O que podemos aprender com as civilizações africanas para encontrar soluções para os problemas ocidentais é o assunto apresentado por Latouche. O autor propõe uma parceria para que se use a “riqueza” da África no que somos pobres. Se a sociedade ocidental encontra problemas sociais, materiais e culturais dos tempos modernos, em contraposição, é visível que a África consegue se sobrepor em suas relações harmoniosas com o meio ambiente, com o ser humano, na sua forma de resolver conflitos e nas relações sociais. Para isso, é preciso entender que, ao contrário de um desenvolvimento individualista difundido pelo capitalismo concorrencial em que o progresso econômico é o principal objetivo, a riqueza das relações sociais pode valer mais. Dessa forma, a África pode oferecer um remédio para contribuir em um sistema econômico que nos deixa doentes. Portanto, o autor contraria a visão de que somente podemos ajudar o continente, uma vez que é possível receber ajuda também.
Título original
Resenha do texto "Pode a África contribuir para resolver a crise do ocidente?" de Serge Latouche
O que podemos aprender com as civilizações africanas para encontrar soluções para os problemas ocidentais é o assunto apresentado por Latouche. O autor propõe uma parceria para que se use a “riqueza” da África no que somos pobres. Se a sociedade ocidental encontra problemas sociais, materiais e culturais dos tempos modernos, em contraposição, é visível que a África consegue se sobrepor em suas relações harmoniosas com o meio ambiente, com o ser humano, na sua forma de resolver conflitos e nas relações sociais. Para isso, é preciso entender que, ao contrário de um desenvolvimento individualista difundido pelo capitalismo concorrencial em que o progresso econômico é o principal objetivo, a riqueza das relações sociais pode valer mais. Dessa forma, a África pode oferecer um remédio para contribuir em um sistema econômico que nos deixa doentes. Portanto, o autor contraria a visão de que somente podemos ajudar o continente, uma vez que é possível receber ajuda também.
O que podemos aprender com as civilizações africanas para encontrar soluções para os problemas ocidentais é o assunto apresentado por Latouche. O autor propõe uma parceria para que se use a “riqueza” da África no que somos pobres. Se a sociedade ocidental encontra problemas sociais, materiais e culturais dos tempos modernos, em contraposição, é visível que a África consegue se sobrepor em suas relações harmoniosas com o meio ambiente, com o ser humano, na sua forma de resolver conflitos e nas relações sociais. Para isso, é preciso entender que, ao contrário de um desenvolvimento individualista difundido pelo capitalismo concorrencial em que o progresso econômico é o principal objetivo, a riqueza das relações sociais pode valer mais. Dessa forma, a África pode oferecer um remédio para contribuir em um sistema econômico que nos deixa doentes. Portanto, o autor contraria a visão de que somente podemos ajudar o continente, uma vez que é possível receber ajuda também.
Laboratório de Pesquisa em Relações Internacionais – Lapri IV 2º Semestre de 2010 Catarina Rodrigues Duleba RA: 200910938
Resenha do texto "Pode a África contribuir para resolver a crise do
ocidente?"
O que podemos aprender com as civilizações africanas para encontrar
soluções para os problemas ocidentais é o assunto apresentado por Latouche. O autor propõe uma parceria para que se use a “riqueza” da África no que somos pobres. Se a sociedade ocidental encontra problemas sociais, materiais e culturais dos tempos modernos, em contraposição, é visível que a África consegue se sobrepor em suas relações harmoniosas com o meio ambiente, com o ser humano, na sua forma de resolver conflitos e nas relações sociais. Para isso, é preciso entender que, ao contrário de um desenvolvimento individualista difundido pelo capitalismo concorrencial em que o progresso econômico é o principal objetivo, a riqueza das relações sociais pode valer mais. Dessa forma, a África pode oferecer um remédio para contribuir em um sistema econômico que nos deixa doentes. Portanto, o autor contraria a visão de que somente podemos ajudar o continente, uma vez que é possível receber ajuda também.
A “economia do débrouille”, que podemos entender como a economia do
“se virar”, se mostrou bem efetiva na África subsaariana, mesmo que seu sucesso não esteja baseado em critérios da economia convencional em questões de lucros e crescimento. A forma de administração africana, não estipula que o setor informal é o de indigentes. Há uma auto-organização em meio à bricolagem. Se não pensarmos de forma economicista, em que só é possível atingir bons resultados através do crescimento econômico pleno, podemos entender que a economia é um fundamento da vida social, e assim, não ver o setor informal de forma negativa. Por se tratar de um tipo diferente de sociedade, o êxito está nas relações sociais e até na falta de administradores, já que são grandes as falhas nas intervenções nos moldes ocidentais.
Mais do que uma economia informal, há a sociedade vernacular. O
progresso não é visto a partir de uma ideia ocidental de valor econômico individual, não obstante é entendido que o desenvolvimento está no bem estar comum. Logo, os valores morais são mais consideráveis para o ideal de progresso, diferente do valor ocidental de aumento de riqueza de forma isolada. Além disso, o enriquecimento material individual poderia afetar diretamente de maneira negativa a organização e o tradicionalismo das sociedades africanas. Assim, o informal não é só uma forma atípica de atividade econômica que serviria de tapa-buraco para uma situação de necessidade, é um fenômeno social.
A África que conhecemos sob o olhar ocidental está falida econômica e
politicamente, porém, Latouche nos mostra que existe uma outra África, que persiste mesmo com a derrota de sua economia. Deste modo, resiste à racionalidade econômica e incorpora as funções de produção de riqueza na sociedade. Além do fracasso do processo de globalização, há uma África viva, da “sociedade civil”, como é chamada pelo autor. É, por consequência, baseada em laços sociais e tradicionais e, é realizada pelos próprios africanos, em que existe um certo dinamismo na estrutura social. O principal eixo está no parentesco, ignorando assim, o individualismo e impondo a “solidariedade africana”, afastando problemas recorrentes das sociedades ocidentais que são a solidão e o isolamento.
Como as necessidades individuais não são priorizadas, a organização
política africana busca pensar no coletivo, em uma “sociedade de iguais”. Deste modo, o autor nos apresenta o conceito de “palabre”, que se trata de reuniões em que há participação de todos da comunidade para discutir assuntos.
Sendo assim, entendendo a organização social da África, podemos
buscar saídas para problemas como a desigualdade, que é consequência da estrutura social do capitalismo. O autor não nos diz como podemos aplicar tais conhecimentos em uma sociedade capitalista estruturada como a nossa, contudo, diz que é possível viver melhor rejeitando certos ideais capitalistas como acumulação de capital e exploração da força de trabalho. Podemos nos desligar de nossas necessidades artificiais para buscar sabedoria e felicidade e, podemos aprender isso com a África.
Referência Bibliográfica:
LATOUCHE, Serge, "Pode a África contribuir para resolver a crise do
ocidente?". Tradução de Acácio Sidinei Almeida Santos. IV Congresso Internacional de Estudos Africanos, Barcelona, 2004.