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MINISTÉRIO DAS CIDADES - Secretaria Nacional da Habitação

Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H)


Sistema Nacional de Avaliações Técnicas (SINAT)

Diretrizes para Avaliação Técnica


de Produtos
DIRETRIZ SINAT

Nº 005

Sistemas construtivos estruturados em peças de madeira maciça


serrada, com fechamentos em chapas delgadas
(Sistemas leves tipo “Light Wood Framing”)

Brasília, setembro 2011


MINISTÉRIO DAS CIDADES – Secretaria Nacional de Habitação - SNH
Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat - PBQP-H 1
Sistema Nacional de Avaliações Técnicas de produtos inovadores – SINAT
Diretrizes para Avaliação Técnica de Produtos – DIRETRIZ SINAT
<identificação do produto>

SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................................3
1.1 OBJETO ........................................................................................................................................................................3
1.2 RESTRIÇÕES DE USO ......................................................................................................................................................4
1.3 CAMPO DE APLICAÇÃO ..................................................................................................................................................6
1.4 TERMINOLOGIA ............................................................................................................................................................6
1.5 DOCUMENTOS TÉCNICOS COMPLEMENTARES .................................................................................................................9
2. CARACTERIZAÇÃO DO PRODUTO......................................................................................................................... 12
3. REQUISITOS E CRITÉRIOS DE DESEMPENHO ...................................................................................................20
3.1 DESEMPENHO ESTRUTURAL: PAREDE ESTRUTURAL, LAJE E ESTRUTURA DA COBERTURA ............................................... 20
3.1.1 Resistência estrutural e estabilidade global – (Estado limite último) ............................................................... 20
3.1.2 Deformações ou estados de fissuração do sistema estrutural – (Estado limite de serviço)............................... 20
3.1.3 Solicitações de montagem ou manutenção: cargas concentradas na cobertura ............................................... 21
3.1.4 Cargas concentradas em sistemas de cobertura acessíveis aos usuários .......................................................... 21
3.1.5 Resistência a impactos de corpo mole ............................................................................................................... 21
3.1.6 Resistência a impacto de corpo duro................................................................................................................. 23
3.1.7 Solicitações transmitidas por portas para as paredes ....................................................................................... 24
3.1.8 Resistência às solicitações de cargas de peças suspensas atuantes nos sistemas de vedações verticais ........... 24
3.2 SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO ..................................................................................................................................25
3.2.1 Dificuldade de inflamação generalizada ........................................................................................................... 25
3.2.2 Limitação da densidade ótica de fumaça .......................................................................................................... 26
3.2.3 Resistência ao fogo............................................................................................................................................ 26
3.3 ESTANQUEIDADE À ÁGUA............................................................................................................................................ 26
3.3.1 Estanqueidade à água de chuva em sistemas de vedações verticais externas (fachadas) .................................26
3.3.2 Estanqueidade de vedações verticais internas e externas com incidência direta de água de uso e lavagem dos
ambientes .......................................................................................................................................................................... 27
3.3.3 Estanqueidade de juntas (encontros) entre paredes e entre paredes e lajes ..................................................... 27
3.3.4 Estanqueidade de pisos em contato com o solo .................................................................................................27
3.3.5 Estanqueidade do sistema de cobertura (SC) .................................................................................................... 27
3.3.6 Impermeabilidade do sistema de cobertura (telhado). ...................................................................................... 27
3.4 DESEMPENHO TÉRMICO ............................................................................................................................................... 27
3.4.1 Critérios para o Procedimento Simplificado ..................................................................................................... 28
3.4.2 Critérios para os Procedimentos de Simulação ou de Medição ........................................................................ 28
3.5 DESEMPENHO ACÚSTICO ............................................................................................................................................. 28
3.5.1 Isolação sonora promovida pelos elementos da envoltória – ensaio de campo - D2m,nT,w .................................28
3.5.2 Isolação sonora promovida pelos elementos da fachada – ensaio de laboratório - Rw..................................... 29
3.5.3 Isolação sonora entre ambientes promovida pelas vedações verticais internas - em ensaio de campo - D2m,nT,w
29
3.5.4 Isolação sonora entre ambientes promovida pelas vedações verticais internas - em ensaio de laboratório - Rw
29
3.5.5 Isolação sonora de lajes de pisos entre unidades habitacionais ....................................................................... 30
3.5.6 Característica acústica quanto a ruídos de impacto em lajes de piso ............................................................... 30
3.5.7 Isolação sonora promovida pela cobertura de casas devida a sons aéreos –em ensaio de campo - D2m,nT,w .... 30
3.5.8 Isolação sonora promovida pela cobertura –em ensaio de laboratório - Rw .................................................... 31
3.6 DURABILIDADE E MANUTENABILIDADE ....................................................................................................................... 31
3.6.1 Vida útil de projeto dos elementos .................................................................................................................... 31
3.6.2 Manutenabilidade dos elementos ...................................................................................................................... 32
3.6.3 Resistência aos organismos xilófagos dos componentes de madeira ................................................................ 32
3.6.4 Resistência à corrosão de dispositivos de fixação – parafusos, pregos e chumbadores ...................................33
3.6.5 Comportamento das juntas entre chapas de vedação externas ......................................................................... 33
3.6.6 Comportamento das juntas entre chapas de vedação internas .......................................................................... 33
3.6.7 Resistência ao calor e choque térmico – paredes de fachada ........................................................................... 33
3.6.8 Resistência à exposição aos raios ultravioletas – componentes de acabamento externos ................................ 33
4. MÉTODOS DE AVALIAÇÃO ...................................................................................................................................... 34
4.1 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DOS COMPONENTES ......................................................................... 34
4.1.1 Desempenho estrutural...................................................................................................................................... 36
4.1.2 Segurança contra incêndio ................................................................................................................................ 38
4.1.3 Estanqueidade à água ....................................................................................................................................... 39
4.1.4 Desempenho térmico ......................................................................................................................................... 39
4.1.5 Desempenho acústico ........................................................................................................................................ 40
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4.1.6 Durabilidade e manutenabilidade ..................................................................................................................... 41
4.1.7 Resistência à exposição aos raios ultravioletas – componentes de acabamento externos ................................ 41
5. ANÁLISE GLOBAL DO DESEMPENHO DO PRODUTO ....................................................................................... 42
6. CONTROLE DA QUALIDADE NA MONTAGEM .................................................................................................... 42
6.1 CONTROLE DE ACEITAÇÃO DE MATERIAIS E COMPONENTES EM CANTEIRO DE OBRAS .................................................... 42
6.2 CONTROLE DA MONTAGEM EM CANTEIRO DE OBRAS .................................................................................................... 45
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<identificação do produto>

DIRETRIZ PARA AVALIAÇÃO TÉCNICA DE SISTEMAS


CONSTRUTIVOS ESTRUTURADOS EM PEÇAS DE MADEIRA
MACIÇA SERRADA, COM FECHAMENTO
EM CHAPAS DELGADAS
(SISTEMAS LEVES TIPO “Light Wood Framing”)

1. Introdução

1.1 Objeto
Sistemas construtivos cuja principal característica é ser estruturado por peças de madeira
maciça serrada com fechamentos em chapas delgadas (Sistemas Leves tipo Light Wood
Frame). Os sistemas construtivos objetos dessa diretriz referem-se a estruturas, paredes
(vedação vertical externa ou interna), pisos e coberturas formados pelos componentes
descritos a seguir:
1. quadros estruturais, formados por peças de madeira maciça serrada, denominadas
montantes, travessas, bloqueadores, umbrais, vigas, caibros, ripas e sarrafos, com alta
resistência natural ao ataque de organismos xilófagos ou tratadas quimicamente sob
pressão;
2. componente nivelador, componente com a função de regularizar a base para apoio da
travessa inferior do quadro estrutural;
3. componentes de fechamento externos, constituídos de chapas delgadas de OSB
(Oriented Strand Board), chapas de madeira compensada (“plywood”), outras chapas de
madeira ou, chapas cimentícias;
4. componentes de fechamento internos, são constituídos de chapas delgadas de OSB
(Oriented Strand Board), chapas de madeira compensada (“plywood”), outras chapas de
madeira, chapas cimentícias ou chapas de gesso acartonado para drywall;
5. componentes de contraventamento, peças de madeira (montantes, travessas ou
diagonais) ou chapas de madeira e derivados (OSB ou madeira compensada) ou outros
materiais;
6. isolantes térmicos, como placas de lã de rocha ou lã de vidro, poliestireno expandido
ou outro material, com condutividade térmica menor que 0,06W/mºC (condutividade
térmica máxima de um material considerado isolante) e resistência térmica ≥0,5m2K/W;
7. materiais absorventes acústicos, como placas de lã de rocha ou lã de vidro e fibras
cerâmicas;
8. barreiras impermeáveis, não-tecidos impermeáveis à agua e permeáveis ao vapor
d’água;
9. produtos para impermeabilização, mantas pré-fabricadas ou membranas moldadas
no local;
10. sistemas de fixação, constituídos de mecanismos de encaixe, cavilhas, parafusos,
pregos anelados ou ardox, grampos, ganchos de ancoragem, chumbadores,
conectores, pinos, chapas com dentes estampados e/ou cola. São diversos os tipos de
fixação: fixação entre componentes de madeira de cada subsistema (treliças, terças,
caibros, ripas, subcobertura, isolantes e forro da cobertura; barrotes, barreiras e
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assoalho do piso; chapas, quadros estruturais, contraventamentos, revestimentos,
barreiras, isolantes e esquadrias do fechamento); fixação entre subsistemas (parede-
piso, parede-cobertura, piso-fundação, parede-fundação, isolantes);
11. juntas entre as chapas de fechamento, seja do tipo visível ou dissimulada;
12. revestimento ou acabamento, réguas de madeira, vinílicas ou metálicas (siding),
chapas diversas, pinturas e texturas, desde que compatíveis com os componentes de
fechamento - chapas delgadas;
13. subcoberturas, barreiras impermeáveis à água e refletivas.
Qualquer outro componente diferente dos anteriormente descritos pode ser empregado
mediante identificação de suas características, segundo normas técnicas pertinentes ou
critérios específicos e mediante comprovação de adequação com o desempenho exigido do
sistema.
Uma avaliação técnica pode ser feita considerando os três subsistemas, objetos dessa diretriz:
parede, piso ou cobertura; ou somente um ou dois deles. Isso depende da tecnologia a ser
avaliada por cada empresa.

1.2 Restrições de uso


As restrições específicas, quando houver, devem ser consignadas nos respectivos DATec’s.
A madeira empregada deve ser de origem legal, sendo, portanto, proveniente de florestas
plantadas ou florestas nativas, com desmatamento ou manejo florestal aprovado pelo IBAMA.
Em ambos os casos, há preferência pela madeira certificada por órgãos acreditados.
As peças de madeira maciça estruturais (montantes e travessas) devem ter alta resistência
natural ao ataque de organismos xilófagos ou serem submetidas a tratamento químico sob
pressão com produtos e retenções mínimas conforme especificado na ABNT NBR CE:
31:000.151. Segundo a referida norma, os tratamentos aplicados às peças estruturais de
madeira para a construção civil, autorizados, utilizam produtos preservativos à base de CCA
(arseniato de cobre cromatado), CCB (borato de cobre cromatado) e CA-B (tebuconazole e
cobre). Caso sejam autorizadas outras substâncias com eficiência e aplicação semelhantes,
seu uso também será considerado adequado.
Para outras peças de madeira sem função estrutural, como chapas de fechamento, pisos e
forros, não se prescreve o tipo de tratamento preservativo, mas seu desempenho quando
expostas a ensaios, conforme explicitado nas tabelas 1, 2 e 3.
A seleção de madeiras naturalmente resistentes a organismos xilófagos pode ser orientada
pela Publicação IPT 3010: 2009 “Madeira – Uso Sustentável na Construção Civil”.
Para a adoção de sistemas construtivos light wood frame, além do tratamento preservativo das
peças de madeira estruturais e das chapas de madeira de fechamento ou de
contraventamento, um conjunto de detalhamentos de projeto deve ser atendido, visando evitar
o contato dos componentes de madeira com a umidade. As Figuras referenciadas tem caráter
apenas informativo, constam no Anexo A, e visam exemplificar o modo de atendimento aos
requisitos a seguir descritos:

1
Projeto de norma em fase final de aprovação pela Comissão de Estudo da ABNT; assim que aprovada e convertida
para norma técnica seu numero e eventuais revisões serão incorporadas a esta DIRETRIZ
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calçada externa ao redor da edificação, com no mínimo 60cm de largura;


inclinação mínima de 1% do piso da calçada em direção oposta às peças de madeira;

desnível mínimo de 15cm entre piso externo (calçada) e base da parede de fachada,
como ilustram os exemplos da Figura 1 e da Figura 2 (Anexo A). Esse desnível não é
necessário quando a edificação for projetada/construída elevada do solo em pelo
menos 30cm;

diferença de cota mínima de 2cm entre base de parede (face inferior da travessa de
madeira) e piso acabado de áreas molháveis (banheiros, cozinhas e áreas de serviço),
como exemplifica a Figura 3-Anexo A; e desnível mínimo de 2cm entre piso acabado
do banheiro e piso acabado do box;

impermeabilização empregando mantas ou membranas para impermeabilização na


interface entre base de parede e elemento de fundação;

impermeabilização empregando mantas ou membranas para impermeabilização nas


laterais do quadro estrutural da parede com altura de 20cm do piso interno acabado
(Figura 1-Anexo A);

cota de piso acabado de áreas secas igual a cota da base da parede (face inferior da
travessa de madeira), evitando que a travessa inferior do quadro estrutural fique
embutida no piso. Há exceção a esse requisito quando existir impermeabilização, com
mantas para impermeabilização, ou rodapé no encontro entre face interna da parede e
piso com altura de 10 cm como na Figura 4 e Figura 5 do Anexo A;

no caso de uso de chapas de gesso acartonado para drywall em áreas molháveis, deve-
se empregar aquelas resistentes à umidade, conforme definição da NBR 14715-1;

impermeabilização no encontro entre parede e piso de áreas molháveis, sobre a chapa


de fechamento, como ilustrado nos exemplos da Figura 3 e da Figura 5 – Anexo A. No
caso do fechamento das paredes em contato com áreas molháveis ser feito com chapas
para drywall adotar tratamentos, conforme NBR 15758-1: tratamento sem rodapé
metálico ou tratamento com rodapé metálico.
barreiras impermeáveis posicionadas sobre as chapas de madeira de fechamento ou
contraventamento, sob os componentes de acabamento (no caso de fechamento de
paredes externas) conforme os exemplos mostrados nas Figuras 1, 2, 4 e 5-Anexo A;
as instalações hidráulicas devem ser posicionadas em shafts visitáveis ou em paredes
hidráulicas sem função estrutural. No caso de paredes estruturais é permitido o
emprego de instalações hidráulicas sem conexões no interior da parede;

Caso as chapas de madeira não possuam tratamento fungicida, os seguintes requisitos de


projeto complementares devem ser atendidos:
medidas de projeto que permitam o rápido escoamento d´água em fachadas expostas a
chuvas, como rufos, beirais maiores que 60cm, pingadeiras nos peitoris de janelas, e
detalhamentos dos perfis de acabamento que impeçam o acúmulo de água;
barreiras impermeáveis aplicada nas duas faces das chapas de madeira com função de
contraventamento (fechamento externo), em paredes externas e de áreas molháveis.
Na face externa das chapas a manta é aplicada em toda a área da parede, na face
interna até 20cm de altura a partir da base da chapa, em toda a extensão da parede,
conforme ilustra o exemplo da Figura 6-Anexo A;
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barreiras impermeáveis sobre as faces das chapas de madeira com função de


fechamento interno, nas paredes de áreas molháveis (atrás de acabamentos como
chapas de gesso ou cerâmicas);

uso de barreira impermeável nas faces internas das chapas de madeira que formam
paredes com instalações hidráulicas internas, mesmo essas não tendo conexões
(Figura 7).

1.3 Campo de aplicação


Sistema construtivo destinados a unidades habitacionais unifamiliares térreas e sobrados,
isolados e geminados.
Os subsistemas convencionais, como fundações, esquadrias, instalações hidráulicas e elétricas
e demais elementos ou componentes convencionais não são objeto desta diretriz, porém
devem ser consideradas as interfaces entre subsistemas convencionais e inovadores, como
interfaces entre paredes e pisos externos e internos, entre paredes e esquadrias, entre paredes
ou pisos e instalações.

1.4 Terminologia
Para efeito desta Diretriz valem as definições constantes na NBR 7190, NBR 15575, NBR 7203
e nos demais documentos técnicos complementares. Tratam-se de definições específicas, ou
importantes, dessa Diretriz:
Absorventes acústicos: materiais, de baixa densidade, que se destacam por absorver o som.
Em geral, são materiais porosos (lã de vidro, lã de rocha, poliuretano, fibras de madeira,
vermiculita, fibras cerâmicas, cortiça, tecidos, tapetes, etc.).
Alburno: Lenho situado entre a casca e o cerne, geralmente de coloração mais clara que este
e constituído por elementos celulares ativos (na árvore viva). O mesmo que branco, brancal ou
borne.
Cerne: parte interna do lenho, envolvida pelo alburno, constituída por elementos celulares sem
atividade fisiológica, geralmente caracterizada por possuir coloração mais escura que o
alburno.
Chapa compensada: chapa composta por várias lâminas desenroladas, unidas
perpendicularmente entre si através de adesivo ou cola, sempre em número ímpar. A
espessura pode variar de 3 a 35mm.
Chapa de OSB: chapa estrutural constituída por tiras de madeira, unidas com resinas
resistentes à água, orientadas em três ou cinco camadas perpendiculares entre si e prensadas
sob alta pressão e temperatura.
Chapas de gesso acartonado para drywall: chapas fabricadas industrialmente mediante um
processo de laminação contínua de uma mistura de gesso, água e aditivos entre duas lâminas
de cartão, onde uma chapa é virada sobre as bordas longitudinais e colada sobre a outra.
Componente/ peça de madeira maciça serrada: montante, travessa, bloqueador, viga,
vigota, caibro, tábua, sarrafo, ripa e pontalete entre outros.
Componentes de fechamento: placas ou chapas fixadas nos quadros estruturais formados
por peças de madeira, constituindo as faces das paredes.
Componentes de revestimento ou acabamento: argamassas, pastas, pinturas, sidings,
cerâmicas e outros materiais sem função estrutural, com função estética, determinantes para a
durabilidade do sistema construtivo.
Contraverga: perfil utilizado horizontalmente no limite inferior das aberturas (janelas e outras).
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<identificação do produto>
Cupins: insetos sociais da ordem Isoptera, que podem atacar a madeira sadia ou apodrecida.
Formam colônias compostas por diferentes categorias de indivíduos: reprodutores, soldados e
operários e que deterioram a madeira.
Cupins-arborícolas: são os cupins cujo ninho situa-se acima do solo, sobre algum suporte,
geralmente uma árvore, daí seu nome. No meio urbano, esses cupins podem ser encontrados
também em pontos altos das edificações, como forros e telhados.
Cupins-de-madeira-seca: são os cupins cuja colônia se desenvolve em madeiras com baixo
teor de umidade (abaixo de 30%), ou seja, em condições normais de uso da madeira no wood
frame.
Cupins-subterrâneos: são os cupins que constituem colônias freqüentemente encontradas
abaixo da superfície do solo.
Durabilidade natural: Característica intrínseca de cada espécie botânica de madeira, ou seja,
de sua resistência ao ataque de organismos xilófagos (insetos, fungos e perfuradores
marinhos). De modo geral, o conceito de durabilidade natural está sempre associado ao cerne
da espécie de madeira, na medida em que, na prática, o alburno de todas as espécies de
madeira é considerado não durável ou perecível.
Floresta plantada: aquela que se destina a produzir matéria-prima para as indústrias de
madeira serrada, cuja implantação, manutenção e exploração seguem projetos previamente
aprovados pelo IBAMA.
Floresta nativa: aquela que é explorada de duas formas: a) com projeto de manejo florestal
aprovado pelo IBAMA– exploração planejada e controlada da mata nativa; b) exploração
extrativista sem projeto de manejo florestal.
Fungos: microrganismos capazes de se desenvolver na madeira, causando manchamento
e/ou a deterioração dos tecidos lenhosos.
Fungo apodrecedor: fungo que utiliza os constituintes da madeira (celulose, hemicelulose e
lignina) como fonte de alimento; causam profundas alterações nas propriedades físicas e
mecânicas da madeira.
Fungos emboloradores/manchadores: fungos responsáveis por uma importante alteração na
superfície da madeira, conhecida popularmente como bolor ou mancha azul. O bolor resulta da
enorme produção de esporos que possuem coloração variada de acordo com a espécie de
fungo. O fungo manchador altera a coloração do alburno, devido aos seus filamentos
pigmentados ou à produção de pigmentos.

Madeira beneficiada: madeira serrada, beneficiada, utilizada, por exemplo, em assoalhos,


forros e batentes.

Madeira em lâminas: madeira torneada ou faqueada.

Madeira estrutural composta: produto composto de madeira serrada classificada


eletronicamente, ensaiada não-destrutivamente, madeira laminada e colada, entre outros.

Madeira laminada colada: produto resultado da composição de lâminas de madeira serrada


coladas lateralmente e longitudinalmente, de acordo com critérios apropriados para a produção
desses elementos, especificados pelo EN 1194.
Madeira maciça: elementos estruturais ou não, obtidos diretamente do desdobro de toras de
madeira, recebendo ou não algum beneficiamento de superfície.
Manta para impermeabilização: produto impermeável, pré-fabricado, obtido por processos
industriais.
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<identificação do produto>
Membrana para impermeabilização: camada de impermeabilização moldada no local, com
características de flexibilidade e com espessura compatível para suportar as movimentações
do substrato, podendo ser estruturada ou não.
Montante: peça de madeira maciça serrada, utilizada na posição vertical, nos quadros
estruturais das tecnologias objetos dessa Diretriz.
Organismo xilófago: organismo que se alimenta de madeira e/ou utiliza-a como abrigo para
sua reprodução.
Painel reconstituído: painel em que a madeira bruta é triturada, transformando-se em cavacos
ou fibras impregnados de resinas sintéticas, como o MDP, MDF, HDF e OSB.
Placa cimentícia: placas planas formadas pela mistura de pasta de cimento e fibras, ou pasta
de cimento e agregados, com reforços em fibras.
Chapa de dente estampado: placa dentada metálica utilizada para conectar os perfis de uma
treliça ou elementos estruturais formados por peças de madeira.
Preservação da madeira: conjunto de medidas preventivas e curativas adotadas para
eliminação e controle de agentes biológicos (fungos, insetos xilófagos e perfuradores
marinhos), físicos e químicos (biocidas) que alteram as propriedades da madeira no
desenvolvimento e na manutenção dos componentes de madeira no ambiente construído.
Peça estrutural de madeira: Peça de madeira de conífera, classes C20 a C30, tratada em
autoclave com preservativo CCA, CCB ou outro que venha a comprovar eficiência contra
ataque de organismos xilófagos; peças de madeira de folhosa, classes C20 a C60, com alta
resistência natural ao ataque de organismos xilófagos.
Produto preservativo: Substância ou formulação química de composição e características
definidas, que deve apresentar as seguintes propriedades: alta toxicidade aos organismos
xilófagos; alta penetrabilidade através dos tecidos lenhosos permeáveis; alto grau de fixação
nos tecidos lenhosos; alta estabilidade química; ser não corrosivo aos metais; e não prejudicar
as características físicas e mecânicas da madeira. Os produtos preservativos permitidos são
regulamentados pela ANVISA e registrados no IBAMA.
Retenção: Quantidade de produto preservativo, contida de maneira uniforme num determinado
volume de madeira, expressa em quilograma de ingrediente ativo de produto preservativo por
metro cúbico de madeira tratável.
Seção nominal (tn): Dimensões das peças de madeira segundo a nomenclatura comercial,
representada pelas medidas de largura e altura da seção transversal da peça.

largura

espessura

Seção real ou efetiva (te): medidas reais de largura e altura da seção transversal da peça de
madeira.
Terça: peça de madeira utilizada para o apoio da estrutura do telhado.
Travessa: peça de madeira utilizada para compor os quadros estruturais perpendiculares aos
montantes.
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<identificação do produto>
Umbral: peça com seção transversal igual a do montante usada para apoiar as peças que
formam as vergas.
Vedação vertical: entende-se neste documento que a vedação vertical, interna ou externa, é
formada por um conjunto de componentes, ou seja, pelas peças estruturais de madeira, pelos
componentes de fechamento e revestimento, membranas impermeáveis à água e pelas
fixações.
Verga: perfil utilizado horizontalmente no limite superior das aberturas (portas, janelas e
outras).
Viga: perfil utilizado horizontalmente na altura do pé-direito.

1.5 Documentos técnicos complementares


A seguir listam-se as normas técnicas referenciadas no decorrer desta diretriz.
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)
NBR 5628:2001 - Componentes construtivos estruturais - Determinação da resistência ao fogo.
NBR 6123:1998 - Forças Devidas ao Vento em Edificações.
NBR 7190:1997 – Projeto de estruturas de madeira.
NBR 7203:1982 - Madeira serrada e beneficiada.
NBR 8051:1983 - Porta de madeira de edificação - Verificação da resistência a impactos da
folha.
NBR 8054:1983- Verificação do comportamento da folha submetida a manobras anormais.
NBR 8681:2004 – Ações e segurança nas estruturas
NBR 9442:1986 - Materiais de construção - Determinação do índice de propagação superficial
de chama pelo método do painel radiante.
NBR 9574:2008 – Execução de impermeabilização
NBR 9575:2010 – Impermeabilização – Seleção e projeto
NBR 10024:1987 - Chapa dura de fibra de madeira.
NBR 10152:1987 - Níveis de ruído para conforto acústico.
NBR 10152:1987 - Níveis de ruído para conforto acústico.
NBR 11675:1990 - Divisórias leves internas moduladas - Verificação da resistência a impactos.
NBR ISO 12466-1:2006 - Madeira compensada - Qualidade de colagem
NBR 14432:2001 - Exigências de resistência ao fogo de elementos construtivos de edificação -
Procedimento; Emenda em 2001.
NBR 14715-1: 2010 - Chapas de gesso para drywall - Parte 1: Requisitos
NBR 14715-2: 2010 - Chapas de gesso para drywall - Parte 2: Métodos de ensaio
NBR 14913:2009 - Fechadura de embutir - Requisitos, classificação e métodos de ensaio.
NBR 15220-1:2005 - Desempenho térmico de edificações - Parte 1: Definições, símbolos e
unidades.
NBR 15220-2:2005 - Desempenho térmico de edificações - Parte 2: Métodos de cálculo da
transmitância térmica, da capacidade térmica, do atraso térmico e do fator solar de elementos e
componentes de edificações.
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Diretrizes para Avaliação Técnica de Produtos – DIRETRIZ SINAT
<identificação do produto>
NBR 15220-3:2005 - Desempenho térmico de edificações - Parte 3: Zoneamento bioclimático
brasileiro e diretrizes construtivas para habitações unifamiliares de interesse social.
NBR 15498-2007 - Placa plana cimentícia sem amianto - Requisitos e métodos de ensaio
NBR 15316-1:2009 - Chapas de fibras de média densidade - Parte 1: Terminologia
NBR 15316-2:2009 - Chapas de fibras de média densidade - Parte 2: Requisitos
NBR 15316-3:2009 - Chapas de fibras de média densidade - Parte 3 - Métodos de ensaio
NBR 15498:2007 - Placa plana cimentícia sem amianto - Requisitos e métodos de ensaio.
NBR 15575-1:2008 - Edifícios habitacionais de até cinco pavimentos: Desempenho - Parte 1:
Requisitos gerais.
NBR 15575-2:2008 - Edifícios habitacionais de até cinco pavimentos: Desempenho - Parte 2:
Requisitos para os sistemas estruturais.
NBR 15575-3:2008 - Edifícios habitacionais de até cinco pavimentos: Desempenho - Parte 3:
Requisitos para os sistemas de pisos internos.
NBR 15575-4:2008 - Edifícios habitacionais de até cinco pavimentos: Desempenho - Parte 4:
Sistemas de vedações verticais externas e internas.
NBR 15575-5:2008 - Edifícios habitacionais de até cinco pavimentos: Desempenho - Parte 5:
Requisitos para sistemas de coberturas.
NBR 15758-1: 2009 – Sistemas construtivos em chapas de gesso para drywall – Projetos e
procedimentos executivos para montagem. Parte 1: Requisitos para sistemas usados como
paredes.
Projeto de norma ABNT NBR CE: 31:000.15 – Preservação de Madeiras – Sistema de
Categorias de Uso

International Organization Standardization (ISO)


ISO 140-3:1995 Acoustics – Measurement of sound insulation in buildings and of building
elements – Part 3: Laboratory measurements of airborne sound insulation between rooms.
ISO 354:2003- Acoustics - Measurement of sound absorption in a reverberation room.
ISO 717-1:1996 Acoustics – Rating of sound insulation in buildings and of buildings elements –
Part 1: Airborne sound insulation.
ISO 717-2:1996, Acoustics – Rating of sound insulation in buildings and of buildings elements.
Part 2: Impact sound insulation.
ISO 4892:2003 Plastics - Methods of exposure to laboratory light sources - Part 3 : Flourescent
UV Lamp, part 3.
ISO 7389:2002- Building construction - Jointing products - Determination of elastic recovery of
sealants.
ISO 8256:2004 - Plastics - Determination of tensile-impact strength
ISO 12465:2007 - Plywood - Specifications
ISO 12466:2007- Plywood -- Bonding quality -- Part 2: Requirements

American Society for Testing Materials (ASTM)


ASTM B 117:2007 – Standard Practice for Operating Salt Spray (FOG) Apparatus.
ASTM D 790–07 e 1:2007 - Standard Test Methods for Flexural Properties of Unreinforced and
Reinforced Plastics and Electrical Insulating Materials.
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<identificação do produto>
ASTM D 1037:2006 - Standard Test Methods for Evaluating Properties of Wood-Base Fiber and
Particle Panel Materials.
ASTM D 2017–05:2006 - Standard Test Method of Accelerated Laboratory Test of Natural
Decay Resistence of Woods.
ASTM D 3273-00:2005 - Standard Test Method for Resistance to Growth of Mold on the
Surface of Interior Coatings in an Environmental Chamber.
ASTM D 3345–74:1999 - Laboratory evaluation of wood and other cellulosic materials for
resistance to termites
ASTM G 154:2006 - Standard Practice for Operating Fluorescent Light Apparatus for UV
Exposure of Nonmetallic Materials

Normas européias – EN
EUROCODE 5:1999 – Projeto de Estruturas de Madeira (design of Timber Structures)
EN 300:2006 - Oriented Strand Boards (OSB) – Definitions, classification and specifications.
EN 310:1993 - Wood-based panels. Determination of modulus of elasticity in bending and of
bending strength.
EN 312:2003 - Particleboards - Specifications.
EN 317:1993 - Particleboards and fibreboards - Determination of swelling in thickness after
immersion in water.
EN 322:1993 - Wood-based panels - Determination of moisture content.
EN 323:1993 - Wood-based panels - Determination of density.
EN 1194:1999 - Timber structures - Glued laminated timber - Strength classes and
determination of characteristic values.
EN 13986:2004 - Wood-based panels for use in construction – Characteristics, evaluation of
conformity and marking.
BS EN 12369-1:2001 – Wood-based panels – Characteristic values for structural design.
DIN EN 335-1:2006 - Durability of wood and wood-based products - Definition of use classes -
Part 1: General.
DIN EN 335-2:2006 - Durability of wood and wood-based products - Definition of use classes -
Part 2: Application to solid wood.
DIN EN 335-3:1995 - Durability of wood and wood-based products - Definition of hazard classes
of biological attack - Application to wood-based panels.
DIN EN ISO 179:2001 - Determination of Charpy impact properties - Part 1: Non-instrumented
impact test (ISO 179-1:2010).
DIN EN ISO 527:1996 - Determination of tensile properties of plastics - Test conditions for
moulding and extrusion plastics.
SS-EN 1058 – Wood-based panels – Determination of characteristic values of mechanical
properties and density (Foreign Standard).
UBC26-3:2002 – Uniform Building Code Standard 26-3, Room fire test standard for interior of
foam plastic system.
EN 13245:2010 – Plastics – Unplasticized poly(vinyl chloride) (PVC-U) profiles for building
applications – Part 1: Designation of PVC-U profiles
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<identificação do produto>
EN 13245:2010 – Plastics – Unplasticized poly(vinyl chloride) (PVC-U) profiles for building
applications – Part 2: PVC-U profiles and PVC-UE profiles for internal and external wall and
ceiling finishes
EN 13823:2010 - Reaction to fire tests for building products - Building products excluding
floorings exposed to the thermal attack by a single burning item - SBI
Outras referências
Bravery, A.F., Barry, S. and Coleman, L.J. (1978). Collaborative experiments on testing The
mould resistence of paint films. Int. Biod. Bull. 14(1). 1-10
Publicação IPT 1157: 1980. Métodos de Ensaio e Análises em Preservação de Madeiras –
Método D2 Ensaio Acelerado de Laboratório da Resistência Natural ou de Madeira preservada
ao ataque de térmitas do gênero Cryptotermes (fam. Kalotermitidae). São Paulo: Instituto de
Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo – IPT.
Publicação IPT 3010: 2009. Madeira: uso sustentável na construção civil. 2º edição. São Paulo:
Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo – IPT.
Método D2 Ensaio Acelerado de Laboratório da Resistência Natural ou de Madeira preservada
ao ataque de térmitas do gênero Cryptotermes (fam. Kalotermitidae). Instituto de Pesquisas
Tecnológicas do Estado de São Paulo – IPT.
CORPO DE BOMBEIROS: 2001- Instrução Técnica – IT nº 10/11. Controle de materiais de
acabamento e revestimento.

Caso os documentos aqui referenciados sejam atualizados, passa a ser válida sua versão mais
atualizada.

2. Caracterização do produto
As principais características dos materiais e componentes que formam os sistemas construtivos
objetos desta Diretriz, as quais devem constar em projetos e ser objeto de ensaios e análise
são descritas na Tabela 1. Outros materiais diferentes dos que constam da Tabela 1 podem
ser empregados desde que sejam caracterizados e avaliados conforme normas técnicas
pertinentes.
Os resultados dos ensaios laboratoriais de resistência a organismos xilófagos apenas indicam
as características da madeira, ou produtos à base de madeira, relativas à biodeterioração. Tais
ensaios não reproduzem as condições reais de uso, são ensaios apenas de caracterização.
Porém, é imprescindível a realização de ensaios para possibilitar a caracterização da potencial
resistência a organismos xilófagos dos produtos à base de madeira.

Tabela 1 - Requisitos para caracterização dos materiais e componentes


Item Requisitos Indicador de conformidade
A Peças de madeira dos quadros estruturais
Densidade de massa aparente a
A.1 conforme projeto
12% de teor de umidade mínima

Resistência característica
Coníferas: Classe mínima C20
A.2 mínima à compressão, à 12%
Folhosas: Classe mínima C20
de umidade, paralela às fibras

Seção transversal nominal


mínima das peças de madeira seção transversal nominal mínima de 38mm x 89mm
A.3 estruturais – montantes e (tolerância de -1,5mm)
travessas (te )
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<identificação do produto>

Resistência a organismos
A.4 Conforme Tabela 2 e 3
xilófagos

Componentes de fechamento e contraventamento – chapas de OSB estrutural ou chapas de OSB


B
com acabamento na face externa
Chapas de fechamento e/ou acabamento interno ou externo, com ou
sem função estrutural:
B.1 Classificação quanto ao uso Tipo 2 (para uso interno em ambientes secos);
Tipo 3 (para uso externo e interno em áreas molháveis ), segundo
DIN EN 300
B.2 Índice de umidade 2 a 12%, conforme DIN EN 300
Resistência à flexão (maior e Conforme EN 300 (parâmetro definido em função do tipo de OSB, 2
B.3
menor eixo) ou 3, e da espessura da chapa)
Inchamento da chapa I ≤ 20% para OSB tipo 2; e I ≤ 15% para OSB tipo 3
B.4
(espessura) (segundo EN 300)
B.5 Resistência ao ataque de cupins Conforme Tabela 2 e 3
Resistência ao crescimento de
B.6 Conforme Tabela 2 e 3
fungos
C Componentes de fechamento e contraventamento - chapas compensadas
C.1 Classificação quanto ao uso Classe 1, 2 ou 3, conforme ISO 12465
C.2 Índice de umidade Conforme ISO 12466 e 12465
Resistência à flexão (maior e
C.3 Conforme projeto
menor eixo)
Inchamento da chapa
C.4 Conforme projeto
(espessura)
C.5 Resistência ao ataque de cupins Conforme Tabela 2 e 3
Resistência ao crescimento de
C.6 Conforme Tabela 2 e 3
fungos
D Componentes de fechamento e/ou acabamento internos e/ou externos - Placas cimentícias
Classe A – para uso externo e interno em áreas molháveis
D.1 Classificação quanto ao uso
Classe B – para uso interno em áreas secas, conforme NBR 15498
A média dos resultados de ensaio realizados nas duas direções deve
ser:
Classe A - Categoria 2 > 4MPa Categoria 5 > 18MPa (condição
Resistência mecânica
D.2 saturada)
(resistência à tração na flexão)
Classe B – Categoria 2 > 7MPa; Categoria 5 >22MPa (condição de
equilíbrio)
(critério da NBR 15.498)
Materiais Classe I (incombustível) a Classe II-B (combustível com
D.3 Reação ao fogo índice de propagação de chamas menor que 25)
(critério adotado da CB – IT 10, 2001)
Baixa/ em situações de ensaios pode aparecer traços de umidade na
D.4 Permeabilidade à água face inferior das placas, porém sem surgimento de gotas de água
(critério da NBR 15.498)
D.5 Absorção de água A ≤ 25%
Durabilidade: resistência após
A resistência à flexão após ensaio não deve ser inferior a 70% da
D.6 ciclos de imersão em água e
resistência de referência (critério da NBR 15498)
secagem
Durabilidade: resistência à água A resistência à flexão após ensaio não deve ser inferior a 70% da
D.7
quente resistência de referência
A variação dimensional da chapa, considerado o tratamento
Variação dimensional em empregado nas juntas, não pode permitir a ocorrência de falhas,
D.8 função de gradientes como fissuras, destacamentos e descolamentos na região da junta e
higrotérmicos na chapa, conforme critério definido para a resistência à ação de
calor e choque térmico (ver item 3.6.7)
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<identificação do produto>
E Componentes de fechamento internos – Chapas de gesso para drywall
E.1 Aspecto
Resistência mínima à ruptura na
E.2
flexão
E.3 Dureza superficial
E.4 Absorção máxima de água Conforme NBR 14715-1
Absorção superficial máxima de
E.5 água para chapa resistente à
umidade
Materiais Classe I (incombustível) a Classe II-B (combustível com
E.6 Reação ao fogo índice de propagação de chamas menor que 25)
(critério adotado da CB – IT 10, 2011)
F Componentes de revestimento/acabamento externo - Siding de PVC
Resistência do PVC aos raios
ultravioletas (exposição de 2000 horas de exposição em câmara de CUV, com lâmpada de UVB,
F.1
placas em câmara de CUV- segundo EN 13245-2
UVB)
Módulo de elasticidade na
F.2 Rapós envelhecimento ≥ 0,70 Rinicial, EN 13245-2
flexão (antes e após CUV)
Resistência ao impacto: realizar
ensaio de impacto Charpy ou
F.3 ensaio de impacto na tração Rapós envelhecimento ≥ 0,70 Rinicial EN 13245-2
(antes e após exposição em
câmara de CUV)
As duas faces do corpo de prova devem ser avaliadas:
Aspecto visual após ensaio de Sem bolhas, sem fissuras, ou escamações, após exposição de 2000
F.4
envelhecimento acelerado horas em câmara de CUV, com avaliação a 500h, 1000h, 1500h e
2000h
Identificar as características principais dos componentes do
revestimento, realizando ensaios de caracterização nesses
Componentes de
G componentes segundo normas técnicas pertinentes ou critérios
revestimento
específicos, além de mostrar compatibilidade física e quimica com o
substrato a ser aplicado
H Selantes – material de preenchimento de juntas visíveis
H.1 Alongamento informação que deve constar do projeto e do DATEC específico
Resistência de ruptura à tração
H.2 antes e após ciclos de informação que deve constar do projeto e do DATEC específico
envelhecimento
Dureza inicial (1 a 6 meses)
H.3 informação que deve constar do projeto e do DATEC específico
(20ºC)
H.4 Resistência à umidade informação que deve constar do projeto e do DATEC específico
Resistência aos raios
H.5 informação que deve constar do projeto e do DATEC específico
ultravioletas
H.6 Resistência à produtos químicos informação que deve constar do projeto e do DATEC específico
H.7 Temperatura de trabalho ºC informação que deve constar do projeto e do DATEC específico
H.8 Tempo de cura (horas) informação que deve constar do projeto e do DATEC específico
Massa para preenchimento de
I
juntas dissimuladas
I.1 Teor de resina
I.2 Aptidão para dissimular fissura
informação que deve constar do projeto e do DATEC específico
I.3 Craqueamento/ Fissuração
I.4 Retração
Fita ou de tela usada na junta
J
dissimulada
J.1 Dimensões
informação que deve constar do projeto e do DATEC específico
J.2 Resistência à tração
K Materiais acústicos
K.1 Descrição do material
informação que deve constar do projeto e do DATEC específico
K.2 Espessura ou densidade
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<identificação do produto>
K.3 Coeficiente de absorção sonora
L Produtos isolantes térmicos
L.1 Espessura
informação que deve constar do projeto e do DATEC específico
L.2 Densidade
L.3 Condutividade térmica ≤0,06W/mºC
2
L.4 Resistência térmica ≥0,5m K/W
M Barreiras impermeáveis
M.1 Gramatura
informação que deve constar do projeto e do DATEC específico
M.2 Passagem de vapor
M.3 Penetração de ar
Produtos impermeáveis para
N
impermeabilização
N.1 Tipo/ Massa específica
N.2 Absorção de água
Resistência à tração e informação que deve constar do projeto e do DATEC específico
N.3
alongamento
N.4 Resistência ao rasgamento
N.5 Dureza Shore
Componentes de fixação
O
metálicos
O.1 Descrição/ tipo e uso
Proteção contra-corrosão / Tipo informação que deve constar do projeto e do DATEC específico
O.2
e espessura do revestimento’
Mínima de120 horas para pregos, parafusos e chumbadores a serem
empregados nos quadros estruturais de coberturas, paredes externas
Resistência à corrosão (Tempo e de paredes sujeitas à ação de água de uso e de lavagem dos
mínimo para aparecimento de ambientes. Este mesmo critério deve ser aplicado aos parafusos e
O.3 corrosão vermelha no material pregos empregados na fixação de componentes de vedação externos
base quando exposto em
câmara de névoa salina)
Mínima de 96 horas para parafusos e pregos a serem empregados
em paredes internas de áreas secas
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<identificação do produto>

Tabela 2 - Critérios dos ensaios laboratoriais de biodeterioração por organismos xilófagos na madeira e em produtos da madeira com função estrutural (adaptação da
EN 13986, EN 355 e projeto de norma ABNT CE: 31:000.15)
Critérios
Categoria Umidade Retenção
de uso, Resistência a Fungos Resistência a Cupins mínima de
Condição de uso da madeira da peça produto
Componentes de madeira
conforme
em uso Embolorador/ Madeira- preservativo
Anexo B Apodrecedor Subterrâneo
manchador seca
Interior de construções, fora do

retenção mínima segundo tipo de madeira, categoria de


uso e tipo de produto preservativo, conforme projeto de
chapas de fechamento de
contato com o solo, protegido paredes externas e internas,
das intempéries, que com função de
ocasionalmente, são expostos Perda de Nota ≥ 9, Nota ≤ 1 contraventamento, não
Ocasional- Nota ≤ 2, conforme conforme
a fontes de umidade; ou massa <10% expostas:compensado e chapas
3 mente > conforme tabela 6 tabela 7
exterior das construções conforme (1) de OSB
20% (1) tabela 5
protegidos por barreira tabela 4

(2)
impermeável, revestimento ou

norma CE: 31:000.15


câmara de ar (conceito rain Peças estruturais (montantes e
screen) travessas)

Peças estruturais (montantes e


frequente- Perda de Nota ≤ 2 Nota ≥ 9, Nota ≤ 1 travessas) e faces expostas da
Uso exterior, fora de contato
massa <10% chapas de fechamento com
4 com o solo e sujeito as mente > conforme conforme conforme
conforme função de contraventamento,
intempéries. 20% tabela 5 tabela 6 tabela 7
tabela 4 como face acabada da chapa
de OSB
Contato com o solo, água doce Nota ≤ 1
Perda de Nota ≤ 2
e outras situações favoráveis à permanente- Nota ≥ 9, conforme Peças estruturais dos quadros:
massa <10%
5 deterioração, como engaste em mente > conforme conforme tabela 7 travessas inferiores ancoradas
conforme
elementos de fundação em 20% tabela 5 tabela 6 à fundação
tabela 4
concreto ou alvenaria

(1) Caso sejam adotados os requisitos de projeto e requisitos complementares na íntegra, conforme item 1.2, dispensa-se o atendimento a esse
critério

(2) Para cada categoria de uso, tipo de madeira e produto preservativo, existe uma retenção mínima estabelecida no projeto de norma ABNT
CE:31:000.15. A comprovação da retenção e penetração mínima é suficiente para a análise da resistência a fungos e cupins.
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<identificação do produto>

Tabela 3 - Critérios dos ensaios laboratoriais de biodeterioração por organismos xilófagos na madeira e em produtos da madeira sem função
estrutural (adaptação da EN 13986, EN 355 e projeto de norma ABNT CE: 31:000.15)

critério
Categoria Umidade Retenção
de uso, Resistência a Fungos Resistência a Cupins mínima de
conforme Condição de uso da madeira da peça Componentes de madeira
produto
em uso Embolorador/ Subterrâ- Madeira-
Anexo B Apodrecedor preservativo
manchador neo seca
Interior das construções, fora
chapas de fechamento de
de contato com o solo ou

retenção mínima segundo tipo de madeira, categoria de uso e tipo de


Nota ≤ 2 paredes internas e de piso do

(2)
fundações, protegido das
2º pavimento, não expostas,

produto preservativo, conforme projeto de norma CE: 31:000.15


1 intempéries e das fontes Seca (a) - - - Conforme
de ambientes secos: chapas
internas de umidade e locais tabela 7 de madeira reconstituída ou
livres do acesso de cupins-
compensado
subterrâneos ou arborícolas
chapas de fechamento, não
Interior das construções, fora expostas, de paredes internas,
de contato com o solo, ou Nota ≥ 7 Nota ≤ 2 de piso do 2º pavimento e de
2 fundações, protegido das Seca (a) - - Conforme Conforme forro da cobertura de
intempéries e das fontes tabela 6 tabela 7 ambientes secos: chapas de
internas de umidade madeira composta ou
compensado
Interior de construções, fora
chapas de fechamento de
do contato com o solo,
Perda de Nota ≤ 2 paredes externas não
protegido das intempéries, Nota ≤ 3,
Ocasional- massa Nota ≥ 7, Conforme expostas, chapas de
ocasionalmente, expostos a
3 <24% Conforme fechamento de paredes
fontes de umidade; ou exterior mente > Conforme
(1)
tabela 7
20% conforme tabela 5 tabela 6 internas e de forros de áreas
das construções protegidos (1)
tabela 4 molháveis:compensado e
por barreira impermeável,
chapas de OSB,
revestimento ou câmara de ar

Perda de Nota ≤ 3, Nota ≤ 2 Chapas de acabamento,


Uso exterior, fora de contato Frequente- massa Nota ≥ 7, Conforme
Conforme expostas sem proteção e sem
4 com o solo e sujeito as mente > <24% Conforme tabela 7
tabela 5 função estrutural: siding de
intempéries 20% conforme tabela 6
madeira
tabela 4
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(1) Caso sejam adotados os requisitos de projeto na íntegra além dos requisitos complementares, conforme item 1.2, dispensa-se o atendimento a
esse critério.

(2) Para cada categoria de uso, tipo de madeira e produto preservativo, existe uma retenção mínima estabelecida no projeto de norma ABNT
CE:31:000.15. A comprovação da retenção mínima, quando as peças são tratadas em auto-clave, é suficiente para a análise da resistência a
fungos e cupins.
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Tabela 4 – Critérios para avaliação da Resistência Natural da Madeira e Produtos a Base de Madeira a
Fungos Apodrecedores (ASTM D 2017–05:2006*)
Perda Média
Descrição
de Massa (%)
0 a 10 Resistência Alta
11 a 24 Resistente
25 a 44 Resistência Moderada
45 ou superior Resistência Baixa ou Não Resistente
OBS: No método de ensaio, a avaliação comparativa com espécies de madeira de reconhecida resistência natural
pode também ser realizada.
(*) ASTM D 2017–05:2006 - Standard Test Method of Accelerated Laboratory Test of Natural Decay Resistance of
Woods

Tabela 5 – Critérios para avaliação Visual do crescimento superficial de Fungos Emboloradores na Madeira
e em Produtos a Base de Madeira (Bravery; Barry, 1978*)
Nota Descrição (**)
0 Ausência de crescimento
1 Traços de crescimento
2 1 a 10 % de crescimento sobre a área total do painel
3 Entre 10 % e 30 % de crescimento sobre a área total do painel
4 Entre 30 % e 70 % de crescimento sobre a área total do painel
5 Mais do que 70 % de crescimento sobre a área total do painel
(*) Critério proposto por Bravery, A.F., Barry, S. and Coleman, L.J. (1978). Collaborative experiments on testing The
mould resistence of paint films. Int. Biod. Bull. 14(1). 1-10
(**) Percentual da área da superfície avaliada por face do painel

Tabela 6 – Critérios para avaliação da Resistência ao Ataque de Cupins Subterrâneos na Madeira e em


Produtos a Base de Madeira (ASTM D 3345–74:1999 *)
Nota Descrição

10 Sem ataque, mínimos sinais de ataque superficial


9 Ataque leve, apresentando desgaste com profundidade suficiente para ser medida
7 Ataque moderado, com início de formação de galerias
4 Ataque intenso, com desgaste profundo ou perfurações isoladas
Ataque severo, com desgaste ou perfurações tendendo a formar cavidades no interior do corpo-de-
0
prova, ou ruptura do corpo-de-prova
(*) ASTM D 3345–74:1999 - Laboratory evaluation of wood and other cellulosic materials for resistance to termites

Tabela 7 – Notas de Avaliação de Desgaste por Cupins de Madeira Seca na Madeira e nos Produtos da
Madeira (Publicação IPT 1157 : 1980*)

Nota Avaliação

0 Nenhum desgaste, nem sinais de ataque superficial


Desgaste superficial, mínimos sinais de ataque superficial com profundidade suficiente para ser
1
medida
2 Desgaste moderado, com início de formação de galerias
3 Desgaste acentuado, com desgaste profundo ou perfurações isoladas
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<identificação do produto>

Desgaste profundo ou perfurações tendendo a formar cavidades no interior do corpo-de-prova ou


4
ruptura do corpo-de-prova
(*) Publicação IPT 1157 : 1980. Métodos de Ensaio e Análises em Preservação de Madeiras – Método D2 Ensaio
Acelerado de Laboratório da Resistência Natural ou de Madeira preservada ao ataque de térmitas do gênero
Cryptotermes (fam. Kalotermitidae). Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo – IPT

3. Requisitos e critérios de desempenho


Os requisitos e critérios a seguir transcritos correspondem àqueles especificados na NBR
15.575 (parte 1 a 5), NBR 7190 e outras normas pertinentes.

3.1 Desempenho estrutural: parede estrutural, laje e estrutura da cobertura

3.1.1 Resistência estrutural e estabilidade global – (Estado limite último)

Para cada tipo de unidade habitacional e para cada local de implantação é essencial que seja
elaborada memória de cálculo específica, por profissional habilitado, na qual conste o
espaçamento entre montantes, a quantidade de bloqueadores utilizados em cada elemento,
especificação de fixações e definição de cargas atuantes.
As cargas laterais (cargas de vento) devem ser consideradas conforme a NBR 6123, sendo
que o deslocamento horizontal no topo da edificação deve atender ao critério estabelecido na
NBR 7190 e NBR 15575-2.
A memória de cálculo deve apresentar hipóteses de cálculo, cargas consideradas, verificação
da estabilidade das peças estruturais conforme a NBR 7190, dimensionamento dos
chumbadores e dimensionamento das estruturas do piso e do telhado, quando essas forem
constituídos de peças estruturais de madeira.
O número, distanciamento e o tipo dos ganchos de ancoragem ou chumbadores empregados
como dispositivos de fixação dos quadros estruturais à fundação ou à laje de piso devem ser
dimensionados de acordo com as cargas de vento e agressividade característica da região
onde serão implantadas as unidades habitacionais levando-se em conta sua resistência
mecânica e resistência à corrosão. Todos os fatores devem ser evidenciados na memória de
cálculo.
No caso de coberturas considerar peso próprio dos materiais e carga de vento característica
da região. No caso de lajes de piso, considerar carga permanente e acidental.

3.1.2 Deformações do sistema estrutural – (Estado limite de serviço)


Considerando a ação de cargas gravitacionais, de temperatura, de vento, de recalques
diferenciais das fundações ou quaisquer outras solicitações passíveis de atuarem sobre a
construção, os componentes estruturais (peças de madeira e chapas de contraventamento)
não devem apresentar deslocamentos maiores do que aqueles estabelecidos nas normas de
projeto estrutural pertinentes como a NBR 7190 e a NBR 15575-2.
Além disso, as solicitações não devem ocasionar deslocamentos ou fissuras excessivas aos
elementos de fechamento vinculados ao sistema estrutural. Deve- se levar em consideração
as ações permanentes e de utilização e permitir o livre funcionamento de elementos e
componentes do edifício, tais como portas, janelas e instalações.
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3.1.3 Solicitações de montagem ou manutenção: cargas concentradas na


cobertura
Os componentes da estrutura da cobertura devem possibilitar apoio de pessoas e objetos nas
fases de montagem ou manutenção. Os componentes das estruturas reticuladas ou treliçadas
devem suportar a ação de carga vertical concentrada de 1 kN aplicada na seção mais
desfavorável, sem que ocorram falhas ou que sejam superados os seguintes limites de
deslocamento:
- dv L / 350 (barras de treliças);
- dv L / 300 (vigas principais / terças);
- dv L / 180 (vigas secundárias / caibros).

3.1.4 Cargas concentradas em sistemas de cobertura acessíveis aos usuários


Os sistemas de cobertura acessíveis aos usuários devem suportar a ação simultânea de três
cargas de 1KN cada uma, com pontos de aplicação constituídos de um triângulo eqüilátero
com 45cm de lado, sem que ocorram rupturas ou deslocamentos.

3.1.5 Resistência a impactos de corpo mole

Não sofrer ruptura ou instabilidade sob energias de impacto, conforme critérios expostos nas
tabelas 8 a 13.

3.1.5.1 Impactos de corpo-mole para paredes externas


Atender aos critérios das Tabela 8-11, conforme NBR 15575-4.

Tabela 8 - Resistência a impactos de corpo mole sobre montantes (parede com função estrutural) – sobrado
Energia de
Impacto impacto de Critério de desempenho
corpo mole J
960
Não ocorrência de ruptura da parede
720
Impactos 480 Não ocorrência de rupturas localizadas na parede (trincas e quebras nas
externos (ensaio 360 faces da parede)
a ser feito no Não ocorrência de falhas nas faces da parede (fissuras, mossas e frestas)
pavimento 240
térreo) Limitação dos deslocamentos horizontais da parede: dh h/250*; dhr h/1250
180 Não ocorrência de falhas nos componentes da parede (fissuras, mossas e
120 frestas)
480
Impacto interno Não ocorrência de ruptura e nem traspasse da parede pelo corpo impactador
(ensaio a ser 240
feito em 180 Não ocorrência de falhas nas faces das paredes (fissuras, mossas e frestas)
qualquer
Não ocorrência de falhas na parede(fissuras, mossas e frestas)
pavimento) 120
Limitação dos deslocamentos horizontais da parede: dh h/250; dhr h/1250
* Caso os valores de deslocamento instantâneo ultrapassem os limites estabelecidos, sem surgimento de falhas, e o
valores de deslocamento residual atendam ao estabelecido, pode-se considerar o resultado como aceitável
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Tabela 9 – Resistência a impactos de corpo mole entre montantes – vedação leve (parede analisada com
função de vedação) – sobrado
Energia de
Impacto impacto de corpo Critério de desempenho
mole J
720 Não ocorrência de ruptura da parede
360 Não ocorrência de rupturas localizadas na parede (trincas e quebras)
Impactos externos
Não ocorrência de falhas nas face da parede(fissuras, mossas e frestas)
240
Limitação dos deslocamentos horizontais: dh h/62,5; dhr h/312,5
Impactos internos Não ocorrência de ruína, são admitidas falhas.
120
(paramento Não comprometimento à segurança e estanqueidade
interno
considerado como Não ocorrência de falhas na parede ensaiada (fissuras, mossas e frestas)
60
revestimento*) Limitação dos deslocamentos horizontais: dh h/125; dhr h/625

Tabela 10 - Resistência a impactos de corpo mole sobre montantes (parede analisada com função
estrutural) – casas térreas
Energia de
Impacto impacto de corpo Critérios de desempenho
mole J
720 Não ocorrência de ruína da parede
480
Não ocorrência de ruptura da parede
360
Impacto externo Não ocorrência de falhas nas faces da parede (fissuras, mossas etc)
240
Limitação dos deslocamentos horizontais: dh h/250*; dhr h/1250
180
Não ocorrências de falhas
120
480
Não ocorrência de ruína e traspasse da parede pelo corpo impactador
240
Não ocorrência de falhas na face interna da parede (fissuras, mossas e
180
Impacto interno frestas)
Não ocorrência de falhas na face interna da parede (fissuras, mossas e
120 frestas)
Limitação dos deslocamentos horizontais: dh h/250; dhr h/1250
* Caso os valores de deslocamento instantâneo ultrapassem os limites estabelecidos, sem surgimento de falhas, e o
valores de deslocamento residual atendam ao estabelecido, pode-se considerar o resultado como aceitável

Tabela 11 - Resistência a impactos de corpo mole entre montantes – vedação leve (parede analisada com
função de vedação) – casas térreas
Energia de
Impacto impacto de corpo Critério de desempenho
mole J
360 Não ocorrência de ruptura

Impactos 180 Não ocorrência de falhas na parede(fissuras, mossas e frestas)


externos
Não ocorrência de falhas na parede (fissuras, mossas e frestas)
120
Limitação dos deslocamentos horizontais: dh h/62,5; dhr h/312,5
Impactos Não ocorrência de ruína, são admitidas falhas.
internos 120
Não comprometimento à segurança e estanqueidade
(paramento
interno
considerado Não ocorrência de falhas na parede (fissuras, mossas e frestas)
60
como Limitação dos deslocamentos horizontais: dh h/125; dhr h/625
revestimento*)
* critério para aquelas chapas que não são integrantes da estrutura da parede, nem exercem função de
contraventamento e são de fácil reposição pelo usuário
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3.1.5.2 Impactos de corpo-mole para paredes internas


Atender aos critérios da Tabela 12, conforme NBR 15575-4.

Tabela 12 - Resistência a impactos de corpo mole em paredes internas – casas térreas e sobrados
Energia de
Elemento impacto de corpo Critério de desempenho
mole J
360 Não ocorrência de ruptura
São admitidas falhas localizadas nas chapas de fechamento (fissuras,
240
mossas e frestas)
Parede com
Não ocorrência de falhas generalizadas nas chapas de fechamento
função estrutural 180
(fissuras, mossas e frestas)
(impacto sobre
montante) Não ocorrência de falhas nas chapas de fechamento (fissuras, mossas e
120 frestas)
Limitação dos deslocamentos horizontais: dh h/250; dhr h/1250
Não ocorrência de falhas nas chapas de fechamento (fissuras, mossas e
60
frestas)
Parede com 240 Não ocorrência de ruína
função estrutural 180 São admitidas falhas localizadas
que divide
Não ocorrência de ruptura.
unidades – 120
parede de São admitidas falhas localizadas
geminação Não ocorrência de falhas generalizadas nas chapas de fechamento
(impacto entre 60 (fissuras, mossas e frestas)
montantes) Limitação dos deslocamentos horizontais: dh h/125**; dhr h/625
Não ocorrência de ruína.
Parede sem 120
São admitidas falhas localizadas
função estrutural
(impacto entre Não ocorrência de falhas nas chapas de fechamento (fissuras, mossas e
montantes)* 60 frestas)
Limitação dos deslocamentos horizontais: dh h/125**; dhr h/625
* critério para aquelas chapas que não são integrantes da estrutura da parede, nem exercem função de
contraventamento e são de fácil reposição pelo usuário
2
** Para paredes leves (G≤600N/m ), sem função estrutural, os valores de deslocamento instantâneos podem atingir
o dobro dos valores indicados nesta tabela.

3.1.5.3 Impactos de corpo-mole em pisos internos


Atender aos critérios da Tabela 13, conforme NBR 15575-2.

Tabela 13 - Impacto de corpo mole em pisos com função estrutural


Energia de
impacto de
corpo mole Critério de desempenho
J
720 Não ocorrência de ruína; são admitidas falhas localizadas (fissuras, destacamentos e outras)
480 Não ocorrência de ruína; são admitidas falhas localizadas (fissuras, destacamentos e outras)
360 Não ocorrência de falhas
240 Não ocorrência de falhas; Limitação de deslocamento vertical: d v < L/300; dvr < L/900
120 Não ocorrência de falhas

3.1.6 Resistência a impacto de corpo duro

3.1.6.1 Impactos de corpo-duro para paredes externas


Atender aos critérios estabelecidos na NBR 15575-4.
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3.1.6.2 Impactos de corpo-duro para paredes internas


Atender aos critérios estabelecidos na NBR 15575-4.

3.1.6.3 Impactos de corpo-duro em pisos internos


Atender aos critérios estabelecidos na NBR 15575-3.

3.1.7 Solicitações transmitidas por portas para as paredes


Atender aos critérios especificados na NBR 15575-4:2008.
As paredes externas e internas, suas ligações e vinculações, devem permitir o acoplamento de
portas resistindo à ação de fechamentos bruscos das folhas de portas e impactos nas folhas
de portas nas seguintes condições:
a) submetidas as portas a dez operações de fechamento brusco, as paredes não devem
apresentar falhas, tais como rupturas, fissurações, destacamentos no encontro com o
marco, cisalhamento nas regiões de solidarização do marco com a parede,
destacamentos em juntas entre componentes das paredes e outros;
b) sob ação de um impacto de corpo mole com energia de 240J, aplicado no centro
geométrico da folha de porta, não deverá ocorrer deslocamento ou arrancamento do
marco, nem ruptura ou perda de estabilidade da parede. Admite-se, no contorno do
marco, a ocorrência de danos localizados, tais como fissuração e estilhaçamentos.

3.1.8 Resistência às solicitações de cargas de peças suspensas atuantes nos


sistemas de vedações verticais
A face interna das paredes externas e as faces das paredes internas devem resistir às
solicitações originadas pela fixação de peças suspensas (prateleiras, hidrantes, quadros e
outros); atendendo ao critério da NBR 15575 -4, conforme Tabela 14 e Tabela 15.

Tabela 14 - Peças suspensas fixadas por mão-francesa padrão, com aplicação de carga padrão (0,8KN)

Carga de uso
Carga de uso em cada peça Critérios de desempenho
em cada ponto
Ocorrência de fissuras toleráveis.
0,2 kN 0,4 kN Limitação dos deslocamentos horizontais:
dh < h/500; dhr < h/2500
Onde: h é altura do elemento parede; dh é o deslocamento horizontal; dhr é o deslocamento residual.
A carga de ensaio é duas vezes o valor da carga considerada como carga de uso

Tabela 15 - Peças suspensas fixadas com mão-francesa padrão, com carga aplicada segundo especificações
do fabricante ou do fornecedor

Carga de ensaio Critério de desempenho

Carregamentos especiais Não ocorrência de fissuras.


previstos conforme Não ocorrência de destacamento dos dispositivos de fixação.
(1)
informações do fornecedor Limitação dos deslocamentos horizontais: dh < h/500; dhr < h/2500
Carga de 2 kN, aplicada em Não ocorrência de fissuras, destacamentos ou rupturas do sistema de fixação.
ângulo de 60° em relação à Coeficiente de segurança à ruptura mínimo igual dois, para ensaios de curta
(2)
face da vedação vertical duração.
(1)
A carga de ruptura deve ser três vezes maior que a carga de uso.
(2)
Exemplo: rede de dormir.
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Premissas de projeto: o projeto deve mostrar a quantidade e tipo de fixação a ser empregada
na fixação de peças suspensas, como armários, pias e barras de apoio, bem como as
eventuais barras de reforços. Caso haja locais predefinidos para a instalação das fixações, tais
locais devem estar explicitados no Manual de Uso e Manutenção e no DATec, bem como as
demais informações acima descritas.

3.2 Segurança contra incêndio


Os requisitos de segurança contra incêndio dos elementos construtivos pertinentes a essa
Diretriz são expressos por:
a) reação ao fogo dos materiais de acabamento dos pisos, tetos e paredes (velocidade de
propagação de chama );
b) facilidade de fuga, avaliada pelas características de desenvolvimento de fumaça dos
materiais de acabamento dos pisos, tetos e paredes (limitação da densidade ótica de fumaça);
c) resistência ao fogo dos elementos construtivos, particularmente dos elementos estruturais e
dos elementos de compartimentação.

3.2.1 Propagação de chama

Os materiais de revestimento, acabamento e isolamento térmico e absorventes acústicos


empregados na face interna dos sistemas ou elementos que compõem o edifício devem ter as
características de propagação de chamas controladas, de forma a atender as exigências, para
pisos, coberturas e paredes..
A Tabela 16 apresenta os índices máximos de propagação superficial de chamas para os
materiais de acabamento da face interna das paredes externas e das paredes internas.

Tabela 16 - Índices máximos de propagação superficial de chamas para face interna de paredes externas e
para paredes internas
Índice máximo de propagação de chamas - Ip
Elemento construtivo Outros locais de uso privativo Outros locais de uso comum
Cozinhas dentro das habitações, exceto das habitações (escadas, halls, e
cozinha outros)
Materiais de acabamento de
paredes externas (face interna) 75 150 25
e paredes internas

Os materiais empregados no meio das paredes (miolo), sejam externas ou internas, devem
apresentar índices máximos de propagação superficial de chamas de 75 (Ip 75).
A Tabela 17 apresenta os índices máximos de propagação superficial de chamas para pisos,
conforme NBR 15575-3.
Tabela 17 - Índices máximos de propagação superficial de chamas para piso

Índice máximo de propagação de chamas - Ip


Elemento construtivo Outros locais de uso privativo Outros locais de uso comum
Cozinhas dentro das habitações, exceto das habitações (escadas, halls, e
cozinha outros)
Piso 150 150 25

Os materiais da face interna e externa do sistema de cobertura (tetos, telhas, forros,


acabamento, materiais de isolamento térmico e materiais absorventes acústicos), que ficam
aparentes, devem apresentar índice máximo de propagação de chamas de 25 (Ip 25).
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3.2.2 Limitação da densidade ótica de fumaça

Os materiais de revestimento e acabamento interno empregados em paredes, pisos, forros ou


face interna de telhados e os materiais empregados no meio das paredes (miolo) devem ter as
características de desenvolvimento de fumaça – medida pela densidade ótica de fumaça –
controladas, sendo especificada densidade ótica de fumaça – Dm ≤ 450.
Materiais de revestimento e acabamento interno empregados em forros ou face interna de
telhados, que apresentam índice de propagação de chama menor ou igual a 25 (IP< 25),
enquadrados na categoria II, por meio da NBR 9442, ou que não sofrem a ignição no ensaio
executado de acordo com a UBC 26-3, podem ser incluídos na Classe II-A, dispensando a
avaliação da densidade ótica de fumaça por meio da ASTM E662, desde que sejam
submetidos especialmente ao ensaio de acordo com a UBC 26-3 e, nos primeiros 5 minutos
deste ensaio, ocorra o desprendimento de todo o material do substrato ou se solte da estrutura
que o sustenta e que, mesmo nesta condição, o material não sofra a ignição

3.2.3 Resistência ao fogo


Os sistemas ou elementos que integram os edifícios habitacionais devem atender a ABNT
NBR 14432 para minimizar a propagação do incêndio, assegurando estabilidade,
estanqueidade e isolamento.
As paredes de geminação (paredes entre unidades) de casas térreas unifamiliares geminadas
e de sobrados unifamiliares geminados são elementos de compartimentação horizontal e
devem apresentar resistência ao fogo por um período mínimo de 30 minutos, assegurando
estanqueidade a chamas, isolamento térmico, estabilidade e integridade estrutural.
O sistema de cobertura deve atender a NBR 15575-5.

3.3 Estanqueidade à água


No caso da estanqueidade à água de edifícios são consideradas duas fontes de umidade:
a) externas, como ascenção de umidade do solo pelas fundações e infiltração de água de
chuva ou lavagem pelas fachadas, lajes e coberturas;
b) internas, como água, decorrente dos processos de uso e lavagem dos ambientes,
vapor de água gerado nas atividades normais de uso, condensação de vapor de água e
vazamentos de instalações.
Portanto a análise de estanqueidade á agua do sistema deve avaliar, com relação às fontes de
umidade externa: estanqueidade à água de vedações de fachada e da cobertura;
estanqueidade à água das juntas entre elementos de fachada e estanqueidade de pisos em
contato com o solo. Com relação às fontes de umidade interna: estanqueidade de bases de
paredes à agua de uso e lavagem.

3.3.1 Estanqueidade à água de chuva em sistemas de vedações verticais


externas (fachadas)
O sistema de vedação vertical externa deve atender ao item 10.1.1 da NBR 15.575-4,
considerando-se a ação dos ventos, além de atender aos requisitos de projeto constantes do
item 1.2 deste documento.
Premissas de projeto: o projeto deve especificar detalhes que favoreçam a estanqueidade à
água das fachadas, como pingadeiras, ressaltos, detalhes no encontro com a calçada externa,
beirais de telhado, avanços de estruturas para varandas e barras impermeáveis na base das
paredes. É necessária a apresentação de projetos que mostrem as soluções dadas às
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interfaces entre base de parede e piso externo (calçada ou varanda), e que especifiquem a
existência, ou não, de barreiras impermeáveis sobre ou sob as chapas delgadas de madeira.

3.3.2 Estanqueidade de vedações verticais internas e externas com incidência


direta de água de uso e lavagem dos ambientes
O sistema de vedação vertical externa e interna deve atender ao item 10.2.1 da NBR 15.575-4,
além de atender aos requisitos de projeto constantes do item 1.2 deste documento.
Premissas de projeto: o projeto deve especificar detalhes construtivos que minimizem o
contato da base da parede (peças de madeira e chapas de vedação) com a água
ocasionalmente acumulada no piso. A instituição técnica avaliadora, ITA, deve avaliar a
funcionalidade e desempenho desses detalhes, orientando-se pela análise do atendimento aos
requisitos de projetos estabelecidos no item 1.2 deste documento.

3.3.3 Estanqueidade de juntas (encontros) entre paredes e entre paredes e lajes


Não permitir infiltração de água pelas juntas entre paredes e entre paredes e lajes.

3.3.4 Estanqueidade de pisos em contato com o solo

Os pisos em contato com o solo devem ser estanques à água, considerando-se a máxima
altura do lençol freático no local da obra. Não são admissíveis manchas de umidade e
empoçamentos.
Premissas de projeto: tomar medidas para evitar ascensão por capilaridade de umidade da
fundação para as paredes, como a adoção de sistema de impermeabilização O projeto deve
prever as medidas de proteção passiva relacionadas à interface entre base de parede e
elemento de fundação, expostas no item 1.2

3.3.5 Estanqueidade do sistema de cobertura (SC)


Atender ao critério do item 10.1.2 da NBR 15.575-5.
Premissas de projeto: o projeto deve estabelecer a necessidade do cumprimento da
regularidade geométrica da trama de cobertura durante a Vida Útil de Projeto (VUP), a fim de
não resultar prejuízo à estanqueidade da mesma, além de prever detalhes construtivos que
assegurem a estanqueidade do sistema.

3.3.6 Impermeabilidade do sistema de cobertura (telhado)


A cobertura não deve apresentar escorrimento, gotejamento de água ou gotas aderentes. Em
telhados, aceita-se o aparecimento de manchas de umidade, na face interna, desde que
restritas a no máximo 35% da área.

3.4 Desempenho térmico


A NBR 15575 permite que o desempenho térmico seja avaliado para um sistema construtivo,
de forma independente, ou para a edificação como um todo, considerando o sistema
construtivo como parte integrante do edifício.

Podem ser adotados três procedimentos alternativos para avaliação do desempenho térmico
do edifício: Procedimento Simplificado, Procedimento de Simulação e Procedimento de
Medição.
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Os critérios de desempenho térmico devem ser avaliados, primeiramente, conforme o


Procedimento Simplificado e, caso o sistema construtivo alvo dessa Diretriz não atenda às
exigências do Procedimento Simplificado, deve-se proceder à análise do edifício de acordo
com o Procedimento de Simulação ou de Medição.

3.4.1 Critérios para o Procedimento Simplificado

No Procedimento Simplificado deve-se verificar o atendimento aos critérios de desempenho


térmico (transmitância e capacidade térmica) estabelecidos para as paredes externas e para a
cobertura, conforme estabelecido na NBR 15.575-4 e NBR 15.575-5.

3.4.2 Critérios para os Procedimentos de Simulação ou de Medição

O Procedimento de Simulação do desempenho térmico é realizado com ferramenta digital, a


partir dos dados de projeto do edifício. Já o Procedimento de Medição é feito por meio de
coleta de dados em edifícios ou protótipos construídos.
Tanto para o Procedimento de Simulação como para o de Medição, tem-se que o sistema
construtivo alvo dessa Diretriz deve possibilitar a adequação da edificação ao critério mínimo
(M) de desempenho térmico estabelecido no anexo A da NBR 15575-1.

3.5 Desempenho acústico


No caso dos sistemas construtivos objeto desta diretriz, é considerado o isolamento sonoro
aos ruídos externos, proporcionado por produtos dispostos em fachadas; o isolamento sonoro
aos ruídos internos, proporcionados por paredes, pisos e cobertura; e o isolamento sonoro a
ruídos de impacto, proporcionado pelos pisos.
Para verificação do atendimento ao requisito de isolação sonora, seja de paredes externas ou
internas, pode-se optar por realizar medições do isolamento em campo ou em laboratório;
cujos critérios de desempenho são diferentes, conforme descrito a seguir.

3.5.1 Isolação sonora promovida pelos elementos da envoltória – ensaio de


campo - D2m,nT,w

Os elementos de vedação vertical de fachada devem atender aos critérios mínimos


apresentados na Tabela 18 no caso de edifício localizado junto a vias de tráfego intenso, seja
rodoviário, ferroviário ou aéreo, deve-se utilizar o valor mínimo acrescido de 5 dB), conforme
NBR 15575-4.
NOTA: Entende-se, para esse critério, a vedação externa como sendo a fachada e a
cobertura, no caso de casas térreas, e somente a fachada no caso dos edifícios multipiso.

Tabela 18 - Valores mínimos recomendados da diferença padronizada de nível ponderada da vedação


externa , D2m,nT,w, para ensaios de campo
Elemento D2m,nT,w (dB) D2m,nT,w+5 (dB)
Vedação externa de dormitórios 25 30
Nota 1: Para vedação externa de cozinhas, lavanderias e banheiros não há exigências específicas.
Nota 2: A diferença ponderada de nível, DnT,w, é o número único do isolamento de ruído aéreo em
edificações, derivado dos valores em bandas de oitava ou de terço de oitava da Diferença Padronizada de
Nível, DnT, de acordo com o procedimento especificado na ISO 717-1.
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3.5.2 Isolação sonora promovida pelos elementos da fachada – ensaio de


laboratório - Rw
Os elementos de fachada devem apresentar índice de redução sonora ponderado, Rw,
conforme os valores mínimos indicados na Tabela 19 e conforme NBR 15575-4.

Tabela 19 - Índice mínimo recomendado de redução sonora ponderado da fachada , Rw


Elemento Rw (dB) Rw +5 (dB)
Fachada 30 35
Nota: Valores referenciais para fachadas cegas, por isso deve ser observado a isolação sonora do caixilho a
ser empregado para garantir desempenho acústico da parede

3.5.3 Isolação sonora entre ambientes promovida pelas vedações verticais


internas - em ensaio de campo - D2m,nT,w
O sistema de vedação vertical interna deve apresentar, no mínimo, os valores da Tabela 20,
conforme NBR 15575-4.

Tabela 20 - Valores mínimos recomendados da diferença padronizada de nível ponderada entre ambientes,
DnT,w, para ensaio de campo
Elemento DnT,w (dB)

Parede de salas e cozinhas entre uma unidade habitacional e áreas comuns de trânsito
30
eventual, como corredores, halls e escadaria nos pavimentos-tipo

Parede de dormitórios entre uma unidade habitacional e corredores, halls e escadaria


40
nos pavimentos-tipo

Parede entre uma unidade habitacional e áreas comuns de permanência de pessoas,


atividades de lazer e atividades esportivas, como home theater, salas de ginástica, salão
45
de festas, salão de jogos, banheiros e vestiários coletivos, cozinhas e lavanderias
coletivas
Parede entre unidades habitacionais autônomas (parede de geminação) 40

3.5.4 Isolação sonora entre ambientes promovida pelas vedações verticais


internas - em ensaio de laboratório - Rw
Os elementos de vedação entre ambientes devem apresentar índice de redução sonora
ponderado, Rw conforme os valores mínimos da Tabela 21, de acordo com NBR 15575-4.
Quando o sistema entre ambientes for constituído por mais do que um elemento, deve ser
ensaiado o sistema ou cada elemento e calculada a isolação resultante.

Tabela 21 - Índice mínimo de Redução Sonora Ponderado dos componentes construtivos, Rw,
para ensaio de laboratório
Elemento Rw (dB)
Parede de salas e cozinhas entre uma unidade habitacional e áreas de corredores,
35
halls e escadaria nos pavimentos-tipo
Parede de dormitórios entre uma unidade habitacional e áreas comuns de trânsito
45
eventual, como corredores, halls e escadaria nos pavimentos-tipo
Parede entre uma unidade habitacional e áreas comuns de permanência de pessoas,
atividades de lazer e atividades esportivas, como home theater, salas de ginástica,
50
salão de festas, salão de jogos, banheiros e vestiários coletivos, cozinhas e lavanderias
coletivas
Parede entre unidades habitacionais autônomas (parede de geminação) 45
NOTA: Valores referenciais para paredes cegas.
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<identificação do produto>

3.5.5 Isolação sonora de lajes de pisos entre unidades habitacionais

Deve-se atenuar a passagem de som aéreo resultante de ruídos de uso normal (fala, TV,
conversas, música, impactos, caminhamento, queda de objetos e outros).
O isolamento sonoro do piso, ou do conjunto piso e forro da unidade habitacional, deve
atender ao índice de redução sonora ponderado (Rw), ou diferença de nível ponderada (DnT,w)
como indicado na Tabela 22 (conforme item 12.3.1 da norma NBR 15575-3).

Tabela 22 - Critérios de diferença padronizada de nível ponderada, DnT,w para ensaios de campo e Rw para
ensaios em laboratório
Campo Laboratório
Elemento DnT,w Rw
dB dB
Piso de unidade habitacional, posicionado sobre áreas comuns, como corredores 35 40
Piso separando unidades habitacionais autônomas (piso separando unidades
40 45
habitacionais posicionadas em pavimentos distintos)
NOTA: Quando o sistema entre os ambientes consiste de mais de um componente, pode ser ensaiado o sistema
composto ou ensaiado cada componente e calculada a isolação resultante.

3.5.6 Característica acústica quanto a ruídos de impacto em lajes de piso


(ensaio em campo)

Os pisos devem atenuar a passagem de som resultante de ruídos de impacto (caminhamento,


queda de objetos e outros) entre unidades habitacionais, devendo apresentar nível de pressão
sonora de impacto padronizado ponderado, L’nT,w, proporcionado pelo entrepiso, conforme
indicado na Tabela 23 de acordo com a NBR 15575-3.

Tabela 23 - Critério e nível de pressão sonora de impacto padronizado ponderado, L’nT,w, para ensaios de
campo
L’nT,w
Elemento
dB
Laje, ou outro elemento portante, com ou sem contrapiso, sem tratamento acústico < =80
NOTAS:
1) Este critério tem por base o denominado nível de pressão sonora de impacto padronizado ponderado, L’nT,w,
ou seja é o número único do isolamento de ruído de impacto em edificações, derivado dos valores em bandas
de oitava do nível de pressão sonora de impacto padronizado, L’nT , de acordo com o procedimento
especificado na ISO 717-2.
2) O valor mínimo exigido corresponde a valores representativos de ensaios realizados em pisos de concreto
maciço, com espessura de 10 cm a 12 cm, sem acabamento.

3.5.7 Isolação sonora promovida pela cobertura de casas devida a sons aéreos –
em ensaio de campo - D2m,nT,w
A envoltória (vedação vertical + cobertura) da unidade habitacional deve apresentar D2m,nT,w,
conforme os limites e níveis de desempenho indicados na Tabela 24

Tabela 24 - Valores mínimos recomendados da diferença padronizada de nível ponderada da vedação


externa , D2m,nT,w, para ensaios de campo
Elemento D2m,nT,w (dB) D2m,nT,w+5 (dB)
Envoltória
25 30
(vedação vertical + cobertura)
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3.5.8 Isolação sonora promovida pela cobertura –em ensaio de laboratório - Rw

A cobertura deve apresentar índice de redução sonora ponderado, Rw, conforme os valores
mínimos indicados na Tabela 25 e conforme NBR 15575-5.
Tabela 25 - Índice mínimo recomendado de redução sonora ponderado da fachada , Rw

Elemento Rw (dB) Rw +5 (dB)

Cobertura 35 40

Nota: Valores referenciais para fachadas cegas

3.6 Durabilidade e manutenabilidade


Manter a capacidade funcional dos sistemas durante a vida útil de projeto, desde que sejam
realizadas as intervenções de manutenção pré-estabelecidas.

3.6.1 Vida útil de projeto dos elementos

Considerar que os elementos do sistema construtivo tenham vida útil de projeto (VUP) no
mínimo igual aos períodos sugeridos na NBR 15575-1 (Anexo C) e transcritos na Tabela 26,
se submetidos a manutenções preventivas (sistemáticas) e, sempre que necessário, a
manutenções corretivas e de conservação previstas no manual de operação, uso e
manutenção.

Tabela 26 - Vida útil de projeto mínima

VUP anos
Sistema
Mínimo

Estrutura (paredes e lajes de piso


40
objeto desta Diretriz)

Vedação vertical externa


(paredes formadas por quadros
40
estruturais em peças de madeira
e chapas delgadas)

Vedação vertical interna 20

Pisos internos (revestimentos e


13
acabamentos)

Cobertura 20

Os componentes de acabamento e revestimento integram o subsistema de vedação vertical e


são essenciais para o atendimento aos critérios de durabilidade e manutenabilidade
estabelecidos nesta diretriz. Por isso, informações relativas a períodos de inspeção e
procedimentos de manutenção preventiva (repinturas, substituição periódica de materiais,
entre outros) devem ser consideradas no manual de uso e operação do sistema, considerando
a VUP das vedações verticais interna e externa.
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Premissas de projeto
O proponente do sistema, o construtor, o incorporador público ou privado, isolada ou
solidariamente, devem especificar em projeto todas as condições de uso, operação e
manutenção do sistema, especialmente com relação às:
interfaces entre paredes e caixilhos, parede e piso/forro, parede e laje, e parede e
instalações; e demais interfaces que possam comprometer o desempenho da unidade
habitacional;
recomendações gerais para prevenção de falhas e acidentes decorrentes de utilização
inadequada (fixação de peças suspensas com peso incompatível com o sistema de
paredes, abertura de vãos em paredes com função estrutural, limpeza com água de
pinturas não laváveis, presença de umidade em função de tratamento inadequados de
vazamentos, travamento impróprio de janelas entre outros);
detalhes que garantam que a base da parede não tenha contato prolongado com a
umidade do piso, considerando interfaces como: parede/piso externo e parede/piso
interno de áreas sujeitas a água de uso e lavagem;
detalhes e posicionamento das instalações (hidráulicas e de gás), e informações sobre
formas de reparos de eventuais vazamentos;
periodicidade, forma de realização e forma de registro de inspeções;
periodicidade, forma de realização e forma de registro das manutenções;
técnicas, processos, equipamentos, especificação e previsão quantitativa de todos
materiais necessários para as diferentes modalidades de manutenção, incluindo-se não
restritivamente as pinturas, tratamento de fissuras, limpeza.

3.6.2 Manutenabilidade dos elementos

Estabelecer em manual de uso e manutenção do sistema construtivo os prazos de Vida Útil de


Projeto de suas diversas partes ou elementos construtivos, especificando o programa de
manutenção a ser adotado, com os procedimentos necessários e materiais a serem
empregados em limpezas, serviços de manutenção preventiva e reparos ou substituições de
materiais e componentes. Além disso, devem existir informações importantes sobre as
condições de uso, como fixação de peças suspensas nas paredes, localização das instalações
(elétricas, hidráulicas e de gás), formas de realizar inspeções e manutenções nessas
instalações, eventuais restrições de uso, cuidados necessários com ação de água nas bases
de fachadas e de paredes internas de áreas molháveis, entre outras informações pertinentes
ao uso desse sistema
O manual deve ser apresentado à ITA (Instituição Técnica Avaliadora) na fase de auditoria
técnica, como pré-requisito para a obtenção do DATEC.
As manutenções devem ser realizadas em estrita obediência ao manual de operação, uso e
manutenção do sistema construtivo fornecido pelo proponente e/ou executor do sistema
construtivo.

3.6.3 Resistência aos organismos xilófagos dos componentes de madeira


As peças de madeira estruturais, as chapas de fechamento e as chapas de contraventamento,
dependendo do seu uso e posição na edificação devem apresentar resistência aos organismos
xilófagos conforme Tabela 2 e Tabela 3.
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3.6.4 Resistência à corrosão de dispositivos de fixação – parafusos, pregos e


chumbadores
Analisar se a resistência à corrosão dos dispositivos de fixação é compatível com a VUP. Essa
análise deve ser feita considerando o sistema de proteção contra corrosão.
Considerar que os componentes de fixação a serem empregados nas peças de madeira dos
quadros estruturais de cobertura, paredes externas e de paredes sujeitas à ação de água de
uso e de lavagem dos ambientes devem resistir a 120 horas em câmara de exposição
acelerada de névoa salina, sem aparecimento de corrosão vermelha no material base. Este
mesmo critério deve ser aplicado aos componentes empregados na fixação de componentes
de vedação externas. Nas demais situações, devem resistir a 96 horas em câmara de
exposição acelerada de névoa salina.

3.6.5 Comportamento das juntas entre chapas de vedação externas


O tratamento dado às juntas dissimuladas ou visíveis deve ser capaz de suportar as
movimentações das chapas da face externa da vedação e outras movimentações provenientes
da estrutura ou outro, sem apresentar fissuras e descolamentos que comprometam a
estanqueidade dos fechamentos e o aspecto psicológico do usuário.

3.6.6 Comportamento das juntas entre chapas de vedação internas


O tratamento dado às juntas deve ser capaz de suportar as movimentações das chapas da
face interna da vedação e outras movimentações provenientes da estrutura de perfis, sem
apresentar fissuras e descolamentos que comprometam a estanqueidade das vedações de
áreas molháveis e o aspecto psicológico do usuário.

3.6.7 Resistência ao calor e choque térmico – paredes de fachada


Os painéis das paredes de fachada, incluindo seus tratamentos de juntas e revestimentos,
submetidos a dez ciclos sucessivos de exposição ao calor e resfriamento por meio de jato de
água, não devem apresentar:
- deslocamento horizontal instantâneo, no plano perpendicular ao corpo-de-prova, superior a
h/300, onde h é a altura do corpo-de-prova;
- ocorrência de falhas como fissuras, destacamentos, deformações, empolamentos,
descoloração e outros danos.

3.6.8 Resistência à exposição aos raios ultravioletas – componentes de


acabamento externos
Conforme itens F1 a F3 da Tabela 1.
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4. Métodos de avaliação
4.1 Métodos de avaliação das características dos componentes
A Tabela 27 mostra os métodos de ensaio ou análise a serem adotados na avaliação de cada
um dos requisitos explicitados.

Tabela 27 - Método de avaliação das características dos materiais e componentes


Item Requisitos Método de ensaio ou análise
A Peças de madeira dos quadros estruturais
Densidade de massa aparente
A.1 a 12% de teor de umidade ensaio conforme NBR 7190
mínima
Resistência característica
A.2 mínima à compressão, à 12% ensaio conforme NBR 7190
de umidade, paralela às fibras
Resistência característica
A.3 mínima à flexão à 12% de ensaio conforme NBR 7190
umidade
Seção transversal mínima das
A.4 peças de madeira estruturais – Medição com trena metálica e inspeção visual
montantes e travessas (te)
1-Ensaio de resistência a fungos apodrecedores, segundo a ASTM D
2017:2006;
2-Ensaio de resistência a fungos emboloradores, segundo ASTM D 3273-
00/2005;
3-Ensaio de cupins subterrâneos na Madeira e em Produtos a Base de
Madeira, segundo a ASTM D 3345–74/199;
Resistência a organismos 4-Ensaio de resistência a cupim de madeira seca, segundo Método D2
A.5 Publicação IPT Nº 1157;
xilófagos
A comprovação da retenção mínima, quando as peças são tratadas em
auto-clave, é suficiente para a análise da resistência a fungos e cupins,
sendo dispensados a realização dos ensaios desse item. Os ensaios de
retenção de produtos preservativos devem ser feitos segundo o projeto de
norma ABNT NBR CE: 31:000.15 – Preservação de Madeiras – Sistema de
Categorias de Uso.
Componentes de fechamento e contraventamento – chapas de OSB estrutural ou chapas de OSB com
B
acabamento na face externa
B.1 Classificação quanto ao uso EN 300
B.2 Índice de umidade EN 322
Resistência à flexão (maior e
B.3 EN 310
menor eixo)
Inchamento da chapa
B.4 EN 317
(espessura)
Resistência ao ataque de Método de ensaio adaptado da Norma ASTM D-3345 – 74 (1999).
B.5
cupins Método D2 Publicação IPT Nº 1157
Resistência ao crescimento de ASTM D-2017 – 05 (2006)
B.6
fungos ASTM D 3273-00/2005
C Componentes de fechamento e contraventamento - chapas compensadas
C.1 Classificação NBR ISO 12466-1
C.2 Índice de umidade NBR 9484
Resistência à flexão (maior e
C.3 NBR 9533
menor eixo)
Inchamento da chapa
C.4 NBR 9535
(espessura)
C.5 Resistência ao ataque de Método de ensaio adaptado da Norma ASTM D-3345 – 74 (1999)
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cupins Método D2 Publicação IPT Nº 1157


Resistência ao crescimento de ASTM D-2017-05 (2006)
C.6 fungos ASTM D 3273-00/2005
D Componentes de fechamento e/ou acabamento internos e/ou externos - Placas cimentícias
D.1 Classificação definição de projeto
Resistência mecânica
D.2 ensaio conforme NBR 15498
(resistência à tração na flexão)
D.3 Reação ao fogo ensaio conforme NBR 9442
D.4 Permeabilidade à água
D.5 Absorção de água
Durabilidade: resistência após
D.6 ciclos de imersão em água e
secagem
ensaio conforme NBR 15.498
Durabilidade: resistência à
D.7
água quente
Variação dimensional em
D.8 função de gradientes
higrotérmicos
E Componentes de fechamento internos – Chapas de gesso para drywall
E.1 Aspecto
Resistência mínima à ruptura
E.2
na flexão
E.3 Dureza superficial
E.4 Absorção máxima de água Conforme NBR 14715-2
Absorção superficial máxima de
E.5 água para chapa resistente à
umidade
Materiais Classe I (incombustível) a Classe II-B (combustível com índice de
E.6 Reação ao fogo propagação de chamas menor que 25)
(critério adotado da CB – IT 10, 2001)
F Componentes de revestimento/acabamento - Siding de PVC
Resistência do PVC aos raios
ultravioletas (exposição de Exposição em câmara de CUV, com lâmpada de UVB,por 2000 horas
F.1
placas em câmara de CUV- (ASTM G154 e ISO 4892)
UVB)
Módulo de elasticidade na
F.2 ensaio, conforme ASTM D790
flexão (antes e após CUV)
Resistência ao impacto: realizar
ensaio de impacto Charpy ou
ensaio conforme, DIN EN ISO 179 (charpy) ou ISO 8256 (impacto na
F.3 ensaio de impacto na tração
tração)
(antes e após exposição em
câmara de CUV)
Avaliar as duas faces dos corpos-de-prova: realizar inspeção visual a 0,5m
Aspecto visual após ensaio de
F.4 de distância em amostras de no mínimo 5cm x 5cm, antes e após
envelhecimento acelerado
exposição ao envelhecimento acelerado
Reação ao fogo: Densidade
F.5 ensaio conforme ASTM E 662
ótica de fumaça máxima
Componentes de
G
revestimento
H Selantes – material de preenchimento de juntas visíveis
H.1 Alongamento
Resistência de ruptura à tração
H.2 antes e após ciclos de
envelhecimento
Dureza inicial (1 a 6 meses) ver normas técnicas pertinentes
H.3
(20ºC)
H.4 Resistência à umidade
Resistência aos raios
H.5
ultravioletas
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Resistência à produtos
H.6
químicos
H.7 Temperatura de trabalho ºC
H.8 Tempo de cura (horas)
Massa para preenchimento
I
de juntas dissimuladas
I.1 Teor de resina
I.2 Aptidão para dissimular fissura
ver normas técnicas pertinentes
I.3 Craqueamento/ Fissuração
I.4 Retração
Fita ou de tela usada na junta
J
dissimulada
J.1 Dimensões
ver normas técnicas pertinentes
J.2 Resistência à tração
K Materiais acústicos
K.1 Descrição do material
K.2 Espessura ou densidade ver normas técnicas pertinentes
K.3 Coeficiente de absorção sonora
L Produtos isolantes térmicos
L.1 Espessura
L.2 Densidade
ver normas técnicas pertinentes
L.3 Condutividade térmica
L.4 Resistência térmica
Produtos impermeáveis e
M
membranas higroscópicas
M.1 Gramatura
M.2 Passagem de vapor
ver normas técnicas pertinentes
M.3 Penetração de ar
M.4 Absorção de água
Produtos impermeáveis para
N
impermeabilização
N.1 Tipo/ Massa específica ver normas técnicas pertinentes
N.2 Absorção de água
Resistência à tração e
N.3
alongamento
N.4 Resistência ao rasgamento
N.5 Dureza Shore
Componentes de fixação
N
metálicos
N.1 Descrição/ tipo e uso
Proteção contra-corrosão / Tipo ver normas técnicas pertinentes
N.2
e espessura do revestimento’
Resistência à corrosão (Tempo
mínimo para aparecimento de
N.3 corrosão vermelha no material exposição em câmara de névoa salina, segundo ASTM B 117:2007
base quando exposto em
câmara de névoa salina)

4.1.1 Desempenho estrutural

4.1.1.1 Resistência estrutural e estabilidade global – (Estado limite último)


a) Análise do projeto estrutural e memória de cálculo, verificando sua conformidade com as
normas brasileiras pertinentes; ou
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b) Ensaio: quando a modelagem matemática do comportamento conjunto dos materiais e


componentes que constituem o sistema, ou dos sistemas que constituem a estrutura, não for
conhecida e consolidada por experimentação, ou não existir norma técnica, permite-se, para
edifícios até 05 pavimentos, estabelecer uma resistência última de projeto através de ensaios
destrutivos e do traçado do diagrama carga x deslocamento correspondente, conforme
indicado no Anexo A da NBR 15575-2.

4.1.1.2 Deformações do sistema estrutural – (Estado limite de serviço)


a) Análise do projeto estrutural e memória de cálculo, verificando sua conformidade com as
normas brasileiras pertinentes. Na análise das deformações podem ser consideradas apenas
as ações permanentes e acidentais (sobrecargas) características, conforme a NBR 8681,
considerando:
Sd = Sgk + ψ2Sqk, sendo o valor de ψ2 dado pela NBR 8681;

b) Ensaio: quando a modelagem matemática do comportamento conjunto dos materiais e


componentes que constituem o sistema, ou dos sistemas que constituem a estrutura, não for
conhecida e consolidada por experimentação, ou não existir norma técnica, permite-se
estabelecer uma resistência de serviço de projeto através de ensaios destrutivos e do traçado
do correspondente diagrama carga x deslocamento, conforme indicado no Anexo B da NBR
15575-2.

4.1.1.3 Solicitações de montagem ou manutenção: cargas concentradas na cobertura


As deformações sob ação de carga concentrada podem ser determinadas por meio de cálculo
estrutural quando as propriedades dos materiais e componentes da cobertura forem
conhecidas, quando se dispuser de modelos de cálculos apropriados, ou por meio da
realização de ensaios.
Os ensaios são realizados em campo ou em laboratório, nas estruturas principais ou
secundarias, incluindo-se a análise das ligações, vínculos e acessórios.

4.1.1.4 Cargas concentradas em sistemas de cobertura acessíveis aos usuários


As deformações sob ação de carga concentrada podem ser determinadas por meio de cálculo
estrutural quando as propriedades dos materiais e componentes da cobertura forem
conhecidas, quando se dispuser de modelos de cálculo apropriados, ou por meio da realização
de ensaios.
Os ensaios são realizados em campo ou em laboratório, nas estruturas principais ou
secundarias, incluindo-se a análise das ligações, vínculos e acessórios.

4.1.1.5 Resistência a impactos de corpo mole

4.1.1.5.1 Impactos de corpo mole para paredes externas e internas

A verificação da resistência e do deslocamento das paredes deve ser feita por meio de ensaios
de impacto de corpo mole a serem realizados em laboratório, em protótipo ou em obra. O
corpo-de-prova deve incluir todos os componentes típicos do sistema. Adota-se o método de
ensaio de impacto de corpo mole definido na NBR 11675.

4.1.1.5.2 Impactos de corpo-mole para lajes de piso

As verificações da resistência e deslocamento dos elementos estruturais devem ser feitas por
meio de ensaios de impacto de corpo mole, realizados em laboratório ou em protótipo ou obra,
devendo, o corpo-de-prova, representar fielmente as condições executivas da obra, inclusive
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tipos de apoio / vinculações, conforme método de ensaio indicado no Anexo C da norma NBR
15575-2.

4.1.1.6 Resistência a impacto de corpo duro

4.1.1.6.1 Impactos de corpo-duro para paredes

A verificação da resistência e indentação provocada pelo impacto de corpo duro deve ser feita
por meio de ensaios em laboratório, protótipo ou obra, devendo o corpo-de-prova representar
fielmente as condições de obra, inclusive tipos de apoio / vinculações. Adota-se o método de
ensaio de impacto de corpo duro definido na NBR 11675, ou no Anexo B da norma NBR
15575-4.

4.1.1.6.2 Impactos de corpo-duro para lajes de piso

Verificação da resistência e depressão provocada pelo impacto de corpo duro, por meio de
ensaios em laboratório executados em protótipos ou obra, devendo, o corpo-de-prova,
representar fielmente as condições executivas da obra, inclusive tipos de apoio / vinculações,
conforme método de ensaio indicado no Anexo D norma NBR 15575-2.

4.1.1.7 Solicitações transmitidas por portas para as paredes


O fechamento brusco da porta deve ser realizado segundo a NBR 8054, enquanto o impacto
de corpo-mole deve ser aplicado conforme a NBR 8051. Na montagem da porta para o ensaio,
as fechaduras devem ser instaladas de acordo com o que prescreve o Anexo O da NBR
14913.
Opcionalmente, esta avaliação poderá ser feita mediante análise de projeto. Entretanto, as
observações constantes da premissa de projetos, apresentadas no item 3.1.7, devem constar
nos projetos executivos, a serem analisados pela ITA.

4.1.1.8 Resistência à solicitações de cargas de peças suspensas atuantes nos sistemas


de vedações verticais
Método de avaliação conforme NBR 15575-4.

4.1.2 Segurança contra incêndio

4.1.2.1 Propagação de chama


A comprovação, dependendo dos materiais de revestimento, acabamento e isolamento, deve
ser feita mediante a realização de ensaios conforme a NBR 9442 e Instrução Técnica nº10 do
Corpo de Bombeiros do Estado de Sâo Paulo.

4.1.2.2 Limitação da densidade ótica de fumaça


A comprovação do índice de densidade ótica de fumaça de materiais de acabamento de
paredes e coberturas deve ser feita mediante a realização de ensaios conforme Instrução
Técnica nº10 do Corpo de Bombeiros do Estado de Sâo Paulo.

4.1.2.3 Resistência ao fogo


Análise do projeto estrutural em situação de incêndio (Atendimento às Normas de projeto
estrutural, como a NBR 15200 para estruturas de concreto), ou realização de ensaios
conforme a NBR 5628.
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4.1.3 Estanqueidade à água

4.1.3.1 Estanqueidade à água de chuva em sistemas de vedações verticais externas


(fachadas)
Método de avaliação conforme NBR 15575-4.
Os corpos-de-prova (paredes e janelas) a serem ensaiados devem reproduzir fielmente o
projeto, as especificações e características construtivas dos sistemas de vedações verticais
externas, com especial atenção às juntas entre os elementos ou componentes.
Análise de projeto, caso não seja necessária a realização de ensaio.

4.1.3.2 Estanqueidade de vedações verticais internas e externas com incidência direta


de água – Áreas molháveis
Realização de ensaio de estanqueidade, conforme método estabelecido na NBR 15575-4
anexo D, e análise de projeto. Verificar se as premissas do item 3.3.2 e os requisitos
estabelecidos no item 1.2 deste documento constam do projeto executivo.

4.1.3.3 Estanqueidade de juntas (encontros) entre paredes e entre paredes e lajes


Análise de projeto.

4.1.3.4 Estanqueidade de laje - piso em contato com o solo


Proceder à inspeção visual a 1 m de distância, em protótipo, ou obra, em execução ou
finalizada;
Além disso, é necessária a análise de projeto e verificação das características da laje-piso e do
seu respectivo concreto.

4.1.3.5 Estanqueidade do sistema de cobertura (SC)


Ensaio de acordo com o método do Anexo D da NBR 15575-5.

4.1.3.6 Impermeabilidade do sistema de cobertura (SC)


Ensaio de impermeabilidade conforme NBR 5642.

4.1.4 Desempenho térmico


A avaliação do desempenho térmico do sistema construtivo objeto desta diretriz deve ser feita
considerando as condições climáticas da região na qual será implantado o edifício e as
respectivas características bioclimáticas definidas na NBR 15220-3.

4.1.4.1 Análise pelo Procedimento Simplificado

4.1.4.1.1 Avaliação das paredes externas do edifício

Verificação do atendimento aos requisitos e critérios estabelecidos para paredes externas e


estabelecidos na NBR 15575-4; (Procedimento normativo, conforme NBR 15575-1).
a) Transmitância térmica: a avaliação da transmitância térmica das paredes externas deve
ser feita por meio de cálculos conforme procedimentos especificados na NBR 15220-2;
b) Capacidade térmica: a avaliação da capacidade térmica das paredes externas deve ser
feita por meio de cálculos conforme procedimentos especificados na NBR 15220-2. No
caso de paredes que tenham na sua composição materiais isolantes térmicos de
condutividade térmica menor ou igual a 0,065 W/(m.K) e resistência térmica maior que
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<identificação do produto>

0,5 (m2.K)/W, o cálculo da capacidade térmica deve ser feito desprezando-se todos os
materiais voltados para o ambiente externo, posicionados a partir do isolante ou espaço
de ar.

4.1.4.1.2 Avaliação da cobertura do edifício

a) Verificação do atendimento aos requisitos e critérios estabelecidos para cobertura,


estabelecidos na NBR 15575-5; (Procedimento normativo, conforme NBR 15575-1);
b) A determinação da transmitância térmica deve ser feita por meio de cálculo,
conforme procedimentos apresentados na ABNT NBR 15220-2.

4.1.4.2 Análise pelo Procedimento de Simulação ou de Medição


a) Procedimento de Simulação: verificação do atendimento aos requisitos e critérios, por
meio da simulação computacional do desempenho térmico do edifício; (Procedimento
informativo, conforme anexo A da NBR 15575-1);
b) Procedimento de Medição: verificação do atendimento aos requisitos e critérios por
meio da realização de medições em edifícios ou protótipos construídos; (Procedimento
informativo, conforme anexo A da NBR 15575-1).

4.1.5 Desempenho acústico

4.1.5.1 Isolação sonora promovida pelos elementos da envoltória – critério para medição
em ensaio de campo - D2m,nT,w
Método de avaliação segundo item 12.2.1.1 da NBR 15575-4

4.1.5.2 Isolação sonora promovida pelos elementos da fachada – critério para medição
em ensaio de laboratório - Rw
Método de avaliação segundo item 12.2.2.1 da NBR 15575-4:
Utilizar a Norma ISO 140-3 para a determinação dos valores do índice de redução sonora, R,
em bandas de terço de oitava entre 100 Hz e 5 000 Hz.
Utilizar o procedimento especificado na ISO 717-1 para a determinação do valor do índice de
redução sonora ponderado, Rw, a partir do conjunto de valores do índice de redução sonora de
cada faixa de freqüências.

4.1.5.3 Isolação sonora entre ambientes promovida pelas vedações verticais internas em
ensaio de campo - D2m,nT,w
Método de avaliação segundo item 12.2.3.1 da NBR 15575-4.

4.1.5.4 Isolação sonora entre ambientes promovida pelas vedações verticais internas em
ensaio de laboratório - Rw
Método de avaliação segundo item 12.2.3.1 da NBR 15575-4.

4.1.5.5 Isolação sonora de lajes de pisos entre unidades habitacionais


Método de avaliação segundo item 12.3.1.1 da NBR 15575-3 e análise de projeto.

4.1.5.6 Característica acústica quanto a ruídos de impacto em lajes de piso


Método de avaliação segundo item 12.2.1.1 da NBR 15575-3.
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<identificação do produto>

4.1.5.7 Isolação sonora promovida pela cobertura de casas devida a sons aéreos –
critério para medição em ensaio de campo - D2m,nT,w
Conforme 12.2.1.1 da NBR 15575-5.

4.1.5.8 Isolação sonora promovida pela cobertura – critério para medição em ensaio de
laboratório - Rw
Utilizar o procedimento especificado na ISO 717-1.

4.1.6 Durabilidade e manutenabilidade

4.1.6.1 Vida útil de projeto dos elementos


Verificação do atendimento aos prazos constantes do Anexo C da NBR 15575-1 e verificação
das intervenções previstas no manual de operação, uso e manutenção fornecido pelo
proponente do sistema, incorporador e/ou construtora, bem como evidências das correções.

4.1.6.2 Manutenabilidade dos elementos


Análise de projeto e do Manual de operação, uso e manutenção do sistema construtivo.

4.1.6.3 Resistência aos organismos xilófagos


Ver Tabela 2 e Tabela 3.

4.1.6.4 Resistência à corrosão de dispositivos de fixação


Verificar se o projeto define: proteção contra corrosão (revestimento de zinco ou sistema de
pintura) e espessura dessa proteção dos componentes de fixação.
Os pregos, parafusos e chumbadores devem ser colocados em câmara de exposição de
névoa salina, segundo a ASTM B 117/2007 ou NBR 8094.

4.1.6.5 Comportamento das juntas entre placas de vedação externas


- Avaliação do comportamento das juntas após ensaio de choque térmico;
- Análise de projetos;
- Inspeção em protótipos, ou obras, em execução ou finalizadas.

4.1.6.6 Comportamento das juntas entre placas de vedação internas


- Análise de projetos; e
- Inspeção em protótipos, ou obras, em execução ou finalizadas.

4.1.6.7 Resistência a ação de calor e choque térmico – parede de fachada


Realizar ensaio para averiguar a resistência a choque térmico dos painéis-parede, conforme
Anexo E da NBR 15575-4, considerando um corpo-de-prova de no mínimo 2,40m de largura x
altura equivalente ao pé-direito com as juntas características do sistema consideradas nesse
corpo-de-prova.

4.1.7 Resistência à exposição aos raios ultravioletas – componentes de


acabamento externos
Conforme itens F1 a F3 da Tabela 1.
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<identificação do produto>

5. Análise global do desempenho do produto


Os relatórios específicos de análise e de ensaios são consolidados em um Relatório Técnico
de Avaliação, no qual é apresentada uma síntese do desempenho global do produto,
considerando a análise de todos os resultados obtidos no processo de avaliação técnica do
sistema construtivo, realizado no âmbito do SINAT, incluindo os ensaios de caracterização e
de desempenho do sistema construtivo, com base nas exigências especificadas nesta Diretriz.

6. Controle da qualidade na montagem


O controle da qualidade deve ser realizado pelo proponente na fase de montagem da unidade
habitacional. A montagem pode ocorrer tanto no canteiro de obras quanto em unidades
industriais, externas ao canteiro. No caso da montagem ocorrer em unidades industriais o
controle de aceitação dos materiais ocorrerá nesses locais, e o controle das etapas de
montagem ocorrerá tanto nessas unidades quanto no canteiro.
Tanto a auditoria inicial, antes da concessão do DATec, como as auditorias periódicas, após
concessão do DATec, serão realizadas na fase de montagem. As auditorias técnicas, após
concessão do DATec, serão realizadas, no mínimo, a cada seis meses.
A Tabela 28 mostra as atividades a serem controladas pelo produtor, e as tabelas
subsequententes mostram os documentos que devem balizar tal controle e a freqüência com
que esses controles devem ocorrer.
A instituição técnica avaliadora, ITA, pode, a seu critério, solicitar a verificação de resultados
de ensaios (realizar ensaios de controle – contra prova) e verificar a conformidade do
procedimento de execução com a prática de controle da empresa.

Tabela 28 - Atividades objeto de controle na fase de montagem


Procedimentos de controle a serem elaborados pelo produtor e
Atividade a ser controlada pelo produtor
verificados pela ITA
Procedimento de controle de aceitação de materiais (itens e
Controle de aceitação de materiais
freqüência de controle – ver Tabela 29
Controle e inspeção das etapas de
Procedimento que conste a verificação das atividades de montagem.
montagem

6.1 Controle de aceitação de materiais e componentes em canteiro de obras


O proponente da tecnologia e/ou construtor deve apresentar documentação/ procedimentos à
ITA que comprovem como o controle de aceitação de materiais é feito, bem como a garantia
de rastreabilidade das informações.

Tabela 29 - Controle de aceitação de materiais: métodos e freqüências de avaliação


Amostragem/
Item Material/ componente Requisito Método de avaliação Freqüência de
inspeção
1 Peças estruturais de madeira
avaliar documento de
1.1 Procedência da madeira procedência legal procedência da madeira
– Nota Fiscal
Classificação visual a ser por lote de peças
1.2 conforme projeto
considerada recebido na obra
Dimensões e tolerâncias Especificação de Conferência com
1.1
geométricas projeto micrômetros
1.2 Tipo de proteção contra Relatório de ensaio ou
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<identificação do produto>

organismos xilófagos certificado de tratamento


A proporção da área da
seção transversal
Proporção de nós na ocupada por um nó, ou
1.3 seção transversal da por um conjunto inspeção visual
peça destes, não ultrapassar
os limites estabelecidos
na Tabela 30.
A Tabela 31 apresenta
as limitações no
1.4 Racha anelar e fenda
comprimento das
rachas e fendas.
Madeira recebida em
canteiro deve estar
estabilizada conforme a verificação no local com
1.5 Absorção de água -
umidade relativa medidor de umidade
ambiente – NBR
7190/1997.
1.6 Classificação da madeira Vide ítem 6.1.1 Inspeção visual -
2 Placas cimentícias
Ausência de
2.1 Aspecto Inspeção visual
ondulações
Conferência com uso de
2.2 Tolerâncias geométricas Conforme NBR 15498
trena
Lote recebido na obra
Relatório de ensaio ou
Resistência mecânica,
Especificação de certificado de
2.3 absorção de água e
projeto conformidade do
variação higroscópica
fornecedor
3 Siding de PVC
Conforme norma Conferência com uso de
3.1 Tolerâncias geométricas
técnica pertinente trena
Lote recebido na obra
Especificação de
3.2 Uniformidade da cor Inspeção visual
projeto
4 Chapas de gesso para drywall
Ausência de
4.1 Aspecto Inspeção visual
ondulações e manchas
Conferência com uso de
4.1 Tolerâncias geométricas NBR 14715 Aceitar somente
trena
chapas qualificadas
Relatório de ensaio ou no PSQ
Resistência mecânica e Especificação de certificado de
4.2
absorção de água projeto conformidade do
fornecedor
5 Chapas de madeira reconstituída
Conforme norma Conferência com uso de
5.1 Tolerâncias geométricas
técnica pertinente trena
5.2 Uniformidade de aspecto inspeção visual Lote recebido na obra

5.3 Teor de umidade


6 Selantes – material de preenchimento de juntas visíveis
Alongamento e fator de
6.1 Conforme Relatório de ensaio ou
acomodação
6.2 Dureza especificação de certificado de Lote recebido na obra
projeto conformidade*
6.3 Resistência ao UV
7 Massa para juntas dissimuladas
Conforme Relatório de ensaio ou
7.1 Teor de resina especificação de certificado de Lote recebido na obra
projeto conformidade*
8 Fita de tela de fibra de vidro
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<identificação do produto>

Conforme
Conferência/ medição
8.1 Dimensões especificação de
com trena
projeto
Lote recebido na obra
Conforme Relatório de ensaio ou
8.2 Resistência à tração especificação de certificado de
projeto conformidade*
9 Absorventes acústicos
9.1 Tipo de material Conforme
especificação de Inspeção visual Lote recebido na obra
9.2 Espessura projeto
10 Barreira impermeável
10.1 Gramatura Conforme Relatório de ensaio ou
10.2 Passagem de vapor especificação de certificado de Lote recebido na obra
10.3 Absorção de água projeto conformidade*

11 Sistema de fixação – Pregos, parafusos e chumbadores


11. Tipo Relatório de ensaio ou
Conforme
certificado de
Tipo de proteção contra especificação de Lote recebido na obra
11.2 conformidade do
corrosão projeto
fornecedor
* Os relatórios de ensaio e certificados de conformidade devem ser de terceira parte

Caso outros materiais diferentes dos que constam da tabela anterior sejam empregados,
precisam também ser avaliados antes do seu recebimento em canteiro-de-obras.

Tabela 30 - Limites relativos à proporção da área da seção transversal ocupada pelo nó

Classificação visual
Posição dos nós
SE S1 S2 S3

Face e canto do lado 20% 25% 33% 50%

Centro da face 35% 45% 50% 75%

A classificação visual consiste na inspeção visual das faces, lados (bordas laterais) e das
extremidades de cada peça. Deve-se examinar todo o comprimento das peças e avaliar a
localização e a natureza dos nós e outros defeitos presentes na superfície das mesmas.
São definidos quatro níveis de acordo com a presença de defeitos: Classe Estrutural Especial
(SE); Classe Estrutural Nº 1 (S1); Classe Estrutural Nº 2 (S2); Classe Estrutural Nº 3 (S3).

Tabela 31 - Limitações para rachas e fendas


Defeitos Tipo SE S1 S2 S3

atravessa a peça
igual à fenda igual à fenda igual à fenda igual à fenda
em espessura
Racha
Três vezes a
superficial 2 vezes a largura 2 vezes a largura sem limitações
largura

1/6 do
1,5 vez a largura
Fenda 1 vez a largura 1 vez a largura comprimento da
da peça
peça

Fendilhado sem limites


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<identificação do produto>

6.2 Controle da montagem em canteiro de obras


A Tabela 32 exemplifica algumas das principais atividades a serem controladas pelo
executor/montador dos elementos. Estas atividades devem constar de procedimento de
montagem do sistema, que pode ser pré-fabricado ou moldado no local. A conformidade e
aplicação desse procedimento serão verificadas pela ITA. Cada obra deve ter seu
procedimento de execução específico.
No projeto para produção deve constar também planejamento de armazenamento das peças e
equipamentos de transportes que serão necessários.

Tabela 32 - Exemplo das principais atividades a verificar durante a montagem – parede

Item Etapas Requisito Método de avaliação

1 Marcação da obra

Nivelamento do terreno e marcação da


2
fundação

3 Concretagem da fundação

Marcação do eixo das paredes


4
externas
Execução de detalhe que evite o
contato da travessa inferior do quadro
5 estrutural com a umidade dos
elementos de fundação – instalação de
componente nivelador
Posicionamento e fixação preliminar de
6
alinhamento das travessas inferiores

Fixação das travessas inferiores à Conforme


7 Inspeção visual baseada
fundação (emprego de chumbadores) especificação de
em projeto e
Posicionamento dos montantes e projeto (projeto
procedimento de
8 travessas, formando os quadros executivo e projeto
execução
estruturais para produção)

9 Fixação dos quadros de canto

10 Fixação de bloqueadores, umbrais etc

Posicionamento e fixação das chapas


11
de contraventamento

Posicionamento e fixação de barreiras


12
impermeáveis

Colocação e fixação dos caixilhos aos


13
montantes da estrutura das paredes

Vedação das juntas entre marcos de


14
janela e parede

15 Tratamento das juntas

Proteção contra água-de-chuva dos


16
materiais durante o armazenamento

17 Controle/medidas visando dificultar


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<identificação do produto>

que os elementos/materiais tenham


contato com umidade durante a
montagem/local de armazenamento
de peças de madeira

Depois de finalizada a montagem é necessário realizar inspeção visual do sistema construtivo


montado para identificar a existência de eventuais não conformidades, como deformações
excessivas das chapas de vedação, deformação das peças estruturais, falhas nas juntas ou
outros, que possam causar prejuízos ao desempenho do sistema. Caso alguma não-
conformidade seja encontrada, é imprescindível a identificação de suas causas e sua correção
de forma adequada.
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<identificação do produto>

ANEXO A
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<identificação do produto>

LEGENDA
01. COMPONENTE DE ACABAMENTO DO WOOD FRAME
02. CHAPA DE MADEIRA DE CONTRAVENTAMENTO
03. BARREIRA IMPERMEÁVEL
04. MONTANTES E TRAVESSAS
05. TRAVESSA INFERIOR (CLASSE DE USO 5)
06. PINGADEIRA/ DISPOSITIVO DE DRENAGEM
07. IMPERMEABILIZAÇÃO DA BASE DA PAREDE
08. COMPONENTE NIVELADOR
09. CHUMBADOR
10. ELEMENTO DE FUNDAÇÃO
11. ACABAMENTO DA FACE DO ELEMENTO DE FUNDAÇÃO
12. CHAPA DE GESSO PARA DRYWALL
13. CONTRAPISO
14. PISO ACABADO

Figura 1 – Detalhe de interface entre piso externo e base de paredes de fachada (laje com desnível) – sem
escala
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<identificação do produto>

LEGENDA
01. COMPONENTE DE ACABAMENTO DO WOOD FRAME
02. CHAPA DE MADEIRA DE CONTRAVENTAMENTO
03. BARREIRA IMPERMEÁVEL
04. MONTANTES E TRAVESSAS
05. TRAVESSA INFERIOR (CLASSE DE USO 5)
06. PINGADEIRA/ DISPOSITIVO DE DRENAGEM
07. IMPERMEABILIZAÇÃO DA BASE DA PAREDE
08. COMPONENTE NIVELADOR
09. CHUMBADOR
10. ELEMENTO DE FUNDAÇÃO
11. ACABAMENTO DA FACE DO ELEMENTO DE FUNDAÇÃO
12. CHAPA DE GESSO PARA DRYWALL
13. CONTRAPISO
14. PISO ACABADO

Figura 2 – Detalhe de interface entre piso externo e base de paredes de fachada (com sóculo) – sem escala
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<identificação do produto>

LEGENDA
01. CHAPA DE MAEDIRA
02. TRAVESSA DO QUADRO ESTRUTURAL
03. TRAVESSA INFERIOR (CLASSE DE USO 5
04. IMPERMEABILIZAÇÃO DE BASE DE PAREDE
05. COMPONENTE NIVELADOR
06. CHUMABADOR
07. CHAPA DE GESSO PARA DRYWALL
08. IMPERMEABILIZAÇÃO
09. PROTEÇÃO MECÂNICA DA IMPERMEABILIZAÇÃO
10. ARGAMASSA COLANTE
11. REVESTIMENTO DO PISO DE ÁREA MOLHÁVEL
12. PISO ACABADO
13. CONTRAPISO
14. PISO ACABADO
Figura 3 – Detalhes de interface entre piso interno de áreas molháveis e base de parede; e interface entre
base de parede e piso interno de áreas secas– sem escala
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<identificação do produto>

LEGENDA
01. COMPONENTE DE ACABAMENTO DO WOOD FRAME
02. CHAPA DE MADEIRA DE CONTRAVENTAMENTO
03. BARREIRA IMPERMEÁVEL
04. MONTANTES E TRAVESSAS
05. TRAVESSA INFERIOR (CLASSE DE USO 5)
06. PINGADEIRA/ DISPOSITIVO DE DRENAGEM
07. IMPERMEABILIZAÇÃO DA BASE DA PAREDE
08. COMPONENTE NIVELADOR
09. CHUMBADOR
10. ELEMENTO DE FUNDAÇÃO
11. ACABAMENTO DA FACE DO ELEMENTO DE FUNDAÇÃO
12. CHAPA DE GESSO PARA DRYWALL
13. CONTRAPISO
14. PISO ACABADO
15.RODAPÉ – PROTEÇÃO ADICIONAL

Figura 4 - Detalhe de interface entre piso interno de áreas secas e base de paredes de fachada (laje plana) –
sem escala
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<identificação do produto>

LEGENDA
01. COMPONENTE DE ACABAMENTO DO WOOD FRAME
02. CHAPA DE MADEIRA DE CONTRAVENTAMENTO
03. BARREIRA IMPERMEÁVEL
04. MONTANTES E TRAVESSAS
05. TRAVESSA INFERIOR (CLASSE DE USO 5)
06. PINGADEIRA/ DISPOSITIVO DE DRENAGEM
07. IMPERMEABILIZAÇÃO DA BASE DA PAREDE
08. COMPONENTE NIVELADOR
09. CHUMBADOR
10. ELEMENTO DE FUNDAÇÃO
11. ACABAMENTO DA FACE DO ELEMENTO DE FUNDAÇÃO
12. CHAPA DE GESSO PARA DRYWALL
13. CONTRAPISO
14. IMPERMEABILIZAÇÃO
15. PROTEÇÃO MECÂNICA DA IMPERMEABILIZAÇÃO
16. ARGAMASSA COLANTE
17. REVESTIMENTO DO PISO DE ÁREA MOLHÁVEL
18. RODAPÉ

Figura 5 - Detalhe de interface entre piso interno de áreas molháveis e base de paredes de fachada (laje
plana) – sem escala
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<identificação do produto>

LEGENDA
01. COMPONENTE DE ACABAMENTO DO WOOD FRAME
02. CHAPA DE MADEIRA DE CONTRAVENTAMENTO
03. BARREIRA IMPERMEÁVEL
04. MONTANTES E TRAVESSAS
05. TRAVESSA INFERIOR (CLASSE DE USO 5)
06. PINGADEIRA/ DISPOSITIVO DE DRENAGEM
07. IMPERMEABILIZAÇÃO DA BASE DA PAREDE
08. COMPONENTE NIVELADOR
09. CHUMBADOR
10. ELEMENTO DE FUNDAÇÃO
11. ACABAMENTO DA FACE DO ELEMENTO DE FUNDAÇÃO
12. CHAPA DE GESSO PARA DRYWALL
13. CONTRAPISO
14. IMPERMEABILIZAÇÃO
15. PROTEÇÃO MECÂNICA DA IMPERMEABILIZAÇÃO
16. ARGAMASSA COLANTE
17. REVESTIMENTO DE PAREDE E PISO DE ÁREA MOLHÁVEL

Figura 6 - Detalhe de interface entre piso externo e base de paredes de fachada e interface entre base de
parede e piso do box – sem escala
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<identificação do produto>

LEGENDA
01. CHAPA DE MADEIRA
02. BARREIRAS IMPERMEÁVEIS
03.TRAVESSA DO QUADRO ESTRUTURAL
04. TRAVESSA INFERIOR (CLASSE DE USO 5
07. IMPERMEABILIZAÇÃO DE BASE DE PAREDE
08. CHAPA DE GESSO PARA DRYWALL
09. IMPERMEABILIZAÇÃO
10. PROTEÇÃO MECÂNICA DA IMPERMEABILIZAÇÃO
11. ARGAMASSA COLANTE
12. REVESTIMENTO DO PISO DE ÁREA MOLHÁVEL
13. CONTRAPISO
14. PISO ACABADO
15.TUBULAÇÃO SEM CONEXÃO INTERNA A PAREDE

Figura 7 - Detalhes de interface entre piso interno de áreas molháveis e base de parede hidráulica; e
interface entre base de parede hidráulica e piso interno de áreas secas– sem escala
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<identificação do produto>

ANEXO B
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Quadro 1 – Categorias de uso da madeira proposta do projeto de norma ABNT CE: 31:000.15

CATEGORIA
CONDIÇÃO DE USO DA MADEIRA ORGANISMO XILÓFAGO
DE USO

Interior de construções, fora de contato com o solo,


fundações ou alvenaria, protegidos das intempéries, Cupim de madeira seca
1
das fontes internas de umidade e locais livres do Broca de madeira
acesso de cupins-subterrâneos ou arborícolas.

Cupim de madeira seca


Interior de construções, em contato com a alvenaria, Broca de madeira
2 sem contato com o solo ou fundações, protegidos das
intempéries e das fontes internas de umidade. Cupim subterrâneo
Cupim arborícola

Cupim de madeira seca


Broca de madeira
Interior de construções, fora de contato com o solo e Cupim subterrâneo
3 protegidos das intempéries, que podem,
ocasionalmente, ser expostos a fontes de umidade. Cupim arborícola
Fungo embolorador/manchador
Fungo apodrecedor

Cupim de madeira seca


Broca de madeira

Uso exterior, fora de contato com o solo e sujeitos as Cupim subterrâneo


4
intempéries. Cupim arborícola
Fungo embolorador/manchador
Fungo apodrecedor

Cupim de madeira seca


Broca de madeira
Contato com o solo, água doce e outras situações Cupim subterrâneo
5 favoráveis à deterioração, como engaste em concreto
e alvenaria. Cupim arborícola
Fungo embolorador/manchador
Fungo apodrecedor

Perfurador marinho
6 Exposição à água salgada ou salobra. Fungo embolorador/manchador
Fungo apodrecedor

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