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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

ALUNO: FRANCISCO JOSÉ MOREIRA MACHADO JUNIOR

ESTUDO DO DESENVOLVIMENTO – PROFª ANGELA MARIA DE ALMEIDA FRANCO

ESQUEMATIZAÇÃO DO TEXTO DE RAQUEL MARIA RIGOTTO

No primeiro capítulo, a ideologia do desenvolvimento: ascensão, crise e horizontes, a autora


conta, primeiramente, uma história em que um Mexicano não é rico, mas tem uma ótima
qualidade de vida, ao revés de um americano, que condiciona sua felicidade e tranquilidade à
riqueza. Logo após, ela conceitua algumas noções de desenvolvimento, colocando-o no
sistema central das sociedades modernas ocidentais. Além disso, a autora, ao versar sobre a
ideologia do desenvolvimento, suas origens, expansão e significados, fala que a origem do
desenvolvimento vem de seis séculos atrás, envolvendo as ideias de racionalidade, economia,
progresso, expansão e crescimento. Com isso, a emergência da noção de desenvolvimento se
dá com o nascimento e expansão da burguesia. Dessa forma, desenvolvimento seria a
progressão em direção à maturidade, à capacidade de crescer sem fim, colocada como norma
natural. Consequentemente, Marx e Weber criticaram esse tipo de desenvolvimento, sendo
esse processo uma irracionalidade imanente e essencial do capitalismo, segundo os autores.

Ao escrever sobre ciência, técnica e desenvolvimento, a ilustre autora retoma às histórias


primitivas para mostrar que, nessa era, os seres humanos se desenvolveram por meio de
sociedades essencialmente rurais, voltadas para a agricultura e a pecuária para satisfazer suas
necessidades básicas. O que se percebeu, nessa época, é que não havia uma estrutura
organizada para o desenvolvimento, era algo mais informal, visando ao sustento da sociedade.
Esse tipo de agricultura subsistente persistiu na Europa até o fim da idade média, que foi
quando foram criados os estados modernos. Com isso, Marx situou o instrumento técnico
utilizado na relação homem-natureza no bojo de relações sociais historicamente denominadas,
como manifestação das forças produtivas de uma dada sociedade. Contudo, a técnica não
pode ser considerada um meio neutro e puro quanto aos seus fins.

De certo ponto, o desenvolvimento encontrou crises e criticas que pairavam a sociedade. Logo
após ganhar corpo, durante a Revolução Industrial, foi devastado por crises oriundas de duas
guerras mundiais, entremeadas pela Grande Depressão e pela ascensão do nazismo e do
fascismo. Como resposta a isso, houve o Plano Marshall, tecido pelos Estados Unidos, com
base nas elaborações em torno da temática do desenvolvimento.

Com o passar dos anos, no campo da sociologia ambiental, Beck, Giddens e Lash afirmam que,
se na sociedade industrial são difundidas a fé no progresso, a confiança na razão instrumental
e a esperança no controle dos efeitos colaterais da tecnologia, na sociedade contemporânea o
progresso passa a ser a fonte de autodestruição da sociedade. A modernização levou a um
conjunto de azares e de riscos: risco de mega-acidentes, os riscos ambientais da engenharia
genética e dos DNA, recombinados, os riscos pessoais vinculados à tecnologia médica de
ponta, a capacidade declinante dos Estados em regulamentar diretamente as práticas
produtivas que dão origem a tais riscos. Estes riscos ameaçam as atuais gerações, sua
qualidade de vida e possivelmente as próprias condições de sobrevivência das gerações
futuras, caracterizando, na alta modernidade, uma sociedade de risco, que enfrenta os
problemas técnicos-econômicos, não como meros efeitos colaterais do progresso, mas como
centrais a este.

Dessa maneira, Raquel Maria disserta sobre as consequências históricas da crise, afirmando
que restaram várias propostas de novos rumos, quais sejam, o desenvolvimento humano e o
desenvolvimento sustentável. O primeiro, a fim de exorcizar as consequências das guerras, os
direitos humanos são desenvolvidos para colocar o homem como centro do pensamento
humano, despatrimonializando-o. Já o desenvolvimento sustentável visa ao desenvolvimento
do meio ambiente.

Vê-se, portanto, que o desenvolvimento, conforme citado pela autora, não é uma tendência
atual, tendo sido iniciada com o fim da idade média, perdurando-se até hoje, mesmo passao
por diversas crises.

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