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A galeria de vídeos, por sua vez, aponta as produções audiovisuais que você
deve assistir no ambiente online – aquelas que o ajudarão a refletir, de forma
mais específica, sobre determinado conceito ou sobre algum tema abordado na
disciplina. Se você quiser, poderá usar o QR Code para acessar essas produções
audiovisuais, diretamente, a partir de seu dispositivo móvel.
Bons estudos!
Apresentação
Esta disciplina tem papel decisivo para o entendimento das finanças de uma
forma geral e para a formação do perfil do aluno MBA em Gestão Financeira e
Controladoria, uma vez que apresenta conceitos cruciais que farão parte do seu
dia a dia.
Definiremos as demonstrações contábeis que são de caráter obrigatório e
entenderemos suas funções para a disciplina. Apresentaremos os conceitos e
tipos de análises, bem como os perfis de interessados nessas informações.
Serão demonstrados os diversos tipos de índices e, de forma prática, como estes
auxiliam no processo de gestão, além de entender como o impacto das
informações pode auxiliar na continuidade das empresas e enriquecer o
controller.
Sendo assim, esta disciplina tem como objetivos:
1. 1. Definir as demonstrações contábeis e financeiras;
2. 2. Apontar as técnicas e índices utilizados para a análise das demonstrações
contábeis;
3. Demonstrar a importância da análise dentro do processo de gestão.
Objetivo:
1. Definir as principais demonstrações contábeis obrigatórias;
2. Desenvolver seu conhecimento no tipo de informação fornecida pelas
demonstrações contábeis.
Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na
escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras,
que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as
mutações ocorridas no exercício:
I. Balanço Patrimonial;
II. Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados;
III. Demonstração do Resultado do Exercício;
IV. Demonstração dos Fluxos de Caixa e (redação dada pela Lei nº 11.638, de
2007);
V. Se companhia aberta, demonstração do Valor Adicionado(incluído pela Lei nº
11.638, de 2007).
• À liquidez;
• Ao desempenho
• À composição do patrimônio
Balanço Patrimonial
Você sabe o que é o Balanço Patrimonial?
Esse balanço é uma demonstração que apresenta tanto o aspecto patrimonial
da empresa quanto o aspecto financeiro. Nesse sentido, entendemos que essa
demonstração nos oferece dois tipos de informação:
Qualitativa
Quantitativa
Ativos
As contas do ativo estão dispostas em ordem decrescente do grau de liquidez.
Isso porque a liquidez é a facilidade de se transformar um recurso em dinheiro,
ou seja, as primeiras contas são aquelas que já são dinheiro (caixa e bancos),
seguidas por contas que serão convertidas, em breve, em dinheiro.
Essas contas podem ser divididas em:
Ativo Circulante
Ativo Não Circulante
Trataremos de cada um deles a seguir.
Ativo Circulante
O que é Ativo Circulante?
Ativo circulante é o dinheiro que a empresa possui em seu caixa mais os recursos
que podem ser transformados em dinheiro em curto prazo. Lembrando que,
Outros tipos de títulos que terão a sua realização, ou seja, serão recebidos após
o término do exercício seguinte.
Passivo Circulante
Estão representadas as obrigações da empresa:• Dívidas com fornecedores;
• Obrigações financeiras em geral;
• Obrigações trabalhistas e fiscais;
• Obrigações com os sócios (na forma de dividendos, por exemplo),
provisões, entre outras obrigações.
Patrimônio Líquido
Conhecido como Riqueza Líquida ou Capital Próprio, é o grupo que corresponde
efetivamente aos recursos originários dos sócios, assim como se refere aos
aumentos e diminuições (na forma de lucros ou prejuízos) alcançados pela
empresa no decorrer de sua atividade.
Apresentação de grupos
O Balanço, até o ano de 2007, apresentava alguns grupos como:
• Diferido;
• Resultados de Exercícios Futuros;
• Conta Lucros Acumulados ainda fazia parte do Patrimônio Líquido.
Substituição da DOAR
A Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) foi substituída
pela Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC), que demonstra, de uma melhor
forma, os fluxos de dinheiro na empresa (ASSAF NETO; LIMA, 2014).
Atenção
Diante das mudanças que acabamos de ver, foi possível
compreender o balanço patrimonial e sua configuração, bem como
a questão das mudanças tanto nessa demonstração quanto na
contabilidade como um todo, em virtude das atualizações
DMPL
A DMPL não é exigida no aspecto societário (o que aparece é a DLPA), mas é
uma demonstração mais abrangente e que fornece mais informações para a
análise da empresa em geral, ao apresentar toda a movimentação do Patrimônio
Líquido, e não só a distribuição do lucro que ocorre na DLPA.
Atenção
A DMPL não é obrigatória de acordo com o aspecto societário (Lei
nº 6.404/76), entretanto é exigida pela Comissão de Valores
Mobiliários (CVM), que regulamenta o mercado de ações
(sociedades anônimas de capital aberto) e também faz parte das
demonstrações exigidas pela Comissão de Pronunciamentos
Contábeis (CPC).
Balanço Patrimonial
DLPA
Atente para esta expressão em destaque. Você sabe o que ela significa? A seguir,
definiremos essa demonstração e trataremos de sua importância para a Análise
das Demonstrações.
A DFC pode ser elaborada tanto pelo método direto, que parte da movimentação
direta de caixa e equivalentes de caixa, demonstrando os itens que entraram e
saíram dessas contas, quanto pelo método indireto, a partir do resultado.
• Objetivo da
contabilidade: http://www.youtube.com/watch?v=dP-
f6jXH6rk&list=TLlJrpVCzaWhrvNTuAA8pykgcm9rDB-ZiO;
• Demonstrações contábeis:
http://www.youtube.com/watch?v=M4-QHz-66Aw;
• Portal de
contabilidade: http://www.portaldecontabilidade.com.br/temat
icas/demonstracoescontabeis.htm.
Referências
ASSAF NETO, A.; LIMA, F. G. Curso de administração financeira. 3. ed. São
Paulo: Atlas, 2014.
BRASIL. Lei 6.404, de 15 de Dezembro de 1976. Dispõe sobre as sociedades por
ações. Disponível
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6404consol.htm.
Acesso em: 28 ago. 2014.
Questão 2
a) Econômica e financeira.
b) Financeira e econômica.
c) Patrimonial e econômica.
d) Tributária e econômica.
e) Financeira e patrimonial.
Questão 3
Questão 4
Questão 5
a) DVA
b) DFC
c) DRE
d) DRA
Questão 6
a) DMPL
b) DLPA
c) DFC
d) DRE
e) DVA
Questão 7
a) BP
b) DRE
c) DMLP
d) DLPA
e) DFC
Questão 9
a) Operacional
b) Financiamento
c) Patrimoniais
d) Investimentos
e) Financeiros
Questão 10
a) Resultado Econômico.
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E FINANCEIRAS 25
b) Resultado Financeiro.
d) Fluxos de Caixa.
Questão 2 - E
Justificativa: O Balanço Patrimonial fornece informações financeiras e
patrimoniais, ou seja, relativas a valores e composição do patrimônio.
Questão 3 - A
Justificativa: O Ativo possui liquidez decrescente, ou seja, é apresentado de
acordo com as contas que possuem maior liquidez no início e menor em seu final;
já o passivo possui a exigibilidade decrescente, uma vez que as contas do Passivo
Circulante são aquelas que possuem o menor prazo de pagamento.
Questão 4 - A
Justificativa: A definição de Circulante e Não Circulante tanto para Ativo quanto
para Passivo tem como base o ciclo operacional da empresa.
Questão 5 - B
Justificativa: A DFC passou a ser exigida para as companhias de capital aberto e
para aquelas com patrimônio líquido superior a dois milhões na data do
encerramento do balanço.
Questão 6 - B
Justificativa: Com as mudanças na lei 6.404/76, a figura do lucro acumulado não
existe mais e assim houve a obrigatoriedade de distribuição desses valores na
Questão 7 - A
Justificativa: A DRE, diferentemente do Balanço Patrimonial, fornece informação
dinâmica e econômica, ou seja, relativa à formação do resultado, que pode ser
lucro ou prejuízo.
Questão 8 - E
Justificativa: A DFC é utilizada para explicar, por exemplo, porque as receitas
(resultado econômico) não necessariamente se refletem em resultado financeiro
(caixa), pois muitas vezes as receitas se convertem em Clientes, ou seja, ainda
não foram recebidas.
Questão 9 - B
Justificativa: De acordo com a organização e o raciocínio da DFC, o Capital Social
é considerado uma atividade de financiamento.
Questão 10 - C
Justificativa: A DVA informa a riqueza gerada e distribuída na entidade durante
determinado período de tempo, e tem como base a DRE.
Objetivo:
1. Esclarecer o que é a análise das demonstrações financeiras;
2. Descrever as principais técnicas e usuários da análise das demonstrações
financeiras.
Demonstrações Financeiras
Você estudou as primeiras demonstrações e as informações fornecidas para a
Análise das Demonstrações Contábeis. Nesta aula, usaremos Análise das
Demonstrações Financeiras, mas é comum a utilização das expressões Análise de
Demonstrações Contábeis ou Análise de Balanço, para o mesmo tipo de
informação.
Vejamos o que três renomados autores têm a dizer a respeito dessa Análise:
Dante C. Matarazzo
Para Matarazzo (2010), a Análise das Demonstrações tem como principal objetivo
extrair informações das demonstrações para a tomada de decisões.
Analista externo
Para o analista externo, a informação apresentará objetivos mais específicos em
relação à avaliação do desempenho da empresa e irá variar de acordo com as
necessidades do analista. No entanto, Assaf Neto e Lima (2014) afirmam que a
análise pode ficar comprometida pela falta de informações relevantes, que só
podem ser conseguidas com o acesso de dados internos na empresa.
Exemplo: Se o analista externo for um credor, seu interesse será a liquidez e
capacidade de pagamento da empresa. Se o analista for um investidor, seu
interesse será o Retorno sobre Investimento (ROI) e a criação de valor da
empresa.
A conclusão de que essas dívidas são altas demais e que a empresa pode ter
algum tipo de dificuldade para pagá-las é considerado uma informação.
Atenção
Matarazzo (2010) define os dados como números, descrições
de objetos ou eventos que, de forma isolada, não oferecem
nenhuma reação ao leitor. No entanto, as informações
representam, para aqueles que a recebem, uma comunicação que
pode produzir algum tipo de reação ou decisão.
Fornecimento de informações
Diante do que vimos até aqui, entendemos que a análise é caracterizada pelo
fornecimento de informações e pode ser entendida pelo esquema a seguir:
Por fim, o analista verificará se a máquina está dando o retorno adequado, entre
outros aspectos.
Exemplos de relatórios:
Vejamos, a seguir, dois exemplos de relatórios – um que apresenta somente
dados comparado a outro que apresenta informações úteis para a tomada de
decisão:
Dado Informação
Vejamos uma analogia com outra situação para que você possa compreender
esse processo. Nosso exemplo será de uma consulta médica:
1895
Em 9 de fevereiro, o Conselho Executivo da Associação dos bancos no Estado de
Nova York recomendou a todos os membros que solicitassem aos contratantes
de empréstimos declarações escritas e assinadas de seus ativos e passivos.
1900
A mesma associação divulgou um formulário para pedido de empréstimo que
continha um espaço para o Balanço. Dessa forma, com o passar dos anos, foi se
desenvolvendo a noção de comparação de diversos itens, e a mais comum da
época era a comparação entre o Ativo e o Passivo Circulante.
1913
Outros índices passaram a ser utilizados, como os depósitos bancários
comparados com o exigível, o percentual de contas a receber em relação a outros
itens do Ativo, assim como a comparação dos estoques com as vendas atuais.
1915
O Federal Reserve Board (FED), o Banco Central dos Estados Unidos, passou a
exigir o Balanço das empresas para redesconto de títulos, prática que ficou
consolidada como base para a concessão de crédito.
1918
O FED criou um livreto que incluía formulários padronizados tanto para o Balanço
Patrimonial quando para a Demonstração de Lucros e Perdas, além de um esboço
de procedimentos de auditoria e princípios para a preparação das demonstrações
em geral.
1919
Alexander Wall, que foi considerado o pai da análise das demonstrações, afirmou
que havia a necessidade de comparar mais do que Ativo Circulante e Passivo
Circulante, sendo posteriormente desenvolvidas outras fórmulas utilizadas para
a avaliação de empresas.
1925
Stephen Gilman criou a Análise Horizontal que era uma crítica à análise feita
apenas por índices. Sugeria que era necessária a construção de índices
encadeados que indicassem as variações ocorridas nas principais contas em
relação ao ano-base.
1930
Essa década foi marcada pelo surgimento, dentro da empresa Du Pont, de um
modelo de análise de rentabilidade que envolvia a taxa de retorno, as taxas de
margem de lucro e giro dos negócios, conhecida como Return on Investment
(ROI).
No entanto, se compararmos esse valor com o valor das vendas ou com valores
de períodos passados, é possível compreender sua importância.
Usos e usuários
Você sabe por que a análise das demonstrações financeiras é tão importante e
para quem é necessária?
A análise das demonstrações financeiras permite compreender como o aumento
de vendas pode afetar a situação financeira da empresa e se a obtenção de
financiamentos será benéfica para a empresa. Dessa forma, a análise das
demonstrações financeiras se torna interessante não só para a empresa, mas
também para aqueles que vão se relacionar com ela, estando cada usuário
interessado em um aspecto em particular.
Vejamos alguns dos usuários e seus interesses:
Bancos comerciais
Concedem créditos de curto prazo as empresas. Nesse sentido, observam a
situação atual do cliente, visando, também, entender sua situação futura.
Bancos de investimentos
Responsáveis por fornecer financiamentos de longo prazo, precisam se preocupar
com a situação futura em longo prazo dos clientes.
Concorrentes
Analisam a situação da empresa, pois o conhecimento profundo da situação dos
concorrentes pode ser um fato de sucesso ou fracasso no mercado.
Dirigentes
Além dos que vimos anteriormente, existem outros interessados também, como
clientes, governo, corretoras de valor, investidores. Cada um desses está
interessado em um diferente aspecto e a análise poderá fornecer informações
úteis para esses usuários.
Você aprendeu alguns aspectos inicias da análise das demonstrações, que tipo
de informações elas podem apresentar e quais são os principais usuários.
Agora vamos fazer uma atividade!
Atividade proposta
O proprietário de uma empresa solicitou que você, atuando como controller,
explicasse certos aspectos referentes à situação da empresa e que poderão ser
utilizados na análise das demonstrações financeiras. Ele demonstrou algumas
informações e pediu para que você apontasse de onde essas informações seriam
retiradas e solicitou uma breve análise sobre os aspectos que poderão ser
analisados em cada uma delas.
A seguir, um exemplo que pode ser utilizado nas outras questões a serem
preenchidas:
Situação econômica
Fonte Análise
Desempenho
Fonte Análise
Fonte Análise
Fonte Análise
Chave de resposta:
Situação econômica
Fonte Análise
Fonte Análise
Fonte Análise
Fonte Análise
Referências
ASSAF NETO, A. Estrutura e Análise de Balanços – um enfoque econômico-
financeiro. 10 ed. São Paulo: Atlas, 2012.
ASSAF NETO, A.; LIMA, F. G. Curso de administração financeira. 3. ed. São
Paulo: Atlas, 2014.
GITMAN, L. J. Princípios da administração financeira. 12. ed. São Paulo:
Pearson Education, 2010.
MATARAZZO, D. C. Análise Financeira de Balanços: Abordagem Gerencial.
7. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
ROSS, S. A.; WESTERFIELD, R. W.; JORDAN, B. D. Princípios de
administração financeira. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2013.
Questão 2
A análise das demonstrações contábeis pode ser utilizada, de certa forma, para
usuários internos e externos. Qual o interesse dos usuários internos e externos
respectivamente?
a) Somente números.
b) Simples descrições.
Questão 4
c) Realizar projeções.
Questão 5
c) Tomam-se decisões.
Questão 6
A análise das demonstrações contábeis possui uma função muito importante que
é apresentar informações elaboradas sobre a situação da empresa. Nesse
contexto, qual foi o motivo de criação e que até os dias atuais é o foco dessa
técnica?
e) Exigência societária.
Questão 7
a) Análise horizontal.
b) Análise vertical.
c) Análise de rentabilidade.
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E FINANCEIRAS 22
d) Análise de liquidez.
e) Análise de imobilização.
Questão 8
a) Análise tributária.
b) Análise societária.
c) Análise setorial.
d) Análise de dados.
e) Análise de sistemas.
Questão 9
a) Análise horizontal.
b) Análise vertical.
d) ROI.
e) Alavancagem financeira.
a) Bancos de investimento.
b) Fornecedores.
c) Bancos comerciais.
d) Clientes.
e) Dirigentes.
Passivo Exigível em Longo Prazo: Assaf Neto (2012) destaca que utiliza o
termo Ativo Permanente para se referir a três contas: Investimentos,
Imobilizado e Intangível, ou seja, esse termo está ligado ao Ativo Não
Circulante, descontados os valores do Realizável em Longo Prazo.
Questão 2 - D
Justificativa: Tanto o desempenho geral quanto o reflexo das decisões são
informações relativas aos usuários internos já a capacidade de liquidez pode ser
avaliada pelos usuários externos.
Questão 3 - E
Justificativa: Diferentemente dos dados que precisam ser interpretados, a
informação poderá produzir algum tipo de reação ou decisão nos tomadores de
decisão.
Questão 4 - B
Justificativa: Em um primeiro momento o contador tem de se preocupar com o
registro das operações que irão impactar o patrimônio.
Questão 5 - B
Justificativa: Os aspectos tributários inicialmente não fazem parte do processo de
análise das demonstrações financeiras.
Questão 6 - D
Justificativa: A primeira motivação de utilização da análise das demonstrações
contábeis é a cessão de crédito por instituições financeiras.
Questão 8 - C
Justificativa: A análise setorial é muito importante para que se possa conhecer o
ambiente em que a empresa atua e será combinado com seus índices.
Questão 9 - C
Justificativa: De forma genérica, a análise por índices relaciona contas e grupos
visando evidenciar determinados aspectos da situação de uma empresa.
Questão 10 - A
Justificativa: Os bancos de investimento por serem responsáveis por fornecer
financiamentos de longo prazo precisam se preocupar com a situação em longo
prazo das empresas.
Objetivo:
1. Discutir a preparação das demonstrações para a análise;
2. Esclarecer as técnicas de Análise Horizontal e Vertical.
Iniciando as análises
Inicialmente, faremos alguns ajustes necessários e entenderemos alguns termos
utilizados no início das análises. Neste primeiro momento, vamos ver as análises
horizontal e vertical, mas para que isso ocorra é necessário observar o seguinte:
Simplificação
As demonstrações apresentadas estão simplificadas. No caso do Balanço e da
DRE, que estudaremos, muitas contas estão agrupadas, pois as duas
demonstrações são extensas e detalhadas. Dessa maneira, aparecem agrupadas
ou sob a denominação de “Outros” por não representarem, no caso do balanço,
valores, de forma isolada, importantes para a análise.
Comparabilidade
Essa é uma das características da contabilidade e na análise não é diferente. Uma
vez que é preciso que sejam comparados padrões, o Balanço deverá ser
apresentado com as mesmas contas e com diversos períodos.
Internacionalização
As Duplicatas Descontadas eram uma conta redutora do Ativo, entretanto, com
as mudanças ocorridas pela internacionalização da contabilidade, atualmente, a
conta de Duplicatas Descontadas faz parte do Passivo, de acordo com o
entendimento da Norma (CPC 02).
Nomenclatura
Alguns autores ainda utilizam tanto o termo Ativo Permanente quanto Passivo
Exigível em Longo Prazo, apesar da mudança de nomenclatura dos elementos
patrimoniais.
Balanço Patrimonial
A seguir, analisaremos um exemplo de Balanço da Cia Ltda. Nele, encontraremos
as contas consideradas mais importantes do ponto de vista da análise.
Note que um aspecto importante é o surgimento dos termos que se referem às
partes financeira e operacional do Balanço! Vejamos:
Outros
Contas referentes a outros valores e que não são essenciais nesse momento.
Financeiro
Engloba as disponibilidades e aplicações.
Atenção
É preciso utilizar vários índices e outros tipos de análises,
combinados com conhecimentos relativos ao setor da empresa e
à economia em geral para que possamos ter uma análise real da
empresa.
Outros
As contas referentes a outros valores e que não são essenciais nesse momento,
estão denominadas por “outros”.
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E FINANCEIRAS 6
Financeiro
Engloba as disponibilidades e aplicações.
Operacional
Atribuído à operação da entidade.
Análise Horizontal
A Análise Horizontal é a comparação entre os valores de uma mesma conta ou
de um mesmo grupo de contas, em diferentes exercícios sociais.
Pode ser definido como um processo de análise temporal, desenvolvido por meio
de números-índices, sendo que seus cálculos são baseados conforme afirma
Assaf Neto (2012) no seguinte raciocínio:
Onde:
Número de índice
O número índice representa a relação existente entre o valor de uma conta
contábil ou um grupo de contas, e determinada data (V<sub>d</sub>) e o seu
valor obtido na data base (V<sub>b</sub>).
Vd
Representa o valor monetário identificado no exercício que se pretende
comparar, por meio da utilização de um índice.
Vb
Está relacionado com este mesmo índice, mas no exercício em que se efetua a
comparação, ou seja, este será o ano de comparação.
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E FINANCEIRAS 7
Atenção
De forma genérica, Assaf Neto (2012) sugere que a Análise
Horizontal permite as seguintes conclusões:
• Evolução dos Ativos (investimentos) e Passivos
(financiamento de curto prazo) – evidencia certa folga
financeira (liquidez corrente). Isso pode ser observado caso
os Ativos Circulantes tenham crescido de forma mais rápida
que os Passivos Circulantes. Poderá ocorrer um aperto na
situação da empresa caso tenha ocorrido o inverso;
• Evolução do Ativo permanente produtivo (o conceito de
permanente engloba todos os grupos menos o Realizável em
Longo Prazo);
• Evolução da estrutura de capital – a análise desse segmento
busca o conhecimento de como a empresa está financiando
seus investimentos em ativos, ou seja, se houve maior ou
menor preferência por empréstimos e financiamentos em
relação ao uso de capital próprio, se existe algum visível
desequilíbrio de capital.
Nesse caso, não houve aumentos significativos, apenas aumento no lucro antes
do Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido.
Análise Vertical
Para o cálculo da Análise Vertical, utiliza-se o percentual de cada conta em
relação a um valor-base. No caso do Balanço, quando falamos do Ativo,
calculamos o percentual de cada conta contra o total do grupo.
Assaf Neto (2012) afirma que a Análise Vertical parte do princípio da disposição
dos valores absolutos em forma vertical, o que permite apurar a participação
relativa de cada item contábil, em cada grupo do Balanço ou na DRE, bem como
sua evolução com o tempo.
Chave de resposta:
Aumento da receita – Aumento de 25% – Análise Horizontal (de 2011 para 2012).
Aumento da receita – Aumento de 41% – Análise Horizontal (de 2011 para 2013).
Praticamente houve a manutenção dos custos, em média 50%, observando a
Análise Vertical dos três anos.
Aumento do Lucro Líquido, de 6,5% em 2011 (Análise Vertical) para 7,9% em
2012.
Outros aspectos poderão ser apontados.
Referências
ASSAF NETO, A. Estrutura e Análise de Balanços – um enfoque econômico-
financeiro. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
CPC 02. PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 02 (R2). Efeitos das Mudanças nas
Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis. Disponível
em: http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/62_CPC_02_
R2_rev%2003.pdf. Acesso em: 19 maio 2014.
Por que são utilizadas algumas simplificações para o início dos trabalhos de
análise das demonstrações financeiras?
Questão 2
a) Erro de apresentação.
Questão 3
Questão 4
b) Investimentos e Imobilizado.
c) Investimentos e Intangível.
Questão 5
Questão 7
Questão 8
a) Análise da Receita.
b) Análise Vertical.
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E FINANCEIRAS 18
c) Análise por Índices.
d) Análise de Rentabilidade.
e) Análise Horizontal.
Questão 9
Questão 10
Passivo Exigível em Longo Prazo: Assaf Neto (2012) destaca que utiliza o
termo Ativo Permanente para se referir a três contas: Investimentos,
Imobilizado e Intangível, ou seja, esse termo está ligado ao Ativo Não
Circulante, descontados os valores do Realizável em Longo Prazo.
Questão 2 - B
Justificativa: Para que se possa acompanhar a evolução de determinada empresa
é preciso que se acompanhe diversos períodos de suas demonstrações contábeis.
Assim, as demonstrações devem ser apresentadas em mais de um período para
que haja a comparabilidade das informações.
Questão 3 - A
Justificativa: É preciso compreender que após a harmonização contábil, a conta
de Duplicatas Descontadas já é contabilizada no Passivo e lá ficará para fins de
análise como um empréstimo, uma vez que aqui estamos analisando a essência
sob a forma, uma vez que esta operação acaba se caracterizando como um
empréstimo.
Questão 4 - D
Justificativa: O nome do grupo na estrutura antiga era Permanente, porém agora
o Ativo se divide em Circulante e Não Circulante. Desta forma, após as mudanças
na legislação societária o Permanente, para fins de análise, é representado pelo
grupo do Ativo Não Circulante menos o Realizável em Longo Prazo, ou seja,
Investimentos, Imobilizados e Intangível.
Questão 6 - C
Justificativa: A Análise Horizontal irá fornecer, em um primeiro momento, dados
relativos à evolução de Ativos e Passivos, ou seja, tanto os bens e direitos quanto
as obrigações e posteriormente a combinação dos dois grupos.
Questão 7 - D
Justificativa: A Análise Horizontal, em um primeiro momento, fornece
informações que podem demonstrar a preferência por financiamento com
recursos próprios ou de terceiros, assim é possível compreender se a empresa
está captando recursos dos sócios ou optando por pagar juros e está captando
recursos no mercado.
Questão 8 - E
Justificativa: Comparativamente com o ano base, verifica-se o aumento de
receitas líquidas em vários períodos de tempo com a utilização da técnica da
Análise Horizontal, ou seja, ela serve para comparar a evolução em determinados
períodos em relação às contas ou grupos das Demonstrações Contábeis.
Questão 9 - B
Justificativa: A evolução dos custos e despesas em relação ao volume de vendas
é um dos principais objetivos da Análise Horizontal da DRE e esse aspecto é
importante para compreender como a empresa está gastando para gerar suas
receitas.
Objetivo:
1. Descrever o surgimento de Ativos e Passivos;
2. Apontar as origens e aplicações e o Capital Circulante Líquido.
Disponível
O Disponível tem seu valor definido pela administração da empresa. Não existe
regra básica para ele, seu papel é o de amortecer diferenças entre entradas e
saídas e seu nível é ajustado diariamente em função das mesmas.
Aplicações Financeiras
São investimentos de curto prazo em títulos que rendem juros e correção. Esses
valores são aplicados em função dos excessos de disponibilidade.
Contas a receber
Esse grupo possui relação com o volume médio de venda diário multiplicado pelo
prazo médio de recebimento de vendas. Quanto maior o prazo concedido para
as contas a receber, maiores serão as dificuldades para as vendas.
Estoques
Nas empresas comerciais, os estoques são a relação do produto das vendas
diárias a preços de custos com o prazo médio de sua renovação. Já nas empresas
industriais, essa relação é a soma dos estoques de produtos em elaboração
com os estoques de matéria prima.
Investimentos
Ligados às aplicações voluntárias em outras empresas, ou seja, em bens que não
são necessários à manutenção das atividades, não possuem relação com as
operações da empresa.
Imobilizado
Representado por prédios industriais, máquinas, equipamentos, instalações,
móveis, entre outros bens.
Intangível
Grupo que surgiu pelas alterações na lei 6.404/76 e que representa bens e
direitos incorpóreos. Alguns podem estar ligados à compra de outros bens, como
é o caso do goodw ill .
A primeira origem dos recursos vem por intermédio dos sócios com investimento
de capital próprio, denominado capital social.
Matarazzo (2010) afirma que as origens de recursos podem ter origem em:
Patrimônio Líquido
Recursos entregues pelos sócios à empresa. Em condições normais, deveriam ser
suficientes para financiar o Permanente (Investimentos, Imobilizado e
Intangível), bem como parte do Ativo Circulante. À medida que a empresa
acumula lucros, o Patrimônio Líquido cresce, assim como deveria crescer a
capacidade de financiar o Ativo, por isso é importante saber qual o ritmo de
crescimento da empresa.
Passivos de funcionamento
São recursos representados por fornecedores, principal conta desse tipo de
passivo, salários a pagar, impostos a pagar, encargos sociais, aluguéis, água, luz,
entre outros e que surgem em decorrência da atividade da empresa.
Empréstimos bancários
Podem ser considerados como financiamentos residuais, ou seja, são tomados
para complementar a necessidade de investimento no Ativo Circulante sempre
que as demais fontes não forem suficientes. Esses financiamentos não têm uma
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E FINANCEIRAS 5
renovação garantida, como no caso dos passivos de funcionamento, podendo
gerar certas dificuldades para as empresas. Com a adoção do Pronunciamento
Contábil 02 (CPC 02), as duplicatas descontadas estão automaticamente
classificadas nesse grupo, pois se configuram como um empréstimo.
Você estudou como os recursos são originados e de que forma são incorporados
ao patrimônio.
No entanto, não foram examinadas todas as possibilidades de origens e
aplicações, apenas foram exploradas as principais formas que poderão ajudar a
compreender melhor a análise das demonstrações financeiras.
Exemplo prático
Vamos agora ver um exemplo prático do surgimento de ativos e passivos?
Suponha que uma empresa que deseja expandir seus negócios apresente a
seguinte análise detalhada:
Onde:
Prazo médio
Agora, vamos compreender o prazo médio de vendas que, nesse caso, é
calculado em 90 dias. A empresa vende, em média, R$ 200.000,00 por dia, e terá
um investimento em duplicatas a receber, ou seja, um valor médio de títulos a
receber de R$ 18.000.000,00.
Com essa situação muito simplificada, supomos que não exista nenhuma
mudança nas condições da empresa, dessa forma, ela manteria o valor
acumulado de duplicatas em R$ 18.000.000,00.
Investimentos
Com base em estimativas, foi possível saber que será necessário um caixa de R$
2.000.000,00. Outro aspecto observado foi que para uma faixa de venda entre
R$ 60.000.000,00 e R$ 100.000.000,00 será necessário um investimento de R$
13.000.000,00, sendo que abaixo dos R$60.000.000,00 não seria necessário esse
investimento e acima de R$ 100.000.000,00 o investimento seria maior.
Estoques
A empresa, nesse caso, deve manter os estoques para 60 dias. Ela vende, por
dia, a preço de custo R$ 120.000,00, e mantém os estoques para 60 dias, o que
nos dá um investimento de R$ 7.200.000,00.
Fornecedores
Os fornecedores concedem um prazo médio de pagamento de 90 dias. Dessa
maneira, promoverão, em média, a quantidade necessária de estoques de R$
120.000,00. Logo após os 90 dias, a empresa terá um valor de duplicatas
acumuladas no total de R$ 10.800.000,00.
Forma gráfica
Vamos entender melhor a Administração de Capital de Giro na forma gráfica?
Nesse caso, verifica-se o fato de que a soma do Não Circulante mais o Patrimônio
Líquido (os recursos não correntes) cobre o investimento no Ativo Permanente e
ainda sobram R$ 12.000.000,00, que podem ser aplicados no Ativo Circulante.
Ponto de atenção
Matarazzo (2010) chama a atenção para o fato de que o ponto mais importante
a ser entendido é que o Passivo Circulante é formado por recursos fornecidos por
terceiros à empresa por um breve prazo, sendo que, normalmente, os valores
variam entre 30, 60, 90 ou 120 dias e, no seu vencimento, essas dívidas deverão
ser pagas em dinheiro, ou seja, os recursos fornecidos à empresa sairão desta
ao término desse prazo.
Pensando nos recursos não correntes e que estão aplicados no Ativo, é preciso
lembrar que esses não precisarão ser pagos (parte que se refere ao Patrimônio
Líquido), e a outra parte (Não Circulante) só deverá ser paga em longo prazo.
Esses recursos dão à empresa certa estabilidade ou folga financeira.
De acordo com o que vimos anteriormente, concluímos que o CCL pode ser
entendido de duas formas básicas:
Nesse sentido, é possível compreender que o CCL pode se dar por excesso do
Ativo Circulante, bem como excesso dos recursos não correntes sobre a
aplicações correntes.
Concluindo, foi possível analisar e compreender como são originados e aplicados
os recursos, bem como ocorre o conceito de Capital Circulante Líquido dentro das
entidades.
Atividade proposta
Você acabou de assumir a controladoria de uma empresa varejista que possui
diversos tipos de operações e negócios, mas ainda não está familiarizado com
seu ramo de negócios.
Para que você pudesse conhecer o funcionamento das atividades e
consequentemente do fluxo do dinheiro envolvido foram lhe apresentados alguns
conceitos relativos aos controles.
Após isso, juntamente com todo o conhecimento que você possui sobre
demonstrações contábeis, bem como origens e aplicações de recursos, foi pedido
que você relacionasse cada uma das ferramentas, de acordo com as
características que essa apresenta, ou seja, substitua os números pelas
ferramentas apresentadas.
Essa atividade possibilitará que você conheça alguns grupos contábeis e como
eles podem ser mais bem entendidos para que, posteriormente, possam ser
efetuadas análises mais aprofundadas.
• http://www.youtube.com/watch?v=X8X1Iaria4E
Capital de giro líquido;
• http://www.youtube.com/watch?v=6Gxz1k6QRI4
Comparação entre CGL e CGP.
Referências
ASSAF NETO, A. Estrutura e Análise de Balanços – um enfoque econômico-
financeiro. 10 ed. São Paulo: Atlas, 2012.
ASSAF NETO, A. LIMA, Fabiano Guasti. Curso de administração financeira.
3. ed. São Paulo: Atlas, 2014
CPC 02. PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 02 (R2). Efeitos das Mudanças nas
Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis. Disponível
em: http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/62_CPC_02_
R2_rev%2003.pdf. Acesso em: 19 maio 2014.
GITMAN, L. J. Princípios da administração financeira. 12. ed. São Paulo:
Pearson Education, 2010.
MATARAZZO, D. C. Análise Financeira de Balanços: Abordagem Gerencial. 7.
ed. São Paulo: Atlas, 2010.
a) Excessos de passivos.
b) Excessos de receitas.
c) Excessos de despesas.
d) Excesso de resultado.
e) Excesso de disponibilidade.
Questão 2
Questão 3
Uma empresa que fornece um prazo muito grande de pagamento para seus
clientes pode levar a empresa a passar por dificuldades. Que tipo de dificuldade
pode ser gerado pela concessão de crédito?
Questão 4
Questão 5
Questão 6
a) R$5.000.000,00
b) R$10.000.000,00
c) R$15.000.000,00
d) R$2.500.000,00
e) R$12.500.000,00
Questão 7
Suponha uma empresa que possui uma venda anual média de R$60.000.000,00
e que possui um prazo médio de vendas de 90 dias de recebimento. Qual será o
seu valor médio de títulos a receber?
a) R$18.000.000,00
b) R$15.000.000,00
c) R$19.000.000,00
d) R$30.000.000,00
e) R$60.000.000,00
Que fato relacionado com uma empresa necessita de maior investimento em seu
imobilizado?
Questão 9
a) Ativos e passivo.
b) Passivos e ativos.
c) Receitas e ativos.
d) Despesas e receitas.
e) Contas Patrimoniais.
Questão 10
Bens: Esses itens possuem ligação com uma faixa de produção e volume de
vendas, sendo que, em cada ramo, há uma relação entre o imobilizado e as
vendas. Em alguns casos, os bens podem ser alugados, principalmente no que
diz respeito aos imóveis, porque a empresa pode trabalhar de forma super ou
subdimensionada, ou seja, acima ou abaixo de sua capacidade produtiva,
alterando a relação natural que existe entre a produção e vendas.
CPC 02: Trata dos Efeitos das mudanças nas taxas de câmbio e conversão de
demonstrações contábeis.
Fornecedores: Nas empresas comerciais, essa conta tem seu valor variando,
matematicamente, em função das compras de mercadorias efetuadas e do
prazo médio de pagamento. Já nas indústrias, esse passivo tem relação
matemática com a compra de matérias-primas e com o prazo médio de
pagamentos.
Questão 2 - C
Justificativa: Em um primeiro momento, deverá ser levado em conta o volume
médio de vendas comparado com o prazo de recebimento de vendas.
Questão 3 - B
Justificativa: A cessão de prazos muito grandes para os clientes pode levar a
empresa ao aumento da necessidade de ampliação de seus financiamentos para
pagar suas dívidas.
Questão 4 - B
Justificativa: O grupo de Investimentos é caracterizado por valores não ligados à
manutenção da atividade da empresa e aqueles que são ligados à atividade
principal são definidos como Permanente.
Questão 5 - D
Justificativa: A entrada inicial de capital ocorre pelos sócios mediante a
integralização do capital social.
Questão 6 - C
Justificativa: O ativo irá refletir o total do Passivo e Patrimônio Líquido, ou seja,
R$15.000.000,00.
Questão 8 - A
Justificativa: Quando uma empresa possui uma determinada capacidade máxima
instalada, ele pode operar com seu maquinário atual. Entretanto, quando essa
produção é extrapolada, existe a necessidade de aumento de imobilizado.
Questão 9 - B
Justificativa: As origens estão no Passivo (capital próprio e de terceiros) e
aplicação está no Ativo.
Questão 10 - E
Justificativa: Um dos conceitos que o CCL apresenta é que é formado pelo Ativo
Circulante subtraído do Passivo Circulante.
Objetivo:
1. Definir a utilização de índices no conceito de gestão;
2. Discutir os tipos de informações fornecidas pelos índices de Liquidez e de
Rentabilidade.
Índices genéricos
Demonstrações
Atenção
Há índices que são específicos de uma ou outra atividade
específica. Por exemplo, se pensarmos em uma companhia aérea
de transporte de passageiros pelo Brasil, o interesse será em
índices com ligação direta com a prestação do serviço, sendo
impactados pela mão de obra dos funcionários.
Companhia aérea
Setor farmacêutico
Uma empresa do setor farmacêutico terá uma preocupação maior com custos
empresariais, tais como matérias-primas ligadas à confecção de comprimidos,
xaropes, vacinas.
Entretanto, se dobrarmos esse número para oito, não acarretará em uma análise
com o dobro de eficiência. O rendimento da análise não é diretamente
proporcional à quantidade de índices utilizados.
Atenção
Vamos ver um exemplo!
Imagine um fornecedor de mercadorias ou de matéria-prima
querendo saber os níveis de rentabilidade e de endividamento de
uma empresa que é sua cliente.
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E FINANCEIRAS 5
Para tomar a decisão de vender a prazo para seu cliente, ele pode
apenas querer algumas informações sobre endividamento. No
entanto, caso este mesmo fornecedor esteja interessado em
adquirir a empresa como um investimento que diversifique suas
atividades operacionais, ele demandará uma quantidade maior de
informações, ou seja, de índices.
Índices financeiros
Índices de Liquidez
Começaremos pelos índices de Liquidez, que mostram a situação financeira de
qualquer empresa. Índices de Liquidez não são extraídos do fluxo de caixa das
empresas e não são índices de Capacidade de Pagamento, que comparam
as entradas e saídas de dinheiro, seja caixa ou equivalente-caixa.
Os índices de Liquidez comparam o que as empresas possuem de ativos
circulantes (ou direitos de longo prazo) com as obrigações, procurando medir a
solidez financeira das organizações. Uma empresa que apresente bons índices de
Liquidez possui condições de ter boa capacidade de pagamento de obrigações.
No entanto, isso não é uma certeza, já que existem outros fatores, como prazo
de vencimento e renovação de dívidas, que impedirá ou dificultará o pagamento
dessas obrigações.
Veremos, a seguir, três índices de Liquidez:
Liquidez Geral
Liquidez Corrente
Liquidez Seca
Índices de Liquidez
Liquidez Geral
O índice de Liquidez Geral indica quanto a empresa possui no ativo circulante e,
adicionalmente, no realizável em longo prazo, que faça frente ao total das
obrigações, sendo representados pelo passivo circulante e pelo exigível de longo
prazo.
Veja, a seguir, a fórmula para ser calculado o índice:
Liquidez Corrente
O índice de Liquidez Corrente indica quanto a empresa possui no seu Ativo
Circulante e que pode fazer frente às obrigações constantes no Passivo
Circulante. Em termos práticos, quanto maior for esse índice, melhor a empresa
estará com relação a tais parâmetros de análise.
Veja, a seguir, a fórmula para ser calculado o índice.
Atenção
Nos dois exercícios, o Ativo Circulante é consideravelmente maior
que o Passivo Circulante, fazendo com que este índice sempre se
apresente superior a 1 em valores absolutos. Dessa maneira, fica
claro que as aplicações de recursos no Ativo Circulante são
suficientes para cobrir as obrigações de curto prazo, com certa
folga, nos dois períodos.
Pode-se verificar que a empresa possui Capital Circulante Líquido
(CCL) positivo, sendo este representado pela diferença entre o
Ativo Circulante e o Passivo Circulante.
Veja a fórmula do CCL:
Capital Circulante Líquido = Ativo Circulante - Passivo
Circulante
O CCL é a folga financeira que se apresenta em valores absolutos
entre os bens e os direitos de curto prazo, representados pelo
Ativo Circulante e as obrigações de mesmo prazo, sendo
representadas pelo Passivo Circulante.
Liquidez Seca
O índice de Liquidez Seca indica o quanto a empresa possui do seu ativo líquido
para cobrir cada unidade monetária de obrigação de curto prazo. Como todos os
índices de liquidez, quanto maior for o seu valor, melhor será para a estrutura
financeira da empresa analisada.
Veja, a seguir, a fórmula para ser calculado o índice.
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E FINANCEIRAS 10
Esse índice acaba por ser uma espécie de teste de forças para as empresas,
afirmando o nível real de sua situação financeira. Pode acabar indicando certa
dificuldade, com valores não tão satisfatórios quanto os outros dois índices de
liquidez já analisados.
Vamos calcular o índice de Liquidez Seca da mesma empresa, de acordo com a
fórmula.
e) Sim, existe uma estrutura estática de índices que evoluiu com os tipos de
empresa.
Questão 2
Quando tratamos de uma indústria que trabalha com valores relativos à matéria-
prima, mão de obra e outros valores utilizados em sua produção qual seria a
maior preocupação em relação aos índices?
Questão 4
Questão 5
Questão 6
a) Liquidez Geral.
b) Liquidez Corrente.
c) Endividamento.
e) Liquidez Seca.
Questão 7
Uma empresa deseja utilizar um índice para relacionar seus Ativos Circulantes e
o Realizável ao Longo Prazo em comparação com o seu exigível. Que índice ela
deve utilizar?
a) Liquidez Geral.
b) Liquidez Seca.
c) Liquidez Corrente.
e) Composição do Endividamento.
Questão 9
Questão 10
Questão 11
b) Indústria.
c) Comércio de alimentos.
Questão 12
c) Estrutura de capital.
Índices: Um índice nada mais é do que uma relação entre grupos ou contas
das demonstrações financeiras de uma empresa qualquer, sendo estes valores
de um período único ou de períodos comparados. O objetivo de cada índice é
evidenciar, de maneira parametrizada, algum aspecto da conjuntura econômica
ou financeira de uma entidade qualquer.
Questão 2 - E
Justificativa: Geralmente as indústrias têm maior preocupação com seus custos.
Questão 3 - C
Justificativa: Os índices não garantem a situação econômica-financeira da
empresa, apenas indicam uma situação.
Questão 4 - A
Justificativa: Ele analisará o endividamento do cliente, pois quer saber se ele
poderá pagar os valores referentes à sua venda.
Questão 5 - A
Justificativa: Não existe uma relação direta entre a qualidade da análise e
quantidade de índices.
Questão 6 - E
Justificativa: A Liquidez Seca não teria grande utilidade, pois empresas de
telefonia, como prestadores de serviços, não têm estoques representativos.
Questão 7 - A
Justificativa: O índice de Liquidez Geral irá confrontar o Ativo Circulante e o
Realizável ao Longo Prazo com as obrigações exigíveis da empresa.
Questão 9 - C
Justificativa: Os índices de Estrutura de Capital são utilizados para o suporte para
decisões financeiras de obtenção e aplicação de recursos.
Questão 10 - C
Justificativa: Quando a empresa possui mais recursos no longo prazo ela poderá
negociar algumas condições, pois tem o prazo ao seu favor.
Questão 11 - B
Justificativa: As indústrias, por suas características, possuem um número maior
de máquinas e equipamentos.
Questão 12 - E
Justificativa: A média anual de tributação não é levada em conta nesse tipo de
análise.
Objetivo:
1. Descrever os índices de rentabilidade;
2. Examinar como funciona o processo de avaliação de uma empresa por meio
de índices.
Índices de Rentabilidade
Na última aula, você estudou os índices de Liquidez e de Estrutura de Capital.
Nesta aula, analisaremos o último grupo de índices, que é o de Rentabilidade. Ao
todo, são quatro índices:
O Giro do Ativo
A Margem Líquida
A Rentabilidade do Ativo
A Rentabilidade do Patrimônio Líquido
Giro do Ativo
O Giro do Ativo indica o quanto a empresa consegue gerar de vendas (em
unidades monetárias) comparando com os investimentos totais realizados (os
ativos totais).
Em uma análise mais simples desse índice, quanto mais a empresa vender,
melhor será para sua estrutura interna.
Um dos fatores do sucesso empresarial é o ritmo de crescimento dos seus
montantes de vendas realizadas em períodos idênticos de tempo. O valor de
vendas realizadas deve ter relação direta com os investimentos realizados.
Normalmente, quanto mais se investe nos ativos de uma empresa, mais ela terá
condições de gerar receitas. No entanto, isso nem sempre funciona efetivamente,
porque nunca se pode olhar apenas para o valor das vendas absolutas de maneira
isolada.
Margem Líquida
A Margem Líquida indica quanto a empresa consegue gerar de lucro para cada
R$100,00 gerados de vendas. Aqui, fica claro: quanto maior for este índice,
melhor será para a empresa analisada.
Vejamos a fórmula da Margem Líquida:
Diferentemente das outras fórmulas apresentadas, essa não trabalha com valores
absolutos na sua composição, pois toma como base o patrimônio líquido médio
da entidade, representado pela média aritmética simples do ano atual e do ano
anterior como denominador.
Isso ocorre porque a verificação do lucro líquido de uma empresa não esclarece
todo o cenário. É preciso comparar este valor com o capital próprio dela.
Atenção
Veja um exemplo!
A empresa XY gera um milhão de reais de lucro e é mais lucrativa
do que a empresa WX, que gera meio milhão de reais de lucro no
mesmo intervalo de tempo.
Atenção
Veja um exemplo da rentabilidade dessa empresa.
A caderneta de poupança tem um rendimento histórico médio
entre 6% e 6,50%. Com a rentabilidade de 248,77%, podemos
afirmar que a empresa rende 38 vezes mais do que a poupança.
Isso quer dizer que o dinheiro investido durante um ano nessa
empresa gera o que a caderneta de poupança levaria mais de 38
anos para render.
Atenção
O que deve ficar muito claro aqui é que a análise intrínseca só
deve ser utilizada quando outros fatores, principalmente os
externos à ação das empresas, não puderem ser considerados ou
não estiverem disponíveis.
Essa análise permite ao profissional formar uma opinião com base em diversos
índices e em períodos consecutivos. Podemos afirmar que essa forma de
observação dos índices é mais indicada que a análise intrínseca, pois considera a
empresa como um todo, não apenas examinando um ou outro índice de maneira
isolada. Mais conclusões podem ser tiradas quanto mais índices são utilizados.
Questão 2
a) Giro do Passivo.
b) Giro do Ativo.
Questão 3
Questão 4
Este índice é uma medida do potencial para a geração de lucros que uma empresa
possui, pois compara os resultados alcançados com os ativos investidos nela.
Qual é o índice mencionado?
a) Rentabilidade do Passivo.
b) Rentabilidade.
c) Margem Líquida.
d) Rentabilidade do Ativo.
Questão 5
Quando se diz que uma empresa possui um Giro do Ativo favorável, significa
dizer que:
Questão 7
Questão 8
Questão 9
Questão 10
Questão 2 - B
Justificativa: O giro do Ativo reflete quanto a empresa consegue gerar de vendas
se comparado com os investimentos totais.
Questão 3 - A
Justificativa: A fórmula relaciona o lucro líquido dividido pelas vendas multiplicado
por cem.
Questão 4 - D
Justificativa: O índice de Rentabilidade do Ativo mede a geração de lucros em
comparação com os resultados alcançados com os ativos investidos na empresa.
Questão 5 - A
Justificativa: Como a fórmula do giro do ativo relaciona vendas líquidas sobre os
ativos totais, um bom giro do ativo gera vendas comparadas aos seus ativos.
Questão 6 - A
Justificativa: É possível avaliar uma empresa com um índice econômico
financeiro, como exemplo a análise de liquidez corrente.
Questão 7 - A
Justificativa: A análise através de determinado período de tempo permitirá a
observância de tendências e comparações com o presente e o passado.
Questão 9 - B
Justificativa: Por se tratarem de informações a serem obtidas de terceiros
(concorrentes), fica quase inviável a utilização delas, pois o acesso é restrito,
dificultando o processo.
Questão 10 - D
Justificativa: Uma empresa pode ter um índice de 1,50, considerado no geral
como bom, pois é maior que 1. No entanto, se todos os concorrentes tiverem
valores superiores a 3 e a média do setor for maior que 2,5, este valor de 1,50
se apresentará como um valor abaixo da média geral, sendo algo não tão bom
assim quanto se analisou inicialmente.
Objetivo:
1. Examinar a alavancagem operacional;
2. Descrever os conceitos de alavancagem financeira.
Alavancagem operacional
Para iniciar nosso estudo, analisaremos com mais detalhes a alavancagem
operacional, que verifica o impacto da alteração nos resultados de uma entidade
quando ocorre variação no seu nível de receitas.
Imaginemos a seguinte situação:
Agora, imagine se alguém lhe perguntasse em qual das duas empresas você irá
investir seu dinheiro, o que você responderia?
Atenção
Para facilitar a compreensão do exemplo, considere a tabela a
seguir:
Com essas informações adicionais você saberia decidir qual empresa deve
receber os investimentos? Clique no ícone e descubra!
As informações ainda não são suficientes para uma tomada de decisão eficaz.
Percebe-se que o valor dos custos totais foi desmembrado, de maneira que
podemos identificar a parte variável e a parte fixa dos custos incorridos.
Entretanto, isso ainda não é suficiente, embora já dê alguns direcionamentos em
relação ao que deve ser feito em relação a investimentos futuros.
A alavancagem operacional pode ser calculada de duas maneiras distintas:
• Relacionada à margem de contribuição com o lucro líquido;
• Relacionada à variação das receitas com a variação dos resultados.
Nota-se que houve variação percentual nas receitas e nos custos e despesas
variáveis, mas não houve qualquer variação nos custos e despesas fixos.
É fácil explicar essa situação, pois alguns custos fixos são obrigatórios para as
empresas e não variam mensalmente, mesmo que suas produções sofram
oscilações dentro da normalidade operacional.
Essa variação de 2,5 vezes o resultado comparado com a receita é tanto para
mais quanto para menos. Então, se a empresa A diminui suas vendas em 10%,
seus lucros se reduzirão em 25%, ou seja, 2,5 vezes mais.
Para a empresa B, com uma variação de 10% para mais nos seus níveis de venda,
sua lucratividade aumentou 40%, passando de R$2.000,00 para R$2.800,00.
Atenção
Você conseguiu identificar de quem é a culpa das variações nos
níveis de venda?
A culpa é dos custos e despesas fixos que, de maneira mais geral,
estão associados à quantidade de ativos fixos que uma empresa
possui, gerando gastos com depreciação, considerados fixos pela
terminologia aplicada a custos empresariais.
Comparando as empresas A e B, podemos verificar que aquela
que mais gera custos e despesas variáveis é a empresa A, menos
alavancada, com GAO de apenas 2,50. Com variações negativas
em suas vendas, será menos prejudicada nos seus resultados.
A empresa B, com GAO de 4,00, é mais alavancada, pois possui
mais ativos fixos. Aqui está a chave para a nossa compreensão.
Quanto mais bens imobilizados uma empresa gere, mais custos e
despesas fixas possuirá, aumentando sua alavancagem
operacional.
Escolha da empresa
Agora que já estudamos os impactos da alavancagem operacional dentro das
operações das entidades, qual das duas empresas deve ser escolhida por um
investidor com dúvidas?
Não existe uma resposta única para esta pergunta. Todas podem estar certas,
tanto a empresa A quanto a empresa B. Vejamos o porquê:
Atenção
Imagine a seguinte situação: para uma entidade ter um GAO de
1,00, ela deverá ter a margem de contribuição igual ao lucro.
Neste caso, ela não poderia ter qualquer custo ou despesa fixos.
Hipoteticamente, uma entidade pode apresentar custo e despesa
fixos totais iguais a zero, mas na prática não existe empresa que
apresente tal situação.
Definimos, então, que não há GAO de 1,00 e que as empresas
sempre terão um GAO diferente desse valor. O GAO poderá ser
negativo, situação em que os resultados serão negativos, ou seja,
quando as empresas estiverem trabalhando em níveis de prejuízo
operacional.
Alavancagem financeira
A partir de agora, falaremos sobre a alavancagem financeira, que possui outro
foco. Ela resulta da participação dos recursos obtidos junto a terceiros na
estrutura do capital de uma entidade.
Algumas pessoas dizem que as dívidas não são boas para nenhuma empresa.
No entanto, se uma entidade pega um empréstimo de R$1.000,00 com uma
instituição financeira, pagando 8% de juros ao ano e tem uma rentabilidade do
ativo de R$15% no mesmo período, ela conseguirá transformar esses R$1.000,00
em R$1.150,00.
Atenção
Quando a entidade toma recursos emprestados e os sócios não
conseguem cobrir a taxa de retorno, o custo do endividamento
supera o retorno do mesmo, onerando os resultados operacionais
da entidade e gerando uma diminuição da taxa de retorno.
Dessa maneira, é possível definir a alavancagem financeira como
sendo a capacidade que os recursos obtidos junto a terceiros
Essa fórmula revela a alteração percentual no lucro líquido (aquele que pode ser
distribuído os sócios/proprietários) obtido pela variação no lucro operacional.
Para provarmos que o GAF possui o valor absoluto de 1,36, precisamos dividir o
valor do lucro operacional líquido pelo lucro líquido após o IR.
Os valores são os seguintes:
Atenção
Os juros ajudam a empresa a elevar o lucro líquido, porque o
grau de alavancagem operacional é superior a 1,00. Além disso,
como os juros são dedutíveis para efeitos fiscais, eles diminuem
Por fim, deve ser enfatizado que nem todas as empresas se adéquam à situação
de grau de alavancagem financeira elevado, porque elas necessitam de mais
ativos fixos, o que normalmente gera um endividamento que não está associado
Atenção
Na análise dos melhores valores a serem praticados de Grau de
Alavancagem Financeira e Operacional, um bom gestor financeiro
deve ter intimidade com a empresa, com a atividade principal que
ela desempenha, além de deter conhecimentos de economia,
sobre os mercados externos e, acima de tudo, possuir pleno
conhecimento dos impactos que podem ser gerados por atitudes
governamentais, pois estas influenciam diretamente as atividades
operacionais e não possuem qualquer poder de gerência desses
gestores.
Atividade proposta
Você trabalha como analista da empresa XYZ que apresentou os seguintes
dados e lhe pediu que fizesse algumas análises para que o proprietário da
empresa pudesse decidir sobre um possível aumento de vendas,
respeitando a mesma estrutura de preços, despesas e custos.
• Quantidade vendida – 100 unidades;
• Preço de venda – 45.000,00 por unidade;
• Custos e despesas variáveis – 31.000,00 por unidade;
• Custos e despesas fixas – 966.000,00 ano.
Quantidade Quantidade
vendida vendida
100 120 20% Var. qte vendida
Receita 4.500.000,00 5.400.000,00
Custos e Desp. 3.100.000,00 3.720.000,00
Var.
Margem 1.400.000,00 1.680.000,00
contribuição
Custos e Desp. 966.000,00 966.000,00 64.516% Var. Receita
Fixas
Lucro Bruto 434.000,00 714.000,00
Variação na receita
Variação no lucro
seguir:
Exercícios de fixação
Questão 1
Dentro das técnicas de observação utilizadas para auxílio à gestão, qual o tipo
que utiliza a análise cíclica e as variações que as entidades podem obter a partir
dos seus resultados?
b) Alavancagem financeira.
c) Alavancagem operacional.
d) Rentabilidade.
Questão 2
O que deve ser observado em relação aos custos na primeira análise utilizando a
técnica de alavancagem operacional?
a) Custos totais.
c) Custos variáveis.
e) Custos diretos.
Questão 3
a) Aluguel.
b) Matéria-prima.
c) Mão de obra.
e) Materiais auxiliares.
Questão 4
a) Custos variáveis.
b) Custos fixos.
c) Despesas variáveis.
d) Despesas.
e) Ativos.
Questão 6
A análise das demonstrações pode ser constituída por uma técnica que resulta
da participação dos recursos de terceiros na estrutura de capital de determinada
entidade. Qual é essa técnica?
e) Grau de alavancagem.
Questão 7
a) Seu custo deve ser menor do que o retorno que ele pode produzir na
aplicação dos recursos.
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E FINANCEIRAS 19
b) Seu custo deve ser maior do que o retorno que ele pode produzir na
aplicação dos recursos.
c) Seu custo deve ser igual ao retorno que ele pode produzir na aplicação
dos recursos.
d) Seu custo deve ser menor do que o retorno que ele não pode produzir na
aplicação dos recursos.
e) Seu custo deve ser maior do que o retorno que ele não pode produzir na
aplicação dos recursos.
Questão 8
Questão 9
Questão 10
Questão 2 - D
Justificativa: Para um primeiro entendimento é necessário observar os custos
fixos e variáveis, pois só dessa forma é possível o conhecimento da margem de
contribuição.
Questão 3 - A
Justificativa: O aluguel é considerado fixo, pois não tem influência da produção.
Questão 4 - B
Justificativa: O custo fixo é um importante ponto a ser observado em relação à
alavancagem operacional.
Questão 5 - A
Justificativa: Em um cenário otimista uma empresa com um GAO maior
demonstra maior vantagem para investimento.
Questão 6 - B
Justificativa: O Grau de alavancagem financeira resulta da participação dos
recursos de terceiros na estrutura de capital de determinada entidade.
Questão 7 - A
Justificativa: O custo do empréstimo deve ser menor do que seu retorno na
aplicação de recursos.
Questão 9 - C
Justificativa: Deve-se avaliar os impactos do imposto de renda na alavancagem
financeira, pois se tratamos de lucro líquido, também devemos analisar os
impactos dos impostos incidentes sobre o resultado.
Questão 10 - A
Justificativa: As empresas que têm necessidade de muito ativo fixo já possuem
um endividamento que nem sempre está ligado à atividade operacional.
Objetivo:
1. Identificar medidas de avaliação de empresas;
2. Discutir os instrumentos EVA e MVA.
EVA®
O EVA® é uma medida de análise de desempenho financeiro do verdadeiro lucro
econômico de uma empresa.
Mas você sabe a que está ligada essa medida de desempenho?
EVA®
Apenas se baseia no lucro contábil ajustado, sendo uma metodologia que apenas
se aproxima do dinheiro em caixa.
Cálculo do EVA®
O EVA® pode medir todas as operações da empresa. Ele é extraído do lucro
operacional ajustado após a exclusão dos impostos e do custo do capital. Esse
valor econômico agregado é o lucro econômico, e não somente o valor contábil
(como é o lucro líquido) sobrante após ter sido subtraído o custo do total do
capital que foi empregado diretamente no negócio.
Se analisarmos em relações matemáticas, a corrida pela diminuição do custo de
capital pode fazer com que a gestão da empresa opte por tomar outro tipo de
decisão, deixando de investir capital e aumentando o nível de vendas de ativos
para que o valor econômico agregado da organização se eleve.
Tomemos como base um valor de EVA® de 18%, por exemplo:
Na avaliação, se uma instituição cria ou destrói valor, o EVA® será utilizado como
indicador de desempenho para a distribuição do valor agregado e para a
distribuição de parcela dos resultados gerados para os empregados.
Atenção
Com a comparação dos valores encontrados, podemos medir o
valor do EVA® alcançado no período. No caso abaixo, nota-se que
o investimento realizado rendeu R$31.000,00 a mais do que era
esperado, deixando o investidor satisfeito com o negócio criado,
que gerou valor econômico agregado, produzido pela diferença
entre o lucro do negócio diminuído do custo do capital investido,
que é representado pelo valor do retorno que o investidor teria se
investisse no mercado financeiro.
Se formos considerar as medidas financeiras existentes, esta acaba por ser a que
explica aos sócios/proprietários a geração de valor.
Atenção
Outras empresas justificam a utilização do EVA® com o
argumento de que a análise dos investimentos se tornou mais
popular, pois passou a mostrar a realidade econômica das
organizações comparada com a realidade contábil, sendo que esta
já era comparada com outras medidas tradicionais, tais como
lucro por ação (presente na estrutura da Demonstração do
Resultado do Exercício), fluxo de caixa e retorno sobre o
patrimônio líquido.
EVA® e MVA
Agora que já conhecemos esses dois indicadores, vamos ver a diferença entre
eles?
MVA
Avalia o desempenho histórico de uma empresa, até uma data passada
estabelecida.
EVA®
Mede a riqueza gerada em um espaço de tempo, que pode ser um mês, um
trimestre ou um ano inteiro.
Como o MVA e o EVA® são indicadores secundários, pois trabalham dados brutos
obtidos pela gestão das empresas, acabam por se tornar mais confiáveis que
informações contábeis ordinárias, tidas como facilmente manipuláveis
internamente pelas organizações.
Atenção
Quando dizemos que apenas um índice econômico-financeiro não
apresenta, necessariamente, a saúde financeira de uma
organização, isso se relaciona à existência da contabilidade
criativa, que pode ser utilizada para disfarçar determinado índice
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E FINANCEIRAS 10
ou conjunto de índices, levando analistas e investidores a
tomarem decisões equivocadas.
O MVA e o EVA® baseiam-se, basicamente, no fluxo de caixa,
algo mais difícil de manipular, pois não é possível forjar a entrada
de recursos dentro de uma empresa, a não ser que estes recursos,
de fato, estejam nela inseridos.
http://www.sternstewart.com.br/stern/overview_joelstern.shtm
http://www.ead.fea.usp.br/tcc/trabalhos/Artigo_MarceloSP.pdf
Referências
ASSAF NETO, A. Estrutura e Análise de Balanços – um enfoque econômico-
financeiro. 10 ed. São Paulo: Atlas, 2012.
ASSAF NETO, A. LIMA, F. G. Curso de administração financeira. 3. ed. São Paulo:
Atlas, 2014.
GITMAN, L. J. Princípios da administração financeira. 12. ed. São Paulo: Pearson
Education, 2010.
MATARAZZO, D. C. Análise Financeira de Balanços: Abordagem Gerencial. 7. ed.
São Paulo: Atlas, 2010.
ROSS, S. A.; WESTERFIELD, R. W.; JORDAN, B. D. Princípios de administração
financeira. 9 ed. São Paulo: Atlas, 2013.
Questão 2
O EVA® é muito aceito e utilizado, pois trata-se de uma maneira muito simples
de se medir e apresentar que valor?
b) Lucro bruto com o retorno obtido pelas empresas sobre as taxas de capital
investido em seus negócios principais.
Apesar de ser uma ferramenta muito utilizada existem certas críticas em relação
ao seu funcionamento. Qual das alternativas a seguir não pode ser considerada
um problema do EVA?
e) Lucro bruto comparado com o retorno obtido pelas empresas com as taxas
de capital investido.
Questão 4
De acordo com os conceitos utilizados pelo EVA® como podem ser definidos os
capitais dentro de uma empresa?
Questão 5
Quando o EVA® utiliza não só o conceito de capital próprio mas também engloba
os capitais de terceiros leva em consideração que importante formação para a
tomada de decisão?
Questão 6
Questão 7
Tomando-se como base um valor de 20% fornecido pela análise do EVA®, que
conclusões podem ser tiradas ao se analisar opções de investimento?
b) Ganhos abaixo desse valor gerarão riqueza para os sócios, iguais eles
devem empregar os recursos em outra modalidade de investimento.
c) Ganhos abaixo desse valor gerarão riqueza para os sócios, acima eles
devem empregar os recursos em outra modalidade de investimento
d) Ganhos iguais a esse valor gerarão riqueza para os sócios, acima eles
devem empregar os recursos em outra modalidade de investimento
e) Ganhos iguais a esse valor gerarão riqueza para os sócios, abaixo eles
devem empregar os recursos em outra modalidade de investimento
Questão 8
a) Empregados
b) Sócios
c) Acionistas
d) Fornecedores
e) Clientes
Questão 9
d) Parâmetro único para análise dos preços dos ativos negociados pelas
empresas.
Questão 10
Questão 2 - A
Justificativa: O EVA® mede o lucro residual com o retorno obtido pelas empresas
sobre as taxas de capital investidos em seus negócios principais.
Questão 3 - E
Justificativa: A EVA® fornece informações com base no Lucro bruto comparado
com o retorno obtido pelas empresas com as taxas de capital investido. As outras
alternativas são críticas a esse modelo.
Questão 4 - B
Justificativa: O EVA® considera capital os empréstimos de terceiros e os recursos
investidos pelos acionistas e não apenas estes últimos recursos.
Questão 5 - A
Justificativa: De acordo com a terminologia utilizada no EVA® deve-se levar em
conta o capital de terceiros: se o valor pela obtenção dos recursos de terceiros
compensa pelos ganhos obtidos quando este for aplicado.
Questão 6 - A
Justificativa: O lucro econômico desconsidera tanto os impostos quanto o custo
de capital.
Questão 7 - A
Questão 8 - A
Justificativa: Para a correta aplicação do EVA® é necessário o conhecimento e
dedicação dos funcionários.
Questão 9 - A
Justificativa: O EVA® passou a ser utilizado como parâmetro para a análise dos
preços dos ativos negociados pelas empresas.
Questão 10 - A
Justificativa: O MVA pode ser considerado como a diferença entre o valor de
mercado de uma empresa e o capital aportado pelos sócios/proprietários.