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INTRODUÇÃO
CAPITULO I
2.2 – A evidência
Só há verdade, mediante evidências e a evidência, segundo Cervo e Bervian, é a
manifestação clara, é transparência, é o desocultamento e desvelamento do ser, ou seja,
os critérios em torno da verdade.
2.3 – A certeza
Consiste na adesão firme a uma verdade, sem temor de engano. Se existe evidência,
pode-se afirmar com certeza, sem temor de engano como verdade.
Se não há evidência suficiente, o sujeito deixará transparecer seu estado de espírito em
sua expressão ou linguagem. São os casos da ignorância, da dúvida e da opinião.
• Ignorância é ausência de todo conhecimento referente a determinado objeto por falta
de pesquisa.
A ignorância pode ser:
a) vencível – pode-se superar;
b) Invencível – não se pode superar;
c) culpável – obriga-se a fazê-la desaparecer;
d) Desculpável – não há obrigação de fazê-la desaparecer.
• Dúvida é um estado de equilíbrio entre a afirmação e negação. Torna-se
espontânea quando o equilíbrio entre ambas resulta da falta de exame.
• Na Dúvida refletida o equilíbrio permanece após o exame de prós e contras.
a) Na Dúvida metódica há uma suspensão fictícia ou real, provisória de algo tido como
certo para controlar o valor.
b) Na Dúvida Universal são consideradas todas as informações como incertas. A Dúvida
dos céticos.
• Opinião: consiste no temor pelo engano que não afirmam certeza. Depende da maior
ou menor probabilidade das razões fundamentais da afirmação. O cientista deve
afirmar a verdade com certeza.
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CAPITULO II
Segundo os autores, o método é a ordem que se deve impor aos diferentes processos
necessários para atingir um fim dato ou um resultado desejado. Entende-se por método o
conjunto de processos que o espírito humano deve empregar na investigação e
demonstração da verdade. O método não se inventa. Depende do objeto de pesquisa. Os
estudiosos tiveram cuidado de anotar os passos percorridos e os meios que os levaram
aos resultados. Analisaram e justificaram a eficácia de cada plano, inicialmente empíricos,
transformaram-se gradativamente em métodos verdadeiramente científicos.
Mas a fase do empirismo passou. A atual fase é a da técnica, da precisão, da previsão, do
planejamento.
FONTENELLE assim exaltou o método: "a arte de descobrir a verdade é mais preciosa
que a maioria das verdades que se descobrem”.
O método é apenas um conjunto ordenado de procedimentos que se mostraram
eficientes, ao longo da História, na busca do saber. É, pois, um instrumento de trabalho. O
resultado depende do seu usuário.
É assim chamado porque os assuntos a que se aplica não são realidades, fatos ou
fenômenos suscetíveis de comprovação experimental. Diversas áreas da filosofia
empregam este método e nem por isso deixam de ser verdadeiras ciências. A filosofia
questiona a própria realidade. O método racional procura obter uma compreensão e visão
mais ampla sobre o homem, a vida, o mundo e o ser. Todos esses fenômenos são
impossíveis de ser testados ou comprovados experimentalmente em laboratórios. Essa
possibilidade de comprovar ou não as hipóteses que distingue o método experimental
do método racional.
O método concretiza-se nas diversas etapas ou passos que devem ser dados para
solucionar um problema. Esses passos são as técnicas ou processos. Os objetos de
investigação determinam o tipo de método a ser empregado, isto é, o método
experimental ou o método racional.
2.1 – Observação
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2.2 – Hipótese
A hipótese consiste em supor conhecida a verdade ou explicação que se busca.
As hipóteses têm como função:
a) prática: colocar o pesquisador colocando-o na direção da causa provável ou da lei que
se procura
b) teórica: coordenar e completar os resultados já obtidos, agrupando-os num conjunto
completo de fatos, a fim de facilitar a sua inteligibilidade e estudo.
Praticamente, não há regras para descobrir as hipóteses.
Natureza da hipótese:
a) não deve contradizer nenhuma verdade já aceita, ou explicada;
b) deve ser simples, isto é, escolher a menos complicada;
c) deve ser sugerida e verificável pelos fatos.
2.3 – Experimentação
A experimentação consiste no conjunto de processos utilizados para verificar as
hipóteses. Difere da observação porque obedece a uma idéia diretriz.
A idéia geral do processo de experimentação consiste em estabelecer uma relação de
causa e efeito ou de outro antecedente e conseqüente entre os dois fenômenos.
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2.4 – Indução
A indução e a dedução são formas de raciocínio ou de argumentação e, como tais, são
formas de reflexão e não de simples pensamento. O pensamento alimenta-se da
realidade externa e é produto direto da experiência. O ato de pensar caracteriza-se por
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2.4.2 – Inferência
Pela inferência o espírito é levado a tirar conclusões a partir de premissas conhecidas.
Inferir é tirar uma conclusão de uma proposição dada na qual está implicitamente contida.
• Inferência imediata – as proposições a que se pode chegar a partir de uma proposição
dada.
• Inferência mediata – opera-se mediante um termo de comparação ou termo médio.
2.5 – Dedução
É a argumentação que torna explícitas verdades particulares contidas em verdades
universais. O ponto de partida é o antecedente, que afirma uma verdade universal e o
ponto de chegada é o conseqüente, que afirma uma verdade menos geral.
A técnica consiste em construir estruturas lógicas, através de relacionamento entre
antecedente e conseqüente, entre hipótese e tese, entre premissas e conclusão.
Duas regras gerais são apontadas pelo processo dedutivo:
1- Da verdade antecedente segue-se a verdade do conseqüente
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2.7 – Teoria
O emprego usual do termo teoria opõe-se ao da prática. A teoria refere-se ao
conhecimento (saber) em oposição à prática como ação(agir).
O termo teoria e empregado para significar um resultado a que tendem as ciências, não
se contentam apenas com a formulação das leis – procuram interpretá-las ou explicá-las.
A teoria distingue-se da hipótese ,uma fez que a hipótese é verificável experimentalmente,
e a teoria não. É interpretativa, enquanto a hipótese resulta em explicação através de leis
naturais.
Função das teorias:
• Coordenam e unificam o saber científico.
• São instrumentos preciosos do estudioso, sugerindo-lhe semelhanças até então
ignoradas.
2.8 – Doutrina
A doutrina propõe diretrizes para a ação, vai buscar seus argumentos nas mais variadas
fontes. Numa doutrina há idéias morais, posições filosóficas e políticas, e atitudes
psicológicas.A doutrina é um encadeamento de correntes, de pensamentos que não se
limitam a constatar e a explicar os fenômenos, mas apreciam-nos em função de
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CAPITULO III
1.1 – Conceito
A pesquisa parte de uma dúvida ou problema e, com o uso do método científico, busca
uma resposta ou solução.
A resposta, porém, não é a única forma de obtenção de conhecimentos e descobertas, a
consulta bibliográfica que se caracteriza por dirimir pequenas dúvidas.
CAPÍTULO IV
1. Escolha do assunto
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1.1 - Seleção
Deve-se eliminar os assuntos que por razão plausível não serão prioridade.
Utilizam-se critérios de seleção, os quais desempenham a função de guia metodológico,
direcionando ao assunto essencial.
Para a escolha do assunto, seja ele prático ou teórico, deve-se levar em conta o gosto do
pesquisador e o material bibliográfico, evitando-se a repetição de temas já
exaustivamente pesquisados.
1.2 – Delimitação
segundo os autores, delimitar o assunto é selecionar a parte a ser focalizada. Para
facilitar a operação, recorre-se a:
• divisão do assunto em capítulos;
• definição da compreensão dos termos;
• fixação das circunstâncias no tempo e espaço.
3.1.1 – A documentação
Os documentos devem ser classificados de acordo com sua natureza e forma. Eles são a
base de todo conhecimento fixado materialmente.
O valor e a originalidade do trabalho científico são medidos pelo recurso feito sobre
trabalhos em nada contribui para o progresso das ciências, pois repete resultados já
alcançados.
1.0 – Coleta, análise e interpretação dos dados: processos de leitura e leitura informativa
É fase decisiva na elaboração do trabalho científico. Trata-se da coleta e registro de
informações, análise e interpretação dos dados e classificação dos mesmos. Para melhor
proveito, o segredo são as normas e técnicas da leitura inteligente.
Pode-se classificar a leitura em três tipos:
• leitura formativa;
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• leitura de distração;
• leitura informativa.
Esta última com vista à coleta de dados que serão usados em trabalhos em questões
específicas. A leitura informativa possui fases cronológica e lógica ao mesmo tempo, pois
devem suceder-se uma após a outra.
CAPÍTULO V
1.3 – Desenvolvimento
1.3.1 – Conceito
b) A divisão por posição ou progressão: definição dos critérios que poderão facilitar a
elaboração de um plano. Quando não é possível utilizar a divisão por oposição, usa-se
a divisão por progressão.
c) Planos fáceis a evitar:
• Vantagens e desvantagens: se o enunciado sugere colocar na primeira parte as
vantagens e na segunda as desvantagens, evite-se proceder a divisão: seria plano
fácil por demais e vulgar, não comportando contribuição pessoal.
• Comparação: o assunto pode tomar forma de comparação entre dois países, duas
instituições ou dois pensamentos. Colocar a comparação na primeira parte, outra
na segunda seria plano cômodo, alheio ao esforço de reflexão. A comparação
deve envolver todo o plano.
1- Causas e conseqüências: aqui todo o plano deve envolver a idéia de causalidade. Ex.;
abolição da escravatura no Brasil:
I - a abolição das relações de trabalho.
II- a abolição e a instabilidade do regime político.
1.6 – Bibliografia
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3.– Definições
3.1 - Referências bibliográficas: conjunto de elementos que permitem a identificação de
documentos impressos ou registrados.
3.1.1 - Elementos essenciais de uma referência bibliográfica: usados para identificação de
publicações mencionadas em qualquer trabalho.
3.1.2 - Elementos complementares de uma referência bibliográfica: são os opcionais
acrescentados aos essenciais.
3.1.2.– Localização
A referência bibliográfica pode aparecer em:
• nota de rodapé ou fim do texto;
• em lista bibliográfica sintética ou analítica;
• encabeçando resumos ou recensões (comparações).
Ex.; DIAS, Gonçalves. Gonçalves dias: poesia. Organizada por Manuel Bandeira; revisão
crítica por Maximiano de Carvalho e Silva. 11. ed. Rio de Janeiro: Agir, 1983.87 pil. 16cm
(Nossos Clássicos, 18). Bibliografia: p.77-78. ISBN 85-220-002-6.
1.2 – Seriados (revistas, jornais, etc.)
5.2.1- são considerados no todo (coleção)
5.2.2- são considerados em parte (fascículos, suplementos, números especiais, etc.)
5.2.3- Artigos etc. em revistas e jornais
1.3 – Patentes
1.4 – Referência legislativa
1.4.1– acórdãos, decisões e sentenças das cortes ou tribunais
1.4.2– leis decretos, portarias, etc.
2– Fontes de informação
As referências devem ser retiradas da folha de rosto ou de outras partes.
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4– Autor
• pessoas físicas: indicam-se autores físicos com o último sobrenome do prenome.
• Se houver mais de três autores, mencionam-se até os três primeiros seguidos da
expressão et al. Inicie pelo responsável intelectual, até os 3 primeiros.
• Se autoria desconhecida, o termo "anônimo" não deve ser usado.
• Se obra publicada sob pseudônimo, deve ser adotado na referência.
• Se obras oriundas de entidades (governo, empresas, congressos, etc.) têm entrada
pelo titulo, exceto anais de congressos.
• Quando entidade de denominação genérica, seu nome é precedido pelo órgão
superior.
• Quando a entidade coletiva, vinculada a um órgão maior , entra-se diretamente pelo
seu nome.
5– Título
O título deve ser reproduzido tal como figura na obra ou trabalho referenciado.
Para títulos muito longos, pode-se suprimir algumas palavras, indicada por reticências.
Para títulos de periódicos o título é sempre o primeiro momento da referência.
6– Edição
Indica-se a edição, quando mencionada na obra, em algarismos arábicos seguidos de
ponto e abreviatura da palavra "edição".
7– Imprensa
7.1- O nome do local de publicação deve ser indicada tal como figura na publicação
referencial.
7.2- Editor: o nome do editor deve ser grafado como figura na publicação referenciada.
Quando o local e o editor não aparece na publicação, inicia-se entre colchetes. Não se
indica o nome do editor quando ele for o autor.
7.3- Data: o ano da publicação é sempre em algarismo arábicos. Os meses devem ser
abreviados.
8– Descrição física:
9 – Notas especiais
Informações acrescentadas ao final da referência bibliográfica.
.Documentos traduzidos: indica-se o título ou o idioma original.
Separadas, reimpressões, etc., transcreve-se a indicação como na publicação.
Outras notas: podem ser acrescentadas notas julgadas de interesse. Ex. tiragem.
Redação
As regras gramaticais serão observadas atentamente na apresentação de um trabalho.
Serão indicadas as qualidades exigidas de um relatório, as características da linguagem
científica e as normas relativas às abreviaturas, ilustrações, citações e notas ao pé da
página.
- A linguagem científica
- Qualidades do relatório científico
• impessoalidade: todo trabalho deve ter caráter impessoal, redija na terceira pessoa
evitando fazer referências pessoais, como "meu trabalho". Utiliza-se como expressão
"o presente trabalho".
• Objetividade: a linguagem deve afastar-se de pontos de vista pessoais que deixem
transparecer impressões subjetivas, não fundadas, sobre dados concretos. Ex. "a sala
estava suja" – "o entrevistado, enquanto falava, deixou cair as cinzas de seu cigarro
no chão..."
• Modéstia e Cortesia: nunca insinuar que trabalhos anteriores estejam eivados de erros
e incorreções.
- Características da linguagem científica
As funções principais da linguagem científica, segundo Ângelo Domingos Salvador, são:
• Função expressiva – expressa sentimentos, emoções, vivências.
• Função persuasiva – adequada ao discurso retórico, para dirigir a conduta.
• Função informativa – adequada à transmissão de conhecimentos.
Nas formas de expressão, a linguagem de comunicação pode revestir-se de caráter:
a) coloquial
b) literário
c) técnico
A clareza, característica primordial
Toda e qualquer questão, informação ou idéia deve ser enunciado com absoluta clareza e
precisão e objetividade. Não pode haver resposta clara a uma pergunta ambígua.
.Ilustrações: mapas, gráficos, fotografias, etc., representam expressivo instrumento de
comunicação quando convenientemente usado.
.Citações e notas ao pé da página
Indicar sempre toda a documentação que serve de base para a pesquisa. As citações
podem ser: formais, conceptuais ou mistas, conforme já descrito.
Notas ao pé da página tem como finalidade: referir ao autor, fazer considerações
suplementares, enviar o leitor a outras partes do trabalho.
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. Apresentação
.Em todo o trabalho deve-se utilizar papel A4 – 21X29,7cm.
.Escrita: o trabalho entregue aos professores devem ser feitos datilografados ou
mimeografados, com tinta azul ou preta.
.Paginação: as páginas de qualquer trabalho devem ser numeradas, mas não deve figurar
na página de rosto. Numeração conta, a partir da própria páginas de rosto – a capa não
conta – e será feita em romanos(i, ii, ii, iv,v) nas páginas do sumário e do prefácio, com
algarismos arábicos a partir da primeira página da introdução até o final do trabalho. O
número fica centrado no alto da folha, 3cm da borda superior e a 2,7cm igualmente da
primeira linha do texto.
.Margens e espaços
Quanto à margem superior, observar as medidas no parágrafo anterior. A margem
esquerda deve ser de 3cm, a direita e a inferior, 2,7cm.
O hífen de separação de sílaba ao final da linha deve ser colocado ao lado da letra que o
precede e não embaixo.
Toda nova alínea deve começar no quinto espaço a partir da alínea anterior (espaços
verticais) e no sexto espaço a partir da margem esquerda (espaços horizontais).
Capítulos e seções importantes devem abri nova página.
O texto deve ser escrito em espaço duplo, exceto notas ao pé da página, citações, etc.
.Apresentação da partes
A fim de que haja uniformidade na apresentação dos trabalhos, serão observadas as
seguintes normas:
• capa de papel consistente ou simples, tamanho ofício, sem ilustrações ou
embelezamentos.
Para trabalhos escolares, observar o tipo de capa:
• ao alto, centrado, a 3cm da borda superior, em letras versais, o nome da Universidade.
• 1cm abaixo, o nome da faculdade ou instituto a que pertence o autor, igualmente em
letras versais.
• No centro da folha, o título do trabalho, nome do autor, letras versais.
• 5cm abaixo do título do trabalho, o nome do autor, letras versais, centrado.
• 1cm abaixo do nome, o curso que freqüenta, o título da disciplina, em letras comuns,
com exceção da primeira letra que será maiúscula.
• Embaixo, 2,7cm da borda inferior, lugar e data (mês e ano)
Começa-se o trabalho com o sumário, depois o prefácio e a introdução, em seguida os
capítulos. Para finalizar, faz-se uma conclusão.
CAPÍTULO VI
TÉCNICAS ESPECIAIS
A pesquisa descritiva deve ser bem planejada se o pesquisador quiser oferecer resultados
úteis. Este planejamento envolve também a tarefa da coleta de dados, que por sua vez
envolve diversos passos, como a determinação da população a ser estudada, a
elaboração do instrumento de coleta, a programação da coleta e também os dados e a
própria coleta. Há diversas formas de coleta de dados. As mais usadas são: entrevista,
formulário e questionário. Há diversos passos a serem observados na elaboração das
perguntas de um questionário ou formulário:
• identificar os dados ou variáveis sobre as quais serão feitas as questões.
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- Entrevista
A entrevista não é simples conversa. É conversa orientada para um objetivo definido:
recolher dados para a pesquisa. A entrevista não é um instrumento do qual se servem
constantemente os pesquisadores em ciências sociais e psicológicas.
O entrevistador deve manter a confiança do entrevistado, evitando ser inoportuno, nem
entrevistando no momento em que esteja irritado. O que interessa é o que o informante
tem a dizer, evitando perguntas diretas que precipitariam as informações, deixando-as
incompletas.
Quando se há de recorrer a entrevista? Quando não há fontes mais seguras para as
informações desejadas. Ela possibilita registrar observações sobre o comportamento e
atitudes do entrevistado. O entrevistado deve ser informado do motivo de sua escolha,
que deverá sempre ser plausível.
– Questionário
O questionário é a forma mais usada para coletar dados. A palavra questionário refere-se
a um meio de obter respostas às questões que o próprio informante preenche. Todo
questionário deve ter natureza impessoal para assegurar uniformidade na avaliação de
uma situação para outra. Possui a vantagem de os entrevistados sentirem-se mais
confiantes. É necessário que o questionado saiba quais as questões mais importantes
serem propostas e que interessam ser conhecidas.
– Formulário
Formulário é uma lista informal para a coleta de dados resultantes de observações ou
interrogações, cujo preenchimento é feito pelo próprio investigador.
Vantagens do formulário:
• a assistência direta do investigador;
• a possibilidade de comportar perguntas mais complexas;
• a garantia de uniformidade na interpretação dos dados e dos critérios pelos quais são
fornecidos.
A apresentação do relatório de pesquisa seguirá as normas dos capítulos anteriores.
– Elementos da estatística
– Considerações prévias
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– Quadros estatísticos
O quadro estatístico compõe-se de quatro elementos:
a) nome – quadro 1, quadro 2...
b) título – que responda a três perguntas: o que? onde? quando?
c) dados – dispostos ordenadamente em colunas, contendo no alto a respectiva
especificação;
d) fonte - de onde se extraíram os dados
– Gráficos
Os gráficos apresentam as mais variadas formas: colunas, barras, círculos, figuras curvas
ou logarítmicas. Obtêm-se o conhecimento geral mediante consulta a um manual de
estatística.
Os gráficos devem conter os quatro elementos que constam nos quadro estatísticos:
nomes, título, dados e fontes. No terceiro elemento, os dados, vêm na vertical e o tempo
(período), no eixo da horizontal.
– Índices simples
São usados para facilitar a comparação entre elementos de uma série. Para converter os
valores em índices, atribui-se ao primeiro dos elementos da série, o valor 100, calculando-
se os demais índices à regra de três.
– Comentário de texto
Devem-se evitar textos demasiados extensos para o comentário. Melhor entre 20 e 30
linhas do documento a ser comentado. Exige-se do pesquisador esforço de reflexão e
acurado senso crítico além de supor uma boa base de conhecimentos gerais relacionados
com o assunto.
Não deve o comentador estender-se demasiadamente, procurando não ir além de cinco
páginas de comentário. O esquema compreende seis partes distintas das etapas da
investigação.
– Natureza do texto
A primeiro passo do comentário consiste em determinar a natureza, o "ser" documento. A
leitura e a interpretação do texto pressupõem a exata noção do que ele é: trecho de obra,
carta, artigo de imprensa, trecho de um discurso, artigo de uma lei, decreto, parágrafo de
uma encíclica, termos de contrato, etc.. O comentador deve abrir sua inteligência, deixar o
texto falar, dizer o que é. Somente assim poderá interpretá-lo objetivamente.
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Circunstâncias da redação
Um documento não surge por acaso: está relacionado com os efeitos, as correntes de
idéias, as idéias, as opiniões e a cultura da época.
As circunstâncias da redação consistem em fornecer explicação lógica e objetiva para o
aparecimento do texto. Trata-se de inseri-lo no contexto, relacionando-o com os fatos e a
idéias que se encontram em sua gênese. O comentador deve ser breve, mencionando
somente os elementos indispensáveis para se compreender porque o texto foi redigido.
– Alcance do texto
O alcance do texto corresponde à fase de síntese que representa a última etapa do
pensamento reflexivo. É uma conclusão. Esse alcance decorre logicamente das
explicações fornecidas na frase anterior. Coloca-se em evidência o valor e a importância
do texto em si. Os elementos dispersos no texto deverão se agrupados ou distribuídos em
unidades lógicas de um esquema em que predominam a ordem e a hierarquia dos fatos.
– Conseqüências
Ao definir o alcance do texto, o comentador permanece inteiramente concentrado no
trecho em si. Quando passa a examinar as conseqüências do mesmo, deve extrapolar
sua análise interna para alcançar-se no tempo ou na história posterior.
3 – Seminário de estudos
O seminário de estudos é um método utilizado tanto em cursos de formação superior,
pós-graduações, reuniões congressos, encontros programados por órgãos e instituições
diversas. Constata-se, freqüentemente, que o seminário depende daquele que introduz o
assunto e conduz sua discussão, ficando seu êxito condicionado a um indivíduo e ao
interesse e dos outros para intervir oportunamente no debate:
Três são as finalidades do debate:
.Transmitir informações: que seriam coletadas através de pesquisa individual ou de grupo,
em conformidade com a metodologia científica. Contribuições de especialistas servem
para divulgar as conquistas mais recentes da ciência e apontar novos caminhos para
investigação.
.Discutir informações; o diálogo é fecundo, como prova dinâmica de grupo. A reflexão se
desenvolve quando de "provocações". O debate induz novos aspectos da análise,
alimenta e fundamenta a crítica dos dados.
.Extrair conclusões; um seminário, pelos seus objetivos, pode chegar a três formas de
conclusão:
a) de ordem metodológica;
b) de ordem cognoscitiva;
c) de ordem prática.
Num seminário de mestrados, discutem-se a metodologia de trabalho e os conhecimentos
adquiridos, assentando-se conclusões provisórias ou definitivas nesses aspectos.
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CONCLUSÃO
Segundo CERVO e BERVIAN, a aprendizagem do saber já elaborado não pode ser feita
de maneira passiva ou receptiva. Deve o estudioso, motivado pela curiosidade e com
esforço pessoal, reescrever o conhecimento de maneira original e própria.
O que move o trabalho intelectual é a força interior, disposição subjetiva do pesquisador
chamado "espírito científico" que busca soluções adequadas, imparciais e objetivas no
exame dos problemas apresentados.
O espírito crítico na análise dos objetos de pesquisa, leva em conta que todo o trabalho
científico tem duas condições ou momentos decisivos:
1- O domínio perfeito do conhecimento e manejo dos instrumentos de trabalho, que são
fundamentação científica, dos pressupostos da pesquisa e dos processos do método
científico;
2- A execução fiel e ordenada de todas as tarefas exigidas ao longo da pesquisa,
percorrendo todas suas fases, desde a escolha do assunto até sua apresentação e
divulgação dos resultados.
A metodologia científica constitui-se em instrumento essencial na busca de conhecimento
dentro das diversas áreas de estudo. Toda ênfase foi dada ao estudo bibliográfico porque
sempre envolve o pesquisador.
A metodologia científica deve ser considerada uma disciplina auxiliar e não autônoma
nos currículos das universidades. Seu êxito depende do uso que dela fizerem os
envolvidos na tarefa de universidade de hoje: ensino, pesquisa e extensão.
Bibliografia:
CERVO, Amado Luiz . BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia Científica – 4ed. São
Paulo: Makron Books .2000.