Você está na página 1de 168

Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior

Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

INDICE

INTRODUÇÃO.................................................................................................................... 3
III. EXERCÍCIOS............................................................................................................... 61
IV.LIGAÇÃO QUÍMICA ..................................................................................................... 70
IV. EXERCÍCIOS .............................................................................................................. 84
V. FUNÇÕES INORGÂNICAS ......................................................................................... 93
V. EXERCÍCIOS ............................................................................................................. 108
VII. SOLUÇÕES.............................................................................................................. 117
VIII. ESTEQUIOMETRIA ................................................................................................ 124
2.23.1. Conversão de mole – grama .......................................................125
2.23.2. Estequiometria em mole/massa ..................................................126
2.23.3. Volume molar. A lei de Avogadro ................................................126
2.23.4. Estequiometria em volume ..........................................................127
2.24. Reagente limitante e Reagente em Excesso ..................................128
2.25. Conceito de Percentagem...............................................................129
2.25.1. Composição Centesimal (percentual)..........................................129
2.26. Pureza dos Reagentes....................................................................130
2.26.1. Estequeometria que envolve reagentes não puros .....................130
2.27. Conceito de Rendimento ou Grau de Conversão ...........................130
VII. EXERCÍCIOS ........................................................................................................... 132
9 TERMOQUÍMICA......................................................................................................... 148
9.1. Teoria Cinética (Teoria das Colisões) .............................................149
9.2. Gráfico de Entalpia .........................................................................150
9.3. Equação Termoquímica ..................................................................150
9.3.1. Reacção Endotérmica .................................................................151
9.3.2. Reacção Exotérmica ...................................................................151
9.4. Tipos de Calor (Variação de Entalpia) ............................................152
9.4.1. Entalpia de Formação (∆Hº formação).............................................152
9.4.2. Entalpia de Decomposição (∆Hºdecomp)........................................152
9.4.3. Entalpia de Ligação (∆Hºlig) .........................................................152
9.4.4. Entalpia de Dissociação (∆Hºdissoc)..............................................153
9.4.5. Entalpia de Combustão (∆Hºcomb)................................................153
9.5. Cálculo de ∆Hº Reacção (∆HºR) .....................................................153
9.6. Estequiometria Envolvendo Calor das Reacções ...........................154
1
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

9.7. Lei de Hess (1840)..........................................................................154


9.7.1. Regras de manipulação de equações termoquímicas.................155
VIII. EXERCÍCIOS .......................................................................................................... 157

2
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

INTRODUÇÃO

Este manual de Química, foi compilado e adaptado para apoiar os candidatos a


Exames de Admissão na UEM, UNILURIO, UNIZAMBEZE e outras Instituições
de Ensino. O trabalho resulta da selecção de variadas e valiosas obras, de
pesquisadores nacionais e estrangeiros, por nós consultadas e devidamente
referenciadas (a todos eles vão os nossos sinceros agradecimentos). Neste
âmbito evidenciamos de forma particular os manuais de Química cujos textos
tentamos resumir e adaptá-los aos interesses do nosso curso.
Este manual é continuidade da primeira edição que foi elaborada e compilada
por Justino Mariano Jamal Rodrigues(Coordenador do CPEAES) em 2004 e
revisto pelo Dr. Pedro Horacio Massinga Jr e Dr. Herminio Muiambo então
professores no Deparatamento de Quimíca na Faculdade de Ciências da
Universidade Eduardo Mondlane e também professor no CPEAES, mais é de
salientar que alguns manuscritos consultadas e que deram a origem do Manual
foram da autoria do Dr. Augustinho Malusane Malate que foi primeiro professor
Química neste centro pela sua contribuição vai o nosso muito obrigado em nome
deste Centro.
Esta Edição foi da autoria do professor do CPEAES Alcides Sitoe.
Com esta singela contribuição pretendemos, fundamentalmente, sistematizarr
as temáticas básicas, propostas para os exames, por forma a facilitar ao
candidato a assimilação dos conteúdos essenciais que devem ser retidos. Assim
sendo, aconselhamos vivamente aos utentes deste instrumento a consultarem a
lista bibliográfica contida no final deste manual. Os trabalhos por nós indicados,
nesta lista, não são os únicos podendo cada candidato optar por outras leituras
por forma a aprofundar os seus conhecimentos e apreender o encadeamento
dos factos Químicos que fazem parte da grelha temática aqui proposta. Para o
efeito, é imprescindível efectuar visitas às bibliotecas disponíveis na cidade do
Maputo, onde poderão ser encontradas grande parte das obras por nós
recomendadas.
3
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

O programa do curso de preparação ao exame de da disciplina Quimíca


contempla conteúdos, oficialmente aprovados pela Comissão de Exames da
UEM, constituídos por três áreas básicas: i) Química Geral, ii)Química
Inorgânica e iii) Química Orgânica.
Para o tratamento destes assuntos adoptaremos a seguinte metodologia de
trabalho:
a) aulas de expositivas concernentes aos temas previstos para o exame de
admissão,
b) consolidação da matéria através da resolução de exercícios de aplicação
contemplados em cada unidade temática, revisão dos exames de admissão
realizados em épocas passadas,
c) finalmente da realização de testes de simulação para se apurar o nível de
acompanhamento e preparação de cada candidato.
Lembre-se, caro candidato, que o seu sucesso dependerá, fundamentalmente,
da sua capacidade de organização e do seu árduo empenho durante os meses
de preparação!

Boa Sorte!

Maputo aos 19 Fevereiro de 2009


O Coordenador

___________________________________
(Justino Mariano jamal Rodrigues)

4
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

“O temor do Senhor é o princípio da sabedoria, e a ciência do Santo a prudência”

Provérbios 9: 10

5
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

1. CONCEITOS FUNDAMENTAIS
Química é uma ciência natural e experimental que estuda a substância, a sua constituição,
as suas propriedades, e a transformação dela noutra, assim como as leis que regem essas
transformações.

1.2. Propriedades químicas


São aquelas que estão relacionadas com os fenómenos químicos, ou seja, com a
capacidade que as substâncias possuem de reagir com outras ou quando submetidas a
certas condições formarem novas substâncias.
Exemplos:
2C (s) + O2 (g) → 2CO (g)


CaCO3 (s) CaO (s) + CO2 (g)

1.3. Propriedades da matéria


Uma espécie química é classificada de acordo com as suas propriedades que podem ser
específicas, gerais e funcionais.

1.3.1. Propriedades especificas das substâncias


São aquelas que são peculiares a cada substância pura. Podem ser físicas, químicas e
organolépticas.

1.3.1.1. Propriedades físicas


São aquelas que tem relação com todos os fenómenos físicos. São as constantes físicas
que se encontram tabeladas.

Ponto de fusão: Temperatura a que a substância passa do estado sólido ao estado liquido

Ponto de ebulição: Temperatura a que a substância passa do estado liquido ao estado


gasoso.
Calor específico: É a quantidade de calor necessária para elevar 1ºC a temperatura de 1
grama de substância.

6
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

Densidade/Massa especifica: É a massa da unidade de volume de uma substância. Esta


varia com a temperatura pois geralmente os corpos com o aumento da temperatura
dilatam-se e com a sua diminuição contraem-se. Caso não seja mencionada a
temperatura a que foram submetidas as substâncias, deve entender-se que ocorreu a 25ºC.

Coeficiente de solubilidade: o coeficiente de solubilidade de uma substância, a uma certa


temperatura, é a quantidade máxima de massa dessa substância capaz de se dissolver
totalmente em uma quantidade de solvente (normalmente, é a agua).quando ultrapassa
estes limites, a solução fica supersaturada e a substância deposita-se no fundo do
recipiente.

1.3.1.2. Propriedades químicas


Propriedades químicas são as propriedades relacionadas com fenómenos químicos, que
serão estudados mais adiante.

1.3.1.3. Propriedades organolépticas


São aquelas que impressionam os nossos sentidos.

Estados de agregação: Dependendo das condições de pressão e de temperatura temos os


estados: Sólido, Líquido e Gasoso.

Cor: A água e o álcool são substâncias incolores; o sal de cozinha que é branco e o iodo
que é violeta são substâncias coloridas.

Odor: Se a substância apresentar cheiro, como é o caso do NH3, é odorífera; se a


substância não apresentar cheiro, como é o caso do O2, é inodora.

Brilho: É a capacidade que possuem certas substâncias de reflectir a luz.

1.3.2. Propriedades gerais das substâncias


São as que se podem observar em toda a espécie de matéria. Exemplo: A massa,
extensão, impenetrabilidade, divisibilidade, compressibilidade e elasticidade.

7
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

1.3.3. Propriedades funcionais das substâncias


São as propriedades comuns existentes em certos grupos de substâncias que constituem
as funções químicas. Exemplo: Os óxidos, ácidos, bases e sais.

1.4. Estados físicos


O estado físico de uma substância depende da temperatura e da pressão.
Estado físico é o modo como a matéria se apresenta na natureza, conforme a coesão das
suas moléculas.

Coesão é a ligação recíproca das moléculas.


Estado físico Forca de coesão Forca de repulsão
Sólido São maiores São menores
Líquido Equilíbrio Equilíbrio
Gasoso São menores São maiores

Sempre que quiser saber o estado de congregação de uma substância a certa temperatura
(Tx), deve comparar essa temperatura com o ponto de fusão (Pf) e ponto de ebulição
(Peb) dessa substância.
Se Tx < Pf < Peb a substância está no estado sólido;
Se Pf < Tx < Peb a substância está no estado líquido;
Se Pf < Peb < Tx a substância está no estado gasoso.
Temperatura absoluta (Kelvin)
T (K) = t (oC) + 273,15

Exemplo: a água, dependendo da temperatura pode estar no:


Estado Sólido Líquido Gasoso

PF PE
o
Temperatura 0C 100 oC
273 K 373 K

8
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

1.5. Mudanças de estado

Legenda
1. Fusão; 2. Solidificação; 3. Vaporização/Ebulição; 4. Condensação/Liquefacção; 5.
Sublimação Progressiva; 6. Sublimação Regressiva

Ao aquecer uma substância ocorrem as seguintes transformações:

Nas etapas 1, 3 e 5, o calor fornecido serve para aumentar a energia cinética. Nas etapas 2
e 4, o calor fornecido serve para quebrar as forças entre as partículas. A temperatura (T)
mantém-se constante até concluir-se a mudança de estado físico.

1.6. Características dos estados


Estado Sólido
As forças de atracção são relativamente maiores;
As partículas estão em posições bem fixas;
Tem forma fixa e volume constante;
Movimentos das partículas: apenas rotação e vibração;
As distâncias entre as partículas são relativamente menores.
9
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

Estado Líquido
As forças de atracção são relativamente menores que nos sólidos;
As partículas podem deslocar-se, não estão fixas;
Não tem forma fixa (ganha a forma da parte do recipiente que ocupa);
Tem volume constante;
Movimentos das partículas: vibração, rotação e translação.
As distâncias entre as partículas são maiores que nos sólidos.

Estado Gasoso
As forças de atracção são muito menores (mínimas);
As partículas movimentam-se livremente, ocupando todo o volume disponível;
Não tem forma fixa, ganha a forma do recipiente;
O volume também é variável. Pode-se comprimir ou expandir;
Movimentos das partículas: vibração, rotação e translação;
As distâncias entre as partículas são máximas;

Movimento de Rotação é um movimento da partícula em torno do seu centro de simetria.


Movimento de Vibração é um movimento oscilatório, durante o qual as ligações entre as
partículas prolongam-se e encurtam-se.
Movimento de Translação é um movimento que consiste no deslocamento da partícula.

1.7. Fenómenos físicos e químicos


Num fenómeno físico, a substância não se transforma e as propriedades não se alteram.
Exemplos: Pisar grãos, dilatação dos corpos, queda dos corpos, elasticidade etc.

Num fenómeno químico, a substância transforma-se e novas propriedades se formam.


Exemplos: Combustão de uma substância, reacções químicas, digestão dos alimentos, etc.

10
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

1.8. Matéria
Matéria é tudo aquilo que tem peso e ocupa espaço e pode de alguma forma ser medido.
Exemplos: ferro, ar, agua, etc.

Matéria

Substância Pura Mistura

Homogénea Heterogénea

Substância Substância Simples


Composta

Simples Elementar Simples Composta

1.9. Substâncias Puras

1) Substância pura, ou simplesmente substância é uma forma de matéria com


composição fixa e propriedades (características) definidas. Isto quer dizer que uma
substância é constituída sempre pelos mesmos átomos. Esses átomos estão sempre
na mesma quantidade. Por isso, as características de uma substância não mudam.
Assim, as substâncias podem ser:

a) Substâncias simples elementares: são as que se podem encontrar na natureza sob


forma monoatómica. Ex: Zn, C, Sr, Al.
11
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

b) Substâncias simples compostas: são as que se podem encontrar na natureza sob


forma de dois ou mais átomos iguais. Ex: H2, O2, O3, N2, P4, S8, F2, Cl2.

Há elementos que se encontram em formas diferentes, chamam-se variedades alotrópicas.


São substâncias simples constituídas pelo mesmo tipo de átomos, mas em quantidades
diferentes. Em alguns casos, até nas mesmas quantidades, mas com propriedades físicas
diferentes. Este fenómeno designa-se alotropia.
Ex: P O C

P4 P O2 O3 C C
Fósforo Fósforo Oxigénio Ozono Grafite Diamante
Branco Vermelho

2) Substâncias compostas ou compostos: constituídas por dois ou mais elementos.


Portanto, contém pelo menos dois tipos de átomos. Exemplo: CO2, H2O, CaCO3,
C12H22O11, Ag(NH3)2Cl.

Ao dividir a matéria em partículas cada vez menores, a última partícula a ser encontrada
pode ser um átomo, se a matéria é uma substância molecular, ou pode ser um ião, se a
matéria é uma substância iónica ou metálica.

As substâncias iónicas são sais ou compostos contendo, pelo menos, um metal e um


ametal. Ex: BaO, NaCl.

As substâncias moleculares são formadas por ligações covalentes e compostos por


ametais. Ex: H2O, NH3, CH4.

Que diferença existe entre átomos e ião?


Átomos são partículas electricamente neutras, isto é, têm o mesmo número de partículas
negativas (electrões) e positivas (protões). Os iões são partículas com carga eléctrica,
positiva (catiões) ou negativa (aniões). O ião de um elemento que tem mais electrões do

12
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

que o átomo desse elemento chama-se anião, ou ainda menos electrões que o átomo desse
elemento chama-se catião.

Moléculas: são agregados de átomos, isto é, átomos ligados quimicamente entre si. Uma
molécula contém pelo menos dois átomos.
Conforme o número de átomos constituintes existem vários tipos de moléculas:

a) Moléculas diatómicas: são constituídas por dois (2) átomos.


Exemplo: H2, F2, Cl2, Br2, I2, N2, O2, CO, NO, etc.

b) Moléculas triatómicas: são compostas por três (3) átomos.


Exemplo: O3, H2O, NO2, etc.

c) Moléculas tetratómicas: são compostas por quatro (4) átomos.


Exemplo: NH3, C2H2, PH3, P4, etc.

d) Moléculas octatómicas: são compostas por oito (8) átomos.


Exemplo: S8, CH3CH3, etc.

Também existem outros tipos de moléculas, por exemplo: pentatómicas, hexatómicas,


etc, globalmente chamadas poliatómicas.

Há alguma diferença ao escrever P4 ou P?


P – é símbolo químico do elemento fósforo. Representa um átomo de fósforo.

13
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

P4 – fórmula química de fósforo. Representa uma molécula do elemento fósforo. O índice


4 indica que cada molécula de fósforo contém 4 átomos, i.é, 4 átomos de fósforo
combinam, por ligação covalente, para formar uma molécula de fósforo.

1.10. Mistura
As misturas são formas da matéria cuja composição pode variar. As propriedades de uma
mistura dependem da composição. Uma mistura é constituída por duas ou mais
substâncias, sem composição definida. Numa mistura, cada substância mantém-se
inalterada conservando as suas propriedades. As misturas podem ser homogéneas ou
heterogéneas:

a) Misturas Homogéneas: Tem composição uniforme e monofásica. Nestas é impossível


distinguir os componentes.
Exemplos: água e sal, água e açúcar, gin, cerveja.

b) Misturas Heterogéneas são polifásicas, não apresentam as mesmas características em


toda a sua extensão. Os seus constituintes são visíveis a olho nu.
Exemplos: água e areia, salada, sopa.

1.10.1. Métodos de separação de misturas


As misturas, diferentemente das substâncias, podem ser separadas nos seus componentes
através de processos físicos baseados nas suas propriedades físicas, sem alterá-los. Esses
meios físicos são conhecidos como métodos de separação de misturas. Destacam-se:

a) Catação: É o processo mais rudimentar. É empregue quando os componentes são


partículas bem distintas que podem ser separadas com as mãos ou com uma pinça.

b) Peneiração ou tamisação: Outro processo rudimentar empregue quando os


componentes têm diferente granulação.

c) Separação magnética: Empregue quando um dos componentes é uma substância


metálica que pode ser atraída por um íman. Exemplo: Separar a mistura de limalha de
ferro e enxofre.
14
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

d) Ventilação: Empregue no beneficiamento de cereais para separar as cascas – uma


corrente de ar arrasta o componente menos denso.

e) Levigação: Neste processo uma corrente de água arrasta o componente menos denso.

f) Dissolução fraccionada: Quando se usa um liquido que dissolve um dos sólidos e em


seguida emprega-se outro processo de separação de misturas líquido-sólido.

g) Filtração: A mistura é colocada sobre uma superfície porosa (papel de filtro) que
retêm o sólido, deixando passar a fase líquida. O papel de filtro pode ser de papel ou
de porcelana. Este processo também é empregue no aspirador do pó – o componente
gasoso atravessa o filtro e o sólido fica retido

h) Decantação: Deixa-se a mistura em repouso e por acção da gravidade o componente


mais denso (geralmente o sólido) deposita-se no fundo. Transfere-se com cuidado o
liquido para outro recipiente, ficando no primeiro recipiente.

i) Câmara de poeira: A mistura é forcada a passar pelo interior de uma câmara onde
encontra uma serie de obstáculos (colunas) que retêm a poeira e deixam passar o ar.
Este é um processo usado na industria.

j) Funil de decantação: É um funil especial que tem uma torneira na haste. Depois de
decantada a mistura, abrimos cuidadosamente a torneira deixando sair o líquido de
baixo.
Nota: Também se pode usar a centrifugação.

k) Centrifugação: é um tipo de decantação que se realiza com equipamento adequado,


chamado centrifugador. Consiste na separação de um líquido e um sólido não
dissolvido por rotação rápida no centrifugador. Baseia-se na diferença de densidades.

l) Vaporização ou evaporação: baseia-se na diferença de volatilidades (pontos de


ebulição) dos componentes. Usa-se para separar líquidos entre si, ou ainda para
15
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

separar um líquido e um sólido nele dissolvido. Tanto pode realizar-se esta separação
por aquecimento da mistura usando chama ou expondo a mistura ao sol.

m) Destilação: também baseia-se na diferença de volatilidades dos componentes. Usa-se


para separar líquidos entre si, ou ainda para separar um líquido e um sólido nele
dissolvido. Realiza-se somente por aquecimento através de fonte artificial de calor,
como uma chama.

n) Extracção: baseia-se na diferença de solubilidade entre os componentes da mistura


num dado solvente, isto é, na afinidade de um dos componentes com o agente de
extracção.

o) Cromatografia: baseia-se na diferença de velocidades entre os componentes da


mistura. Um dos componentes é mais móvel que o outro num mesmo meio.

O processo de separação dos componentes de um sistema líquido-gás é de fácil


compreensão pois estes separam-se espontaneamente ou empregando agitação,
aquecimento ou simplesmente diminuindo a pressão do sistema. Exemplo: todos estes
processos podem ser verificados a partir de uma garrafa de refresco.

1.11. Diferenças entre composto e mistura


Mistura Composto
Mantém as propriedades dos seus Não mantém as propriedades dos seus
componentes propriedades
O PF, o PE e a densidade são
O PF, o PE e a densidade são variáveis
características de cada substância
Os componentes misturam-se em proporções Os componentes combinam-se em
variáveis proporções fixas
Não é substância É substância
Obtém-se por junção de substâncias Obtém-se por combinação de substâncias
Não tem fórmula química Tem fórmula química
Pode ser separada em seus componentes Pode ser decomposto em seus elementos
(processo físico) (processo químico)
16
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

1.12. Linguagem da Química


Cada disciplina científica tem a sua linguagem técnica que maioritariamente tem como
base as palavras de origem grega. Com a Química acontece o mesmo, ainda que as suas
palavras nem sempre tenham proveniência de idiomas antigos, mas sim, mais
frequentemente, de línguas actuais.

Átomo: é a unidade fundamental da matéria

Elemento químico: são todos os átomos que possuem o mesmo numero atómico (Z), ou
seja, o mesmo numero de protões.

Símbolo químico: é a representação abreviada de um elemento. O símbolo químico de um


elemento é universal.
Os símbolos químicos dos elementos derivam dos nomes desses elementos em grego ou
em latim
Normalmente, o símbolo do elemento é a letra maiúscula inicial desse elemento.
Exemplo: Carbono – C
No caso de existirem dois ou mais elementos cuja primeira letra é a mesma, utiliza-se a
segunda, terceira ou a quarta do nome do elemento em letra minúscula. Exemplos: Cálcio
– Ca; Cádmio – Cd; Cloro – Cl.

Compostos – fórmulas químicas: são expressões simbólicas ou representações gráficas


que traduzem a composição qualitativa e quantitativa dos compostos e dão-nos as
proporções de combinação dos átomos. Exemplo: KOH – Hidróxido de potássio; BaO –
Óxido de bário; HCl – Ácido clorídrico, etc.

Reacção química: é qualquer transformação química, em que uma ou mais substâncias se


transformam em uma ou mais substâncias diferentes. As substâncias que são
transformadas chamam-se reagentes (às do 1º membro da equação química) e as que são
obtidas chamam-se produtos da reacção (às do 2º membro da equação química).

17
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

Equações químicas: são representações simbólicas das substâncias que intervêm na


reacção química. Ela dá-nos a qualidade e quantidade das substâncias reagentes e
produtos respectivos.
Toda a reacção química possui uma representação gráfica que se chama equação química.
Numa equação química, você deve distinguir:

Exemplo: 1C2H6O + 3O2 → 2CO2 + 3H2O


Reagentes: substâncias que reagem (C2H6O; O2)
Produtos: substâncias que se formam (CO2; H2O)
Coeficientes: números que precedem as fórmulas dos reagentes e dos produtos e que
indicam as quantidades mínimas de moléculas das substâncias que reagem e que se
formam (1; 3; 2;3).

traduzida por uma


Reacção química Equação química

1.12.1. Condições necessárias para uma reacção química


Conhecer os reagentes e os produtos da reacção e as respectivas formulas ou símbolos
químicos
Organizar o esquema situando:
no 1.º membro os reagentes separados pelo sinal +;
no 2.º membro os produtos separados também pelo sinal +;
a separar os dois membros põe-se uma seta no sentido em que a reacção se desenvolve.
Reagentes → Produtos
A + B → C + D

1.12.2. Tipos de reacções químicas


1.12.2.1. Reacção de Síntese (Formação)
Combinação de substâncias simples ou compostas para formar um único composto
(produto principal). Exemplo:

H2 + ½ O 2 → H2O; N2 + 3H2 → 2NH3

18
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

1.12.2.2. Reacção de Combustão


Combinação de combustível com comburente. O oxigénio é o comburente universal. O
comburente é aquele que alimenta as combustões.
a) Combustão de Substâncias Simples
S8 + 8 O2 → 8 SO2 Cexc + ½ O2 → CO

b) Combustão de Compostos
3
H 2S + / 2 O2 → H2O + SO2

A combustão de qualquer hidrocarboneto (composto orgânico formado por, apenas, H e


C) produz CO2 e H2O.
Exemplo:
CH4 + 2 O2 → CO2 + H2O
Matano

C12H22O11 + 12 O2 → 12 CO2 + 11 H2O


sacarose

C 2H 2 + 5/ 2 O 2 → 2 CO2 + H2O
Acetileno

17
2 CH3-NH2 + /2 O2 → 2 CO2 + 5 H2O + 2 NO2
Metillamina

NB: Sacarose e aminometano não são hidrocarbonetos. São compostos orgânicos


derivados de hidrocarbonetos, por isso a sua combustão produz além do CO2 e H2O.

1.12.2.3. Reacção de Análise (Decomposição)


Reacção em que uma substância composta se decompõe em outras substâncias simples ou
composta.
a) Termólise
Decomposição sob acção do calor.

CaCO3 (S) ∆ CaO (S) + CO2

19
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

b) Electrólise
Decomposição sob acção de corrente eléctrica. Método usado na produção industrial de
cloro.
2 NaCl (l) 2 Na + Cl2 ↑ (tratamento de água)

c) Hidrólise
Decomposição sob acção da água.

NH2-CO-NH2 + H2O 2 NH3 + CO2

d) Fotólise
Decomposição sob acção da luz.

AgCl (S) Luz Ag + Cl2 ↑

As aplicações das chapas fotográficas e filmes são constituídos por AgCl, por isso,
devem ser guardados no escuro.

1.12.2.4. Reacções de Dissociação e Ionização


a) Dissociação dos ácidos
Dissociação - compostos iónicos: sais, base e óxidos metálicos

b) Ionização dos ácidos


Ionização - compostos moleculares: ácidos e óxidos ametálicos

1.12.2.5. Reacção de Substituição


a) Reacções de deslocamento (Simples troca)
Ácidos + Metal → Sal + H2 ↑
H2SO4 dil + Zn → ZnSO4 H2 ↑

NB: os metais nobres (preciosos): Au, Ag e Pt não reagem com ácidos -- metais
valiosos. Os metais semi-nobres: Cu e Hg, também não são atacados pelos ácidos
diluídos, mas podem ser corroídos por ácidos concentrados a quente.
Cu + HNO3 dil
a quente
Cu + 2 HNO3 conc Cu(NO3)2 + 2 NO2 + 2 H2O
20
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

b) Reacção de Neutralização ou dupla troca ou substituição dupla

NaOH + HCl 2 NaCl + H2O

Com relação às reacções de deslocamento e dupla troca, existem certas condições para
que elas ocorram. Tais condições você estudará no capitulo Funções Inorgânicas.
c) Reacções de Precipitação.
NaCl (sol) + AgNO3 (sol) NaNO3 + AgCl (ppt)

1.12.2.6. Reacção endotérmica


Reacção que ocorre com absorção de calor
C + 2S + Calor → CS2

1.12.2.7. Reacção exotérmica


Reacção que ocorre com libertação de calor.
2H2 + O2 → 2H2O + Calor

Estes tipos de reacções são estudados num capitulo especial que se constitui numa das
partes da química: Termoquímica.

1.12.2.8. Reacções Redox


Reacções que ocorrem com variações de Nox (numero de oxidação)
2H2 + O2 → 2H2O

1.12.2.9. Reacção irreversível


Reacção que ocorre num único sentido.
CaCO3 (S) ∆ CaO (S) + CO2 (g)

Tais reacções ocorrem em geral quando se forma um precipitado (substância insolúvel)


ou, então, quando a reacção se processa num frasco aberto e se forma um gás.

1.12.2.10. Reacção reversível


Reacção que ocorre simultaneamente em dois sentidos opostos.
CH3COOH(aq) CH3COO - + H+
Tais reacções são estudadas num capitulo especial chamado Equilíbrio químico.
21
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

I. EXERCÍCIOS
1. O amoníaco (NH3) é:
A. Um elemento.
B. Um composto.
C. Uma mistura de moléculas de hidrogénio e de nitrogénio.
D. Uma mistura de 1 átomo de hidrogénio e 3 átomos de nitrogénio.

2. Os exemplos mencionados nas alíneas seguintes referem-se a compostos e/ou misturas.


Indique a alínea em que aparecem três (3) misturas:
A. Carbonato de cálcio, iodeto de potássio, sulfato de bário.
B. Carbonato de cálcio, água do mar, vinho.
C. Água, açúcar, sal de cozinha.
D. Vinagre, água do mar, cerveja.

3. Das substâncias seguintes, água e cloreto de hidrogénio;


A. Nenhuma é composto.
B. Só a água é composto.
C. Só cloreto de hidrogénio é composto.
D. Ambos são compostos.

4. Misturam-se os seguintes líquidos e/ou sólidos:


1. açúcar + água
2. gasolina + óleo vegetal
3. água + óleo vegetal
4. álcool + água
Indique os casos onde se obtêm misturas homogéneas
A. 1 e 4
B. 1, 2 e 4
C. 2 e 3
D. apenas 1

22
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

5. Considera as afirmações seguintes:


I. A densidade de uma substância no estado gasoso sempre é maior do que a densidade da
mesma substância no estado sólido.
II. O ponto de ebulição da água é de 100 ºC e do álcool etílico é de 78 ºC. Isso significa
que as forças entre as moléculas de água no estado líquido são mais fracas do que as
forças entre as moléculas do álcool no estado líquido.
A. I é verdadeira, II é falsa.
B. I é falsa, II é verdade
C. I e II são verdadeiras.
D. I e II são falsas.

6. Numa proveta graduada que continha 30 cm3 de água, introduziu-se um objecto


maciço feito de uma substância de densidade 4 g/cm3, de acordo com as indicações da
figura a seguir:

45 cm3
30 cm3

Se substituirmos o objecto por outro, também maciço, mas de massa tripla e da mesma
substância, o volume total indicado na proveta será igual a:
A. 60 cm3.
B. 45 cm3.
C. 180 cm3.
D. 75 cm3.

7. Quais das substâncias seguintes, o sódio (Na), o cloro (Cl2) e o cloreto de sódio
(NaCl), são substâncias puras?
A. Só o sódio.
B. Só o cloreto de sódio.
C. O sódio e o cloro.
D. O sódio, o cloro e o cloreto de sódio.
23
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

8. Das afirmações seguintes:


I. O cloro é um elemento.
II. O cloro é um átomo.
III. O cloro é um ião negativo.

A. I é verdadeira, II e II são falsas.


B. I e II são verdadeiras, III é falsa
C. II e III são verdadeiras, I é falsa
D. Todas são verdadeiras.

9. Sulfato de potássio (K2SO4), sulfureto de potássio (K2S) e potássio (K) são,


respectivamente exemplo de:
I Substância pura, substância pura, substância simples.
II Substância pura, substância pura, substância pura.
III Substância composta, substância composta, substância simples
IV Mistura, mistura, substância pura
As certas são:
A. Todas.
B. Só IV
C. I, II e III
D. Só III

10. Podemos afirmar que a fórmula Br2 corresponde:


I. A um elemento
II: A um não metal
III: A uma molécula
IV: A um ião negativo

A. I, II e III são verdadeiras, IV é falsa;


B. II, III e IV são verdadeiras, I é falsa;
C. II e III são verdadeiras, I e IV são falsas;
D. Todas são verdadeiras;
E. Só III.
24
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

11. Os exemplos mencionados nas alíneas seguintes referem-se a substâncias puras e/ou
misturas.
I. Sulfato de potássio, sulfureto de sódio, sulfato de bário
II. Potássio, sódio, bário
III. Coca-cola, água, enxofre

Aparecem substâncias puras:


A. em I, II e III
B. Só em I
C. Só em II
D. Em I e II

12. Com relação às seguintes substâncias: O2, Na, S8 e Na2SO4.


Substâncias puras moleculares são:
A. O2, Na e S8
B. Na2SO4.
C. O2, Na, S8 e Na2SO4.
D. O2 e S8

13. Uma amostra de uma substância sólida pode ser identificada somente:
I. Pela sua massa
II. Pelos seus pontos de fusão e de ebulição
III. Pelo seu volume
IV. Pela sua cor
As certas são:
A. I, II e III
B. I e II
C. Só II
D. Todas

25
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

14. Usando pequenos círculos podemos representar modelos de partículas de substâncias


químicas.
Qual das seguintes figuras representa uma substância pura elementar?
I II
A. I e II
B. Nenhum
C. Só II
D. Só I

15. Na caixa abaixo, e , representam dois tipos de átomos.


A B C D

Que caixa, A, B, C ou D provavelmente contém uma mistura de gases?

16. Moléculas de ozono (O3) são constituídas por 3 átomos de oxigénio. Moléculas de
oxigénio (O2) são constituídas por 2 átomos de oxigénio. Em 12 moléculas de ozono
existe igual número de átomo de oxigénio que em:
A. 18 moléculas de oxigénio
B. 24 moléculas de oxigénio
C. 12 moléculas de oxigénio
D. 36 moléculas de oxigénio

17. As figuras abaixo (I e II) apresentam respectivamente:


I II
A) Substância Pura Substância Pura
B) Composto Composto
C) Substância Pura Mistura
D) Mistura Mistura

I II
26
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

18. Quantos átomos existem em cada molécula seguinte?


1. Na2HPO3
2. C12H22O11 (sacarose)
3. C6H12O6 (glicose)
4. K4[Fe(CN)6]
5. Fe4[Fe(CN)6]3

19. Associe as letras da coluna I com a coluna II:


coluna I coluna II
(m) N2 + 2O2 → 2NO2 ( ) reacção de dupla troca
(o) Fe + 2HCl → FeCl2 + H2 ( ) reacção de síntese
(r) MgCO3 → MgO + CO2 ( ) reacção de deslocamento
(a) NaOH + NH4Cl → NaCl + NH4OH ( ) reacção de análise

20. Ocorre uma reacção entre uma substância simples e uma substância composta. Tal
reacção:
A. é de deslocamento, obrigatoriamente.
B. é de análise
C. pode ser de dupla troca
D. pode ser de síntese

21. Tem-se uma solução de CuSO4, de cor azulada. A esta solução adicionamos
fragmentos de ferro metálico. Depois de algum tempo a solução perde sua cor azulada e
nota-se que as partículas de ferro estão recobertas de cobre metálico. Esta é a descrição
de uma reacção de:
A. síntese
B. análise
C. dupla troca
D. deslocamento

22. Das reacções abaixo representadas:


I) SO3 + H2O → H2SO4
II) 4Fe + 3O2 → 2Fe2O3
III) H2 + Cl2 → 2HCl
IV) 2Na + 2H2O → 2NaOH + H2
27
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

pode-se afirmar que:


A. apenas I é de síntese
B. apenas II e III são de síntese
C. apenas IV é de deslocamento
D. I, II e III são de análise

23. Dadas as reacções:


( ) Fe + H2SO4 → FeSO4 + H2
( ) NaOH + HNO3 → NaNO3 + H2O
( ) K2CO3 → K2O + CO2
( ) NH3 + HCl → NH4Cl
identificando-as pelos repectivos nomes:
A. Dupla troca
B. Sintese
C. Deslocamento
D. Análise

24. Segurando um tubo de ensaio onde ocorre uma reacção, sinto que o tubo se aquece.
Esta reacção é:
A. Obrigatoriamente de síntese
B. Exotérmica
C. Obrigatoriamente de dupla troca
D. Endotérmica

25. Assinale a associação errada:


A. CaO + CO2 → CaCO3 é uma reacção de análise
B. S + O2 → SO2 é uma reacção de síntese
C. 2AgBr → 2Ag + Br2 é uma reacção de decomposição
D. Fe + 2HCl → FeCl2 + H2 é uma reacção de deslocamento
E. NaCl + AgNO3 → AgCl + NaNO3 é uma reacção de dupla troca

28
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

26. Analisando as equações:


CaO + H2O → Ca(OH)2
Cl2 + 2NaCl → 2NaCl + I2
você conclui que elas representam respectivamente reacções de:
A. síntese e análise
B. síntese e síntese
C. análise e síntese
D. síntese e deslocamento

27. Dados os pontos de fusão e de ebulição (em K) dos compostos CS2 e Cl2O.
Composto Ponto de fusão (K) Ponto de ebulição (K)
CS2 161 319
Cl2O 253 275

Ambos os compostos estão no estado líquido a temperatura de:


A. - 5 ºC
B. 30 ºC
C. - 30 ºC
D. 100 ºC

28. Dados os pontos de fusão e de ebulição (em K) dos compostos CS2 e Cl2O
Composto Ponto de fusão (K) Ponto de ebulição (K)
CS2 161 319
Cl2O 253 275

Ambos os compostos estão no estado líquido a temperatura de:


A. +0 ºC
B. +25 ºC
C. - 25 ºC
D. +100 ºC

29
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

2. ESTRUTURA ATÓMICA
2.1. Historia sobre a Constituição Atómica da Matéria
Começou por ser uma hipótese que remonta, pelo menos, ao tempo da Grécia Antiga,
especialmente com os filósofos Leucipo (Séc. V a.C.) e seu discípulo Demócrito (460-
370 a.C.), contra a opinião de Aristóteles (384-322 a.C.) e de Platão (427-347 a.C.) que a
matéria não seria continua, mas constituída por unidades ou átomos. Esta visão atómica
da matéria foi adoptada filosófica e praticamente pelo romano Lucrécio (53-95 a.C.) mas
é só 17 séculos depois que é retomada por R. Boyle (1627-1691) e I. Newton (1642-
1727), sendo apenas em 1803, com J. Dalton (1766-1844), que a teoria atómica se liga
fortemente à observação experimental. Dalton elaborou a primeira lista de massas
atómicas, numa escala em que o hidrogénio era considerado padrão. Postulando que,
durante uma reacção química, não se destroem nem se criam átomos, justificou a lei da
conservação da massa durante as reacções, devida a A. Lavoisier (1743-1794).

2.1.1. Teoria atómica de Dalton


Em 1803, o cientista inglês Dalton, baseado em resultados experimentais, enunciou a sua
teoria que pode ser assim resumida:
A matéria é constituída por pequenas partículas chamadas átomos.
Os átomos são considerados como esferas maciças, homogéneas, indivisíveis e
indestrutíveis.
Os átomos que possuem as mesmas propriedades são do mesmo tipo (mesmo
elemento químico).
Os átomos combinam-se entre si numa relação de números inteiros para formar
compostos.
Durante a sua combinação, os átomos não são criados nem destruídos, apenas
modificam a sua constituição.

A lei das proporções definidas previamente estabelecida por um outro químico francês L.
Proust (1754-1826) ficou também racionalizada, já que cada composto seria formado
sempre pelos mesmos átomos numa relação constante. Estava em concordância com esta
teoria, a das proporções múltiplas devida ao próprio Dalton.

30
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

Dalton e os seus contemporâneos consideravam o átomo como uma partícula indivisível,


tal como os filósofos gregos Leucipo e Demócrito. Os trabalhos sobre descargas
eléctricas através de gases a pressão reduzida iniciados por:

1959 – Heinrich Geissler e Julius Plucker (Alemanha), em tubo contendo um gás a baixa
pressão, aplicaram uma diferença de potencial e observaram o aparecimento de estrias
luminosas.

1876 – Eugene Goldstein (Alemanha), denominou as estrias luminosas de “raios


catódicos”, pois provinham do cátodo (pólo negativo), e, usando um cátodo perfurado,
observou outro tipo de estrias luminosas na região atrás do cátodo, as quais denominou
“raios canais”, pois pareciam atravessar os orifícios.

1879 – William Crookes (Inglaterra), aperfeiçoou o tubo de raios catódicos, modificando-


o de tal forma que se tornou o aparelho especial de laboratório que inaugurou uma nova
era na investigação da natureza eléctrica da matéria: o tubo de Crookes, no qual iniciou
uma serie de experiências com descargas eléctricas em alto vácuo.

1886 – Eugene Goldstein comprovou, em sua experiências com cátodos perfurados, que
os raios canais, que ocasionavam as estrias na parte posterior do cátodo, eram partículas
positivas produzidas pelos choques dos raios catódicos com as moléculas do gás residual,
desta arrancando partículas negativas. Quando o gás era o hidrogénio, as partículas
positivas apresentavam a menor massa observada e sua carga era semelhante à dos raios
catódicos, mas de sinal contrario, e foi denominada protão.
Estes trabalhos culminaram com a determinação da relação carga/massa do electrão por
J. J. Thomson (1856-1940) em 1897 na Inglaterra viriam a demonstrar que o átomo pode
ser dividido em partes de carga negativa e de carga positiva; a partícula negativa o
“electrão” apresentava-se comum a todos os átomos, mas a parte de carga positiva era
diferente.

31
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

2.1.2. Modelo atómico de Thomson


Trabalhando em um tubo de descargas semelhante ao de Crookes, e tendo como
colaborador um jovem neozelandês de nome Ernest Rutherford, determinou a relação
entre a carga (e) e a massa (m) das partículas dos raios catódicos e observou que e/m é
constante.
Chegou à conclusão de que os raios catódicos são realmente partículas existentes em
qualquer espécie de matéria, pois não dependiam da natureza do cátodo nem do gás
residual contido no tubo. Thomson deu a essas partículas o nome de electrões, que havia
sido sugerido por J. Stoney, em 1881, para as unidades de carga negativa observadas por
Faraday na electrolise, pois deduziu que a partícula dos raios catódicos era a mesma
unidade de carga da electrolise.
Em 1898, com base em suas evidencias experimentais e no facto de a matéria ser
electricamente neutra, Thomson apresentou o seu modelo atómico, que consistia em uma
esfera maciça de carga eléctrica positiva, incrustada por igual numero de cargas
negativas, os electrões.
Talvez por troca na época o modelo foi cognominado de “ pudim de passas”.

1895 – Wilhelm Conrad Roentgen (Alemanha), trabalhando com um tubo de Crookes,


descobriu, acidentalmente, uma radiação invisível e penetrante que era capaz de
atravessar corpos opacos e fazer brilhar uma tela fluorescente ou impressionar uma chapa
fotográfica. Não sabendo identificar tais radiações, denominou-as de raios X.
Entretanto, em 1896, H. Becquerel (1852-1908) em Franca descobriu que sais de urânio
emitiam radiações, assim se reforçando a ideia de que os átomos não eram indivisíveis;
ao fenómeno chamou radioactividade.

2.1.2.1. Radioactividade
É o fenómeno de emissão espontânea de pequenas partículas e de radiação
electromagnética por átomos instáveis a fim de se tornarem relativamente estáveis.
A emissão de radiações alfa e beta ocasiona mudanças estruturais do núcleo atómico
instável, enquanto que a emissão de radiações gama ocasiona mudança da ordem
energética desse núcleo.

32
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

Observações experimentais mostram que as desintegrações ocorrem ao acaso. Em uma


amostra radioactiva existe um grande numero de átomos que irão se desintegrar, porém
não é possível determinar qual deles e desintegrará em determinado instante. Assim
sendo, esse estudo é feito estatisticamente.
A tabela a seguir apresenta as partículas constituintes dos núcleos e os tipos de radiação
emitidas quando ocorre a desintegração ou decaimento radioactivo.

Partícula Protão Neutrão Alfa (α) Beta (β) Gama (γ) Positrão (β+ )
Carga 1 0 2 -1 0 1
Massa 1 1 4 0 0 0
1 1 1 4 4 0 0 0 0 0
Símbolo 1H ; 1p 0n 2He ; 2α -1e ; -1β 0γ 1e ; 1β

Para descrever os decaimentos radioactivos usam-se equações nucleares. Tal como


qualquer equação química, uma equação nuclear deve ser acertada. A soma dos números
de massa deve ser igual nos dois membros. A soma dos números atómicos também deve
ser igual nos dois membros.

2.1.2.2. Tipos de radioactividade


os tipos de radioactividade mais importantes são a desintegração α, β- e β+, a captura
electrónica e a fissão espontânea. É frequente estes tipos de desintegração radioactiva
serem acompanhados da emissão de raios γ isto é, de uma radiação electromagnética dura
(com um pequeno comprimento de onda)

a) Desintegração alfa
Quando um núcleo radioactivo emite uma partícula alfa, ele perde duas unidades de
numero atómico e quatro unidades de numero de massa. o elemento transmuta-se em
outro que na tabela periódica encontra-se duas casas à esquerda do elemento de origem.
A A-4 4
ZX → Z-2Y + 2α
238
92U → 90Th234 + 2He4

33
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

b) Desintegração β-
Quando um núcleo radioactivo emite uma partícula β-, ele ganha uma unidade de numero
atómico, porém sua massa nao se altera. O elemento transmuta-se em um isóbaro, que na
tabela periódica situa-se uma casa à direita do elemento de origem.
A A 0
ZX → Z+1Y + -1β
238
92U → 93Th238 + -1β
0

c) Desintegração positrónica ou β+
Quando um núcleo radioactivo emite uma partícula β+, ele perde uma unidade de numero
atómico, porém sua massa nao se altera. O elemento transmuta-se em um isóbaro, que na
tabela periódica situa-se uma casa à esquerda do elemento de origem.
A A 0
ZX → Z-1Y + 1β
44
22Ti → 21Sc44 + -1β
0

d) Captura electrónica
Quando se dá a captura de um electrao pelo nucleo da camada K mais proxima do nucleo.
A carga do atomo reduz-se em uma unidade, ao passo que o número de massa se matém
constante. O nucleo resultante pertence ao elemento (isobaro do elemento inicial)
deslocado em uma casa no sentido do inicio do sistema periodico em relacao ao elemento
inicial:
A 0 A
ZX + -1e → Z-1Y + hυ

Quando um electrao da periferia passa para o lugar que se libertou na camada K, liberta-
se uma energia sob a forma de um quantum de raios X.

Meia-vida ou período de semidesintegração (p)


Foi observado que, se em determinado instante (t = 0) temos a massa mo de uma amostra
radioactiva, transcorrido um intervalo de tempo que se chama meia-vida (t = p), a massa
radioactiva se reduz à metade da inicial (mo/2). Transcorrido outro intervalo de tempo
igual, a massa se reduz à metade novamente, obtendo-se:
Tempo t=0 t=p t = 2p t = 3p ...
Tempo mo mo/2 mo/4 mo/8 ...

34
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

Meia-vida: tempo necessário para que a metade da massa de uma amostra radioactiva se
desintegre.

Pode-se demonstrar que:


mo/m = 2t/p onde;
p = meia-vida ou período
mo = massa inicial da amostra radioactiva
m = massa da amostra, transcorrido um tempo t.

Vida-média (Vm)
É a media aritmética dos tempos de vida de todos os átomos de uma amostra radioactiva.
Sabe-se que é impossível determinar a idade de cada átomo, pois a desintegração é
aleatória; entretanto, pode-se determinar a vida-média em função de meia-vida e chega-se
à seguinte relação:
Vm = p/0,7

Em 1907, estudando os efeitos das partículas alfa emitidas por uma fonte radioactiva,
Ernest Rutherford e Hans Geiger construíram um dispositivo para cortar as invisíveis
partículas. Esse dispositivo possui uma tela recoberta de sulfureto de zinco, sobre a qual o
impacto de uma partícula alfa produz uma cintilação ou minúsculo clarão, visível através
de um microscópio.
Rutherford, Geiger e Ernest Marsden bombardearam uma delgada lamina de ouro com
partículas alfa e, observando as cintilações sobre o anteparo de sulfureto de zinco,
espantaram-se com os resultados.

2.1.3. Modelo atómico de Rutherford


2.1.3.1. Experiência de Rutherford
Uma fina lâmina de ouro é bombardeada com partículas α que são emitidas por um
elemento radioactivo. por trás dessa lamina de ouro há um anteparo recoberto de
sulfureto de zinco, que tem a propriedade de detectar as partículas α, pois torna-se
fluorescente sob o seu impacto.

35
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

2.1.3.2. Resultado da experiência


Rutherford verificou que:
1.º A maior parte das partículas α não se desvia.
2.º Poucas sofrem um desvio brusco.
3.º Um numero reduzido retrocede violentamente.

2.1.3.3. Conclusões da experiência


a) O átomo é quase que inteiramente constituído por espaços vazios. Esta conclusão
advém do facto de que a maioria das partículas atravessa a lamina do ouro sem se
desviar.
b) O átomo apresenta um pequeno núcleo relativamente maciço, com o qual apenas
um numero reduzido de partículas α choca, sofrendo retrocesso.
c) Em tal núcleo concentra-se a massa do átomo.
d) Como já se sabia que as partículas α eram carregadas positivamente, conclui-se
que os desvios dessas partículas decorriam da repulsão pelo núcleo que seria
também positivo.
e) O reduzido número de partículas α desviadas permitiu que se calculasse a
proporção entre as dimensões do núcleo em relação ao átomo. O núcleo é muito
pequeno em relação ao diâmetro do átomo. Essa proporção varia de 1/10000 até
1/100000. Finalmente, Rutherford admitiu que os electrões estariam girando em
orbitas circulares

A noção do modelo atómico de Rutherford resumida é:


A matéria é constituída por pequenas partículas chamadas átomos que apresentam duas
regiões: o núcleo e a electrosfera

2.1.4. A Contribuição de Niels Bohr (1913)


O modelo de Rutherford era bom quanto à distribuição em núcleo e coroa, mas era
carente quanto às bases teóricas que justificassem sua estabilidade.
Segundo a Física clássica e a teoria do Electromagnetismo, nas condições em que
Rutherford enunciou o modelo, “sistema solar”, o electrão girando em rápidos

36
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

movimentos em torno de um núcleo dotado de grande força de atracção, deveria, este


electrão, dissipar energia na forma de onda electromagnética, e com isso entraria em
orbita espiralada, indo cair dentro do núcleo. Portanto, o modelo de Rutherford seria
instável.

Niels Bohr resolveu esse impasse afirmando, sem mais explicações, que o electrão não
obedece a leis da Física clássica, e que não dissiparia sua energia enquanto permanecesse
em sua orbita circular ao redor do núcleo. Para cada electrão, existiria uma orbita circular
que seria um estagio de energia fixa e determinada.
Segundo Bohr, a electrosfera ou coroa era dividida em estágios de energia, e cada estagio
constituído por orbitas circulares para cada electrão.
Estas ideias não eram tão absurdas; baseavam-se na recém-criada Teoria dos Quanta de
Energia de Max Planck, segundo a qual as radiações de energia não eram emitidas em um
facho continuo, mas em discretas quantidades, às quais denominou quantum.

Os postulados de Bohr, que explicam o modelo atómico de Rutherford, podem ser assim
enunciados:
1.º Os electrões giram em redor do núcleo, em regiões bem definidas ou permitidos, onde
não há ganho nem perda de energia, isto é, energia fixa e determinada. São os chamados
estados estacionários. O estado estacionário menos energético chama-se estado
fundamental. Aos restantes estados dá-se o nome de estados excitados, os quais são
instáveis.
Não há emissão nem absorção de energia enquanto os electrões estiverem em movimento
numa órbita.

2.º Quando um electrão recebe energia, ele poderá passar para uma órbita mais externa,
ou seja, mais afastada do núcleo. No entanto, essa órbita é uma posição instável e o
electrão tende a voltar à órbita original. Neste retorno, o electrão emite energia.
3.º Para um electrão é mais fácil mudar de órbita ou até mesmo sair do átomo, quanto
mais longe estiver do núcleo. Cada órbita é caracterizada por um numero n bem definido
que recebeu o nome de número quântico principal. Segundo Bohr, para a primeira órbita
n = 1, para a segunda n = 2, etc.

37
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

2.1.5. Descoberta do Neutrão


Rutherford já havia observado que havia uma diferença entre a massa e a carga do
núcleo, pois as evidencias experimentais discordavam dos cálculos: havia muita massa
para pouca carga.
Deduziu, então, que as partículas positivas não continham toda a massa do núcleo, mas
que deveria existir uma partícula neutra de massa semelhante à dessas partículas
positivas. Em 1932, James Chadwick, bombardeando uma placa de boro com partículas
alfa em uma reacção nuclear, obteve nitrogénio e uma partícula neutra de massa
praticamente igual à do protão, à qual foi dado o nome de neutra.
Eis a reacção de Chadwick:
11 4 14 1
5B + 2 → 7N + 0n

2.1.6. Partículas fundamentais do átomo

Partículas Carga Massa (Kg)


Protões + 1,67*10-27
Núcleo Neutrões 0 1,67*10-27
Electrosfera Electrões – 9,109*10-31

Numero atómico (Z)


É o número de protões existentes no núcleo do átomo e é sempre um numero inteiro.
Número atómico = número de protões = número de electrões (pois o átomo é
electricamente neutro).

Número de massa (A)


A massa do protão é 1836 vezes maior que a massa do electrão. A massa do protão é
igual à massa do neutrão.
mp+ + mn0 >> me- (< 0,1% da massa do átomo)
por isso, podemos desprezar a massa dos electrões em órbita e dizemos:
Número de massa = número de protões + número de neutrões A=Z + N

38
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

Isótopos
São átomos do mesmo elemento químico com diferente número de massa. Estes átomos
são quimicamente semelhantes pois possuem igual número atómico. Exemplo:

Isótopos do Cloro
35 37
17Cl 17Cl

A = 35; Z = 17 A = 37; Z = 17
17 p+; 18 n0; 17 e- 17 p+; 20 n0; 17 e-

Isóbaros
São átomos de elementos químicos diferentes que possuem o mesmo número de massa e
diferente número atómico.
Exemplo:
40
19K A = 40 19 p+ 20Ca
40
A = 40 20 p+
Z = 19 20 n0 Z = 20 20 n0
19 e- 20 e-

Isótonos
São átomos de elementos químicos diferentes que possuem números atómico e de massa
diferentes, mas igual número de neutrões.
Exemplo:
27
13Al A = 27 13 p+ 14Si
28
A = 28 14 p+
Z = 13 14 n0 Z = 14 14 n0
13 e- 14 e-

2.2. Distribuição electrónica


Os diferentes níveis energéticos designam-se pelas letras K, L, M, N, O, P, Q ou as
diferentes camadas são designadas por números de 1 a 7.
O número máximo de electrões que cada camada pode conter até ao nível n é dada pela
equação:
onde: e- = 2n2
e- = número máximo de electrões
n = número da camada
39
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

Camada ou nível Teórico Prático


e- = 2n2 e- = 2n2
K=1 2 2
L=2 8 8
M=3 18 18
N=4 32 32
O=5 50 32
P=6 72 18
Q=7 98 2

A ultima camada de qualquer átomo contem no máximo 8 electrões, excepto os átomos


de irídio (Ir) e Paládio (Pd). Os electrões da ultima camada determinam as propriedades
químicas dos elementos.

2.3. Mecânica Quântica


A Mecânica Quântica surgiu como um melhoramento da teoria de Bohr. Bohr referiu-se à
órbita de um electrão, como sendo a trajectória bem definida que o electrão percorre,
enquanto gira em volta do núcleo.
Segundo a Mecânica Quântica, não é possível localizar num determinado ponto os
electrões que se movem a grande velocidade. Assim, na Mecânica Quântica fala-se em
orbital, como sendo a região do espaço onde é maior a probabilidade de encontrar um
electrão. A orbital tem o aspecto de uma nuvem electrónica.

2.3.1. Orbitais s, p, d, f
O electrão possui energia diferente dependendo da orbital em que se encontra. No modelo
de Bohr os níveis de energia foram indicados pelas letras K – Q ou pelo número n. Na
Mecânica Quântica fala-se em número n para indicar o nível de energia. Chama-se a este
número, número quântico principal.
Segundo o calculo da Mecânica Quântica, o nível de energia com número quântico
principal, n, possui n2 orbitais diferentes.

40
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

2.3.2. Orientações das orbitais


As diferentes orientações dependem da forma:
Tipo s – uma só orientação.
Tipo p – três orientações diferentes (px, py, pz)
Tipo d – cinco orientações diferentes
Tipo f – sete orientações diferentes.

2.3.3. Números quânticos


A individualização de qualquer electrão da electrosfera é feita a partir de quatro números
quânticos:
n – Número quântico principal
l – Número quântico azimutal ou secundário
ml – Número quântico magnético
ms – Número quântico de spin

2.3.3.1. Número quântico principal (n)


Significado: nível de energia ou camada que se encontra o electrão.
Valores: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7,...........................∞
Cada nível n teoricamente pode apresentar 2n2 electrões. A partir do nível n = 3, a
diferença de energia entre dois níveis consecutivos diminui; assim sendo, antes de
completar um nível de n menor ja existem electrões em níveis de n maior. Por esse
motivo, nos átomos reais, a partir de n = 5, os valores 2n2 não são encontrados.

2.3.3.2. Número quântico azimutal ou secundário (l)


Significado: subnível de energia do electrão. Os níveis n são divididos em sublimeis l.
Valores: 0, 1, 2, 3,................., n – 1 para cada valor de n.
A cada subnível está associada a ideia de um tipo de orbital, que descreveremos com
detalhes mais adiante.
Associando n e l, temos a divisão de níveis em sublimeis:

41
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

n l
1 0
2 0 1
3 0 1 2
4 0 1 2 3
5 0 1 2 3 4
6 0 1 2 3 4 5
7 0 1 2 3 4 5 6

A partir de n = 5 existem sublimeis que, nos átomos que conhecemos, não são usados.
Você se lembra: de n = 5 em diante 2n2 é teórico

2.3.3.3. Número quântico magnético (m ou ml)


Significado: indica o número de orbitais e suas orientações espaciais em cada subnível.
Valores: -l.......0........+l para cada valor de l.
Associando l e m temos as quantidades de orbitais de cada subnível e suas coordenadas
de espaço.

l m = { - l... 0 ... + l}
0...........................0..................................1 orbital
1......................-1 0 +1...........................3 orbitais
2.................-2 -1 0 +1 +2....................5 orbitais
3............-3 -2 -1 0 +1 +2 +3.............7 orbitais

2.3.3.4. Número quântico de spin (s ou ms)


Significado: sentido do movimento de rotação do electrão.
Valores: +½ e -½..

42
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

Vamos resumir:
Símbolo N.º quântico Significado Valores teóricos Valores reais
N principal nível de energia 1, 2, 3.............∞ 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7
L secundário subnível de energia 0............, n – 1 0, 1, 2, 3
M magnético orientação espacial do -l.......0........+l -l.......0........+l
orbital
S spin rotação do electrão +½ e -½. +½ e -½.

L Orbital Forma N.º de orbitais


0 s esférica 1
1 p duplo-ovóide 3
2 d indeterminada 5
3 f indeterminada 7

2.3.4. Distribuição dos electrões pelos vários subníveis de energia


A sequencia dos electrões dos vários subníveis é indicada pelo diagrama de Linus
Pauling.

A sequencia de preenchimento é: 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p6 6s2...
Energia aumenta

2.3.4.1. Distribuição electrónica


Os electrões são distribuídos a partir do subnível menos energético (1s) procurando-se
colocar o número máximo de electrões permitido em cada subnível, sendo que o ultimo
(o mais energético) pode ficar incompleto.

43
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

2.3.4.2. Regras de distribuição


1.º Construir o diagrama de Pauling.
2.º Verificar quantos electrões o sistema contém.
3.º Preencher a partir do subnível de menor energia.
4.º Nunca ultrapassar o número de electrões de um subnível.
5.º Uma vez preenchido um subnível, passar para o subnível de energia imediatamente
superior.

Exemplo: Hidrogénio Z = 1
Distribuição electrónica é: 1s1→ electrão

Nível Subnível

2.3.4.3. Principio da exclusão de Pauli


Em um mesmo átomo não podem existir dois electrões com o mesmo conjunto de
números quânticos.
De acordo com o princípio de exclusão de Pauli, em cada orbital encontram-se, no
máximo, dois electrões. Estes dois electrões encontram-se orientados em posições
opostas de forma que a energia total seja mínima. Isto é o que diz o princípio de energia
mínima.
Se cada orbital pode comportar dois electrões o número de electrões de cada subnível
será:

l Quantidade de orbitais Electrões por subnível Convenção a ser adoptada


0 1 orbital s 2 s2
1 3 orbitais p 6 p6
2 5 orbitais d 10 d10
3 7 orbitais f 14 f14

44
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

2.3.4.4. Regra de Hund: principio de máxima multiplicidade


No preenchimento de orbitais do mesmo subnível, primeiro ocupa-se orbitais vazias, ou
seja, cada electrão ocupa uma orbital e só depois é que começa o emparelhamento de
electrões em orbitais do mesmo subnível. Isto constitui a Regra de Hund.
No preenchimento dos orbitais de um mesmo subnível, faz-se em duas etapas:

1.º Colocar inicialmente 1 electrão em cada orbital. Neste caso, estes electrões deverão
apresentar spins iguais ou paralelos.
2.º Depois de cada orbital apresentar 1 electrão, iniciar o emparelhamento, isto é, colocar
o segundo electrão em cada orbital.
Exemplo: p4 ↑↓ ↑ ↑

A regra de Hund explica-se pelo facto de existir repulsão entre os electrões, fazendo com
que ocupem, se possível, orbitais vazias de um mesmo subnível. isto diminuirá a repulsão
entre eles.

2.3.4.5. Princípio da incerteza de Heisenberg


É impossível determinar, simultaneamente e com exactidão, a posição e a velocidade de
uma partícula (electrão) que gira em redor do núcleo. A posição e a velocidade são dados
imprescindíveis à determinação de uma trajectória.

45
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

II. EXERCÍCIOS
1. Qual das partículas abaixo representa um anião?

Partícula N.º de protões N.º de neutrões N.º de electrões


A 11 11 10
B 17 18 18
C 12 12 10
D 19 19 18

2. Assinale a afirmação correcta:


A. A passagem de um electrão do nível (camada) L para M o electrão consome
energia (processo endotérmico).
B. A passagem dum electrão do nível (camada) L para M o electrão cede energia
(processo exotérmico).
C. A passagem dum electrão do nível L para M acompanha-se da produção de fotões
(luz).
D. A passagem dum electrão de um nível para outro não há alteração do conteúdo
energético do electrão.

3. A emissão de raios α e β por elementos pesados (por exemplo o Urânio) é conhecido


como:
A. efeito fotoeléctrico
B. emissão térmica
C. radioactividade
D. radiação Rontgem

4. Das seguintes configurações electrónicas propostas para o átomo de enxofre (Z = 16),


qual delas corresponderá ao estado fundamental:
A. 1s2 2s2 2p6 3s2 3px1 3py1 3pz1 4s1
B. 1s2 2s2 2p6 3s2 3px2 3py1 3pz1 4s0
C. 1s2 2s2 2p6 3s2 3px2 3py2 3pz0 4s0

5. Responda às seguintes perguntas:


a) O elemento ítrio (Y) tem 50 neutrões no seu núcleo. O número de massa de ítrio é 89.
qual é o número atómico do elemento?

b) O ião do elemento com número atómico 13 tem 13 protões, 14 neutrões e 10 electrões.


Qual é a carga (a valência) do ião?

c) É sempre válido: um átomo (dum elemento) e o seu ião têm massas que são
praticamente iguais. Por exemplo: a massa de Na é igual à de Na+ explique porquê.
46
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

d) Um elemento com número atómico maior também tem quase sempre o número de
massa maior. Há umas excepções. Por exemplo: o potássio tem nº atómico maior do que
o argon (19 e 18 respectivamente). Em contrapartida, o nº de massa de potássio é menor
(K: 39; Ar: 40) explique esse facto.

6. Entre o núcleo dum átomo e os electrões destes átomos encontra-se:


A. Ar.
B. Hidrogénio.
C. Nada.
D. Gás.

7. Uma partícula tem 10 electrões, 13 neutrões e 13 protões. Qual é a massa desta


partícula:
A. 13 u.m.a. (unidade de massa atómica)
B. 23 u.m.a.
C. 26 u.m.a.
D. 36 u.m.a.
8. Qual das partículas na figura tem carga negativa:

10 e 10 e 10 e
9p 10p 11p
Onde: e - electrões
p – protões
Partícula I Partícula II Partícula III
A. Partícula I
B. Partícula II
C. Partícula III
D. Partícula I e III

9. Dada a seguinte informação sobre átomos X e Y:


X apresenta k protões e (z + 1) neutrões.
Y apresenta (k– 1) protões e (z + 1) neutrões.
Com base na informação pode-se dizer que os átomos são:
A. de elementos diferentes com massas diferentes;
B. de um mesmo elemento com massas diferentes;
C. de elementos diferentes com massas iguais;
D. de um mesmo elemento com massas iguais.

47
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

10. São dados duas partículas neutras, representadas por X e Y, com os respectivos
números atómicos e de massa:
200 b
X Y
80 a

Sabendo-se que:
- X e Y apresentam o mesmo número de massa.
- Y tem um neutrão a menos do que X.
Os valores de a e de b que satisfazem a afirmação acima são, respectivamente:
A. 80 e 200
B. 81 e 200
C. 80 e 199
D. 81 e 199
11. Dada a seguinte informação sobre os átomos X e Y:
X e Y apresentam o mesmo número de massa.
X tem um neutrão a mais que Y
Com base na informação pode-se dizer que estes átomos são:
A. De um mesmo elemento com massas iguais.
B. De um mesmo elemento com massas diferentes.
C. De elementos diferentes com massas diferentes.
D. De elementos diferentes com massas iguais.
12. Dada a partícula neutra X e Y com os respectivos números atómicos e de massa:
40 40
X Y
19 20

Com base na informação acima podemos considerar as seguintes afirmações:


X apresenta m protões e Y apresenta (m + 1) protões.
X apresenta n neutrõe e Y apresenta (n - 1) neutrões.
X apresenta (m +1) protões e Y apresenta x protões.
X apresenta n neutrões e Y apresenta n neutrões.
As certas são:
A. a e b
B. c e d
C. só a
D. todas
13. Cada fila na tabela abaixo mostra o número de neutrões (n), protões (p) e electrões (e)
em duas partículas:
Primeira partícula Segunda partícula
A. 10 n 9p 9e 10 n 10 p 10 e
B. 12 n 10 p 10 e 10 n 10 p 10 e
C. 12 n 11 p 11 e 12 n 11 p 10 e
D. 10 n 9p 9e 9n 9 p 10 e
Que fila (a, b, c ou d) contém um átomo Z e seu ião positivo Z+?
48
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

14. A reacção abaixo indica a formação de um elemento novo (a) quando o isótopo de
Einstênio (99Es253) é bombardeado com partículas 2He4:
253 4
99Es + 2He → a + 2n.
Qual é o conjunto que reflecte os números atómicos e de massa do elemento novo (a)
A. 99a253
B. 101a255
C. 100a255
D. 101a257
15. Dos elementos que participam nas reacções nucleares sucessivas:
238
92E1 → E2 + α
E2 → E3 + β
E3 → E4 + β
A. E1 e E2 são isótopos e E2; E3; E4 são isóbaros.
B. E1 e E3 são isótopos e E2; E3; E4 são isóbaros.
C. E1 e E4 são isótopos e E2; E3; E4 são isóbaros.
D. E1 e E4 são isótopos e E1; E2; E3 são isóbaros.

16. A associação correcta modelo/cientista é:


A. I/Rutherford; II/Dalton; III/Bohr
B. I/Bohr; II/Dalton; III/Rutherford
C. I/Dalton; II/Rutherford; III/Bohr
D. I/Rutherford; II/Bohr; III/Dalton

17. Entre as alternativas abaixo, a correcta é:


A. dois átomos com o mesmo número de neutrões pertencem ao mesmo elemento
químico
B. dois átomos com o mesmo número de electrões de valência pertencem ao mesmo
elemento químico
C. dois átomos com o mesmo número de protões pertencem ao mesmo elemento
químico
D. dois átomos com o mesmo número de massa são isótopos.

40 40
18. O isótopo de K transforma-se no isótopo de Ca.
19 20

Qual é tipo de desintegração radioactiva que se dá:


A. desintegração α
-
B. desintegração β
+
C. desintegração β
D. captura electrónica

49
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

19. São dados três átomos genéricos A, B, e C. O átomo A tem número atómico 70 e
número de massa 160. O átomo C tem 94 neutrões, sendo isótopo de A. O átomo B é
isóbaro de C e isótono de A. O número de electrões do átomo B é:
A. 160.
B. 70.
C. 74.
D. 164.
20. Sejam dados os elementos 35 X80 ; aYb ; cZ d . Se considerar-se que o átomo Z tem 47
neutrões, é isótopo de X e isóbaro de Y e que o átomo Y é isótono de X; então o átomo Y
deve ter:
A. 37 protões.
B. 82 protões.
C. 35 protões.
D. 47 protões.
21. Quando um elemento emite uma partícula “α” e em seguida duas partículas “β”, os
elementos primitivo e final:
A. Têm o mesmo número de massa
B. São isótopos radioactivos
C. Possuem números atómicos diferentes
D. Têm a mesma massa atómica.
22. Os números de protões, neutrões e electrões da espécie X2+, sabendo que X é isótopo
da espécie 82Y210 e isótono da espécie 84Z214 são, respectivamente, iguais a:
A. 84, 214 e 84
B. 80, 214 e 82
C. 82, 128 e 80
D. 82, 130 e 80
23. Dados os seguintes átomos hipotéticos 90X233; aYb e cZd. Sabendo que o átomo Z tem
144 neutrões, é isótopo de X e isóbaro de Y e que o átomo Y é isótono de X; então o
átomo Y deve ter:
A. 90 protões
B. 91 protões
C. 143 protões
D. 142 protões

24. São dados três átomos genéricos “A”, “B” e “C”. O átomo “A” tem número atómico
70 e número de massa 160. O átomo “C” tem 94 neutrões, sendo isótopo de “A”. O
átomo “B” é isóbaro de “C” e isótono de “A”. O número de electrões do átomo “B” é:
A. 160
B. 70
C. 74
D. 78
25. Assinale a alternativa que não é correcta:
A. o no máximo de electrões em cada orbital é dois.
B. no nível quântico principal quatro, há 16 orbitais.
C. no subnível 5f, há 7 orbitais.
D. 5, 1, 0,-1/2 são os quatro números quânticos de electrões de maior energia de um
átomo de elemento que pertence ao grupo IA da tabela periódica.
50
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

III. TABELA PERIÓDICA


Em virtude da sua indiscutível utilidade, a classificação periódica dos elementos constitui
um dos excepcionais acontecimentos da historia da Química.
Observa-se que certas propriedades de alguns elementos eram análogas às de outros, daí a
tentativa de ordená-los de modo a facilitar o seu estudo.

2.4. Resumo histórico


2.4.1. A Tríades de Döbereiner
A primeira tentativa de classificação deve-se ao alemão Johann Wolfgang Döbereiner,
em 1829. Döbereiner observou que em grupos de três elementos com propriedades
químicas muito semelhantes, o peso atómico do elemento médio era aproximadamente
igual à média aritmética dos pesos atómicos dos elementos externos:
CL: PA=35.5 Ca: PA=40.0 S:PA=32.0
Br: PA=80.0 Media= 81.2 Sr; PA = 87.6 Media = 88.6 Se: PA = 79.0 Media = 79.8
I: PA = 127.0 Ba: PA = 137.3 Te: PA = 127.6

2.4.2. O Parafuso Telúrico de Chancourtois


Em 1862, o geólogo francês A. E. Beguyer de Chancourtois tentou uma classificação dos
elementos mais elaborada, baseada no peso atómico do oxigénio, já estabelecido na época
como 16. Para tanto, tomou um cilindro, dividindo-o em 16 segmentos iguais. Traçou
uma hélice na superfície do cilindro, de modo que formasse um ângulo de 45° com o seu
eixo. Sobre ela dispôs os elementos em ordem crescente de pesos atómicos, que foram
tomados como ordenadas sobre várias geratrizes. A hélice atravessava as geratrizes a
distâncias cujos valores eram múltiplos de 16 e, os elementos onde os pesos atómicos
diferiam em 16 unidades, caíam na mesma geratriz. O grupo de elementos de cada
geratriz possuía propriedades químicas semelhantes.

51
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

2.4.3. A Lei das Oitavas de Newlands


Nova tentativa foi proposta em 1864 pelo inglês John Alexander Reina Newlands.
Newlands ordenou os elementos em colunas e em ordem crescente de pesos atómicos.
Formada a primeira coluna com sete elementos, o oitavo apresentava propriedades físicas
e químicas semelhantes ao primeiro. Por isso, começava-se uma nova coluna. Como a
cada oito elementos repetiam-se as semelhanças físicas e químicas, Newlands iniciava
colunas a cada oito elementos.
Classificação de Newlands: nas linhas horizontais estão os elementos com propriedades
químicas semelhantes.
Como tivesse educação musical, Newlands chamou à regularidade observada de lei das
oitavas, estabelecendo analogia com o que ocorre na escala musical.

2.4.4. A Classificação de Mendeleev e a de Lothar Meyer


A base das modernas classificações periódicas surgiu em 1869, com dois trabalhos
independentes, mas bastante semelhantes, desenvolvidos pelo russo Dimitri Ivanovich
Mendeleev e pelo alemão Lothar Meyer.
Ambos dispuseram os elementos em colunas (verticais), em ordem crescente de pesos
atómicos, de modo que os elementos situados em uma mesma horizontal apresentassem
propriedades semelhantes. Quando necessário, deixaram espaços vazios, de tal forma que
as linhas só contivessem elementos de propriedades químicas semelhantes.
Embora o critério de construção das duas tabelas fosse o mesmo (ordem crescente dos
pesos atómicos), Meyer baseou-se principalmente nas propriedades físicas dos elementos,
e Mendeleev, nas propriedades químicas.
Em que pese o mérito de Lothar Meyer, o trabalho desenvolvido por Mendeleev acabou
impressionando muito mais não só pela divulgação anterior, mas principalmente pela
segurança e coragem do genial cientista russo. Além disso, Mendeleev consegui prever o
surgimento de novos elementos.
52
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

2.4.5. A Classificação de Mendeleev


Por volta de 1969, Mendeleev colocou a existência de alguns elementos por ordem
crescente das suas massas atómicas e verificou que existia uma periodicidade nas
propriedades dos elementos e enunciou a Lei Periódica:
“As propriedades dos elementos são uma função periódica dos seus pesos atómicos”.

2.4.6. Moseley: 1913


Lançou o conceito de numero atómico e a tabela de Mendeleev foi reorganizada. os
elementos foram dispostos por ordem crescente de número atómico e chegou-se então, à
tabela actual.

2.5. Características da Tabela


2.5.1. Divisão em períodos

Período: linha da tabela periódica


Nos períodos ou séries encontramos os elementos em ordem crescente dos números
atómicos. Elementos de um mesmo período apresentam o mesmo número de camadas
electrónicas.
O número quântico principal (n) da ultima camada ou nível de um elemento indica o
período em que ele se encontra na tabela.

53
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

2.5.2. Divisão em famílias

Família: coluna da tabela periódica


Em família ou grupo, encontramos elementos com propriedades químicas semelhantes.
A: famílias dos elementos representativos; apresentam o electrão de diferenciação no
ultimo nível, em orbital s ou p.
B: famílias dos elementos de transição (ou transição externa); apresentam o electrão de
diferenciação no penúltimo nível, em orbital d.

As duas series abaixo da tabela, que completam os períodos 6 e 7, são denominados


elementos de transição interna, e apresentam o electrão de diferenciação no
antepenúltimo nível, em orbital f.
Do elemento lantânio (Z = 57) ao elemento lutécio (Z = 71): série dos Lantanídeos.
Do elemento actínio (Z = 89) ao elemento laurêncio (Z = 103): série dos Actinídeos.

Normalmente os elementos que se encontram no mesmo grupo (família) possuem


propriedades semelhantes. Exemplo de famílias de elementos:
Grupo IA (Família dos Metais Alcalinos): Li, Na, K, Rh, Cs, Fr.
Grupo IIA (Família dos Metais Alcalinos-terrosos): Be, Mg, Ca, Sr, Ba, Ra.
Grupo IIIA ( Família do Boro): B, Al, Ga, In, Tl.
Grupo IVA (Família do Carbono): C, Si, Ge, Sn, Pb.
54
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

Grupo VA (Família do Nitrogénio): N, P, As, Sb, Bi.


Grupo VIA (Família dos Chalcogénios): O, S, Se, Te, Po.
Grupo VIIA (Família dos Halogéneos): F, Cl, Br, I, At.
Grupo VIIIA (Família dos Gases Nobres): He, Ne, Ar, Kr, Xe, Rn.

2.6. Distribuição electrónica e posição no quadro periódico


O nº de electrões da última camada indica o grupo.
O nº de camadas (níveis) de energia indica o período.
Exemplos:

Para elementos de transição soma-se os electrões do último subnível preenchido com os


do nmax.
Nota: Se: 8 < soma < 10 grupo VIII B
soma = 11 grupo I B
soma = 12 grupo II B
Exemplo:

55
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

2.7. Propriedades dos Metais


Sólidos com ponto de fusão e ebulição elevados.
Possuem uma cor metálica, esbranquiçada (Cu), (Ag), amarelada (Au), avermelhada
(Cu), acinzentada (Fe). O brilho metálico é visível quando polido.
Bons condutores de calor e electricidade.
Podem ser soldados (ligados por soldadura).
Podem ser fundidos e misturados formando ligas metálicas.
São maleáveis (podem ser dobrados).
Não são solúveis em água, apenas alguns reagem com água.

Fe + C aço (pouco carbono). Aço + 20% Cr ou Ni aço iNox


Pb + Sn solda (erradamente designada como estanho)
Fe + Sn folha de flandres (lata de cerveja)
Ag, Au, Pt metais preciosos (nobres)
Cu, Hg metais semi-preciosos
Cu + Zn latão (torneiras douradas)
Fe + Zn ferro galvanizado (erradamente conhecido como zinco para construção)
Ti e Al r produção de aviões

2.8. Propriedades periódicas


As propriedades se dividem em aperiódicas e periódicas

2.8.1. Propriedades aperiódicas


Não estão em função da posição do elemento na tabela; seus valores aumentam ou
diminuem em função do número atómico crescente. Como exemplo, podemos citar:
Massa atómica: aumenta com o número atómico
Calor específico: diminui com o aumento do número atómico

56
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

2.8.2. Propriedades periódicas


Estão em função da posição do elemento na tabela. Seus valores variam ao longo de cada
período, assumindo valores máximos e mínimos.
É importante o estudo dessas propriedades, pois elas constituem a própria essência da
tabela periódica. Vamos analisar as seguintes propriedades periódicas:

2.8.2.1. Raios atómicos e iónico


Em qualquer Grupo da Tabela Periódica, os raios crescem com o aumento do numero
atómico, isto deve-se às variações que sofrem as estrutures electrónicas dos átomos
quando se passa dum elemento para o outro, no mesmo grupo: os electrões de valência
ocupam orbitais do mesmo tipo mas em níveis de energia crescente, então encontram-se a
distancias do núcleo cada vez maiores, logo aumenta de cima para baixo num grupo.
Ao longo de um mesmo Período, os raios diminuem à medida que cresce o numero
atómico. A carda nuclear cresce ao longo de todo o período enquanto o nível de energia
dos electrões de valência é sempre o mesmo; a carga nuclear crescente faz com que a
nuvem electrónica se apresente menos expandida, logo aumenta da direita para a
esquerda.
Sempre que um átomo perder electrões (tornando-se um ião positivo), o raio diminui.
Sempre que um átomo ganhar electrões (tornando-se um ião negativo), o raio aumenta

2.8.2.2. Electronegatividade ou carácter não-metálico


A electronegatividade é a capacidade que os átomos têm de atrair electrões para si numa
ligação química. O elemento mais electronegativo é aquele que atrai mais os electrões.
Esta é a capacidade que possuem certos átomos de receber electrões transformando-se em
aniões. A electronegatividade é tanto mais acentuada quanto maior for o número de
electrões na camada de valência e quanto menor for o tamanho do átomo.
57
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

Esta capacidade aumenta:


do canto inferior esquerdo para o canto superior direito;
nos Grupos: de baixo para cima;
nos Períodos: da esquerda para a direita.
Nota: Não é definida para os gases nobres.

F2 > O2 > N2 = Cl2 > Br2

2.8.2.3. Energia de Ionização


Energia de ionização é a energia necessária para remover electrões de uma partícula
qualquer (metal ou ametal)
1ª Energia de Ionização – é a energia necessária para remover o 1º electrão de um átomo
neutro, isolado no estado gasoso.
2ª Energia de Ionização – é a energia necessária para remover o 2º electrão, ou seja,
energia necessária para remover electrão de um ião X+, isolado no estado gasoso.
À medida que retiramos electrões de um átomo, aumenta a influencia da carga positiva
sobre os electrões remanescentes, sendo necessário mais energia para arrancar outros
electrões. Assim sendo, a 2ª Energia de Ionização será maior que a primeira e assim
sucessivamente
Esta capacidade aumenta:
nos Grupos: de baixo para cima;
nos Períodos: da esquerda para a direita.

58
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

2.8.2.4. Carácter Metálico (e Carácter Ametálico)


O carácter metálico é a tendência que um metal tem de ceder electrões para formar ião
positivo (electropositividade).
Na tabela periódica, observamos que o carácter metálico cresce:
Nas Famílias, de cima para baixo;
Nos Períodos, da direita para esquerda;
Ora vejamos:

É mais coerente falar em carácter metálico nos metais e carácter ametálico para os
ametais.

2.8.2.5. Pontos de fusão e de ebulição


Os elementos de p.f. e p.e. mais baixos encontram-se nas extremidades da Tabela
Periódica nos gases nobres, halogéneos, metais alcalinos e os p.f. e p.e. mais elevados
encontram-se no centro.
Estes aumentam:
das extremidades para o centro em cada Período;
de cima para baixo nos Grupos ou Famílias da direita (os demais grupos);
de baixo para cima nos Grupos ou Famílias da esquerda ( IA e IIA Grupos
respectivamente).

59
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

2.8.2.6. Densidade
É determinada em função de 1 mol de átomos, isto é, a quantidade de 6,02*1023 átomos
da substância simples.
A densidade dos elementos aumenta das extremidades para o centro nos Períodos e de
cima para baixo nos Grupos.
Assim, o metal mais leve é o lítio e os mais pesados são o ósmio, irídio e platina, sendo o
ósmio o mais denso.

2.8.2.7. Volume Atómico


É o volume ocupado por um mol de átomos. É definido em função da densidade e não
corresponde ao volume do átomo.
Na tabela periódica, observamos que o volume atómico cresce:
Nas Famílias, de cima para baixo
Nos Períodos, do centro para as laterais.

60
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

III. EXERCÍCIOS
1. Quais os elementos com configuração electrónica dada (só electrões valentes) são
metais?
I 4s1
II 3d5 4s2
III 4s2 4p5
IV 4s2 4p6
A. I e II
B. I, II e III
C. III e IV
D. Todos

2. Em que átomo preenche-se o subnível electrónico p:


A. Ba
B. Ti
C. Fe
D. Po

3. Considere a seguinte informação sobre os elementos químicos E, F e G (as letras não


correspondem aos verdadeiros símbolos).
E: Z=5
F: Z = 6 raio atómico = 0,77.10 –10 electronegatividade = 2,50
G: Z=7
A. raio atómico de E > 0,77.10 –10 m e electronegatividade > 2,50
B. raio atómico de E > 0,77.10 –10 m e electronegatividade < 2,50
C. raio atómico de E < 0,77.10 –10 m e electronegatividade < 2,50
D. raio atómico de E > 0,77.10 –10 m e electronegatividade = 2,50

4. O quadro abaixo representa a tabela periódica dos elementos. As letras não


correspondem aos verdadeiros símbolos.

61
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

Pela localização na tabela acima podemos afirmar que a ordem crescente do tamanho dos
átomos é:
A. C, D, A, B
B. B, A, D, C
C. A, B, D, C
D. C, D, B, A

5. O alumínio está no grupo III do quadro periódico e o enxofre no grupo VI. Qual é a
fórmula do sulfureto de alumínio?
A. Al2S3
B. Al6S3
C. Al3S
D. AlS

6. Dados três elementos do 3º período da tabela periódica: X (grupo II A); Y (grupo V A)


e Z (grupo VII A). As letras (X, Y e Z) não correspondem com os símbolos reais. Os
compostos entre X e Y, entre X e Z e entre Y e Z podem ser caracterizados por:

Fórmula Ligação
De X e Y De X e Z De Y e Entre X e Y Entre X e Z Entre Y e Z
Z
D) X 3Y 2 XZ2 YZ3 iónica iónica atómica
C) X 2Y 3 X 2Z Y 3Z iónica iónica atómica
B) X 3Y 2 XZ2 YZ3 atómica atómica atómica
A) X 3Y 2 XZ2 YZ3 atómica atómica iónica

62
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

7. O alumínio está no grupo III do quadro periódico. Qual é a fórmula do fosfato de


alumínio?
A. AlPO4
B. Al(PO4)3
C. Al3PO4
D. AlPO3

8. Na tabela periódica, Rubídio está abaixo de potássio no grupo I e o iodo está debaixo
do bromo no grupo VII. Qual dos seguintes pares de elementos reage mais vigorosamente
sob mesmas condições:
A. potássio e bromo
B. potássio e iodo
C. rubídio e bromo
D. rubídio e iodo

9. O quadro abaixo representa a porção superior da tabela periódica dos elementos. As


letras não correspondem aos verdadeiros símbolos.

Pela localização da tabela acima, podemos afirmar que:


A. a electronegatividade de D é menor do que a de E
B. D e A são, respectivamente, metal e não-metal
C. E e J apresentam três camadas de electrões
D. A energia de ionização de D é maior do que a de E.

10. A substância formada pelos elementos A e B, de número atómico 12 e 17,


respectivamente, tem a fórmula:
A. A3B2
B. A2B3
C. AB2
D. A2B
63
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

11. O quadro abaixo representa o segundo período da tabela periódica dos elementos.

GRUPOS

Período I II III IV V VI VII VIII

2 Li Be B C N O F Ne

Pela localização na tabela acima podemos considerar as seguintes afirmações:


1) O nitrogénio é o elemento menos metálico que o carbono.
2) O composto oxihidrogenado do berílio apresenta características básicas.
3) O oxigénio tem mais de cinco mas menos de sete electrões na última camada de
electrões.
4) O raio atómico do flúor é menor do que o raio atómico do lítio.
As certas são:
A. 2 e 3
B. 1, 2 e 4
C. 1, 3, e4
D. todas

12. Qual é a fórmula correcta do cloreto de alumínio e do fosfato de bário:


Cloreto de Alumínio Fosfato de Bário
A) AlCl3 Ba2(PO4)3
B) AlCl Ba3(PO4)2
C) AlCl Ba2(PO4)3
D) AlCl3 Ba3(PO4)2

13. O símbolo do elemento índio é In. Está no grupo III do quadro periódico. Qual é a
fórmula de cloreto de índio:
A. In3Cl
B. In3Cl3
C. In2Cl3
D. InCl3
64
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

14. Se dois gases têm a mesma massa molecular, qual das seguintes afirmações será
verdadeira:
A. Eles têm a mesma solubilidade em água.
B. Eles têm o mesmo ponto de fusão.
C. Eles têm o mesmo número de átomos em uma molécula
D. Nem A, nem B, em C

15. É dada a configuração electrónica de quatro elementos diferentes. Qual deles é um


elemento de grupo VI?
Elemento Configuração electrónica
A. A 1 s2 2 s2 2p2
B. B 1 s2 2 s2 2p6
C. C 1 s2 2 s2 2p6 3s2 3p4
D. D 1 s2 2 s2 2p6 3s2 3p6 4s2

16. Dois elementos X e Y formam um composto XY2. As configurações electrónicas


possíveis dos elementos X e Y são:
A. 1s2 2s2 2p6 3s1 1s2 2s2 2p6 3s2 3p5
B. 1s2 2s2 2p5 1s2 2s2 2p6 3s2
C. 1s2 2s2 1s2 2s2 2p6 3s2 3p5
D. 1s2 2s2 2p6 3s2 3p1 1s2 2s2 2p6 3s1
17. Sob condições normais, um kg de vapor de água tem um volume muito maior do que
um kg de água líquida. Este aspecto pode ser explicado com base no facto de :
A. O vapor de água ter uma temperatura mais alta do que a água líquida.
B. Durante o processo de evaporação as moléculas de água expandirem-se.
C. A distância entre as moléculas no vapor de água, ser muito maior.
D. A velocidade média das moléculas no vapor ser muito maior do que no líquido.

18. O número de electrões de catião X2+ de um elemento é igual ao número de electrões


de um átomo neutro em um gás raro. Este gás raro tem Z = 10 e A = 20.
Qual é o número atómico de X?

19. Um elemento químico A tem a seguinte configuração electrónica:


1s2 2s2 2p6 3s2 3p5
65
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

Qual dos elementos representados a seguir, através da sua configuração electrónica,


forma com o composto A:
X = 1s2 2s2 2p6 3s2 3p5
Y = 1s2 2s2 2p6 3s1
Z = 1s2 2s2 2p6
a) Um composto iónico?
b) Um composto covalente?

20. O quadro periódico tem uma forma específica, não é um rectângulo simples. Esta
forma específica, está em relação com a teoria atómica.

Sabe-se que os electrões se encontram em camadas separadas em redor do núcleo do


átomo. A primeira camada pode conter no máximo 2 electrões, a segunda 8, a terceira 18
etc. Uma fila horizontal de átomos no quadro periódico chama-se período. Da esquerda
para direita num período as camadas vão-se enchendo com electrões.
a) O primeiro período do quadro periódico consta com 2 elementos, o segundo de 8.
Explique.

b) Segundo a teoria acima apresentada, o terceiro período deveria constar de 18


elementos em vez de 8. como se explica essa anomalia?

66
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

c) Uma fila vertical de elementos no quadro periódico chama-se grupo. Elementos do


mesmo grupo têm, geralmente, propriedades semelhantes. No entanto o elemento 1 e os
demais elementos no primeiro grupo têm propriedades muitos diferentes. Mencione pelo
menos uma diferença

d) o quadro periódico também serve para deduzir valência dos elementos do grupo
(principais):
grupo I: valência 1 (positiva)
grupo II: valência 2 (positiva), etc.
No entanto, a valência dos elementos no grupo VI não é 6 (positiva) mas 2 (negativa).
Explique porquê.

21. Assinale a afirmação correcta:


A. O carácter metálico aumenta de esquerda para direita na tabela periódica.
B. Os elementos mais electronegativos encontram-se no 1º grupo da tabela
periódica.
C. Os não matais tendem a ganhar ou compartilhar electrões para atingir o número
de electrões de valência.
D. Nenhuma das afirmações está correcta.

22. Assinale a afirmação certa.


A energia de ionização é:
A. A energia que dissolve quando um átomo isolado recebe um electrão.
B. A energia que é aplicado no processo de ionização duma partícula neutra.
C. A energia necessária para arrancar um electrão de um átomo.
D. A energia necessária para libertar os iões duma rede iónica.
67
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

23. Um determinado sal apresenta a seguinte fórmula química: X(YO2)2


Y é um não metal. Os iões deste sal são:
A. X+ e Y2O2 -
B. X2+ e YO2 -
C. X2+ e YO22 -
D. X+ e YO2 -

24. Tendo os elementos Li, Mg, C, N, S, Ca, K, Br, Cl os que apresentam carácter
metálico são:
A. Li, Mg, C, K, Ca
B. Mg, Ca, K, Li
C. Li, Ca, C, S, K, N, Br
D. Cl, C, S, N

25. Assinale a afirmação correcta:


Chama-se electrão de valência:
A. Os electrões que um elemento tem só para compartilhar com outros elementos
B. Os electrões que os elementos cede a outros elementos.
C. Os electrões que satisfazem a regra de octeto.
D. Os electrões da última camada do átomo.

26. O elemento X apresenta a seguinte distribuição electrónica:


1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2
Pode-se concluir que trata-se de um:
A. não metal
B. metal
C. elemento de transição
D. halogénio

68
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

27. São feitas as afirmações seguintes, com referência ao elemento flúor:


I - O flúor é um halogénio
II - O flúor localiza-se no segundo período da tabela periódica
III - O flúor é menos electronegativo do que o cloro
IV - O flúor tem propriedades similares às do cloro
São correctas as afirmações:
A. I, II e III
B. II, III e IV
C. I, II e IV
D. I, III e IV

122 +3
28. (51X ) é uma partícula cuja configuração electrónica apresenta na última camada:
2
A. 5s .
2 3
B. 5s ; 4d .
2 6
C. 5s ; 4d .
2 1
D. 5s ; 6s .

29. A estrutura da camada electrónica de valência do ião E3+ do átomo dum elemento E,
com carga nuclear 26 é:
A. 4s24p3
B. 3d34s2
C. 3d5
D. 3d7.

30. Os elementos que possuem na última camada: 1) 4s2; 2) 3d23p5; 3) 5s25p6; 4) 2s1
classificam-se dentro dos grupos da tabela periódica como:
A. alcalino, alcalino-terroso, gás nobre e halogénio
B. alcalino, halogénio, alcalino-terroso e gás nobre
C. alcalino-terroso, halogénio, gás nobre e alcalino
D. alcalino-terroso, gás nobre, halogénio e alca

69
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

IV.LIGAÇÃO QUÍMICA
Muito poucos elementos na natureza se encontram como átomos isolados (livres).
Os átomos associam-se entre si ou com átomos de outros elementos. Assim, moléculas
dos elementos como H2, O2, N2 e halogéneos existem como associações de dois átomos
(elementos diatómicos). O carbono encontra-se na forma de grafite ou diamante; existe
fósforo vermelho, como branco; a molécula de H2O é o resultado da ligação entre átomos
de oxigénio e hidrogénio.

A ligação química é a união estabelecida entre átomos para formarem as moléculas que
constituem a estrutura básica duma substância ou composto. (Ligação = foca =
interacção)

Na formação de uma ligação química há sempre libertação de uma certa quantidade de


energia (energia de ligação). Todos os elementos químicos tendem a ganhar, perder ou
compartilhar os electrões para atingir a configuração electrónica do gás nobre mais
próximo, isto é, 8 electrões na ultima camada, exceptuando o hidrogénio que se estabiliza
com 2 electrões.

Exemplo:
Na molécula de H2, cada átomo tem um electrão na sua órbita 1s, com electrões que
correspondem à configuração electrónica do gás nobre mais próximo o Hélio (1s2).

2.9. Estrutura de Lewis


A representação dos pares de electrões com tracinhos – foi proposto pelo Prof. Lewis
(1875-1946) e em sua homenagem chama-se Estrutura de Lewis. Um tracinho entre dois
átomos representa um par de electrões compartilhados, que ao mesmo tempo pertencem
aos dois átomos. A estrutura de Lewis da molécula de H2 então é H-H ou H· ·H. O par de
electrões compartilhados é responsável pela ligação entre dois átomos.

70
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

2.9.1. Determinação da estrutura de Lewis


(Somente para substâncias covalentes)
1.° Passo: Determinar o número de electrões existentes na partícula.
Para tal deve conhecer-se o número de electrões da ultima camada de cada átomo
componente da substância.
2.° Passo: Determinar o número de electrões necessário para cada se tornar estável.
O H precisa de 2 e- para ser estável.
Os outros átomos precisam de 8 e-.
3.° Passo: Determinar o número de electrões compartilhados.
4.° Passo: Determinar o número de electrões não-compartilhados.

1.° Passo — 3.° Passo


( Electrões necessários – Electrões existentes)
Exemplos:
NH3
1.° Passo 1 · 5 e- + 3 · 1 e- = 8 e- ( 4 pares)
2.° Passo 1 · 8 e- + 3 · 2 e- = 14 e- ( 7 pares)
3.° Passo 14 e- - 8 e- = 6 e- ( 3 pares)
4.° Passo 8 e- - 6 e- = 2 e- ( 1 par)
H N H
H

H 2O
1.° Passo 2 · 1 e- + 1 · 6 e- = 8 e- ( 4 pares)
2.° Passo 2 · 2 e- + 1 · 8 e- = 12 e- ( 7 pares)
3.° Passo 12 e- - 8 e- = 4 e- ( 2 pares)
4.° Passo 8 e- - 4 e- = 4 e- ( 2 pares)

H O H

2.9.2. Teoria ou regra de octeto


Esta regra afirma que os átomos ganham, perdem ou compartilham electrões, tal forma
que a sua camada de valência fique sempre com oito (8) electrões. Esta teoria surgiu
devido ao facto de os gases nobres, em condições normais, não se ligarem a nenhum

71
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

átomo. Esta aplica-se essencialmente à maioria dos elementos representativos (família


A). Actualmente conhecem-se muitas excepções a esta regra.
Excepções
a) Se átomos com menos de 4 electrões de valência formarem ligações covalentes, não
terão um octeto de electrões.
Vejamos a formação de um composto com valência, o trifluoreto de boro:
2B + 3F3 2BF3
Neste composto o B só tem 5 electrões.
Na formação do cloreto de berílio teremos:
Be + Cl2 BeCl2
Neste composto o Be só tem 4 electrões.

b) Também alguns não apresentam 8 electrões na ultima camada de valência. Vejamos as


suas configurações, começando pelo átomo neutro.
26Fe { 1s 2 2s 2 2p 6 3s 2 3p 6 4s 2 3d 6

Retirando os últimos electrões teremos Fe 2 +


Fe 2 + { 1s 2 2s 2 2p 6 3s 2 3p 6 3d 6

Veremos que este ião tem 14 electrões na ultima camada.


Retirando 3 electrões teremos Fe 3+
Fe 3+ { 1s 2 2s 2 2p 6 3s 2 3p 6 3d 5
3+
O ião Fe também não segue a regra de octeto porque tem 13 electrões na ultima
camada.

Nota: Os elementos mais electronegativos da tabela (F e O), podem captar os e- dos gases
nobres formando compostos:
PtF6 - hexafluoreto de platina
XePtF6 - fluoroptlatinato de xénon
XeF2 - difluoreto de xénon
KrF4 - tetrafluoreto de crípton
XeOF4 - oxitetrafluoreto de xénon
H2XeO4 - ácido xénico
Na4XeO6 - perxenato de sódio
Xe2O3 - trióxido de xénon
72
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

Trata-se de partilha forçada de electrões, não é tendência à estabilidade, pois, em muitos


destes compostos, o átomo central “viola” a regra de octeto.

2.10. TIPOS DE LIGAÇÃO QUÍMICA

- Força de Van der Waals (Ex: H2, I2, CO2...)


Intermoleculares - Interacção dipolo-dipolo (Ex: HCl, HF, CO, …)
- Pontes de hidrogénio (Ex: NH3, H2O, R-NH2...)

Ligações
-Pontes de hidrogénio (Ex: CH3COOH)
- Covalente apolar (Ex: I2)
- Covalente polar (Ex: HCl)
Intermoleculares - Covalente coordenada ou dativa (Ex: NH4+)
- Rede metálica (metais)
- Rede iónica (sais, bases, óxidos metálicos)

Ligação Intramolecular: Ocorre entre átomos da mesma molécula.


Ligação Intermolecular: Ocorre entre átomos de moléculas diferentes.

As ligações Intermoleculares (metálica, iónica ou covalentes) são mais fortes do que as


ligações Intermoleculares (força de Van der Waals, interacção dipolo-dipolo e pontes de
hidrogénio).
Quando há fusão ou evaporação duma substância quebram-se ou alargam-se as ligações
Intermoleculares. As ligações Intramoleculares só se quebram quando ocorre uma
reacção química.
Em relação à rede metálica e à rede iónica não se pode afirmar categoricamente qual
delas é a mais forte. Ambas são fortes depende de caso a caso. Exemplo:
Pf do Fe --- 1500 ºC ; Pf do Pb ~ 300 ºC ; Pf de NaCl ~ 900ºC

73
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

2.10.1. Ligações Intramoleculares


2.10.1.1. Ligação covalente ou molecular
Este tipo de ligação caracteriza-se pela diferença de electronegatividade, que é pequena,
entre os átomos ligantes e pelo compartilhamento de um ou mais pares de electrões,
durante a interacção entre não-metais.

2.10.1.1.1. Ligação covalente Apolar (Pura)


Nesta ligação, o par de electrões distribui-se simetricamente entre os dois átomos. Ocorre
entre átomos de não-metais do mesmo tipo.
Exemplo: H2, todas as moléculas diatómicas, assim como todas as moléculas que formam
substâncias simples.

Nota: Dependendo da geometria da molécula, mesmo a ligação de átomos diferentes


pode ser apolar.
Exemplos: CH4, BeH2.

2.10.1.1.2. Ligação covalente polar


Nesta ligação, o par de electrões compartilhados desloca-se parcialmente para o elemento
mais electronegativo, formando uma carga parcial positiva no deslocamento menos
electronegativo.
Ocorre entre átomos de não-metais diferentes.
Exemplo: δ+H - Cl δ

2.10.1.1.3. Ligação covalente coordenada ou dativa


Até agora vimos que para a formação da ligação covalente, cada átomo interveniente
contribui com um dos electrões da ligação.
Casos há, porém, onde esta ligação é caracterizada pelo facto de ambos os electrões,
serem fornecidos pelos mesmos átomos ou por um dos átomos ligados. A ligação
covalente, assim formada, diz-se Coordenada ou Dativa significando este último termo
que o par de electrões compartilhado é “dado” por um dos átomos. Estas covalências são,
em tudo, análogas às covalências normais, das quais não se distinguem. A diferente

74
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

designação que se lhe dá quer, apenas, sublinhar a diferente origem dos electrões à custa
dos quais se estabeleceu.
Por exemplo: O ião amónio, NH4+, forma-se a partir de uma molécula de NH3 e o ião H+.
O átomo de N, no amoníaco, tem um par de electrões não compartilhado, enquanto que o
ião H+ tem a orbital livre. Então, os dois electrões do N são compartilhados entre o H e o
N, formando, assim, uma ligação covalente. Ao átomo de N chama-se o átomo doador
enquanto que ao átomo de H, o átomo receptor. Assim temos:

+ +
H H
.. ..
+
H : N : H + H H : N : H H N H
.. ..
H H
H

2.10.1.1.4. Polaridade Das Ligações


Muito polar
apolar polar ou iónica
0,4 1,6 ∆ε
∆ε = diferença de electronegatividade de 2 átomos que possuem os electrões que formam
a ligação.

Elemento Electronegatividade (ε) Ligação ∆ε Tipo de ligação


F 3,98 C–H 0,35 Apolar
O 3,44 N–H 0,84 Polar
N 3,04 O–H 1,24 Polar
Cl 3,16 F–H 1,78 Muito polar
C 2,55 C–O 0,84 Polar
H 2,20 Cl – H 0,98 Polar

2.10.1.2. Ligação Iónica


Ocorre entre átomos de metal e não-metal. Esta ligação é caracterizada pela transferência
de electrões entre os átomos que participam na ligação química. Um dos átomos perde
electrões, enquanto que o outro ganha os electrões libertados.
Exemplo: NaCl
A ligação iónica ocorre entre o cerne atómico de um metal e a camada de valência de um
75
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

não-metal (entre ião positivo e ião negativo)


A este tipo de compostos ou substâncias dá-se o nome de substâncias iónicas ou
composto iónico. Um composto é iónico quando a diferença de electronegatividade e
aproximadamente superior a 1,7.

Nota: Cerne atómico – É o átomo sem os seus electrões de valência, isto é, os núcleos
positivos e os electrões das camadas internas. Em geral, numa reacção química o cerne
não sofre mudanças

2.10.1.2.1. Características dos compostos iónicos


Devido à grande força entre os iões, a estrutura é compacta, apresentado forma e
volume constantes, o que caracteriza o estado sólido. Porém, guarde bem: todo o
composto iónico é sólido, mas nem todo sólido é iónico.
Todo composto iónico tem estrutura cristalina, isto é, os iões se distribuem
alternadamente, formando poliedros regulares que são denominados retículos
cristalinos.
Todo composto iónico tem altos pontos de fusão e de ebulição.
Quando sólidos, não conduzem corrente eléctrica. Porém, quando dissociados em
solução aquosa ou no estado liquido, são condutores de corrente eléctrica.

2.10.1.3. Ligação metálica


Esta ligação é caracterizada pela existência de electrões livres. Os metais tem electrões
electronegatividade baixa, pois, a atracção núcleo – electrões é fraca, logo ocorre entre
átomos de metais. Os electrões movem-se formando um par de electrões. Quanto maior
for o número de iões livres, menor será a intensidade da ligação metálica.
Exemplo: Barras de ferro, utensílios de alumínio, fios de cobre, anéis de ouro, etc.

2.10.1.3.1. Propriedades das substâncias com ligação metálica

A rede metálica é cristalina, excepto a de Hg que é liquida.


Dura e maleável, excepto a dos metais alcalinos que são moles.
Ponto de fusão e ebulição elevados.
Conduz a corrente eléctrica e o calor no estado sólido, porque possuem electrões
livres da última camada que se movem na rede.
76
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

Os melhores condutores são os metais preciosos (nobres): Au, Ag, Pt e os semi-


preciosos (p.ex: Cu). Não são corroídos pelo ar, nem pelos ácidos diluídos. Podem
ser atacados pelos ácidos concentrados à temperaturas elevadas.

Normalmente usam-se os fios de Cu e Al como condutores, uma vez que os metais


preciosos são de alto valor económico.

2.10.1.4. Tipos de rede Cristalina


2.10.1.4.1. Rede molecular/rede covalente
É constituída por moléculas. Dentro das moléculas, os átomos estão fortemente unidos
por ligações covalentes.
Substâncias com rede molecular, em geral, apresentam pontos de fusão e de ebulição
mais baixos, em relação às substâncias com redes metálicas ou iónicas. Em geral, as
substâncias são relativamente moles.
Como não existem electrões livres ou iões que podem mover, estas substâncias não
conduzem a corrente eléctrica e são isoladores.
Exemplo: Cânfora, gelo, açúcar, iodo sólido, todos os tipos de óleo, parafina. Também
substâncias que são gases à temperatura normal (H2, O2, Cl2, N2), gases nobres, etc.

a) Rede atómica
Esta é constituída por átomos que estão ligados entre si, por ligações covalentes. Tem
pontos de fusão muito elevados e são substâncias duríssimas. São também isoladores de
corrente eléctrica, exceptuando grafite (rede atómica encontra-se principalmente em
átomos de não-metais).
Exemplo: Fósforo (vermelho e branco), carbono (diamante e grafite)

b) Alotropia
Certos elementos existem na natureza em formas cristalinas diferentes, com propriedades
físicas e químicas diferentes. A este fenómeno chama-se alotropia. as diferentes formas
cristalinas chamam-se estados alotrópicos.
Assim, o carbono apresenta ou pode existir na forma de diamante e de grafite. o enxofre
apresenta dois estados alotrópicos e chamam-se enxofre ortorrômbico e enxofre
monoclínico. O oxigénio forma duas moléculas diferentes, O2 e O3, que também são
77
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

considerados alotrópicas. Também o fósforo existe na forma de fósforo branco e fósforo


vermelho.
Dos vários estados alotrópicos, a uma certa temperatura e pressão, existe sempre só um
estado estável; os outros tendem a transformar-se no estado estável; assim o P branco
lentamente transforma-se em P vermelho.

c) Amorfia
Substâncias que permanecem com uma estrutura desordenada, parecida à dos líquidos,
embora apresentam propriedades mecânicas de rigidez e incompressibilidade que
caracterizam o estado sólido, possuem estados amorfos.
sob ponto de vista estrutural, o estado amorfo assemelha-se ao estado líquido e, por isso,
cientificamente é considerado como líquido de viscosidade extremamente elevada
Exemplo; Plástico, vidro, selénio, arsénio.
O carvão, o coque e negro de fumo são todos formas de carbono quase puro, onde os
átomos de carbono não estão nitidamente organizados numa rede cristalina, razão pela
qual, são considerados como carbono amorfo.

2.10.1.4.2. Rede iónica


É formada por iões positivos e iões negativos. Cristais iónicos são formados pelas
substâncias iónicas e são sólidos. Os iões ligam-se através de forças electroestáticas. As
substâncias com rede iónica têm pontos de fusão e ebulição muito elevados. São
isoladores, pois os iões não se movem na rede, no estado sólido; ao se fundir um sólido
com rede iónica, os iões passam a mover-se, sendo assim destruída a rede,
consequentemente sais fundidos conduzem a corrente eléctrica. Ocorre entre átomos de
metal e não-metal.
Exemplo:
Na+ Cl - Na+ Cl - Rede iónica de NaCl

Cl - Na+ Cl - Na+

Na+ Cl - Na+ Cl -

78
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

2.10.1.4.3. Rede metálica


É formada por catiões e electrões livres. A presença de electrões livres na rede metálica
significa que existem cargas que se deslocam facilmente, através da rede, quando sob a
acção de uma diferença de potencial eléctrico; os electrões, movendo-se ao longo do
metal, constituem a corrente eléctrica.
As forças de atracção, em geral, entre os cernes e os electrões livres são fortes, e,
consequentemente, os metais apresentam pontos de fusão e ebulição elevados. O brilho
metálico deve-se à existência de electrões livres.
Exemplo:
- - - -
Na+ Na+ Na+ Na+
-
- - - - Rede metálica de Na
Na+ Na+ Na+ Na+

- - - -
Na+ Na+ Na+ Na+

2.10.1.5. Geometria molecular


A geometria das moléculas é a forma como os átomos que constituem uma determinada
molécula se dispõem no espaço.
A geometria das moléculas é determinada pelo átomo central e o número de pares de
electrões livres que ocorrem na molécula.
1) Substâncias formadas por dois átomos
São sempre lineares
Exemplos: HCl, NaH, HBr, etc.

2) Substâncias formadas por três átomos


Podem ser lineares ou angulares.
Linhares – quando o átomo central não apresenta pares electrónicos livres.
Exemplos: CS2, CO2, etc.

Angulares – forma-se quando o átomo central possui par(es) electrónico(s)


livre(s). Exemplo: H2H, H2Se, SO2, etc.
79
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

3) Substâncias (ou partículas) formadas por quatro átomos


Podem ser triangular plana ou piramidal.
Triangular plana – o átomo central 9ligado a três átomos) não apresenta nenhum
par de electrões livres. Exemplo: SO3, BF3, CO32-, NO3-, etc.

Piramidal – o átomo central (ligado a três átomos) apresenta um par de electrões


livres. Exemplo; AsH3, PH3, SO32-, etc.
4) Substâncias (ou partículas) formadas por cinco átomos
São tetraédricas – pois o átomo central 9ligado a quatro átomos) não possui pares
electrónicos livres.
Exemplo: PO43-, SO42-, CCl4, CH4, etc.

Ao existir um átomo rodeado por dois átomos que se orientam pelos vértices: a molécula
tem forma angular.
Uma ligação dupla ou tripla é considerada como tendo um único par ligante pois ele
ocupam um único lugar na estrutura.

2.10.1.6. A polaridade de moléculas


A molécula é um conjunto de ligações covalentes polares ou apolares.
Vamos verificar se esse conjunto de ligações é ou não polar.
Existe um método relativamente simples para você constatar a polaridade de uma
molécula.
Siga o roteiro:
1. Escreva a formula estrutural da molécula.
2. Coloque vectores nas ligações polares. Esses vectores são originados de grandeza
chamada momento dipolar (µ) e têm sentido do pólo positivo para o pólo
negativo.
3. Cada ligação polar apresentara um momento dipolar não nulo.

4. Verifique a resultante vectorial (µR):


se µR = 0 teremos molécula apolar;
se µR ≠ 0 teremos molécula polar.
80
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

Exemplo 1:
H2O: Fórmula estrutural
O
H H

Oxigénio é mais electronegativo que o hidrogénio. Logo, teremos 2 ligações polares:


δ-
δ+ O δ+
H H

Colocando os vectores momentos dipolares (µ):


δ-
O
µ1 µ2
Hδ+ Hδ+
Achando a resultante entre µ1 e µ2: teremos uma resultante não-nula: µR ≠ 0
Logo, a molécula de água é polar.
A molécula polar funciona como se fosse um objecto com 2 pólos, um positivo e outro
negativo, e pode ser representada pelo símbolo: + -

Obs.:
1. Admite-se que o ângulo da molécula de água deveria ser 90°, mas ocorreria uma
repulsão entre os pólos positivos dos hidrogénios e o ângulo se tornaria maior que
(105°).
2. Chamamos de momento dipolar (µ) entre 2 cargas iguais de sinais contrários ao
produto da carga (em modulo) pela distancia que separa essas cargas.

d
+q -q
µ = q·d
Exemplo 2:
CO2:

81
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

Fórmula estrutural – molécula linear:


O=C=O
O oxigénio é mais electronegativo que o carbono. Então, teremos 2 ligações polares:
δ+ δ+ δ+
O = C = O

Instalando vectores momentos dipolares (µ):


Oδ- ← Cδ+ → Oδ-
µ1 µ2
a resultante destes vectores será nula: µR = 0
Logo, a molécula CO2 é apolar, apesar de possuir 2 ligações polares.
Por outras palavras, os pólos se anulam e o conjunto funciona como se não houvesse
polaridade alguma.
Numero de átomos Exemplo Polaridade Geometria
2 LiH Polar Linear
3 BeH2 Apolar Linear
3 H 2O Polar Angular
4 NH3 Polar Piramidal
4 BH3 Polar Triangular plana
5 CH4 Apolar Tetraédrica

2.10.2. Ligações Intermoleculares


2.10.2.1. Forças de Van der Waals
Existem entre moléculas apolares. São as mais fracas das ligações intermoleculares, por
conseguinte as substâncias apolares apresentam pontos de fusão e de ebulição baixos.
Estas forças formam-se devido:
1.º A indução: que é a interacção entre dípolos ou pólos induzidos flutuantes e moléculas
neutras: I2.

2.º A força de dispersão: que são forcas que actuam em todas as moléculas, ou seja, a
atracção recíproca entre todas as moléculas com pólos induzidos.
Exemplo: H2, CO2, CCl4, etc.
82
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

2.10.2.2. Interacção, ligação ou atracção dipolo-dipolo


É caracterizada por formar dois pólos (pólo positivo e pólo negativo). As moléculas
polares têm extremidades com cargas parciais opostas. Num conjunto dessas moléculas,
os dípolos individuais tendem a orientar-se de forma que a carga parcial negativa de uma
molécula esteja perto da carga parcial positiva da outra molécula.
Esta atracção é mais forte do que a que se verifica entre as moléculas apolares, onde só há
atracção entre dípolos flutuantes (instantâneos). Por esta razão, as substâncias polares
geralmente têm ponto de fusão e ebulição mais elevados do que os das substâncias
apolares de massa molecular equivalente.
Exemplo: HCl, HF, etc.

2.10.2.3. Ligação ou pontes de hidrogénio


Esta é uma ligação que ocorre entre moléculas polares, nas quais, nas quais o pólo
positivo encontra-se invariavelmente no átomo de hidrogénio, e o negativo nos átomos
mais electronegativos: flúor, oxigénio, nitrogénio, etc., daí a razão de as pontes de
hidrogénio serem mais fortes do que as forças de Van der Waals, pois estes possuem os
pontos de fusão e de ebulição bastante elevados. Existem 2 tipos:
1.º Pontes de hidrogénio intramoleculares: ocorrem na mesma molécula.
Exemplo: CH3COOH

O
CH3 C
O H

2.º Pontes de hidrogénio intermoleculares: ocorrem entre duas ou mais moléculas.


Exemplo:

H Cl H Cl

Nota: Entre duas substâncias covalentes, cujas massas moleculares são iguais ou
próximas, aquela que contiver pontes de hidrogénio geralmente apresentará o maior
ponto de ebulição. Isso ocorre porque as pontes de hidrogeno são mais fortes que as
forças de Van der Waals.

83
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

IV. EXERCÍCIOS

1. Classifique os seguintes compostos em iónicos ou moleculares.


1. NH3 2. Al(HCO3)3
3. NH4Cl 4. H2O
5. B2O3 6. Ag2O
7. CaO 8. H2SO4
9. C6H6 10. SO3
11. BeO 12. SF6
13. XeF6

2. Em qual (quais) das moléculas dadas tem lugar a ligação covalente apolar:
1) CO 2) CO2 3) O2 4) Cl2 5) HF

A. 2 e 4
B. 3 e 4
C. 2 e 5
D. 2, 3 e 5
3. No desenho abaixo as letras a e b representam:

H-Cl
a

H H-Cl
H
Cl
b Cl
H-Cl

A. a representa ligação fraca intramolecular e b representa ligação forte


intermolecular
B. a representa ligação forte intermolecular e b representa ligação fraca
intramolecular
C. a representa ligação fraca intermolecular e b representa ligação forte
intramolecular
D. a e b representam ligações entre moléculas de diferentes substâncias.
84
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

4. Num composto, sendo X o catião e Y o anião e a fórmula do composto X2Y3,


provavelmente os átomos X e Y no estado normal tinham os seguintes números de
electrões na última camada, respectivamente:
A. 3 e 6
B. 2 e3
C. 3 e 2
D. 6 e 3

5. Dadas as seguintes características dos compostos iónicos:


1) Devido à grande força de atracção entre os iões a estrutura dos compostos iónicos
é compacta, apresentando forma e volume constante.
2) Todo composto iónico é sólido, mas nem todo sólido é composto iónico.
3) Todo composto iónico tem alto ponto de fusão e de ebulição.
4) Quando sólidos, não conduzem corrente eléctrica. Quando dissociados em
solução aquosa ou no estado líquido, são condutores da corrente eléctrica.
Verdadeiras são:
A. 1, 2, 3 e 4
B. 2,3 e 4
C. 3 e 4
D. 1,2 e 3

6. Dois elementos X e Y formam um composto molecular de fórmula XY. As


configurações electrónicas possíveis do átomo dos elementos X e Y são, respectivamente:
X Y
2
A. 1s 1s2 2s2 2p6 3s2 3p5
B. 1s2 2s2 1s2 2s2 2p5
C. 1s2 2s2 2p6 3s2 1s2 2s2 2p6 3s2 3p5
D. 1s2 2s2 1s2
7. Durante o processo de evaporação da água quebram-se:
A. ligações iónicas entre átomos de oxigénio e hidrogénio
B. ligações intramoleculares
C. ligações atómicas (covalentes) entre átomos de hidrogénio e oxigénio
D. ligações intermoleculares
85
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

8. Dada as seguintes informações sobre as substâncias X e Y:


X: é um sólido condutor de energia eléctrica, funde a alta temperatura e não é solúvel
em água.
Y: é um sólido não condutor de energia eléctrica, funde a alta temperatura e é solúvel
em água.
Com base na informação pode-se dizer que:
A. ambas substâncias são moleculares
B. ambas as substâncias são iónicas
C. X é substância metálica e Y é substância iónica
D. Não se pode dizer porque nada se informa sobre o tipo de ligação química.

9. Durante o processo de evaporação do Hexano (C6H14) são quebradas:


A. Ligações covalentes nas moléculas de Hexano.
B. Ligações intramoleculares.
C. Partes de hidrogénio entre moléculas de C6H14.
D. Forças de Van der Waals entre as moléculas de C6H14.

10. Dadas as seguintes substâncias:


P4; PH3; Ca3P2 e P2I4.
Os compostos moleculares são:
A. P4, PH3 e P2I4
B. PH3, Ca3P2 e P2I4
C. PH3 e P2I4
D. PH3 e P4

11. O bromo evapora a temperatura ambiente, por isso no bromo líquido as forças
intramoleculares são:
A. iguais às intermoleculares
B. mais fortes do que as forças intermoleculares
C. mais fracas do que as forças intermoleculares
D. diferentes das forças intermoleculares, não sendo possível quais as mais fortes

86
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

12. Será que existe uma ligação forte entre as partículas de Cul2 numa solução deste
composto?
A. Não
B. Sim, ligação atómica
C. Sim, ligação iónica
D. Sim, ligação metálica

13. Os elementos A e B (as letras não correspondem aos verdadeiros símbolos) do


primeiro e sexto grupo da tabela periódica, respectivamente, combinam-se para formar
um composto que apresenta:
A. fórmula A2B e ligação iónica
B. fórmula A2B e ligação covalente
C. fórmula A2B e ligação metálica
D. fórmula AB2 e ligação iónica

14. A tabela apresenta compostos de hidrogénio dos elementos do grupo VI A da tabela


periódica e os seus pontos de fusão e ebulição.
H 2O H 2S H2Se H2Te
P. F. (K) 273 187 207 222
P. E. (K) 373 213 232 269

Pode-se compreender a variação dos valores dados com base:


A. No facto de as quatro moléculas serem polares
B. No facto de os elementos O, S, Se e Te pertencerem ao mesmo grupo principal da
tabela periódica.
C. Nas forças de Van der Waals
D. Nas pontes de hidrogénio e forças de Van der Waals

15. A valência do cloro é 1 e a de enxofre é 2.


Qual das seguintes representa a mais provável fórmula estrutural do S2Cl2
A. Cl-S-S-Cl
B. Cl-S=S-Cl
C. S-Cl-Cl-S
D. Cl-S-Cl
87
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

16. Ao aumentar a temperatura, uma barra de ferro dilata-se porque:


A. a distância entre os átomos de ferro aumenta;
B. a distância entre cada núcleo de ferro e os seus electrões na última camada
aumenta;
C. a translação dos átomos de ferro é maior;
D. os átomos de ferro dilatam-se;

17. No processo de ebulição da água, são quebradas:


A. Só as forças de Van der Waals entre as moléculas de água
B. As ligações covalentes polares nas moléculas de água e as pontes de hidrogénio
entre as moléculas de água.
C. As ligações de Van der Waals entre as moléculas de água e as pontes de
hidrogénio entre as moléculas de água.
D. As ligações covalentes polares entre os átomos de hidrogénio e os átomos de
oxigénio, nas moléculas de água.

18. Durante a evaporação do iodo (I2) quebram-se:


A. ligações atómicas (covalentes)
B. ligações intermoleculares
C. ligações iónicas
D. ligações intramoleculares

19. Numa certa substância existem as seguintes ligações ou interacções químicas:


1. pontes de hidrogénio
2. força de Van der Waals
3. ligações atómicas (covalentes)
A ordem crescente das forças das ligações ou interacções será:
A. 1, 2, 3
B. 3, 2, 1
C. 2, 1, 3
D. 2, 3, 1

88
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

20. São dados os seguintes compostos de hidrogénio e os seus pontos de fusão.


Composto Ponto. de fusão (ºC) Composto Ponto de fusão (ºC)
1. LiH 680 4. CaH2 1100
2. SiH4 - 185 5. NH3 - 78
3. CH4 - 183 6. HCl - 114

Geralmente os compostos iónicos (sais) têm ponto de fusão mais altos do que os
compostos moleculares.
a) Quais dos 6 compostos são iónicos e quais são moleculares?

b) Indique na tabela um composto molecular que dissolve bem com a água e explique.

21. De acordo com a seguinte tabela de electronegatividades:


elemento electronegatividades
Li 1.0
Ca 1.0
C 2.5
O 3.5
Cl 3.0
S 2.5
a) Indique quais os compostos que se podem formar, entre estes elementos, com ligação
covalente apolar ou pura

b) Indique quais os compostos com maior carácter iónico.

89
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

------------------------------------------------------------------------------------------------------------
22. Dado o elemento X.
a) Apresente a distribuição dos electrões, pelos níveis electrónicos, de um átomo de X
que tem 16 neutrões e número de massa igual a 33.

b) Que tipo de ião pode o átomo formar? Justifique a sua resposta.

c) Qual é a valência do elemento X?


d) Represente a estrutura de Lewis do átomo X.

23. a) Escreve as fórmulas de estrutura das moléculas representadas por A e B.


A – NH3 B – CCl4

b) O que são isoméros?

24. a) Indica uma molécula que possa estabelecer, com molécula idêntica, ligações por
pontes de hidrogénio. Justifique a sua resposta.

b) Indique uma molécula que seja apolar. Justifique


------------------------------------------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------------------------------------------------------------------
25. Qual das seguintes substâncias apresenta uma ligação covalente apolar?
A. óxido de ferro
B. fluoreto de hidrogénio
C. oxigénio
D. amoníaco
90
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

26. Assinale a afirmação errada:


A. As moléculas de H2O, NH3 e HF são todas polares.
B. H2O não se comportaria como molécula polar se fosse linear.
C. Sempre que há ligações polares, a molécula comporta-se polar.
D. Devido a sua simetria o dióxido de carbono é apolar.

27. Qual dos seguintes compostos é mais solúvel na água?


A. CH3 - CH2 - CH2Cl.
B. CH3 - CH2 - CH2 - CH2 - OH
C. CH3 - CH2 - CH2 - OH.
D. CHCl3

28. Uma substância A conduz corrente eléctrica em solução aquosa. Outra substância, B,
conduz corrente no estado sólido. E uma terceira, C, nunca conduz corrente eléctrica. O
tipo de ligação química existente nessas substâncias é respectivamente:
A. Iónica; metálica; covalente polar.
B. Metálica, iónica; covalente apolar.
C. Covalente polar; iónica; covalente apolar
D. Iónica; metálica; covalente apolar

29. Quando a água congela ocorre:


A. redução de ligações intermoleculares
B. redução de ligações intramoleculares
C. aumento de ligações intermoleculares
D. aumento de ligações intramoleculares

30. Considerem-se dois compostos E e F, sendo o primeiro molecular, e o segundo


iónico. Pode-se afirmar que:
A. os dois quando fundidos, sempre conduzem corrente eléctrica.
B. os dois quando em solução aquosa, sempre conduzem a corrente eléctrica.
C. somente E pode conduzir electricidade, quando ambos estão em solução aquosa.
D. no composto F, podem ocorrer ligações covalentes entre seus átomos.

91
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

31. A ligação química entre o elemento de átomo de número atómico 17 e o de número


atómico 19 é do tipo:
A. de Van der Waals
B. covalente
C. iónica
D. metálica.

32. O diagrama abaixo mostra a estrutura do asbestos (amianto):

O O O
Si Si Si
-
O O - -O O- -O O
Mg 2+ Mg 2+ Mg 2+

A ligação no asbestos é:
A. só covalente
B. só iónica
C. ambas covalente e iónica
D. nem covalente nem iónica

92
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

V. FUNÇÕES INORGÂNICAS

Funções inorgânicas são funções caracterizadas por apresentar um conjunto de


substâncias com propriedades químicas semelhantes, denominadas propriedades
funcionais.
Uma função química apresenta átomos ou grupos de átomos responsáveis pelas
propriedades semelhantes, denominada radical funcional. Assim, as principais funções
existentes da química inorgânica são:
Função óxido ou simplesmente Óxido
Função ácido ou simplesmente Ácido
Função base ou simplesmente Base
Função sal ou simplesmente Sal.

2.11.ÓXIDOS
Óxidos são compostos químicos binários em que um dos elementos é o oxigénio, sendo
ele, ao mesmo tempo, o elemento mais electronegativo.

Consequentemente, os compostos binários oxigenados do flúor, OF2 (difluoreto de


oxigénio) e o OF (monofluoreto de oxigénio) não são óxidos pois o flúor é mais
electronegativo que o oxigénio. Tão pouco são conhecidos dos gases nobres, com
excepção do XeO3 (trióxido de xénon).

Estes obedecem à seguinte fórmula: X2On onde:


X – é o elemento que se combina com oxigénio
n – é a valência do elemento X
2 – é a valência do oxigénio

2.11.1. Classificação
2.11.1.1. Óxidos ácidos simples (anidridos de ácidos)
Reagem com água, produzindo ácido e reagem com base, produzindo sal e água. Nestes
óxidos o oxigénio está ligado um não-metal ou metal de valência igual ou superior a IV.
Exemplo:
SO2 + H2O → H2SO3
SO2 + 2NaOH → Na2SO3 + H2O
93
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

2.11.1.2. Óxidos ácidos mistos ou duplos


São os que, ao reagirem com água, formam dois ácidos. Exemplo:
2ClO2 + H2O → HClO2 + HClO3

2.11.1.3. Óxidos básicos


Reagem com água, produzindo base e reagem com ácido, produzindo sal e água. Nestes
óxidos o oxigénio frequentemente está ligado a um metal do I e II Grupo A e formam
ligação iónica. Exemplo:
Na2O + H2O → 2NaOH
Na2O + 2HCl → 2NaCl + H 2O

2.11.1.4. Óxidos anfóteros


Reagem com ácido, produzindo sal e água e reagem com base, produzindo sal e água.
Nestes óxidos o oxigénio está ligado a semi-metais e metais de transição (centro da tabela
Periódica). Exemplo:
ZnO + 2HCl → ZnCl2 + H2O
ZnO + 2NaOH → Na2ZnO2 + H2O

2.11.1.5. Óxidos indiferentes ou neutros


Não reagem com água, ácidos ou bases. Exemplo: CO, NO, N2O.

2.11.1.6. Óxidos mistos ou duplos (óxidos salinos)


Apresentam comportamento como se fossem formados por 2 outros óxidos do mesmo
elemento com Nox diferentes. Estes óxidos reagem com ácidos formando sais e água.
Exemplo:
Fe3O4 = FeO.Fe2O3; Pb3O4 = 2PbO.PbO2
Fe3O4 + 4H2SO4 → Fe2(SO4)3 + FeSO4 + 4 H 2O

2.11.1.7. Peróxidos (O2-2)


Apresentam o oxigénio com Nox = -1, estes óxidos reagem com água, produzindo base e
H2O2 e reagem com ácido, formando sal e H2O2. Exemplo:
Na2O2 + 2 H2O → 2NaOH + H2O2
Na2O2 + 2HCl → 2NaCl + H 2O 2
94
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

2.11.1.8. Superóxidos ou Polióxidos (O4-2)


Apresentam o oxigénio com Nox = +½. reagem com água, produzindo base, H2O2 e O2 e
reagem com ácido, produzindo sal, H2O2 e O2. Exemplo:
Na2O4 + 2 H2O → 2NaOH + H2O2 + O2
Na2O4 + 2HCl → 2NaCl + H2O2 + O2

2.11.2. Nomenclatura
Quando o elemento forma um óxido, fazemos:

Óxido de..............................................(nome do elemento ligado ao oxigénio)

Veja:
Na2O = óxido de sódio; CaO = óxido de cálcio

Quando o mesmo elemento com Nox diferentes forma 2 óxidos, fazemos:

Óxido de......................... (nome do elemento ligado ao oxigénio).............(sufixo)

Note:
FeO = óxido ferroso; Fe2O3 = óxido férrico
Cu2O = óxido cuproso; CuO = óxido cúprico

Nestes casos, pode-se trocar os sufixos oso e ico pelo Nox escrito em algarismo romanos;
FeO = óxido de ferro II; Fe2O3 = óxido de ferro III
Cu2O = óxido de cobre I; CuO = óxido de cobre II
Aliás, esta maneira de nomear pode ser usada mesmo quando o elemento com Nox
diferentes formar mais de 2 óxidos.
veja:
N 2O = óxido de nitrogénio I
NO = óxido de nitrogénio II
N2O3 = óxido de nitrogénio III
NO2 = óxido de nitrogénio IV
N2O5 = óxido de nitrogénio V

95
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

Finalmente, uma nomenclatura mais racional, oficializada em 1957, manda escrever a


palavra óxido e o nome do elemento precedidos de prefixos indicativos de quantidade de
oxigénio e do elemento.
Observe:
N2O3 = trióxido de dinitrogénio
P2O5 = pentóxido de difósforo.

2.11.3. Propriedades químicas


Óxidos reagem: Exemplo
CO2 + H2O → H2CO3
Com água Na2O + H2O → 2NaOH
Na2O2 + H2O → 2NaOH + H2O2
Na2O4 + H2O → 2NaOH + H2O2 + O2
Na2O + 2HCl → 2NaCl + H2O
Com ácidos ZnO + 2HCl → ZnCl2 + H2O
Na2O2 + 2HCl → 2NaCl + H2O2
Na2O4 + 2HCl → 2NaCl + H2O2 + O2
Com bases CO2 + 2NaOH → Na2CO3 + H 2O
ZnO + 2NaOH → Na2ZnO2 + H2O
Com óxidos K2O(óxido básico)+ SO3 (óxido ácido) →K2SO4 (sal)

2.11.4. Métodos de obtenção


2.11.4.1. Reacção de um elemento químico com oxigénio
4K + O2 → 2K2O
C + O2 → CO2

2.11.4.2. Decomposição de sais oxigenados


CaCO3 (s) → CaO (s) + CO2 (g)

2.11.4.3. Decomposição de bases


Zn(OH)2 (aq) → ZnO (s) + CO2 (g)

96
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

2.11.4.4. Decomposição de ácidos oxigenados


H2CO3 (aq) → CO2 (g) + 2 H2O (l)

2.11.4.5. Combustão de compostos


CH4 (g) + 2O2 (g) → CO2 (g) + 2H2O (l)
2H2S (aq) + 3O2 → 2SO2 (g) + 2H2O (l)

2.11.4.6. Redução de óxidos superiores


Podemos ter dois óxidos de um mesmo elemento com diferença no teor de oxigénio
Fe2O3 (óxido superior) + C → FeO (óxido inferior) + CO

2.11.4.7. Extracção de jazidas naturais


É muito grande o número de óxidos existentes em jazidas naturais, podem ser extraídos
da jazida por um processo de purificação. Exemplo:
SiO2 – quartzo; MnO2 – pirolusite; Fe2O3 – hematite; SnO2 – cassiterite; Fe3O4 –
magnetite; Al2O3 – corindon.

2.11.4.8. Oxidação de um óxido inferior


É o processo inverso do anterior, ou seja, a transformação de um óxido inferior em óxido
superior, por meio de oxigénio.
SO2 (óxido inferior) + O2 → 2SO3 (óxido superior)

2.12. ÁCIDOS
Um ácido, no final do século XIX e segundo o sueco Svante August Arrhenius, passou a
ser definido como uma substância que, em solução aquosa, liberta iões H+ como único
tipo de catião.

Estes obedecem à seguinte fórmula: HnA onde:


n – número de átomos de H
A – radical ácido com valência n

97
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

2.12.1. Radical ácido (negativo) ou anião


Com auxilio da tabela abaixo, torna-se fácil escrever as fórmulas dos ácidos mais usuais.
Basta lembrar a fórmula geral de um acido inorgânico.
Aniões
Carga Fórmula Nome
F- Fluoreto
Cl- Cloreto
Br- Brometo
-
I Iodeto
-
ClO3 Clorato
ClO2- Clorito
-1 ClO- Hipoclorito
-
NO3 Nitrato
NO2- Nitrito
CN- Cianeto
-
OCN Cianato
-
SCN Tiocianato
MnO4- Permanganato
S-2 Sulfureto
-2
SO4 Sulfato
-2
SO3 Sulfito
-2 CO3-2 Carbonato
CrO4-2 Cromato
-2
Cr2O7 Dicromato
-2
MnO4 Manganato
PO4-3 Fosfato
AsO4-3 Arseniato
-3
AsO3 Arsenito
-3 SbO3-3 Antimonito
BO3-3 Borato
-3
Fe(CN)6 Ferricianeto
-4
SiO4 Silicato
-4 Fe(CN)6-4 Ferrocianeto

98
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

2.12.2. Nomenclatura
Uma regra pratica referente à nomenclatura dos ácidos é:
Terminação do anião Terminação do acido
-ato -ico
-eto -ídrico
-ito -oso

Os prefixo hipo e per (hiper)


Quando o átomo central estiver com o Nox menor que –oso, será acrescentado o
prefixo hipo.
Exemplo: HIO2 – ácido iodoso; HIO – ácido hipoiodoso

Quando o átomo central estiver com o Nox maior que o –ico, será acrescentado o
prefixo per (hiper).
Exemplo: H2SO4 – ácido sulfúrico (Nox do S = +6); H2SO5 – ácido persulfúrico (Nox de
S = +7)

O prefixo peróxi
Usa-se para os ácidos que têm grupo peróxi (– O – O –). São derivados do peróxido de
hidrogénio (H2O2). Estes ácidos, por hidrolise, fornecem água oxigenada.
Exemplo: H3PO5 – ácido peroxifosfórico

H O P O O H

Prefixos orto, meta e piro


orto: prefixo adoptado para o ácido com maior grau de hidratação. Exemplo: H3PO4 –
ácido ortofosfórico.
99
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

meta: prefixo adoptado para o ácido obtido de uma molécula do orto pela retirada de uma
molécula de água. Exemplo: HPO3 – ácido metafosfórico
piroi: prefixo adoptado para o ácido obtido de 2 moléculas do orto pela retirada de uma
molécula de água.

Prefixo tio
Este prefixo é usado para os ácidos resultantes da substituição de oxigénio por enxofre.
Exemplo: H2SO4 → H2S2O3 – ácido tiossulfúrico

2.12.3. Classificação
2.12.3.1. Quanto ao número de elementos diferentes na molécula:
Ácidos binários – formados por 2 elementos: HF, H2S, HI, etc.
Ácidos ternários – formados por 3 elementos: HNO2, HCN, H2SO4, etc.
Ácidos quaternários – formados por 4 elementos: HSCN, H3Fe(CN)6, etc.

2.12.3.2. Quanto à presença ou ausência de oxigénio na molécula:


Ácidos oxigenados ou oxiácidos – possuem oxigénio na molécula: H3PO3, HNO3, etc.
Ácidos não-oxigenados ou hidrácidos – não possuem oxigénio na molécula: HCl,
HCN, etc.

2.12.3.3. Quanto à presença ou ausência de carbono na molécula:


Ácidos inorgânicos – não possuem carbono na molécula: HBr, HNO3, etc.
Ácidos orgânicos – possuem carbono na molécula: CH3COOH, H2C2O4, etc.

Excepção: existem ácidos como HCN, H2CO3, HOCN que, apesar de possuírem carbono
na molécula, são estudados na química mineral ou inorgânica.

2.12.3.4. Quanto ao desprendimento de vapores à temperatura ambiente ou


volatilidade:
Ácidos fixos – volatilizam facilmente (ponto de ebulição alto): H2SO4, H3PO4, etc.
Ácidos voláteis – dificilmente se volatilizam (ponto de ebulição baixo): HCl, HCN,
etc.

100
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

2.12.3.5. Quanto ao grau de dissociação iónica (α) ou força:


Ácidos fracos – ionizam-se parcialmente: α < 5%
Ácidos moderados ou semifortes – o grau de ionização varia entre: 5% ≤ α ≤ 50%
Ácidos fortes – ionizam-se quase completamente: α > 50%

2.12.3.6. Quanto ao número de hidrogénios ionizáveis (substituíveis) na molécula:


Monoácidos ou ácidos monoprotónicos – possuem um H ionizavas: HBr, HCN, HI,
etc.
Nota: No ácido hipofosforoso, H3PO2, só um dos três átomos de hidrogénio é substituído,
por isso, é considerado um monoácido.

Diácidos ou ácidos diprotónicos – possuem 2 H ionizáveis: H2SO4, H2S, H2CO3, etc.


Nota: No ácido fosforoso, H3PO3, só dois dos três átomos de hidrogénio são
substituíveis. Por isso, é considerado um diácido.

Triácidos ou ácidos triprotónicos – possuem 3 H ionizáveis: H3PO4, H3AsO4,


H3Fe(CN)6, etc.
Tetrácidos ou ácidos tetraprotónicos – possuem 4 H ionizáveis: H4SiO4, H4Fe(CN)6,
etc.

2.12.4. Propriedades físicas


São solúveis em água
São electrólitos
Têm sabor azedo
numa electrólise libertam sempre no cátodo iões H+
Acção sobre os indicadores: os ácidos modificam a cor de determinadas substâncias,
chamadas indicadores. Tais substâncias adquirem coloração diferente conforme se
encontrem numa solução ácida ou numa solução básica. Os incadores mais utilizados
são os seguintes:
Indicador Meio ácido Meio básico
Azul de Tornassol Vermelho Azul
Fenolftaleína Incolor Vermelho
Alaranjado de metilo Vermelho Amarelo

101
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

2.12.5. Propriedades químicas


Ácidos reagem: Exemplos
Com metais menos nobres que o Zn + 2HCl → ZnCl2 + H2
hidrogénio, libertando hidrogénio Mg + H2SO4 → MgSO4 + H2
Com sais, desde que:
a) forme-se um sal insolúvel. HCl + AgNO3 → HNO3 + AgCl sal insolúvel
b) forme-se um ácido mais fraco. HCl + NaAc → NaCl + HAc Este ácido é mais fraco
c) forme-se um ácido volátil. H2SO4 + 2NaCl → Na2SO4 + 2HClácido volátil
Com bases, formando sal e água HCl + NaOH → NaCl + H2O
Óxidos básicos 2HCl + Na2O → 2NaCl + H2O
Com óxidos Óxidos anfótericos 2HCl + ZnO → ZnCl2 + H2O
Peróxidos 2HCl + Na2O2 → 2NaCl + H2O2
Polióxidos 2HCl + CaO4 → CaCl2 + H2O2 + O2

2.12.6. Métodos de obtenção


2.12.6.1. Método sintético
Basta combinar directamente hidrogénio com determinados não-metais como cloro,
bromo, iodo, enxofre. Dessa combinação obtêm-se os hidretos correspondentes. Esses
hidretos são gases, e, quando recebidos em agua, fornecem-nos o ácido.
H2 + Cl2 → 2HCl; H2 + S → H2 S

2.12.6.2. Combinação de óxido ácido com água


É suficiente colocar um óxido ácido em água:
SO2 + H2O → H2SO3
SO3 + H2O → H2SO4
CO2 + H2O → H2CO3

2.12.6.3. Reacção de um sal com um ácido


Esta reacção já foi estudada nas propriedades químicas dos ácidos. Assim, para obter, por
exemplo, o ácido clorídrico, temos:
NaCl + H2SO4 → NaHSO4 + HCl
Lembre-se que esta reacção é possível porque o HCl formado é volátil e o reagente
H2SO4 é fixo.
102
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

2.13. BASES
Bases ou hidróxidos, segundo Arrenhius, são substâncias que ao dissolverem-se em água
dissociam-se num catião e num ião hidróxido.

A fórmula geral das bases pode ser representada por: X(OH)y onde;
X – qualquer catião simples ou radical
(OH) – o grupo hidróxido (OH-)
y – a valência do catião

2.13.1. Propriedades físicas


Solução alcalina
Conduz a corrente eléctrica – electrólise: as bases iónicas podem conduzir a
corrente eléctrica quando fundidos, pois a fusão de um composto iónico destrói o
retículo e os iões passam a movimentar-se.
Uma solução concentrada de base é escorregadia ao tacto
Tem sabor idêntico ao do sabão, tem sabor amargo, caustico, denominado sabor
básico.

2.13.2. Propriedades químicas


Bases reagem: Exemplos
Com sais, desde que:
1. forme-se um sal insolúvel Ba(OH)2 + Na2SO4 → 2NaOH +BaSO4 sal insolúvel
2. forme-se uma base insolúvel 3KOH + FeCl3 → 3KCl + Fe(OH)3 sal insoluvel
3. forme-se uma base mais fraca KOH + NH4Cl → KCl + NH4OH base fraca
Com ácidos, formando sal e água 2NaOH + H2SO4 → Na2SO4 + H2O
Com óxidos ácidos e anfóteros 2NaOH + CO2 → Na2CO3 + H2O
2NaOH + ZnO → Na2ZnO2 + H2O

2.13.3. Classificação
2.13.3.1. De acordo com o número de hidróxidos:
Monobases – possuem 1 OH-: KOH, LiOH, NH4OH, etc.
Dibases – possuem 2 OH-: Ba(OH)2, Ca(OH)2, etc.
Tribases – possuem 3 OH-: Fe(OH)3, Al(OH)3, etc.
Tetrabases – possuem 4 OH-: Ti(OH)4.
103
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

2.13.3.2. Quanto a volatilidade:


Voláteis – possuem pontos de ebulição baixo: NH4OH.
Fixos – possuem pontos de ebulição alto: todas as bases de metais são fixos.

2.13.3.3. De acordo com o grau de dissociação iónica ou força:


Fortes – α elevado e próximo de 100%: bases de metais alcalinos e alcalinos-
terrosos.
Fracas – α baixo e próximo de 0%: todas as demais.

2.13.3.4. De acordo com a solubilidade:


Solúveis – são solúveis as bases dos metais alcalinos, alcalinos-terrosos e amónio.
Insolúveis – são as bases dos demais metais.

Bases anfóteras – são bases que perante um ácido, comportam-se como bases, e perante
bases fortes, comportam-se com ácidos.

2.13.4. Nomenclatura
Para dar nome a uma base, deve-se obedecer ao esquema:

Hidroxido de............................................(nome do catio associado ao OH-)

Exemplo:
NaOH = hidróxido de sódio; Ca(OH)2 = hidróxido de cálcio
Quando um mesmo elemento formar duas bases diferentes, adapta-se:
sufixo oso para aquela em que o elemento tem Nox menor
sufixo ico para aquela em que o elemento tem Nox maior
Ou, então, indica-se o Nox através de número em algarismos romanos.
Veja:
Fe(OH)2 = hidróxido ferroso ou hidróxido de ferro II;
Fe(OH)3 = hidróxido férrico ou hidróxido de ferro III;
CuOH = hidróxido cuproso ou hidróxido de cobre I;
Cu(OH)2 = hidróxido cúprico ou hidróxido de cobre II.

104
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

2.13.5. Métodos de obtenção


2.13.5.1. Reacção de metais alcalinos e alcalinos-terrosos com água:
2Na + 2 H2O → 2NaOH + H2
Ca + 2 H2 O → Ca(OH)2 + H2

2.13.5.2. Reacção de óxidos básicos com água:


K2 O + H2 O → 2KOH

2.13.5.3. Reacção de uma base com um sal:


As bases reagem com os sais de modo semelhante aos ácidos. esta propriedade das bases
pode ser assim equacionada:
COH ( base) + DA (sal) → CA (sal) + DOH (base)

Porém, esta reacção só é possível desde que:


a) O sal formado (CA) seja insolúvel.

Ba(OH)2 + Na2SO4 → 2NaOH + BaSO4 (insolúvel)

b) A base formada (DOH) seja insolúvel

3KOH + Bi(NO3)3 → 3KNO3 + Bi(OH)3 (base insolúvel)


c) A base formada (DOH) seja fraca e a base reagente (COH) seja forte

NaOH (base forte) + NH4Cl → NaCl + NH4OH (base fraca)


2.14. SAIS
Sais são todas as substâncias que apresentam um metal ou radical positivo no lugar do
hidrogénio ionizável dos ácidos.

Verifica-se a substituição equivalente de um ou mais hidrogénios iónicos do ácido por


outros catiões.
XnAm

105
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

onde:
X – qualquer catião simples ou radical positivo
A – qualquer anião simples ou radical negativo
n – a valência de A
m – a valência de X

2.14.1. Nomenclatura
Vejamos, inicialmente, os nomes dos aniões, que são obtidos dos ácidos:
Terminação do acido Terminação do aniões + nome do catião
-ídrico -eto
-oso -ito
-ico -ato

2.14.2. Classificação
2.14.2.1. Quanto ao número de elementos constituintes:
Binários – possuem e elementos: NaBr, KI, AgBr, etc.
Ternários – possuem 3 elementos: NaNO2, NaClO, ZnCO3, etc.
Quaternários – possuem 4 elementos: (NH4)CO3, KOCN, etc.

2.14.2.2. Quanto à presença ou não de oxigénio:


Oxigenados ou Oxissais – apresentam oxigénio: KNO3, CaSO4, etc.
Não-oxigenados – não possuem oxigénio: MgI2, NaCl, etc.

2.14.2.3. Quanto à salificação ou natureza dos iões:


Neutros ou Normais – não apresentam H ionizável e nem OH-: NaI, KNO3, etc.
Ácidos ou hidrogenossais – apresentam 1 ou mais H ionizável: KHSO4, NaHCO3,
etc.
Básicos ou hidroxissais – apresentam 1 ou mais OH-: Al(OH)2Cl, Ca(OH)Cl, etc.
Duplas ou mistos – apresentam 2 catiões diferentes ou aniões diferentes que não
sejam H ionizável e nem OH-: NaKSO4, CaClBr, etc.

106
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

2.14.2.4. Quanto grau de hidratação:


Anidros – quando não apresentam moléculas de água de hidratação: Na2SO4, KNO3,
etc.
Hidratados – quando apresentam moléculas de água de hidratação:, CuSO4.5 H2O,
CaCl2. H2O etc.
Os sais que apresentam a tendência em absorver moléculas de água são chamados de sais
higroscópicos.
Quando esta tendência é muito intensa, dizemos que o sal é deliquescente.

2.14.3. Propriedades químicas


Sais reagem: Exemplo
Com ácidos, desde que:
1. forme-se um sal insolúvel H2SO4 + BaCl2 → 2HCl + BaSO4 sal insolúvel
2. forme-se um ácido fraco HCl + NaCN → NaCl + HCN ácido mais fraco
3. forme-se um ácido volátil H3PO4 + 3NaCN → Na3PO4 + 3 HCN ácido volátil
Com bases, desde que:
1. forme-se um sal insolúvel Ca(OH)2 + Na2CO3 → 2NaOH + CaCO3 sal insolúvel
2. forme-se uma base insolúvel 3NaOH + NiCl3 → 3NaCl + Ni(OH)3 base insolúvel
3. forme-se uma base mais fraca NaOH + NH4Cl → NaCl + NH4OH base fraca
Com sais, desde que haja formação NaCl + AgNO3 → NaNO3 + AgCl sal insolvível

de 1 ou mais sais insolúveis CaCl2 + Na2CO3 → 2NaCl + CaCO3 sal insolúvel

Com metais, conforme a equação:


M + CA → MA + C, desde que Cu + 2AgNO3 → Cu(NO3)2 + 2Ag
o metal M seja mais reactivo que C
Com halogéneos, conforme a Cl2 + 2KBr → 2KCl + Br2
equação: X2 + MX’ → MX + X’2, Cl2 + 2NaI → 2NaCl + I2
X deve ser mais reactivo que X’. Br2 + 2KI → 2KBr + I2

107
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

V. EXERCÍCIOS

1. Óxido é um composto que:


A. É constituído por um átomo de oxigénio e um metal.
B. É constituído por dois átomos diferentes.
C. É constituído por um ou mais oxigénios e um ou mais elementos electropositivos.
D. As respostas a, b, c estão correctas.

2. Assinale a resposta correcta:


A. Óxido ácido + Base → Sal + Água
B. Óxido básico + Ácido → Sal + Água
C. Óxido salino + Acido → Sal + Outro composto + Água
D. Bióxido + Ácido → Sal + Outro composto + Água

3. Os óxidos anfóteros, quando tratados pelos hidróxidos, formam:


A. sal e água
B. sal e oxido básico
C. óxido básico
D. oxido básico e água

4. Assinale o nome incorrecto:


A. SnO2 – óxido estanoso
B. Sb2O3 – óxido antimonioso
C. SO3 – trióxido de enxofre
D. SnO2 – cassiterite

5. São considerados ácidos inorgânicos:


A. HCl, HBr, CH3COOH, H2S.
B. H2SO4, HCN, H2CO3, CH3COOH
C. H3CCOOH, HCOOH, H2CO3, HOCN.
D. H2SO4, HCN, H2CO3, HOCN.

108
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

6. Coloque uma letra do nome de cada composto, relacionando-o com um dos seguintes
conceitos:
A. Monoácido (monoprótico)
B. Diácido (diprótico)
C. Triácido (trioprótico)
D. Tetrácido (tetraprótico)
1- H3AsO4
2- H3PO4
3- H3PO3
4- H3PO2
5- HCl
6- H2S
7- H4SiO4
8- H3Fe(CN)6
9- H4Fe(CN)6
10- H2SO4
11- HCN

7. O prefixo orto corresponde ao acido que apresenta:


A. Maior teor de água na molécula.
B. Menor teor de água na molécula.
C. Teor de água menor que o prefixo meta.
D. Teor de água intermediário entre os prefixos meta e piro.

8. Dizemos que um acido é forte quando:


A. Apresenta elevado poder corrosivo.
B. Apresenta um elevado valor de α.
C. Reage com os metais desprendendo hidrogénio.
D. Reage facilmente com as bases.

109
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

9. Quando dizemos que um ião ou uma molécula é um acido, isto significa que eles terão
tendência de:
A. Se combinar com protões.
B. Ceder pares electrónicos.
C. Libertar iões hidróxidos como único anião.
D. Combinar-se com iões hidróxidos presentes num solventes qualquer.

10. Assinale o anidrido correcto:


A. SO2 – sulfúrico
B. PO3 – fosfórico
C. CO2 – carbónico
D. PO4 – fosfórico

11. Em relação ao número de iões hidróxidos, as bases Ti(OH)4, Pb(OH)4, Ni(OH)3 e


KOH são denominadas, respectivamente:
A. Tetra, tetra, mono, tribase.
B. Tetra , tetra, tri, monobase.
C. Tri, tetra, tetra, monobase.
D. Tetra, tri, tetra, monobase.

12. Comparando as estruturas das substâncias Ca(OH)2 e Zn(OH)2 podemos deduzir que:
A. Ambas são bases fortes.
B. A primeira é covalente e a segunda é iónica.
C. A primeira é iónica e a segunda é covalente.
D. Ambas são iónicas.

13. Qual dos seguintes óxidos não é básico?


A. Na2O
B. Al2O3
C. MgO
D. Li2O

110
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

14. Assinale o grupo que só contem bases fortes:


A. Ba(OH)2, Zn(OH)2, AgOH, Pb(OH)2
B. KOH, NaOH, Ca(OH)2, Al(OH)3.
C. Ca(OH)2, KOH, NaOH, Ba(OH)2.
D. Zn(OH)2, PB(OH)2, Ca(OH)2, Ni(OH)2.

15. Dos ácidos abaixo indicados, qual é o mais forte?


A. H3PO4
B. H3PO3
C. H3PO2
D. São todos igualmente fortes

16. A fórmula do sulfito de bário é:


A. BaSO
B. BaSO3
C. Ba(SO3)2
D. Ba2(SO3)3

17. O composto CaS denomina-se:


A. Sulfato de cálcio.
B. Sulfureto de cálcio.
C. Sulfito de cálcio.
D. Todos os nomes são correctos.

18. O sal KMgPO4 é classificado como:


A. Complexo.
B. Normal.
C. Duplo.
D. Nenhuma das respostas anteriores.

19. Classifique os ácidos: HCN, H2SO4, H3PO4 e HCl.

111
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

20. Agora, tente descobrir as formulas destes ácidos:


a) Sabendo-se que o acido orto fosforoso tem fórmula H3PO3, qual será a f’ormula do
acido meta fosforoso?
b) H3AsO4 é a fórmula do acido orto arsénico. Qual é a fórmula do acido piro arsénico?
c) O acido meta silícico tem fórmula H2SiO3. Descubra a fórmula do acido orto silicico.
d) O acido piro crómico tem fórmula H2Cr2O7. Então, descubra a fórmula do acido orto
crómico.
e) HBO2 é a fórmula do acido meta bórico. Qual é a fórmula do acido orto bórico?

21. Vamos exercitar a nomenclatura dos sais:


1- NaNO3
2- (NH4)2CO3
3- BaSO4
4- Ca3(PO4)2
5- Al(NO3)3
6- Na4P2O7
7- KNO2
8- NH4OCN

22. Obtenha as fórmulas de:


1- Nitrato de cálcio.
2- Cloreto de magnésio.
3- Pirofosfato de alumínio.
4- Borato de sódio
5- Carbonato de ferro III
6- Metafosfato de amónio.
7- Sulfeto de arsénio III.
8- Pirossulfato de crómio III.
9- Hidróxido de alumínio.
10- Acido oxálico.
11. Acido cloroso.
12. Acido sulfídrico.

112
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

VI. CONCEITO ÁCIDO-BASE


2.15. Conceito de Arrhenius
Estabelecida por Svante Arrhenius, em 1887.
Ácido: qualquer substância que, dissolvida em água, sofre Ionização, produzindo na
forma de ião positivo (catião) exclusivamente iões H+.
Exemplos:
HCl (aq) → H+ + Cl-
HNO3 (aq) → H+ + NO3-
Hoje, sabemos que o iao H+ combinam-se com água através de uma ligação dativa
produzindo H3O+ (catião hidroxônio ou hidrônio)
Deste modo, podemos escrever:
HCl + H2O → H3O+ + Cl-
HNO3 + H2O → H3O+ + NO3-
Base: qualquer substância que, dissolvida em água, sofre dissociação iónica, libertando
na forma de ião negativo exclusivamente iões OH- (hidroxilo)
Exemplos:
NaOH (aq) → Na+ + OH-
Ca(OH)2 (aq) → Ca2+ + 2OH-

Um ácido e uma base de Arrhenius, quando em contacto, reagem produzindo sal e agua.
HCl + NaOH → NaCl + H2O
2HNO3 + Ca(OH)2 → Ca(NO3)2 + 2H2O

2.16. Conceito de Bronsted-Lowry


Estabelecido, em 1922, por J. N. Bronsted e T. M. Lowry.
Este conceito aplica-se às reacções que ocorrem com transferência de iões H+ (protão),
havendo ou não a presença de água.
Observe a reacção:

NH3 + HCl NH4+ + Cl-

113
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

Note que o HCl cede H+ ao NH3. Deste modo, o HCl produz Cl- enquanto que o NH3,
recebendo o H+, converte-se em NH4+.
Esta reacção é reversível, ou seja, os produtos formados reagem entre si regenerando os
reagentes:

NH4+ + Cl - NH3 + HCl

O NH4+ cede H+ ao Cl-. Deste modo, o NH4- converte-se em NH3, enquanto o Cl-,
recebendo o H+, se transforma em HCl.
Bronsted e Lowry estabeleceram então que:

Ácido: qualquer espécie química que cede protão (H+)


Base: qualquer espécie química que recebe protão (H+)
Um ácido, ao ceder protão, transforma-se em base.
Uma base, ao receber protão, transforma-se em ácido.

Ácido forte: espécie que, na reacção, liberta H+ com facilidade.


Base forte: espécie que, na reacção, aceita H+ com facilidade. Deste modo, temos:
Ácido forte, ao ceder protão, converte-se em base fraca.
Ácido fraco, ao ceder protão, converte-se em base forte.

Conclusão:
Numa reacção, o ácido e a base que diferem entre si somente de um protão são chamados
de conjugados.
conjugado de

NH3 + HCl NH4+ + Cl-


base acido acido base

conjugado de

114
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

Observe outros exemplos:

NH3 + H2O NH4+ + OH -


base acido acido base

conjugado de

conjugado de

HClO4 + HNO 3 H2NO3+ + ClO4-

NH3 + NH 3 NH4+ + NH 2-

conjugado de

conjugado de

NH3 + H- NH2- + H2

Atenção:
Os conjugados diferem entre si somente de um H+

2.17. Conceito de Lewis


Eestabelecida, em 1932, por G. N. Lewis.
Ácido: espécie química que, numa reacção, recebe par electrónico.
Base: espécie química que, numa reacção, doa par electrónico.
As bases são substâncias com elevada densidade electrónica, as quais recebem o nome de
reagentes nucleófilos, enquanto que os ácidos são substâncias com baixa densidade
electrónica, recebendo o nome de reagentes electrófilo.

115
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

Veja o exemplo:

ligacao dativa
BF3 + NH 3 F3B NH3
base
Note que o composto resultante apresentará ligação dativa, podendo ser estável ou, então,
sofrer decomposição:

HCl + NaOH NaOH Na+ + Cl- + H 2O


acido base HCl

H2O + NH 3 HOH NH3 NH4+ + OH -


acido base

116
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

VII. SOLUÇÕES
Uma solução é uma mistura de varias substâncias/componentes. Uma mistura homogénea
é aquela cuja composição não varia de ponto para ponto. Uma solução constitui uma
única fase.
Condição
para que duas substâncias formem uma solução é necessário que se estabeleçam, entre as
suas moléculas/iões, forcas suficientemente fortes para que se vençam as forças
intermoleculares inicialmente existentes entre as partículas das substâncias a misturar.
É deste facto que resulta a ideia empírica de que “semelhante dissolve semelhante”

2.18. Componentes principais de uma solução


Estas são as partes que constituem a mistura: soluto e solvente.
Soluto: designa normalmente a parte que se encontra em menor quantidade.
Solvente: é o do mesmo estado que a solução resultante e aquela que contribui para a
solução com maior quantidade, ou seja mais abundante.
Exemplo:
Prepara-se uma solução por dissolução de 10 g de NaCl em 1l de água. Aqui, o soluto é o
NaCl e o solvente é a H2O.

2.19. Tipos de soluções


As soluções podem ser classificadas de acordo com vários critérios:

2.19.1. Quanto ao estado de agregação:


a) Soluções líquidas – solvente sempre líquido; soluto pode ser sólido, líquido ou gás .
Exemplos: água e sacarose, água e álcool, água e oxigénio.
b) Soluções gasosas – solvente gasosa; soluto gasoso.
Exemplo: ar atmosférico filtrado.
Nota: Toda mistura de gases é sempre uma solução.

c) Soluções sólidos – solvente sempre sólido; soluto pode ser sólido, líquido ou gás.
Exemplo: liga de cobre e níquel, amalgama de cobre, etc.

117
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

2.19.2. Quanto à proporção do soluto em relação ao solvente:


a) Soluções diluídas – muito pouco soluto em grande quantidade de solvente.
Exemplo: 1g de açúcar em 1l de água.

b) Soluções concentradas – bastante soluto em relação ao solvente.


Exemplo: 400g de açúcar em 1l de água.

c) Soluções saturadas – máxima quantidade permitida de soluto em uma determinada


quantidade de solventes numa certa temperatura.

d) Soluções supersaturadas – contém excesso de soluto em relação à solução saturada,


na mesma temperatura. É um sistema instável.

Nota bem: Partindo-se de uma certa quantidade de solvente, à medida que se adiciona
gradativamente o soluto obtém-se solução diluída, em seguida solução concentrada,
depois solução saturada e, finalmente, solução supersaturada.

2.19.3. Quanto à natureza das partículas do disperso


a) Soluções moleculares – quando as partículas do disperso são moléculas.
Exemplo: mistura de sacarose e água.

b) Soluções iónicas – quando as partículas do disperso são iónicas.


Exemplo: mistura de cloreto de sódio e água.

2.20. Concentração de uma solução


Concentração de uma solução é a razão entre a quantidade ou a massa de uma substância
e o volume do solvente em que esse composto se encontra dissolvido.
A concentração de uma solução pode ser expressa em termos de quantidade de
soluto/quantidade de solvente de soluto/quantidade de solução. As quantidades de soluto
e de solvente em solução, por sua vez, podem ser expressas em massa, volume ou número
de moles. Assim, há várias formas de se expressar a concentração de uma solução:

118
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

Atenção:
Apenas por convenção, adoptaremos:
Quantidade de soluto aparecerá com índice 1.
Quantidade de solvente aparecerá com índice 2.
Quantidade de solução aparecerá sem índice.

Agora, memorize:
Concentração comum: Título:
C = m1/V T = m1/(m1+ m2); 100*T = (%)1
Concentração molar (molaridade): Fracção molar do soluto:
M = n1/V(l) X2 = n2/(n1+ n2)
Concentração normal (normalidade): Fracção molar do solvente:
N = neq1/ V(l) → N = M*y X1 = n1/(n1+ n2)
Concentração molal (molalidade): Densidade absoluta:
µ = n1/m2(Kg) ou 1000n2/m2 (g) D = m/V
m1 = massa do soluto m = massa da solução
n1 = n.º de moles do soluto n2 = n.º de moles do solvente
m2 = massa do solvente; V = volume da solução
neq1 = n.º de equivalentes do soluto
neq1 = massa do soluto (m1)/equivalente-grama (E1)
(%)1 = percentagem em massa do soluto

E = mol/y
Cálculo de equivalente-grama (E)
Eelemento = Massa atómica / valência É a massa do elemento que reage com 8g
de oxigénio
Eácido = Massa molar/n.º de H ionizável É a massa, em gramas, do ácido capaz de
fornecer 1 mol de iões H+
Ebase = Massa molar/n.º de OH ionizável É a massa, em gramas, da base capaz de
fornecer 1 mol de iões OH-

119
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

Esal = Massa molar/valor absoluto da carga É a massa, em gramas, do sal, fornecida


positiva ou negativa total em uma fórmula na reacção de 1 equivalente-grama de
ácido com 1 equivalente-grama de base
Eoxidante = Massa molar/n.º electrões É a massa, em gramas, que recebe 1 mol
recebidos por fórmula de electrões
Eredutor = Massa molar/n.º de electrões É a massa, em gramas, que fornece 1 mol
fornecidos por fórmula de electrões

Fórmulas derivadas
M = (%)1* d(g/l) /100*mol1 N = C(g/l)*y/mol1
Ou Ou
M = 10*(%)1*d(g/ml) / mol1 N = 1000*C(g/ml)*y/mol1
N = (%)1* d(g/l)*y / 100*mol1 C = d*T
Ou Ou
N = 10*(%)1*d(g/ml)*y/ mol1 C = d*(%)1/100
M = C(g/l) / mol1
Ou
M = 1000*C(g/lm) / mol1

2.21. Diluição de soluções


Diluição: processo aplicado a uma solução e que implica um abaixamento da
concentração dessa solução. a diluição pode ser conseguida de dois modos;
retirando-se uma parte do soluto
adicionando-se solvente
Evidentemente, dentre os dois modos o muito mais pratico é a adição de solvente.
logo:
Antes da diluição { m (soluto) = C1*V1
Depois da diluição { m (soluto) = C2*V2
Assim concluímos que: C1*V1 = C2*V2

120
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

Sabendo que as concentrações podem ser referentes tanto à molaridade, assim como à
normalidade, teremos uma relação análoga no principio fundamental da volumetria:

N1-*V1 = N2*V2 referente à normalidade


M1*V1 = M2*V2 referente à molaridade

2.22. Mistura de soluções


A mistura de soluções que apresentam o mesmo soluto dissolvido no mesmo solvente,
para que não haja acção química ocorre a partir de duas soluções ou mais onde resulta
numa solução final ou resultante, isto é:
Solução 1 – possui massa de soluto m1
Solução 2 – possui massa de soluto m2
Solução final – possui massa de soluto mf

logo, m1 + m2 = mf

mas como m = C*V; Vf = V1 + V2

teremos:
C1*V1 + C2*V2 = Cf*Vf

Podemos considerar analogamente as outras concentrações:


N1-*V1 + N2*V2 = Nf*Vf referente à normalidade
M1*V1 + M2*V2 = Mf*Vf referente à molaridade

121
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

VI. EXERCÍCIOS
1. Tendo 4 g de hidróxido de sódio dissolvidos em 0,5l, calcule a sua %.

2. Tendo 60 g de ácido clorídrico em 400 g de solução, calcule a sua %.

3. Qual a % em massa de NaOH numa solução que contem 10 g dessa substância


dissolvida em 90 g de água?

4. Uma solução de acido sulfúrico foi preparada diluindo 98 g de ácido ate obter 1 litro de
solução. Qual a sua molaridade?

5. Qual a normalidade de uma solução de 500 ml de NaI que foi preparada pela diluição
de 11,7 g?

6. Em relação a uma solução formada por 80 g de HCl e 3920 g de H2O, determine:


a) O seu título.
b) A sua percentagem.

7. Qual será a massa de hidróxido de sódio que se deve dissolver em 200 g de água para
se conseguir uma solução de 0,1 molal?

8. Qual será a massa de solução de acido clorídrico, sabendo que a sua densidade é 1,5
g/ml?

9. Uma solução é preparada misturando-se 20 g de H2SO4 com 50 g de H2O. Qual será a


fracção molar de cada componente?

10. Calcule o volume de água que se deve adicionar a 200 ml de solução de 0,3 N de
nitrato de magnésio, para que a sua concentração diminua ate 0,01 N.

11. Qual a molaridade da solução obtida da adição de 500 ml de solução 0,1 M de NaOH
com 0,2 l de solução 0,3 M de NaOH?

12. Uma solução de acido sulfúrico foi preparada diluindo 198 g de ácido até obter 1
litro. Qual a molaridade?
122
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

13. Calcule a normalidade de uma solução de nitrato de cúprico preparada por diluição de
1,875 g de sal para um volume de 250 ml.

14. Calcule a fracção molar de água e de carbonato de sódio, sabendo que 100 g deste sal
foram dissolvidos em 2 Kg de água.

15. Necessita-se de preparar 500 ml de uma solução de acido sulfúrico 0,4 M. Dispõe-se
de um acido cuja pureza é de 85%. A densidade do acido sulfúrico é de 1,84. Qual o
volume de acido a ser diluído?

16. Qual a normalidade de uma solução de 500 ml de NaCl que foi preparada pela
diluição de 11,7 g?

17. Qual a Molaridade da solução obtida da adição de 500 ml de solução 0,1 M de NaCl
com 0,21l de solução 0,3 M de NaOH?

18. Qual será a massa de hidróxido de sódio que se deve dissolver em 200 g de água para
se preparar uma solução 0,1 molal?

19. 30ml de uma solução de 0,1 M de ácido nítrico foram adicionados a 20 ml de uma
solução 0,2 M do mesmo soluto. A solução resultante terá molaridade:
A. 0,28 M
B. 0,70 M
C. 0,14 M
D. 0,35 M
20. O volume de água que se deve adicionar a 200 cm3 de uma solução 0,7 M de
hidróxido de sódio para que esta se transforme numa solução 0,2 M é:
A. 250 cm3
B. 400 cm3
C. 550 cm3
D. Nenhuma destas.

21. Uma solução de acido clorídrico foi obtida diluindo 7,3 g de 500 ml de solução. Qual
a sua molaridade?

123
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

VIII. ESTEQUIOMETRIA

Conceito: Estequiometria é a parte da Quimica que trata dos cálculos de massa, volume,
número de moles, etc., aplicados às reacções quimicas.
Estes cálculos, denominados cálculos estequiométricos, envolvem sempre uma
proporcao, obtida a partir de uma equacao quimiica correctamente balanceada.

2.23. Conceito de Mole


Na nossa vida diária estamos habituados a ouvir termos tais como:
Par – 2
Dúzia – 12
Centena – 100
Grossa – 144
Rema – 500
Termos estes que indicam uma determinada quantidade de objectos.
Em química fala-se de uma MOLE:
Mole = 602 000 000 000 000 000 000 000 = 6,02 x 1023

Definição: Mole é a quantidade de substância que contêm 6,02. 1023 partículas.


As partículas podem ser: Átomos, Iões, Moléculas, Nuclões (p+, nº) e electrões (e-).
A palavra mole só se aplica para as partículas do micronivel. Uma mole de qualquer
substância contêm o mesmo nº de partículas:
1 mol O2 - 6,02 1023 moléculas de O2
1 mol Na+ - 6,02 1023 iões de Na+
1 mol O - 6,02 1023 átomos de O
1 mol P+ - 6,02 1023 iões de P+

124
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

2.23.1. Conversão de mole – grama

Considere uma amostra de 88 gr de CO2. Calcule:


a) O nº de mol de moléculas de CO2.
b) O nº de mol átomos de carbono.
c) O nº de mol de átomos de oxigénio.
d) O nº de moléculas de dióxido de carbono.
e) O nº de átomos de carbono.
Resolução:
a) Ar (C) = 12 u.m.a. M (CO2) = 12 + 2*16 = 44 g/mol
Ar (O) = 16 u.m.a.
m
1 mol CO2 44 g X1 = 1 mol*88 g = 2 mol ou n=
M
X1 mol CO2 88 g 44 g

b) 1 mol CO2 1 mol C c) 1 mol CO2 2 mol O


2 mol CO2 X2 mol C 2 mol CO2 X3 mol O
X2 = 2 mol C X3 = 4 mol O

d) 1 mol CO2 44 g 6,02 1023 moléculas de CO2


88 g X4 moléculas de CO2

X4 = 88 g*6,02 1023 moléculas = 12,04 1023 moléculas CO2


44 g
X4 = 1,204 1024 moléculas CO2

e) 1 molécula CO2 2 átomos O


X5 = 2,408 x 1024 átomos O
24
1,204 x 10 moléculas CO2 X5 átomo O

1 molécula CO2 1 átomos C


X5 = 1,204 x 1024 átomos C
24
1,204 x 10 moléculas CO2 X5 átomo C

125
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

2.23.2. Estequiometria em mole/massa

N2 (g) + 3 H2 (g) 2 NH3 (g)


1 mol 3mol 2 mol - coeficientes estequeométricos molares
28 g 6g 34 g - coeficientes estequeometricos mássicos

Exemplo:
Da queima de calcário (carbonato de cálcio) produz-se 80 g de cal viva. Calcule:
A massa do calcário queimado
O nº de mole do anidrido carbónico obtidos
Resolução:
CaCO3 (S) ∆ CaO(S) + CO2↑
100 g 56 g 44 g
m1 80 g m2

a) m1 = 100 g*80 g = 143 g CaCO3


56 g

b) m2 = 80 g*44 g = 63 g CO2 ; n = m = 63 g = 1,4 mol CO2


56 g M 44 g/mol

2.23.3. Volume molar. A lei de Avogadro

Avogadro, Amedeo di Quaregna, Físico italiano (1776-1856) – fundador da teoria


atómico-molecular.

Lei de Avogadro
Volumes iguais de gases diferentes, nas mesmas condições de temperatura e pressão
contém o mesmo nº de partículas ou Gases diferentes, com mesmo nº de partículas, nas
mesmas condições de temperatura e pressão, ocupam sempre o mesmo volume.

Condições Normais de Temperatura e Pressão (CNTP)


Temperatura Normal: T = 0 ºC = 273,15 K
Pressão Normal: P = 1 atm = 760 mm Hg
A equação PV = nRT, chama-se equação de estado de um gás ideal. Ela permite
calcular o volume molar a qualquer condições de temperatura e pressão.

126
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

T = 273 K
Nas CNTP P = 1 atm
n = 1 mol
V=?

R é a constante universal de gases ideais: R = 0,08206 l*atm/mol*K; R = 8,314


J/mol*K

PV = nRT V = nRT = 1 mol*0,08206 l*atm/mol*K 273 K


P 1 atm

1 mol O2 22,4 l 1 mol H2 22,4 l


1 mol CO2 22,4 l 1 mol O3 22,4 l

Condições Padrão (Standard)

Temperatura padrão = 25 ºC = 298 K


Pressão padrão = 1 atm = 760 mm Hg

PV = nRT V = nRT = 1 mol*0,08206l*atm/mol*K . 298K = 24,5 l


1 atm

Uma mole de qualquer gás nas condições standard ocupa 24,5 litros.

NB: 1. quando se pretende resolver um problema, tal que as condições de T e P são


outras, deve-se calcular o volume molar, para essas condições, usando a equação:
PV = nRT
2. A lei de Avogadro só se aplica para substâncias gasosas.

2.23.4. Estequiometria em volume

N2 + 3 H2 2 NH3
22, 4 l : 3*22,4 l : 2*22,4 l CNTP
24,5 l : 3*24,5 l : 2*24,5 l CP

127
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

Exemplo: calcular o volume de CO2 nas Condições Normais de Temperatura e


Pressão (CNTP) libertado na queima de 1 kg de calcário.
Resolução:
CaCO3 (S) ∆ CaO(S) + CO2↑ (g) V = 1000*22,4 l = 224 litros
100 g 22,4 l 100 g
1000 g V

CaCO3 (s) ∆ CaO(S) + CO2↑ m = 1000 * 44 = 440 g ; V = ?


100 g 56 g 44 g 100
1000 g m

1 mol CO2 44 g 22,4 l V = 440*22,4 l = 224 litros


440 g V 44

2.24. Reagente limitante e Reagente em Excesso

Exemplo: Mistura-se 6 moles de H2 e 4 moles de O2. calcule o número de moles da H2O


que se forma.

2 H2 (g) + O2 (g) → 2 H2O (l)


2 mol : 1 mol : 2 mol
6 mol : 4 mol : n mol

8 mol : 3 mol H2 está em défice


6 –8 = - 2 4 – 3 = + 1 O2 está em excesso. o n excesso = 1 mol.

H2 – reagente limitante
O2 – reagente em excesso.

NB: o reagente limitante é aquele que reage completamente, usa-se para cálculos das
quantidades desejadas.

n = 6 mol * 2 mol = 6 mol H2O


2 mol

128
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

2.25. Conceito de Percentagem

Percentagem = razão cujo denominador é 100.


30 1 98
= 30% =1% = 98%
100 100 100

100
Unidade (1) =100 % (“o fulano não bate 100”)
100

2.25.1. Composição Centesimal (percentual)

n
mt = m1 + m2 + m3 + ... mn = Σ mi
i=1

mI nI
% mI = X100% % nI = X 100%
mT nT

vI
% vI = X 100%
vT

m – massa; n – nº de moles; V – volume

Exemplo: Calcule a composição centesimal de sacarose (C12H22O11)


mc = 12*12 = 144 g
mH = 22*1 = 22 g
mO = 11*16 = 176 g

mt = soma = 342 g

% C = mc* 100 % = 144 100 % = 42,11 %


mt 342

% H = mH* 100 % = 22 100 % = 6,43 %


mt 342

% O = mO* 100 % = 176 100 % = 51,46 %


mt 342

Normalmente a % do último componente calcula-se por diferença.

% de O = 100 % - (% C + % H) = 100 %- (42,11 + 6,43) = 51,46 %.

129
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

2.26. Pureza dos Reagentes

2.26.1. Estequeometria que envolve reagentes não puros

Exemplo: que volume de CO2 se obtém da queima de 1 kg de calcário, nas CNTP,


sabendo que calcário tem 83 % de carbonato de cálcio.

CaCO3 (S) → CaO(S) + CO2↑ 1000 g ------ 100 % X = 830 g


100 g ----- 22,4 l X ----- 83 %
830 g ----- V
V = 830 g * 22,4 l = 185,92 l
100 g
Nota-se que em 1 kg (1000 g) de calcário, apenas 830 g são de calcário.

2.27. Conceito de Rendimento ou Grau de Conversão

Exemplo1: O rendimento de uma turma numa escola é dado pela razão entre os
aprovados e n nº total de alunos.

n 0 de aprovados
R= x100% ; um rendimento de 100% é raro.
n 0 total de alunos

Exemplo 2: Um camponês nem tudo o que semeia, colhe no fim da produção. Lembre-se
que há pragas, doença, roubos, etc:
produção obtida
R= x 100 %
Produção que deveria obter

Numa reacção química, o grau de conversão dos reagentes em produtos é dado por:
m exp
R= x100%
m teorico

Onde: mexp - massa experimental (massa real obtida)


mteor - massa teórica (massa obtida pelo cálculo teórico)

Lembre-se que nem tudo que se calcula teoricamente, se obtém


experimentalmente.
Exemplo: Calcular o volume de NH3 que se pode obter a partir de 224 l de N2, na reação
de Habber-Bosch, sabendo que a 500 ºC e 300 atm, o rendimento do processo é de 65%.

130
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

Resolução:
nR T 1x 0.08206 x 773
PV = nRT V= = = 0.21l
P 300

N2 + 3 H 2 2NH3
0,21 l 2 * 0,21 l
224 l Vteor

224x 2 x 0.21
Vteorico = = 448 l
0.21
Vreal R xVteorico 65% x 448
R= x100%; Vreal = = =291.2l
Vteorico 100% 100%

2.28. Determinação de fórmulas


2.28.1. Determinação da fórmula empírica
1 – dividir as massas dos elementos pelas suas respectivas massas atómicas relativas,
afim de se conhecer o número de átomos existentes no composto.

2 – transformar o número de átomos (geralmente o número fraccionário) em números


inteiros, por meio de artifícios de cálculo.

3 – como não se conhece o número exacto de átomos contidos na molécula temos assim
uma fórmula não verdadeira, conhecida por fórmula empírica.

2.28.2. Determinação da fórmula molecular


1º, 2º e 3º mesmo procedimento para a fórmula empírica.
4 – conhecer, directamente ou indirectamente, o valor do peso molecular.
5 – multiplicar a fórmula empírica por “n” (número inteiro e positivo) igualando-a em
seguida ao valor do peso molecular.
6 – efectuar os cálculos para a determinação do valor de “n”.
7 – substituir na fórmula empírica “n” pelo seu valor, determinando-se assim a fórmula
molecular.

Observação: Para n =1, temos a menor fórmula possível, conhecida por fórmula mínima.
Logo, a fórmula molecular coincide com a fórmula mínima ou empírica.
131
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

VII. EXERCÍCIOS
1. Quando ZnCO3 é aquecido, ocorre uma reacção química segundo a seguinte equação:
ZnCO3 (s) → ZnO (s) + CO2 (g)

Um tubo de ensaio foi pesado, um pouco de ZnCO3 foi colocado no tubo e outra vez
pesado. O tubo com ZnCO3 foi aquecido durante algum tempo e, depois de arrefecido,
novamente pesado. Os resultados obtidos foram:

Tubo de ensaio vazio: 19,0 g


Tubo de ensaio + ZnCO3 : 20,0 g
Tubo (depois do aquecimento) com resíduo: 19,9 g
(ZnCO3 = 125 g/mol ZnO = 81 g/mol CO2 = 44 g/mol)

O resíduo no tubo corresponde a:


A) mistura de ZnCO3, ZnO e CO2
B) mistura de ZnCO3 e ZnO
C) ZnO
D) ZnCO3

2. Qual dos seguintes fertilizantes (A, B, C ou D) proporciona maior massa de nitrogénio


por cada quilograma de fertilizante adicionado ao solo?
(Massa atómica N = 14 u.m.a.)
Composto Fórmula Massa Molar
A) Nitrato de amónio NH4NO3 80 g/mol
B) Sulfato de amónio (NH4)2SO4 132 g/mol
C) Nitrato de potássio KNO3 101 g/mol
D) Ureia (NH2)2CO 60 g/mol

3. 0,0486 g de magnésio reage completamente com uma solução de ácido clorídrico em


excesso. O gás hidrogénio (libertado como produto da reacção) numa proveta graduada
ocupa um volume de 47,3 ml. A partir da massa de magnésio, do volume de hidrogénio e
da reacção da equação pode se calcular o volume molar nas condições da reacção.
O volume molar nas condições da reacção é: (Mg = 24,3 g/mol)
A. 23,7 litros
B. 22,4 litros
C. 24,5 litros
D. 25,8 litros

132
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

4. Uma massa de água de 18 g representa:


A) 2 moles de água
B) 18 moles de água
C) 6.10 23 moléculas de água
D) 6.10 23 átomos de hidrogénio e 6.10 23 átomos de oxigénio

5. Um metal M forma um óxido de fórmula M2O3 A massa de 1,0 mol de óxido é 102 g.
Qual é a massa atómica do metal M? (massa atómica de O = 16 u.m.a.)
A. 54
B. 48
C. 27
D. 24

6. Cerca de 18 % da massa do corpo humano provém do átomo de carbono presente em


diferentes compostos. Com base na informação anterior o número de átomo de carbono
no corpo de um indivíduo que pesa 100 kg deve ser aproximadamente a:
(massa atómica de c = 12; Número de Avogadro: 6,02x1023)
A. 1,5.103
B. 9,0.1026
C. 12,0.1023
D. 2,5.1020

7. A massa de oxigénio puro (O2) necessária para queimar 5,0 g de enxofre (S), dado o
dióxido de enxofre (SO2) como único produto é:
(massa atómica: O = 16 u.m.a. ; S = 32 u.m.a.)

A. 2,5 g
B. 15,0 g
C. 10,0 g
D. 5,0 g

133
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

8. O gráfico contém informação sobre o decorrer de uma reacção que progride com a
transformação de reagente em produtos, segundo as quantidades (em mol) indicadas no
gráfico. Todas as substâncias involucradas são gases.
(massa atómica: O = 16 ; H = 1)

Quantidade de reagente
e de produtos
(mol)
2 H 2O

1 O2
H2

*fim da reacção t (seg)

a) Escreva a equação da reacção.

b) O gráfico corresponde a uma reacção irreversível (reacção completa). Justifique esta


afirmação com base no gráfico.

c) Para o reagente em excesso calcule a massa que sobrou.

d) Calcule a massa do produto formado

9. Junta-se soluções aquosas de cloreto de cálcio e de fosfato de sódio. Forma-se um


precipitado. A equação iónico-molecular correcta da precipitação será:
A. Na+(aq) + Cl – (aq) → NaCl(s)
B. 3 CaCl2 (aq) + 2 Na3PO4 (aq) → Ca3(PO4)2 (s) + 6 NaCl (aq)
C. 3 Ca 2+(aq) + 2 PO4 3-(aq) → Ca3(PO4)2 (s)
D. 2 Ca 2+(aq) + 3 PO4 3-(aq) → Ca2(PO4)3 (s)

134
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

10. A reacção de combustão de magnésio é:


2 Mg + O2 → 2 MgO (massa atómica: Mg = 24 u.m.a.; O = 16 u.m.a.)
Em qual das seguintes misturas ficará resíduo (excesso de magnésio igual a 2 g depois da
combustão?
A) 4,8 g magnésio + 3,2 g oxigénio
B) 24 g magnésio + 16 g oxigénio
C) 6,8 g magnésio + 3,2 g oxigénio
D) 6 g magnésio + 4,0 g oxigénio

11. As curvas no gráfico em baixo mostram o volume de hidrogénio produzido durante


diferentes experimentos para investigar a reacção entre o magnésio e o ácido clorídrico.
A curva “x” foi obtida quando excesso de magnésio reagiu com ácido clorídrico 1,0 M a
25 ºC.
Vol de H2

C x B

A
tempo

Qual das curvas (A, B, C ou D), no gráfico, foi obtida quando excesso de magnésio
reagiu com ácido clorídrico 0,5 M a 25 ºC?

E quando reagir com ácido clorídrico 1,3 M a 25 ºC?

12. O cálcio reage com água. Forma-se um precipitado. A equação desta reacção é:
A. Ca (s) + H2O (l) → Ca(OH)2 (s) + H2 (g)
B. Ca (s) + 2H2O (l) → Ca(OH)2 (s) + H2 (g)

C. Ca (s) + 2H2O (l) → Ca 2+ (aq) + 2 OH - (aq) + H2 (g)

D. Ca (s) + 2H2O (l) → Ca 2+ (aq) + 2 OH - (aq) + 2 H2 (g)


135
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

13. Na reacção entre excesso de magnésio e 7,5 ml de H2SO4 a 0,4 M forma-se o volume
máximo de hidrógenio (quando volume molar = 25 litros) de:
A) 22,4 ml
B) 75 ml
C) 25 ml
D) 40 ml

14. O nitrogénio gasoso pode-se obter facilmente a partir do composto sólido NaN3
a) Escreva a equação acertada da reacção de formação de nitrogénio gasoso a partir do
NaN3. (Na equação deve aparecer uma substância como reagente e duas como produtos).

b) Classifique a reacção anterior.

d) Calcule quantas gramas de NaN3 precisam-se para produzir 20,0 litros de gás
nitrogénio.
(Dados: Volume molar = 24,5 l, Massa molar do NaN3 = 65 g/mol)

15. O carbono sólido reage com o oxigénio do ar formando dióxido de carbono gasoso.

a) Escreva a equação da reacção.

b) Classifique a reacção anterior.

c) Calcule quantos litros do gás dióxido de carbono podem-se obter pela reacção de 30
gramas carbono sólido com 100 gramas de oxigénio. (Nota: calcule primeiro a substância
em excesso).
(Dados: massa atómicas: C = 12; O = 16; Volume molar = 24,5 l)

16. Uma mole de átomo de carbono (sólido)


A) tem uma massa de 6 g
B) contem 6.1023 átomos
C) tem massa igual a uma mole de átomo de oxigénio
D) ocupa um volume de 22,4 litros
E)
136
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

17. Óxido de titânio é usado como tinta branca para pintar. Uma amostra da tinta contém
9,6 g de titânio combinado com 6,4 g de oxigénio. Qual é a fórmula da tinta?
(massa atómica: Ti = 48; O = 16)
A. TiO
B. TiO2
C. Ti2O
D. Ti2O4

18. Quando magnésio e enxofre são aquecidos juntos, reagem para formar sulfeto de
magnésio: Mg + S → MgS (massa atómica: Mg = 24 u.m.a.; S =
32u.m.a.)
Em qual das seguintes misturas não ficará resíduo de magnésio nem de enxofre depois do
aquecimento?
A. 2,4 g magnésio + 2,4 g enxofre
B. 3,0 g magnésio + 4,0 g enxofre
C. 3,2 g magnésio + 2,4 g enxofre
D. 3,2 g magnésio + 3,2 g enxofre

19. Qual das seguintes é a equação correcta da reacção entre ferro e cloro para formar
cloreto de ferro III?
A. Fe + 3 Cl → FeCl3
B. Fe + Cl2 → FeCl3
C. Fe + 3 Cl2 → FeCl3
D. 2 Fe + 3 Cl2 → 2 FeCl3

20. As curvas no gráfico em baixo mostram o volume de hidrogénio produzido durante


diferentes experimentos para investigar a reacção entre o zinco e o ácido clorídrico.
A curva “x” foi obtida quando 1 g de zinco em grânulos reagiu com excesso de ácido
clorídrico 2,0 M a 30 ºC.

Vol de H2

C x B

A
tempo
137
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

Qual das curvas (A, B, C ou D), no gráfico, foi obtida quando 1 grama de zinco em pó
reagiu com ácido clorídrico 2,0 M a 30 ºC?

21. 0,25 g de uma mistura de barro e carbono é queimada num processo de combustão
completa. Durante todo o processo o barro não se modificou.
Todo o carbono reagiu segundo a equação: C(s) + O2 (g) → CO2 (g)

O gás formado (CO2) foi dirigido através duma solução de NaOH. Na reacção entre o gás
e a solução formara-se uma solução aquosa de carbonato de sódio e água.
a) Escreva a equação (acertada) da reacção entre o gás e a solução.
------------------------------------------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------------------------------------------------------------------

b) 1,8.10-2 mol de NaOH reagiram com todo o gás CO2. Calcule o número de moles do
gás CO2
------------------------------------------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------------------------------------------------------------------
c) Calcule a massa do carbono na mistura de barro e carbono. (Massa molar de C:12 g/mol)
------------------------------------------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------------------------------------------------------------------
d) Calcule a percentagem de massa de barro na mistura original

------------------------------------------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------------------------------------------------------------------
------------------------------------------------------------------------------------------------------------

22. A formação de NO2 a partir dos seus elementos decorre de acordo com a equação:
A. N + O2 → NO2
B. 2 N + 2 O2 → 2 NO2
C. N2 + O2 → N2O2
D. N2 + 2 O2 → 2 NO2

138
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

30. A Amélia aquece uma substância “A”. Formam-se dois compostos: A substância “B”
e a substância “C”. A equação da reacção é:
substância A → substância B + substância C
Qual das substância A, B ou C com certeza é um composto?
A) Só substância A
B) Só substância B
C) Só substância C
D) Substâncias B e C

23. Numa reacção entre ferro e oxigénio forma-se Fe3O4 Na equação desta reacção os
coeficientes dos reagentes ferro e o oxigénio são respectivamente:
A) 1e2
B) 3e1
C) 3e2
D) 4e3

24. A massa de uma mol de água é igual à massa de:


A) 24 dm3 de água
B) 1 mol de vapor de água
C) 1 molécula de água
D) 2 moles de hidrogénio (H2) e mol de oxigénio (O2)

25. Na equação da reacção seguinte:


2Fe(s) + 3 S (s) → 1 Fe2S3 (s)
Os coeficientes “2” e “3” significam que:
A) 2 moles de Fe reagem com 3 moles de S
B) 2 gramas de Fe reagem com 3 gramas de S
C) 44,6 litros de Fe reagem com 73,2 litros de S
D) 2 ml de Fe reagem com 3 ml de S

26. A formação de óxido de alumínio a partir dos seus elementos decorre de acordo com
a equação:
A. 2 Al2 + 3 O3 → 2 Al2O3
B. 4 Al + 3 O2 → 2 Al2O3
C. Al2 + O3 → Al2O3
D. 2 Al + 3 O → Al2O3

139
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

27. Mistura-se 1,0 mol SO2 (g) e excesso de O2 (g) em presença de um catalisador.
Decorre a reacção:
2 SO2 + O2 → 2 SO3
Num dado instante verificou-se que ainda existia no recipiente 0,40 moles de SO2.
Quantas moles de O2 reagem até essa altura?
A) 0,20 mol
B) 0,30 mol
C) 0,60 mol
D) 1,20 mol

28. Considere a reacção da decomposição do ozono em oxigénio: 2 O3 (g) → 3 O2 (g)


As afirmações acerca desta decomposição:
I A partir de 20 cm3 de ozono formam-se 30 cm3 de oxigénio (P e T constante).
II A partir de 20 g do ozono formar-se-á 30 g de oxigénio.

A afirmação certa é:
A) I e II
B) Só I
C) Só II
D) Nem I, nem II

29. Ao adicionar um pouco de bromo (de cor castanha) a 100 ml de água e agitar, obtém-
se uma solução castanha. Na “linguagem química” este processo é descrito pela:
Br2 (l) + aq → Br2 (aq)
2 Br2 (s) + aq → Br2 (aq)
Br2 (aq) → Br2 (aq) + aq
D) Br2 (l) + aq → 2 Br - (aq)

30. A fórmula molecular da aspirina é C9H8O4. Qual é a sua composição percentual?


(massas atómicas: C = 12 u.m.a; H = 1 u.m.a e O = 16 u.m.a.)

31. A produção de adubo conhecido como superfosfato tem como reacção:


Ca3(PO4)2 (s) + 2 H2SO4 (l) → Ca(H2PO4)2 (s) + 2 CaSO4 (s)
Quantos litros de ácido sulfúrico técnico consome diariamente uma fábrica que produz
0,5 toneladas de Ca(H2PO4)2 por dia?
Ácido sulfúrico contém 98% de H2SO4 e uma densidade de 1,80 g/ml
(massa atómica: Ca = 40 u.m.a., P = 31 u.m.a., O = 16 u.m.a., H = 1 u.m.a., S =
32 u.m.a.)

140
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

32. A necessidade de energia por hora dum astronauta pode ser satisfeita pela energia
libertada na decomposição, dentro de organismo, de 34 g de sacarose, segundo a reacção:
C12H22O11 + O2 → CO2 + H2O

A) indique os estados de agregação das 4 substâncias intervenientes na reacção


anterior á temperatura ambiente (25 ºC)
B) quantos gramas de sacarose devem ser carregados numa cápsula especial para
fornecer a energia necessária ao astronauta, sabendo que ele permanecerá 7 dias
no espaço?
C) Calcule a quantidade de oxigénio necessário para reagir com a sacarose calculada
na alínea anterior.
(massa atómica: C = 12 u.m.a., H = 1 u.m.a., O = 16 u.m.a.)

33. Seja dada a reacção: N2 (g) + H2 (g) → NH3 (g)


que se realiza num recipiente de forma quadrada de 3,8 cm de lado. Foram misturadas
certas quantidades de azoto e hidrogénio. No final da reacção se obtém uma quantidade
de azoto igual ao volume do recipiente.
a) Calcule os nº de partículas de azoto e hidrogénio.
b) Se o volume do recipiente fosse comprimido a 1/3 do volume inicial,
quais seriam as novas quantidades de azoto e hidrogénio.

34. Quantos equivalentes de KI são necessários para reduzir num meio ácido 1mol de
KMnO4 até sal de Mn(II)?
A. 5
B. 4
C. 3
D. 2
35. A fórmula do óxido contendo 50% do enxofre ( massa atómica S=32; O=16) é:
A. SO3
B. SO2
C. SO
D. S2O3

36. Que volume de hidrogénio é necessário para a redução completa de 20 gramas do


óxido de cobre (II)?
A. 5.6 litros
B. 11.2 litros
C. litros
D. litros
141
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

37. Uma determinada solução tem a densidade igual à 1,5 g/ml e 30% em massa de
soluto. A concentração dessa solução, em g/l será:
A. 0,45.
B. 45.
C. 450.
D. 2000.

38. Calcular a fórmula empírica de um composto orgânico sabendo que a sua composição
centesimal é a seguinte: 32% de C; 64% de O e 4% de H.

39. Calcular a fórmula molecular de um composto orgânico, sabendo-se que a sua


composição centesimal, (peso molecular é 118) é a seguinte: 40,67% de C; 23,73% de N;
8,47% de H e 27,13% de O.

39. Determinar a fórmula molecular de um composto, sabendo que a sua composição


centesimal é; 92,31% de C e 7,68% de H e que a sua densidade de vapor em relação ao
hidrogénio é 39.

40. A análise elementar de um composto orgânico X revelou que 4 g desse composto


contém 1,548 g de carbono, 0,645 g de hidrogénio e 1,806 g de nitrogénio. Calcular a
fórmula molecular de X, sabendo que a sua densidade de vapor em relação ao ar é 1,08.

41. É dada a equação C3H6O + 4O2 → 3CO2 + 3H2O. Na combustão total de 12,0*1023
moléculas de propanona (C3H6O), o volume em litros de gás carbónico liberado a 27°C e
1atm de pressão é de:
A. 134,40
B. 10092,60
C. 13,28
D. 147,60

42. É dada a equação NH4NO2 → N2 + 2H2O.


Nas condições normais de temperatura e pressão, pode-se obter, a partir de 500 g de
nitrato de amónio, um volume de nitrogénio, em litros, de:
A. 1428,0
B. 100,0
C. 175,0
D. 142,8
142
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

43. Um quilograma de CaCO3 puro, aquecido a temperatura elevada com carvão


suficiente para a reacção total, levou à obtenção de carbeto de cálcio (CaC2). Este
composto hidrolisado forneceu acetileno. Qual o volume a 27°C e 1atm do acetileno
obtido?

44. O sulfato de ferro II hidratado, quando aquecido a cerca de 120ºC, perde 45,3% de
sua massa. Quantas são as moléculas de água de cristalização no sal hidratado?

45. Calcule o volume de metano a 127ºC e pressão de 1atm obtido pela reacção de 72 g
de Al4C3 e excesso de água.
Al4C3 + 12H2O → 3CH4 + 4Al(OH)3

Considerando a reacção, não-balanceada,


H2S + Cd(NO3)2 → CdS + HNO3

partindo-se de 0,5 g de nitrato de cádmio, obtém-se:


A. 0,31 g de CdS numa reacção de simples troca.
B. 0,31 g de CdS numa reacção de óxido-reducao.
C. 0,31 g de CdS numa reacção de dupla troca.
D. 0,27 g de HNO3 numa reacção de simples troca.

46. A reacção entre duas substâncias A e B se realiza de acordos com a equação química:
A + B2 → AB2
Para obtenção da substância AB2 foram realizadas, nas mesmas condições, três
experiências, não havendo, em nenhuma delas, excesso de reagentes. Alguns valores
fornecidos por estas experiências constam do quadro que se segue:
Massa em gramas
Experiência A B2 AB2
1 3,6 13,2
2 x 8,0 y
3 40 z

143
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

Os valores de X, y e z em gramas são, respectivamente:


A. 18; 26; 130.
B. 12; 20; 100.
C. 5; 13; 65.
D. 3;11; 55.

47. Que peso de zinco puro liberta 3,01*1027 molécula de hidrogenia após a acção de
ácido em excesso?
A. 0,325 kg
B. 3,250 kg
C. 32,50 kg
D. 325,0 kg

48. Dadas as equações desequilibradas:


I) Fe + H2O → Fe3O4 + H2
II) H2 + CO → C2H6O + H2O
quantos gramas de ferro são necessários para produzir hidrogénio suficiente para se obter,
23 g de C2H6O?
A. 8,4 g
B. 84 g
C. 840 g
D. 84,5 g

49. Dada a equação não-balanceada:


H2SO4 + NaOH → Na2SO4 + H2O,
qual a massa de hidróxido de sódio que reage e qual a massa de sulfato de sódio que se
forma quando 98 g de ácido sulfúrico são consumidos?
A. 80g e 142g
B. 160g e 142g
C. 80g e 71g
D. 142g e 80g

144
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

50. As actuais reservas de carbono fóssil são estimadas em 6,5*1012 toneladas. Se todo
esse material sofresse combustão total, a quantidade de CO2 produzida seria:
A. 3,8 kg
B. 5,1 kg
C. 6,5 kg
D. 7,6 kg

51. Escreva e acerte as equações das reacções químicas:


a) Zinco reage com ácido clórico, formando clorato de zinco e libertando
hidrogénio.
b) Potássio reage com enxofre, formando sulfureto de potássio.
c) Combustão do sódio, originando óxido de sódio.
d) Monóxido de nitrogénio e água são produtos da reacção entre o amoníaco e o
oxigénio.
e) Alumínio reage com o iodo, originando iodeto de alumínio.
f) Os produtos de reacção são hidróxido de crómio (III) e nitrato de bário, obtidos da
reacção do hidróxido de bário com o nitrato de crómio (III).
g) Cloreto de ferro (II) reage com cloro, formando cloreto de ferro (III).
h) Nitrato de chumbo (II) decompõe-se em óxido de chumbo (II), dióxido de
nitrogénio e oxigénio.
i) Combustão completa do Pentano.
j) Hidróxido de cálcio reage com sulfato de alumínio, formando sulfato de cálcio e
hidróxido de alumínio.
k) Óxido de cobre (II) reage com ferro, formando cobre metálico e óxido de ferro (II,
III).
l) Óxido de alumínio é o produto da reacção entre o alumínio e o oxigénio.
m) Sulfato de bário, amoníaco e água são os produtos da reacção entre o sulfato de
amónio e o hidróxido de bário.

52. Calcule as massa moleculares dos compostos:


a) PbO
b) 5O2
c) Fe2O3
d) Al2O3
e) HNO3
145
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

53. Qual é o volume ocupado nas CNTP por 84 g de gás nitrogénio?

54. Quantos gramas de gás carbónico são necessários para ocupar o volume de 56 l, nas
CNTP?

55. Qual é o número de moléculas existentes em 336 l de gás oxigénio, nas CNTP?

56. Quantos moles estão contidos em 1 g de H2O?

57. Quantas moléculas de água estão contidas em 1 g de água.

58. Qual a massa molar de 1 mol de Al, sabendo que tem massa atómica igual a 27 g.

59. Quantos gramas há em:


a) 2 mol de enxofre
b) 0,2 mol de HgO

60. Queimando-se 60 g de C, forma-se 220 de CO2. Qual é a massa de O2 que interveio


na reacção?

61. Quando o H2 reage com o O2 para formar H2O, verifica-se que:


2H2 (g) + O2 (g) → 2H2O (l)

62. Calcule as massas de H2 e O2 necessárias para formar 36 gramas de H2O.

63. O Fe e o S reagem formando FeS (II). A proporção fixa das massas dos reagentes é
de 7:4, respectivamente.
a) Quantos gramas de Fe são necessários para reagirem com 32 g de S e quantos
gramas de FeS se formam após a reacção?
b) Quantos gramas de S podem reagir com 84 g de Fe?
c) Quantos gramas de Fe e de S são necessários para formar 99 g de FeS (II)?

64. As substâncias Ca e O2 ao reagirem formam CaO. A proporção das massas dos


reagentes é de 5:2. Temos 25 g de Ca e 12 g de O2 para reagir.
a) Qual é a substância que está em excesso e quantos gramas são?
b) Quantos gramas de CaO teremos após a reacção?
146
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

65. Calcule a massa de ZnCl2 que se produziu a partir da reacção de 10 g de Zn com


HCl.

66. Quantos gramas de ZnCl2 podem formar-se a partir de 10 g de Zn e 5 g de HCl?

67. A termólise de CaCO3 dá CaO e CO2. Quantos gramas de CaO se formam a partir de
11 kg de CaCO3 e quantos litros de CO2 se libertam?

68. A termólise de clorato de potássio dá O2 e KCl.


a) Quantos gramas de KClO3 são necessários para a produção de 19,2 g de O2?
b) Quantos gramas de KCl se formarão?

69. Qual é o volume de H2 medido em CNTP que se forma na reacção de 26 g de Zn


com quantidade suficiente de HCl.

70. Um composto contém: 27,06% de Na; 16,4% de N e 56,47% de O. Determine a


fórmula do composto.

71. Qual é o volume de cloro necessário para a cloração completa de 10 litros de


metano.

147
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

9. TERMOQUÍMICA
A palavra termo significa calor, e, então, termoquímica relaciona-se com a química de
calor.
Termoquímica – capítulo da química que estuda os efeitos energéticos nos processos
químicos. Existem reacções endotérmicas (absorvem calor) e exotérmicas (libertam
calor). De uma forma geral as reacções de combustão e de síntese são exotérmicas.
N2 + 2 O2 → CO2
C + O2 → CO2 combustão
P4 + 3 O 2 → 2 P 2O 3
Exotérmica: ∆H < 0
N2 + 3H2 → 2 NH3
2 Na + Cl2 → 2 NaCl reacção de síntese (formação)
H 2 + I2 → 2 HI
As reacções de decomposição são endotérmicas (∆H > 0)

CaCO3 → CaO + CO2


N 2O 4 → 2 NO2 Endotérmica; ∆H > 0
2 NH3 → N2 + 3 H2

Todos os processos químicos são acompanhados por alteração de conteúdo energético


(calor). A energia envolvida num processo químico chama-se Calor de Reacção (∆Hr).

NOTA: Calor é uma forma de energia.


Quando as reacções decorrem à pressão constante, fala-se de entalpia da reacção (H)
em vez de calor de reacção (Q).

Entalpia (H): é calor à pressão constante.


A variação de entalpia duma reacção (∆Hr) é uma função de estado, isto quer dizer
que só depende dos estados inicial e final, não depende do caminho da reacção.

∆Hr = HP - HR Onde: HP – Entalpia de Produto


HR – Entalpia de Reagente

148
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

Como medida, da probabilidade do estado do sistema em termodinâmica foi adoptado e


entropia S do sistema, a estropia tem dimensão da energia dividida pela temperatura.
Habitualmente ela é relacionada com um mole de substância (entropia molar) e expressa-
se em J/(mol*K).

No caso da entropia é valida a afirmação, semelhante à que se analisou anteriormente


no caso da ∆H: a variação da entropia do sistema durante uma reacção química (∆S) é
igual à soma das entropias dos produtos, menos a soma das entropias das substâncias
iniciais.
Da mesma forma que quando se calcula a entalpia, a soma deve ser feita tendo em
conta o número de moles das substâncias que intervêm na reacção.
A função do estado que traduz ao mesmo tempo a influencia de ambas as tendências
que atrás indicamos sobre a orientação da direcção dos processos químicos é a energia de
Gibbs, que se encontra ligada à entalpia e à entropia através da seguinte equação:
G = H – TS
e a variação da energia de Gibbs é igual a:
∆G = ∆H – T∆S
À semelhança da ∆H e da ∆S, a variação de energia de Gibbs, ∆G, durante a reacção
química é igual à soma das energias de Gibbs de formação dos produtos da reacção,
menos a soma das energias de formação das substâncias reagentes. Somando, deve ter
em consideração o número de moles de cada substância que intervêm na reacção.
A influencia dos sinais de ∆H e de ∆S sobre a orientação das reacções

9.1. Teoria Cinética (Teoria das Colisões)

Condições para que decorra uma reacção química:


1. Presença de partículas reagentes.
2. Movimento desordenado das partículas.
3. Colisões (choques) entre as partículas.
4. Para que as colisões ocorram as partículas devem ter uma energia mínima necessária
para dar o arranque. Essa energia mínima chama-se Energia de Activação (Ea

149
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

5. As colisões devem dar-se com uma orientação favorável para que esses átomos sejam
separados e outros unidos. Esses Choques chamam-se Colisões Eficazes ou Choques
Eficazes (eficazes).

Choque ineficaz

Choque eficaz

9.2. Gráfico de Entalpia

H
CA
HcA
∆H = HP - HR
Ea2 HcA = HR + Ea1 ou HcA = Ea2 + HP
P
HP Ea1
∆H
R
HR

0
decurso de reacção t

H - entalpia ∆H - Variação da Entalpia


t - tempo CA - Complexo activado
HR - Entalpia dos reagentes HcA – Entalpia de complexo activado
HP - Entalpia dos produtos
Ea1 - Energia de activação da reacção directa [Reagente (R) → Produto (P)]
Ea2 - Energia de activação da reacção inversa [Produto (P) → Reagente (R)]

9.3. Equação Termoquímica

Dá-se o nome de equação termoquímica à equação representativa de uma reacção, que


mostra:
quais os reagentes e produtos;
qual o estado físico de cada reagente e produto;
150
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

a variação de entalpia ou calor de reacção;


a temperatura e a pressão em que a reacção ocorre.

Exemplo:

S(l) + O2(g) → SO2 (g) ∆H = -71 kcal/mol (25ºC , 1 atm)

9.3.1. Reacção Endotérmica

H
∆H = HP - HR
HP > H R
P ∆H > 0
HP
R ∆H > 0
HR

9.3.2. Reacção Exotérmica

H
∆H = HP - HR
HP < H R
R
HR ∆H < 0
∆H < 0
P
HP

t
Pode-se esquematizar uma reacção de seguinte forma:

Reagente activação transformação Produto


Estado activado
dos reagentes

No estado activado verifica-se um enfraquecimento das ligações, quebram-se as


ligações entre as moléculas, átomos e iões; os átomos ficam soltos, disponíveis a um
novo arranjo para formar produto.
151
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

aquece a arrefece a
vizinhança vizinhança

Reacção Reacção
Exotérmica Endotérmica
Exo = para fora Endo = para dentro

9.4. Tipos de Calor (Variação de Entalpia)


9.4.1. Entalpia de Formação (∆Hº formação)

∆H formação – é a entalpia necessária para a formação de 1 mole de composto a


partir de substâncias simples (elementos).
Ex: H2 (g) + 1/2 O2 (g) → H2O (g) , ∆Hºform = - 242 kj/mol

Os valores das ∆Hºformação das substâncias encontram-se em tabelas. Convencionou-se


que ∆Hºformação de substâncias simples é igual a zero.

9.4.2. Entalpia de Decomposição (∆Hºdecomp)

É a energia necessária para decompor uma mole de um composto nos seus elementos.
Como a decomposição é um processo inverso à formação; ∆Hºdecomp = - ∆Hºform
Ex: H2O(g) → H2 (g) + 1/2 O2 (g) ∆Hºdecomp = 242 kJ/mol

9.4.3. Entalpia de Ligação (∆Hºlig)

È a variação de energia durante a ligação de átomo para átomo para formar uma mole
de substância, seja ela simples ou composta.
Ex: H(g) + H(g) → H2 (g) ∆Hºlig = - 103 kJ/mol
Ex: H(g) + Br(g) → HBr (g) ∆Hºlig = - 87 kJ/mol

152
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

9.4.4. Entalpia de Dissociação (∆Hºdissoc)

É o calor gasto para quebrar as ligações numa molécula formando átomos. A


dissociação é um processo inverso a ligação e por isso; ∆Hºdiss = - ∆Hºlid
Ex: H2 (g) → H(g) + H(g) ∆Hºdiss = 103 kJ/mol
Ex: HBr (g) → H(g) + Br(g) ∆Hºdiss = 87 kJ/mol

9.4.5. Entalpia de Combustão (∆Hºcomb)

É o calor libertado durante a combustão de uma mole de substância.


Ex: C + O2 → CO2 ∆Hºcomb = - 393,5 kJ/mol
Ex: CO + 1/2 O2 → CO2 ∆Hºcomb = - 283,0 kJ/mol

9.5. Cálculo de ∆Hº Reacção (∆HºR)

Para a reacção:

aA + bB → cC + dD
[c ∆Hºf (C) + d ∆Hºf (D)] - [a ∆Hºf (A) + b ∆Hºf (B)]

Exemplo: Calcule ∆Hº da reacção seguinte:


Fe2O3 (s) + 3 CO(g) → 2 Fe(S) + 3 CO2 (g)

∆Hºf (kj/mol) - 882,2 - 110,5 - 394


Substância Fe2O3 CO CO2

∆HºR = 3 ∆Hºf (CO2) + 2 ∆Hºf (Fe) – [ ∆Hºf (Fe2O3) + 3 ∆Hºf (CO) ]


∆HºR = 3 (- 394) + 2 (0) – [ - 822,2 + 3 (-110,5)]
∆HºR = - 691, kJ/mol ∆Hº < 0 → reacção exotérmica

153
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

9.6. Estequiometria Envolvendo Calor das Reacções

Exemplo: Existem na natureza várias formas de carbono na forma de carvão mineral:


Antracite 90 – 95 % de C
Hulhá 88 % de C
Lenhite 65 % de C
Turfa 20 – 40 % de C
Calcule o calor produzido na queima de uma tonelada de lenhite, se ∆Hº combustão
de carbono é de – 393,5 kJ/mol.

C + O2 → CO2 1 mol – 12 g - 393,5


kJ
1 t = 106 g 100 % 65 . 104 g Q
X 65 %
4
X = 65 . 10 Q = - 2,13.107
X – é a massa de carbono em 1 tonelada Durante a combustão (queima) de
de lenhite 1 ton de lenhite liberta-se 2,13.107 kJ

9.7. Lei de Hess (1840)

∆Hº da reacção é uma função de estado, quer dizer que não depende do caminho
percorrido, só depende dos estados final e inicial.

• B (fim)

∆HAB = ∆HB - ∆HA

A •(inicio)
As reacções termoquímicas podem ser consideradas como equações algébricas, com
todas as operações matemáticas permitidas.

Ex1:
CO C + 1/ 2 O 2 → CO , ∆H1
CO + 1/2 O2 → CO2 , ∆H2
∆H1 + 1/ 2 O 2
1
+ /2 O 2 ∆H2 C + O2 → CO2 , ∆H

∆H ∆H = ∆H1 + ∆H2
C CO2
O2
154
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

9.7.1. Regras de manipulação de equações termoquímicas

1. Quando uma equação é invertida (reescrita numa direcção oposta), o sinal de ∆H é o


simétrico (“deve ser invertido”) (∆Hreacção directa = - ∆Hreacção inversa);

2. O cancelamento de fórmulas de substâncias, nos reagentes e nos produtos, deve ser


feito para espécies no mesmo estado de agregação (físico);

3. Se todos os coeficientes de uma equação são multiplicados ou divididos pelo mesmo


factor, o valor de ∆H da reacção, igualmente, deve ser modificado.
Ex2: O CO é geralmente usado na metalurgia para a remoção de oxigénio dos óxidos
e, deste modo, obter metais livres. A equação termoquímica da reacção do CO com o
óxido de ferro (III) é:
[1] Fe2O3 (s) + 3 CO (g) → 2 Fe (s) + 3 CO2 (g) ∆H° = -26,7 kJ
Use esta equação e a equação de combustão do CO,
[2] CO (g) + 1/2 O2 (g) → CO2 (g) ∆H° = -283,0 kJ
para calcular o valor de ∆H° para a equação de reacção seguinte:
2 Fe (s) + 3/2 O2 (g) → Fe2O3 (s) ∆H° = ?

Análise: Não podemos, simplesmente, adicionar as duas equações, pois assim não
obteremos a equação pretendida. Primeiro temos de manipular as equações, depois
adicioná-las e só assim obteremos a equação do problema colocado.

Resolução: Podemos manipular as duas equações dadas usando o seguinte raciocínio:

1. Temos de tentar colocar o ferro atómico no lado dos reagentes (esquerdo). Assim
invertemos a segunda equação. Logo, devemos inverter o sinal de ∆H°. Repare que
após esta operação, automaticamente, colocamos o óxido de ferro (III) [não trióxido
de ferro] no lado dos produtos (direito). Então teremos a equação (1’):
2 Fe (s) + 3 CO2 (g) → Fe2O3 (s) + 3 CO (g) ∆H°’ = -∆H° = - (- 26,7 kJ)=
+ 26,7 kJ
155
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

2. Na equação global, deve háver 3/2 O2 nos reagentes. Após a adição das equações,
deve haver cancelamento de 3 CO e 3 CO2, pois não aparecem na “equação
problema”.

Assim, multiplicando a segunda equação [2] dada por 3 (incluindo o valor ∆H°),
obteremos os coeficientes necessários.
3CO (g) + 3/2 O2 (g) → 3CO2 (g) ∆H°’ = 3 x ∆H° = 3 x (- 283,0 kJ) =
- 849,0 kJ
Colocando as duas “equações manipuladas”, [1’] e [2’], e somando-as teremos:
2 Fe (s) + 3 CO2 (g) → Fe2O3 (s) + 3 CO (g) ∆H°’ = + 26,70 kJ
3CO (g) + 3/2 O2 (g) → 3CO2 (g) ∆H°’ = - 849,0 kJ

Soma: 2 Fe (s) + 3/2 O2 (g) → Fe2O3 (s) ∆H° = - 822,3 kJ

156
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

VIII. EXERCÍCIOS
1. O fosforo P4 , exposto ao ar queima expontaneamente para dar P4O10 ; a ∆Η para essa
reacção é - 712 kCal/mol de P4. A quantidade de calor produzida quando 2,48 g de
fósforo são queimados é:

A. 71,20 kCal
B. 10,40 kCal
C. 17,65 kCal
D. 14,24 kCal

2. De acordo com as seguints entalpias de formação:

CO2 (g) = - 94,1 kCal

H2O(ℓ) = - 68,3 kCal

C2H2(g) = + 54,2 kCal

A quantidade calor fornecida pela combustão de 260 g de acetileno é:


A. 621,4 kCal
B. 2174 ,9 kCal
C. 15 53,5 kCal
D. 932,0 kCal
E. 3107,0 kCal

3. As entalpias de formação de SO2(g) e SO3(g) são respectivamente -71,20 e –94,0 kCal.


A variação da entalpia da recção SO2(g) + ½O2(g) → SO3(g) é:

A. +165,0 kCal
B. – 22,8 kCal
C. –165,0 kCal
D. – 46,0 kCal
E. + 22,8 kCal

157
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

4. De acordo com os seguintes dados :

H2O2 (ℓ) → H2 (g) + O2 (g) ∆Η = + 200 kj/mol de H2O2


H2O2(ℓ) → H2O(ℓ) + ½O2 (g) ∆Η = – 90 kj/mol de H2O2

Qual é a variação de entalpia na formação de 1 mol de H2O(ℓ) a partir de seus elementos


constituintes ?

A. – 110 kj
B. - 380 kj
C. + 110 kj
D. – 290 kj
E. + 290 kj

5. As questoes 5 e 6 referem–se aos seguintes dados a 25° C e 1 atm:

2Al(s) + Fe2O3 (s) → Al2O2 (s) + 2 Fe (s) ∆Η = – 200 kCal/mol

6. Quanto de aluminio deve reagir com Fe2O3, a fim de se obter quantidade de calor
necessária para fundir 1 mol de um metal cujo calor de fusão é 4 kCal/mol?

A. 8 mol
B. 4mol
C. 0,4 mol
D. 0,04 mol
E. 0.08 mol

7. Sabendo – se que a ∆Η de formação do Al2O3(s) é igual a - 400kCal /mol, qual deve


ser a ∆Η de formação do Fe2O3(s)?

A. – 100 kCal
B. – 200 kCal
C. – 300 kCal
D. – 400 kCal
E. – 600 kCal

158
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

8. O grafico abaixo indica os calores de combustão do enxofre momoclinico e do


enxofre rombico, a 25° C. Sendo ∆Η1 = - 71,1 kCal /mol e ∆Η2 = - 71,0 kCal
,podemos concluir que a variação de entalpia da transformação do enxofre rombico
para o enxofre monoclinico,nas condicoes da experiencia, e:

A. – 0,1 kCal /mol D. -142 kCal/mol


B. + 0,1 kCal/mol E. + 142 kCal/mol
C. + 0,2 kCal/mol
Entalpia
Smonoclínico + O2

Srômbico + O2

∆H1 ∆H2
SO2 (g)

9. Qual é a massa de água que pode ser aquecida de 20° C a 100° C pela queima
completa de 120 kg de carvao (admitindo – se com o carbono puro ), sabendo – se
que a combustão liberta 94 kCal por atomo – grama de carbono queimado?

A. 11750 Kg
B. 9400 Kg
C. 5875 Kg
D. 11,75 Kg
E. 5,875 Kg

10. A equação termoquímica : CH4 (g) → C (g) + 4H (g) ∆Η = + 1 660 kj/mol

Indica uma reacção:

A. exotérmica a pressão constante.


B. exotérmica a temperatura constante.
C. exotérmica a volume constante
D. endotérmica a pressão constante
E. endotérmica a temperatura constante
159
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

11. Dadas as reacções abaixo e suas respectivas variações de entalpia:


H2 (g) + ½O2(g) → H2O (s) ∆Η1
H2 (g) + ½O2(g) → H2O (ℓ) ∆Η2
H2 (g) + ½O2(g) → H2O (v) ∆Η3
Pode – se afirmar que:
A. ∆Η1 > ∆Η2 > ∆Η3 D. ∆Η2 + ∆Η3 = ∆Η1
B. ∆Η1 < ∆Η2 < ∆Η 3 E. ∆Η2 = ∆Η2 = ∆Η3
C. ∆Η1 + ∆Η2 = ∆Η3
12. Calculando – se a quantidade de calor libertada, nas mesmas condições de
temperatura e pressão, pela combustão de uma mol de hidrogénio para formação,
respectivamente, de água gasosa, de água líquida e de água sólida.
A. encontra-se o mesmo valor nos três casos.
B. encontra – se o mesmo valor na formação de água líquida e de água sólida.
C. verifica - se que há maior libertação na formação de água gasosa.
D. verifica – se que há maior libertação na formação de água de água líquida.
E. verifica – se que há maior libertação de calor na formação de água sólida .

13. Quando em uma reacção química verifica – se, a uma dada temperatura, a entalpia
dos produtos é maior que a entalpia dos reagentes, diz – se que a reacção é:
A. endotérmica.
B. exotérmica.
C. isotérmica.
D. espontânea.
E. não–espontânea.

14. Se A, B e C representam substâncias que participam das reacções :


A→B ∆Η = - 10 kCal
B→C ∆Η = + 5 kCal
Pode – se prever a reacção : C → A apresentara uma entalpia de reacção igual a:
A. 15 kCal
B. 10 kCal
C. 5 kCal
D. –5 kCal
160
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

E. - 15 kCal
15. Dadas as reacções :

C + 2H2 → CH4(g) ∆Η = - 20,5 kCal


CH4 + O2 → CO2 + 2H2O(ℓ) ∆Η = - 212,8 kCal
C + O2 → CO2 ∆Η = - 96,7 kCal
O calor de combustão, a 25° C e pressão de uma atmosfera,da reacção:
H2 + ½ O2 → H2O(ℓ)

A. 330 kCal.
B. 95,6 kCal
C. 47,8 kCal
D. 144,5 kCal

16. Com base no diagrama energético abaixo, podemos afirmar que :

Energia
E

A B

C D Y

Caminho da Reacção

A. representa a energia de activação de uma reacção exotérmica sem catalisador .


B. representa a entalpia de uma reacção endotérmica .
C. representa a energia de activação de uma reacção exotérmica sem catalisador.
D. representa a energia de activação de uma reacção endotérmica catalisada.
E. representa a energia do composto formado na reacção .

17. Dadas as equações de combustão :

Camorfa + O2 (g) CO2(g) + 96,7 kCal

CO (g) + ½O2 (g) CO2(g) + 67,7 kCal

e a equação C amorfa Cgrafite + 2,7 kCal


161
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

determine o calor libertado na reacção : C grafite + ½O2 (g) CO (g)

18. Sabendo–se que as entalpias de formação, em kCal/mol, do gás carbónico, da água e


do propano são -94, -68 e -34, respectivamente, a entalpia de combustão do propano,
em kCal /mol, é igual a:

A. – 196
B. - 162
C. – 520
D. - 128
E. - 102

19. A partir dos dados :

I) H2 (s) + ½O2 (g) H2O(ℓ) ∆Η = - 68, 3 kCal.mol-1

II) CaO(s) + H2O(ℓ) Ca (OH)2 ∆Η = - 15,3 kCal.mol-1

III) Ca(s) + ½O2(g) CaO (s) ∆Η = - 151,8 kCal.mol-1

A entalpia de formação do Ca(OH)2(s) é:

A. - 15,3 kCal . mol-1


B. + 15,3 kCal . mol -1
C. – 235,4 kCal . mol-1
D. – 220,1 kCal . mo-l
E. + 220,1 kCal .mol -1

20. Considerando – se as equações de combustão abaixo e os respectivos calores de


reacção a 25° C :

C2H4 (g) + 3O2 (g) → 2CO2 (g) + 2H2O (ℓ) ∆Η = - 337,3 kCal

H2 (g) + ½ O2 (g) → H2O (ℓ) ∆Η = - 68,3 kCal

C2H6 (g) + 7/2 O2 (g) → 3H2O (ℓ) + CO2 (g) ∆Η = - 372,8 kCal

Calcule o calor da reacção, a 25° C, do sistema:


C2H4(g) + H2(g) → C2H6(g)

162
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

163
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

21. Calcular o calor de hidrogenacao do etileno para se obter etano,sabendo-se que o


calor de combustão do etileno e 331,6 kCal /mol e do etano e 368,4 kCal /mol, e que
o calor de formação da água e de 68,4 kCal.

A. – 36,8 kCal
B. + 36,8 kCal
C. + 31,6 kCal
D. + 100,2 kCal
E. n.d.a

22. É dada a equação:

Cgrafite + 2S rombico → CS2 líquido

Quando se aquece grafite com enxofre rômbico, constata–se que, para a formação 3,8 g
de CS2, ocorre absorção de 950 calorias. O calor de formação do CS2, em quilocalorias,
é:

A. + 4,00.
B. + 19,00.
C. – 4,00.
D. – 19.00
E. + 3,61.

23. Mostre qual dos gases, hidrogénio, monóxido de carbono ou metano, liberta maior
quantidade de calor por mol, à temperatura ambiente, quando utilizado como
combustível na presença de excesso de oxigénio como comburente. Entalpias de
formação (kJ/mol):

H2O(ℓ) : - 285; CO2(g) : - 390; CO (g) : -108 e CH4(g) : - 75.

24. A combustão de 5,0 g de uma amostra de carbono gerou, num calorimetro, 30 kCal.
Determine a percentagem em peso de carbono na amostra. Admitir que as impurezas
não são substâncias combustíveis.

Dado: calor de combustão do carbono: ∆Η = -96,7 kCal/mol.


164
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

25. Calcule a energia da ligação Br-Br, sabendo que para reacção representada pela
equação:

Br2 (g) + H2 (g) → 2 HBr (g) ; ∆H = -26 KCal

Energia de ligação: H-H = 103 KCal/mol; H-Br = 87 KCal/mol

26. 25. Numa experiência termoquímica misturam-se as seguintes soluções. As


temperaturas de todas as soluções antes de misturá-las são iguais.

I 25 ml 1,0 M HCl e 25 ml 1,0 M NaOH


II 25 ml 1,0 M HCl e 25 ml 2,0 M NaOH
III 25 ml 1,0 M H2SO4 e 25 ml 1,0 M NaOH
IV 25 ml 1,0 M H2SO4 e 25 ml 2,0 M NaOH
Durante os quatro processos a temperatura aumenta porque as reacções entre ácidos e
bases são exotérmicas: H3O+ (aq) + OH – (aq) → 2 H2O (l); ∆H < 0

Depois das reacções as temperaturas são:


A. diferentes para as 4 misturas
B. iguais para as misturas I e III e também para II e IV
C. iguais para as misturas I, II e III
D. iguais para todas as misturas

27. Dada as seguintes reacções e as entalpias de formação:

2 P (s) + 3 Cl2 (g) → 2 PCl3 (l) ∆H = - 635 kJ


PCl3 (l) + Cl2 (g) → PCl5 (s) ∆H = - 137 kJ
A partir destes dados calcula-se a entalpia de formação do PCl5 (s):
A. – 455 kJ/mol
B. – 498 kJ/mol
C. – 772 kJ/mol
D. – 567 kJ/mol

165
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

28. Em que molécula distância internuclear entre átomos de carbono é mínima e a


energia de activação é máxima?
A. C2H6
B. C2H4
C. C2H2
D. C6H6

29. Com base nos processos termoquímicos dados a 25 C:


C(diamante) + O2(g) --------- CO2 (g) ; ∆H= -395,4 Kj.
C(grafite) + O2(g) --------- CO2 (g) ; ∆H= -393,5 Kj.
Pode se dizer que a energia padrão da transformação C(grafite) --------- C(diamante) é
igual a:
A. – 788,9 Kj.
B. + 1,9 Kj.
C. – 1,9 Kj.
D. + 788,9 Kj.

30. Durante a combinação de 2,1 g de ferro com enxofre libertaram-se 3,77kJ. Qual é o
calor de formação do
sulfureto de ferro ∆Ho?
A. –90,2 kJ/mol
B. –100,3 kJ/mol
C. –110,4 kJ/mol
D. –120,5 kJ/mol.

31. Em qual dos seguintes casos não é possível levar-se a cabo a reacção a qualquer
temperatura?
A. ∆Ho>0, ∆So> 0
B. ∆Ho>0, ∆So< 0
C. ∆Ho<0, ∆So> 0
D. ∆Ho<0, ∆So< 0.

166
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

32. O diagrama apresenta o efeito energético do processo de dissolução duma mol de


cloreto de amónio. Faça a sua escolha:

NH4 +(aq) + Cl –(aq)

NH4Cl(s)

Decurso da reacção

A. O processo é exotérmico e a reacção liberta calor.


B. O processo é exotérmico e a reacção absorve calor.
C. O processo é endotérmico e a reacção liberta calor.
D. O processo é endotérmico e a reacção absorve calor.

33. A equação seguinte mostra uma reacção exotérmica:


Mg (s) + 2 HCl (aq) → MgCl2 (aq) + H2 (g)
Qual afirmação relacionada a esta reacção exotérmica, é falsa:
A. o cloreto de magnésio é solúvel em água
B. 1 mol magnésio produz 1 mol de gás de hidrogénio
C. a soma de energia interna dos produtos é maior do que a soma de energia interna
dos reagentes
D. o magnésio é um metal não nobre

34. Uma fábrica de vidro consome 2600 kJ de energia/kg de vidro produzido. A


quantidade de energia necessária é obtida da combustão de uma certa quantidade de
metano, composto cuja a entalpia de combustão é de – 900 kJ/mol.
a) Calcule a entalpia de combustão de metano em kJ/kg;
b) Pressupondo que a fabrica produz 1 tonelada de vidro por dia calcule a quantidade
de metano, em kg consumida por dia naquela fabrica;
c) Calcule o volume de oxigénio, medido em CNTP, necessário para a queima da
quantidade de metano calculada na alínea anterior;
(masass atómicas: C = 12, H= 1, O = 16)

35. Qual das seguintes reacções é redox?


A. CH3COO –(aq) + H3O+(aq) → CH3COOH (aq) + H2O
B. Pb 2+(aq) + SO4 2- (aq) → PbSO4 (s)
C. Mg (s) + Br2 (l) → MgBr2 (s)
D. Fe(OH)2 (s) → Fe2+ (aq) + 2 OH –(aq)
167
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM
Centro de Preparação dos Exames de Admissão para Ensino Superior
Justino Rodrigues(Coord.), E-mail: rjustino20@yahoo.com.r, Cell: 82 0432 760 www.cpeaes.ac.mz , info@cpeaes.ac.mz

36. A entalpia de combustão de metano (g) é de – 8,90 .102 kJ/mol pela combustão de 1
m3 de metano liberta-se uma certa quantidade de energia (entalpia). Essa quantidade em
kJ é: Vm = 24,2 l.
4
A. – 3,68 x 10
B. - 3,68 x 102
C. - 2,15 x 107
D. -2,15 x 104

Aranjos, compilação, organizaçào, maquetizaçào e Capa


Por: Justino Mariano Jamal Rodrigues

Contactos:
E-mail: rjustino20@yahoo.com.br ou rjustino20cpeaes.ac.mz
Cell: +258-820432760

Maputo, aos 10 de Março de 2009

FIM DO VOLUME:I

168
Elaborado por: Alcides Sitoe (E-mail: alcidessitoe.sitoe@yahoo.com.br, Cell: 82 28 89 770)
Departamento de Quimica, Faculdade de Ciências - UEM

Você também pode gostar