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Centro Federal de Educação Tecnológica – Campus II

Roteiro práticas de Física Experimental II

Velocidade do som em metais

INTRODUÇÃO

A propagação de ondas mecânicas em um meio material dá-se pela transmissão de vibrações das
partículas constituintes do meio, produzidas pela fonte geradora da onda. Quando a vibração é paralela à
direção de propagação, a onda e chamada de longitudinal. O som é um exemplo de uma onda mecânica
longitudinal. Diz-se que uma onda é transversal quando produz vibrações perpendiculares à direção de
propagação. Além de ondas longitudinais e transversais, perturbações mecânicas em um sólido podem
produzir, também ondas de torção.
As propriedades do meio que determinam a velocidade de propagação de uma onda mecânica são a
inércia e a elasticidade. A elasticidade do meio dá origem a forças restauradores, e a inércia determina como
o meio responde a tais forças. Em um sólido, a velocidade de propagação de pulsos longitudinais é dada
por

Onde é o módulo de Young, que caracteriza a elasticidade, e é a densidade , que caracteriza a inércia do
meio. A tabela 1 mostra valore de e .

Tabela 1 Módulo de Young, densidade e velocidade do som para alguns metais (Incertezas são menores que 10 %).

Material Y (1011N/m2) (103kg/m3) (km/s)


Alumínio 0,70 2,70 5,10
Cobre 1,25 8,96 3,56
Ferro 2,06 7,86 5,13
Aço 2,00 7,81 a 7,90 5,13
Latão 0,90 8,44 a 8,60 3,30

Neste experimento, pretende-se medir a velocidade de propagação do som em barras metálicas.


Arremessando uma barra contra uma superfície rígida observa-se que ela é arremessada para trás
permanecendo um certo tempo em contato com essa superfície. O tempo de contato depende da velocidade
com que um pulso de compressão do material da barra percorre sua extensão do ponto de colisão até a
outra extremidade onde é refletido voltando ao ponto de contato onde, restabelecendo seu tamanho
natural, exerce uma força sobre a superfície.
Sendo o comprimento da barra e o intervalo de tempo em que esta fica em contato com o piso, a
velocidade do pulso é dada por

Obs. O tempo necessário para um pulso percorrer uma barra metálica de comprimento da ordem de 1m é
menor que um milésimo de segundo. Como cronômetros convencionais não são adequados para se medirem
tempos dessa ordem, um outro tipo de “ relógio” utilizado para medir o tempo deve ser empregado.
Nesse caso, o “ relógio” utilizado será baseado na descarga de um capacitor num circuito RC.
PARTE EXPERIMENTAL

Objetivos
 Determinar a velocidade de propagação de um pulso longitudinal em barra de metal.

Material Utilizado
 Fonte de tensão contínua, capacitor eletrolítico, resistor, computador, interface de coleta de dados,
barra metálica e trena.

PROCEDIMENTOS
A montagem utilizada nesta experiência está mostrada, esquematicamente, na Figura 1. Ligando-se
momentaneamente a chave S o capacitor se carrega até atingir a voltagem V0 da fonte. A cada contato da
barra com a base o capacitor se descarrega através do resistor R, durante o tempo que permanecem em
contato.
A tensão elétrica no capacitor é registrada em um gráfico pelo coletor de dados mostrando as descargas de
cada contato.

Neste experimento, devem ser tomados os seguintes cuidados:


 Observe a polaridade do capacitor eletrolítico antes de ligar a fonte ( fio maior – positivo).
 Ajuste a tensão da fonte para zero volt e aumente-a gradativamente até o valor de 5V nos terminais
do capacitor.
 Desligue a fonte do circuito e registre pela curva de descarga do capacitor o tempo crítico de
descarga (R.C)
 Volte a carregar o capacitor.
 Ao lançar a barra cuide para que a força seja o suficiente apenas para que ela bata e volte, sem
exagero.

Base

Barra

Barra

Figura 1 – Diagrama esquemático da montagem, mostrando o circuito utilizado


para medir o tempo de contato entre a barra e a base. Com a chave S fechada o
capacitor é carregado, em seguida desliga-se a chave e o capacitor é
descarregado a cada contato entre a barra e a base.

 Atingida a tensão de 5V nos terminais do capacitor inicie a coleta de dados pela interface realizando
pelo menos 4 colisões entre a base e a barra.

 Faça um esboço qualitativo do gráfico que representa a tensão no capacitor em função do tempo.
Observe a queda de tensão que ocorre sem haver contato da barra com a base e a flutuação na
indicação do voltímetro.

 Faça, com os valores obtidos, um gráfico de Vf versus e Vi referente a cada degrau de descarga do
capacitor. Com base nesse gráfico determine o tempo de contato da barra com a base e a
velocidade de propagação do pulso com suas respectivas incertezas. Compare os resultados
obtidos com os valores apresentados na Tabela 1. Avalie as possíveis causas de erros neste
experimento.

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