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A África para os Africanos

Para que possamos entender todas as questões que giram entorno do tema “A África
para os Africanos”, primeiramente precisamos ter conhecimento sobre a África e sua
história. A África é o terceiro maior continente do mundo, possuindo cerca de 1 bilhão
de habitantes, o que o faz o segundo mais populoso. De início pode parecer algo bom,
mas quando olhamos a fundo percebemos que o continente africano sofre de extrema
pobreza e exploração, apesar de possuir grande riqueza em sua biodiversidade e
cultura.
A maioria dos países que estão localizados neste continente apresentam índices de
desenvolvimento muito baixos, com péssima qualidade de vida e problemas como a
miséria e a fome. Agora que nos localizamos politicamente e culturalmente na
situação em que o continente africano se encontra podemos introduzir o movimento
Pan-Africano.
O Pan-Africanismo nada mais é do que um movimento político e social criado pela
Organização de Unidade Africana, que tem como objetivo defender os direitos do
povo africano, pregando a ideia de que os países do continente africano devem se
unir em sua luta contra o preconceito racial e demais problemas sociais enfrentados
para que, juntos possam encontrar a solução para eles.
Após o colonialismo europeu e a Conferência de Berlim, a posse do continente
africano foi dividida entre os países da Europa, o que causou diversos problemas
além apenas da exploração e extração das riquezas naturais do continente. A divisão
feita pela Conferência de Berlim não levou em consideração as divisões que antes
eram estabelecidas pelas questões sociais e culturais do povo local, o que separou
aliados e uniu inimigos, assim causando diversos conflitos que vieram por
enfraquecer os povos, tornando-os fragilizados e divididos.
O grande lema desse movimento era, justamente, “A África para os Africanos”, o que
significava a justificação da superioridade da raça branca sobre as demais, assim
trazendo como união entre os povos, a raça negra. O objetivo era negar a ideia de
que os africanos eram inferiores aos europeus.
Um posicionamento que gostaria de ressaltar, é o do economista James Shikwati,
que através de sua frase polêmica “Pelo amor de Deus, parem de ajudar a África!”
afirma que os países africanos que mais receberam ajuda são os que estão mais
prejudicados atualmente.
“Burocracias enormes são financiadas (com o dinheiro da ajuda), a corrupção e a
complacência são promovidas, os africanos aprendem a ser mendigos, e não independentes.
Além disso, a ajuda ao desenvolvimento enfraquece os mercados locais em toda parte e mina
o espírito empreendedor de que tanto precisamos. Por mais absurdo que possa parecer, a
ajuda ao desenvolvimento é uma das causas dos problemas da África. Se o Ocidente
cancelasse esses pagamentos, os africanos comuns nem sequer perceberiam. Somente os
funcionários públicos seriam duramente atingidos. E é por isso que eles afirmam que o mundo
pararia de girar sem essa ajuda ao desenvolvimento.”

Disse Shikwati em uma entrevista para a SPIEGEL


A doutrina do Pan-Africanismo vem se expandindo cada vez mais nos dias de hoje e
acredito que assim como o movimento diz, a grande solução para os problemas
africanos é, em grande parte, a união interna dos povos e a relocação dos mesmos
para que possam se agrupar devidamente dentre suas proprias culturas, assim
rumando em busca de uma África melhor , para os africanos.

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