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DRENAGEM DE RUAS

- princípios e seções típicas -


DRENAGEM DE RUAS: princípios e seções típicas

SUMÁRIO
1. Introdução
2. Princípios
3. Seções Típicas
3.1. Ruas
3.2. Sarjetas
3.3. Bocas coletoras
3.4. Galerias
4. Conclusão
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As faces da água
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Água para beber

Fonte: maissaude.org
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Água na tecnologia

Processo de corte por erosão,


A tecnologia mais avançada para cortar qualquer
material, até titânio, através de um orifício de
diamante a uma velocidade três vezes à do som.
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Água na arte

Singin' in the Rain

Fonte: Filme de Stanley Donen com Gene Kelly, Debbie Reynolds


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Água para brincar

Malásia
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Malásia
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Malásia
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Malásia
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Malásia
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Devastação no Japão - Tsunami março/2011

Miyako Fonte: TodaysXSuperXNews Fonte: www.extra.globo.com

Notori Fonte: www.extra.globo.com


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O ciclo das enchentes


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Blumenau

Outubro de 1911

Crédito: Adalberto Day


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Blumenau

Setembro de 2011

Fonte: /www.blumenau.sc.gov.br
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Blumenau

65 mortos

Novembro de 2008

Em SC: 135 mortos e 1.500 desalojados

Fonte: Zero Hora - Blog de Francisco Paulo Sant'Ana


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Blumenau

2012

Em cidades ribeirinhas a bacias maiores que 1.000 km2


ocorrem enchentes a cada 1 a 3 anos.*

Foto: /www.clicrbs.com.br/anoticia/jsp/default.jsp?uf=2

*Fonte: Palestra Prof Kamel Zahed et Rubem La Lina


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As funções primárias de um curso d’água e de sua


várzea associada são a coleta, armazenamento e
veiculação das vazões de cheias.
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Ocupação Urbana de Várzea

*Fonte: Palestra Prof Kamel Zahed et Rubem La Lina


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PRINCÍPIOS
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A função drenagem
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Uma definição de drenagem:

Remover o excesso d’água de um local.


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Drenagem urbana = Drenagem pluvial

Conjunto de medidas que visam atenuar


riscos decorrentes de inundações.

Riscos: do desconforto à perda de vidas


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Obra
de
drenagem
controlar a energia controlar o fluxo
http://pedraapedra.weblog.com.pt/ http://aguapublica.no.sapo.pt/inicio.htm
arquivo/2005/03

na dimensão correta ou não controlar


http://nemtudooquesobe.blogspot.com/ http://notasoltasnumaceno.blogspot.com/
2008/06/mos-de-gua-fresca.html 2009/08/pus-o-meu-sonho-num-navio.html
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ÁGUA
HIDROLOGIA
VAZÃO

CONTROLE
HIDRÁULICA
DISPOSITIVO
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Responsabilidade pela drenagem


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A drenagem urbana, de entendimento comum, é a do sistema


inicial de drenagem: das sarjetas, bocas-de-lobo e galerias.
Ela é pouco diante da verdadeira drenagem urbana.

Ordens da drenagem urbana (obras):


MINI - Cidadão - Drenagem de lote (Ex: Lei das piscininhas*/SP/2002).
MICRO - Município - Drenagem Urbana – dispositivos padrão
(álbuns, normas e manuais municipais) - obras Contém a MINI

MACRO - Município - Drenagem Urbana


- reservatórios, grandes galerias e canais emissários. Contém a MICRO

MAXI - Estado/Federação - Drenagem de grandes bacias


– barragem, transposição Contém a MACRO

* A imper. > 500m2 => V = 0,009 x A imper.


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A vulnerabilidade
da sociedade
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Segundo a Secretaria Nacional de Defesa Civil (1997)

“Num exame retrospectivo, constata-se que, após


muitas décadas de esforço, foram poucos os avanços
alcançados na redução das vulnerabilidades da
sociedade brasileira aos desastres, mesmo contra aqueles
de natureza cíclica e de caráter sazonal, como as secas,
as inundações e os escorregamentos de solo.
Dentre as vulnerabilidades culturais da sociedade
brasileira destacam-se o deficiente senso de percepção
de risco, o fatalismo e o conformismo.”
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Com 29,81 m, enchente em Manaus é a maior em 110 anos, 17/05/2012

Mai / 2012
Bairro da Glória / Manaus/AM

FONTE: http://noticias.uol.com.br/album/2012/03/15/chuvas-pelo-brasil.htm?abrefoto=135
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Todo tipo de detritos, materiais, lixo como plásticos, latas,


garrafas pets e até animais mortos (cachorro e gato) são
encontrados na tubulação e bocas de lobo, o que atrapalha o fluxo
das águas das chuvas.
No inicio de 2010, parte da Vila Leme foi tomada pelas enxurradas
que invadiu casas, derrubou muros e levou carros.

22 de março de 2011
Crédito: Jorge Finelli Fonte: www.paranapanema.sp.gov.br
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Salvador/BA
Os muros das edificações confinaram o leito do rio restringindo as condições
de escoamento. Foi construído um pontilhão no meio da seção do rio que
estrangula o fluxo. Um morador indica o nível da enchente de Dez/2006.

Crédito: Edgar Álvares Neto, Problemática da Drenagem em Salvador


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EVENTO MORTOS DESAPAR. Data OBS

Enxurrada RJ +900 137 Jan / 2011 Região Serrana


Terremoto Chile 521 56 Fev / 2010 8.8 escala Richter

Crédito: Isabela Bastos


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Enxurrada – Região Serrana RJ


- um ano depois -

Teresópolis / RJ 11/01/2012
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A drenagem moderna
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Princípios da Drenagem Urbana moderna

a) Não transferir impactos para jusante;


b) Não ampliar cheias naturais;
c) Propor medidas de controle para o conjunto da bacia;
d) Legislação e Planos de Drenagem para controle e orientação;
e) Constante atualização de planejamento por estudo de horizontes
de expansão;
f) Controle permanente do uso do solo e áreas de risco;
g) Competência técnico-administrativa dos órgãos públicos
gestores; e
h) Educação ambiental qualificada para o poder público, população
e meio técnico.

Fonte: Tucci e Genz, 1995


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Medidas de controle
de inundação
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Medidas não-estruturais de controle:


a) Preventivas (o poder público se antecipa ao problema)

i. correto zoneamento do município (regulamentando o uso do solo);


ii. escolha de locais para parques, áreas de recreação, lazer e
contemplação junto a várzeas, mananciais, cursos e reservatórios
naturais d’água (para receber inundações periódicas);
iii. lei de parcelamento, ocupação e uso do solo (restrições às áreas
inundadas – fixação de cotas máximas de ocupação);
iv. políticas públicas de preservação de matas ciliares de cursos d’água e
mananciais (favorecendo o amortecimento de enchentes e a
capacidade da calha de um rio);
v. compra de áreas inundáveis
vi. restrição à expansão do serviço público;
vii.controle de redes de água e esgoto;
viii.programas de informação e educação;
ix. sistemas de previsão e alarme; e
x. seguro contra inundações.
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Medidas não-estruturais de controle:


b) Corretivas

i. plano de reurbanização e recuperação de áreas deterioradas;


ii. desapropriação de áreas freqüentemente inundadas (relocações e
deslocamentos de população);
iii. construções à prova de inundações;
iv. ajustes de ocupação graduais; e
v. ações de defesa civil.
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Medidas estruturais de controle:

Obras de engenharia
(Alterar o escoamento das águas)
I. Aumento da condutividade hidráulica
II. Retenção temporária das águas
• Em bacias (reservatórios)
• Na calha do curso d’água
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Estruturação de um
Plano Diretor de Drenagem
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Plano Diretor de Drenagem


Informações necessárias
TIPO INFORMAÇÃO
rede pluvial
Cadastros bacias hidrográficas
uso e tipo de solo das bacias
Plano de desenvolvimento urbano da cidade
Plano de saneamento ou esgotamento sanitário
Planos
Plano de controle dos resíduos sólidos
Plano viário
Leg. municipal relacionada com o Plano Dir. Urbano e meio ambiente
Aspectos Legislação estadual de recursos hídricos
institucionais Legislação federal
Gestão da drenagem do município
precipitação
Dados vazão
hidrológicos sedimentos
qualidade da água do sistema de drenagem
Fonte: Tucci, 2002
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Esquema de estrutura de Plano Diretor de Drenagem Urbana

Adaptação: Silveira, 2002


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Cheia de projeto
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Cheia de projeto

Um valor de vazão que tenha pouca


probabilidade de ser igualada ou superada
pelo menos uma vez dentro da vida útil da obra
(BERTONI; TUCCI, 2004).
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[...] cheia de projeto está associada a um Período de Retorno


(Tr) que é o tempo médio em anos que o evento é igualado ou
superado pelo menos uma vez.

“Tr representa o risco a ser assumido no dimensionamento de uma obra


hidráulica. Vincula ao empreendimento o grau de segurança que se
deseja proporcionar [...]”.

Fonte: DAEE, 2006


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Tempo de Recorrência (TR )


(Período de Retorno)

Fatores técnicos e econômicos básicos ao determinar TR


(anos)
- Tipo, importância e segurança da obra
- Categoria da via (Expressa, local, etc)
- Estimativa de custos de restauração
- Estimativa de outros prejuízos por descarga maior
- Comparativo de custos para a obra para diferentes TR (anos)
- Risco para vidas humanas face a acidentes
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Tempo de Recorrência (TR)


em área urbana
Tipo de Obra Tipo de ocupação TR
(anos)

Residencial 2
Comercial 5
Área com edifícios serviço
5
Microdrenagem público
Aeroportos 2-5
Áreas comerciais e arteriais de
5 - 10
tráfego
Áreas comerciais e Residenciais 50 - 100
Macrodrenagem
Áreas de importância específica 500
Fonte: CETESB/DAAE - 1980
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Sistema de Microdrenagem
( Sistema Inicial de Drenagem )

A parte do sistema urbano de drenagem que deve afastar


as águas de escoamento superficial resultante de uma
chuva* intensa de período de retorno de até 10 anos,
dependendo do tipo de ocupação da área.

A microdrenagem inclui:
 Sarjetas
 Sarjetões
 Galerias (D ≤ 1,5m) (bocas coletoras)
 Drenos (pavimento e profundo)
 Caixas (poços de visita)

* também chamada de chuva inicial de projeto


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Sistema de Macrodrenagem

É a parte de um sistema urbano de drenagem que deve


afastar as águas de escoamento superficial resultante da
chuva máxima de projeto de período de retorno + 25 anos.
A macrodrenagem inclui:
 a microdrenagem;
 o leito das ruas;
 reservatórios;
 os condutos receptores ou coletores finais
(rio, corrego, canal ou galeria com D* > 1,5m);
 toda a bacia onde se insere a área urbana a drenar.
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RIOS
Leito menor: onde a água
escoa na maioria do tempo

Leito maior: que é inundado


com risco geralmente entre
1,5 a 2 anos .

Várzea
+ 25 anos .

O impacto maior devido a inundação ocorre quando a população ocupa o


leito maior do rio, ficando sujeita a inundações freqüentes.
Adaptação: Tucci, 2002
Efeito da Urbanização no Comportamento Hidrológico

Crédito: UNB, Prof Oscar de Moraes Cordeiro Netto


Efeito da Urbanização no Escoamento Superficial

Hidrograma
(hipotético)

 Aumento da vazão média de cheia


 Redução do tempo de concentração
Motivo: aumento das áreas impermeáveis e
canalizações
Crédito: UNB, Prof Oscar de Moraes Cordeiro Netto
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Não se pode desprezar opiniões de especialistas e negligenciar sobre a


questão do aquecimento global do planeta. Segundo Budweg (2001):

Um destes efeitos poderá ser uma defasagem gradativa


das estações de cheia e de estiagem, com períodos
prolongados ou extremamente curtos de seca e de chuva
e ocorrência de calor ou frio excessivo fora de época.
Uma das conseqüências disso seria o aumento da
duração e do pico das cheias. Enquanto alterações da
vazão afetariam principalmente a viabilidade
operacional e econômica do reservatório, aumento das
cheias iria ameaçar a segurança hidrológica e, assim, a
estabilidade de barragem.
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Chuvas no Rio de Janeiro de 06/04/2010 – A pior da História


Nas 32 estações do sistema AlertaRio as chuvas de 24 hs (encerrada às
18:11) foram superiores à média histórica para todo o mês de abril, de 90 mm

06/04/2010 Jardim Botânico


Fonte: Futura Press e G1
Estação Volume de chuva em 24 horas ( milímetros)*
Vidigal 351,2
06/04/2010 Jardim Botânico 292,2

Tijuca 263,4

Fonte: Fundação Instituto de Geotécnica do Municípío do Rio de Janeiro


Copacabana 218,4

Ilha do Governador 185,4

Urca 177,4
Recreio dos Bandeirantes 174,4

Madureira 140,6

Campo Grande 126,2

Av. Brasil 116,8

Guaratiba 102
Volume médio histórico para todo o mês de abril 90

Considerando as 24h encerradas 18h11 Dado em 17h11


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Evolução dos desastres naturais (ISDR, 2005)

2500
Biológico

2000 Geológico
média de eventos

Hidrometeorológico
1500

1000

500

0
1880 1900 1920 1940 1960 1980 2000
década

ISDR - International Strategy for Disaster Reduction - ligada à ONU


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Inundação admissível nas ruas


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Inundação Máxima Admissível nas Ruas


Microdrenagem Macrodrenagem
Chuva inicial de projeto Chuva máxima de projeto
Tipo(1)
TR = 10 anos TR = 25 a 50 anos
transitar pessoas e veiculos preservar vidas e propriedades

EXPRESSA Nenhuma (5)


Na crista, até 15 cm para
permitir passagem de socorro
ARTERIAL(2) Preservar uma faixa por sentido de emergência

COLETORA(3) Preservar uma faixa por direção


(5)
LOCAL(4) Até a crista da rua
(1) Conforme o Código de Trânsito Brasileiro
(2) Grandes Avenidas
(3) Principal e avenidas
(4) Secundária
(5) Em todos as ruas:
1) Residências, edifícios públicos, comerciais e industriais não devem ser atingidos, a menos que sejam
a prova de inundação.
2) A profundidade da água na sarjeta não deve exceder 45 cm.
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Microdrenagem

LOCAL COLETORA

ARTERIAL

EXPRESSA
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Resultados de uma drenagem urbana


adequada
 Controlar erosão

 Proteger o pavimento

 Reduzir o transporte de sedimentos


(evitar o assoreamento de recursos hídricos)

 Preservar recursos hídricos

Melhorar o bem estar e a saúde da população


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SEÇÕES TÍPICAS
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Seção tipo: ruas


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Tipos de vias
Zona Norte

Zona Oeste

Área Pública

Via Arterial

Escola
Bairro B
1º grau

Via Local
Área
Comercial

Via Coletora

Bairro C
Zona Sul
Adaptação: Mascaró, 2005
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Uma seção de via local


Com calçada ideal

Adaptação: Mascaró, 2005


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Uma seção de via coletora


Com estacionamento paralelo à calçada

mão única ou dupla

Adaptação: Mascaró, 2005


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Uma seção de via arterial sem canteiro


Com estacionamento paralelo à calçada

mão única

Adaptação: Mascaró, 2005


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Uma seção de via arterial com canteiro


Sem estacionamento

mão dupla

Adaptação: Mascaró, 2005


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Medidas referenciais
vias em São Paulo / SP
Medidas Via
mínimas Arterial Coletora Local
(m) Expressa
1ª Cat 2ª Cat 1ª Cat 2ª Cat 1ª Cat 2ª Cat

Largura
33 30 26 16 12 11
(com calçada) Projeto
específico
Cada Calçada para 4 4 3,5 3 2,5 2
Lateral cada
caso
Canteiro Central 6 4 3 - - -
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Declividades referenciais para ruas


- Drenagem -
A via urbana funciona como um canal d’água.
Declividade acima de uma mínima para que escoe facilmente e
declividade abaixo de um máximo para evitar erosão.

Declividade (%)
Tipo de pavimento Mínima Máxima
Concreto de cimento moldado “in loco” e acabado com cuidado 0,3 a 0,4 10 a 20
Asfalto com guias e sarjetas pré-moldadas 0,4 a 0,5 10 a 20
Blocos articulados de concreto ou paralelepípedos regulares 0,5 a 0,6 8 a 12
Pedra irregular acomodada a mão 0,6 a 0,8 8 a 12
Pedrisco sem penetrar 0,6 a 0,8 6a8

Fonte: Mascaró, 2005


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O traçado de ruas nos loteamentos

O desenho “a” é incorreto


pois cria problemas de
declividade para as ruas e
para os lotes.

Esta é a mesma regra na


formação de alamedas na
agricultura.

Fonte: Mascaró, 2005


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Declividades referenciais para ruas


- Trafego -
Declividades máximas recomendáveis
Tipo de via
(%)
Arteriais 5
Coletoras 7
Locais 15
Interiores de lotes 20

Acima de 5% dificulta o tráfego de veículos.


São admitidas apenas em vias secundárias.

Fonte: Mascaró, 2005


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Seção-tipo
Sarjetas
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Tipos de sarjetas e alturas de


lâmina d’água
Altura Yo (cm)
Greide Sarjeta Largura do alagamento
longitudinal padrão na sarjeta (m)
(i) indicada 1,67 2,17
i > 16% A 5,0 5,0 + 1,5
16% ≥ i ≥ 0,5% B 11,0 11,0 + 1,5
i < 0,5% C 16,0 16,0 + 1,5

Padrão SUDECAP –BH/MG


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(BH)
i > 16%

16% ≥ i ≥ 0,5%

i < 0,5%
Padrão SUDECAP –BH/MG
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Seção-tipo
Bocas coletoras
BOCA COLETORA SIMPLES
(caixa sob calçada)
LATERAL

Fonte: Álbum de Projetos Tipos de Dispositivos de Drenagem – DNIT, 2011


BOCA COLETORA SIMPLES

Valores típicos de “a”: 2,5 a 7,5 cm


BOCA COLETORA COM GRELHA
(caixa sob sarjeta)
DE CONCRETO

Fonte: Álbum de Projetos Tipos de Dispositivos de Drenagem – DNIT, 2011


L0 : menor extensão que coleta todo o escoamento que passa na
transversal da grelha;
L’ : menor extensão que coleta todo o escoamento que passa por fora
da grelha;

W : largura da grelha, inferior a 2/3 de w0 (faixa de inundação)

Fonte: Prof. Nelson Amanthea / Universidade Estadual de Londrina (2006)


BOCA COLETORA COMBINADA
LATERAL E GRELHA

Fonte: Álbum de Projetos Tipos de Dispositivos de Drenagem – DNIT, 2011


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Boca Coletora com Grelha de Concreto


(Tipo B)

Fonte: www.tecnoartpremoldados.com.br
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Não se conhece pesquisa sobre durabilidade


de Grelha de concreto

Foto: Marcos Jabôr

Crédito: Renata de Souza Duarte, BH, 2007


LOCALIZAÇÃO

 Intermediária
Ao atingir a capacidade máxima admissível da sarjeta.
(ao longo da sarjeta, em trechos contínuos de mesma declividade)

De cruzamento
Para evitar que o escoamento cruze a via transversal
(na esquina do quarteirão e antes da faixa de pedestres)

 De ponto baixo
Nas inversões de declividade.
(deve captar 100% da vazão, com folga).
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Particularidades
Boca Coletora Simples (Lateral)
A mais usada
Capacidade depende da mudança de direção do escoamento
Obstrução por detritos menos freqüente que em grelha

Boca Coletora com Grelha


Fácil obstrução por detritos das enxurradas
Depressão causa transtornos ao tráfego
Mais comprimento é mais eficiente que mais largura
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Subsolo de vias
Galerias
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Subsolo de ruas - galerias

• No subsolo também
é importante utilizar
regras na instalação
dos serviços de infra-
estrutura para evitar
o caos e possíveis
acidentes.

Adaptação: Mascaró, 2005)


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Subsolo de ruas - galerias

Adaptação: Mascaró, 2005


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Subsolo de ruas - galerias


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Subsolo de ruas - galerias

Esquema do que seria um sistema de galerias visitáveis


Fonte: Mascaró, 2005
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Calçadões e vias sem saída

No centro da cidade ocorre um conflito:

• Grande quantidade de canalizações que


necessitam de manutenção freqüente
• Pavimentação nobre, que não pode ser quebrada

Uma solução:
 Criação de duas galerias superficiais (uma de
cada lado da via)
 Implantação de tubulações de passagem
(disponíveis a cada 15 ou 20m)
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Galerias de baixa altura, visitáveis por cima

Vista da rua Lavalle, em Buenos Aires

Fonte: Mascaró, 2005


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Vista da rua Lavalle, em Buenos Aires

Fonte: http://www.virtualtourist.com
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CONCLUSÃO
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Existem profundas relações interativas entre:

1. o desenvolvimento sustentado e responsável


2. a proteção ambiental
3. a redução dos desastres
4. o bem-estar social

Fonte: www.defesacivil.mg.gov.br : Conceito de Segurança Global da População


ABPv Drenagem de Ruas: princípios e seções típicas 18ª RPU
REFERÊNCIAS:
DAEE / CETESB – Drenagem Urbana, Manual de Projeto, 2 Edição, agosto de 1980, São
Paulo
BIDONE, F. R., TUCCI, C.E.M. Microdrenagem. In : Tucci, C.E.M., Porto, R.L., Barros, M.T.
(Org.). Drenagem Urbana. Porto Alegre: Editora da Universidade, 1995. p. 77-105.
BELO HORIZONTE / Prefeitura Municipal. Lei no 7.166, de 27 de agosto de 1996. Do
parcelamento, ocupação e uso do solo. Belo Horizonte, 1996.
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