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Esse material foi traduzido para fins de estudo histórico – uma vez
que é difícil encontrar materiais sobre o assunto em nosso idioma que
sejam neutros e/ou fiéis aos originais. Não demonstramos interesse
em apoiar o conteúdo do mesmo, e nem de fazer apologia a
movimento de nenhum cunho, seja ele qual for. Assim como não
demonstramos em nenhum momento sermos favoráveis a nenhum
dos termos ou textos aqui contidos.

Janeiro de 2014

1
NOTA DE TRADUÇÃO

O presente material é uma tradução fiel dos documentos avulsos enviados pelo Varg
para o portal “Burzum.org”. Os textos aqui presentes são todos de autoria do autor (Varg
Vikernes) e disponibilizados gratuitamente para leitura e divulgação pelo portal citado. Mesmo
assim, solicitamos autorização junto ao portal para traduzir e divulgar o material.

O presente material traduzido já se encontrava pronto a pelo menos dois anos,


porém estava “abandonado”. A retomada dos trabalhos se deu na reedição dos textos e
readequação do formato.

De qualquer modo, os textos que seguem são curtos e de rápida compreensão.


Novamente Varg expõe uma visão bem singular do panteão nórdico e suas estórias. Não
necessariamente pode-se considerar que concordamos com o que aqui estiver exposto, como
já falado, é uma visão singular do próprio Varg. O presente material não é recomendado para
todos.

2
ÍNDICE

UMA INTRODUÇÃO PARA UM CONTO DE BARDO ........................................................................ 4


PARTE I – O ANEL DE ANDVARI ..................................................................................................... 5
PARTE II – REFÚGIOS VERDES........................................................................................................ 7
PARTE III – O DEUS BRANCO ......................................................................................................... 8
PARTE IV – HEIMDALLRR ............................................................................................................... 9
PARTE V – LOKI ............................................................................................................................ 11
PARTE VI - A RODA GIRATÓRIA ................................................................................................... 13
PARTE VII - PROGRESSO .............................................................................................................. 14
PARTE VIII - RELIGIÃO OU RAZÃO................................................................................................ 15
PARTE IX - O VISCO ...................................................................................................................... 17
PARTE X ....................................................................................................................................... 19
PARTE XI - PÉROLAS AOS PORCOS............................................................................................... 20

3
UMA INTRODUÇÃO PARA UM CONTO DE
BARDO

Meu plano era de ir para casa em abril de 2006, parar de escrever artigos como
este e em vez disso concentrar em viver minha vida. O departamento de justiça na Noruega,
por outro lado, tinha outros planos, e por meios ilegais eles me deram mais dois anos para
servir. Então eu continuarei a escrever depois de tudo, e dividir meus pensamentos sobre o
paganismo e também outros assuntos. Eu dificilmente irei incomodar alguém com meus
artigos, pois, somente aqueles que os recebem irão lê-los em primeiro lugar, e para mim eles
são importantes. Eu preciso ser criativo e conseguir uma saída para minha criatividade, ou
senão eu irei perder minha cabeça.

Eu estou em um ambiente estéril, vazio de qualquer incentivo intelectual, e as


autoridades fazem seu melhor para reprimir toda atividade cerebral, mas eu espero que o meu
conto de bardo não seja muito marcado por isso.

Varg Vikernes
16.09.2006 (Tromsø, Noruega)

Cui Bono?
(Quem se beneficia?)

4
PARTE I – O ANEL DE ANDVARI

“O Senhor dos Anéis” é um livro fascinante em mais de um jeito. O inglês de


Tolkien é fantástico e a história é bonita, mas há mais que apenas isso. É uma história baseada
em um antigo mito escandinavo sobre um elfo negro (ou anão) chamado Andvari
(“pensamento cuidadoso”, “espírito de emergência”).

Uma vez Andvari nadava em um rio para pegar peixes quando viu alguma coisa
brilhar e reluzir no chão do rio, ele viu o ouro das ninfas do rio (ou elfas). Andvari estava ainda
mais afeiçoado as ninfas do rio quando as viu, mas elas gracejaram e zombaram dele por ele
ser feio: suas pernas eram tortas e sua pele enrugada e escura. Ele nadou atrás delas e as
perseguiu durante um longo tempo, mas falhou em capturar uma delas. Ele ficou mais e mais
furioso, e no final agarrou seu ouro. As ninfas imploraram para retornar o ouro a elas, e
quando ele recusou, elas até ofereceram prazeres carnais. Andvari apenas gritou para elas: “Eu
não quero nem vós e nem vossa graça. Eu renuncio o amor! E juro em frente aos deuses que o
ouro e o poder que ele me dará serão meus únicos amores”. Com a ajuda de magia ele forjou
um anel com o ouro das ninfas. Esse anel mágico deu a ele o comando de todos os elfos negros
e com ele, Andvari podia fazer pepitas de ouro, quantas ele quisesse – e ele fez toneladas
delas. Ele viveu assim por um longo tempo, fez dos outros elfos negros seus escravos e encheu
suas cavernas com ouro.

Então um dia veio Loki1 (“tampa”, “fim”, “tranca”), ele tinha emprestado a rede
de Rán ( “roubo”, “pilhagem”), deusa das ondas, que costumava usar para pegar marinheiros
infelizes. Ele viajou para os escuros reinos subterrâneos de Andvari; através de túneis úmidos,
labirintos escuros e salas sombrias, até ele chegar a uma grande caverna sobre a Terra. O teto
era suportado por enormes pilares de pedra, e os cantos eram escuros e sombrios. Nesta
enorme caverna Loki encontrou uma grande piscina. Ele jogou a rede de Rán na piscina e
apanhou Andvari, que estava escondido lá. Loki o segurou pelo pescoço e ameaçou matá-lo se
ele não desse todo seu ouro. Andvari o fez, mas tentou esconder o anel mágico de Loki. Ele
falhou e Loki exigiu que entregasse o anel também. Andvari implorou a Loki para poder ficar
com seu precioso anel, e quando ele recusou Andvari amaldiçoou o anel: ele deveria a partir
de então trazer a morte a seu dono. Loki riu dele, ele não se importava de ter uma maldição no
anel, pois ele não pretendia ficar com ele para si de qualquer maneira. Ele deveria dá-lo, junto
de todo o tesouro de Andvari, para Hreidmarr (“ninho do mar”) para libertar Odin (“espírito”,
“pensamento”, “fúria”) e Hoenir (“fascinação”, “sedução”), que Hreidmarr mantinham presos.

O pobre Andvari, o Gollum (e até mesmo Sauron também) dos livros de Tolkien, é
mentalmente aleijado pelas belas ninfas do rio. Ele é completamente engolido pelo seu ódio
aos elfos e perfeitamente seduzido pelo poder da riqueza.

Com o anel de ouro ele mantém o comando sobre os elfos negros, porque assim
como ele, são escravizados pelos seus desejos pelo ouro. Ele pode pagar eles com ouro para
servi-lo. Isso só funciona nesses anões, pois eles são espiritualmente fracos o suficiente para
serem seduzidos pelo ouro.

Com seu ouro ele poderia sempre gerar mais ouro – através de comercio e
investimento – mas não se Loki tirar até mesmo sua última pepita de ouro. Precisas de
dinheiro para fazer dinheiro.

1
Traduções provenientes do antigo Indo-Europeu “Luk”.

5
Andvari colocou uma maldição não em Loki, mas no próprio ouro: todo homem
que gananciosamente pegá-lo, sofrerá uma morte infeliz.

Cada um que a partir de então possui o ouro, o anel amaldiçoado, é morto. Loki o
trás para Hreidmar, que logo é morto pelos seus dois filhos, Regin (“poder”) e Fafnir
(“munificente”). Seus dois filhos também são mortos brutalmente. No final da historia, Sigurd
– Siegfried (“passado vitorioso”) – fica com o anel, após matar Fafnir, que se transformou num
dragão para melhor protegê-lo, mas é claro que ele também teve que pagar com sua vida. A
sede irracional pelo ouro significa a ruína para todo homem. Tal é a maldição da ganância.

“Tolkien baseou sua história sobre “O Hobbit” e “O Senhor dos Anéis” nesse mito
escandinavo, e é claro, também o fez Richard Wagner quando escreveu sua obra sobre “O Anel
dos Nibelungos”, e talvez isso seja tudo que Tolkien quis nos mostrar com seus livros: abraçar a
verdadeira beleza de nosso mundo e se livrar da vazia e autodestrutiva fraqueza como a
ganância!? Se não nós iremos todos terminar como os cruéis, repugnantes e covardes Orcs (ou
elfo negro): não necessariamente fisicamente, mas espiritualmente e mentalmente.

Varg "Gimlé" Vikernes


26.08.2006 (Tromsø, Noruega)

Auri sacra fames


(A fome vergonhosa pelo ouro)

6
PARTE II – REFÚGIOS VERDES

A fantástica Terra-Média de Tolkien é habitada por todos os tipos de criaturas


conhecidas da mitologia, e o nosso mundo real não é diferente. Nós vivemos em um mundo
cheio de odiosos, cruéis e repugnantes orcs e gananciosos anões, todos dedicados à destruição
do nosso verde e fértil mundo. Eles se parecem com humanos, todos eles, mas eles têm a
mente dos elfos negros; mentes aleijadas e torcidas. Embora, nós também vivemos entre
homens e “hobbits”; criaturas inocentes, fracas e miseráveis, tentando desesperadamente
fazer o que é certo. Felizmente muitos deles também têm sucesso; aqui e ali nós podemos
perceber um elfo andando entre nós, uma pessoa cuja vontade – quando ele ou ela morre-
sobrevive das chamas purificantes de Hel e retorna não menor ao nosso mundo.

Como no mundo mágico de Tolkien, nossos elfos não florescem e desabrocham


entre homens comuns, e assim como os elfos negros os evitam, eles evitam os elfos negros e
suas assustadoras e enfadonhas cidades também. Como todas as criaturas, eles procuram a
companhia daqueles que são iguais a eles. “Pássaros da mesma espécie rebanham juntos”.

Na Terra-Média de Tolkien, os elfos procuraram refúgio da decadência do mundo


e corrupção em vastas florestas; escuras e perigosas. Eles construíram belos santuários,
paraísos verdes onde eles podiam cultivar a beleza do mundo, sem serem incomodados – ao
menos por algum tempo – pelo comportamento autodestrutivo dos homens e dos orcs. Os
elfos ao nosso redor são aqueles que fazem o mesmo. Eles se negam a deixar-se sujar com a
imundice do mundo moderno, e em vez disso retornam para onde todos nós viemos, a Mãe
Natureza!

Então, meu caro leitor, se ouvires o chamado da floresta, e sentir o desejo de


abraçar as árvores ao invés de postes com lâmpadas na cidade, então talvez estejas te
tornando uma criatura mais bondosa... E se prestares atenção neste chamado divino, do
Paraíso e da Terra, tenho certeza que tua mente é tão bela como a dos justos e nobres elfos de
Tolkien.

Abençoados vós todos, belos elfos. Eu espero seguires um dia, nas sobras das
velhas florestas.

Varg “O Inconsolável” Vikernes.


27.06.2006 (Tromsø, Noruega)

Modus Vivendi
(Um modo de vida)

7
PARTE III – O DEUS BRANCO

Era uma vez Odin (Svarog), o pai celestial, que ordenou seu filho, Heimdallr
(Belobog/Kolada), para criar uma digna raça de homens. Criaturas humanoides sempre
existiram, assim como também vermes, anões ou gigantes grotescos; mas eles eram de pouco
ou nenhum uso para Svarog. Ele precisava de uma raça melhor de homens, para ajudar ele a
proteger o cosmos (ordem, beleza) na contínua guerra contra o caos (vazio).

Heimdallr deixou o Paraíso e na Terra ele criou uma raça humana conhecida como
os parentes de Thrall. Os Thrall tinham peles escuras e enrugadas, faces feias, costas curvadas,
narizes tortos e longos calcanhares. Não satisfeito com o resultado ele continuou em sua
missão e logo ele havia criado outra raça humana, conhecido como a família dos Homens
Livres. Os homens livres tinham faces vermelhas, cabelos marrons vermelhados e olhos
vigilantes. Ainda não satisfeito, ele continuou com sua missão e fez uma terceira raça humana,
conhecida como a família Nobre. Os nobres tinham cabelos loiros, pele clara e olhos claros tão
afiados como os de um dragão.

Finalmente Odin estava feliz e ordenou a Heimdallr que voltasse para a Terra e
ensinasse sobre as runas (sabedoria e conhecimento) para os nobres – e ele o fez. Heimdallr
então colocou seu trono sobre o Polo Norte, entre o Paraíso e a Terra, para ser capaz de
observar seus filhos mais nobres. De La ele podia ver e ouvir tudo que acontecia na Terra, e
todo ano ele visitava seus filhos, no Solstício de Inverno, para recompensar os bons com
presentes e advertir os outros.

Assim termina a história de como o Deus Branco criou os homens, e porque


somente a nobreza da humanidade, a raça Nórdica (Europeu), é permitida sentar ao lado de
Odin na mais santa das salas no Paraíso.

Varg “O Branco” Vikernes


04.09.2006 (Tromsø, Noruega)

“Cada gato na sua linhagem”

8
PARTE IV – HEIMDALLRR

Heimdallrr é um dos mais enigmáticos de todas as divindades Escandinavas. Ele é


tão misterioso que os chamados “experts” de diferentes universidades não sabem quase nada
a respeito dele. Eles não podem nem sequer imaginar o que seu nome significa, e eu não posso
culpá-los; seus segredos me iludiram durante um bom tempo também.

A percepção comum é que o nome Heimdallrr se traduziria como “casa-vale” ou


"mundo-vale” (Heimdallr2 em Norueguês), mas isso não faz sentido em nenhum contexto.
Mas em 1998 eu vim com uma tradução diferente; Heimdallrr do Germânico Haimaþellar,
significa “contador-de-casas” ou “contador-do-mundo”. Essa era a lógica, ou pelo menos isso é
o que ele fazia quando ele observa os seus filhos em seu trono no Polo Norte. No entanto
ainda é uma teoria bastante pobre.

Diferente dos chamados experts das universidades, eu tenho imaginado que


Heimdallrr é o mesmo que Hermöðr (representante de Odin). Nos Eddas podemos ler que
Heimdallrr uma vez “desceu até o guardião da ponte de Hel para resgatar Iðunn” quando ela
foi raptada por um gigante e mantida prisioneira no submundo. A fim de resgatar Iðunn
(também conhecida como Nanna) e seu marido Bragi (também conhecido como Baldr), ele
precisa visitar Hel, no reino dos mortos, e como nós conhecemos da mitologia grega, Hermes3
(como Odinn), é o único que pode livremente entrar e sair [do mundo] de Hades (=Hel). Assim
Heimdallrr se disfarçar e se passar por Odin pra convencer os guardiões de Hel a deixá-lo
entrar e sair ileso. Embora Heimdallrr não tenha direito de fazer isso, do seu ponto de vista.

Então Heimdallrr desceu do Paraíso até a Terra e criou a humanidade. E todo ano
e desce até Hel para coletar presentes para os elfos, para os eternos espíritos dos mortos, e
também Baldr e Nanna (que passam cada inverno em Hel). Ele então desce do Paraíso, ou
então de seu trono entre o Paraíso e a Terra, para entregar esses presentes a seus filhos que
tem sido bons, na véspera do Yule. Ele visita todos nós, ainda na forma de Odin, para acertar
as contas como o líder do Oskorei (“exército do trovão”).

Com isso em mente, se torna mais óbvio que seu nome se traduza como
“mergulhador-de-casas” ou “mergulhador-de-mundos”: “aquele que afunda para visitar as
diferentes casas ou mundos” (Heimdalar em Norueguês).

Na Grécia antiga eles o chamavam de Cronos (“tempo”) possivelmente porque ele


usava essas visitas anuais para contar os anos e as medidas de tempo. Nas áreas eslavas do
oeste eles o chamavam de Belobog (Deus Branco) porque ele é um deus brilhante da luz e
misericórdia, e também porque depois de suas visitas a Hel ele ainda continua com a cor pálida
dos mortos. Nas áreas eslavas do leste eles o chamavam de Kolada (algo como “roda” ou
talvez “rotação da roda”), pois no solstício de inverno, na véspera do Yule, a roda Sol tem uma
rotação completa: primavera (nascimento), verão (vida), outono (morte) e inverno
(reencarnação).

2
Nota do tradutor: “dal” em norueguês significa vale, similar a “Tal” em alemão. Assim como “Heim”
por ser usado como “casa” ou “reino” em ambos os idiomas.
3
Nota: assim como sua contraparte feminina, Iris (“o arco-íris”).

9
Custou-me algum tempo e esforço para imaginar isso, mas finalmente agora nós
sabemos quem era Heimdallrr e o que seu nome realmente significava. Outros falharam onde
eu consegui, provavelmente, porque eles têm uma vida. Eu não. :- )

Varg “o eremita” Vikernes


10.09.2006 (Tromsø, Noruega)

"Urðar orð kveðr engi maðr"


“Nenhum homem pode resistir as palavras do destino”

10
PARTE V – LOKI

Assim como Heimdallr, o espertinho do Loki também tem aturdido os chamados


experts em mitologia nórdica por séculos. Ele tem sido identificado como um Hephesto
Escandinavo, o manco ferreiro dos deuses do Olímpio, mas seu nome ainda não foi traduzido
com sucesso por nenhum deles. Suficientemente estranho.

Loki pode ser traduzido como “trava”, “tampa”, “final”, do antigo Indo-Europeu
LUK (“perto de algo”). Embora isso faça algum sentido, já que Loki é a razão do mundo
terminar em um Ragnarok anual, não é uma tradução completa. O Indo-Europeu LUK também
pode significar “relâmpago” e “para a luz”; e isso faz até mais sentido, considerando o fato que
Loki é sempre perseguido por Thor (“trovão”). Loki é mais um deus do vento e do fogo, e ele é
o ferreiro dos deuses.

Em relação à Heimdallr ele é exatamente o oposto; Heimdallr é um mediador


entre o Paraíso e a Terra, enquanto Loki causa a guerra entre o Paraíso e a Terra. Heimdallr é a
benção, enquanto Loki é a corrupção. Heimdallr abre os mundos, enquanto Loki termina e
fecha os mundos. O arco-íris de Heimdallr proclama a misericórdia dos deuses, enquanto que
as chamas de Loki rastejam quietamente, astuciosas e cheias de traição, até que irrompe em
um fogo que tudo consome, como um relâmpago que atinge a terra. Heimdallr traz presentes
dos mortos (= elfos da luz), enquanto Loki traz presentes dos anões (= elfos da escuridão).
Heimdallr é a paz branca, pura e calma no peito da humanidade, o guardião alerta do Paraíso,
enquanto Loki é o afeto selvagem que se reúne e sai no consumível fogo da paixão. Heimdallr
é um deus simplório, enquanto Loki é provavelmente o mais brilhante de todos eles. Heimdallr
é leal e confiável, enquanto Loki é desleal e nada confiável. Loki rouba o colar de Freyja,
enquanto Heimdallr o devolve para ela.

Da mitologia nós aprendemos que Heimdallr desceu até o guardião da ponte de


Hel, quando ele foi enviado para resgatar Iduna, mas é na verdade Loki quem a resgata.
Heimdallr, como Hermóðr, por outro lado, é enviado para regatar Baldr (ou Bragi), o marido de
Nanna (ou Iduna). Isso pode confundir um pouco, mas o fato é que Loki e Heimdallr são os
mesmo deuses. Eles simplesmente representam as forças opostas do mesmo deus.

Loki é um deus, e é ele que resgata Iduna – uma tarefa que nós sabemos (pela
mitologia grega) deve ser reservada para Íris (= Freya), a contraparte feminina de Hermes (=
Odin), ou para uma deusa (ou sacerdotisa) representando Íris. Hermes segue os homens
mortos até Hades (= Hel), mas as mulheres mortas são responsabilidade de Íris.

Loki faz isto na mitologia escandinava. Ele também da à luz a Sleipnir, o cavalo
necessário como transporte até Hel, e ao menos em uma ocasião ele se veste como uma
mulher. Sendo o oposto do barbudo Heimdallr não é improvável que Loki originalmente fosse
uma deusa, e parece que a divindade Heimdallr-Loki pode ser a Hermafrodita escandinava (o
filho andrógena de Hermes e Afrodite) e Loki representa a parte feminina.

11
No Ragnarok, Heimdallr e Loki se matam um ao outro: o deus branco (Belobog)
mata o deus preto (Czernybog) e vice versa, como as forças se reconciliam ao fim de cada ano
solar, em ordem de começar um novo ano do zero.

Heimdallr criou o homem, mas ele também é nosso Loki (aqui: “fim”), porque ele
é Cronos (“tempo”), e o homem não pode sobreviver ao tempo.

Varg "o cinzento" Vikernes


23.09.2006 (Tromsø, Noruega)

Compesce Mentem
("Domestique sua paixão")

12
PARTE VI - A RODA GIRATÓRIA

A roda giratória é o mais velho símbolo religioso na Europa, e é encontrada em


pedras esculpidas mais antigas que a Idade da Pedra. Ela representa o movimento circular de
todas as coisas e nosso universo.

Os quatro raios da roda representam os mais importantes dos altos festivais


(solstício de inverno, equinócio de primavera, solstício de verão e equinócio de outono), as
estações (inverno, primavera, verão e outono), as fases da vida (reencarnação, nascimento,
vida e morte) as fases do dia (noite, manha, dia e anoitecer) os elementos (ar, fogo, água e
terra) as faces da Lua (nova, crescente, cheia e minguante) os corpos humanos (hugr, hamr,
vörðr e lík)4, as principais direções celestiais (norte, leste, sul, oeste) e assim por diante, todos
girando em torno de um eixo (Wyrd5, o mundo árvore, o espírito e o centro) com a roda no
topo do mastro enfeitado.

A Roda Giratória pode ser construtiva, doadora de vida e criativa, assim como
destrutiva, retirante da vida e protetora. Quando girando no sentido horário é uma Roda Solar
que emite poder para o mundo proveniente do Wyrd. Quando girando no sentido anti-horário
é um martelo de Thor que envia poder para o Wyrd proveniente do mundo. A roda é o fogo
ascendente do Sol, que também pode nos queimar; é a água geradora da vida, que também
pode nos afogar. Ele cria a vida, mas também pode tirar a vida.

Quando usado em contextos religiosos, a Roda Solar acelera os processos e o


martelo de Thor diminui ou inverte-os. Ambos os símbolos em alguns casos podem ser ambos
positivos e negativos, criativo e destrutivo, dependendo da situação.

O propósito da vida cíclica é melhorar, para ser elevado aos deuses.


Eventualmente, após ir através de um numero indefinido de ciclos, nós seremos
suficientemente melhores para sermos capazes de retornar a Ásgárðr, para o centro da Roda
Solar; para o reino élfico.

A roda giratória representa a mais essencial parte de nosso sistema de crença, a


fundação da nossa religião, e tudo em nosso universo deveria ser visto a luz do que disso.

Varg Vikernes
25.09.2006 (Tromsø, Noruega)

As folhas caem quando a brisa sopra


na primavera outras florescem,
como elas vão e voltam novamente.
Assim sobre a terra fazem os homens.
(Glauco, na história de Aquiles)

4
Nota do tradutor: Na mitologia norueguesa, seriam respectivamente “a alma, a forma, guardião da
alma, e morte”.
5
Nota do tradutor: Não há uma tradução exata para a palavra ”wyrd”, nas línguas antigas ela era
interpretada como algo relacionado ao destino, de se tornar, algo sobrenatural, espiritual, etc.

13
PARTE VII - PROGRESSO

Todos os invernos quando eu era criança nós íamos de trenó pelas ruas. Nós
patinávamos no gelo no lago atrás de casa e esquiando do outro lado da colina enflorestada
em aproximadamente cinquenta metros ou mais da nossa casa. Todas as primaveras nós
tirávamos nossas bicicletas das adegas ou ranchos e corríamos para visitar os amigos.
Brincávamos todos os verões nos prados floridos, nadávamos no mar, garotos e garotas, e
pegávamos peixes a apenas cem metros, aproximadamente, de nossa cabana de veraneio.
Todo outono chovia, e construíamos barragens de ramos ou folhas caídas, construindo
pequenos barcos de cascas e os deixando navegar assim que abríamos as barragens. Quando a
escuridão retornava, com o outono, nós brincávamos de pique-esconde entre as árvores secas.
Nos escondíamos entre as sombras, sob as pilhas de folhas amarelas, vermelhas e laranjas. A
infância foi um jogo sem fim, suspenso somente pelas refeições e sono, interrompido somente
pelo Kindergarten6, escola e outros deveres, e cruelmente terminada pelo tempo e idade.

As ruas foram então, com o tempo, preenchidas com carros, então se tornou
muito perigoso para alguém brincar nas estradas. O lago se tornou em um pântano quando
construíram prédios no outro lado do vale. As árvores foram cortadas. O clima mudou e a neve
ficou escassa. Ciganos montavam acampamento perto de vez em quando, e sempre que eles
faziam isso era como se fosse planejado para carregar facilmente o que roubavam de nossas
propriedades. Nenhuma criança podia ser vista brincando fora das portas mais, nem mesmo
na primavera. Os peixes lentamente desapareceram do mar. Tudo que era bonito se tornou
sujo, coberto por escapes e lama, cinzas e mau cheiro.

Isso é como eu me lembro da infância e adolescência. Todo era bom, mas só por
um pouco. Conforme eu cresci quase tudo que era bom desapareceu. Uma sociedade saudável
se tornou doente. Tudo claro se tornou cinza. Eu era uma testemunha ocular do “progresso”;
como a Noruega deixou a pobreza a encontrou a felicidade no petróleo. Noruega se tornou um
país rico, pela primeira vez.

Enquanto ali eu crescia, não havia praticamente nenhum crime. Eu só ouvi uma
vez a respeito de um roubo em toda a área. Ocorrera há alguns quilômetros de distância, e
para nós foi evento enorme e preocupante. Do fim dos anos 60 ao inicio dos 70 as taxas de
criminalidade subiram 5000% (!) na Noruega. Isso não é só por causa da imigração afro-
asiática, e não somente pelo poder corruptivo da riqueza, mas também porque de repente não
podemos fazer mais nada. “Progresso” eles chamam isso. Nós agora temos nem liberdade para
(fazer o que queremos) nem liberdade do (crime e opressão).

Se isso é progresso então, por favor, me inscrevam para recessão.

Varg Vikernes
21.01.2007

Corruptissima re publica plurimae leges. (C. Tacitus)


(Quanto mais corrupto é o estado, mais leis ele possui)

6
Nota do tradutor: Kindergarten = jardim de infância.

14
PARTE VIII - RELIGIÃO OU RAZÃO

Quando abraçamos o paganismo hoje precisamos ter cuidado para não abraçar
equívocos e ignorância milenar. Os magos da idade da pedra foram os primeiros cientistas do
nosso mundo; eles eram astrônomos, geólogos, meteorologistas, herbalistas, cirurgiões
cerebrais (trepanação7), dentistas, matemáticos e assim se nomeia – o faziam para tentar
descobrir como tudo funcionava. No entanto, devido ao fato de que tiveram que começar do
zero, muito do que viram não passava de uma ilusão, e a maioria das suas teorias estavam
erradas. No processo descobriram algumas verdades saudáveis, intemporais e universais; e
essas verdades nós deveríamos todos abraçar sinceramente. Eles realmente viram e
entenderam o que era bom para a humanidade, o que era essencial e o que era correto –
como a Eugenia – e tudo isso, meu caro leitor, é o que compõe o paganismo moderno. Ser um
pagão da mesma forma que os nossos antepassados distantes é somente ser reacionário.
Precisamos de uma cosmovisão científica e moderna fundamentada sobre uma base composta
por valores e ideais pagãos; lealdade, sabedoria, coragem, amor, disciplina, honestidade,
inteligência, beleza, responsabilidade, saúde e força. Pode ser romântico, bonito, charmoso e
mesmo fascinante praticar paganismo como nossos antepassados fizeram, mas é totalmente
reacionário e sem sentido.

O que faz com que o paganismo seja diferente do judeu-cristianismo é o fato de


que o Paganismo não é dogmático. O judeu-cristianismo vai desaparecer, ou o melhor,
reduzido a algum culto de idiotas (o que já é, até certo ponto), pois seus dogmas são baseados
na ignorância e em equívocos. Só os estúpidos vão continuar a acreditar em "Deus" (qualquer
um!) ou a partenogênese8, quando sabemos que essas ideias são baseadas na ignorância e
equívocos do homem da idade da pedra. Naquela época eles não sabiam nada melhor, mas
nós sabemos. Por exemplo, sabemos que os espíritos não controlam o voo do sol; sabemos
que ele só aparece para nós como se o sol nasce e morre todos os dias, porque a Terra gira em
torno de seu próprio eixo. Sabemos também que o próprio conceito de deuses nasceu porque
estes espíritos imaginários foram antropomorfizados na idade da pedra tardia e a idade do
Bronze. Além disso, eles não sabiam que era a relação sexual que fazia as mulheres grávidas;
acreditavam que os raios solares o faziam, ou a chuva, ou que poderiam transferir a fertilidade
da Mãe Terra para as mulheres chicoteando seus traseiros com ramos de bétula na primavera.
A ideia da partenogênese fora concebida pois até a 2.000 anos atrás, muitos no Oriente Médio
ainda não sabiam como a mulher ficava grávida. Hoje todos nós sabemos melhor.

Os aborígines australianos eram e ainda são demasiado estúpidos para


compreender que não existem espíritos. Os negros e outras raças consideradas inferiores
foram e ainda são demasiado estúpidos para compreender que não existem deuses ou um
deus. Os europeus mais inteligentes rejeitaram a religião e a crença em Deus pela segunda vez
– no século XV, quando a ciência da antiguidade clássica teve um renascimento, e a crença em
deus se transformou em uma religião para o mais idiotas dentre nós (sendo que a Reforma
veio em consequência disto; tentaram livrar o cristianismo de toda a farsa de idade da pedra;
mas como sabemos, conseguiram apenas parcialmente). Os asiáticos do leste, os brilhantes
japoneses e coreanos, e também os chineses, logo seguiram e ficaram no caminho da ciência
desde então.

7
Nota do tradutor: a trepanação consiste na abertura de um ou mais buracos no crânio.
8
Nota do tradutor: partenogênese é considerada uma reprodução assexuada, comum em algumas
plantas e animais invertebrados.

15
Suponhamos que sirva a um propósito, o paganismo precisa ser uma ideologia,
não uma religião, e os deuses e deusas devem ser vistas como um modelo para nós e não
como seres reais de qualquer espécie. Algumas questões permanecem não respondidas pela
ciência, tudo bem, como não sabermos de onde viemos, nem para onde vamos quando
morremos, ou mesmo se podemos ir a qualquer lugar em tudo. Então nesses casos podemos
sempre recorrer a mitos para respostas. Em todo caso, aonde nós soubermos melhor do que
nossos antepassados, devemos (e precisamos) sempre substituir os mitos e a religião por fatos
e razão. Os magos também o fizeram sempre que podiam, e deveriam ter continuado a fazer
para que não tivessem sido assassinados pelos lacaios dos judeus quando a Europa foi
cristianizada (isto é, mentalmente escravizada!), a partir do século IV.

QI Médio: Grupo: A maioria deles acredita em:


56 Aborígines australianos Espíritos
62-67 Negros Espíritos e deuses ou Deus/"Allah"
85 Americanos nativos Espíritos e deuses ou Deus
85 Árabes/Iranianos/Paquistaneses Deus/"Allah"
85 Indianos Deuses
90 Turcos/ Asiáticos Centrais Deus/"Allah"
90 Indonésios/Indo-Chineses Deus/"Allah"
100 Europeus Ciência
105 Asiáticos do Leste Ciência

Varg Vikernes

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PARTE IX - O VISCO

Há não muito tempo atrás, uma vasta floresta de carvalhos cobriu a maior parte
da Europa. Antiga, bonita, colorida e cheia de vida. Alguns desses carvalhos testemunharam a
transição dos homens selvagens e ignorantes a filósofos sábios e metalúrgicos. Viram tribos
nômades vagar aqui e acolá, para trás e para frente, e viram as mesmas tribos nômades se
estabelecerem como agricultores muitos séculos depois. Viram tempos de paz e tempos de
agitação. Viram a felicidade e a tristeza. Nascimentos e mortes. Testemunharam a vida de
nossos antepassados.

Todo outono os carvalhos perdem suas folhas; mas eis que então um velho
olhando para as ervas observara um pequeno ramo ainda verde e fértil, crescendo na copa da
árvore de carvalho. O velho homem encapuzado e acobertado por um manto – um sábio
feiticeiro para sua época; ainda ignorante – acreditara que toda a força da vida do poderoso
carvalho tinha se retirado a este pequeno ramo. Ele subira na árvore e o cortara, pensando
que poderia usá-lo para poções e encantos, ou como uma varinha mágica, como proteção
contra as forças incontroláveis.

Com o tempo o espírito da árvore de carvalho tinha se tornado um deus e o


feiticeiro ou se tornara um sacerdote ou perdera o seu poder. Se este último era o caso, ele
teria sido reduzido para apenas algum ermitão apontando para os velhos costumes do passado
ignorante. Os sacerdotes governaram a terra agora, mas infelizmente, não eram menos
ignorantes do que o feiticeiro teria sido. Quando o feiticeiro entrou na grande floresta de
carvalho para cortar o visco valioso, eles o amaldiçoaram: Ladrão! Assassino! Ele roubou a
força da vida de seu deus carvalho! Maldito seja! Devido a este crime o cego (ignorante)
feiticeiro trouxe o inverno em todos eles, o crepúsculo dos deuses, a morte do mundo!

O amado deus carvalho, assassinado pelo feiticeiro encapuzado, teria ido para
Hel, a deusa do submundo. No Yuletide a esposa, a sacerdotisa, usou outra varinha mágica, um
ramo do abeto ou pinheiro, e andou três vezes no sentido solar (sentido horário) ao redor da
casa e chamou pelos elfos, os espíritos dos antepassados mortos. Todos os mortos, incluindo o
morto deus carvalho. Vieram em procissão da sepultura, liderados por Heimdallrr ("árvore do
mundo") – também conhecido por Dashdebog ("Senhor dos presentes") – com presentes para
seus filhos. Por uma noite, os mortos foram autorizados a dormir nas camas quentes dos vivos,
e ficaram no mundo dos vivos até o final do Yule.

Pense sobre isso da próxima vez que leres o mito sobre o deus carvalho Baldr
("ser formidável, redondo e forte") – também conhecido por Jarilo ("jovem", "semeador da
primavera") e Bielijbog ("senhor branco") – que é morto com o visco por Höðr ("capuz") – ou
Troyan ("o triuno") e Tshjornijbog ("senhor negro") – o feiticeiro encapuzado. E pense sobre
isso na próxima vez que te encontres de pé sob um visco na sala de estar. O corpo do deus
carvalho fora trazido de Hel ("morte", "morto", "esconder") – também conhecida como
Marena ("morte", "perigo", "pesadelo") – e que agora em sua sala de estar ele está presente.
Tão presente quanto qualquer deus possa estar.

Quando a neve derrete na primavera o mundo inteiro clama por Baldr – como se
pode ver – pois ele voltará em breve como sempre faz. Mas isso é outra história...

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Eu nasci em 1973 e nunca vi nada disso, e ainda sinto falta da velha floresta de
carvalhos, o abraço dos elfos no Yuletide e do visco. Sinto falta do velho feiticeiro encapuzado
tentando fazer o que é melhor para sua tribo, quando ele subiria na árvore e cortaria fora esta
poderosa varinha mágica. Sinto falta das canções do Yule da sua esposa com a varinha em
punho e seu coral adorável de crianças, convidando os mortos para o mundo dos vivos com
cânticos de alegria e cânticos de louvor.

Tudo isso se foi e nunca mais retornará, mas ainda é parte de mim, e para sempre
será. Porque eu sou europeu.

Varg Vikernes (Tromsø, 17.12.2008)

Non omnis moriar


("Nem tudo de mim morrerá")
[nosso trabalho sobrevive a morte]

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PARTE X
Não fora publicada...

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PARTE XI - PÉROLAS AOS PORCOS

Quando as pessoas roubam de um amigo algo que eles poderiam ter condições de
comprar dele, eles são criaturas lamentáveis. Quando eles roubam algo que foi oferecido a
eles de graça, eles são apenas tolos.

Tudo que tinham que fazer para ler meus artigos de graça era baixá-los do site
www.burzum.org. Eles estão disponíveis para todos com acesso a Internet, como eu disse,
gratuitamente, cortesia minha. A única coisa que eu pedi em retorno era que respeitasse meus
direitos autorais.

Alguns de vós (isto é, administradores de www.burzum.com) não o fizeram e por


causa disso eu não escreverei mais nenhum artigo para a Internet. Pode não ser uma grande
perda para o mundo, por assim dizer, e pode na verdade agradar mais meus inimigos do que
qualquer coisa, mas eu não me importo. Quando meus direitos não são respeitados na
Internet eu não irei publicar nada lá. Puro e simples.

Se por alguma oportunidade desejas ler algo escrito por mim no futuro, terá que
esperar pelos meus livros serem publicados (provavelmente sob um pseudônimo) por
indivíduos que certificarão que meus direitos autoras sejam respeitados.

Eu já planejava desaparecer da vista do público, de qualquer forma, quando fui


libertado da prisão, então eu simplesmente faço isso um pouco mais cedo do que
primeiramente pretendia.

Varg Vikernes. Câmbio final.

“Colhes o que plantas”

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