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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

FACULDADE DE CIENCIAS AGRÁRIAS

ENGENHARIA DE ALIMENTOS

ENGENHARIA BIOQUÍMICA

MODELAGEM MATEMÁTICA E SIMULAÇÃO DE PROCESSOS


FERMENTATIVOS

MANAUS-AM
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS

FACULDADE DE CIENCIAS AGRÁRIAS

ENGENHARIA DE ALIMENTOS

MODELAGEM MATEMÁTICA E SIMULAÇÃO DE PROCESSOS


FERMENTATIVOS

Trabalho solicitado pela


Professor ........................,para
obtenção de nota parcial na
Disciplina de Engenharia
Bioquímica.

Acadêmica:

MANAUS-AM
1. INTRODUÇÃO

A modelagem de processos fermentativos segundo Bonomi e Schmidell (2001):


Pode ser definida como a tentativa de representar, através de equações matemática, os balanços
de massa de cada componente do biorreator, associados ás complexas transformações
bioquímicas que ocorrem no processo e ás velocidades com que essas transformações se
processam. A formulação matemática segundo os autores deve possuir um comprometimento
entre o grau de complexibilidade razoável e solução (esforços computacional) economicamente
desejável.

Dentre os modelos matemáticos dos processos fermentativos utilizados em Engenharia


Bioquímica destacaremos aqui o modelo fenomenológico que é um modelo que abrange um
conjunto de relações matemáticas entre as variáveis do sistema em estudo. Este modelo se
utiliza de equações de balanço ou de conservação, baseados em princípios físico –químicos,
equações de velocidades e equações termodinâmicas.

O Ajuste do modelo aos dados é feito pelo cálculo do melhor conjunto de parâmetros que
tornam mínima a diferença entre os dados previstos pelos modelos e os dados experimentais.

2.OBJETIVOS

- Determinar as constantes experimentais;

- Comparar os dados experimentais com os modelos de inibição mais próximos da


linearidade;

3. MATERIAIS E MÉTODOS

- Calculadora Científica;

-Computador (Programa Origin);

- Impressora;

- Papel A4;
4.MÉTODOS:

Utilizou modelos gráficos plotados através de programa computacional nos


quais serão permitidos a realização de estudos das modelagens matemáticas. Este
procedimento determina a reta que melhor representa os pontos experimentais. Que
serão representadas nas formas linearizadas das 3 diferentes alternativas de modelo
para inibição do crescimento celular pelo produto considerado, são elas:

- Inibição Hiperbólica:

1 1 1
= + p
µₓ µ ∗ µs ∗ Kp

- Inibição Exponencial:

lnµₓ = lnµ𝑠 ∗ +KpP

- Inibição Linear:

1
µₓ = µ𝑠 ∗ − P
Pm ∗

Essas equações cinéticas que indicam como as variáveis do processo


neste estudo interferem nas velocidades de crescimento e morte celular.

São apresentados na Tabela1, os dados experimentais obtidos em 4 ensaios


realizados.

Ensaios S residual= 20,0 g/L S residual = 10,0 g/L


P(g/L) µx(h-¹) P(g/L) µx(h-¹)
1 2,12 0,565 4,78 0,255
2 18,0 2,219 21,2 0,161
3 30,0 0,129 33,7 0,0901
4 50,5 0,0523 54,7 0,0364
Tabela 1. Valores de µx e P quando S residual = 20,0 e 10,0 g/L.
5. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS

Com o intuito de exemplificar a identificação dos fenômenos necessário para a


construção do modelo matemático, será identificado qual o modelo cinético de inibição
do crescimento celular pelo produto ocorre a fermentação utilizada no caso estudado. A
tabela 1. Apresenta os dados de µx e P obtidos nos ensaios definidos na mesma, no
instante em que a quantidade S residual no biorreator é igual a todos os 4 ensaios –
foram consideradas duas situações S= 20,00 g/L e 10g/L. Montou- se uma tabela com
os dados experimentais e obteve as constantes através de cálculos conforme
demonstrado nas tabelas abaixo:

Tabela 2. Dados experimentais para as amostras de 20,0g/L, onde o eixo x será


representado pela variável P(g/L) e o Y vai variar de acordo com o modelo adotado.
Tabela 3. Dados experimentais para as amostras de 10,0g/L. onde o eixo x será representado pela
variável P(g/L) e o Y vai variar de acordo com o modelo adotado.

Traçou-se um gráfico no qual o eixo x( igual para todos os casos) e representado


por P(g/L) e o eixo y (-Ln Mi) ;( Mi )ou (1/Mi)aqui representando o modelo
Exponencial, Linear ou hiperbólico respectivamente, determinando-se o início e a
duração da fase exponencial de crescimento, o coeficiente angular da melhor correlação
fornecerá o valor de µm.- velocidade especifica máxima de crescimento.
6 –RESULTADOS:

-Fase de crescimento Exponencial:

-LnMi
3,5

3,0

2,5
-LnMi

2,0

1,5

1,0
0 10 20 30 40 50 60
P (g/L)

Gráfico1.Dados experimentais para o ensaio de 20,0g/L

Experimental
3 modelo esponencial
Equation y = a + b*x
Adj. R-Square 0,98984
Value Standard Error
-lnMi Intercept 0,54773 0,08734
-lnMi Slope 0,04866 0,00284

2
-lnMi

0
0 20 40 60
P (g/L)

Gráfico2. Modelo exponencial para o ensaio de 20,0g/L


3,5 Experimental
Modelo exponencial

3,0 Equation y = a + b*x


Adj. R-Square 0,98824
Value Standard Error
-LnMi Intercept 1,07108 0,08571
-LnMi Slope 0,0402 0,00253

2,5
-LnMi

2,0

1,5

1,0
0 10 20 30 40 50 60
P (g/L)

Gráfico3. Modelo Exponencial para o ensaio de 10,0g/L


-Fase Linear:

Mi

0,6

0,5

0,4
Mi (h-1)

0,3

0,2

0,1

0,0
0 10 20 30 40 50
P (g/L)

Gráfico4.Dados experimentais para o ensaio de 20,0g/L

0,6 experimental
Modelo Linear
Equation y = a + b*x
0,5 Adj. R-Square 0,74871
Value Standard Error
Mi Intercept 0,49599 0,0987
Mi Slope -0,01012 0,00321

0,4
Mi (h-1)

0,3

0,2

0,1

0,0
0 10 20 30 40 50
P (g/L)

Gráfico: Modelo Linear para o ensaio de 20,0g/L


Mi

0,25

0,20

0,15
Mi (h-1)

0,10

0,05

0,00
0 10 20 30 40 50 60
P (g/L)

Gráfico5. Dados experimentais para o ensaio de 10,0g/L

Experimental
0,3 Modelo Linear

0,2
Mi (h-1)

0,1

0,0
0 20 40 60
P (g/L)

Gráfico6. Modelo Linear para o ensaio de 10,0g/L.


- Inibição Hiperbólica:

1/Mi

20

18

16

14

12
1/Mi

10

0
0 10 20 30 40 50
P (g/L)

Gráfico7. Dados experimentais para o ensaio de 20,0g/L

20 Experimental
Modelo Hiberbolico
18
Equation y = a + b*x
Adj. R-Square 0,89154
16 Value Standard Error
1/Mi Intercept -0,74504 2,18225
1/Mi Slope 0,35966 0,071
14

12
1/Mi

10

0
0 10 20 30 40 50
P (g/L)

Gráfico 8. Modelo hiperbólico para o ensaio de 20,0g/L


30
experimental
Modelo Hiperbolico
25
Equation y = a + b*x
Adj. R-Square 0,84059
Value Standard Error
1/Mi Intercept -1,47239 3,9467
20 1/Mi Slope 0,4773 0,11638

15
1/Mi

10

0
0 10 20 30 40 50 60
P (g/L)

Gráfico9. Modelo hiperbólico para o ensaio de 10,0g/L


7. CONCLUSÃO

Pelos resultados dos modelos presentados nos gráficos 1 ao 9 poderemos podemos


concluir que o modelo de inibição cinética que mais se adequa aos parâmetros
experimentais é o modelo de inibição exponencial conforme gráfico 2 sendo onde o R²
= 0,9857 mais se aproxima de 1.
8. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

 ANTONIIOBONONI; SCHMIDELL, Willibaldo. Modelagem Matemática e


Simulação de Processos Fermentativos. In: SCHMIDELL, Willibaldo et
al. Biotecnologia Industrial: Engenharia bioquimica. São Paulo: Blucher, 2001.
Cap. 7. p. 123-174.

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