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Anatomia de superfície do tórax

Saber reconhecer as estruturas anatômicas da superfície do tórax e relacioná-las à anatomia


desta região (Parede e cavidade) é fundamental para o exame físico

-As clavículas demarcam a divisão superior entre zonas de drenagem linfática: acima das
clavículas, a linfa flui finalmente para os linfonodos jugulares inferiores; abaixo deles, a linfa
parietal (da parede do corpo e membros superiores) flui para os linfonodos axilares

-O esterno tem localização subcutânea na linha mediana anterior e é palpável em toda a sua
extensão.

-a incisura jugular no manúbrio do esterno pode ser palpada entre as extremidades mediais
proeminentes das clavículas. A incisura situa-se no nível da margem inferior do corpo da
vértebra T II e no espaço entre o 1o e o 2o processos espinhosos torácicos.

-O manúbrio do esterno, com comprimento aproximado de 4 cm, situa-se no nível dos corpos
das vértebras T III e T IV

-O ângulo do esterno é palpável e muitas vezes visível em pessoas jovens em razão do leve
movimento que ocorre na sínfise manubriesternal durante a respiração forçada. O ângulo do
esterno situa-se no nível do disco entre T IV e T V e do espaço entre o 3o e o 4o processos
espinhosos torácicos

-O ângulo do esterno marca o nível do 2o par de cartilagens costais.

-O lado esquerdo do manúbrio do esterno situa-se anteriormente ao arco da aorta, e seu lado
direito superpõe-se diretamente à fusão das veias braquiocefálicas para formar a veia cava
superior (VCS). A VCS segue em direção inferior, profundamente ao manúbrio do esterno e à
sínfise manubriesternal, mas projeta-se até um dedo à direita da margem do manúbrio do
esterno. A VCS entra no átrio direito do coração oposta à 3a cartilagem costal.

-O corpo do esterno, que tem aproximadamente 10 cm de comprimento, situa-se


anteriormente à margem direita do coração e das vértebras T V a T IX. O sulco intermamário
(depressão ou clivagem mediana entre as mamas femininas maduras) está sobre o corpo do
esterno

-O processo xifoide situa-se em uma pequena depressão, a fossa epigástrica. Essa fossa é
usada como guia na reanimação cardiopulmonar (RCP) para determinar a posição adequada da
mão sobre a parte inferior do esterno. A sínfise xifosternal é palpável e frequentemente
observada como uma crista, no nível da margem inferior da vértebra T IX

--As margens costais, formadas pela união das 7a – 10a cartilagens costais, são facilmente
palpáveis porque se estendem em sentido inferolateral a partir da sínfise xifosternal. As
margens costais direita e esquerda convergentes formam o ângulo infraesternal.

-As costelas e os espaços intercostais servem como base para localização ou descrição da
posição de estruturas ou de locais de traumas ou doenças na parede torácica ou sob ela. Como
a costela I não é palpável, a contagem das costelas no exame físico começa na costela II
adjacente ao ângulo do esterno subcutâneo facilmente palpado. Para contar as costelas e os
espaços intercostais anteriores, devem-se posicionar os dedos sobre o ângulo do esterno e
deslizar lateralmente para a 2a cartilagem costal, começando a contar as costelas e os espaços
com os dedos a partir daí. O 1o espaço intercostal é aquele superior à 2a cartilagem costal —
isto é, os espaços intercostais são numerados de acordo com a costela que forma seu limite
superior. Em geral, é mais seguro contar os espaços intercostais, pois a ponta do dedo tende a
entrar nos espaços entre as costelas. Um dedo deve permanecer no lugar enquanto o outro é
usado para localizar o próximo espaço. Usando todos os dedos, é possível localizar quatro
espaços de uma vez. A parte anterolateral dos espaços é mais larga (aproximadamente na
linha medioclavicular). Se os dedos forem retirados da parede torácica durante a contagem
dos espaços, pode-se facilmente colocar o dedo de volta no mesmo espaço, confundindo-o
com o espaço abaixo. Na parte posterior, a extremidade medial da espinha da escápula situa-
se sobre a costela IV.

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