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Transcrição aula TC de tórax

Prof.: Leonardo Vandesteen

Quando se vai olhar um TC de tórax, trabalha-se em duas janelas, uma de parênquima pulmonar (que
da pra ver a fissura obliqua esquerda) e uma janela de mediastino, que avalia as estruturas mediastinais.
É possível ver os lobos na tomografia, e também os segmentos (que não serão cobrados em prova).
Tem diferença da segmentação direita e esquerda. O direito, no lobo superior, tem apical, posterior e
anterior. No lobo médio tem uma particularidade que tem um segmento brônquico logo após a saída desses
três segmentos citados, que é o brônquio interlobar ou brônquio intermédio, que é uma parte de segmento
brônquico, porque o próximo brônquio que vai sair é do lobo médio. Enquanto do lado esquerdo já sai junto
o brônquio do lobo superior e do lobo inferior. Em comparação, o pulmão direito tem o lobo médio que tem
os segmentos medial e lateral, enquanto que o esquerdo tem a língula, que tem segmento superior e inferior,
que é similar ao lobo médio.
Ao mesmo tempo que sai o brônquio do lobo médio, vai sair o segmento mais superior do lobo
inferior. No lobo inferior tem maior numero de segmentos, que é o apical, e os da pirâmide basal: basal
anterior, basal posterior, basal lateral e basal medial.
No pulmão esquerdo tem o segmento apical e posterior em um brônquio só, que forma o ápico-posterior, o
sub-segmento apical e sub-segmento posterior e segmento anterior. Não há lobo médio, mas tem a língula
que tem o segmento lingular superior e lingular inferior. No lobo inferior esquerdo, ele tem um segmento a
menos do lobo inferior direito, porque o segmento basal anterior e medial se unem e formam o basal Antero-
medial, tem também basal posterior e basal lateral.
As diferenças principais são na segmentação, que no direito são dez segmentos e do esquerdo são
oito, tem ainda a língula e os brônquios que se unem em cada pulmão. E nos lobos, que no direito são três
lobos e no esquerdo são dois.
TCAR: tomografia computadorizada de alta resolução, o que não significa que é possível ver
melhor, é apenas um protocolo, em que se corta 1mm, perde 10 ou 20mm, e depois corta de novo. Porém,
isso é perigoso, porque não serve para avaliar nódulo nem massa, porque pode-se perder alguma lesão
quando se pula uma distancia grande dessa. É melhor para avaliar lesões que afetam o pulmão em geral.
Grande parte das doenças pulmonares difusas tem uma distribuição característica.Tem-se as
estruturas do centro do lobo e da periferia. Sem ser alta resolução, a espessura de corte é de 5cm.
Depois dos tomógrafos axiais, são os helicoidais, e depois os multislice, que faz um corte muito mais
fino. O helicoidal causa um corte muito espesso para avaliar lesões intersticiais, então é preferível usar o
multislice. Todo exame o multislice é considerado de alta resolução, então não existe pedido de exame de
multislice com alta resolução. Os corte já são milimétricos, como se já estudasse todo o parênquima
pulmonar em alta resolução.
Indicações:
 Sarcoidose
 Linfagite carcinomatosa
 Silicose
 Edema intersticial
 Enfisema (difícil de visualizar)
 Bronquiectasia
 Doenças micronodulares*
*importante entender no lobo secundário

Sem indicação:
 Nódulo
 Massa
 PNM

PROVA Lobo pulmonar secundário é como se pegasse um pedacinho do parênquima, aí se


estuda só ele. É importante saber quais são as estruturas que correm nele. No centro do lobo
pulmonar secundário tem arteríola terminal e bronquíolo terminal. Na periferia tem as veias
pulmonares, sempre se lembrando dos linfáticos, que predominam na periferia, mas tem em
toda a parte do pulmão. Dá pra ver o septo interlobular também, que tem um aspecto
poliédrico. As veias predominam no interstício septal, assim como os linfáticos.
Num exame normal, o septo tem 0,01mm, o que não da pra ver nos exames normais, só
em patologias como insuficiência cardíaca. O bronquíolo também tem a espessura muito fina, o
que também não da pra ver, a única estrutura que dá pra ver é a arteríola terminal, que fica no
centro do lobo pulmonar secundário. Os pontinhos brancos são as arteríolas terminais. O
bronquíolo terminal só é possível de ser visualizado caso ele esteja dilatado, o que é chamado
de bronquioloectasia.

Anatomia do mediastino:

PROVA No arco aórtico tem o tronco braquiocefálico, que sai a carótida direita e a subclávia.
Depois tem a carótida comum esquerda e subclávia esquerda. Num corte mais inferior tem o
arco aórtico, que é mais fácil de ver as estruturas vasculares quando se tem contraste. Tem a
VCS, traquéia, esôfago, arco aórtico. Descendo mais um corte, a estrutura que faz um anel na
traquéia é a veia ázigos, que desce até o ducto torácico. É importante observar se o corte é
superior ou inferior, para identificar a aorta asc e desc.
A imagem de Y é o tronco da pulmonar, que da na artéria pulmonar direita e esquerda. Tem a
VCS, que se for descendo ela chega no AD. Tem o recesso ázigo-esofagico, que é um alinha
que fica posterior ao esôfago. Em um corte 4 câmaras, tem que lembrar que o AE fica junto do
esôfago, o VD fica junto do esterno. Ainda tem uma cavidade que tem a parede mais espessada,
que é o VE, porque a arteira pulmonar, a principio, é um vaso de baixa pressão. Se o VD estiver
espessada pode ser sinal de hipertensão pulmonar.
Descendo mais um pouco tem a VCI, que também desemboca no AD. Se descer um
pouco mais, é possível ver a veia hemiázigos, que é menor que a veia ázigos.
É possível visualizar em coronal, sagital e axial. O sagital é muito bom pra ver as fissuras
pulmonares. O melhor plano vai ser aquele que corta perpendicularmente a estrutura.
Quando começa a bifurcar, já sabe que está na Carina, depois tem brônquios principais e
os brônquios segmentares. A segmentação específica não será cobrada em prova.
Tem uma outra janela, que é a janela óssea, que é possível visualizar a cortical do osso e
a medular, que é osso esponjoso (menos denso).
Tem os troncos supra-aórticos, onde o primeiro é o braquiocefálico, que se bifurca. O
outro é a carótida esquerda, e o último é a subclávia esquerda, que vira axilar e depois braquial.
Os três troncos saem do arco aórtico, em que a aorta descendente vai até o abdome.
LEMBRAR DE COLOCAR SE A AORTA É DESCENDENTE OU ASCENDENTE → O
QUE ESTÁ DESCENDO ESTÁ ATRÁS.
Ar dentro do esôfago continuamente é patológico, ele pode estar dilatado. O ideal é ver o
esôfago com ar em um corte e colabado em outro corte.
Lesões

Se tiver sinal da silhueta do lado direito, a lesão tem que estar projetada em cima da
sombra cardíaca. Alteração no lobo médio, no rx de perfil, essa lesão tem que estar sobre o
coração. Da mesma forma, se a lesão estiver na língula, o estado projetado vai estar sobre a
sombra cardíaca.
O sinal da silhueta nada mais é do que quando se perde o contorno da estrutura. Por
exemplo, se perder o contorno do diafragma, significa sinal da silhueta no diafragma, o que
significa que a lesão esta no lobo médio.
Na PNM, na maioria das vezes tem broncograma aéreo, porque tem preenchimento
alveolar. Mas não significa necessariamente PNM, significa apenas preenchimento alveolar.
Homem, 15 anos, com história de tosse e dispneia: é possível visualizar micronódulos
bem na pontinha, próximo ao diafragma, o que significa que eles estão no centro do lobo
pulmonar secundário, que pode ser somente ou arteríola terminal ou bronquíolo terminal. Nesse
caso, trata-se de uma bronquiolite infecciosa. Importante lembrar que os micronódulos não
tocam a superfície pleural. A secreção infecciosa impacta dentro do bronquíolo terminal.
IMAGEM DO SLIDE

Mulher, 63 anos, com história de uso de imunosupressor, tosse e dispneia. Apresenta


vários micronódulos, que são possíveis de serem vistos na superfície pleural. Não pode ser
bronquiolite infecciosa, porque não tem como bronquíolo terminal tocar a pleura. Quando os
micronódulos são difusos, na maioria das vezes é de origem hematogênica. Nesse caso, é um
quadro típico de tuberculose miliar.
IMAGEM DO SLIDE

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