Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Diagnóstico e Tratamento
das Lombalgias e Lombociatalgias
OBJETIVOS:
Oferecer informações sobre o diagnóstico e tratamento das lombalgias e
lombociatalgias;
PROCEDIMENTOS:
Diagnósticos e terapêuticos para as lombalgias e lombociatalgias.
I NTRODUÇÃO
manter os pés fixos no mesmo lugar. Este sinal Infecção bacteriana recente, dependentes
costuma ser positivo na estenose do canal15(B). químicos, imunossuprimidos;
dor com piora noturna;
Sinal das pontas dor com piora em decúbito dorsal.
informações sobre a fisiologia da raiz nervosa pernas num ângulo de 90º com as coxas e, um
envolvida, ajudando a compor a relevância clínica, mesmo ângulo destas com a bacia, objetivando a
sendo, entretanto, fundamental no diagnóstico retificação da coluna lombar (posição de
diferencial das outras doenças do sistema nervoso Zassirchon). Nestas posições, ele reduz de forma
periférico que possam mimetizar um quadro expressiva a pressão sobre os discos intervertebrais
radicular28(B)29(D). e a musculatura paravertebral lombar. A sua
duração é variável, dependendo do tipo da doença
A densitometria óssea não está indicada nas e da intensidade da dor. Em média, deve ser de
lombalgias mecânicas ou não, agudas ou não, três a quatro dias e, no máximo, de cinco a seis
como método de investigação inicial, podendo dias33(D). Nos casos em que a dor continua
ser útil naqueles casos em que o RX simples intensa, os movimentos e a deambulação difíceis,
mostra a presença de deformidade vertebral, do ele pode ser prolongado, pois cada caso é um
tipo colapso, ou osteopenia radiológica. Neste caso22(D).
aspecto, o simples achado de perda de massa
óssea, revelado por este exame, não indica que MEDICAMENTOS
a osteoporose justifique a dor lombar. O O tratamento medicamentoso das lom-
médico deve estar alerta também para as várias balgias e lombociatalgias, após afastadas causas
situações clínicas de osteoporose secundária, específicas como neoplasias, fraturas, doenças
nas quais o exame pode ser indicado, como no infecciosas e inflamatórias, deve ser centrado
uso prolongado de corticosteróides, no controle sintomático da dor para propiciar a
hiperparatireoidismo, etc.30(D). recuperação funcional, o mais rapidamente
possível34(D).
T RATAMENTO C ONSERVADOR
Acetaminofen (paracetamol) na dose de
REPOUSO 500 mg, 4 a 6 vezes ao dia, é eficaz na dor de
O repouso é eficaz tanto nas lombalgias, intensidade discreta e moderada. O risco da
como nas lombociatalgias e ciáticas. Ele não utilização do medicamento é considerado
pode ser muito prolongado, pois a inatividade baixo, mas deve ser usado com cautela em
tem também a sua ação deletéria sobre o hepatopatas e pacientes em uso concomitante
aparelho locomotor. Assim que a atividade e a de antiinflamatórios35(A).
deambulação forem possíveis, o tempo de
repouso pode ser encurtado e o paciente deve Dipirona é utilizada com freqüência no nosso
ser estimulado a retornar às suas atividades meio, na dose de 500 mg, até 4 vezes ao dia36(A).
habituais, o mais rapidamente possível. Este Outros analgésicos disponíveis no mercado: ácido
aconselhamento resulta em retorno mais rápido acetilsalicílico, clonixinato de lisina; viminol,
ao trabalho, menor limitação funcional a longo flupirtina.
prazo e menor taxa de recorrência31,32(A).
Os opióides não são recomendados na
O posicionamento em repouso, principal- lombalgia crônica, pelo risco da dependência
mente nas hérnias discais, geralmente é feito com química; quando usados por tempo prolongado.
o corpo em decúbito supino, com joelhos fletidos São uma opção no tratamento da lombalgia e
e pés apoiados sobre o leito e/ou com flexão das ciatalgia agudas e em casos muito restritos. O
1. Deyo RA, Phillips WR. Low back pain. A musculoskeletal morbidity: a 10 years follow-
primary care challenge. Spine 1996; 21: up of metal industry employees. Pain 1993;
2826-32. 53:89-94.
2. Cecin HA. Proposição de uma reserva 10. Heliovaara M, Makela M, Knekt P, et al.
anatomofuncional, no canal raquidiano, Determinants of sciatica and low-back pain.
como fator interferente na fisiopatologia das Spine 1991; 16:608-14.
lombalgias e lombociatalgias mecânico-
degenerativas. Rev Assoc Med Bras 1997; 11. McGorry RW, Hsiang SM, Snook SH, et
43:295-310. al. Meteorological conditions and self-report
of low back pain. Spine 1998; 23:2096-
3. Nachemson AL. Newest knowledge of low 102.
back pain. A critical look. Clin Orthop
1992; 279:8-20. 12. Kummel BM. Nonorganic signs of
significance in low back pain. Spine 1996;
4. Sheon RP, et al. Soft tissue rheumatic pain. 21:1077-81.
3rd ed.; 1996. p. 391.
13. Adams MA, Dolan P, Hutton WC, et al.
5. Bigos SJ, Battie MC, Spengler DM, et al. A Diurnal changes in spinal mechanics and
prospective study of work perceptions and their clinical significance. J Bone Joint Surg
psychosocial factors affecting the report of Br 1990; 72:266-70.
back injury. Spine 1991; 16:1-6.
14. Renier JC, Bregon CH. Lombalgies. In:
6. Leboeuf-Y de C, Kyvik KO, Bruun NH. Low Encycl Med Chirur Paris: Appareil
back pain and lifestyle. Part II. Obesity. Loccomoteur, 1984. 15840 B10, 3.
Information from a population-based sample
of 29, 424 twin subjects. Spine 1999; 15. Katz JN, Dalgas M, Stucki G, et al.
24:779-83. Degenerative lumbar spinal stenosis.
Diagnostic value of history and physical
7. Deyo RA, Bass JE. Lifestyle and low-back examination. Arthritis Rheum 1995;
pain. The influence of smoking and obesity. 38:1236-41.
Spine 1989; 14:501-6.
16. Greenspan FS. Basic and clinical
8. Cecin HA. et al. Dor lombar e trabalho endocrinology. 5.ed. Connecticut: Aptleton
pesado: aspectos epidemiológicos. Rev Bras and Lange; 1997.
Reumatol 1992; 32:157-62.
17. Calin A, Porta J, Fries JF, et al. Clinical
9. Leino P, Magni G. Depressive and distress history as a screening test for ankylosing
symptoms as predictors of low backpain, spondylitis. JAMA 1977; 237:2613-4.
neck-shoulder pain, and other
18. Jenner JR, Barry M. ABC of rheumatology. 29. Willborn AJ, Aminoff MJ. AAEE
Low back pain. Br Med J 1995; 310:929-32. Minimonograph #32. The electrophysiologic
examination in patients with radiculopathies.
19. Ecker A, Woltman WH. Meralgia Muscle Nerve 1988; 11:1099-114.
paraestésica. JAMA 1938; 110:1650-2.
30. Prevention and management of osteoporosis.
20. Adams MA, May S, Freeman BJ, et al. Consensus statement from the scientific
Effects of backward bending on lumbar advisory board of the osteoporosis society of
intervertebral discs. Relevance to physical canada. Can Med Assoc J 1996;
therapy treatments for low back pain. Spine 155:924-9.
2000; 25:431-7, discussion 438.
31. Vroomen PC, de Krom MC, Wilmink JT, et
21. Scham SM, Taylor TK. Tension signs in al. Lack of effectiveness of bed rest for
lumbar disc prolapse. Clin Orthop 1971; sciatica. N Engl J Med 1999; 340:418-23.
75:195-204.
32. Waddell G, Feder G, Lewis M. Systematic
22. Wiesel SW et al. The lumbar spine. 2nd ed. reviews of bed rest and advice to stay active
Philadelphia: W.B. Saunders; 1996. p. 13. for acute low back pain. Br J Gen Pract
1997; 47:647-52.
23. DeSèze S. Congresso Brasileiro de
Reumatologia, 8, 1970, Recife. Anais. 33. Nachemson AL. Newest knowledge of low
back pain. A critical look. Clin Orthop
24. Anderson GB, Deyo RA. History and 1992; 279:8-20.
physical examination in patients with
herniated lumbar discs. Spine 1996; 34. Waddell G. Treatment: scientific evidence.
21:10S–18S. In: Waddell G, editor. Edinburg: Churchil
Livingstore. 1998; 16:263-74.
25. Waddell G, McCulloch JA, Kummel E, et
al. Nonorganic physical signs in low back 35. Hickey RF. Chronic low back pain: a
pain. Spine 1980; 5:117-25. comparison of diflunisal with paracetamol. N
Z Med J 1982; 95:312-4.
26. Bigos SJ, et al. Acute low back problems in
adults. Agency for Health Care Policy and 36. Babej-Dolle R, Freytag S, Eckmeyer J. et
Research 1994; 95-0643. al. Parenteral dipyrone versus diclofenac and
placebo in patients with acute lumbago or
27. Boos N, Lander PH. Clinical efficacy of sciatic pain: randomized observer-blind
imaging modalities in the diagnosis of low-back multicenter study. Int J Clin Pharmacol Ther
pain disorders. Eur Spine J 1996; 5:2-22. 1994; 32:204-9.
28. Nardin RA, Patel MR, Gudas TF. EMG 37. Innes GD, Croskerry P, Worthington J.
and MRI in the evaluation of radiculopathy. Ketorolac versus acetaminophen–codeine in
Muscle Nerve 1999; 22:151-5. the emergency department treatment of acute
low back pain. J Emerg Med 1998; of chronic back pain. Rev Bras Reumatol
16:49-56. 1996; 36:251.
38. Malanga GA, Nadler SF. Nonoperative 47. Abramovitz JN, Neff SR. Lumbar disc
treatment of low back pain. Mayo Clin Proc surgery: results of prospective lumbar
1999; 74:1135-48. discectomy study of the joint section on
disorders of the spine peripheral nerves of the
39. Berry H, Bloom B, Hamilton EB. American Association of Neurological
Naproxen sodium, diflunisal, and placebo in Surgeon and the Congress of Neurological
the treatment of chronic back pain. Ann Surgeons. Neurosurgery 1991; 29:301-7,
Rheum Dis 1982; 41:129-32. discussion 307-8.
40. Nachemson A, Jonsson E, editors. Neck 48. Gibson JN, Grant IC, Waddell G, et al. The
and back pain. Philadelphia: Lippinicott Cochrane review of surgery for lumbar disc
Williams & Wilkins; 2000. prolapse and degenerative lumbar
spondylosis. Spine 1999; 24:1820-32.
41. Spaccarelli KC. Lumbar and caudal epidural
corticosteroid injections. Mayo Clin Proc 49. Amundsen T, Weber H, Nordal HJ, et al.
1996; 71:169-78. Lumbar spinal stenosis: conservative or
surgical management? A prospective 10-year
42. Kaplan M, Dreyfuss P, Halbrook B, study. Spine 2000; 25:1424-35, discussiion
et al. The ability of lumbar medial 1435-6.
branch blocks to anesthetize the
zygapophysial joint. A physiologic 50. Lehto MU, Honkanen P. Factors
challange. Spine 1998; 23:1847-52. influencing the outcome of operative
treatment for lumbar spinal stenosis. Acta
43. Basmajian JV. Acute back pain and spasm. Neurochir 1995; 137:25-8.
A controlled multicenter trial of combined
analgesic and antispasm agents. Spine 1989; 51. Feffer HL, Wiesel SW, Cuckler JM, et al.
14:438-9. Degenerative spondylolisthesis. To fuse or not
to fuse. Spine 1985; 10:287-9.
44. Tan JC. Practical manual of physical
medicine and reabilitation: diagnostics, 52. Michels E. Measurements in physical
therapeutics and basic problems. St. Louis: therapy. Phys Ther 1989; 63:153-8.
Mosby; 1998. p. 133-155/321-85.
53. Borenstein D. Epidemiology, etiology,
45. Borenstein DG. Low back pain: medical diagnostic evaluation, and treatment of low
diagnosis and comprehensive management. back pain. Curr Opin Rheumatol 1996;
2 nd ed. Philadelphia: W.B. Saunders; 8:124-9.
1995.
54. Deyo RA, Walsh NE, Martin DC, et al. A
46. Jayson AMIV. Assesment and management controlled trial of transcutaneous electrical
nerve stimulation (TENS) and exercise for 57. Arkuzewski Z. The efficacy of manual
chronic low back pain. N Engl J Med 1990; treatment in low back pain: a clinical trial.
322:1627-34. Manual Med 1986; 2:68-71.
55. Liemohn W. Exercise and arthritis. Exercise 58. Van Tulder MW, Esmail R, Bombardier C,
and the back. Rheum Dis Clin North Am et al. Back schools for non: especific low
1990; 16:945-70. back pain. Cochrane Reviews, 2000.
56. Beurskens AJ, de Vet HC, Koke AJ, et al. 59. Cecin HA, et al. Reflexões sobre a eficácia
Efficacy of traction for nonspecific low back do tratamento fisiátrico na osteoartrose. Rev
pain: 12-week and 6-month results of a Bras Reumatol 1995; 35:270-8.
randomized clinical trial. Spine 1997;
22:2756-62.