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Análise Operacional Do Desmonte de Calcário - Francisco Pedrosa PDF
Análise Operacional Do Desmonte de Calcário - Francisco Pedrosa PDF
Engenharia de Minas
Campus Poços de Caldas-MG
Poços de Caldas
2014
Francisco Junior Batista Pedrosa
Poços de caldas
2014
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AGRADECIMENTOS
RESUMO
Jazidas minerais são formadas por rochas competentes e friáveis. A escavação de rocha
competente por meio das técnicas convencionais é realizada através das seguintes operações
subsequentes: perfurações no maciço a distâncias predeterminadas, introdução de explosivos
nos furos, detonação desse explosivo e remoção da rocha desmontada. A geração de blocos
em tamanho superior ao especificado para a alimentação da britagem ocorre em função da
ineficiência das operações de desmonte com explosivos. Considerando que as paradas por
engaiolamento são frequentes e as mesmas prejudicam a performance da britagem, a revisão
de parâmetros utilizados no desmonte com explosivos torna-se desejável. Esta pesquisa
descreve a prática operacional de lavra de calcário desde a perfuração até a britagem,
analisando operacionalmente duas diferentes configurações de plano de fogo empregadas. Os
planos de fogos, os custos gerados pelo desmonte primário e secundário foram obtidos junto
à empresa. O Plano de Fogo A possui uma malha de perfuração mais fechada, isto é menores
afastamento e espaçamento, quando comparado ao Plano de Fogo B. Essa situação promove o
aumento da razão de carga e do custo unitário com o desmonte primário. Com relação ao
custo com o desmonte secundário, o Plano de Fogo A obteve um custo unitário menor que o
custo unitário do Plano de Fogo B. Tal situação representa que o primeiro esquema de plano
de fogo obteve melhor fragmentação em relação ao segundo. Mesmo que presente estudo não
considere os custos com carga, transporte e britagem, a bibliografia existente revela que esse
conjunto de custos possui uma maior influência nos custos totais do processo produtivo, em
comparação aos custos com perfuração e desmonte. Dentre as configurações analisadas, o
Plano de Fogo A é o que mais indicado para uma possível redução de custos dos processos de
lavra e beneficiamento integrados.
Palavras-chave: plano de fogo, desmonte primário, desmonte secundário, fragmentação, custo
unitário.
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ABSTRACT
Mineral deposits are formed by competent and friable rocks. The competent rock excavation
by conventional techniques is undertaken through subsequent operations: drilling in mass at
predetermined distances, introduction of explosives into the holes, this explosive detonation
and removal of blasted rock. The generation of blocks higher than specified for the supply of
crushing size occurs due to the inefficiency of the blasting operations with explosives.
Considering that the charts for caging are frequent and they adversely affect the performance
of crushing, review of parameters used in blasting becomes desirable. This research describes
the operational practice of mining of limestone from drilling to crushing, operationally
analyzing two different configurations of blasting plan employed. The fire plans, the costs
generated by the primary and secondary blasting were obtained from the company. The Blast
Plan A has a more closed mesh drilling, i.e. smaller burden and spacing, compared to the
Blast Plan B. This situation promotes the increase of the load and the unit cost with the
primary disassemble. Regarding the unit cost with the secondary blasting the Blast Plan A got
one less than the unit cost with the plan B. This situation is the first scheme of fire plan got
better fragmentation compared to the second. Even though this study did not consider the cost
of loading, transportation and crushing the existing literature reveals that this set of costs has a
greater influence on the total costs of the production process, compared to the cost of drill and
blast. Among the analyzed configurations, the Blast Plan A is the most indicated for a
possible cost reduction of the processes of mining and processing integrated.
Key words: fire plan, primary blasting, secondary blasting, fragmentation, unit cost.
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LISTA DE FIGURAS
FIGURA 10- CUSTO UNITÁRIO COM O DESMONTE SECUNDÁRIO EM FUNÇÃO DO PLANO DE FOGO.
........................................................................................................................................... 40
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LISTA DE TABELAS
Sumário
1 Introdução........................................................................................................................................ 13
2 Objetivos .......................................................................................................................................... 14
1 Introdução
2 Objetivos
3 Revisão Bibliográfica
3.1.1 Bancadas
3.1.2.3 Afastamento
De acordo com Souza Ricardo (2007) adotar uma inclinação da face de uma bancada
conduz a vantagens e desvantagens. Dentre as vantagens pode-se citar:
a) Face da bancada torna-se mais segura, um talude inclinado é mais seguro
geotecnicamente do que um talude vertical.
b) Economia com explosivos, reduzindo o consumo por metro quadrado;
c) Redução de sobrefuração no pé da bancada
Com relação às desvantagens, tem-se:
a) Maiores chances de ocorrerem desvios a direção desejada para a perfuração;
b) Requer-se um cuidado maior com relação ao embocamento do furo o que implica em
perda de produção;
Nas operações de desmonte de rocha alguns problemas operacionais podem ocorrer, tais
como: resultados de fragmentação inadequados, ultra lançamento, excesso de vibração. Tais
problemas estão possivelmente relacionados aos seguintes fatores:
a) Malha de perfuração inadequada: cada furo tem uma região de influência para
detonação da rocha, se houver um afastamento e um espaçamento inadequado haverá um
comprometimento do resultado do desmonte;
b) Desvio da perfuração: ocasionados principalmente devido aos erros de emboque, erro
de falta de alinhamento do equipamento de perfuração e ao erro de deflexão, que é a tendência
da coluna de fletir-se no interior do furo.
c) Presença de água na perfuração: gerada pela intersecção dos furos com o lençol
freático. Isso requer a utilização de explosivos do tipo emulsão encartuchada ou bombeada,
uma vez que explosivos a granulados não possuem resistência à água. Os explosivos
encartuchados ou emulsões geram uma expansão gasosa de maior energia, porém seus custos
são maiores quando comparado aos explosivos granulados (ANFO).
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a) Custo de capital;
b) Custo geral e administrativo.
c) Custo de operação;
O custo de capital e o custo geral e administrativo podem ser traduzidos nas seguintes
categorias: Custo de propriedade, custos gerais e administrativos e custo de produção. Já o
custo de operação inclui os custos com as seguintes operações unitárias: perfuração,
desmonte, carga, transporte, manutenção das vias de acesso, remoção de capeamento e etc.
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Custo unitário
4 Materiais e métodos
Informações a respeito das operações unitárias que envolve a lavra de calcário foram
obtidas no período de realização do estágio supervisionado do autor desse trabalho, por meio
de relatos dos supervisores e operários do empreendimento mineiro analisado.
estudo será denominado Plano de Fogo A. Somente após a decisão da empresa em voltar a
implementar o plano de fogo “habitual” é que foi feita a análise do mesmo, que nessa
pesquisa será chamado Plano de Fogo B.
O custo com o desmonte secundário é dado pelas horas trabalhadas pelo rompedor
hidráulico. O levantamento das horas se faz diretamente por meio da visualização do
horímetro presente no conjunto escavadeira- rompedor. O custo horário do equipamento foi
fornecido pelo empreendimento e é o valor ajustado para o ano de 2014.
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5 Resultados e discussões
5.1.2 Perfuração
Plano de Fogo A
Plano de Fogo B
Com os dados de razão de carga e custos gerados pelas duas configurações de plano de
fogo analisadas, elaborou-se gráficos comparativos de custos unitários em cada operação
unitária envolvida no desmonte de calcário.
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0,60
0,50
0,40
0,20
0,10
Figura 7- Custo unitário com perfuração de acordo com o plano de fogo utilizado.
Tabela 7- Razão de carga, custo unitário com explosivos e acessórios em função do plano de fogo.
200,00
150,00
Razão de carga
100,00
50,00
Uma maior razão de carga é verificada pela utilização do Plano de Fogo A, assim como
o custo de perfuração, também se explica pelo fato que essa configuração possui uma malha
com menores valores de afastamento e espaçamento em relação ao Plano de Fogo B.
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R$/t
Custos com explosivos e acessórios
0,80
0,70
0,60
0,50
0,40 Custos com explosivos e
0,30 acessórios
0,20
0,10
0,00 Plano de fogo
Plano de fogo A Plano de fogo B empregado
Figura 9- Custo unitário com explosivo e acessórios correlacionado com o plano de fogo.
Como constatado no gráfico anterior (figura 8), o Plano de Fogo A apresenta uma maior
razão de carga em comparação com a razão de carga proveniente do Plano de Fogo B. Como
a razão de carga trata-se do consumo de explosivos por tonelada, esse parâmetro exerce
influência no custo unitário (R$/t) com explosivos e seus acessórios, já que esse último é um
produto complementar ao primeiro. Tal situação é demonstrada na figura 9.
.
0,04
0,02
0 Plano de fogo
Plano de fogo A Plano de fogo B empregado
Figura 10- Custo unitário com o desmonte secundário em função do plano de fogo.
6 Conclusões
REFERÊNCIAS
HERRMANN, C. Manual de Perfuração de Rocha. 2. ed. São Paulo: Polígono, 1972. 416
p.
HUSTRULID, W.; KUCHTA. Open pit mine: planning & design. 2. ed. Rotterdam: A.
A. Balkema, 2006. 734 p.
HUSTRULID, W.; KUCHTA, M.; MARTIN, R. Open pit mine: planning & design. 3.
ed. Leiden, The Netherlands: CRC Press, 2013. 1004 p.