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1. Situando a Temática
“Cassandra, você vai ter de provar por a mais b o que acabou de afirmar”. Você arriscaria
afirmar que a frase que acabou de ler, dita em tom tão imperativo assim, só poderia ter como
contexto uma sala de aula de Matemática? Nós, mesmo sem poder ouvir o que você tem a falar
diante desta pergunta, arriscaríamos dizer que a sua resposta, nem que tenha sido de si para si, foi
um sonoro “Não”. É que as nossas (minhas e suas) interconexões culturais garantem que a frase
em questão cabe em qualquer ambiente social. Ela habita o imaginário popular, e apenas toma de
empréstimo o rigor com que, ainda segundo este mesmo imaginário, a Matemática trata as suas
verdades.
Enquanto um lampejo e uma suspeita, da maneira como foram descritos acima, não são
provados ou refutados estes assumem a condição de uma conjectura. Aquilo que serve para refutar
uma conjectura é denominado contraexemplo, isto é, um exemplo que contradiz a conjectura.
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2. Problematizando a Temática
O termo “último” foi atrelado àquela conjectura porque era a última que, dentre várias
conjecturas de Fermat, ficou durante muito tempo sem solução. Todas as outras foram provadas
verdadeiras ou foram refutadas. No meio das que foram refutadas, está a seguinte: “Se p é um
𝑝
número natural, então o número 22 + 1 é primo”. A refutação foi apresentada pelo matemático suíço
Leonhard Euler (1707–1783), mostrando que, para p 5 , a afirmação é falsa, pois
22 1 4.294.967.297 6700417 641 . Com isto, Euler apresentou um contraexemplo para essa
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conjectura de Fermat.
A situação descrita acima deve servir de inspiração para a postura que devemos adotar
diante de uma frase declarativa em Matemática. No caso em questão, foram necessários apenas
seis passos para Euler contestar a declaração de Fermat. Portanto, muita prudência e busca por
argumentos bem fundados são procedimentos recomendáveis para o trabalho de elaboração de
discursos em Matemática.
3. Conhecendo a Temática
Para falar sobre demonstração no contexto em questão convém uma palavrinha acerca de
um tipo de raciocínio que é vital para a construção de significados em Matemática: o raciocínio
dedutivo.
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Sem entrar em detalhes, dizemos que o raciocínio dedutivo é caracterizado por possibilitar
que se obtenham informações acerca de eventos (situações) específicos a partir de eventos
(situações) gerais. Essa versão traz desconforto aos lógicos, pois há raciocínios dedutivos válidos
que partem do particular para o geral: “Água potável é insípida. Portanto, existe algo insípido”.
De um modo menos informal do que isto, diríamos que o raciocínio dedutivo é empregado
na construção de um argumento em que a conclusão é implicação direta de premissas conhecidas.
Desse modo, se as premissas são verdadeiras então a conclusão é verdadeira.
Esse é o tipo de raciocínio que dá sustentação final a boa parte do trabalho desenvolvido
por matemáticos. Estes, para se convencerem e se fazerem convencidos por seus pares, recorrem
a vários procedimentos: realizam simulações com casos particulares, fazem tentativas para ver até
que ponto são confiáveis as conexões entre suas hipóteses e suas conclusões, isto é, até que ponto
aquelas podem conduzir a erros; além disso, matemáticos, como já foi dito anteriormente, recorrem
costumeiramente à intuição.
Mas, a convicção de um matemático sobre algo que se lhe é apresentado como fato
matemático só se realiza depois que o tal fato passa nos testes dos princípios do raciocínio lógico.
Isto se dá através de um procedimento a que os matemáticos denominam prova ou demonstração.
Ousamos afirmar que você já viu uma prova matemática. Mais do que isto, achamos que já
realizou a demonstração de algum fato matemático. Vamos dedicar um olhar mais atento a este
tema por tratar-se de algo que é inerente ao cotidiano do trabalho matemático.
A construção de uma prova matemática tem, como diz Daniel Velleman (Velleman, p. 82) no
seu livro “How to Prove It”, forte analogia com a montagem de um quebra-cabeça, pois, por exemplo,
não há uma receita universal para se obter êxito em uma tarefa destas, mas certos procedimentos
parecem levar a bons resultados:
Não parece sensato sair colocando as peças no modo “uma sim, outra não”,
e depois voltar preenchendo as lacunas que ficaram.
Tampouco é produtivo começar pelo topo e ir assim até a base, ou vice-versa;
da esquerda para a direita, ou vice-versa.
A prática nos diz que vale a pena começar pelas bordas e tentar montar
porções a partir delas, avaliando se estamos no caminho certo.
Tentativas às vezes podem conduzir a uma colocação que descobrimos não
ser legal; neste caso, tratamos de fazer as correções que consideramos convenientes.
É sempre bom parar e dar uma olhada panorâmica, a fim de ver se o que
temos feito até ali apresenta fortes indícios daquilo que queremos alcançar. Somos tomados
por uma sensação prazerosa ao perceber que aquilo que já conseguimos indica, por
exemplo, a formação de partes de corpos, porções de um jardim, picos de montanhas por
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detrás e por cima das quais já vislumbramos o sol a espraiar seus raios em um céu azulado
etc.
Aí, mais uma daquelas paradinhas, e mãos à obra, para, minutos, horas,
quem sabe, dias depois, termos as peças enlaçadas de modo harmônico, enchendo de
brilho de satisfação o nosso olhar diante de uma obra construída com doses equilibradas de
racionalidade e intuição.
Uma vez composto o quebra-cabeça, será que nos desfazemos dele imediatamente? É
quase certo que não, o deixamos ali e a ele voltamos para, admirando-o, reviver o ato da construção:
Qual porção nos deu mais trabalho? Qual surgiu com mais facilidade? Qual porção foi geradora
imediata de várias outras?
Teorema é o nome que os matemáticos dão a um texto que serve de resposta definitiva a
alguma indagação que é feita no universo matemático. Nesta resposta, há condições que conduzem
a um resultado bem definido. Essas condições recebem a denominação de hipóteses do teorema e
o resultado bem definido é a tese (ou conclusão) do teorema.
Normalmente, nas hipóteses e na tese são encontradas variáveis livres que ali representam,
genericamente, objetos do universo de discurso do teorema. Quando substituímos tais variáveis por
valores particulares obtemos o que se chama uma instância do teorema.
Uma afirmação com “jeito” de teorema é de fato um teorema quando se mostra válida para
toda e qualquer instância sua. Quando, para alguma instância, a validade é quebrada, estamos
diante de algo que tem apenas jeito de teorema, mas não é um teorema. Neste caso, aquela
instância é chamada um contraexemplo para aquela afirmação.
x 5 e y 2 , então x 2 3 y 19 ”.
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No teorema acima, o universo de discurso é o conjunto dos números reais. Como hipótese,
temos “ x e y são números reais tais que x 5 e y 2 ”. A tese do teorema é “ x 2 3 y 19 ".
4 2 , então 72 3(4) 19 ”.
Atenção! Não confunda uma instância de um teorema com a prova deste. A prova só
estará realizada quando mostrarmos que a afirmação aplica-se a toda e qualquer instância dele.
Aqui vai um desafio para você: construa uma prova para o teorema acima. Compare o que
você fez aqui com aquilo fará, nesta mesma tarefa, depois de ter estudado demonstrações em que
o enunciado é do tipo P Q .
Mais uma tarefa. Mostre, por meio de um contraexemplo, que não é um teorema a seguinte
sentença: “Se x e y são números reais tais que x 5 e 𝑦 < 8, então x 2 3 y 19 ”.
Agora, vejamos como devemos proceder para demonstrar, pelo método direto, um teorema
em que o enunciado é do tipo P Q .
Uma primeira providência é admitir que P seja verdadeira, o que equivale a acrescentar P
ao nosso conjunto de hipóteses. Feito isto, partimos para provar que Q é verdadeira. Observe que,
com isto, alteramos o conjunto inicial de hipóteses mas não modificamos a lógica dos nossos
objetivos. Explicitamente, inicialmente tínhamos de provar P Q , ao passo que agora a conclusão
a que queremos chegar é Q .
Vale salientar que este procedimento tem como finalidade principal enriquecer o nosso
conjunto de hipóteses que, esperamos, faça com que a demonstração flua mais naturalmente. Mas,
observemos que isto não encerra a demonstração; gera, na verdade, um novo problema que,
provavelmente, seja menos complexo do que o original.
É também oportuno ressaltar que não é comum que uma demonstração seja feita de um só
fôlego, nem que uma técnica sozinha dê conta do recado. Normalmente, começamos com um
esboço que inclui o recurso a fatos matemáticos que não constam do rol de hipóteses do teorema,
além de, às vezes, ser necessário trazer à cena outras técnicas.
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Façamos uma aplicação disto que acabamos de teorizar.
Teorema 3.1.1-1
Considere que x e y sejam números reais positivos. Se x y , então x 2 y 2 .
Esboço de demonstração
Comecemos por fazer uma radiografia do teorema em questão. Aqui, temos como hipótese
que x e y são números reais. A nossa conclusão é do tipo P Q em que P : x y 0 e
Q : x2 y 2 .
Dados Meta
(acrescentando-o à nossa lista de hipóteses) e, partir daí, tentar provar que x 2 y 2 . Isto implica
que o nosso quadro inicial agora se altera para o seguinte:
Dados Meta
x2 y 2
x e y são números reais positivos
x y
É chegada a hora de pôr a mão na massa, ou melhor, nos dados. Partamos, pois, para
articular os dados a fim de chegarmos à meta:
Iniciamos por identificar algum “parentesco” entre os dados. Pois bem, ao comparar as
desigualdades x y e x 2 y 2 , somos levados a imaginar que a multiplicação da primeira delas
por x ou por y parece nos aproximar da meta. De fato, teremos x x x y ou x y y y , isto é,
observar que y 2 x y x 2 para concluir que, em qualquer um dos dois casos acima, teremos:
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O que fizemos acima foi um esboço descritivo (explicitação das entrelinhas) da
demonstração do teorema. A demonstração propriamente dita, segundo os padrões dos
matemáticos profissionais, é normalmente composta por um texto “enxuto”, ou seja, que deixa
implícitas as entrelinhas.
Como ilustração, apresentamos a seguir o que vem a ser uma demonstração do teorema
3.1.1-1.
Demonstração
Suponhamos que x e y sejam números reais positivos quaisquer satisfazendo x y . Ao
De uma maneira geral, a estratégia adotada acima pode ser estruturada da seguinte
maneira.
Para provar uma meta do tipo P Q , admita que P seja verdadeira e então prove que Q
é verdadeira.
Um esboço da demonstração assume, inicialmente (antes de usar a estratégia), a seguinte
forma:
Dados Meta
Hipóteses P Q
Dados Meta
Hipóteses
P Q
Nesta altura dos acontecimentos, mobilizamos o nosso repertório de fatos matemáticos para
tirar o melhor proveito das interconexões dos dados (hipóteses + P ), a fim de alcançar a meta, Q .
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Nota digna de destaque. Procure identificar quais diferenças há entre o esboço da
demonstração do teorema 3.1.1-1 e a demonstração do mesmo. Achamos oportuno
chamar a sua atenção para uma diferença fundamental entre um e a outra, a saber: o
esboço é caracterizado por explicações de como o raciocínio da demonstração é
desenvolvido, ou seja, trata-se de um conjunto de ações essencialmente psicológicas;
enquanto isto, a demonstração propriamente dita é marcada pela reunião de justificativas
técnicas para as conclusões (inferências), isto é, trata-se da realização de atos
essencialmente matemáticos.
Estas observações extrapolam o caso particular aqui estudado, são características válidas
em geral.
contrapositiva, Q P .
Em tais situações, admitimos que a sentença Q seja falsa, isto é, que a sentença Q seja
verdadeira, procedemos à incorporação dela às hipóteses iniciais, e isto faz com que a nossa meta
passe a ser provar que a sentença P é falsa, ou seja, que a sentença P é verdadeira. Os dois
primeiros quadros organizadores do pensamento assumem a seguinte configuração:
Antes da estratégia
Dados Meta
Hipóteses P Q
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Depois da estratégia
Dados Meta
Hipóteses P
Q
xz yz , então z 0 .
Esboço de demonstração
Aqui, consideremos 𝑃: (𝑥𝑧 ≤ 𝑦𝑧) e Q : ( z 0) . Deste modo, chegamos ao seguinte quadro:
Quadro 1, antes da estratégia
Dados Meta
x y
Dados Meta
x y
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Quadro 3, depois da estratégia
Dados Meta
z0
Demonstração
A demonstração pode, então, ser redigida da seguinte forma:
Por conveniência, adotaremos a estratégia que apela para a contrapositiva da conclusão do
teorema. Assim, suponhamos, por hipótese, que z 0 . Multiplicando ambos os membros da
desigualdade x y pelo número positivo z , vamos obter xz yz . Portanto, concluímos que se
xz yz então z 0 .
A seguir, convidamos você a fazer uma crítica utilizando o que acaba de ver sobre
demonstrações que envolvem conclusões do tipo P Q .
Considere o seguinte teorema:
Teorema 3.1.1-3
7x 3
Suponha que x seja um número real diferente de 5 . Se 6 , então x 33 .
x5
Você concorda que o que apresentamos a seguir seja uma demonstração deste teorema?
Justifique a sua resposta.
7 x 3 7(33) 3 228 7x 3
6 . Logo, se 6 , então x 33 ”.
x5 33 5 38 x5
Exercícios 3.1.1-1
1. Em cada situação seguinte, identifique a hipótese e a conclusão.
n(n 1)(2n 1)
a) A soma dos quadrados dos n primeiros números naturais é .
6
b) Considere que C seja um círculo, P1 e P2 sejam os pontos extremos de um diâmetro
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c) Considere que a , b e c sejam números reais. Se a 0 , b 0 e b 2 4ac 0 , então
a única solução da equação ax 2 bx c 0 é negativa.
d) Se a e b são números reais não-negativos, então a média aritmética deles não é menor
do que a sua média geométrica.
e) Se f : A B e g : B C são funções bijetivas, então a função g f : A C é
bijetiva.
1
f) Se f : A B é uma função bijetiva, então ( f f )( x) x , para todo x A e
( f f 1 )( y) y , para todo y B .
2. Demonstre as proposições b), c), d), e) e f) da questão anterior.
Como já vimos, o conectivo “se, e somente se” é caracterizado por uma sentença
bicondicional, ou seja, do tipo P Q . Esta, por sua vez, é equivalente a ( P Q) (Q P) .
Logo, para realizar a demonstração de um teorema cuja conclusão seja do tipo em questão, basta
que apliquemos, separadamente, a estratégia adotada na seção 3.1-1 às sentenças P Q e
Q P.
Esboço de demonstração
Primeiramente, mostraremos que “se B A , então A B A ”. Feito isto, provaremos que
“se A B A , então B A ”.
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Resta mostrar que “se A B A , então B A ”. Para isto, suponhamos que A B A ,
para chegar a B A . Tomando x B , obtemos x A B . Ora, mas, por hipótese, A B A ,
o que implica x A , que é aonde queríamos chegar.
Esta situação, corriqueira no cotidiano de quem faz Matemática, consiste em manter todas
as hipóteses do teorema e acrescentar a elas uma suposição “estranha” mas providencial, qual
seja: admitir que diante das condições dadas pelo teorema, a conclusão por ele anunciada é falsa.
Se tal suposição nos conduz a uma contradição (absurdo), esta foi gerada pela negação da
conclusão que foi acrescentada ao conjunto de hipóteses do teorema. Portanto, o que é falso é a
nossa “estranha” suposição, implicando a veracidade da conclusão do teorema.
O teorema seguinte constitui um caso clássico entre aqueles cuja demonstração pode ser
feita por redução a um absurdo.
Teorema 3.1.3-1
Demonstração
A demonstração será feita por redução a um absurdo. Comecemos, pois, negando a
conclusão do teorema, ou seja, vamos supor que 2 seja um número racional. Nossa expectativa
é que esta suposição leve-nos a uma contradição. Vamos lá!
p
Admitindo que 2 é um racional, existem números inteiros, p e q , tais que 2 . Por
q
p
razões de simplificação, suponhamos que a fração já esteja no modo irredutível ( p e q são
q
p
primos entre si). Da igualdade 2 , vem: 2q p , ou seja, 2q 2 p 2 . Isto significa que o
q
número p 2 é par. Sendo assim, p é também um número par. Logo, existe algum inteiro n de modo
o número q 2 é par. Sendo q 2 um número par, o mesmo acontece o número q . Daí e do que
obtivemos logo acima, vemos que os números p e q são pares e, portanto, admitem (pelo menos)
um divisor comum: o número 2 . Mas, entra em choque com o fato de termos admitido que p e q
são primos entre si. Esta contradição nasceu da negação da conclusão do teorema. Portanto, o
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Mais uma aplicação
Agora, considere o teorema abaixo e um esboço da demonstração dele, apresentada logo
em seguida.
Teorema 3.1.3-2
Suponha que A C B e a C . Prove que a ( A B) .
Esboço de demonstração
Dados Meta
AC B a ( A B)
a C
Observemos que a meta é uma sentença constituída de uma negatividade, isto é, refere-se a algo
que deixa de acontecer ( a não está em ( A B) ). Vamos substituí-la por uma sentença marcada por uma
positividade, ou seja, que expresse algo que acontece. Indo ao nosso repertório de sentenças equivalentes,
vamos encontrar:
a ( A B) (a A a B) (a A) (a B)
Assim, podemos substituir a meta a ( A B) pela sentença (a A) (a B) , e o próximo
quadro assume o aspecto seguinte:
Dados Meta
AC B aB
a C
a A
Dados Meta
AC B Contradição
a C
a A
aB
Trabalhando com os dados do quadro acima, vemos que eles são incompatíveis e, portanto,
levam a uma contradição, que é a nossa meta. Isto significa que não pode ocorrer (a A a B) ,
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que equivale à sentença a ( A B) . Portanto, o que de fato ocorre é a ( A B) , que é aonde
queríamos chegar.
Fica para você a tarefa de redigir uma demonstração para o teorema 3.1.3-2.
Para consolidar o que foi estudado até aqui, resolva as seguintes questões.
Exercícios 3.1.3-1
1. Ao aplicar a técnica de demonstração por contradição às seguintes proposições,
como você redigiria o começo da demonstração? Mais explicitamente, começaria
negando o quê?
a) Se A é uma matriz não-invertível, então as colunas de A não são linearmente
independentes.
b) Suponha que certos conjuntos C1 , C 2 e C 3 satisfaçam às relações C1 C3 ,
Uma pequena observação relacionada com o mundo dos signos e códigos, que, em suma,
são objetos destes nossos estudos. É comum encontrarmos ao final da demonstração de um
teorema as seguintes inscrições: ‘(qed)’ ou ‘(cqd)’. A primeira representa o conjunto das letras
iniciais da expressão, em Latim, “quod erat demonstrandum”; a segunda representa, em
Português, a expressão “como queríamos demonstrar”. São uma espécie de declaração de regozijo
diante de um desafio que acaba de ser vencido.
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