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Hemoterapia
Semana12: Aula8
Controle de qualidade em imunohematologia
Controle de Qualidade interno e externo em IH 4
Inspeção de reagentes 4
Validação de processos 2
4
Validação de centrífugas 7
Gestão da Qualidade – princípios gerais 2
Gestão de equipamentos: identificação, qualificação, calibração, manutenção preventiva e corretiva 2
Avaliação de Conteúdo 1 0
Teórico: Apresentar os conceitos do controle de qualidade, que envolve inspeção de reagentes, validação de
processos e explicar gestão da qualidade.
Teórico-Prático: Realizar os procedimentos envolvidos na qualidade, como inspeção laboratorial dos reagentes e
validação de centrífugas.
julho de 17 2
CQ IH
• Por definição, Controle de Qualidade (CQ) significa um conjunto de ações técnicas
e atividades operacionais utilizadas para monitorar o cumprimento dos requisitos
da qualidade.
• Manter a equipe técnica treinada.
• Controlar a temperatura (ambiente e dos equipamentos).
• Incluir uma amostra controle (controle interno), principalmente nas técnicas automatizadas.
• Realizar o processo de validação na implantação de novas técnicas ou metodologias.
• Avaliar novos insumos (antes da compra).
• Realizar CQ de lotes de reagentes.
• Realizar manutenção preventiva e calibração regular de equipamentos.
• Registrar erros e anomalias.
• Planejar e registrar as ações preventivas e corretivas.
• Participar de programas de avaliação externa de qualidade – testes de proficiência.
CQ IH
• Para a realização do CQ de reagentes, é importante compreender os seguintes
conceitos:
• Especificidade – Capacidade de reconhecer apenas o antígeno ou anticorpo correspondente.
A especificidade é estabelecida testando-se os soros com hemácias positivas e negativas para
o antígeno específico ou testando-se as hemácias com soros correspondentes e não
correspondentes para os antígenos. O reagente deverá reconhecer somente o antígeno
correspondente à especificidade a que ele se propõe.
• Intensidades das reações – A intensidade das reações corresponde à força da reação
antígeno-anticorpo. É analisada pela observação da aparência da aglutinação das hemácias. É
medida em intensidade de cruzes
• Avidez – É a velocidade com que o anticorpo que compõe o reagente reage com seu antígeno
correspondente. É medida em segundos por meio da visualização macroscópica inicial da
aglutinação.
• Título – É a determinação da diluição máxima em que o anticorpo que compõe o reagente
ainda reage com intensidade de reação de 1+ com o antígeno correspondente. O título
correlaciona-se com a concentração dos reagentes.
CQ IH
• Escore – O escore é o somatório de valores numéricos atribuídos à intensidade da reação
antígeno-anticorpo observada em cada diluição durante a sua titulação.
• Potência – É a capacidade do reagente de aglutinar ou reagir com o antígeno ou
anticorpo. É feita pela análise da intensidade de aglutinação, avidez, título e escore
CQ: legislação
• No Brasil, são três as principais referências aplicadas ao CQ dos reagentes
imuno-hematológicos:
• Imuno-hematologia – Resolução de Problemas nos Resultados dos Testes Pré-
Transfusionais e CQ dos Reagentes. Brasília, 2001. (Série TELELAB).
• RDC 34/2014
• Portaria 158/2016
• Controle de qualidade de reagentes:
• Controle de qualidade lote e remessa:
• RDC 34. Art. 107. O serviço de hemoterapia deve realizar controles de qualidade de cada lote e
remessa dos reagentes e conjuntos diagnósticos antes da sua utilização na rotina de trabalho, de
acordo com o preconizado pelo Ministério da Saúde e as boas práticas vigentes, mantendo os
registros dos procedimentos executados, dos resultados, das não conformidades e das ações
corretivas e preventivas.
CQ: legislação
CQ: Etapas
• Ocorre em 2 etapas: inspeção visual e análise laboratorial
1. Inspeção visual: Rótulos, instruções de uso e embalagens: aplica-se a todos os reagentes e deve ser
realizado a cada lote.
• Rótulos: devem conter nome do fabricante, nome e origem do produto, data de validade, número do lote,
volume, temperatura de estocagem e número de registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Devem estar firmemente afixados ao frasco e permitir a inspeção visual do conteúdo.
• Instruções de uso: devem conter nome e composição do reagente, descrição dos procedimentos técnicos,
informações claras e legíveis e em português.
• Embalagens: devem se apresentar íntegras e bem vedadas; frascos conta-gotas transparentes.
Inspeção visual do reagente: deve ser realizado diariamente antes do início da rotina diária.
• Antissoros, potencializadores, soluções e enzimas proteolíticas: devem ser isentos de precipitados, gelatinas,
partículas, fungos, turvação e hemólise.
• Reagentes de hemácias: devem ser isentos de: hemólise, turvação do líquido sobrenadante ou escurecimento da
hemácia.
CQ: Etapas
2) Análise laboratorial dos reagentes: É feita com o uso de reagentes
elaborados por meio da seleção de soros e hemácias do laboratório (CQID)
ou kits comerciais (lote/remessa).
2.1-Reagentes de hemácias “A” e “B”
Estes reagentes devem ser avaliados quanto à sua potência (intensidade de aglutinação,
avidez, título e escore) e especificidade a cada novo lote.
• Potência: Deve-se testar hemácias “A” com plasma “B” e hemácias “B” com plasma “A”. A
intensidade mínima de aglutinação obtida para validar o reagente de hemácias é de 2+.
Não deve ocorrer a formação de empilhamento (rouleaux).
• Especificidade: Deve-se testar hemácias “A” e “B” com plasma “AB”. Não deverá haver
aglutinação, visto que não há anticorpo específico para promovê-la no teste realizado.
Não deve ocorrer a formação de empilhamento (rouleaux).
2.2-Reagentes para classificação ABO – soros anti-A, anti-B e anti-AB:
Estes reagentes devem ser avaliados quanto a sua potência e especificidade a cada novo
lote.
Obs.: Testes adicionais podem ser realizados como: determinação do grupo sanguíneo RhD e
realização do teste da antiglobulina humana direto (TAD). Ambos os testes devem ter resultados
negativos
T6. Hemácias para classificação reversa A1 e B
• selecionar reagentes comerciais para classificação ABO
previamente qualificados contendo anticorpos anti-A, anti-B, anti-
AB.
• Hemácias A1: selecionar soro anti-A e como controle negativo selecionar soro anti-B.
• Hemácias B: selecionar soro anti-B e como controle negativo selecionar soro anti-A.
2.4- Lectinas anti-A1 e anti-H:
Este reagente também deve ser avaliado quanto a sua potência e especificidade a cada
novo lote.
• Potência: avaliar a intensidade da
aglutinação, o título e a avidez dos
reagentes anti-H e anti-A1 com
hemácias A1, A2 e O.
• Especificidade: é avaliada pela
capacidade das lectinas reconhecer
apenas hemácias com antígenos
correspondentes;
• Deve-se também testar estes soros com
hemácias O e A1, não devendo haver
aglutinação, respectivamente com LA1 e
LH.
T7- Análise de lectinas anti-A1 e anti-H
• Seleção das hemácias a serem utilizadas neste teste (usar kit comercial):
• Lectina Anti-A1: selecionar no mínimo uma hemácia do grupo A1 e como controle negativo hemácias
do grupo O ou A2.
• Lectina Anti-H: selecionar no mínimo uma hemácia do grupo O e A2 (quando disponível) e como
controle negativo hemácia do grupo A1.
• Determinação da especificidade e verificação da potência pela intensidade da aglutinação
• Para determinar se o reagente é específico, deve-se testar o reagente diante de hemácias positivas e
negativas para ao antígeno correspondente. O reagente deve reconhecer apenas o antígeno
correspondente a sua especificidade.
• A potência do reagente é determinada pela análise da intensidade das reações com as hemácias positivas
para o antígeno correspondente. O procedimento técnico é o mesmo utilizado para CQ dos soros anti-A,
anti-B, anti-AB e anti-D.
• Determinação do título e do escore do reagente é realizada utilizando supensão de hemácias para lectina
anti-A1 uma hemácia A1 e para lectina anti-H uma hemácia O. O procedimento técnico é o mesmo
utilizado para CQ dos soros anti-A, anti-B, anti-AB e anti-D.
2.5-Reagente antiglobulina humana (AGH)
Estes reagentes devem ser avaliados quanto a sua potência e especificidade a cada novo
lote.
• Potência: a potência do reagente é determinada pela análise da intensidade da aglutinação por meio da realização do
teste de antiglobulina direto (TAD) utilizando-se hemácias sensibilizadas com soro anti-D da classe IgG (anti-D comercial
policlonal ou obtido de pacientes com anti-D) do grupo “O” RhD positivo (preferencialmente com fenótipo R0r). A
intensidade mínima de aglutinação esperada é de 3+. Hemácias sensibilizadas por outros anticorpos podem ser
utilizadas de maneira complementar.
• Especificidade: o reagente não deve reagir com hemácias que não estejam sensibilizadas por anticorpos IgG e/ou C3d.
Realização do teste de antiglobulina direto (TAD) utilizando no mínimo suspensão de três hemácias distintas não
sensibilizadas, não devendo haver aglutinação ou hemólise.
T8 – AGH
Tem como objetivo verificar a capacidade do reagente antiglobulina humana (AGH) para detectar hemácias
sensibilizadas por anticorpos.
• Seleção das hemácias: selecionar no mínimo uma hemácia lavada do grupo “O” sensibilizada por
anticorpos IgG. Como controle negativo, deve ser utilizada suspensão de hemácias que não estejam
sensibilizadas por anticorpos IgG e/ou complemento.
5.1 – Procedimento técnico: avaliação da especificidade do reagente e intensidade das reações
a) Identificar os tubos de hemólise com o nome do reagente e da hemácia a serem utilizados.
b) Dispensar no tubo identificado 1 gota (50μL) da suspensão de hemácias
c) a 3% – 5% e do reagente em análise.
d) Homogeneizar bem.
e) Centrifugar (15 segundos a 3.400rpm).
f) Efetuar leitura imediata.
g) Anotar os resultados em intensidade de cruzes (1+ a 4+).
2.6-Análise laboratorial dos reagentes: salina, LISS, albumina bovina e
enzimas proteolíticas
• Deve ser verificada a
ocorrência de hemólise e
aglutinação inespecífica
nos testes imuno-
hematológicos durante o
uso dos reagentes.
• Quanto ao CQ das enzimas
proteolíticas pode-se
verificar
complementarmente a
eficiência do aumento ou
redução da expressão de
antígenos eritrocitários
específicos.
2.7-Análise laboratorial dos reagentes para fenotipagem:
Estes reagentes devem ser avaliados quanto a sua
potência e especificidade a cada novo lote.
• Potência: avaliar a intensidade da aglutinação, o título
e a avidez dos soros de fenotipagem eritrocitária com
hemácias de fenótipos correspondentes.
• Especificidade: é avaliada pela capacidade dos soros
em apenas reagir com hemácias que contenham os
antígenos correspondentes. É necessário o teste
também com hemácias negativas para os antígenos.
2.8 - Análise laboratorial de colunas de aglutinação
• Os padrões estabelecidos para os reagentes líquidos em especial a análise da potência do
reagente medida pela intensidade da aglutinação e a especificidade do reagente, são
aplicáveis.
• A inspeção visual deve ser realizada observando-se as informações contidas nas embalagens, a
integridade da mesma e o aspecto do produto. Os reagentes impregnados em gel devem estar
totalmente sedimentados, homogêneos e com a solução tampão entre 1mm a 2mm acima da coluna e
não devem apresentar sinais de ressecamento, partículas em suspensão ou bolhas de ar. O nível do gel
em todos os microtubos deve ser de 2/3. Observar a integridade do lacre.
2.9-Reagentes eritrocitários para pesquisa de anticorpos irregulares
antieritrocitários:
Estes reagentes são compostos por hemácias do grupo O e são fenotipadas para os
principais antígenos dos principais sistemas eritrocitários.
• Requisitos recomendados:
• Deverão permitir a detecção dos anticorpos irregulares mais frequentes e conter hemácias homozigotas
para os antígenos C, c, E, e, Fya, Fyb, Jka e Jkb.
• O regente deverá ser acompanhado do diagrama correspondente.
• Deverão ser testadas pelo menos com um antissoro contendo um anticorpo do sistema Rh, um com
anticorpo do sistema Duffy e um soro que não contenha anticorpos irregulares.
Controle de qualidade diário (CQ-D):
• Controles diários: Portaria 158. “Art.128. Será realizado, ainda, o controle de qualidade
das técnicas empregadas, utilizando se sistematicamente e durante o procedimento
técnico, controles negativos e positivos para confirmar os resultados obtidos”
• Reagentes:
• Tipagem AB+ e uma O- reagentes de tipagem ABO direta
• PAI (positivo fraco 1+ e um negativo)
• Inspecionar diariamente o soro fisiológico e reagentes de hemácias
• Hemácias A1 – Hemolisina (inspeção visual)
• Hemácias B – Hemolisina (inspeção visual)
• Controle do soro de Coombs (positivo e negativo)
CQ-D: Procedimento
• Validação: Anti-A, -B, -A,B, -D.
• Selecionar hemácias AB+ e O-, as hemácias devem ter menos de sete dias de coleta e
as suspensões devem ser preparadas no dia do uso. As hemácias devem ser lavadas
três vezes com solução salina 0,9%.
• Validação de Hemácias A1, B:
• Selecionar reagentes comerciais para classificação ABO, previamente qualificados
(aprovados lote/remessa) ou plasma de doadores caracterizados, contendo anticorpos
anti-A, anti-B, anti-AB.
• Critérios avaliados:
• Especificidade, Aparência e Sensibilidade
PROGRAMA DE AVALIAÇÃO DAS TÉCNICAS UTILIZADAS
• Finalidade: Garantir a qualidade do serviço, avaliando as técnicas utilizadas e o desempenho de
cada funcionário.
• Frequência: deve ser estabelecido pelo serviço.
• Teste: Kit comercial contendo amostras de hemácias e/ou soros com um relatório explicativo dos
casos com problemas Imuno-hematológicos com uma posterior liberação do relatório de
respostas.
• XLV – validação: demonstração por meio de documentação e evidências objetivas em que requisitos pré-definidos
para procedimentos ou processos específicos são consistentemente atendidos.
Validação de processos
• Art. 254. O serviço de hemoterapia manterá um sistema de controle e qualificação de produtos e serviços críticos, o que
inclui a inspeção dos produtos quando do recebimento e da sua utilização e o monitoramento dos resultados obtidos
com o insumo (gestão de fornecedores e insumos).
• § 1º A lista de materiais e serviços críticos será definida pelo responsável técnico do serviço de hemoterapia, que conterá entre outros:
Centrifugação de amostras para sedimentação hemácias e/ou separação do plasma ou soro, Lavagem ou leitura de reações
por graduação de intensidade.
CÉLULAS
RPM 3400 1 2 3 4
TEMPO
LEITURA 15” 20” 25” 30”
TESTE
SOBRENADANTE CLARO?
CONTROLE
TESTE
BOTÃO DE HEMÁCIAS BEM
DELINEADOS? CONTROLE
Conclusão :
Tempo adequado para centrifugação imediata: _________
Tempo adequado para lavagem: ________
Tempo adequado para centrifugação na fase de antiglobulina humana: _________
Gestão da Qualidade – princípios gerais
• Conceitos: É necessário diferenciar o conceito de controle da qualidade e gestão da qualidade. O controle da
qualidade é realizado para determinar se o produto ou serviço está de acordo com as especificações, sendo,
portanto, uma avaliação da qualidade final das unidades amostradas. O controle da qualidade fornece uma
segurança estatística a respeito do processo ou produto avaliado, ou seja, quando se faz controle da qualidade se
realiza uma avaliação em uma amostragem do produto e, com base nos resultados desta amostra, é feita uma
inferência para o processo todo. Por exemplo, em um serviço de hemoterapia, é necessário que seja realizado o
controle da qualidade dos hemocomponentes produzidos. Esse controle é realizado em uma porcentagem de
hemocomponentes produzidos (mínimo de 1% ou 10 unidades/mês, o que for maior; de acordo com a legislação
vigente). A partir dos resultados obtidos nessa amostra, estando conforme as normas, infere-se que toda a
produção está adequada e pode ser utilizada. Agora, os resultados não estão em conformidade com as normas, é
necessário tomar ações corretivas e verificar a necessidade de ações na produção. Também se pode utilizar o
conceito de controle da qualidade para os testes laboratoriais quando são utilizadas amostras com resultados
conhecidos para validar ou não uma bateria de exames.
• Já o termo gestão da qualidade possui uma abordagem mais ampla e considera todos os processos da organização
e a sua relação com clientes e fornecedores. Trata-se de ações coordenadas para dirigir e controlar uma
organização no que diz respeito à qualidade.
• Finalmente, o termo garantia da qualidade, que é a parte da gestão da qualidade, objetiva promover confiança de
que os requisitos da qualidade serão atingidos, ou seja, são as ferramentas utilizadas.
Gestão da Qualidade – princípios gerais
• Gestão de não conformidades: Não conformidade é definida como não atendimento a um
requisito. A gestão da qualidade deve incluir um processo para detecção, investigação,
documentação e ações a serem tomadas a partir de não conformidades.
• São exemplos a etiquetagem incorreta de bolsas, a falta de assinatura em registros, a
falta de conferência na liberação de resultados de exames, hemocomponentes
estocados na temperatura errada, etc.
• Os colaboradores devem ser treinados para identificar e relatar as não conformidades. Os
eventos não conformes devem ser utilizados como ferramenta de melhoria contínua e
deve focar processos e não serem utilizados como justificativa de punição.
• A partir da detecção de uma não conformidade, ações imediatas devem ser tomadas. Deve
ser investigada a causa raiz do problema e serem propostas ações para sua solução.
• Após a instituição das ações propostas, deverá ser verificado se foram eficazes.
• AT: não conformidades são tratadas por intranet, registradas e acompanhadas pelos
gestores.
Gestão da Qualidade
• Ação preventiva: Ação preventiva é a aquela tomada para eliminar a
causa de uma potencial não conformidade ou de outra situação
potencialmente indesejável. É importante que as ações corretivas
sejam feitas com a finalidade de prevenir a ocorrência de uma não
conformidade.
• Todas as ações preventivas realizadas devem ser documentadas e
monitoradas para saber se foram efetivas. Uma ação preventiva é
efetiva se a não conformidade potencial abordada não ocorrer.
• Um sistema de gestão de qualidade que tem muitas ações
preventivas tomadas mostra a sua maturidade, pois os colaboradores
estão conseguindo trabalhar preventivamente, impedindo a
ocorrência de não conformidades.
Gestão da Qualidade
• Ação corretiva: Ação corretiva é a ação tomada para eliminar a causa de
uma não conformidade identificada ou outra situação indesejável. É
importante que as ações corretivas sejam tomadas com a finalidade de
prevenir que a não conformidade volte a ocorrer. Todas as ações corretivas
tomadas devem ser documentadas e devem ser monitoradas para verificar
se foram efetivas.
• São exemplos de ações corretivas: informatização da checagem da
rotulagem de bolsas para evitar que etiquetas erradas sejam aderidas às
bolsas, dupla conferência antes da liberação de resultados etc.
Gestão da Qualidade
• Auditoria interna: Auditoria é um processo sistemático, documentado e independente, para obter
evidência da auditoria e avaliá-la objetivamente a fim de determinar a extensão na qual os
critérios de auditoria são atendidos. As auditorias internas são realizadas para monitorar a
implantação e a manutenção do atendimento aos requisitos do sistema de gestão da qualidade.
Elas devem ser planejadas e realizadas periodicamente por auditores capacitados para a
realização dessa atividade. As auditorias internas devem abranger todo o escopo do sistema de
gestão da qualidade.
• Os auditores podem fazer parte do quadro de colaboradores do serviço de hemoterapia, porém a
auditoria tem de ser independente, ou seja, o colaborador não pode auditar os processos em que
ele participa.
• O serviço de hemoterapia deve elaborar uma lista de verificação para a realização das auditorias.
Esta lista deve ser baseada na norma que foi utilizada para implantar o sistema de qualidade
(ISO, AABB ou outro).
• Após a auditoria, todos os relatos devem ser analisados criticamente e ações corretivas ou
preventivas devem ser tomadas, sempre que necessário.
• Posteriormente, deverá haver um acompanhamento do desenvolvimento dessas ações, que pode
ser em um próximo ciclo de auditoria ou não.
Gestão de equipamentos
• Os equipamentos utilizados em laboratório para realização de ensaios críticos devem ser calibrados e mantidos em condições de uso
por pessoas qualificadas. A freqüência de inspeção deve ser feita de acordo com o manual de instruções do fabricante ou sempre que
necessário. Os registros contendo as calibrações e qualificações, manutenções corretivas e manutenções preventivas dos
equipamentos, devem ser guardados e arquivados. O laboratório deve estabelecer registros específicos para cada equipamento,
instrumento ou outro dispositivo. Os registros devem incluir :
• A identidade do equipamento, instrumento ou outro dispositivo;
• Nome do fabricante, o modelo, número de série ou outra identificação única;
• A verificação e/ou calibração requerida para atender às especificações, incluindo a periodicidade;
• As instruções do fabricante, se disponíveis, ou uma referência da sua localização;
• As datas, resultados e cópias de relatórios, verificações e certificados de todas as calibrações, ajustes, critérios de aceitação e a data
exata da próxima verificação e/ou calibração;
• Para computadores e equipamentos automatizados que armazenam ou recuperam dados de ensaio e/ou calibração, o laboratório
deve assegurar que:
• Os cálculos e a transferência dos dados estejam sujeitos a verificações sistemáticas adequadas;
• Programa computacional desenvolvido pelo usuário esteja documentado com suficiente detalhamento e apropriadamente
validado ou verificado, de acordo com o uso;
• Existam procedimentos estabelecidos e implementados para proteger a integridade dos dados por meio de back up.
• Resumindo, devemos manter: Identificação, Qualificação, Calibração, Manutenção preventiva e Manutenção corretiva
CONSIDERAÇÕES GERAIS