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• META:
Apresentar introdução à Matemática Discreta.
• OBJETIVO:
Ao fim da aula os alunos deverão ser capazes de:
Entender o significado de Definição, Teorema e Prova.
• PRÉ-REQUISITOS:
Conhecimentos básicos Matemática.
Preliminares:
𝑥 − 𝑎 𝑥 − 𝑏 𝑥 − 𝑐 … (𝑥 − 𝑧)
Caracterizando Definição:
A matemática existe apenas na mente das pessoas. Não é possível ver o número 6 ou dar
de cara com um vetor andando pelas ruas, por exemplo. Os número, assim como todos os outros
objetos matemáticos, são puramente conceituais, abstratos.
Os objetos matemáticos adquirem existência por definições. Por exemplo, um número é
chamado de primo ou par desde que satisfaça condições precisas, sem ambiguidade.
Sejam 𝑎 e 𝑏 inteiros. Dizemos que 𝑎 é divisível por 𝑏 se existir um inteiro 𝑐, de modo que
𝑏𝑐 = 𝑎. Dizemos também que 𝑏 divide 𝑎, ou que 𝑏 é um fator de 𝑎, ou que 𝑏 é um divisor de 𝑎. A
notação correspondente é 𝑏|𝑎.
Como podemos notar, esta definição introduz vários termos (divisível, fator, divisor e
divide), assim como a notação 𝑏|𝑎. Vejamos um exemplo:
Exemplo:
12 é divisível por 4? Sim, pois sendo 𝑎 = 12 e 𝑏 = 4 podemos afirmar que há um inteiro 𝑐 tal
que 4𝑐 = 12. De fato, esse inteiro é 𝑐 = 3.
Nessas condições, podemos afirmar que 4 divide 12, ou que 4 é um fator de 12, ou que 4 é
divisor de 12. Expressamos esse fato pela notação 4|12.
Caracterizando Definição:
Agora a definição 2 está pronta para uso. O número 12 é par porque 2|12, e sabemos
que 2|12 porque 2 × 6 = 12. Entretanto, 13 não é par porque 13 não é divisível por 2 – não há
inteiro 𝑥 tal que 2𝑥 = 13. Note que não afirmamos que 13 é ímpar, pois ainda não definimos o
termo ímpar.
Definição 3 (Ímpar):
Sendo assim, 5 é um número primo por que 5 > 1 e os únicos divisores dele são 1 e 5,
porém, 8 não é primo. De fato, 8 > 1 porém além de 1 e 8 como divisores ele é divisível por 2 e 4.
Definição 5 (Composto):
por exemplo, 25 é composto pois 1 < 𝑏 < 25, tomando 𝑏 = 5, obviamente 5|25. O
número 1 nem é primo e nem composto, 1 é chamado de unidade.
Teorema:
Uma afirmação declarativa pode ser entendida como uma sentença que expressa uma
ideia sobre a natureza ou estado de alguma coisa, como por exemplo: “Vai chover amanhã” ou
“o C.R.B. venceu na noite passada”.
Em geral, os praticantes e profissionais de toda disciplina fazem afirmações
declarativas:
• Se a oferta de um produto cair, então o preço aumenta (economista);
• Quando deixamos cair um objeto perto da superfície da Terra, ele acelera à razão de 9,8
m/s² (físico).
Teorema:
• Afirmações que sabemos serem verdadeiras porque podemos prová-las, o que chamamos
de teoremas;
• Afirmações cuja veracidade não podemos garantir, o que denominamos conjecturas;
• Afirmações falsas, o que chamamos de erros;
• Afirmações sem sentido, o que chamamos de absurdas, por exemplo, “a raiz quadrada de
Júpiter é vermelha”.
Teorema:
A natureza da verdade:
Dizer que uma afirmação é verdadeira assevera que a afirmação é correta e merece
confiança. Porém, para a matemática a verdade é muito mais rígida que em outras disciplinas.
Consideremos, por exemplo, a afirmação “em março, o tempo em Maceió é quente e úmido”.
Pela experiência pessoal, podemos afirmar que essa afirmação é verdadeira! Isso significa que
todo dia em mês de março é quente e úmido? Obviamente, não. Não é coerente esperarmos
uma interpretação tão rígida de uma afirmação sobre o tempo. Noutro exemplo, a afirmação do
físico: “quando deixamos um corpo cair nas proximidades da Terra, ele acelera à 9,8 m/s²”. Essa
expressão verdadeira é mais precisa que uma afirmação sobre o clima em Maceió. Mas essa lei
física também não é absolutamente verdadeira. Primeiro, o valor 9,8 m/s² é uma aproximação.
Segundo, o termo nas proximidades é vago. E ainda, a aceleração ao longo da superfície da terra
não é uniforme.
Teorema:
A natureza da verdade:
Todavia, em matemática, a palavra verdadeiro deve ser considerada absoluta,
incondicional e sem exceção.
Tomemos como exemplo, talvez, o mais célebre teorema da geometria, resultado clássico
relacionado à Pitágoras.
Teorema 1 (Pitagórico):
𝑐 2 = 𝑎2 + 𝑏²
A linguagem usual dos teoremas:
A natureza da verdade:
O teorema de Pitágoras é, na verdade, absolutamente verdadeiro? Poderíamos cogitar:
se traçarmos um triângulo retângulo em um pedaço de papel e medíssemos os comprimentos
dos lados a menos de um bilionésimo de centímetro, teríamos exatamente 𝑐 2 = 𝑎2 + 𝑏²?
Provavelmente não, porque o traçado de um triângulo retângulo não é um triângulo retângulo! O
traçado, ou desenho, é uma ajuda visual para entendermos um conceito matemático. Um
triângulo retângulo “real” existe apenas na nossa mente, assim como todos objetos matemáticos.
Em contrapartida, a afirmação “os números primos são ímpares”, é verdadeira?
Logicamente não. O número 2 é primo, mas não é ímpar. Logo, essa afirmação é falsa.
Para nós matemáticos vale a lei do terceiro excluído, isto é, uma afirmação é verdadeira
ou falsa, não havendo a terceira possibilidade.
A linguagem usual dos teoremas:
A linguagem “Se então”:
A matemática utiliza uma linguagem própria para descrever e afirmar seus objetos de
estudo. Isso vale para os teoremas.
A grande maioria dos teoremas pode ser expressa na forma “se 𝐴, então 𝐵”. Por
exemplo, o teorema “a soma de dois números inteiros pares é par” pode ser expressa na forma
“se 𝑥 e 𝑦 são inteiros pares, então 𝑥 + 𝑦 também é par”.
1) Cada uma das afirmações pode ser formulada na forma “se-então”. Reescreva as sentenças
seguintes na forma “se 𝐴 então 𝐵”.