o § 3º do art. 15 no prazo
metas de saúde previstas no Contrato OrganizaƟvo de cento e oitenta dias a parƟr da publicação deste
de Ação Pública de Saúde. Decreto.
Art. 39. As normas de elaboração e fluxos do Con- Art. 45. Este Decreto entra em vigor na data de sua
trato OrganizaƟvo de Ação Pública de Saúde serão publicação.
pactuados pelo CIT, cabendo à Secretaria de Saúde
Estadual coordenar a sua implementação.
Art. 40. O Sistema Nacional de Auditoria e Avaliação
do SUS, por meio de serviço especializado, fará o
controle e a fiscalização do Contrato OrganizaƟvo de
Ação Pública da Saúde.
§ 1º O Relatório de Gestão a que se refere o inciso IV
do art. 4º da Lei nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990,
conterá seção específica relaƟva aos compromissos
assumidos no âmbito do Contrato OrganizaƟvo de
Ação Pública de Saúde.
§ 2º O disposto neste arƟgo será implementado em
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

conformidade com as demais formas de controle e


fiscalização previstas em Lei.
Art. 41. Aos parơcipes caberá monitorar e avaliar a
execução do Contrato OrganizaƟvo de Ação Pública PACTO PELA SAÚDE ͵ 2006
de Saúde, em relação ao cumprimento das metas
estabelecidas, ao seu desempenho e à aplicação dos Este documento é resultado de uma pactuação firmada
recursos disponibilizados. pelos três níveis gestão do SUS, esfera Federal, Estadual, Mu-
Parágrafo único. Os parơcipes incluirão dados sobre nicipal e o Distrito Federal em reunião da CIT, de 26/1/2006,
o Contrato OrganizaƟvo de Ação Pública de Saúde no aprovado no CNS, em 9/2/2006, com sua publicado em
sistema de informações em saúde organizado pelo Portaria GM/MS nº 399, de 22/2/2006. Neste documento
Ministério da Saúde e os encaminhará ao respecƟvo os gestores do Sistema Único de Saúde se comprometeram
Conselho de Saúde para monitoramento. a revisá-lo ano após ano.

35
Esta normaƟva traz um breve histórico do SUS no país, II – Pacto em Defesa do SUS
lembrando os avanços obtidos, resultados alcançados,
obstáculos vencidos, como também um breve inventário O Pacto em Defesa do SUS consisƟrá em ações concretas
da rede de saúde pública nacional com relação às unidades e arƟculadas pelas três instâncias federaƟvas no senƟdo de
de atendimento e os atendimentos realizados à população. reforçar o SUS como políƟca de Estado e não meramente
Encontramos neste documento a definição das priorida- como políƟca estabelecida pelos governos vigentes; e defesa
des arƟculadas e integradas em três componentes: dos princípios basilares dessa políƟca pública, declarados na
1. Pacto pela Vida; ConsƟtuição Federal.
2. Pacto em Defesa do SUS; e Os objeƟvos deste segundo pilar são:
3. Pacto de Gestão do SUS. 1. Implementar um projeto permanente de mobilização
social com finalidade de:
Estas prioridades acima serão expressas por meio de a. Mostrar a saúde como direito de cidadania e o SUS
como sistema público universal garanƟdor desses
objeƟvos e metas nacionais, estaduais e municipais, decla-
direitos.
radas no Termo de Compromisso e Gestão (TCG), assumidos
b. Regulamentar a Emenda ConsƟtucional nº 29.
por cada um dos entes federados. As prioridades estaduais
c. Incrementar os recursos orçamentários.
ou regionais podem ser agregadas às prioridades nacionais, d. Aprovar o orçamento do SUS, composto pelos or-
conforme pactuação local. çamentos das três esferas de gestão, explicitando
O TCG ao ser assinado por cada ente federado subsƟtui o compromisso de cada uma delas.
os anƟgos modos de gestão estabelecidos pela NOAS-SUS, 2. Elaboração e divulgação da Carta dos Direitos dos
que são os três pilares em que se apoia este norma do SUS, Usuários do Sistema Único de Saúde.
obviamente temos que entender que cada um desses pilares
se refere a uma parte do sistema que deverá ser trabalhada, III – Pacto de Gestão do SUS
desenvolvida para que toda a população usufrua de um
sistema de saúde cada vez mais acessível, equânime, com O Pacto de Gestão estabelece as responsabilidades claras
atendimento integral e resoluƟvo. de cada ente federado de forma a diminuir as competências
concorrentes e a tornar mais claro quem deve fazer o quê,
I – Pacto pela Vida Humana contribuindo, assim, para o fortalecimento da gestão com-
parƟlhada e solidária do SUS.
O Pacto pela Vida está consƟtuído por um conjunto de Tratando ainda da intensificação da descentralização de
compromissos sanitários, resultado da análise da situação atribuições do Ministério da Saúde para os Estados e Municí-
de saúde da população País e das prioridades definidas pelos pios que reforça a territorialização da saúde com a finalidade
gestores de cada esfera de governo. de organização dos sistemas de saúde e estruturação das
Tais ações deverão se desenvolver de acordo com os regiões sanitárias. Lembrado que as dimensões conƟnentais
tópicos abaixo: do Brasil e as diferenças existentes entre as diversas regiões
devem ser levadas em consideração no processo de avanço
1. Implantar a políƟca nacional de saúde da pessoa idosa.
da regionalização e descentralização do SUS.
2. Redução do câncer de colo de útero e de mama.
Essa normaƟva declara a importância da parƟcipação e
3. Redução da mortalidade infanƟl e materna.
do controle social com o compromisso de apoio à sua qua-
4. Fortalecer a capacidade de resposta às doenças lificação, pois esta ferramenta é de suma relevância dentro
emergentes e endêmicas, com ênfase na DENGUE, deste sistema com uma função fiscalizatória.
HANSENÍASE, TUBERCULOSE, MALÁRIA E INFLUEN- Observamos, também, a definição das diretrizes para o
ZA, HEPATITE E AIDS (as duas úlƟmas foram incluídas sistema de financiamento público triparƟte, com:
posteriormente). • A busca de critérios de alocação equitaƟva dos recur-
5. Elaboração e implantação da PolíƟca Nacional de sos.
Promoção da Saúde, com ênfase na adoção de hábitos • O reforço dos mecanismos de transferência fundo a
saudáveis por parte da população brasileira, de forma fundo entre gestores.
a internalizar a responsabilidade individual da práƟca • Os blocos do financiamento federal.
de aƟvidade İsica regular, alimentação saudável e • As relações contratuais entre os entes federaƟvos.
combate ao tabagismo.
6. Atenção Básica à Saúde – Consolidar e qualificar a es- Os pontos principais deste pilar são:
tratégia da Saúde da Família como modelo de atenção 1. Definir de forma inequívoca a responsabilidade sanitá-
básica à saúde e como centro ordenador das redes de ria de cada ente federaƟvo, seja ele federal, estadual e
atenção à saúde do SUS. municipal, superando o atual processo de habilitação.
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

7. Outras prioridades: 2. Estabelecer as diretrizes para a gestão do SUS com


a. Saúde do Trabalhador.* ênfase na:
b. Saúde Mental.* a. Descentralização.
c. Fortalecimento da capacidade de resposta do b. Regionalização.
c. Financiamento.
sistema de saúde às pessoas com deficiência.**
d. Planejamento.
d. Atenção integral às pessoas em situação ou risco
e. Programação Pactuada e Integrada.
de violência.** f. Regulação da Atenção a Saúde e Regulação Assis-
e. Saúde do Homem.** tencial.
* Acrescidas pelo CNS em 2007 e confirmadas na PT nº 325/GM/MS de
g. ParƟcipação e Controle Social.
21/2/2008. h. Gestão do Trabalho.
** PT nº 325/GM/MS de 21/2/2008. i. Educação na Saúde.

36
Vejamos os pontos principais de cada uma destas dire- Os cinco blocos de financiamento para o custeio são:
trizes:
I. Atenção básica
a. Descentralização Dividido em duas partes:
• PAB – Fixo: custeio de aƟvidades de atenção básica à
O processo de descentralização terá um caráter compar- saúde.
Ɵlhado, sendo estabelecidas as seguintes premissas: • O Piso da Atenção Básica Variável (PAB) Variável: con-
i. Cabe ao Ministério da Saúde a proposição de políƟcas, siste em recursos desƟnados as estratégias específicas
parƟcipação no cofinanciamento, cooperação técnica, desenvolvidas no âmbito da Atenção Básica em Saúde:
avaliação, regulação, controle e fiscalização, além da • Saúde da Família – ESF (anƟgo PSF).
mediação de conflitos. • Agentes Comunitários de Saúde (PACS).
ii. Descentralização dos processos administraƟvos relaƟ- • Saúde Bucal – ESB (especificado dentro do ESF).
vos à gestão para as Comissões Intergestores BiparƟte. • Compensação de especificidades regionais.
iii. As Comissões Intergestores BiparƟte são instâncias de • Fator de incenƟvo da Atenção Básica aos Povos Indí-
pactuação e deliberação para a realização dos pactos genas.
intraestaduais e a definição de modelos organizacio- • IncenƟvo à Saúde no Sistema Penitenciário.
nais, a parƟr de diretrizes e normas pactuadas na
Comissão Intergestores TriparƟte.
II. Atenção de Média e Alta Complexidade
iv. As deliberações das Comissões Intergestores BiparƟte
e TriparƟte devem ser por consenso. Estes recursos desƟnam-se ao financiamento dos pro-
v. A Comissão Intergestores TriparƟte e o Ministério da cedimentos relaƟvos à média e a alta complexidade em
Saúde promoverão e apoiarão processo de qualifi- saúde que compõem o Limite Financeiro da Média e Alta
cação permanente para as Comissões Intergestores complexidade Ambulatorial e Hospitalar do Distrito Federal,
BiparƟte. dos Estados e dos Municípios.
vi. O detalhamento deste processo, no que se refere à Estes agrupam-se no Fundo de Ações Estratégicas e
descentralização de ações realizadas hoje pelo Minis- Compensação (FAEC) e desƟna-se, assim, ao custeio de
tério da Saúde, será objeto de portaria específica. procedimentos, conforme detalhado a seguir:
Procedimentos regulados pela CNRAC – Central Nacional
b. Regionalização de Regulação da Alta Complexidade; Transplantes; Ações
Estratégicas Emergenciais, de caráter temporário, imple-
A Regionalização é uma diretriz do Sistema Único de mentadas com prazo pré-definido; e novos procedimentos:
Saúde e um eixo estruturante do Pacto de Gestão e deve cobertura financeira de aproximadamente seis meses, quan-
orientar a descentralização das ações e serviços de saúde e do da inclusão de novos procedimentos, sem correlação à
os processos de negociação e pactuação entre os gestores. tabela vigente, até a formação de série histórica para a devida
Os principais instrumentos de planejamento da Regio- agregação ao MAC.
nalização são:
i. O Plano Diretor de Regionalização – PDR. III. Vigilância em Saúde
ii. O Plano Diretor de InvesƟmento – PDI. Os recursos aqui agrupados fazem parte do Limite
iii. A Programação Pactuada e Integrada da Atenção em Financeiro da Vigilância em Saúde, composto por dois
Saúde – PPI. componentes:
• Vigilância Epidemiológica e Ambiental em Saúde; e
Neste ponto, encontramos uma retomada dos conceitos • Vigilância Sanitária em Saúde.
de Regiões de Saúde, com o estabelecimento dos seguintes
formatos para tais regiões: IV. Assistência FarmacêuƟca
i. Regiões intraestaduais: compostas por mais de um Está dividido em três componentes: básico, estratégico
município, dentro de um mesmo estado. e excepcional.
ii. Regiões Intramunicipais: organizadas dentro de um • Componente Básico: assistência farmacêuƟca na aten-
mesmo município de grande extensão territorial e ção básica.
densidade populacional. – Componente fixo: valor per capita.
iii. Regiões Interestaduais: conformadas a partir de – Componente variável: Hipertensão, Diabetes (exceto
municípios limítrofes em diferentes estados.
insulina), Asma/Rinite, Saúde mental, saúde da mu-
iv. Regiões Fronteiriças: conformadas a parƟr de muni-
lher, nutrição e tabagismo.
cípios limítrofes com países vizinhos.

c. Financiamento • Componente Estratégico


– Endemias: Tuberculose, Hanseníase, Malaria, Cha-
gas, Leischmaniose etc.
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

São princípios gerais do financiamento para o Sistema


Único de Saúde: – AnƟrretrovirais: Programa DST/AIDS.
i. Responsabilidade triparƟte. – Sangue e hemoderivados.
ii. Redução das diferenças entre os estados, regiões e – Imunobiológicos.
localidades a ser contemplada na metodologia de – Insulina.
alocação de recursos.
iii. A modalidade preferencial para a transferência de • Componente Excepcional
recursos será o repasse fundo a fundo. – Autorização para Pagamento de Alto Custo (APAC).
iv. Organização do financiamento em blocos de recursos.
v. As bases de cálculo que formam cada Bloco e os V. Gestão do SUS
montantes financeiros desƟnados para os Estados, Esta parte corresponde ao financiamento da Gestão do
Municípios e Distrito Federal devem compor memó- SUS e desƟna-se ao custeio de ações específicas, relacionadas
rias de cálculo, para fins e histórico e monitoramento. com a organização do sistema de saúde, acesso a população e

37
aplicação dos recursos financeiros. Dentro deste bloco da • O apoio aos conselhos, conferências e movimentos
gestão do SUS existem sub-blocos, são eles: sociais que atuam na saúde.
• Regulação, Controle, Avaliação e Auditoria. • O processo de formação de conselheiros.
• Planejamento e Orçamento. • O processo de educação popular na saúde.
• Programação. • O esơmulo à parƟcipação e avaliação dos cidadãos no
• Regionalização. serviços de saúde.
• ParƟcipação e Controle Social. • Implantação e implementação de ouvidorias nos esta-
• Gestão do Trabalho. dos e municípios.
• Educação na Saúde.
• IncenƟvo à implementação de políƟcas específicas. h. Gestão do Trabalho
d. Planejamento É orientada pelas seguintes diretrizes:
• Eixo estruturante do SUS que deve valorizar o trabalho
O processo de planejamento visa desenvolver-se de for- e os trabalhadores e humanização das relações de
ma arƟculada, integrada e solidária, envolvendo as 3 (três) trabalho.
esferas de gestão, como forma de fortalecer e consolidar as • Promover relações de trabalho que obedeçam a exi-
diretrizes e objeƟvos do SUS. gências do principio da legalidade da ação do estado.
Pactuar as diretrizes gerais e os instrumentos a serem
• Diretrizes dos Planos de Cargos e Carreiras do SUS,
adotados, promovendo a Integração intra e intersetorial.
para a consolidação da carreira como instrumento
• Propagar a cultura de planejamento, por meio do
monitoramento e avaliação dos resultados alcançados estratégico para políƟca de RH.
e fortalecer ainda mais esta cultura. Desta forma o pla- • Reposição de força de trabalho de forma descentrali-
nejamento torna-se assim um instrumento estratégico zada.
para a gestão do SUS. • Criação ou fortalecimento de estruturas de RH, com a
• Promover a Integração planejamento e orçamento, finalidade de induzir mudanças tanto no campo da gestão
e a eficácia de processos comparƟlhados com foco do trabalho como no campo da educação em saúde.
nos resultados, avaliando periodicamente a situação
de saúde da população. i. Educação na Saúde
• Desenvolver e implementar a formação de ampla
rede de cooperação, devendo também promover a As diretrizes para este tópico incluem o avanço na PolíƟca
capacitação conơnua de profissionais. Nacional de Educação Permanente e as devidas reformula-
ções necessárias; formação e desenvolvimento de profissio-
e. Programação Pactuada e Integrada (PPI) nais para atender às necessidades do SUS como produto da
arƟculação entre as 3 (três) esferas de gestão, insƟtuições
Esta ferramenta tem como objeƟvo: de ensino, serviços e controle social.
• definir a programação das ações de saúde em cada
território; e Responsabilidade Sanitária
• nortear a alocação de recursos.
Este capítulo define as Responsabilidades Sanitárias e
Os principais pontos que devem contemplar esta PPI são: atribuições do Município, do Distrito Federal, do Estado e da
• inserção dentro do processo de planejamento, levando União. A gestão do Sistema Único de Saúde é construída de
em consideração as prioridades estabelecidas dentro forma solidária e cooperada, com apoio mútuo pelos com-
do Plano de saúde; promissos assumidos nas Comissões Intergestores BiparƟte
• flexibilidade na definição de prioridades e parâmetros (CIB) e TriparƟte (CIT).
para os gestores estaduais e municipais, ressalvados Algumas responsabilidades atribuídas aos municípios
os parâmetros pactuados nacionalmente e estadual-
devem ser assumidas por todos os municípios. As outras res-
mente;
ponsabilidades serão atribuídas de acordo com o pactuado
• programação por área estratégica.
e/ou com a complexidade da rede de serviços localizada no
f. Regulação da Atenção a Saúde e Regulação território municipal.
Assistencial No que se refere às responsabilidades atribuídas aos
estados devem ser assumidas por todos eles. Com relação
Este tópico se refere ao modo como se dará toda a re- à gestão dos prestadores de serviço fica manƟda a normaƟ-
gulação da rede de atenção à saúde, ou seja, todas as ações zação estabelecida na NOAS SUS 01/2002.
diretas e finais de atenção à saúde, dirigida aos prestadores As referências na NOAS SUS 01/2002 às condições de
de serviços de saúde, públicos ou privados. Cada prestador gestão de estados e municípios ficam subsƟtuídas pelas
está ligado a apenas um gestor. situações pactuadas no respecƟvo Termo de Compromisso
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

Esta regulação está composta por algumas partes, de Gestão (TCG).


são elas:
• Contratação: habilitação dos prestadores e assinatura SISTEMA DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE
do contrato.
• Regulação Assistencial: intermediação da demando ΈSISͳSUSΉ
dos usuários e o acesso ao sistema.
• Auditoria Assistencial ou Clínica: processo que visa Segundo Rouquayrol (2003), a informação é essencial à
aferir a qualidade do atendimento. tomada de decisões.

g. ParƟcipação e Controle Social Um sistema é um conjunto integrado de partes que


se arƟculam para uma finalidade comum[...]. A ideia
Este documento retoma o princípio doutrinário e reforça de sistemas é um princípio organizador do conheci-
que devem ser desenvolvidas ações que visem: mento. (MEDRONHO, et al, 2009)

38
Quando pensamos em um Sistema de Informação em Antes de começarmos a descrever os sistemas de in-
Saúde, há de ter em mente que ele representa um Banco formação, é necessário comentar que existe um síƟo na
de Dados, que dá orientações para tomar decisões acerta- internet (website), do Datasus, que disponibiliza todos os
damente, além de indicar a aproximação ou o afastamento sistemas de informação em saúde e os dados que já foram
dos objeƟvos estabelecidos. coletados, justamente para fins estaơsƟcos e de pesquisa.
Desde a criação do SUS, busca-se uma forma de acom- Uma ferramenta chave para a tomada de decisões por parte
panhar o seu desenvolvimento e aperfeiçoamento, e uma dos gestores e uma excelente fonte de pesquisa para todos.
das formas uƟlizadas é a verificação dos dados gerados em
cada atendimentos realizado pelo sistema de saúde, que Há aplicaƟvos informaƟzados que realizam a leitura e a
deverão ser computados em um sistema informatizado tabulação e que contêm recursos para a realização de
que facilite o armazenamento, a visualização e posterior cálculos estaơsƟcos, construção de indicadores, repre-
atualização dessas informações, e se verifique o quanto de sentação gráfica e geográfica dos dados em mapas por
avanços tem acontecido. município, estado e região, como o TABWIN, lançado
Na segunda citação, Medronho et al (2009) comenta em 1997. Isto facilita a produção de informações com
a respeito das diversas partes que compõem o sistema de os dados de alguns sistemas de informação como o
informação, que podemos comparar as etapas dentro desses SIM, SINASC, SIA-SUS, SIH-SUS. (MEDRONHO et al 2009)
sistemas, a começar pela coleta do dado, e o seu posterior
armazenamento e processamento, além da difusão destas Com este aplicaƟvo, o trabalho dos gestores é oƟmizado,
informações. pois as informações ficam melhor organizadas e facilmente
Temos de levar em conta todo esse passo a passo, pois visualizadas de acordo com as intenções dos gestores.
todos os sistemas de informação em saúde têm uma Origem Cada sistema de informação em saúde possui caracterís-
ou Fonte, justamente representada pelo formulário ou pron- Ɵcas gerais importantes, que vamos mencionar:
tuário (documento), que deverá ser preenchido – coleta de • Evento: nascimento, morte, adoecimento, gestação,
dados. Após isso, acontecerá o processamento desse dado – atendimentos hospitalares ou ambulatoriais. Tais even-
alimentação do sistema (essa é a palavra-chave – representa tos sinalizam qual sistema será uƟlizado e deflagram o
a digitação desse formulário/prontuário); desse ponto em início do processo de registro.
diante, passa a ser uma informação dentro de um sistema • Fonte: documento no qual será registrado o evento.
informaƟzado. Ou seja, é o instrumento padrão de coleta de dados
Essa alimentação do sistema é feita no setor no qual foi peculiar para cada Ɵpo de evento. Veja alguns no
gerada a informação, pode ser maternidade, hospital ou quadro abaixo.
ambulatório etc. Isso é de suma importância porque sinaliza
ao Governo Federal que o atendimento está sendo prestado Quadro 1 – Relação de eventos e
e aquele órgão faz jus ao recebimento de recursos desƟnados respecƟvos documentos uƟlizados.
para aquele atendimento realizado. Caso o sistema não seja
alimentado, o Ministério da Saúde suspende a transferência EVENTO FONTE/ORIGEM: Documento
desse recurso como forma de penalidade. Nascimento Declaração de Nascido Vivo – DN
Esse dado converƟdo em informação fará parte de um
banco de dados específico que será enviado, de tempos Morte (Óbito) Declaração de Óbito – DO
em tempos, à Secretária Municipal de Saúde que repassa Adoecimento Ficha de Individual de NoƟficação – FIN
para a Secretaria Estadual de Saúde, e esta, por sua vez, Ficha Individual de InvesƟgação – FII
manda os dados para o Ministério da Saúde. Neste ponto Gestação Ficha de Cadastro e Acompanhamento
idenƟficamos o fluxo das informações. Temos que ressaltar da gestante
que existem setores específicos dentro de cada um desses Atendimentos Autorização de Internação Hospita-
órgãos responsáveis por gerir todo esse sistema. hospitalares lar – AIH
Dentro do Ministério da Saúde existe o Departamento Atendimentos BoleƟm de Produção Ambulatorial – BPA
de InformáƟca do SUS (Datasus), ele é responsável pelo ambulatoriais Autorização de Procedimentos de Alta
Banco de Dados Nacional, seu desenvolvimento, gestão e Complexidade – APAC
manutenção, além da atualização e difusão das informações.
Existem outros setores dentro do Ministério que possam • Fluxo da informação: são os locais onde as informa-
estar envolvidos com esse sistema, por causa da informação ções são geradas e para onde estas são transmiƟdas,
que foi gerada, como por exemplo: logicamente temos de imaginar primeiramente o setor
• Fundação Nacional de Saúde – Funasa (anƟgamente onde foi gerada a informação e quais são as etapas de
conhecida com FNS); envio até chegar ao Ministério da Saúde (lembrando
• Secretaria de PolíƟcas de Saúde – SPS; que o setor responsável pelo processamento de tudo
• Secretaria de Vigilância à Saúde – SVS; isso é o Datasus).
• Secretaria de Assistência à Saúde – SAS; – Unidade NoƟficadora
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

• Centro Nacional de Epidemiologia – Cenepi; – Secretaria Municipal de Saúde – SMS


• Secretaria de Gestão de InvesƟmentos em Saúde – SIS.
– Regional de Saúde*
A responsabilidade é triparƟte, ou seja, cada um dos en- – Secretaria Estadual de Saúde – SES
tes federados se responsabilizará pelas informações geradas – Ministério da Saúde – Datasus
no seu sistema de saúde, seja ele Municipal, Estadual e Fe- – Neste ponto, as informações são organizadas em
deral (apenas lembrando que neste nível, a principal função nível nacional, ou seja, o fechamento da base na-
é a organização das informações e sua posterior divulgação). cional só acontece depois que todos os estados
Todas as informações serão enviadas pela internet nas datas encaminham seus dados.
previstas para o setor responsável pela sua coleta.
O objeƟvo é mostrar os principais sistemas de informação * A regional de saúde é definida dentro do processo de regionalização estabe-
em saúde, uƟlizados nacionalmente e que tenham relevância lecido em cada estado, de modo diferenciado de acordo com as demandas
para concursos públicos na área de saúde. encontradas, ou seja, é uma peculiaridade de cada estado.

39
Obs.: Existem algumas diferenças de fluxo das informa- Sistema de Informação em Mortalidade – SIM
ções dentro de cada sistema de informação.
Este sistema é o mais anƟgo, estabelecido em 1975 pelo
• Função: finalidade daquele sistema específico, obje- Ministério da Saúde, e alcançou abrangência nacional em
Ɵvando-se a melhora do sistema de saúde e dos fatores 1979. (ROUQUAYROL, 2003)
condicionantes e determinantes da saúde. Os dados desse sistema já se encontram informaƟzados
• Os sistemas mostrados aqui têm abrangência nacional. desde 1979. O instrumento padrão (fonte/origem) é a De-
• O sistema de informação existente no Brasil é consi- claração de Óbito, emiƟda exclusivamente pelo Ministério
derado mundialmente como um dos melhores sistemas de da Saúde (Secretaria de Vigilância Sanitária – SVS/MS),
informação em saúde, porém ainda há limitações, como, numerada e composta por três vias. A 1ª via se desƟna à
por exemplo, o preenchimento inadequado de alguns for-
Secretaria de Saúde, a 2ª via se desƟna à família (que solicita
mulários, subnoƟficações dos eventos, a não noƟficação
ao Cartório de Registro Civil o Atestado de óbito – o Cartório
de alguns eventos como, por exemplo, a morte e/ou nasci-
mentos, e nem sempre existe um sistema informaƟzado de então arquiva esta 2ª via) e a 3ª via é arquivada pela unidade
armazenamento dos dados coletados. noƟficadora. Veja a figura 1.
• Outra fonte de dados bastante uƟlizada pelo Ministério As informações conƟdas neste formulário (instrumento
da Saúde é o banco de dados gerado pelo InsƟtuto Brasileiro padrão) são: caracterísƟcas da pessoa, tempo e lugar, con-
de Geografia e EstaơsƟca (IBGE). dições do óbito, assistência prestada ao paciente e causas
• Cada um dos sistemas de informação traz consigo um básicas e associadas (CID – Código Internacional de Doenças)
dado relevante a respeito do funcionamento do sistema de (ROUQUAYROL, 2003). Tais informações são relevantes para
saúde, ou seja, aquele atendimento que está sendo prestado a Vigilância Epidemiológica. Os dados estão disponíveis via
faz jus ao recebimento do recurso (reservado para aque- CD-ROM e internet.
le Ɵpo de procedimento). Caso não aconteça a alimentação No caso de não alimentação do sistema, no prazo de 60
do tal sistema de informação, esse repasse de recursos fica dias, acontecerá a suspensão do recurso desƟnado ao Teto
suspenso como forma de penalidade. O prazo, na maioria dos Financeiro de Epidemiologia e Controle de Doenças (TFED)
sistemas, é de 60 dias consecuƟvos sem a alimentação deste. e do Piso da Atenção Básica (PAB).

Figura 1 – Fluxo da Documentação de Óbito

Fonte: Guia de Vigilância Epidemiológica. 6. ed. Ministério da Saúde. 2007.

Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos – Essas informações são coletadas nas unidades de ori-
Sinasc gem – Maternidades ou Cartórios de Registro Civil (no caso
de partos domiciliares), e são enviadas à SES que repassa,
por meio eletrônico, ao Centro Nacional de Epidemiologia
Este sistema foi implantado a parƟr de 1990 e estrutu-
(Cenepi/MS) que organiza a base de dados nacional.
ra-se de forma semelhante ao SIM, isto é, com instrumento
Os Formulários de Declaração de Nascido Vivos, assim
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

padronizado de coleta de dados para todo o país, a Declara- como os formulários da Declaração de Óbito, também são
ção de Nascido Vivo (ROUQUAYROL, 2003). Este instrumento numerados e impressos em 3 vias, e distribuídos pela Se-
padrão é também emiƟdo exclusivamente pelo Ministério cretaria de Vigilância em Saúde/Ministério da Saúde para as
da Saúde. As informações relatadas são referentes: às Secretarias Estaduais de Saúde, e estas, por sua vez, fazem
caracterísƟcas dos nascido-vivos, da gestação, do parto e a distribuição para as Secretarias Municipais de Saúde e
informações do nascimento, como sexo, peso ao nascer, local também aos Cartórios (caso aconteça partos domiciliares
do nascimento, Ɵpo de parto, idade gestacional e os dados sem a presença de algum profissional da saúde, lembrando
relevantes dos atendimentos no pré-natal. que tal documento também deverá ser assinado por duas
Assim, tais informações são de relevância no que diz testemunhas).
respeito à natalidade, à morbidade e à mortalidade infanƟl A penalidade pela não alimentação desse sistema tam-
e materna e sobre as caracterísƟcas da atenção ao parto e bém gera suspensão dos mesmos recursos citados para o
ao recém-nascido. (ROUQUAYROL, 2003) SIM, que são o PAB e o TFECD.

40
Figura 2 – Fluxo da Declaração de Nascido Vivo

Fonte: Guia de Vigilância Epidemiológica. 6. ed. Ministério da Saúde, 2007.

A forma de arquivamento dessas vias segue a mesma A emissão, numeração, e distribuição dos formulários
lógica de raciocínio da Declaração de Óbito: a primeira se uƟlizados são de responsabilidade das Secretarias de Saúde,
desƟna à SMS, a segunda ao responsável da criança que fará (municipais e estaduais), pois cada estado e município podem
o seu registro no Cartório (este por sua vez emite a CerƟdão estabelecer os agravos de noƟficação mais relevantes, este
de Nascimento e retém o formulário entregue), e a terceira também é um dos avanços conquistados pela descentraliza-
via vai para o prontuário da gestante. ção, ocorrida por meio da municipalização. Os formulários
uƟlizados são chamados de Ficha Individual de NoƟficação e
Sistema de Informação sobre Agravos de Ficha Individual de InvesƟgação.
Tais fichas são uƟlizadas em momentos disƟntos, a primei-
NoƟficação – Sinan ra trata das questões relevantes a cada paciente com a sus-
peita do problema de saúde de noƟficação obrigatória, sendo
Assim como os sistemas anteriores (SIM, SINASC), encaminhada pela unidade de saúde noƟficadora aos órgãos
esse sistema também gera um banco de dados epi- de vigilância epidemiológica nos respecƟvos níveis, seja local,
demiológico, que fornece informações sobre a inci- regional ou estadual. A segunda ficha contém dados relaƟvos
dência, prevalência e letalidade de um conjunto de à situação epidemiológica com relação ao caso noƟficado.
doenças e agravos que constam da lista de noƟficação Devido às diferenças entre os estados, regiões e municí-
compulsória. (MEDRONHO et al 2009) pios, é de suma importância que os dados gerados devam ser
consolidados e analisados pelas unidades de saúde e pelos
Existe uma relação de doenças ou agravos à saúde lista- gestores locais, nas suas respecƟvas áreas de abrangência
dos pelo MS (padronizados nacionalmente), porém devido para poder visualizar melhor o quadro de saúde local, ge-
às proporções conƟnentais do nosso país, cada estado e rando informações como o índice de prevalência, incidência
município poderão estabelecer outros agravos de noƟficação e mortalidade, a idenƟficação de fatores de risco, grupos
(doenças) além das estabelecidas pelo MS. populacionais afetados, áreas de risco.
Segundo Medronho et al (2009), o Sistema de Informação O fluxo de informação gerada é no serviço local respon-
sobre Agravos de NoƟficação foi implantado e teve início em sável pelo controle dessa ocorrência, sendo encaminhados
1993, subsƟtuindo com vantagens os instrumentos uƟlizados para a SES e posteriormente para o Cenepi (MS). Este, por
pelo Sistema de NoƟficação Compulsória de Doenças (SNCD), sua vez, regulamenta e define os instrumentos, fluxos e pro-
que apresentava limitações para uma atuação eficaz e inte- gramas de informáƟca para gerar as informações, e também
grada em vigilância epidemiológica. a forma de implantação destes em todo o território nacional.

Figura 3 – Fluxo das informações do Sinan


LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

Fonte: Guia de Vigilância Epidemiológica. 6. ed. Ministério da Saúde, 2007.

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A representação do fluxo desses documentos é: A Autorização de Internação Hospitalar (AIH) contém
alguns dados importantes como, por exemplo: o tempo
1. UNIDADE DE SAÚDE – Exemplo médio de internação, procedimentos mais frequentemente
• preenchimento da FICHA INDIVIDUAL DE NOTIFICA- realizados, principal causa das internações. E o sistema for-
ÇÃO, arquivamento e envio para a: nece: AIH pagas, valor médio das AIH, quanƟdade de leitos
2. SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE, esta por sua existentes para cada especialidade, óbitos e mortalidade.
vez, faz a
• consolidação, análise e arquivamento, em nível mu- Em 1984, foi implantado o Sistema de Assistência
nicipal, Médico-Hospitalar da Previdência Social (SAMHPS),
• invesƟgação e preenchimento da FICHA INDIVIDUAL visando ao financiamento do atendimento hospitalar
DE INVESTIGAÇÃO e envia para a: prestado pelos serviços contratados privados. Este
3. SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE, esta, por sua sistema foi posteriormente expandido para os hos-
vez, faz a pitais filantrópicos (1986), universitários e de ensino
• consolidação, análise e arquivamento, em nível esta- (1987) e a todos os hospitais públicos municipais,
dual, estaduais e federais (1990), quando passou a ser
• envio de informações para o: denominado de SIH-SUS. (MEDRONHO et al 2009)
4. MINISTÉRIO DA SAÚDE, este, por sua vez, faz a
• consolidação, análise, arquivamento e difusão em Esse sistema foi assumido pelo Ministério da Saúde a parƟr
nível nacional. de 1990, e, em 1993, por meio do processo de descentraliza-
ção, o processamento das informações passou a ser também
São previstas as mesmas penalidades citadas para os de responsabilidade das Secretarias de Saúde. Isso permiƟu
sistemas anteriores descritos na Resolução do Ministério da que os dados fossem consolidados e analisados em todos os
Saúde nº 1.882/GM, de 18 de dezembro de 1997. níveis de gestão. Dessa forma, as emissões das AIH deixaram
de ser exclusividade do Ministério da Saúde e passaram a ser
impressas pelo Estado, e atualmente tem-se a versão digital.
Sistema de Informações Hospitalares do SUS – Os dados são digitados e encaminhados mensalmente
SIH-SUS pelos hospitais à Secretaria de Saúde, que procede à críƟca
e eventualmente à glosa por irregularidades no preenchi-
Este sistema foi criado com a finalidade de gerar dados re- mento e os encaminha ao Datasus para a formação do banco
laƟvos às internações hospitalares e possibilitar o pagamento nacional do SIH-SUS. (ROQUAYROL, 2003)
da prestação de serviços hospitalares prestados pelo SUS. Os dados gerados aqui são apenas do conƟngente de
A origem dos dados vem da Autorização de Internação Hos- usuários do sistema de saúde público. Veja na próxima figura
pitalar (AIH), visando apenas às hospitalizações/internações. como se dá o fluxo dessas informações.

Figura 4 – Fluxo das informações dentro deste sistema – SIH


LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

Fonte: Guia de Vigilância Epidemiológica. 6. ed. Ministério da Saúde, 2007.

42
Sistema de Informação Ambulatorial – SAI-SUS Sistema de Informação do Programa Nacional de
Imunizações – SI-PNI
Tem por objeƟvo o controle da produção ambulato-
rial, não traz informações individualizadas, fornecen- Tem por objeƟvo o acompanhamento sistemáƟco do
do apenas o número de procedimentos por grupo quanƟtaƟvo populacional vacinado, permiƟndo, adi-
de procedimento ambulatorial. [...] abrangendo cionalmente o controle de estoque imunobiológico
apenas a população que faz uso de serviços de saúde contribuindo desta forma para o planejamento da
ligados ao SUS, públicos ou privados. (MEDRONHO sua aquisição e distribuição. (MEDRONHO et al 2009)
et al 2009)
Além das informações citadas acima, esse sistema possui
Nesse sistema, os dados são gerados pelo BoleƟm de a capacidade de fazer a avaliação do Programa Nacional de
Produção Ambulatorial, que registra o atendimento ambu- Imunização e também possui uma função gerencial justa-
latorial realizado, seja consulta, exames de laboratório, entre mente para facilitar o estoque e a distribuição de imunobio-
outros. Sua implantação aconteceu no ano de 1991. lógicos. Esse sistema se encontra sob a gestão do Cenepi e
As informações geradas são remeƟdas pelas unidades em funcionamento desde 1993.
de saúde cadastradas nos municípios para as Secretarias Tal sistema já foi instalado em todos os municípios
de Saúde (Municipal ou Estadual) que alimentam os bancos brasileiros, segundo informações do Guia de Vigilância Sa-
de dados e os transmitem para o Datasus (ROUQUAYROL, nitária do Ministério da Saúde, 2007. Portanto, esse sistema
2003). Esses dados também se encontram na internet e em permite o acesso aos dados relaƟvos à cobertura vacinal de
CD-ROM. roƟna, e em campanhas, o controle do envio de boleƟns de
Esses dois sistemas de informação estão descritos nas imunização.
NOB-SUS 93 e 96, pois ainda nesta época uma das formas
de transferência de recursos era a forma convenial, baseada Sistema de Informação para a Atenção
na produƟvidade, e por conta disso tais sistemas Ɵveram Pré-Natal – SIS-Prenatal
destaque.
Segundo o Programa de Humanização do Pré-Natal e
Sistema de Informação da Atenção Básica – Siab Nascimento – PHPN (Portaria MS/GM nº 569/2000), o Sis-
tema de Informação para Registro de Dados da Atenção
O SIAB tem por objeƟvo o acompanhamento e ava- Pré-Natal foi estabelecido pela Portaria MS/GM nº 570/2000.
liação das aƟvidades realizadas pelos agentes comu- (ROUQUAYROL, 2003)
Todas as gestantes acompanhadas pelo PHPN estão ca-
nitários de saúde (ACS), abrangendo dados coletados
dastradas no SIS-Prenatal, este aplicaƟvo indica uma quanƟ-
no âmbito domiciliar e nas unidades básicas de saúde.
dade mínima de procedimentos para assistência adequada às
(MEDRONHO et al 2009)
gestantes, o grande objeƟvo deste programa é reduzir as altas
taxas de morbimortalidade materna, perinatal e neonatal.
Os indicadores mensurados nesse sistema são referentes Tal sistema permite o acompanhamento da gestante
a um território bem delimitado, que são atendidos pelas desde o início das consultas (pré-natal) até o parto, incluindo
equipes do Programa de Agentes Comunitários de Saúde também o pós-parto (puerpério). Todos esses dados gerados
e Equipe de Saúde da Família. Este programa dá suporte a estão integrados ao SIA e SIH. Esse sistema quando solicitado
toda a aƟvidade desenvolvida por estes programas da Aten- pelo Município traz consigo a obrigatoriedade de alimenta-
ção Básica, tais aƟvidades incluem desde o cadastramento ção de outros dois sistemas, o SIM e o SINASC.
das famílias (neste quesito temos os dados demográficos e Esse sistema de informação permite o monitoramento
sociais das famílias e informações quanto ao saneamento bá- e avaliação das ações estabelecidas, acompanhamento da
sico das residências); o registro de ações desenvolvidas (por gestante de alto risco, disponibiliza registros diários dos
exemplo: noƟficação de agravos, internações e óbitos), como atendimentos, dentre outras funções, além de gerar a fatura
também o acompanhamento dos grupos populacionais de para posterior pagamento.
risco, esse quesito faz parte do diagnósƟco situacional, que
vai analisar o perfil da população adscrita àquela equipe Sistema de Cadastro e Acompanhamento de
de agentes comunitários ou equipe da Saúde da Família: Hipertensos e DiabéƟcos – Hiperdia
os hipertensos, diabéƟcos, gestantes, crianças pequenas.
Temos, dessa forma, os três blocos de atuação da Estratégia Estabelecido pela Portaria conjunta SE/SPS
Saúde da Família. nº 02/2002, de acordo com o Plano de Reorga-
Desde o momento da criação do Programa de Agentes nização da Atenção à Hipertensão Arterial e ao
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

Comunitários de Saúde, foi criado um sistema informaƟzado Diabetes Mellitus (Portaria MS/GM nº 16/2002).
na tentaƟva de organizar o trabalho destas equipes e avaliar (ROUQUAYROL, 2003)
as aƟvidades realizadas, surge, então em 1993, o Sistema
de Informações do Programa de Agentes Comunitários de Tal sistema de informação contém todos os dados dos
Saúde (SIPACS) e, em 1998, surge então o SIAB com o objeƟvo pacientes portadores de hipertensão arterial e diabetes
de auxiliar o trabalho do Programa Saúde da Família, hoje melitos. Neste sistema, portanto, constam todas as etapas
conhecido como Estratégia Saúde da Família. do processo que envolve o atendimento desses pacientes, do
O fluxo dessas informações se dá da seguinte maneira: cadastramento, acompanhamento e registro da prescrição
“Os dados do SIAB são coletados pelos profissionais que medicamentosa em unidades ambulatoriais.
atuam naqueles programas, processados localmente e re- O Hiperdia serve como norteador das ações que deverão
passados localmente como um conjunto consolidado a todos ser tomadas pelos gestores, e fornece informações sobre o
os níveis de gestão.” (ROUQUAYROL, 2003) perfil epidemiológico dessas doenças na população.

43
Sistema de Informação do Câncer que Acomete a pois sabemos que esta qualidade pode interferir na saúde
Mulher – Siscam da população transmiƟndo enfermidades. Os dados gerados
aqui são transmiƟdos e disseminados para as Secretarias
• Siscolo – Sistema de Informação do Câncer do Colo Municipais e Estaduais de Saúde, cumprindo a determinação
de Útero da Portaria nº 36/1990 do Ministério da Saúde.
• Sismama – Sistema de Informação do Câncer de Mama
Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para
Tal sistema foi desenvolvido pelo Datasus em parceria com Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico –
o InsƟtuto do Câncer (INCA) justamente para poder amparar Vigitel
e avaliar o Programa Nacional de Controle do Câncer do Colo
de Útero e de Mama. Traz informações sobre os laudos dos Sua implantação se deu em 2006, pelo Ministério da Saú-
exames histopatológico, citológico e mamografia, além da de, por meio de parcerias com diversas insƟtuições. Apesar
idenƟficação de pacientes. O Sismama e o Siscolo fornecem de encontrar relatos de um projeto-piloto que ocorreu em
subsídios para avaliação da qualidade dos exames realizados. 2003 na cidade de São Paulo e posteriormente em 2005, foi
“Os registros são feitos no Programa Nacional de Controle realizado em outras capitais.
de Câncer Colo de Útero e de Mama que integra o Sistema de Dentro do Ministério da Saúde, o setor responsável por
Informação do Câncer da Mulher (SISCAM)” (ROUQUAYROL, organizar e coordenar esse trabalho é a Secretaria de Vigilância
2003). Além das informações ditas acima, existe a possibi- em Saúde e Secretaria de Gestão Estratégica e ParƟcipaƟ-
lidade de conferência dos valores de exames pagos, gera va – SVS/Segep/MS em parceria com o Núcleo de Pesquisas
informações para o acompanhamento do programa. Epidemiologicas em Nutrição e Saúde (Nupens) da USP.
Tal sistema de informação foi criado com o objeƟvo de
Sistema de Informação em Vigilância Alimentar e monitorar os fatores de risco e de proteção para doenças
Nutricional – Sisvan crônicas. Podemos agrupar tais doenças em quatro grupos
principais: doenças circulatórias (exemplo: hipertensão
A Portaria MS nº 1.156/1990 insƟtuiu o Sistema Nacional arterial sistêmica), diabetes, doenças respiratórias crônicas
de Vigilância Alimentar e Nutricional – Sisvan, tendo como (exemplo: enfisema pulmonar), câncer. Os fatores de risco
objeƟvos manter o diagnósƟco atualizado da situação do em questão são: alimentação não saudável, inaƟvidade İsica,
país, no que diz respeito à área de alimentação e nutrição, tabagismo, álcool e obesidade; estes fatores de risco são os
idenƟficar as áreas e grupos da população sob risco, reunindo principais determinantes/condicionantes dessas doenças em
dados sobre os principais fatores mais relevantes quanto a questão, o quais podem ser mudados.
esse problema, e oferecer informações para a implementa- Esse sistema uƟliza-se de um quesƟonário (inquérito),
ção de políƟcas nessa área visando à melhoria na alimenta- uma entrevista telefônica realizada em domicílio com tele-
ção e nutrição da população brasileira. fones fixos das capitais dos estados brasileiros e do Distrito
Nessa portaria fica determinado o Grupo Técnico-Execu- Federal. Dessa forma, as autoridades em saúde podem fazer
Ɵvo Nacional que vai coordenar esse sistema, envolvendo o o acompanhamento dos fatores de riscos para essas doenças
InsƟtuto Nacional de Alimentação e Nutrição (Inan), Funda- e estabelecer uma PolíƟca de Enfrentamento das Doenças
ção Nacional de Saúde (anƟga FNS, hoje, Funasa) e Divisão Crônicas Não Transmissíveis (DCNT).
de Saúde Materno-InfanƟl, todos estes órgãos fazem parte do Nesse sistema também são verificados os fatores de pro-
Ministério da Saúde. Portanto, o público-alvo desse sistema teção, ou seja, pode-se também estabelecer um parâmetro
serão as gestantes e as crianças até 5 anos. de avaliação da qualidade de vida da população brasileira,
para poder planejar as políƟcas públicas voltadas para a
Sistema de Informação de Vigilância da qualidade de vida.
Qualidade da Água para o Consumo Humano – No sistema Vigitel ocorre uma seleção amostral de pelo
Siságua menos dois mil indivíduos, com idade igual ou superior a
18 anos, residentes em domicílios servidos por uma linha
O Sistema de Informação de Vigilância da Água para Con- telefônica fixa, em cada uma das 26 capitais dos estados
sumo Humano além de trazer informações sobre a qualidade brasileiros e no Distrito Federal. Tais números telefônicos
da água para o consumo humano, também busca outras são cedidos pelas operadoras de telefonia fixa que prestam
opções para solucionar o abastecimento. seus serviços nas capitais dos estados. Essa amostra citada
Nesse sistema de informação, são tratados os termos garante um coeficiente de confiança de 95% e erro máximo
que têm relevância para a vigilância da qualidade da água, de aproximadamente dois pontos percentuais.

Quadro resumido dos principais sistemas de informação em saúde (MEDRONHO, 2009) (*)

Sigla Definição Início Documento básico


SIM Sistema de Informação sobre Mortalidade 1975 Declaração de Óbito – DO
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

Sinasc Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos 1990 Declaração Nascidos Vivo – DN
Sinan Sistema de Informação sobre Agravos de 1993 Ficha individual de invesƟgação e Ficha Individual de InvesƟgação
NoƟficação
SIH-SUS Sistema de Informações Hospitalares do SUS 1991 Autorização de Internação Hospitalar
SIA-SUS Sistema de Informação Hospitalar do SUS 1994 BoleƟm de Produção Ambulatorial – BPA
SIA Apac Autorização de Procedimentos de Alto Custo/ 1996 Vários
Complexidade
Siab Sistema de Informação da Atenção Básica 1998 Formulário de Cadastro e seguimento das famílias atendidas pe-
las equipes de saúde da família e agentes comunitários de saúde.
SIS-PNI Sistema de Informação sobre o Programa 1994 Vários
Nacional de Imunização
* com modificações.

44
OUTROS SISTEMAS DE SAÚDE psicologia etc.) e os atendimentos dos profissionais de nível
médio, tendo interligação com os sistemas do SIA-SUS e
• SIA-APAC – Sistema das Autorizações de Procedimentos SI-PNI.
de Alta Custo/Complexidade. O úlƟmo sistema, Hosppub, não se refere apenas às
• SIOPS – Sistema de Informação sobre Orçamentos unidades ambulatoriais e, sim, às unidades hospitalares,
Públicos em Saúde: incluindo, portanto, as seguintes funções: administração,
– Possui dados referentes às receitas totais e as des- emergência, internação, ambulatório, SADT, centro cirúrgi-
pesas com ações e serviços de saúde nas três esferas co, SAME, almoxarifado, farmácia, prontuários, envolvendo
de governo. (MEDRONHO, ET AL 2009) também o cadastro de usuários e o acompanhamento destes
• SINITOX – Sistema Nacional de Informações Toxicofar- com histórico clínico completo.
macológicas, vinculado à Fiocruz. Obviamente, esse sistema tem de estar interligado com
• No âmbito da Coordenação Nacional de DST/AIDS, outros sistemas que dão suporte ao trabalho realizado den-
temos: tro de uma unidade hospitalar, como por exemplo: SIH-SUS,
– SI-CTA – Sistema de Informação para os Centros de SIA-SUS, e APAC.
Testagem e Aconselhamento em AIDS
– Siclom – Sistema de Controle LogísƟco de Medica- REFERÊNCIAS
mentos.
– Siscel – Sistema de Controle de Exames Laboratoriais BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em
(integrado ao sistema Apac) Saúde – Guia de Vigilância Epidemiológica. 6. ed. Brasilia:
• No âmbito da Anvisa, criada em 1999 pela Lei Ministério da Saúde, 2007.
nº 9.782/1999, coordena:
– Sistema Nacional de vigilância Sanitária e outros MEDRONHO, R. A. et al. Epidemiologia. 2. ed. [s.l.]: Atheneu
programas de controle sanitário, Editora, 2009.
– PRODIR – Sistema de de Produtos Dispensados de
Registro, ROUQUAYROL, Maria Z.; FILHO, Naomar. A Epidemiologia &
– DATAVISA – Sistema de Produtos e Serviços sob Saúde. 6. ed. [s.l.]: Editora Guanabara Koogan, 2003.
Vigilância.
• No âmbito da ANS, criada em 2000 pela Lei nº 9.961, Disponível em: <hƩp://www.datasus.gov.br/DATASUS/index.
com a finalidade de regular e fiscalizar o mercado de php>. Acesso em: 28/2/2013.
planos privados de saúde, tem sob sua responsabili-
dade: Disponível em: <hƩp://www.datasus.gov.br/siscam/siscam.
– SIB – Sistema de Informações do Cadastro de Be- php>. Acesso em: 28/2/2013.
neficiários – com a finalidade de acompanhar a
cobertura do setor de saúde suplementar. POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO
– Diops – Sistema de acompanhamento da situação PERMANENTE EM SAÚDE
econômico-financeira das empresas.
– RPS – Registro de Plano de Saúde. Para se buscar um aperfeiçoamento do Sistema de Saúde,
– SIP – refere à avaliação da qualidade da assistência faz-se necessário fazer um invesƟmento no setor de pessoal
prestada. do SUS, tal invesƟmento já havia sido previsto na Lei nº 8.080,
– CNES – Cadastro Nacional de Estabelecimentos em nos arts. 27 e 28. Tal políƟca de educação permanente em
Saúde, criado em 2000, cuja finalidade é listar e saúde foi regulamentada pela Portaria nº 198/GM em 13 de
atualizar os dados destes estabelecimentos, sejam fevereiro de 2004.
eles: hospitais ou ambulatórios, da rede privada ou Esta demanda de educação permanente em saúde será
pública, em todos os níveis de governo. focalizada em âmbito regional, ou seja, de acordo com as
• CMC – Sistema para Centrais de Marcação de Consulta. necessidades encontradas em cada região e será de res-
• Sisreg – Sistema de Informação de Regulação das Ações ponsabilidade de um Colegiado de Gestão representando
de Saúde. um Polo de Educação Permanente em Saúde para o SUS.
• SCNS – Sistema de Informação de Suporte ao cadas- Esta PolíƟca de Educação conƟnuada será financiada com
tramento dos usuários do SUS, por causa do advento recursos da esfera Federal, ou seja, recursos do Ministério
do Cartão Nacional de Saúde – CNS, criado ao final da da Saúde. As verbas serão desƟnadas à implementação dos
década de 90 projetos dos Polos de Educação Permanente em Saúde para
• CadSUS – outro aplicaƟvo já uƟlizado por estados e o SUS pactuados pelo Colegiado de Gestão de cada Polo, CIB
municípios, tem a função de cadastrar os usuários. e CES de cada Estado, assegurando as diretrizes para imple-
mentação da PolíƟca Nacional de Educação Permanente em
Os sistemas de informações são ferramentas para dar Saúde, estabelecidas nacionalmente.
apoio adminstraƟvo-gerencial aos gestores do sistema de
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

Este Polo de Educação poderá ser composto por gestores


saúde, disponibilizadas pelo Datasus. (ROUQUAYROL, 2003): estaduais e municipais de saúde e de educação; insƟtuições
• Sigab – Sistema de Gerenciamento de Unidade Ambu- de ensino com cursos na área da saúde, sejam escolas téc-
latorial Básica. nicas, escolas de saúde pública e núcleos de saúde coleƟva,
• Sigae – Sistema de Gerenciamento de Unidade Ambu- hospitais de ensino e serviços de saúde, estudantes e traba-
latorial Especializada. lhadores da área de saúde, conselhos municipais e estaduais
• Hosppub – Sistema Integrado de InformaƟzação de de saúde e movimentos sociais ligados à gestão das políƟcas
Ambiente Hospitalar, criado em 1995 públicas de saúde. Sendo estabelecidas as seguintes funções
(veja o texto da lei):
Os sistemas Sigab e Sigae são próprios das unidades
de atendimentos em saúde, facilitando a gestão dessas I – idenƟficar necessidades de formação e de desen-
unidades, coletando informações sobre os serviços médi- volvimento dos trabalhadores de saúde e construir
cos-odontológicos, e não médicos (fisioterapia, nutrição, estratégias e processos que qualifiquem a atenção e

45
a gestão em saúde e fortaleçam o controle social no Os Polos de Educação Permanente em Saúde para o
setor na perspecƟva de produzir impacto posiƟvo SUS (instâncias interinsƟtucionais e locorregionais/rodas de
sobre a saúde individual e coleƟva; gestão) elaborarão projetos de:
II – mobilizar a formação de gestores de sistemas, • mudança na educação técnica, na graduação, nas
ações e serviços para a integração da rede de atenção especializações em serviço, nas residências médicas
como cadeia de cuidados progressivos à saúde (rede ou outras estratégias de pós-graduação;
única de atenção intercomplementar e de acesso ao • desenvolvimento dos trabalhadores e dos gestores de
conjunto das necessidades de saúde individuais e saúde;
coleƟvas); • envolvimento com o movimento estudanƟl da saúde;
III – propor políticas e estabelecer negociações • produção de conhecimento para a mudança das prá-
interinsƟtucionais e intersetoriais orientadas pelas Ɵcas de saúde e de formação; e
necessidades de formação e de desenvolvimento e • também a educação popular para a gestão social das
pelos princípios e diretrizes do SUS, não subsƟtuindo políƟcas públicas de saúde.
quaisquer fóruns de formulação e decisão sobre as
políƟcas de organização da atenção à saúde; A negociação de iniciaƟvas inovadoras e arƟculadoras
IV – arƟcular e esƟmular a transformação das práƟcas deve se dar em cinco campos:
de saúde e de educação na saúde no conjunto do • transformar toda a rede de gestão e de serviços em
SUS e das insƟtuições de ensino, tendo em vista a ambientes-escola;
implementação das diretrizes curriculares nacionais • estabelecer a mudança nas práƟcas de formação e de
para o conjunto dos cursos da área da saúde e a saúde como construção da integralidade da atenção
transformação de toda a rede de serviços e de gestão de saúde à população;
em rede-escola; • insƟtuir a educação permanente de trabalhadores para
V – formular políƟcas de formação e desenvolvimento o SUS;
de formadores e de formuladores de políƟcas, for- • construir políƟcas de formação e desenvolvimento com
talecendo a capacidade docente e a capacidade de bases locorregionais;
gestão do SUS em cada base locorregional; • avaliação como estratégia de construção de um com-
VI – estabelecer a pactuação e a negociação perma- promisso insƟtucional de cooperação e de sustentação
nentes entre os atores das ações e serviços do SUS, do processo de mudança.
docentes e estudantes da área da saúde; e
VII – estabelecer relações cooperaƟvas com as outras Bases do Polo de Educação Permanente em Saúde para
arƟculações locorregionais nos estados e no País. o SUS:
• apresentar-se como um disposiƟvo de agregação e
O Colegiado de Gestão de cada Polo de Educação Perma- direcionalidade das diferentes insƟtuições e responsa-
nente em Saúde para o SUS será composto por representan- bilizando-se por um determinado território (o conceito
tes de todas as insƟtuições parƟcipantes e poderá contar com de território pode abranger municípios vizinhos – den-
um Conselho Gestor que será consƟtuído por representantes
tro ou fora dos limites de um mesmo estado – áreas de
do gestor estadual (direção regional ou similar), dos gestores
um município e áreas de outros municípios e, ainda,
municipais (Cosems), do gestor do município sede do Polo,
municípios não vizinhos; valem as regionalizações da
das insƟtuições de ensino e dos estudantes, formalizado por
atenção à saúde, da cobertura regional universitária
resolução do respecƟvo Conselho Estadual de Saúde.
Cada Polo de Educação Permanente em Saúde para o SUS ou técnico-escolar, de deslocamento social da popu-
será referência e se responsabilizará por um determinado lação por moƟvos culturais ou econômicos etc., entre
território, que a ele se vinculará para apresentar necessida- outros);
des de formação e desenvolvimento. Isso será pactuado na • estabelecer-se como articulação interinstitucional
CIB e aprovado pelo Conselho Estadual de Saúde em cada locorregional como roda de gestão da Educação
um dos estados. Permanente em Saúde (coordenação, condução e
É consƟtuída uma Comissão Nacional de Acompanha- avaliação) e não de execução direta de ações (é lugar
mento da PolíƟca de Educação Permanente do SUS, sob a de debate e decisão políƟca e não o lugar execuƟvo
responsabilidade da Secretaria de Gestão do Trabalho e da da implementação das ações);
Educação na Saúde – SGTES, do Ministério da Saúde. • configura-se com capacidade de reunir gestores do
Vejamos alguns pontos principais das Orientações e SUS, insƟtuições formadoras, instâncias de controle
Diretrizes para a Operacionalização da PolíƟca Nacional de social, hospitais de ensino e outros serviços de saúde
Educação Permanente em Saúde (texto extraído do anexo II e representação estudanƟl. Todos esses autores/atores
da referida portaria): consƟtuem o Colegiado de Gestão, cujo papel é o de
• Departamento de Gestão da Educação na Saúde (De- propiciar o debate amplo acerca dos problemas, prio-
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

ges) da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação ridades e conformação das alternaƟvas de formação
na Saúde (SGTES), é o responsável pela elaboração des- e desenvolvimento dos trabalhadores de saúde, bem
tas orientações e diretrizes para assegurar educação como de outros atores sociais da saúde;
permanente dos trabalhadores para o Sistema Único • consƟtui-se com capacidade de caminhar na mesma
de Saúde. cultura que constrói o SUS, isto é, mediante negociação
• A definição dessa políƟca é arƟcular as necessidades e pactuação, estabelecendo a ruptura com a lógica de
e as possibilidades de desenvolver a educação dos relações “de balcão” ou “de banco” com o governo
profissionais e a capacidade resoluƟva dos serviços federal ou estadual e com os projetos verƟcalizados,
de saúde, assim como o desenvolvimento da educa- possibilitando o desenvolvimento de estratégias locais,
ção popular com a ampliação da gestão social sobre regionais e estaduais;
as políƟcas públicas, foram desafios assumidos pelo • estabelecer-se como espaço de formulação de políƟcas
governo federal. e de negociações interinsƟtucionais e intersetoriais

46
orientadas pelas necessidades de formação e desenvol- Operacionalização – Critérios para Alocação dos recur-
vimento dos trabalhadores de saúde e pelos princípios sos financeiros para os Projetos de cada Polo de Educação
e diretrizes do SUS, sem subsƟtuir quaisquer fóruns de Permanente em Saúde para o SUS.
formulação e decisão sobre as políƟcas de organização Os orçamentos serão baseados no custeio das aƟvidades,
da atenção à saúde; segundo o teto previsto pelo Ministério da Saúde para cada
• comprometer-se com o registro das práƟcas implemen- locorregião (segundo critérios de alocação pactuados pela
tadas e suas caracterísƟcas, bem com a apresentação a Comissão Intergestores TriparƟte) e encaminhados com an-
análise críƟca do trabalho realizado, permiƟndo ampla tecedência suficiente para permiƟr sua avaliação, aprovação
visibilidade sobre os processos formaƟvos desenvol- e desembolso.
vidos e sua influência sobre as práƟcas de atenção e O Ministério da Saúde alocará recursos definidos por
educação em saúde; critérios técnicos locorregionais. O repasse será permanente,
• estabelecer-se como um fórum privilegiado para a o que permiƟrá às instâncias locorregionais planejar com
discussão e definição relaƟva à formação e ao desen- critérios de sustentabilidade a curto, médio e longo prazos,
volvimento em sua base de inserção locorregional; inclusive ampliando as capacidades formadoras locais, re-
• consƟtuir-se como referência para um certo território gionais e estaduais.
(base locorregional), ao qual se vincula para oferecer Para a primeira alocação de recursos, foram pactuados
e receber propostas de formação e desenvolvimento; os seguintes critérios:
• referenciar-se aos municípios e às diretorias regionais
das Secretarias Estaduais de Saúde consƟtuintes de seu Alocação dos recursos entre os estados da
território de abrangência para organizar políƟcas for- federação
maƟvas e de desenvolvimento de forma parƟcipante
com o Sistema de Saúde locorregional; • população nos municípios em habilitação plena do SUS
• reconhecer-se como recurso para territórios ampliados (reconhecimento da descentralização da gestão e do
no que puder ser referência, buscando contemplar papel consƟtucional dos municípios na execução das
municípios ou regiões não incluídos em sua base de ações e serviços de saúde);
referência, apoiando os demais Polos de Educação • número de Equipes de Saúde da Família (reconhe-
Permanente em Saúde para o SUS ou estruturas de cimento do investimento na mudança de modelo
formação parƟcipantes da PolíƟca Nacional de Edu- assistencial pelo dimensionamento numérico de profis-
cação Permanente em Saúde; sionais prioritários ao desenvolvimento de capacidades
• estabelece-se como um Colegiado de Gestão onde de resolução clínica e atuação em saúde coleƟva);
parƟcipam todas as insƟtuições que aderirem a propos- • número de Conselheiros de Saúde (reconhecimento do
ta. A gestão colegiada será parƟcipaƟva e assegurará exercício do controle social no SUS, entendendo-se que
transparência. Em conformidade às práƟcas do SUS, em qualquer base o número de conselheiros corres-
as decisões serão tomadas por consenso. Quando isso ponderá a 50% de representantes dos usuários e uma
não for possível, a decisão deve ser encaminhada às vez que não se dispôs de outro fator de informação).
instâncias perƟnentes (Comissão Intergestores Bipar- • inverso da Capacidade Instalada de InsƟtuições de Edu-
Ɵte Estadual e Conselho Estadual de Saúde). cação Superior e Técnica em Saúde (reconhecimento
da concentração desigual de insƟtuições de ensino e
da necessidade de desenvolver densidade pedagógica
Funções do Colegiado de Gestão do Polo de nas regiões menos cobertas por essa oferta);
Educação Permanente em Saúde para o SUS • número de Unidades Básicas de Saúde (reconhecimen-
to da prioridade de desenvolvimento da capacidade
• mobilizar a formulação e a integração de ações de resoluƟva da rede básica para a cobertura da maioria
educação na saúde entre os disƟntos atores locais: dos problemas de saúde da população, prevenção das
usuários; gestores da saúde e da educação; dirigentes internações hospitalares e garanƟa dos programas de
da educação e de ações e serviços de saúde; docentes saúde pública);
e estudantes da educação técnica, de graduação e • população total (reconhecimento do universo de co-
de pós-graduação; trabalhadores de saúde; agentes bertura da proposta);
sociais e parceiros intersetoriais; • número de cursos da área da saúde (reconhecimento
• induzir processos de transformação das práƟcas de do universo da cobertura de incenƟvos à mudança na
saúde (atenção, gestão e controle social) e de educação graduação).
dos profissionais de saúde (ensino, pesquisa, extensão,
documentação e cooperação técnica); Alocação entre as locorregiões dos recursos
• Formular políƟcas de formação e desenvolvimento em calculados pela base dos estados
bases geopolíƟcas territorializadas (locorregionais);
• formular abordagens e estratégias integradas e inte- Aplica-se, para cada locorregião, a proporção relaƟva
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

gradoras de implementação educaƟva dos campos dos mesmos critérios de alocação uƟlizados nos Estados:
de conhecimentos específicos (temáƟcas ou áreas • população dos municípios em habilitação plena do SUS
técnicas delimitadas) e reconhecidos como de inte- no território desenhado;
resse locorregional, estadual ou nacional (exemplos: • número de Equipes de Saúde da Família abrangidas no
tuberculose, hanseníase, aids, dengue, saúde do tra- território desenhado;
balhador, saúde bucal, saúde mental, saúde da mulher, • número de Conselheiros de Saúde abrangidos pelo
saúde bucal, urgência e emergência etc.); agrupamento de municípios ou regionalização entre
• estabelecer relações cooperaƟvas entre os vários Polos “setores” municipais;
de Educação Permanente em Saúde para o SUS, tendo • inverso da capacidade pedagógica em saúde instalada
em vista a necessidade de comparƟlhar iniciaƟvas e de (haverá maior necessidade de gastos com desloca-
possibilitar o acesso aos saberes e práƟcas de outros mento e/ou estruturação de recursos de educação à
locais (internamente aos estados e nacionalmente). distância);

47
• número de Unidades Básicas de Saúde abrangidas no Pode-se afirmar que o ato de planejar consiste em
território desenhado; desenhar, executar e acompanhar um conjunto de
• população total abrangida pelo agrupamento de muni- propostas de ação com vistas à intervenção sobre
cípios ou regionalização entre “setores” municipais (o um determinado recorte da realidade. (VILASBÔAS
desenho geopolíƟco pode não acompanhar a geografia apud TEIXEIRA, 2010).
municipal, bem como a regionalização acordada nos
estados pode propor a setorização do município para Uma informação de suma importância que encontramos
desenhar as regiões de abrangência dos Polos/Rodas); nesta frase é acompanhar, pois aí se encontra a essência do
• número de cursos da área da saúde (reconhecimento que acontecerá dentro de um sistema de saúde.
do universo da cultura de incenƟvos à mudança na
graduação). No setor da saúde, o planejamento é o instrumento
que permite melhorar o desempenho, oƟmizar a
Para fins de cálculo da base per capita, no caso da lo- produção e elevar a eficácia e eficiência dos siste-
corregionalização incluir setores de um ou mais municípios, mas no desenvolvimento das funções de proteção,
os gestores municipais e estaduais envolvidos pactuarão promoção, recuperação e reabilitação da saúde.
a proporção da população abrangida, pois, em hipótese (TANCREDI, 1998).
alguma, a locorregionalização poderá ultrapassar o teto de
100% da população estadual idenƟficada nacionalmente Observando as diretrizes do SUS, temos a Descentralização
(podem-se estabelecer pactos entre os gestores municipais e mais especificamente a Municipalização, tal diretriz estabelece
diretamente envolvidos; entre os gestores municipais e dire- critérios para que os municípios recebam os recursos, as verbas
torias regionais de saúde dos estados, conforme envolvidas; desƟnadas ao sistema de saúde, uma delas é a Programação e
nas CIB regionais ou estadual; nos Conselhos de Secretários Orçamentação em Saúde (PROS) e o Plano de Saúde. Estes dois
Municipais de Saúde – Cosems regionais ou estadual etc.). critérios estão correlacionados com o processo de planejamento
O mesmo se fará com o universo de Conselheiros de Saúde. em saúde, e outro critério é a formação de um Conselho mu-
Quando as regiões abrangerem territórios interestadu- nicipal de Saúde, neste quesito visualizamos os atores sociais
ais, as pactuações também se farão nestes âmbitos, sendo (os usuários do sistema) envolvidos no processo de saúde de
de pactuação final entre os gestores estaduais envolvidos.
uma comunidade.
Como após a definição dos números para a alocação dos
Tancredi (1998) cita que:
recursos, os mesmos serão direcionados aos executores
designados em cada polo, não haverá risco de prejuízo em
qualquer base territorial. Ao contrário, esta alocação sempre O planejamento deve ser feito pelos atores envol-
privilegiará a realidade dos modos de viver das populações vidos na ação, e a figura do “planejador”, hoje em
em um País de Todos. dia, deve ser vista como a de alguém que atua como
facilitador do processo. Cada vez mais as organiza-
ções se dão conta de que é perfeitamente possível
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO EM SAÚDE apropriar-se dos conceitos e ferramentas do plane-
jamento, bem como das vantagens decorrentes do
Quando abordamos as questões relaƟvas ao SUS, encon- envolvimento das pessoas nesse processo.
tramos algumas palavras-chaves, como fiscalização (realizada
pelos conselhos de saúde nos três níveis de governo), audito- “Ação realizada por atores sociais, orientada por um
ria (realizada pelas comissões intergestores bipaƟƟe – nível propósito relacionado com a manutenção ou modificação
estadual, ou triparƟte – nível federal) e avaliação. Esta úlƟma
de uma determinada situação” (VILASBÔAS apud TEIXEIRA,
palavra foi colocada nos textos das normas jurídicas justa-
2010). O envolvimento de tais atores sociais (usuários do
mente para se fazer a verificação da evolução da condição
sistema) vai trazer uma efeƟva mudança da realidade encon-
de saúde da população e para se fazer uma verificação do
aperfeiçoamento do sistema. trada para poder suprir as demandas da comunidade local,
É claro que existem padrões que são ditados pelo Mi- pois essa é a essência da descentralização/municipalização.
nistério da Saúde que vão indicar a melhora ou a piora do O planejamento em saúde começou a ser difundido na
sistema de saúde. Tais padrões têm de ser vistos como metas década de 1960. Tal método foi desenvolvido pelo Centro
a serem alcançadas e para se chegar a esse objeƟvo se faz de Estudos do Desenvolvimento da Universidade Central da
necessário, então, um bom planejamento estratégico. Este Venezuela em parceria com a Organização Pan-Americana
indicará se as ações realizadas estão conduzindo ao objeƟvo de Saúde, denominado de CENDES-OPAS. A Organização
ou não, se a direção não for a correta, será necessário outro Pan-Americana de Saúde esteve aƟvamente envolvida nesse
planejamento. processo de difusão deste Ɵpo de planejamento em saúde,
Atualmente, o planejamento estratégico é Ɵdo como a que para muitos pesquisadores representou um marco no
base indiscuơvel para uma boa gestão de qualquer insƟtuição planejamento em saúde, apesar de ser bastante quesƟo-
ou órgão ou empresa privada, seja associações, sindicatos e nado, ainda hoje é citado e comentado. Dentre as muitas
até mesmo organismos estatais, e não podemos deixar de caracterísƟcas, temos a associação a planos integrados de
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

fazer referência à área da saúde pública. desenvolvimento econômico e social.


Este método CENDES-OPS consiste na aplicação da visão
O planejamento pode ser uƟlizado como instrumento ecológica do processo saúde-doença (hospedeiro definiƟvo,
de ação governamental para a produção de políƟ- agente causador ou patológico e meio ambiente) além de
cas, como instrumento do processo de gestão das incluir as variáveis próprias do ambiente İsico, biológico e so-
organizações e como práƟca social.” (MEHRY apud cial (TEIXEIRA, 2010). Outro objeƟvo desse método era traçar
TANCREDI, 1998). um diagnósƟco de saúde, com base nos indicadores do nível
de saúde, por meio de variáveis demográficas, epidemioló-
Dessa forma, este planejamento indicará o caminho, gicas e sociais possibilitando, assim, conhecer os principais
o norte a ser seguido. Deverá conter objeƟvos facơveis e agravos e doenças que acometem aquela população.
alcançáveis, vislumbrando um futuro melhor por meio da
escolha de ações concretas indispensáveis para se chegar Entretanto, havia uma preocupação explícita por
ao objeƟvo almejado. parte dos formuladores do método CENDES-OPS: o

48
diagnósƟco não se limitaria à descrição das condições Testa (1995) propõe um modo de entender os pro-
sanitárias na coleƟvidade, mas se empenharia em blemas de saúde e os processos de planejamento,
idenƟficar os fatores que permiƟssem sua explicação. considerando o setor saúde inseparável da totalidade
Além disso, o método CENDES-OPS introduziu a ideia social, o que significa considerar tanto a situação de
de prognósƟco, entendido como uma das aƟvidades saúde de uma população quanto a organização seto-
caracterísƟcas da fase diagnósƟca da programação. rial como fenômenos socialmente determinados. Seu
Assim, chamava a atenção para a necessidade de se interesse pelo comportamento dos atores sociais e
preparar projeções sobre a importância numérica da a ênfase que ele dá à análise das relações de poder
população no futuro, sua composição por idades, sua e à compreensão das práƟcas de saúde resulta em
distribuição em zonas urbanas e rurais, as taxas de um novo modo de pensar que enfaƟza a formação
mortalidade para cada uma das enfermidades mais de sujeitos sociais para o desenvolvimento de ações
importantes e a demanda por serviços sanitários. políƟcas em saúde. (TEIXEIRA, 2010)
(HILLEBOE apud TEIXEIRA, 2010).
Planejamento Estratégico Situacional, desenvolvido por
Uma das bases desse método é a programação de ações Carlos Matus, economista chileno, melhor se enquadra aos
e serviços que tenha como foco a racionalização de recursos governos democráƟcos, devido aos diversos atores sociais
limitados, além de apresentar caracterísƟca prescriƟva e nor- que atuarão de forma comparƟlhada.
maƟzadora. Este método Ɵnha uma caracterísƟca polêmica:
um planejador estabelecia todo o “planejamento” e nem O Método PES trabalha com a complexidade da rea-
sempre se conhecia a realidade local, sendo assim, tal planeja- lidade e admite que não há um conhecimento único
mento não surƟa efeito e não alcançava o objeƟvo pretendido. e que a explicação da realidade depende da inserção
de cada ator que parƟcipa do problema, sendo assim
A parƟr dos quesƟonamentos que o método sofreu parcial e múlƟplo. (TANCREDI, 1998)
ao longo desses anos, outras alternaƟvas de plane-
jamento do setor da saúde têm sido apresentadas. Esta técnica estabelece correlação não com os poderes
Destacam-se o Pensamento Estratégico em Saúde, (citados anteriormente), e sim com a situação. Ao olhar-
de Mario Testa, e o Planejamento Estratégico Situ- mos para a situação, percebemos que existem problemas,
acional (PES), de Carlos Matus. (TANCREDI, 1998) déficits, demandas que são idenƟficadas. Entendemos por
problema algo que está fora dos padrões da normalidade
Em meio ao debate, em uma época marcada pelo auto- para um ator social. Os padrões são estabelecidos a parƟr
ritarismo militar, surge então a vertente do enfoque estraté- do conhecimento, do interesse e capacidade de agir do ator
gico, que delimita que o planejador seja um ator social, em social. (TEIXEIRA, 2010)
meio a outros atores. A ideia do Planejamento Estratégico Situacional é reco-
O Pensamento Estratégico em Saúde, elaborado por nhecer os diversos atores, e a parƟr desses atores, estabe-
Mário Testa, traz uma associação de conceitos importantes: lecer um consenso de ações estratégicas e comunicaƟvas,
poder políƟco, poder administraƟvo (capacidade para desig- estabelecendo um alvo comum (qual o problema será
nar e alocar recursos), poder social e poder técnico. confrontado primeiro), dos objeƟvos a serem alcançados e
das opções para se chegar a esse objeƟvo. (TEIXEIRA, 2010)
O poder administraƟvo corresponde às aƟvidades e
processos que implicam o manejo de recursos, o po- Um dos elementos centrais da obra de Matus é
der técnico se define pelo uso de conhecimentos e o desenvolvimento da “ciência e das técnicas de
tecnologias em qualquer dos níveis de funcionamen- governo” que possam contribuir para o aumento
to no setor saúde, e o poder políƟco, que expressa a da capacidade de governo dos Estados laƟno-ame-
defesa dos interesses dos diversos grupos envolvidos ricanos. Para ele, governar é algo muito complexo
no setor. (TESTA apud TEIXERA, 2010) que não pode reduzir-se inteiramente a uma teoria.
É uma arte, porém não é pura arte. Para governar se
Podemos definir o Postulado de Coerência (descrito por requer cada vez mais certo domínio teórico sobre
Testa) como sendo as inter-relações estabelecidas entre os
os sistemas sociais. Para o autor, governar exige
poderes destacados acima, ou seja, políƟcas que tratam
arƟcular constantemente três variáveis: projeto de
de um projeto, que são os propósitos de um governo,
governo, capacidade de governo e governabilidade
os métodos para realizar tais propósitos e os organismos,
do sistema, cuja arƟculação compõe o triângulo de
as insƟtuições onde se darão tais aƟvidades.
governo. (MATUS, apud TEIXEIRA, 2010).
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

Fonte: TEIXEIRA, C. F. Planejamento em Saúde: conceitos, Fonte: Teixeira, C. F. Planejamento em Saúde: conceitos,
métodos e experiências / Carmen Fontes Teixeira (organizadora). métodos e experiências / Carmen Fontes Teixeira (organizadora).
Salvador: EDUFBA, 2010, p. 26. Salvador: EDUFBA, 2010, 161 p.

49
O projeto de governo é Ɵdo como o projeto de ação, • Planejamentos operacional: correspondem a um con-
o segundo ponto citado no texto acima é a capacidade de junto de partes homogêneas do planejamento táƟco,
governo que se resume na capacidade técnica, habilidades ou seja, idenƟfica os procedimentos e processos espe-
não só do governante como também de sua equipe de as- cíficos requeridos nos níveis inferiores da organização,
sessores, e governabilidade do Sistema, são as variáveis que apresentando planos de ação ou planos operacionais.
são controladas pelo ator. (TEIXEIRA, 2010) É elaborado pelos níveis organizacionais inferiores,
Algumas definições importantes: com foco nas aƟvidades roƟneiras da empresa, por-
• Planejamento é uma ferramenta administraƟva, que tanto, os planos são desenvolvidos para períodos de
possibilita perceber a realidade, avaliar os caminhos, tempo bastante curtos.
construir um referencial futuro, estruturando o trâ-
mite adequado e reavaliar todo o processo a que o REFERÊNCIAS
planejamento se destina. Sendo, portanto, o lado
racional da ação. Tratando-se de um processo de de- TANCREDI, F. B, et al. Planejamento em Saúde, volume 2.
liberação abstrato e explícito que escolhe e organiza São Paulo: Faculdade de Saúde Pública da Universidade de
ações, antecipando os resultados esperados. Esta São Paulo, 1998 (Série Saúde & Cidadania).
deliberação busca alcançar, da melhor forma possível,
alguns objeƟvos predefinidos. TEIXEIRA, C. F. Planejamento em Saúde: conceitos, méto-
• Missão de uma organização corresponde ao que esta dos e experiências / Carmen Fontes Teixeira(organizadora).
se propõe a fazer, e para quem. É o propósito de sua Salvador: EDUFBA, 2010, 161 p.
existência. A definição da missão deve responder
à pergunta: “Estou no mercado (ou na sociedade)
para quê?” A definição deste conceito orienta na ges- POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO
tão do plano estratégico, visando canalizar esforços da DO SUS ͵ HUMANIZASUS
organização naquilo em que a organização é melhor.
O conceito de missão orienta tudo e a todos nas orga- Uma das principais mudanças que o SUS trouxe foi uma
nizações. visão mais humana, a respeito dos seus pacientes. A medi-
• Estratégia: a palavra vem do grego antigo stra- cina curaƟva tende a ver o ser humano como uma máquina,
tègós (de stratos, “exército”, e ago, “liderança” ou cujas engrenagens estão com algum tipo de problema.
“comando” tendo significado inicialmente “a arte do Entende-se por engrenagens como uma arƟculação, um
general”) e designava o comandante militar, à época órgão, um tecido qualquer.
de democracia ateniense. O idioma grego apresenta Com o advento do SUS, esta visão mudou e agora os pa-
diversas variações, como strategicós, ou próprio do cientes são vistos como seres humanos que possuem alguma
general chefe; stratégema, ou estratagema, ardil de patologia a ser tratada, ou seja, incorporou-se o conceito de
guerra; straƟá, ou expedição militar; stráutema, ou visão holísƟca. A visão holista significa enxergar o homem
exército em campanha; stratégion, ou tenda do ge- como um todo, não somente o corpo İsico, mas também
neral, dentre outras. as partes social e mental. Não podemos desconsiderar o
• Visão: é o estado futuro desejado e alinhado com as momento em que a pessoa está passando ou vivenciando.
aspirações de uma organização, algo que a organização Podemos definir a desumanização como a forma em que
pode definir e redigir após responder à questão “para os trabalhadores e a população se sentem diante de situa-
onde pretende ir?”. Normalmente a resposta a esta ções como filas, insensibilidade dos trabalhadores diante
questão é formulada em função das análises internas do sofrimento das pessoas, separação dos familiares que se
e externas efetuadas e condicionada por essas análi- Ɵnha convívio, consultas e internações.
ses. Saber responder a esta questão é fundamental Para dar mais força a esse enfoque de Humanização
para uma clara definição da missão e dos objeƟvos do SUS, o Ministério da Saúde lançou em 2003 a PolíƟca
da organização. A visão compreende algo que ainda Nacional da Atenção e Gestão do SUS (HumanizaSUS). Esta
não se tem, um sonho, uma ilusão, que se acredita políƟca busca estabelecer cada vez os princípios do Sistema
poder vir a ser real, uma utopia, sobre os negócios e traz as bases da políƟca de Humanização, firmada em três
e sobre a empresa, além de utópica a visão deve ser pontos principais: os gestores, os trabalhadores e os usuários
mobilizadora e moƟvadora. No entanto, o fato de ser do sistema. O objeƟvo principal é aperfeiçoar as práƟcas de
uma utopia não invalida que a visão não possa e não gestão pública aliadas à atenção em saúde de qualidade para
deva vir a ser redigida e explicada ou comunicada. que, desse modo, possa reverter a situação dos atendimen-
• ObjeƟvos: efeƟvamente, os objeƟvos traduzem os tos de saúde. Tal atuação é importante para transformar o
resultados essenciais a aƟngir pela organização no ambiente do Hospital Público em um local mais agradável.
cumprimento da sua Missão e de forma que permitem Para maiores informações, o Ministério da Saúde colocou
aƟngir a Visão que tem, escreveu e comunica. no seu síƟo algumas informações complementares deste
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

• Planejamento estratégico: considera a empresa como projeto, podemos citar:


um todo e é elaborado pelos níveis hierárquicos mais • valorização dos diferentes sujeitos implicados no pro-
altos da organização. Relaciona-se com objeƟvos de cesso de produção de saúde: usuários, trabalhadores
longo prazo e com estratégias e ações para alcançá-los. e gestores;
• Planejamento tático: a atuação é em cada área • fomento da autonomia e do protagonismo desses
funcional da empresa, compreendendo os recursos sujeitos e dos coleƟvos;
específicos. Seu desenvolvimento se dá pelos níveis • aumento do grau de corresponsabilidade na produção
organizacionais intermediários, tendo como objeƟvo de saúde e de sujeitos;
a uƟlização eficiente dos recursos disponíveis com • estabelecimento de vínculos solidários e de parƟcipa-
projeção em médio prazo. Em grandes empresas ção coleƟva no processo de gestão;
idenƟfica-se facilmente este nível de planejamento, • mapeamento e interação com as demandas sociais,
ele se dá nos escritórios e superintendências regionais. coleƟvas e subjeƟvas de saúde;

50
• defesa de um SUS que reconhece a diversidade do forma de controle e fiscalização de sua execução e
povo brasileiro e a todos oferece a mesma atenção à demais elementos necessários à implementação
saúde, sem disƟnção de idade, etnia, origem, gênero integrada das ações e serviços de saúde.
e orientação sexual; ( ) Espaço geográfico conơnuo consƟtuído por agrupa-
• mudança nos modelos de atenção e gestão em sua in- mentos de Municípios limítrofes, delimitado a parƟr
dissociabilidade, tendo como foco as necessidades dos de idenƟdades culturais, econômicas e sociais e de
cidadãos, a produção de saúde e o próprio processo redes de comunicação e infraestrutura de transpor-
de trabalho em saúde, valorizando os trabalhadores e tes comparƟlhados, com a finalidade de integrar a
as relações sociais no trabalho; organização, o planejamento e a execução de ações
• proposta de um trabalho coleƟvo para que o SUS seja e serviços de saúde.
mais acolhedor, mais ágil e mais resoluƟvo;
• compromisso com a qualificação da ambiência, me- a) a, b, c, d, f, e, g e h.
lhorando as condições de trabalho e de atendimento; b) h, g, f, e, d, c, b e a.
• compromisso com a articulação dos processos de c) a, h, g, b, c, d, e e f.
formação com os serviços e práƟcas de saúde; d) f, h, e, a, b, c, d e g.
• luta por um SUS mais humano, porque foi construído
com a parƟcipação de todos e compromeƟdo com a 2. (Ceperj/Fundação Saúde Enfermagem/2011) O Decreto
qualidade dos seus serviços e com a saúde integral n° 7.508, de 28 de junho de 2011, define região de saú-
para todos e qualquer um. de como o espaço geográfico conơnuo consƟtuído por
agrupamentos de municípios limítrofes, delimitado a
REFERÊNCIA parƟr de idenƟdades culturais, econômicas e sociais
e de redes de comunicação e infraestrutura de trans-
Disponível em: <hƩp://portal.saude.gov.br/portal/saude/ portes comparƟlhados, com a finalidade de integrar a
cidadao/visualizar_texto>. Acessado em: 20/4/2013. organização, o planejamento e a execução de ações e
serviços de saúde. Em relação às regiões de saúde é
correto afirmar que:
EXERCÍCIOS a) para ser insƟtuída a Região de Saúde deve conter,
no mínimo, ações e serviços de atenção primária e
1. Associe as colunas: de urgência e emergência.
a) Região de Saúde b) a insƟtuição das Regiões de Saúde observará crono-
b) Contrato OrganizaƟvo da Ação Pública da Saúde grama pactuado pelos Conselhos de Saúde.
c) Portas de Entrada c) as Regiões de Saúde serão referência para as trans-
d) Comissões Intergestores ferências de recursos entre os entes federaƟvos.
e) Mapa da Saúde d) as Redes de Atenção à Saúde estarão compreendidas
f) Rede de Atenção à Saúde no âmbito de uma Região de Saúde, ou de várias
g) Serviços Especiais de Acesso Aberto delas, em consonância com diretrizes pactuadas nas
h) Protocolo Clínico e Diretriz TerapêuƟca Conferências de Saúde.
( ) Documento que estabelece critérios para o diagnós- 3. (Ceperj/Fundação Saúde Fonoaudiologia/2011) As Co-
Ɵco da doença ou do agravo à saúde; o tratamento missões Intergestoras são instâncias de pactuação con-
preconizado, com os medicamentos e demais pro- sensual entre os entes federaƟvos para definição das
dutos apropriados, quando couber; as posologias regras da gestão comparƟlhada do SUS. Em relação às
recomendadas; os mecanismos de controle clínico; Comissões Intergestoras, é correto afirmar que:
e o acompanhamento e a verificação dos resulta- a) A CIT, no âmbito da União, está vinculada à Secretaria
dos terapêuƟcos, a serem seguidos pelos gestores Estadual de Saúde para efeitos administraƟvos e
do SUS. operacionais.
( ) Serviços de saúde específicos para o atendimento b) A CIB, no âmbito do Estado, está vinculada à Secreta-
da pessoa que, em razão de agravo ou de situação ria Municipal de Saúde para efeitos administraƟvos
laboral, necessita de atendimento especial. e operacionais.
( ) Conjunto de ações e serviços de saúde arƟculados em c) À CIB compete exclusivamente a pactuação dos
níveis de complexidade crescente, com a finalidade critérios para o planejamento integrado das ações
de garanƟr a integralidade da assistência à saúde. e serviços de saúde da Região de Saúde, em razão
( ) Descrição geográfica da distribuição de recursos do comparƟlhamento da gestão.
humanos e de ações e serviços de saúde ofertados d) As Comissões Integestoras pactuarão as diretrizes
pelo SUS e pela iniciaƟva privada, considerando-se gerais sobre Regiões de Saúde, integração de limites
a capacidade instalada existente, os invesƟmentos geográficos, referência e contrarreferência e demais
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

e o desempenho aferido a parƟr dos indicadores de aspectos vinculados à integração das ações e servi-
saúde do sistema. ços de saúde entre os entes federaƟvos.
( ) Instâncias de pactuação consensual entre os entes
federaƟvos para definição das regras da gestão A Lei nº 8.080/1990 foi regulamentada recentemen-
comparƟlhada do SUS.
te pelo Decreto nº 7.508, de 28 de junho de 2011. Esse de-
( ) Serviços de atendimento inicial à saúde do usuário
creto dispõe, entre outras coisas, sobre a organização do
no SUS.
Sistema Único de Saúde – SUS – , o planejamento da saúde,
( ) Acordo de colaboração firmado entre entes federa-
a assistência à saúde e a arƟculação interfederaƟva. Com
Ɵvos com a finalidade de organizar e integrar as ações
e serviços de saúde na rede regionalizada e hierarqui- base nisso, responda às questões 4, 5 e 6.
zada, com definição de responsabilidades, indicadores
e metas de saúde, critérios de avaliação de desempe- 4. (Funcab/Magé/2012) “O conjunto de ações e serviços
nho, recursos financeiros que serão disponibilizados, de saúde arƟculados em níveis de complexidade cres-

51
cente, com a finalidade de garanƟr a integralidade da d) As atualizações da Rename deverão ser realizadas
assistência à saúde”, refere-se à(ao): pelos Conselhos Regionais de Farmácia a cada
a) serviço especial de acesso aberto. dois anos.
b) rede de atenção à saúde. e) Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
c) protocolo clínico e diretriz terapêuƟca. não poderão adotar relações específicas e comple-
d) mapa de saúde. mentares de medicamentos.
e) porta de entrada.
10. (Funcab/Prefeitura Municipal de Búzios/2012) O Mapa
5. (Funcab/Magé/2012) Atenção primária, urgência e da Saúde é a descrição geográfica da distribuição de re-
emergência e vigilância em saúde são serviços que cursos humanos e de ações e serviços de saúde oferta-
fazem parte dos requisitos mínimos para que seja ins- dos pelo SUS e pela iniciaƟva privada, considerando-se
Ɵtuído um(a): a capacidade instalada existente, os invesƟmentos e o
a) região de saúde. desempenho aferido a parƟr dos indicadores de saúde
b) área de saúde. do sistema, devendo ser uƟlizado:
c) rede de atenção à saúde. a) na idenƟficação das necessidades de saúde, orien-
d) núcleo de saúde. tando o planejamento integrado dos entes federaƟ-
e) serviço especial de saúde. vos e contribuindo para o estabelecimento de metas
de saúde.
6. (Funcab/Magé/2012) São considerados portas de en- b) para definir as responsabilidades individuais e soli-
trada do SUS os seguintes serviços, exceto: dárias dos entes federaƟvos com relação às ações
a) atenção primária. e serviços de saúde, aos indicadores e às metas de
b) atenção de urgência e emergência. saúde.
c) de apoio diagnósƟco. c) como referência e contrarreferência e nos demais as-
d) atenção psicossocial. pectos vinculados à integração das ações e serviços
e) especiais de acesso aberto. de saúde entre os entes federaƟvos.
d) na organização e integração das ações e dos serviços
O Decreto nº 7.508, de 28 de junho de 2011, tem o im- de saúde, sob a responsabilidade dos entes federa-
portante papel de regular a estrutura organizaƟva do SUS, Ɵvos em uma Região de Saúde.
o planejamento de saúde, a assistência à saúde e a arƟcula- e) como fator determinante para o estabelecimen-
ção interfederaƟva, entre outros aspectos, necessários à to das metas de saúde previstas no Contrato Orga-
sua consolidação e melhoria permanente. Com base nesse nizaƟvo de Ação Pública de Saúde.
decreto, responda às questões 7, 8 e 9.
11. (Unirio/Enfermagem/2013) Segundo a regulamentação
7. (Funcab/Prefeitura Municipal Vila Velha/2012) As Redes da Lei n° 8.080/1990, pelo Decreto n° 7.508/2011,
de Atenção à Saúde estarão compreendidas no âmbito o acesso universal e igualitário às ações e aos serviços
de uma Região de Saúde, ou de várias delas, em con- de saúde será ordenado:
sonância com diretrizes pactuadas: a) pelos Conselhos municipais de saúde.
a) nos Conselhos de Saúde. b) pela Atenção primária.
b) nas Comissões de Integração. c) pelas Comissões intergestoras de saúde.
c) no Ministério da Saúde. d) pelos Centros de regulação de vagas para internação.
d) nas Comissões Intergestores. e) pelas Unidades de pronto atendimento.
e) nas Fundações de Saúde.
12. (Unirio/Enfermagem/2013) Pelo Decreto nº 7.508/2011,
8. (Funcab/Prefeitura Municipal Vila Velha/2012) Os o acordo de colaboração firmado entre entes federa-
serviços de saúde específicos para o atendimento da Ɵvos com a finalidade de organizar e de integrar as
pessoa que, em razão de agravo ou de situação laboral, ações e os serviços de saúde na rede regionalizada
necessita de atendimento especial, são chamados de: e hierarquizada, com definição de responsabilidade,
a) serviços especiais de acesso aberto. indicadores e metas, denomina-se
b) portas de entrada aos serviços do SUS. a) Contrato OrganizaƟvo da Ação Pública de Saúde.
c) atendimento de média complexidade. b) Programação Pactuada e Integrada.
d) diretrizes terapêuƟcas. c) Regulamento da Agência Nacional de Saúde.
e) serviços de atendimento ocupacional. d) Contrato de Rede da Atenção à Saúde.
e) Convênio Distrital de Saúde.
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

9. (Funcab/Prefeitura Municipal Vila Velha/2012) No que


se refere à Relação Nacional de Medicamentos Essen- 13. (Unirio/Enfermagem/2013) No Sistema Único de Saúde,
ciais – Rename – , é correto afirmar: desde 2011, há documento que estabelece critérios
a) O Conselho Nacional de Farmácia é o órgão com- para o diagnósƟco da doença ou do agravo, tratamento
petente para dispor sobre a Rename, os Protocolos preconizado, medicamentos, posologias, acompanha-
Clínicos e Diretrizes TerapêuƟcas em âmbito nacional. mento e verificação dos resultados a serem seguidos.
b) O Ministério da Saúde poderá estabelecer regras di- Este documento é conhecido como
ferenciadas de acesso a medicamentos de caráter a) Protocolo clínico e diretriz terapêuƟca.
especializado. b) Resolução conjunta nº 8.142/2011 dos conselhos
c) Os entes federaƟvos não poderão ampliar o acesso profissionais em saúde.
do usuário à assistência farmacêuƟca, além do que c) Portarias nº 399 e 699/GM do Conselho Nacional de
foi estabelecido. Saúde.

52
d) Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde – formação aos profissionais da área que vai muito além
Renases e mapa da saúde. da questão técnica. O conceito de saúde inscrito no
e) Relatório da Gestão Plena de Sistema Munici- texto consƟtucional leva a que o bom funcionamento
pal – GPSM. da saúde pública esteja diretamente relacionado com
uma mudança de cultura por parte de profissionais,
14. (Unirio/Enfermagem/2013) Em conformidade com o gestores e usuários. Nestes úlƟmos 17 anos, todos
Decreto nº 7.508/2011, afirma-se que atenção primá- precisaram reaprender a se relacionar e a enxergar a
ria, de urgência e emergência, atenção psicossocial e saúde de forma diferente.
especiais de acesso aberto são
a) o critério para habilitação ao modelo de gestão
municipal. 17. (Cespe/FSCMPF-PA/Administrador/Especialidade:
b) a porta de entrada na rede. Administração Hospitalar) A parƟr do tema do texto,
c) a base para o financiamento das ações e de serviços. julgue os seguintes itens, acerca do SUS.
d) os elementos essenciais do sistema suplementar de I – A formação dos profissionais, anteriormente, enten-
saúde. dia a saúde como um direito de todo ser humano, mas
e) o sistema local de saúde. estava centrada apenas nas campanhas de prevenção
das doenças e não no tratamento.
15. (Unirio/Enfermagem/2013) O Decreto n° 7.508/2011, II – Os gestores Ɵveram de aprender que a parƟcipação
que regulamenta a Lei n° 8.080/1990, conceitua Região da população é essencial para o desenvolvimento dos
de Saúde e determina as ações mínimas que devem programas na medida em que a vigilância da saúde
ser prestadas no âmbito dessas regiões. Entre as depende dela.
ações, está: III – Os usuários devem aprender que, para se garanƟr a
a) a atenção psicossocial. integralidade do atendimento, é melhor ter programas
b) a produção de medicamentos. como o Programa Saúde da Família (PSF) operando em
c) a vigilância sanitária de alimentos. sintonia com as Unidades Básicas de Saúde que caros
d) a vigilância dos agravos transmissíveis.
hospitais e especialistas.
16. (Universidade de Mato Grosso/Residência/2010) Em IV – A implantação do SUS consƟtuiu-se de uma série
relação ao Planejamento Estratégico e seus múlƟplos de erros e acertos, pois a municipalização da atenção
componentes, usualmente aplicado no campo da saú- básica implicou diminuição da cobertura vacinal, não
de, associe as colunas diminuindo a mortalidade infanƟl.
1. Missão
2. Planejamento estratégico Estão corretas apenas os itens
3. Meta a) I e II.
4. Planejamento táƟco b) I e IV.
5. Planejamento Operacional c) II e III.
d) III e IV.
( ) É uma ferramenta administraƟva que, através da
análise do ambiente de uma organização, cria a 18. (Cespe/FSCMPF-PA/Administrador/Especialidade:
consciência das suas oportunidades e ameaças Administração Hospitalar) Ainda a parƟr do tema do
dos seus pontos fortes e fracos com vista ao cum- texto apresentado, julgue os itens a seguir, relaƟvos
primento da sua missão, objeƟvos, visão e metas
à formação de recursos humanos para o SUS e sua
insƟtucionais.
uƟlização nos programas de atenção básica.
( ) É uma forma de traduzir determinado sistema de
valores em termos de crenças ou áreas básicas de I – Antes do SUS, os cursos de graduação, majoritaria-
atuação, considerando as tradições e filosofias da mente, não atendiam às prioridades dos programas de
empresa. atenção básica, mas sim à formação de profissionais
( ) É um planejamento de curto prazo, predominan- para atuarem em casos de média e alta complexidade.
temente quanƟtaƟvo, abrangendo decisões admi- II – A educação a distância, apesar de seus maiores
nistraƟvas e operações táƟcas, visando à eficiência custos, possibilitava a gestores e profissionais de saúde
da organização. a manutenção de suas aƟvidades em seus postos de
( ) É o planejamento que se caracteriza pela formali- trabalho.
zação de documentos escritos, das metodologias III – Devido às dimensões conƟnentais do país e à mu-
de desenvolvimento e de implantação no nível de nicipalização, a educação a distância mostrou-se mais
intervenção. eficiente que a educação intensiva e presencial nos
( ) Valor numérico definido a parƟr dos objeƟvos a
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

centros de formação federais.


serem alcançados ao longo do tempo. IV – A educação a distância, pelo emprego de tecnolo-
gias de comunicação e independente do seu formato,
Marque a sequência correta.
prescinde inteiramente da figura do professor e pode
a) 2, 1, 4, 5, 3
ser uƟlizada até mesmo nos menores e mais distantes
b) 1, 2, 3, 5, 4
c) 2, 1, 3, 4, 5 municípios.
d) 5, 3, 4, 1, 2
Estão corretos apenas os itens
Texto para as questões 17 e 18. a) I e II.
b) I e III.
A implantação do Sistema Único de Saúde (SUS), re- c) II e III.
sultante da ConsƟtuição de 1988, impôs uma demanda de d) III e IV.

53
19. (Cespe/FHCGV-PA/Administrador/Especialidade: A quanƟdade de itens corretos é igual a
Administração Hospitalar/2005) Segundo o art. 199 a) 1.
da ConsƟtuição Federal, a assistência à saúde é livre b) 2.
à iniciaƟva privada. Acerca desse assunto, assinale a c) 3.
opção correta. d) 4.
a) O sistema de serviços de saúde no Brasil é composto
de três subsistemas: o SUS, o serviço de assistência 22. A questão da atenção à saúde pode ser trabalhada sob
médica suplementar e o sistema de desembolso duas vertentes: como resposta social a problemas e
direto, sendo este considerado mais uma forma de necessidades e como serviço englobando os processos
pagamento que uma organização. de produção, distribuição e consumo. Nesse contexto,
b) É vedada a parƟcipação, direta ou indireta, de capital assinale a opção errada.
estrangeiro ou de empresas na assistência à saúde a) A Alguns serviços de alta complexidade do SUS, de
no país, mesmo quando estas prestem serviços de alto custo econômico, quando uƟlizados por clientes
atendimento a seus próprios funcionários. de planos ou seguros de saúde, não devem ser pagos
c) A comercialização de órgãos, sangue e seus deriva- pela assistência suplementar, pois fazem parte da
dos exige o expresso consenƟmento de doadores ou integralidade do atendimento garanƟda pelo SUS.
de familiares. b) A rede complementar consƟtui-se de hospitais e
d) A desƟnação de recursos públicos para auxílios ou serviços da iniciaƟva privada contratados pelo SUS
subvenções a insƟtuições privadas com fins lucra- ou conveniados.
Ɵvos somente é possível com o assenƟmento do c) Algumas doenças são ditas negligenciadas porque
Conselho Nacional de Saúde. seu estudo e a consequente produção de melhores
medicamentos ou tratamentos não interessam aos
20. (Cespe/FHCGV-PA/Administrador/Especialidade: Admi- grandes laboratórios mulƟnacionais, pois, apesar do
grande custo social, não correspondem ao interesse
nistração Hospitalar/2005) As atribuições do SUS, esta-
econômico das empresas privadas.
belecidas no art. 200 da ConsƟtuição Federal, incluem:
d) A assistência suplementar engloba os planos e se-
I – incrementar, em sua área de atuação, o desenvolvi-
guros de saúde e é regulada pela Agência Nacional
mento cienơfico e tecnológico.
de Saúde Suplementar (ANS).
II – fiscalizar bebidas e alimentos, compreendido o
controle do teor nutricional, bem como águas para o O desenvolvimento harmônico entre os diversos níveis de
consumo humano. atenção deve contribuir para a racionalidade administraƟva e
III – organizar e fiscalizar o atendimento da saúde economia de recursos, evitando situações como a de alguns
suplementar. municípios, onde ocorreu a transferência de procedimentos,
IV – ordenar a formação de recursos humanos na área tecnologias e recursos dos serviços hospitalares para os am-
da saúde. bulatoriais sem o concomitante avanço da atenção primária.
NicoleƩo et al. Consórcios intermunicipais de saúde: o caso do
A quanƟdade de itens corretos é igual a Paraná – Brasil. In: Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 21,
a) 1. nº 1, jan./fev./2005 (com adaptações).
b) 2.
c) 3. 23. A parƟr do assunto abordado no texto acima, julgue os
d) 4. próximos itens.
I – A incorporação crescente e a críƟca de novas tecno-
Cespe/FSCMP-PA/Administrador/Especialidade: logias possibilita o melhor atendimento de média e alta
Administração Hospitalar complexidade.
II – Os municípios não podem formar consórcios para
A medicina, durante séculos, acreditou que as doenças desenvolver em conjunto ações e serviços de saúde.
III – Um dos problemas enfrentados pelos municípios é
eram causadas por fatores do meio ambiente – como clima,
encontrar o ponto de equilíbrio entre a oferta de clínica
sujeira, miasmas – , por geração espontânea e(ou) por influ-
básica e as consultas especializadas.
ências negaƟvas oriundas do contato com outras pessoas.
IV – O atendimento especializado em cardiologia e orto-
Com as descobertas de Pasteur, instalaram-se a causalidade
pedia está entre os de maior demanda pela população
microbiana, a medicina cienơfica e a racionalidade médica
dada a alta incidência de agravos nessas especialidades.
que predominaram durante a era cienơfica no mundo oci-
dental, até o século passado. Muitos autores apontam a Estão corretos apenas os itens
aproximação entre a concepção de saúde que, atualmente, a) I e II.
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

norteia os programas de atenção à saúde e aquelas anƟgas b) I e IV.


teorias sobre a doença. c) II e III.
d) III e IV.
21. Considerando o assunto abordado no texto acima,
julgue os itens que se seguem. O episódio brasileiro conhecido como a revolta da vacina
I – A causa única da tuberculose é o bacilo de Koch. foi uma verdadeira insurreição no Rio de Janeiro, em 1904.
II – A poluição ambiental e a fome são duas importantes A guerra da vacina era, para além da recusa da vacinação,
causas de doença. a explosão de uma profunda oposição aos programas de
III – O contato social, incluindo o familiar, e as relações higienização do espaço urbano. Os novos planos dos enge-
afeƟvas podem causar graves doenças. nheiros não levaram em conta as necessidades do pequeno
IV – A doença tem causalidade múlƟpla em que interfe- comércio informal e subsƟtuíram a densa rede das vielas
rem fatores ambientais, biológicos, psíquicos e sociais. da capital federal

54
– que encarnava as solidariedades, flexíveis e fortes, ços de saúde, bem como parƟcipar do planejamento,
do povo programação e organização da rede regionalizada e
– por um espaço aberto e purificado. hierarquizada do SUS.
Anne Marie Moulin. A hipótese vacinal: por uma abordagem crí- III – As Normas Operacionais Básicas de Saúde de 1996
Ɵca e antropológica de um fenômeno histórico. In: História cienơfica.
(NOBS 96) enfaƟzam a implantação do PSF para forta-
saúde-Manguinhos. Rio de Janeiro, v. 10, supl. l. 2, 2003.
lecer a atenção básica, mas não estabelecem normas
para a habilitação dos municípios à gestão plena da
24. A parƟr da experiência descrita no texto acima, julgue
atenção básica e à gestão plena do sistema municipal
os itens a seguir.
de saúde, que só ocorreu posteriormente.
I – As vacinas, inicialmente, provocavam tantos efeitos IV – A Norma Operacional de Assistência (NOAS) 2001
colaterais que causavam medo à população. redefiniu a gestão do atendimento de média e alta
II – As campanhas de vacinação devem ser precedidas complexidade.
de avaliação das necessidades da população-alvo e de
informações que possibilitem a parƟcipação popular. A quanƟdade de itens certos é igual a
III – As classes menos favorecidas dão mais importância a) 1.
às condições de vida – relações de amizade, meios de b) 2.
subsistência, ambiente em que vivem – que às condi- c) 3.
ções de saúde. d) 4.
IV – A vigilância à saúde e a educação em saúde devem
ser priorizadas em qualquer modelo de atenção à saúde 27. Quanto ao financiamento do SUS e à sua gestão finan-
que se tente implementar. ceira, assinale a opção correta.
a) Desde a implantação do SUS, houve uma diminuição
Estão corretas apenas os itens percentual da parƟcipação do governo federal no
a) I e III. financiamento da saúde pública.
b) I e IV. b) A despesa do MS atualmente é realizada unicamente
c) II e III. via repasse dos recursos aos estados e municípios.
d) II e IV. c) Os incenƟvos financeiros para o PSF se dão por meio
do piso de atenção básica (PAB) fixo.
25. As bases conceituais da Reforma Sanitária Brasileira d) O PAB ampliado desƟna-se apenas aos serviços e
contemplaram originalmente a integralidade em pers- ações de média e alta complexidade.
pecƟvas diversas. Considera-se equivocado o senƟdo
de integralidade referindo-se à: 28. O SUS permite a existência de serviços complementares
a) A integração de ações de promoção, proteção, re- aos oferecidos pelos serviços públicos. Acerca desse
cuperação e reabilitação da saúde. assunto, assinale a opção incorreta.
b) integração entre o SUS e a assistência suplementar, a) Um laboratório privado que vende serviços ao sis-
de forma a garanƟr que os serviços não disponíveis no tema de saúde municipal é considerado um serviço
SUS sejam propiciados pela assistência suplementar. complementar ao SUS.
c) forma de atuação profissional que abranja as dimen- b) A oferta de serviços de hemodiálise por um hospital
privado ao SUS de um município deve ser formaliza-
sões biológica, psicológica e social.
da por meio de convênio ou contrato.
d) garanƟa da conƟnuidade da atenção nos disƟntos
c) Um hospital privado que esteja conveniado ao SUS
níveis de complexidade do sistema de serviços de
não tem obrigação de cumprir os mesmos prin-
saúde. cípios que uma insƟtuição pública de saúde, pois
sua natureza jurídica não permite que funcione sob
Cespe/FSCMP-PA/Administrador/Especialidade: orientações fundamentadas em normas públicas.
Administração Hospitalar d) Na possibilidade de um convênio com o SUS, o ad-
ministrador responsável deverá buscar a melhor
Passados 13 anos do surgimento do SUS, o governo fe- proposta de serviços existente no município, como
deral aumenta crescentemente o uso de normas e regulações determina a lei.
que visam racionalizar a uƟlização dos recursos e priorizar
o nível de atenção básica dentro do sistema. Isso significa 29. Julgue os itens subsequentes, relaƟvos ao financiamen-
dizer que, embora as ações e serviços sejam de responsabi- to da saúde.
lidade do município, a instância federal reforçou, mediante I – Os municípios possuem como fonte de recursos para
o financiamento, seu papel na determinação da políƟca a o financiamento da saúde 15% da totalidade da arreca-
ser adotada. dação com impostos. Essa é a única fonte de recursos
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

Rosa Maria Marques e Áquilas Mendes. com que o município pode contar para implementar
O SUS e a atenção básica: a busca de um novo desenho? ações de saúde, que vão de uma simples reunião com
In: BoleƟm OPAS 102 – Cooperação técnica, 15/4/2005.
diabéƟcos até procedimentos complexos como a res-
sonância magnéƟca.
26. Tendo o texto acima apresentado como referência II – O financiamento em saúde envolve a existência
inicial, julgue os itens subsequentes. do Fundo Municipal de Saúde, gerenciado pelo gestor
I – Apesar de enfaƟzar a descentralização, o fato de o de saúde do município, que possui autonomia plena
MS conƟnuar editando normas e regulações reforça a sobre o mesmo. Apenas a secretaria estadual de saúde
centralização das políƟcas na esfera federal. repassa recursos ao fundo municipal.
II – A Lei nº 8.080/1990 atribui à direção estadual do III – No âmbito da atenção básica de saúde, o financia-
SUS a competência de planejar, organizar, controlar e mento se dá de forma per capita e tem como compo-
avaliar as ações de saúde, e gerir e executar os servi- nente adicional o recurso desƟnado ao Programa de

55
Saúde da Família. Para a manutenção desse repasse, 32. Com frequência, representantes de conselhos regionais
cabe ao município a alimentação dos sistemas de in- e de conselhos estaduais de estados do Norte e Nor-
formação como o Sistema de Informação da Atenção deste procuram a mídia ou o Ministério da Saúde para
Básica e o Sistema de Informação Ambulatorial. apresentar graves denúncias sobre a situação de cala-
IV – No serviço público, deve-se uƟlizar o mecanismo da midade social e da saúde pública naqueles estados. Tais
licitação para a aquisição de bens e serviços, buscando denúncias incluem ausência de medicamentos ou de
as propostas mais vantajosas. O administrador deve, alimentação para os pacientes, paralisação de serviços
antes da licitação, definir o objeto que quer contratar essenciais em todos os níveis de atendimento, demissão
e esƟmar o valor total da obra, serviço ou bem que de médicos e de outros profissionais da saúde.
se quer adquirir, após pesquisa de mercado. Deve Considerando o texto acima, julgue os seguintes itens.
ainda verificar se existe previsão orçamentária para o I – As denúncias mostram como os problemas na
pagamento. capacitação de conselheiros municipais e os riscos de
eles serem manipulados poliƟcamente pelo poder local
devem ser avaliados e controlados pela gestão estadual.
Estão certos apenas os itens
II – O PACS era adequado às grandes áreas da periferia
a) I e II.
no Sudeste brasileiro, já sua viabilidade e adaptação
b) I e III. para as populações excluídas nos contextos do Norte
c) II e IV. e Nordeste são quesƟonáveis.
d) III e IV. III – A ausência de recursos humanos em saúde, com
capacitação técnica adequada, com salários e condi-
Cespe/FHCGV-PA/Administrador/ ções de trabalho atraƟvos, e a falta de equipamentos
Especialidade: Administração Hospitalar médicos, mesmo os mais simples, consƟtuem, ainda
hoje, uma realidade para a esmagadora maioria dos
A tendência à descentralização setorial, mediante o pro- municípios brasileiros.
cesso de redistribuição de capacidade decisória e de recursos IV – Apesar da situação caóƟca de algumas regiões,
entre as esferas de governo, é traduzida pela definição do todos os municípios enquadrados na Gestão Plena do
município como o único ente federaƟvo ao qual é atribuída a Sistema Municipal (GPSM) conseguiram implementar
missão consƟtucional de prestar serviço de atendimento à serviços básicos de saúde pública, principalmente no
saúde da população. À União e aos estados cabe prover as Norte do país.
cooperações técnica e financeira necessárias ao exercício
desse encargo. Nilson do Rosário Costa. Estão certos apenas os itens
A descentralização do sistema de saúde no Brasil. In: Revista do a) I e II.
Serviço Público, ano 50, nº 3, jul.-set./1999, p. 35 (com adaptações). b) I e III.
c) II e IV.
30. Com base nas ideias abordadas no texto acima e nas d) III e IV.
leis e normas que regem o SUS, julgue os itens que se
seguem. 33. Em cada uma das opções seguintes, é apresentada uma
I – A intervenção do Ministério da Saúde na adminis- situação hipotéƟca relaƟva aos serviços privados em
tração de hospitais municipais deve ocorrer por meio saúde, seguida de uma asserƟva a ser julgada. Assinale
do Conselho Estadual de Saúde. a opção cuja asserƟva esteja correta.
II – Segundo a Lei nº 8.142/1990, a parƟcipação das a) Um grupo de empresários está interessado em
Forças Armadas no atendimento à população civil por construir um hospital privado em uma cidade do
meio de hospitais de campanha deve ocorrer exclusi- país. Nessa situação, isso é possível, pois é permiƟdo
vamente em situação de guerra. que a iniciaƟva privada atue no setor de saúde.
III – A ConsƟtuição Federal estabelece que a descentra- b) Uma empresa estrangeira quer invesƟr seu capital
lização da administração da saúde pública no país deve em serviços de saúde. Nessa situação, a empresa
ocorrer em direção única em cada esfera de governo. terá de pedir autorização ao Conselho Nacional de
IV – Em se tratando de estado de calamidade pública, de Saúde.
acordo com lei específica, o governo federal requisita e c) Um hospital privado deseja fazer parte do SUS na
responsabiliza-se por hospitais municipais ou estaduais. qualidade de prestador de assistência de saúde
complementar. Nessa situação, por ser privado,
Estão certos apenas os itens não seguirá as mesmas regras do serviço público de
saúde.
a) I e II.
d) Um médico, sócio-proprietário de um hospital con-
b) I e IV.
veniado, foi convidado para coordenar o serviço de
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

c) II e III.
auditoria da secretaria de saúde de seu município.
d) III e IV. Nessa situação, é possível que o médico exerça a
referida coordenação, desde que ele tenha, nas duas
31. Conforme a Lei nº 8.142/1990, art. 3º, § 1º, enquanto funções, horários compaơveis.
não for regulamentada a aplicação dos critérios pre-
vistos no art. 35 da Lei nº 8.080/1990, o repasse de O Sistema Único de Saúde do Brasil (SUS) encontra sus-
recursos será baseado exclusivamente no parágrafo 1º tentabilidade legal no texto consƟtucional, nas legislações
do mesmo arƟgo, que estabelece como critério o(a) complementares e em um conjunto de portarias e normas
a) perfil epidemiológico da região. técnicas estruturantes. Considerando essa legislação, julgue
b) qualidade da rede associada à sua dimensão. os itens seguintes.
c) perfil demográfico. 34. (Cespe/MS/Agente AdministraƟvo/2008) A CF estabe-
d) desempenho. lece as competências do SUS, entre as quais se incluem

56
executar ações de saúde do trabalhador e colaborar na Com relação à legislação do SUS que dispõe sobre a parƟcipa-
proteção do ambiente do trabalho. ção da comunidade na sua gestão, julgue os próximos itens.
35. (Cespe/MS/Agente AdministraƟvo/2008) A uƟlização da 44. (Cespe/MS/Agente AdministraƟvo/2008) A conferência
epidemiologia para o estabelecimento das prioridades, de saúde e o conselho de saúde são instâncias colegia-
a alocação de recursos e a orientação programáƟca são das do SUS em cada esfera de governo e consƟtuem
princípios norteadores do SUS. meios formais de parƟcipação da comunidade na gestão
36. (Cespe/MS/Agente AdministraƟvo/2008) São objeƟvos do SUS.
do SUS a idenƟficação, a modificação e a eliminação 45. (Cespe/MS/Agente AdministraƟvo/2008) Segundo as
dos fatores condicionantes e determinantes sociais da normas legais perƟnentes, a conferência de saúde se
saúde, por meio de ação direta e serviços de assistência reunirá a cada quatro anos, contará com a representa-
à saúde. ção de vários segmentos sociais e terá sua organização
37. (Cespe/MS/Agente AdministraƟvo/2008) De acordo e normas de funcionamento definidas em regimento
com a legislação do SUS, em relação aos consórcios próprio, aprovadas por seu conselho.
consƟtuídos por municípios para desenvolverem em 46. (Cespe/MS/Agente AdministraƟvo/2008) Essa legis-
conjunto as ações e os serviços de saúde que lhes cor- lação prevê que a representação dos usuários nos
conselhos de saúde e nas conferências de saúde será
respondam, é vedado o remanejamento, entre esses
obrigatória e paritária em relação a cada um dos demais
municípios, de recursos humanos ou financeiros para
segmentos sociais representados, a saber: setor público
a cobertura dessas ações e serviços.
e setor privado.
38. (Cespe/MS/Agente AdministraƟvo/2008) São objetos
47. (Cespe/MS/Agente AdministraƟvo/2008) No que se
da legislação sobre gestão da saúde a parƟcipação
refere ao controle da execução da políƟca de saúde em
da comunidade na gestão do SUS e as transferências
seus aspectos econômicos e financeiros, a atuação do
intergovernamentais de recursos financeiros na área conselho de saúde tem caráter extraordinário e está
da saúde. condicionada à deliberação das conferências de saúde.
A Lei nº 8.080/1990 dispõe sobre as condições para a De acordo com a Lei nº 8.142/1990, para receberem os
promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS) para cobertura
o funcionamento dos serviços correspondentes. Com relação das ações e serviços de saúde, os municípios, os estados e
aos princípios e diretrizes do SUS relaƟvos a esses temas, o DF deverão atender a uma série de requisitos. A respeito
julgue os itens que se seguem. desses requisitos legais, julgue os itens subsequentes.
39. (Cespe/MS/Agente AdministraƟvo/2008) De acordo 48. (Cespe/MS/Agente AdministraƟvo/2008) Para recebi-
com a referida lei, o princípio da integralidade de assis- mento dos recursos mencionados, no município, no
tência é entendido especificamente como o conjunto estado ou no DF deverá haver um fundo de saúde e
de serviços curaƟvos individuais exigidos para cada um plano de saúde.
caso em determinado momento, em todos os níveis 49. (Cespe/MS/Agente AdministraƟvo/2008) A compro-
de complexidade do sistema. vação de realização da conferência de saúde a cada
40. (Cespe/MS/Agente AdministraƟvo/2008) Essa legisla- quatro anos compõe a lista de requisitos exigidos para
ção prevê a conjugação dos recursos financeiros, tec- o recebimento dos referidos recursos.
nológicos, materiais e humanos da União, dos estados, 50. (Cespe/MS/Agente AdministraƟvo/2008) A existência
do DF e dos municípios na prestação de serviços de de plano de carreira, cargos e salários aprovado e efe-
assistência à saúde da população. Ɵvamente implantado é requisito imprescindível para
41. (Cespe/MS/Agente AdministraƟvo/2008) Apesar de recebimento dos recursos citados.
amplamente discuƟdas, a regionalização e a hierar- 51. (Cespe/MS/Agente AdministraƟvo/2008) A existência
quização da rede de serviços de saúde não encontram de conselho de saúde, consƟtuído segundo critérios
suporte na legislação referida, uma vez que conflitam previstos na legislação perƟnente, é requisito para
com o princípio da descentralização e da direção única que um município receba recursos para a cobertura de
na esfera municipal. ações e serviços de saúde.
42. (Cespe/MS/Agente AdministraƟvo/2008) A universali- 52. (Cespe/MS/Agente AdministraƟvo/2008) Um estado
dade de acesso aos serviços de saúde, a preservação que não apresenta comprovação de contraparƟda de
da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade recursos para a saúde no respecƟvo orçamento está
İsica e moral e a igualdade da assistência à saúde, sem impedido de receber recursos que cubram ações e
preconceitos ou privilégios de qualquer espécie, são serviços de saúde.
princípios e diretrizes do SUS previstos na lei mencio-
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

nada. 53. (Cespe/FSCMP-PA/Administrador/Especialidade: Admi-


43. (Cespe/MS/Agente AdministraƟvo/2008) Essa legisla- nistração Hospitalar) Recentemente, o MS publicou
ção prevê o direito dos sujeitos à confidencialidade da o Pacto dos Indicadores da Atenção Básica 2005, em
atenção à saúde e das informações dela originadas e que aprova os indicadores, visando, com seu cálculo,
detalha as normas e procedimentos para a proteção da estabelecer orientações, mecanismos, fluxos e prazos
idenƟdade dos pacientes. para a avaliação das metas pactuadas por municípios
e estados. As diferenças para os indicadores dos anos
A capacidade de resolução dos serviços, em todos os anteriores são apenas conceituais. A respeito desse
níveis de assistência, é um dos princípios do SUS, o qual se assunto, julgue os itens subsequentes.
refere à rede de serviços de saúde pública exclusivamente, I – A taxa de proporção de nascidos vivos de mulheres
uma vez que é vetada à iniciaƟva privada a parƟcipação no com 4 ou mais consultas de pré-natal está entre os
SUS, ainda que em caráter complementar. indicadores principais de saúde da mulher.

57
II – As taxas de internação por acidente vascular cere- (Cespe/Boa Vista-RR/Analista Municipal/Especialidade:
bral e de mortalidade por doenças cardiovasculares, Administrador Hospitalar/2004) O centro cirúrgico de um
principais indicadores do controle da hipertensão, hospital apresentou a média de 13 óbitos mensais em
tornam-se menos importantes com o envelhecimento pacientes que sofreram procedimentos cirúrgicos durante
populacional. os úlƟmos três meses de 2003. O mesmo centro cirúrgico
III – Os principais indicadores de controle da tubercu- apresentava uma média mensal de 3 óbitos em pacientes
lose pulmonar (TB) são as taxas de incidência de TB que passavam pelo setor até o mês de setembro do mesmo
posiƟva e de mortalidade por TB. ano. Nesse contexto, julgue os itens abaixo.
IV – Os principais indicadores da eliminação da hanse- 57. O aumento da mortalidade entre os pacientes que
níase são a proporção de abandono de tratamento e a sofreram intervenções cirúrgicas no período descrito é
taxa de detecção de novos casos. um indício forte de queda na qualidade da assistência
prestada no setor considerado.
Estão corretos apenas os itens 58. O aumento da mortalidade dos pacientes egressos do
a) I e II. centro cirúrgico pode representar um evento senƟnela.
b) I e IV. 59. A mortalidade em pacientes de centros cirúrgicos pode
c) II e III. ser considerada como um indicador de avaliação de
d) III e IV.
processo.
54. (Cespe/FSCMP-PA/Administrador/Especialidade: Admi-
nistração Hospitalar) As vacinas provavelmente salva- 60. (Cespe/FHCGV-PA/Administrador/Especialidade: Admi-
ram mais vidas do que qualquer outro medicamento nistração Hospitalar) A respeito da situação atual da
na história. EsƟma-se que as vacinas poupam mais de 3 saúde no Brasil, assinale a opção errada.
milhões de vidas a cada ano e poderiam poupar muitos a) O programa DST/AIDS do Ministério da Saúde, reco-
milhões a mais se todos recebessem as adequadas. Com nhecido internacionalmente, depende de acordos
relação a esse assunto, assinale a opção incorreta. com laboratórios mulƟnacionais para a obtenção
a) A vacina contra febre amarela é usada para prevenir de preços menores de alguns fármacos.
a doença em áreas endêmicas e, eventualmente, em b) Apesar de se ter conseguido o controle de algumas
outras, quando se suspeita da presença de infecta- doenças infectocontagiosas, houve a recorrência de
dos nessas áreas. outras, como a da tuberculose e a da cólera.
b) A vacina contra a rubéola tem como alvo principal c) Em algumas regiões do país, ainda há problemas de
as mulheres em idade férƟl para prevenir malforma- subnutrição; em outras, no entanto, a obesidade
ções fetais. vem-se tornando um problema de saúde pública.
c) A tetravalente previne contra diŌeria, tétano, coque- d) Os remédios genéricos tornaram o país auto-su-
luche e sarampo e deve ser aplicada aos 12 meses. ficiente na produção de medicamentos e vacinas
d) Com a cobertura vacinal eficiente, obteve-se a eli- necessários à atenção básica à saúde da população.
minação de doenças como a varíola e a poliomielite
pelo vírus selvagem. 61. (Cespe/FHCGV-PA/Administrador/Especialidade: Admi-
nistração Hospitalar) Na Síntese de Indicadores Sociais
55. (Cespe/FSCMP-PA/Administrador/Especialidade: 2003, divulgada pelo IBGE em 13/4/2004, consta que,
Administração Hospitalar) No que se refere à vigilância em 2020, haverá 25 milhões de idosos no Brasil, cerca
epidemiológica, julgue os itens seguintes. de 11,4% da população brasileira. Considerando que a
I – A cólera e o sarampo são consideradas doenças transição demográfica tem acarretado transição epide-
reemergentes no Brasil. miológica, assinale a opção errada.
II – A mortalidade por causas externas é a principal a) O aumento da incidência de doenças crônico-dege-
causa de mortalidade jovem no Brasil. neraƟvas implicará certamente maiores gastos para
III – A dengue e a febre amarela têm como vetores o SUS.
mosquitos diferentes; por essa razão, a febre amarela b) As altas taxas de mortalidade por causas externas
se restringe à forma silvestre, nunca tendo sido obser- interferem no cálculo da expectaƟva de vida da po-
vados casos de manifestação urbana. pulação, principalmente da masculina, que se torna
IV – A hepaƟte B é transmiƟda pela água poluída e pelos menor em algumas regiões.
aerossóis primários. c) A persistência de doenças infectocontagiosas indica
que a transição epidemiológica ainda não se com-
Estão corretos apenas os itens
pletou.
a) I e II.
b) I e IV. d) Devido às caracterísƟcas específicas da população
c) II e III. brasileira, a transição demográfica no Brasil não
d) III e IV. implicará aumento da prevalência de doenças
crônico-degeneraƟvas.
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

56. As maiores causas de mortalidade infanƟl no Brasil


incluem: 62. (Cespe/FHCGV-PA/Administrador/Especialidade: Admi-
I – o sarampo. nistração Hospitalar) O Sistema Nacional de Agravos
II – a diarréia. NoƟficáveis (SINAN) depende da contribuição de todas
III – as infecções respiratórias agudas. as esferas de gestão do SUS e é um dos principais sis-
IV – a poliomielite. temas de informação para a vigilância epidemiológica.
Entre as doenças de noƟficação compulsória, não se
Estão corretos apenas os itens inclui o(a)
a) I e II. a) sarampo.
b) I e IV. b) cólera.
c) II e III. c) sífilis.
d) III e IV. d) hanseníase.

58
A epidemiologia vem apresentando um crescimento informações nos serviços, a análise das informações
verƟginoso da produção acadêmica e da sua progressiva que geram conhecimentos úteis, a mulƟdisciplinari-
incorporação à práƟca dos serviços, principalmente na úlƟma dade na abordagem do conhecimento necessário à
década. A expansão do número de profissionais treinados em ação, a integração aos processos de implantação de
epidemiologia atuando no sistema de saúde tem contribuído modelos de atenção à saúde centrados na promoção
para a difusão e incorporação do enfoque epidemiológico da qualidade de vida e a necessidade de tomada de
em vários âmbitos, com potencial de influenciar o processo decisões oportunas.
de formulação de políƟcas, planejamento, programação e
avaliação em todos os níveis de gestão do SUS. 66. (Cespe/FSCMP-PA/Administrador/Especialidade: Admi-
Carmen Fontes Teixeira. Epidemiologia e planejamento de saú- nistração Hospitalar) A tomada de decisão em saúde ne-
de. In: M.Z. Rouquayrol. Epidemiologia&Saúde. cessita, cada vez mais, de informações sobre os fatores
6.a ed., Rio de Janeiro: Medsi, 2003, p. 526.
que envolvem as condições de saúde de determinada
população. Os sistemas de informação são ferramentas
63. (Cespe/FHCGV-PA/Administrador/Especialidade: Admi- úteis para enfrentar essa necessidade e podem oferecer
nistração Hospitalar) Com base no texto acima, assinale ricos subsídios para o administrador tomar decisões em
a opção errada. seu coƟdiano. Quanto aos sistemas de informação em
a) Apenas as instituições públicas demonstram a saúde, julgue os itens que se sucedem.
tendência da incorporação de profissionais com I – Os indicadores de saúde são medidas-síntese sobre o
conhecimentos epidemiológicos, uma vez que isto
desempenho de serviços ou sistemas de saúde e podem
acontece no âmbito do SUS.
ser obƟdos por intermédio de sistemas de informação.
b) O cenário apresentado pelo texto é decorrente do
II – Um sistema de informação deve possuir a capacida-
processo de mudança de modelo assistencial em
de de medir as alterações de determinado fenômeno.
saúde ocorrido durante a década de 90.
Essa caracterísƟca é denominada sensibilidade.
c) Um administrador hospitalar, ao perceber um cená-
III – O preenchimento da guia de atendimento de
rio como o apresentado no texto, pode negociar com
o setor de recursos humanos a inclusão do requisito emergência pelo médico é parte importante de todo
de conhecimento epidemiológico nos futuros pro- processo de construção do sistema de informação.
cessos seleƟvos para novos funcionários do quadro As informações conƟdas nessa ficha são inseridas no
funcional da insƟtuição. sistema para que, ao serem analisadas, possam gerar
d) O enfoque epidemiológico, abordado no texto, informações úteis aos processos de gestão.
refere-se ao conhecimento e à visão ampliada do IV – Um sistema de informação deve apresentar uma
profissional sobre a mulƟdeterminação da doença. boa cobertura, evitando a perda de informações, ser
Essa visão sobre a diversidade e complexidade do exato, pois a informação deve ser precisa, e possuir um
processo saúde e doença permite ao profissional custo acessível, para que possa ser manƟdo atualizado.
tomar decisões mais acertadas e com maior efici- Tais critérios oferecem ao sistema de informação cre-
ência. dibilidade e eficiência.

64. (Cespe/FSCMP-PA/Administrador/Especialidade: Admi- A quanƟdade de itens corretos é


nistração Hospitalar) Acerca do controle social, julgue a) 1
os itens subsequentes. b) 2
I – As instâncias de controle social previstas na legisla- c) 3
ção são os conselhos e as conferências de saúde, que d) 4.
devem se reunir de dois em dois anos para o desem-
penho de suas funções. 67. (Cespe/FSCMP-PA/Administrador/Especialidade: Admi-
II – Os conselhos nacionais e estaduais de saúde se nistração Hospitalar) Com referência aos sistemas de
reúnem a partir da convocação do poder público, informação em saúde, assinale a opção incorreta.
que financia a presença dos conselheiros; em caso a) São exemplos de sistemas de informação em saúde
de auto-convocação, tal financiamento só se dá se de abrangência nacional o Sistema de Informações
houver concordância do poder público com referida da Atenção Básica (SIAB), o Sistema de Informações
convocação. de Agravos de NoƟficação (SINAN) e o Sistema de
III – A importância do controle social deriva da premissa Informações Hospitalares (SIH).
de que os problemas devem ser solucionados o mais b) O BoleƟm de Produção Ambulatorial (BPA) oferece
próximo possível de seu foco de origem. ao administrador informações sobre as pessoas
IV – O controle social é definido como a forma imposta que buscam o ambulatório de um hospital, pois
pela ditadura para impedir as manifestações populares seu registro proporciona informações individuais
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

contra o autoritarismo. relacionadas com os procedimentos realizados nessa


unidade.
A quanƟdade de itens corretos é igual a c) Os óbitos acontecidos em uma insƟtuição hospita-
a) 1. lar devem ser relatados por meio da declaração de
b) 2. óbito, que é a base de informações para o Sistema
c) 3. de Informações de Mortalidade (SIM).
d) 4. d) Considere que um administrador recém-chegado
a um hospital especializado em obstetrícia tenha
65. (Cespe/Administrador Hospitalar/Ipojuca/2009) Se- necessitado buscar informações sobre o desempe-
gundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a es- nho da unidade. Nessa situação, o administrador
truturação do sistema de informação em saúde deve pode buscar informações sobre partos realizados e
contemplar a captação e a disponibilidade de dados e a situação das crianças ao nascer no SINASC.

59
68. (Cespe/FSCMP-PA/Administrador/Especialidade: Admi- Desde a pactuação na Comissão Intergestores TriparƟte
nistração Hospitalar) Com relação ao SIH, assinale a e a aprovação no Conselho Nacional de Saúde, no segundo
opção correta. semestre de 2003, a políƟca de educação permanente em
a) Apenas os hospitais públicos fazem uso do SIH. saúde deixou de ser simplesmente uma proposta do Minis-
b) Seu principal documento é a AIH, que autoriza a tério da Saúde (MS) para ser uma políƟca do SUS.
internação do paciente e gera valores para o paga- Brasil – MS. Conversando sobre os pólos de educação perma-
mento dos procedimentos realizados. nente. BoleƟm OPAS 102-cooperação técnica,
15/4/2005 (com adaptações).
c) Seu preenchimento é de responsabilidade do hospi-
tal e deve ser consolidado e enviado bimestralmente
à secretaria municipal de saúde. 71. (Cespe/FSCMP-PA/Administrador/Especialidade: Admi-
d) Considere que dois pacientes de mesmo nome nistração Hospitalar) A parƟr do tema do texto acima,
tenham sido internados no mesmo hospital com julgue os próximos itens.
problemas totalmente diferentes e geraram, cada I – A educação permanente implica não apenas im-
um, a sua AIH. Tendo em vista a falha do sistema portantes mudanças na formação dos profissionais de
em não vincular o nome ao paciente, o hospital saúde, mas, também, o esclarecimento da população
recebeu pelos procedimentos realizados em cada por meio da educação em saúde.
um dos pacientes. Nessa situação, a falha do sistema II – A políƟca do SUS tem responsabilidade comparƟlha-
permite que muitos procedimentos não-realizados da de condução e de acompanhamento, logo, a demora
sejam cobrados e pagos. de instalação da Comissão Nacional de Acompanha-
mento da PolíƟca de Educação Permanente em Saúde
69. (Cespe/FHCGV-PA/Administrador/Especialidade: Admi- prejudicou o funcionamento do SUS.
nistração Hospitalar) Assinale a opção incorreta com III – O SUS, sozinho, não tem capacidade de formação
referência a sistemas de informação. para assumir o desenvolvimento de todos os profissio-
a) O sistema de informação em saúde deve subsidiar o nais de saúde. Por outro lado, as insƟtuições de ensino,
administrador na tomada de decisões, uma vez que fora do contato com a realidade da construção do SUS,
facilita o processo de planejamento, supervisão e não se transformaram para poderem se responsabilizar
controle dos serviços. por essa formação.
b) O administrador deve deter informações acerca IV – Uma políƟca de educação para o SUS envolve não
do número de profissionais existentes, da sua dis- somente o desenvolvimento dos profissionais de saúde
tribuição dos setores e da taxa de absenteísmo da que já estão trabalhando no SUS, mas, também, pois é
insƟtuição. Já informações de doenças prevalentes uma atribuição legal do SUS, ordenar a formação dos
na região e nível de escolaridade da população profissionais de saúde, em geral.
usuária são informações restritas ao médico.
c) A agilidade na alimentação dos sistemas com infor- A quanƟdade de itens corretos é igual a
mações precisas facilita a uƟlização desses sistemas, a) 1
enquanto dados com fontes inespecíficas e impreci- b) 2
sas repercutem no retardo de sua análise e aplicação. c) 3
d) Sistema de informação é todo aquele sistema que d) 4
permite a coleta, o armazenamento, o processamen-
to e a disseminação de informações. Um exemplo Com relação ao planejamento estratégico, julgue os próxi-
de sistema de informação em saúde é o sistema de mos itens.
informações sobre mortalidade (SIM). 72. (Cespe/Administrador Hospitalar/Ipojuca/2009) O
planejamento estratégico situacional (PES) possui qua-
70. (Cespe/FHCGV-PA/Administrador/Especialidade: Admi- tro etapas previstas que se entrelaçam, a explicaƟva,
nistração Hospitalar) Ainda com relação aos sistemas a normaƟva, a estratégica e a táƟco-operacional.
de informação, julgue os itens a seguir.
I – A eficiência de um pronto-socorro de uma unidade
hospitalar pode ser avaliada pelo tempo entre o mo-
mento que um indivíduo faz sua guia de atendimento
de urgência e o momento em que recebe alta.
II – Todas as crianças que nascem em um hospital
deverão ser registradas no sistema de informação de
nascidos vivos.
III – Analisar o sistema de informações hospitalares
pode fornecer informações sobre os procedimentos
realizados na insƟtuição hospitalar, bem como informar
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

à autoridade competente que ações de saúde foram Fonte: Teixeira, C. F. Planejamento em saúde: conceitos, métodos
realizadas e deverão ser pagas. e experiências / Carmen Fontes Teixeira (organizadora). Salvador:
IV – Caso um serviço hospitalar privado venha a registrar EDUFBA, 2010, 161 p.
um procedimento de forma errada ou com inconsistên-
cia no sistema de informações hospitalares, o mesmo 73. (Cespe/Administrador Hospitalar/Ipojuca/2009) O
não será glosado. planejamento operacional descreve um processo inte-
raƟvo de áreas internas considerando as expectaƟvas
Estão corretos apenas os itens acerca de quando, onde e como as aƟvidades se desen-
a) I e II. volverão. Dessa forma, esse Ɵpo de planejamento trata
b) I e III. das certezas conƟdas na programação das aƟvidades,
c) II e III. em contraposição ao alto grau de incerteza de que trata
d) III e IV. o planejamento estratégico

60
74. (Cespe/FHCGV-PA/Administrador/Especialidade: Admi- GABARITO
nistração Hospitalar) Com referência ao planejamento
estratégico situacional, julgue os itens a seguir. 1. b (Comentário: Questão reƟrada do art. 2º do Decreto
I – Esse planejamento aponta a necessidade de am- nº 7.508/2011).
pliar a parƟcipação de outros atores na elaboração do 2. c (Comentário: Cada um dos itens apresentados tem
planejamento. algo que o torna incoerente, exceto o item c. O item a
II – Caracteriza-se como método bastante flexível de cita apenas dois Ɵpos de serviços (existem outros três
planejamento, trabalhando o conflito e a cooperação citados no art. 5º desta lei). Já os itens b e d citam os
entre os atores envolvidos. conselhos e Conferências quando deveriam ter citado
III – Considera habilidades pessoais como criaƟvidade, as Comissões Integestoras – TriparƟte, BiparƟte ou
sensibilidade e experiência na construção do planeja- Regional).
3. d (Comentário: Para responder adequadamente a essa
mento.
questão basta observar a relação exposta em cada item
IV – Estabelece que, para cada problema constatado, dos entes federaƟvos e as suas respecƟvas comissões.
pode ser apresentada mais de uma estratégia de No âmbito da União é o Ministério da Saúde, Estado
solução. é a Secretaria Estadual de Saúde. O item c apresenta
o termo “compete exclusivamente”, e sabemos que
Assinale a quanƟdade de itens corretos é igual a o planejamento da saúde é feito e aprovado pelos
a) 1 respecƟvos conselhos de saúde, e não exclusivamente
b) 2 pela CIB).
c) 3 4. b (Comentário: Questão reƟrada do art. 2º do Decreto
d) 4 nº 7.508/2011).
5. a (Comentário: Dos itens listados acima, temos de
75. (Cespe/FSCMP-PA/Administrador/Especialidade: Admi- relembrar algumas caracterísƟcas do SUS: não existe
nistração Hospitalar) As insƟtuições hospitalares têm área em saúde, e sim região; a rede de atenção à saúde
invesƟdo muitos recursos em ações de humanização tem de ser regionalizada e hierarquizada).
das práƟcas assistenciais, dos processos administraƟvos 6. c (Comentário: O apoio diagnósƟco é realizado apenas
após o paciente já ter uƟlizado uma porta de entrada,
e gerenciais, bem como em ações de modernização
portanto o item c é a exceção).
de suas estruturas İsicas. Quanto à humanização dos 7. d (Comentário: As regiões de saúde são devidas nas
serviços hospitalares, assinale a opção errada. comissões intergestores – art.5º).
a) A orientação sexual é um direito que deve ser as- 8. a (Comentário: O enunciado comentou uma situação
segurado nos serviços prestados por uma unidade bem peculiar: agravo ou situação laboral).
hospitalar. 9. b (Comentário: O examinador citou o Conselho Nacio-
b) PermiƟr ao paciente o acesso a informações sobre nal de Farmácia como órgão competente para dispor
seu estado de saúde é um ponto importante para sobre o Rename, porém tal órgão é o Ministério da
promover a humanização de um serviço de saúde. Saúde e, por meio de pactuação com a CIT, determinará
c) A humanização de um serviço requer mudanças estas diretrizes, a cada dois anos. O item c diz que cabe
na aƟtude dos profissionais, usuários e gestores da aos estados e municípios decidirem ampliar ou não o
insƟtuição. A construção de novas condutas não acesso do usuário, existe essa possibilidade).
envolve necessariamente todos os profissionais que 10. a (Comentário: Existem alguns termos que geram
atuam nesse serviço, haja vista que uma atuação hu- dúvidas, por exemplo, o item b cita que as respon-
manizada pode já fazer parte da práƟca de trabalho sabilidades seriam definidas por tal mapa de saúde,
porém a informação não confere; a lei já definiu tal
de alguns desses profissionais.
responsabilidade. Os itens c e d referem-se às Redes de
d) PermiƟr a escolha de um homem ou de uma mulher Atenção a saúde; o item e comenta que servirá como
para acompanhar um homem internado em uma fator determinante, e o decreto diz que servirá para
enfermaria masculina é um exemplo de atendimento idenƟficar as necessidades de saúde).
humanizado. 11. e (Comentário: A resposta para a questão é o item e,
pois o acesso universal e igualitário se dá por meio das
76. (Cespe/FHCGV-PA/Administrador/Especialidade: Admi- unidades de pronto atendimento).
nistração Hospitalar) A humanização da assistência ao 12. a (Comentário: O enunciado da questão traz o conceito
parto e o apoio técnico-pedagógico às equipes de saúde reƟrado do art. 2º e, para facilitar a associação de ter-
da família devem ser estendidas a outras esferas do SUS mos, podemos pensar assim: o sinônimo de acordo é
e à assistência suplementar para que: contrato. O item d está errado, pois não existe contrato
a) se modifique a racionalidade médica predominante de rede da atenção à saúde).
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

nos hospitais e planos de saúde. 13. a (Comentário: De acordo com a descrição do do-
b) se melhore o atendimento do Programa Saúde da cumento, que traz informações sobre a história clínica
Família (PSF) e a assistência ao parto, por meio da do paciente, o agravo e conduta terapêuƟca, fica níƟdo
o que se pede).
adoção de práƟcas da medicina privada.
14. b (Comentário: Ao ler o enunciado da questão, ele se
c) se mantenha a integralidade do atendimento, refere à porta de entrada na rede, pois cita de começo
possibilitando-se maior número de cesarianas e de que a atenção primária por si representa uma porta
exames laboratoriais. principal para a rede).
d) se expanda a parƟcipação da rede privada no aten- 15. b (Comentário: O art. 5º comenta tais caracterísƟcas
dimento do SUS, a qual, embora prevista em lei, e apenas cita a vigilância em saúde, não especificando
ainda não foi amplamente implementada, visto que qual delas. O enunciado pede as especificações mínimas
não foram firmados convênios com o PSF e outros da região de saúde e dentre estas não se encontra a
programas. produção de medicamentos).

61
16. c (Comentário: É uma questão conceitual que se refere 46. E (Comentário: Faltou mencionar os profissionais de
aos conceitos de cada um dos termos citados). saúde).
17. c (Comentário: O item I está errado, pois o foco da 47. E (Comentário: O conselho de saúde tem caráter ordi-
medicina era curaƟvo. E o item II não tem lógica com nário).
o processo histórico e real do SUS). 48. C
18. b 49. E (Comentário: Esta é uma das prerrogaƟvas para o
19. a (Comentário: Item b, não há exceções para esta regra. recebimento dos recursos – municipalização).
Itens c e d, não existe permissão para tal). 50. C (Comentário: Este é um dos princípios da municipa-
20. a (Comentário: Apenas o item IV, as demais funções lização).
são funções da vigilância sanitária ou outra área). 51. C
21. c 52. C
22. a (Comentário: O SUS tem como princípio a univer- 53. b
salidade, todos têm direito à saúde, independente de 54. c
outras circunstâncias). 55. a
23. d (Comentário: Os municípios são os únicos que podem 56. c
formar consórcios intermunicipais). 57. C
24. d (Comentário: Itens I e III estão errados, pois o moƟvo 58. C
de ter acontecido tal revolta foi a falta de conscienƟza- 59. E
ção da população a respeito da vacinação). 60. d
25. c (Comentário: O item c corresponde ao equívoco 61. d
pedido pelo enunciado, ou seja, erro). 62. c
26. b (Comentário: Itens corretos II e IV). 63. a
27. a (Comentário: Os recursos do MS têm diversas finalida- 64. b (Comentário: Itens corretos: III e IV. Os demais estão
des e também são desƟnados à aƟvidade de educação errados, pois citam a periodicidade errada para os en-
do Rh do SUS. O termo PAB quer dizer Piso da Atenção contros da conferência de saúde, e independente da
Básica, portanto não devem financiar a média e alta convocação ter sido feita pelo poder publico ou não,
complexidade, e no item c o PSF corresponde ao PAB este tem de arcar com os custos).
variável). 65. E
28. c (Comentário: Independente se o hospital estar vin- 66. d
culado ao SUS, a LOS rege todo os Sistemas de Saúde 67. b (Comentário: Oferecer informações sobre os atendi-
Brasileiro, seja público ou não). mentos realizados).
29. d (Comentário: Não é a única fonte, ainda tem recursos
68. b (Comentário: No item a, tanto os públicos como
da esfera federal, e o gestor de saúde não tem autono-
os privados têm o sistema. No item c, o envio é feito
mia ampla, ele está vinculado ao plano de saúde).
mensalmente. No item d, se o procedimento não foi
30. d (Comentário: A atuação do ministério não interfere
realizado não será cobrado).
a administração dos hospitais e nem vai ser feita pelos
69. b
conselhos de saúde, e os hospitais das forças armadas
70. c (Comentário: O registro incorreto de informações gera
parƟcipa da rede do SUS em tempos de paz, mediante
contrato ou convênio). glosas (não recebimento do serviço prestado). No item
31. a (Comentário: Apenas o primeiro termo é aceitável, I aquele não é o parâmetro, pois não se sabe se haverá
pois os outros têm algum Ɵpo de incoerência, como, internação naquele momento).
por exemplo, o desempenho (econômico) não é moƟvo, 71. d
pois a união banca; no item c faltou a complementação). 72. C (Comentário: “O PES, proposta geral complementada
32. b posteriormente com outros métodos que consƟtuem a
33. a (Comentário: É vedada a participação de capital chamada “trilogia matusiana”, fundamenta-se em um
estrangeiro na saúde. Todo o sistema de saúde, seja Arcabouço teórico que enfaƟza o conceito de situação e
público ou privado, está sujeito às normas jurídicas ex- contempla um conjunto de métodos a serem uƟlizados
pedidas pelo Poder Público. Os cargos de chefia dentro nos diversos momentos do processo de planejamento,
do SUS só podem ser exercidos com exclusividade. quais sejam, o “explicaƟvo”, o “normaƟvo”, o “estraté-
34. C gico” e o “táƟco-operacional”.
35. E (Comentário: A alocação de recursos é feita com base “O primeiro implica a análise da situação inicial, que in-
na equidade e não na epidemiologia). clui a idenƟficação, descrição e análise dos problemas e
36. E (Comentário: A palavra que torna a questão errada oportunidades de ação do ator em situação. O segundo
é a eliminação dos fatores, o que se pode eliminar são contempla a elaboração da situação-objeƟvo, construí-
os fatores de risco). da a parƟr da decisão acerca do que fazer no tempo
37. E (Comentário: Caso não seja firmado o consórcio, ha- políƟco de que dispõe o ator para o enfrentamento
dos problemas selecionados. O momento estratégico
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

verá de ser feito o repasse de verbas dos atendimentos


realizados (recursos financeiros), incluindo o pessoal supõe a definição das operações a serem realizadas,
que leva o paciente para fazer o atendimento (recursos com o desenho dos Módulos Operação-Problema
humanos)). contemplando a análise de viabilidade de cada uma das
38. C operações propostas. O momento táƟco-operacional,
39. E (Comentário: Faltou a palavra coleƟvos). por sua vez, corresponde à execução das ações sob a
40. C gerência, monitoramento e avaliação das operações
41. E (Comentário: Existe suporte nesta lei referida). que compõem o plano.” (TEIXEIRA, 2010)
42. E (Comentário: O termo preservação da autonomia não 73. C
está na lei; é um princípio bioéƟco). 74. d
43. E 75. d (Comentário: O item está errado, pois se a enfermaria
44. C é masculina, apenas homens poderão frequentar).
45. C 76. a

62
RESOLUÇÃO Nº 333/2003 ͵ DO CONSELHO l) de trabalhadores da área de saúde: associações, sin-
NACIONAL DE SAÚDE dicatos, federações, confederações e conselhos de classe;
m) da comunidade cienơfica;
Com o advento da Lei nº 8.142/1990, que foi elaborada n) de enƟdades públicas, de hospitais universitários e
com os vetos que o Presidente Collor de Melo havia feito hospitais campo de estágio, de pesquisa e desenvolvimento;
na Lei nº 8.080/1990, inicia-se a regulamentação da atuação o) enƟdades patronais;
dos conselhos de saúde, que estavam funcionando nas três p) de enƟdades dos prestadores de serviço de saúde;
esferas de governo: Municipal, Estadual e Federal (União), q) de Governo.
necessitava agora de posicionamentos do Conselho Nacional
de Saúde em relação a algumas demandas, como às pro- O mandato dos conselheiros será definido no Regimento
postas de composição, organização e funcionamento dos Interno do Conselho, não devendo coincidir com o mandato
Conselhos de Saúde, conforme § 5º, inciso II, art. 1º, da Lei das Autoridades do ExecuƟvo (Governo Estadual, Municipal,
nº 8.142, de 28 de dezembro de 1990. do Distrito Federal ou do Governo Federal), sugerindo-se
Um dos objeƟvos foi a consolidação, fortalecimento, am- a duração de dois anos, podendo os conselheiros serem
pliação e aceleração do processo de controle social, também reconduzidos.
conhecido com ParƟcipação Popular do SUS, que acontecem Quando não houver Conselho de Saúde em determinado
por meio de cada conselho de saúde, das Plenárias do Con- Município, caberá ao Conselho Estadual de Saúde assumir,
selho de Saúde e das Conferencias de Saúde. Dessa forma, junto ao execuƟvo municipal, a convocação e realização da
a Resolução, em comento, visa aprovar as diretrizes para 1ª Conferência Municipal de Saúde, que terá como um de
criação, reformulação, estruturação e funcionamento dos seus objeƟvos a criação e a definição da composição do
conselhos de saúde. Conselho Municipal.
A norma traz nas suas diretrizes alguns conceitos e re- A função de Conselheiro é de relevância pública e, portan-
gulamentações. to, garante sua dispensa do trabalho sem prejuízo para ele.
Conselho de Saúde é órgão colegiado, deliberaƟvo e Os Governos garanƟrão autonomia para o pleno funcio-
permanente do Sistema Único de Saúde (SUS) em cada esfera namento do Conselho de Saúde, dotação orçamentária, Se-
de Governo, integrante da estrutura básica do Ministério cretaria ExecuƟva e estrutura administraƟva. O Conselho de
da Saúde, da Secretaria de Saúde dos Estados, do Distrito Saúde define, por deliberação de seu Plenário, sua estrutura
Federal e dos Municípios, com composição, organização e administraƟva e o quadro de pessoal conforme os preceitos
competência fixadas pela Lei nº 8.142/1990. O processo bem da NOB de Recursos Humanos do SUS.
sucedido de descentralização tem determinado a ampliação As formas de estruturação interna do Conselho de Saúde
dos Conselhos de Saúde que ora se estabelecem também em voltadas para a coordenação e direção dos trabalhos deverão
Conselhos Regionais, Conselhos Locais, Conselhos Distritais garanƟr a funcionalidade na distribuição de atribuições entre
de Saúde, incluindo os Conselhos Distritais Sanitários Indí- conselheiros e servidores, fortalecendo o processo de-
genas, sob a coordenação dos Conselhos de Saúde da esfera mocráƟco, no que evitará qualquer procedimento que crie
correspondente. Tem por objeƟvos formulação e proposição hierarquia de poder entre conselheiros ou permita medidas
de estratégias e no controle da execução das PolíƟcas de tecnocráƟcas no seu funcionamento.
Saúde, inclusive em seus aspectos econômicos e financeiros. A Secretaria ExecuƟva é subordinada ao Plenário do
A parƟcipação da sociedade organizada, garanƟda na Conselho de Saúde, que definirá sua estrutura e dimensão.
Legislação, torna os Conselhos de Saúde uma instância O orçamento do Conselho de Saúde será gerenciado pelo
privilegiada na proposição, discussão, acompanhamento, próprio Conselho de Saúde.
deliberação, avaliação e fiscalização da implementação da O Plenário do Conselho de Saúde que se reunirá, no míni-
PolíƟca de Saúde. O conselho de saúde será composto da mo, a cada mês e, extraordinariamente, quando necessário,
seguinte maneira: funcionará baseado em seu Regimento Interno já aprovado.
a) 50% de enƟdades de usuários; A pauta e o material de apoio às reuniões devem ser enca-
b) 25% de enƟdades dos trabalhadores de saúde; minhados aos conselheiros com antecedência. As reuniões
c) 25% de representação de governo, de prestadores de plenárias são abertas ao público.
serviços privados conveniados, ou sem fins lucraƟvos. O Conselho de Saúde exerce suas atribuições mediante
o funcionamento do Plenário, que, além das comissões
Obs.: A representação de órgãos ou enƟdades terá como intersetoriais, estabelecidas na Lei nº 8.080/1990, instalará
critério a representaƟvidade, a abrangência e a complemen- comissões internas exclusivas de conselheiros, de caráter
taridade do conjunto de forças sociais, no âmbito de atuação temporário ou permanente, bem como outras comissões
do Conselho de Saúde. De acordo com as especificidades intersetoriais e grupos de trabalho para ações transitórias.
locais, aplicando o princípio da paridade, poderão ser con-
templadas, dentre outras, as seguintes representações: RESOLUÇÃO Nº 333, DE 4 DE NOVEMBRO
a) de associações de portadores de patologias; DE 2003
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

b) de associações de portadores de deficiências;


c) de enƟdades indígenas; Aprova as diretrizes para cria-
d) de movimentos sociais e populares organizados; ção, reformulação, estruturação
e) movimentos organizados de mulheres, em saúde; e funcionamento dos Conselhos
f) de enƟdades de aposentados e pensionistas; de Saúde.
g) de entidades congregadas de sindicatos, centrais
sindicais, confederações e federações de trabalhadores O Plenário do Conselho Nacional de Saúde (CNS), em sua
urbanos e rurais; Centésima Trigésima Sexta Reunião Ordinária, realizada nos
h) de enƟdades de defesa do consumidor; dias 3 e 4 de novembro de 2003, no uso de suas competên-
i) de organizações de moradores; cias regimentais e atribuições conferidas pela Lei nº 8.080,
j) de enƟdades ambientalistas; de 19 de setembro de 1990, e pela Lei nº 8.142, de 28 de
k) de organizações religiosas; dezembro de 1990, e

63
Considerando os debates ocorridos nos Conselhos de mentação da PolíƟca de Saúde, inclusive em seus aspectos
Saúde, nas três esferas de Governo, na X Plenária Nacional econômicos e financeiros. A legislação estabelece, ainda,
de Conselhos de Saúde, nas Plenárias Regionais e Estaduais a composição paritária de usuários, em relação ao conjunto
de Conselhos de Saúde, na 9ª, na 10ª e na 11ª Conferências dos demais segmentos representados. O Conselho de Saúde
Nacionais de Saúde, e nas Conferências Estaduais, do Distrito será composto por representantes de usuários, de trabalha-
Federal e Municipais de Saúde; dores de saúde, do governo e de prestadores de serviços de
Considerando a experiência já acumulada do Controle saúde, sendo o seu Presidente eleito entre os membros do
Social da saúde e reiteradas demandas de Conselhos Esta- Conselho, em Reunião Plenária.
duais e Municipais referentes às propostas de composição, I – O número de conselheiros será indicado pelos Plená-
organização e funcionamento dos Conselhos de Saúde, rios dos Conselhos de Saúde e das Conferências de Saúde,
conforme § 5º, inciso II, arƟgo 1º, da Lei no 8.142, de 28 de devendo ser definido em Lei.
dezembro de 1990; II – Mantendo ainda o que propôs a Resolução nº 33/92
Considerando a ampla discussão da Resolução do CNS nº do CNS e consoante as recomendações da 10ª e da 11ª
33/92 realizada nos espaços de Controle Social, entre os Conferências Nacionais de Saúde, as vagas deverão ser dis-
quais se destacam as Plenárias de Conselhos de Saúde; tribuídas da seguinte forma:
Considerando o objeƟvo de consolidar, fortalecer, am- a) 50% de enƟdades de usuários;
pliar e acelerar o processo de Controle Social do SUS, por b) 25% de enƟdades dos trabalhadores de saúde;
intermédio dos Conselhos Nacional, Estaduais,Municipais, c) 25% de representação de governo, de prestadores de
das Conferências de Saúde e das Plenárias de Conselhos serviços privados conveniados, ou sem fins lucraƟvos.
de Saúde; e III – A representação de órgãos ou enƟdades terá como
Considerando que os Conselhos de Saúde, consagrados critério a representaƟvidade, a abrangência e a comple-
pela efeƟva parƟcipação da sociedade civil organizada, repre- mentaridade do conjunto de forças sociais, no âmbito de
sentam um polo de qualificação de cidadãos para o Controle atuação do Conselho de Saúde. De acordo com as especifici-
Social nas demais esferas da ação do Estado. dades locais, aplicando o princípio da paridade, poderão ser
contempladas, dentre outras, as seguintes representações:
Resolve: a) de associações de portadores de patologias; b) de
associações de portadores de deficiências; c) de enƟdades
Aprovar as seguintes DIRETRIZES PARA CRIAÇÃO, RE- indígenas;
FORMULAÇÃO, ESTRUTURAÇÃO E FUNCIONAMENTO DOS d) de movimentos sociais e populares organizados; e)
CONSELHOS DE SAÚDE: movimentos organizados de mulheres, em saúde; f) de
enƟdades de aposentados e pensionistas;
Primeira Diretriz: Conselho de Saúde é órgão colegiado, g) de entidades congregadas de sindicatos, centrais
deliberaƟvo e permanente do Sistema Único de Saúde (SUS) sindicais, confederações e federações de trabalhadores
em cada esfera de Governo, integrante da estrutura básica urbanos e rurais;
do Ministério da Saúde, da Secretaria de Saúde dos Esta- h) de enƟdades de defesa do consumidor;
dos, do Distrito Federal e dos Municípios, com composição, i) de organizações de moradores. j) de enƟdades am-
organização e competência fixadas na Lei nº 8.142/1990. bientalistas;
O processo bem- sucedido de descentralização tem deter- k) de organizações religiosas;
minado a ampliação dos Conselhos de Saúde que ora se l) de trabalhadores da área de saúde: associações, sin-
estabelecem também em Conselhos Regionais, Conselhos dicatos, federações, confederações e conselhos de classe;
Locais, Conselhos Distritais de Saúde, incluindo os Conselhos m) da comunidade cienơfica;
Distritais Sanitários Indígenas, sob a coordenação dos Con- n) de enƟdades públicas, de hospitais universitários e
selhos de Saúde da esfera correspondente. O Conselho de hospitais campo de estágio, de pesquisa e desenvolvimento;
Saúde consubstancia a parƟcipação da sociedade organizada o) enƟdades patronais;
na administração da Saúde, como Subsistema da Seguridade p) de enƟdades dos prestadores de serviço de saúde;
Social, propiciando seu controle social. q) de Governo.
Parágrafo único. Atua na formulação e proposição de IV – Os representantes no Conselho de Saúde serão
estratégias e no controle da execução das PolíƟcas de Saúde, indicados, por escrito, pelos seus respecƟvos segmentos
inclusive em seus aspectos econômicos e financeiros. enƟdades, de acordo com a sua organização ou de seus
fóruns próprios e independentes.
Da Criação e Reformulação dos Conselhos V – O mandato dos conselheiros será definido no Regi-
de Saúde mento Interno do Conselho, não devendo coincidir com o
mandato do Governo Estadual, Municipal, do Distrito Federal
Segunda Diretriz: A criação dos Conselhos de Saúde é ou do Governo Federal, sugerindo-se a duração de dois anos,
estabelecida por lei municipal, estadual ou federal, com base podendo os conselheiros serem reconduzidos, a critério das
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

na Lei nº 8.142/90. respecƟvas representações.


Parágrafo único. Na criação e reformulação dos Conse- VI – A ocupação de cargos de confiança ou de chefia que
lhos de Saúde o poder execuƟvo, respeitando os princípios interfiram na autonomia representaƟva do conselheiro, deve
da democracia, deverá acolher as demandas da população, ser avaliada como possível impedimento da representação
consubstanciadas nas conferências de saúde. do segmento e, a juízo da enƟdade, pode ser indicaƟvo de
subsƟtuição do conselheiro.
Da Organização dos Conselhos de Saúde VII – A parƟcipação do Poder LegislaƟvo e Judiciário não
cabe nos Conselhos de Saúde, em face da independência
Terceira Diretriz: A parƟcipação da sociedade organizada, entre os Poderes.
garanƟda na Legislação, torna os Conselhos de Saúde uma VIII – Quando não houver Conselho de Saúde em deter-
instância privilegiada na proposição, discussão, acompa- minado Município, caberá ao Conselho Estadual de Saúde
nhamento, deliberação, avaliação e fiscalização da imple- assumir, junto ao execuƟvo municipal, a convocação e reali-

64
zação da 1ª Conferência Municipal de Saúde, que terá como destacando-se o grau de congruência com os princípios e
um de seus objeƟvos a criação e a definição da composição diretrizes do SUS.
do Conselho Municipal. O mesmo será atribuído ao CNS, XI – Os Conselhos de Saúde, desde que com a devida
quando da criação de novo Estado da Federação. jusƟficaƟva, buscarão auditorias externas e independentes,
IX – Os segmentos que compõem o Conselho de Saúde sobre as contas e aƟvidades do Gestor do SUS, ouvido o
são escolhidos para representar a sociedade como um todo, Ministério Público.
no aprimoramento do Sistema Único de Saúde (SUS). XII – O Pleno do Conselho deverá manifestar-se por meio
X – A função de Conselheiro é de relevância pública e, de resoluções, recomendações, moções e outros atos delibe-
portanto, garante sua dispensa do trabalho sem prejuízo para raƟvos. As resoluções serão obrigatoriamente homologadas
o conselheiro, durante o período das reuniões, capacitações pelo chefe do poder consƟtuído em cada esfera de governo,
e ações específicas do Conselho de Saúde. em um prazo de 30 (trinta) dias, dando-se-lhes publicidade
oficial. Decorrido o prazo mencionado e não sendo homo-
Da Estrutura e Funcionamento dos Conselhos logada a resolução, nem enviada pelo gestor ao Conselho
de Saúde jusƟficaƟva com proposta de alteração ou rejeição a ser
apreciada na reunião seguinte, as enƟdades que integram
Quarta Diretriz: Os Governos garanƟrão autonomia para o Conselho de Saúde podem buscar a validação das resolu-
o pleno funcionamento do Conselho de Saúde, dotação or- ções, recorrendo, quando necessário, ao Ministério Público.
çamentária, Secretaria ExecuƟva e estrutura administraƟva.
I – O Conselho de Saúde define, por deliberação de seu Da Competência dos Conselhos de Saúde
Plenário, sua estrutura administraƟva e o quadro de pessoal
conforme os preceitos da NOB de Recursos Humanos do SUS. Quinta Diretriz: Aos Conselhos de Saúde Nacional, Es-
II – As formas de estruturação interna do Conselho de taduais, Municipais e do Distrito Federal, que têm compe-
Saúde voltadas para a coordenação e direção dos trabalhos tências definidas nas leis federais, bem como, em indicações
deverão garanƟr a funcionalidade na distribuição de atribui- advindas das Conferências de Saúde, compete:
ções entre conselheiros e servidores, fortalecendo o processo I – Implementar a mobilização e arƟculação conơnuas
democráƟco, no que evitará qualquer procedimento que crie da sociedade, na defesa dos princípios consƟtucionais que
hierarquia de poder entre conselheiros ou permita medidas fundamentam o SUS, para o controle social de Saúde.
tecnocráƟcas no seu funcionamento. II – Elaborar o Regimento Interno do Conselho e outras
III – A Secretaria ExecuƟva é subordinada ao Plenário do normas de funcionamento.
Conselho de Saúde, que definirá sua estrutura e dimensão. III – DiscuƟr, elaborar e aprovar proposta de operaciona-
IV – O orçamento do Conselho de Saúde será gerenciado lização das diretrizes aprovadas pelas Conferências de Saúde.
pelo próprio Conselho de Saúde. IV – Atuar na formulação e no controle da execução da
V – O Plenário do Conselho de Saúde que se reunirá, políƟca de saúde, incluindo os seus aspectos econômicos
no mínimo, a cada mês e, extraordinariamente, quando e financeiros e propor estratégias para a sua aplicação aos
necessário, funcionará baseado em seu Regimento Interno setores público e privado.
já aprovado. A pauta e o material de apoio às reuniões de- V – Definir diretrizes para elaboração dos planos de
vem ser encaminhados aos conselheiros com antecedência. saúde e sobre eles deliberar, conforme as diversas situações
As reuniões plenárias são abertas ao público. epidemiológicas e a capacidade organizacional dos serviços.
VI – O Conselho de Saúde exerce suas atribuições median- VI – Estabelecer estratégias e procedimentos de acompa-
te o funcionamento do Plenário, que, além das comissões nhamento da gestão do SUS, arƟculando-se com os demais
intersetoriais, estabelecidas na Lei nº 8.080/90, instalará colegiados como os de seguridade, meio ambiente, jusƟça,
comissões internas exclusivas de conselheiros, de caráter educação, trabalho, agricultura, idosos, criança e adolescente
temporário ou permanente, bem como outras comissões e outros.
intersetoriais e grupos de trabalho para ações transitórias. VII – Proceder à revisão periódica dos planos de saúde.
Grupos de trabalho poderão contar com integrantes não VIII – Deliberar sobre os programas de saúde e aprovar
conselheiros. projetos a serem encaminhados ao Poder LegislaƟvo, propor
VII – O Conselho de Saúde consƟtuirá uma Coordenação a adoção de critérios definidores de qualidade e resoluƟvi-
Geral ou Mesa Diretora, respeitando a paridade expressa dade, atualizando-os em face do processo de incorporação
nesta Resolução, eleita em Plenário, inclusive o seu Presi- dos avanços cienơficos e tecnológicos, na área da Saúde.
dente ou Coordenador. IX – Estabelecer diretrizes e critérios operacionais re-
VIII – As decisões do Conselho de Saúde serão adotadas laƟvos à localização e ao Ɵpo de unidades prestadoras de
mediante quórum mínimo da metade mais um de seus serviços de saúde públicos e privados, no âmbito do SUS,
integrantes. tendo em vista o direito ao acesso universal às ações de
IX – Qualquer alteração na organização dos Conselhos de promoção, proteção e recuperação da saúde em todos os
Saúde preservará o que está garanƟdo em Lei, e deve ser pro- níveis de complexidade dos serviços, sob a diretriz da hie-
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

posta pelo próprio conselho e votada em reunião plenária, rarquização/regionalização da oferta e demanda de serviços,
para ser alterada em seu Regimento Interno e homologada conforme o princípio da eqüidade.
pelo gestor do nível correspondente. X – Avaliar, explicitando os critérios uƟlizados, a organi-
X – A cada três meses deverá constar das pautas e asse- zação e o funcionamento do Sistema Único de Saúde – SUS.
gurado o pronunciamento do gestor das respecƟvas esferas XI – Avaliar e deliberar sobre contratos e convênios, con-
de governo, para que faça prestação de contas em relatório forme as diretrizes dos Planos de Saúde Nacional, Estaduais,
detalhado contendo dentre outros, andamento da agenda do Distrito Federal e Municipais.
de saúde pactuada, relatório de gestão, dados sobre o XII – Aprovar a proposta orçamentária anual da saúde,
montante e a forma de aplicação dos recursos, as auditorias tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na Lei de
iniciadas e concluídas no período, bem como a produção e a Diretrizes Orçamentárias (arƟgo 195, § 2º da ConsƟtuição Fe-
oferta de serviços na rede assistencial própria contratada ou deral), observado o princípio do processo de planejamento e
conveniada, de acordo com o arƟgo 12 da Lei nº 8.689/93, orçamentação ascendentes (arƟgo 36 da Lei nº 8.080/1990).

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XIII – Propor critérios para programação e execução fi-
nanceira e orçamentária dos Fundos de Saúde e acompanhar
a movimentação e desƟnação dos recursos.
XIV – Fiscalizar e controlar gastos e deliberar sobre cri-
térios de movimentação de recursos da Saúde, incluindo o
Fundo de Saúde e os transferidos e próprios do Município,
Estado, Distrito Federal e da União.
XV – Analisar, discuƟr e aprovar o relatório de gestão, com
a prestação de contas e informações financeiras, repassadas
em tempo hábil aos conselheiros, acompanhado do devido
assessoramento.
XVI – Fiscalizar e acompanhar o desenvolvimento das
ações e dos serviços de saúde e encaminhar os indícios de de-
núncias aos respecƟvos órgãos, conforme legislação vigente.
XVII – Examinar propostas e denúncias de indícios de
irregularidades, responder no seu âmbito a consultas sobre
assuntos perƟnentes às ações e aos serviços de saúde, bem
como apreciar recursos a respeito de deliberações do Con-
selho, nas suas respecƟvas instâncias.
XVIII – Estabelecer critérios para a determinação de
periodicidade das Conferências de Saúde, propor sua con-
vocação, estruturar a comissão organizadora, submeter o
respecƟvo regimento e programa ao Pleno do Conselho de
Saúde correspondente, explicitando deveres e papéis dos
conselheiros nas pré-conferências e conferências de saúde.
XIX – EsƟmular arƟculação e intercâmbio entre os Con-
selhos de Saúde e enƟdades governamentais e privadas,
visando à promoção da Saúde.
XX – EsƟmular, apoiar e promover estudos e pesquisas
sobre assuntos e temas na área de saúde perƟnentes ao
desenvolvimento do Sistema Único de Saúde (SUS).
XXI – Estabelecer ações de informação, educação e co-
municação em saúde e divulgar as funções e competências
do Conselho de Saúde, seus trabalhos e decisões por todos
os meios de comunicação, incluindo informações sobre as
agendas, datas e local das reuniões.
XXII – Apoiar e promover a educação para o controle
social. Constarão do conteúdo programáƟco os fundamentos
teóricos da saúde, a situação epidemiológica, a organização
do SUS, a situação real de funcionamento dos serviços do
SUS, as aƟvidades e competências do Conselho de Saúde,
bem como a Legislação do SUS, suas políƟcas de saúde,
orçamento e financiamento.
XXIII – Aprovar, encaminhar e avaliar a políƟca para os
Recursos Humanos do SUS.
XXIV – Acompanhar a implementação das deliberações
constantes do relatório das plenárias dos conselhos de saúde.

Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.


Ficam revogadas as Resoluções do CNS de nº 33/1992 e a
de nº 319/2002.

HUMBERTO COSTA
Presidente do Conselho Nacional de Saúde
LEGISLAÇÃO APLICADA AO SUS

Homologo a Resolução CNS Nº 333, de 4 de novembro de


2003, nos termos do Decreto de Delegação de Competên-
cia de 12 de novembro de 1991.

HUMBERTO COSTA
Ministro de Estado da Saúde

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