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MERITIÍSSIMO(A) JUIÍZO(A) DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DA VARA FEDERAL DA SUBSEÇAÃ O

JUDICIAÍ RIA DE LAJEADO RS.

FABIANE MARIBELA HOCHSCHEIDT SCHEIBLER, , jáá


cádástrádá eletronicámente, vem, com o devido respeito, por
meio dos seu procurádor, peránte Vossá Exceleê nciá, propor

AÇÃO PREVIDENCIÁRIA DE CONCESSÃO DE POR


TEMPO DE CONTRIBUIÇAO

em fáce do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL


(INSS), com sede ná Cápitál Federál e representáçáã o judiciál
ná Cidáde de Venáncio Aires, RS, no Estádo do Rio Gránde do
Sul, ná Ruá Jácob Becker, 1733, Centro, CEP 95900.000, pelos
fundámentos fáá ticos e juríádicos que orá pássá á expor:

I – DOS FATOS

A Autorá, náscidá em 08/07/1973(vide cárteirá de hábilitáçáã o ánexá), possui diversos ános


de tempo de contribuiçáã o. EÍ importánte ássinálár que duránte todá á vidá láborátivá esteve boá
párte do tempo submetidá á ágentes nocivos. O quádro á seguir demonstrá de formá objetivá á
profissáã o desenvolvidá e o tempo de contribuiçáã o:
ADVOGADO Luis Edson Faleiro

OABRS 96445

Av. Cascata, 53 – Centro – Boqueirão do Leão – RS CEP 95920.000

edsonfaleiro-adv@hotmail.com Fones: (051)3789-1318 (051) 3789-1380 Cel: (51) 9969-0567


Admissão Rescisão Empregador Cargo Tempo de contribuição

08/07/1985 20/07/1991 Páis Agriculturá 06 ános e 13 diás

Láborátorio Mádre Aguedá


04/04/1994 20/05/1999 Aux. de Láborátoá rio 05 ános, 01 meê s e 17 diás
Ltdá

Láborátorio Mádre Aguedá 04 ános, 09 meses e 02


03/01/2000 04/10/2004 Aux. de Láborátoá rio
Ltdá diás

Auxiliár de
01/11/2004 31/07/2008 Drogáriá conte Ltdá 03 ános e 09 meses
Fármáciá

Auxiliár de
01/04/2009 20/05/2014 Irmáã os Conte Ltdá 05 ános, 01 meê s e 20 diás
Fármáciá

Auxiliár de 03 ános, 02 meses e 05


01/12/2014 05/02/2018 Drogáriá conte Ltdá
Fármáciá diás

Marco temporal Tempo total Total

Até a DER (05/02/2018) 27 anos, 11 meses e 27 dias

Tempo Especial a acrescer 02 anos 30 anos

A despeito dá existeê nciá de todos os requisitos ensejádores do benefíácio de áposentádoriá


por tempo de contribuiçáã o, á Autorá, em viá ádministrátivá, teve seu pedido indevidámente
negádo, sob á justificátivá infundádá de fáltá de tempo de contribuiçáã o.

No presente cáso, á áutárquiá previdenciáá riá náo reconheceu á especiálidáde do lápso de


04/04/1994 á 20/05/1999 e 03/01/2000 á 04/10/2004. A áuseê nciá de reconhecimento dá
especiálidáde quánto áo lápso deu-se sob á justificátivá de fáltá de fátor de risco no PPP dá empresá
LABORATORIO MADRE AGUEDA.

Tál decisáã o indevidá motivá á presente demándá.

II – DO DIREITO

ADVOGADO Luis Edson Faleiro

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O § 1º do árt. 201 dá Constituiçáã o Federál determiná á contágem diferenciádá dos períáodos
em que os segurádos desenvolverám átividádes especiáis. Por conseguinte, á Lei 8.213/91,
regulámentándo á previsáã o constitucionál, estábeleceu á necessidáde do desempenho de
átividádes nocivás duránte 15, 20 ou 25 ános párá á concessáã o dá áposentádoriá especiál,
dependendo dá profissáã o e /ou ágentes nocivos, conforme previsto no árt. 57 do referido diplomá
legál.

EÍ importánte destácár que á comprováçáã o dá átividáde especiál áteá 28 de ábril de 1995 erá
feitá com o enquádrámento por átividáde profissionál (situáçáã o em que háviá presunçáã o de
submissáã o á ágentes nocivos) ou por ágente nocivo, cujá comprováçáã o demándává preenchimento
pelá empresá de formuláá rios SB40 ou DSS-8030, indicándo o ágente nocivo sob o quál o segurádo
esteve submetido. Todáviá, com á nová redáçáã o do árt. 57 dá Lei 8.213/91, dádá pelá Lei 9.032/95,
pássou á ser necessáá riá á comprováçáã o reál dá exposiçáã o áos ágentes nocivos, sendo indispensáá vel
á ápresentáçáã o de formuláá rios, independentemente do tipo de ágente especiál.

Aleá m disso, á pártir do Decreto 2.172/97, que regulámentou ás disposiçoã es introduzidás no


árt. 58 dá Lei de Benefíácios pelá Medidá Provisoá riá 1.523/96 (convertidá ná Lei 9.528/97),
pássou-se á exigir á ápresentáçáã o de formuláá rio-pádráã o, embásádo em láudo teá cnico, ou períáciá
teá cnicá. Entretánto, párá o ruíádo e o cálor, sempre foi necessáá riá á comprováçáã o átráveá s de láudo
periciál.

Com efeito, os segurádos que desempenhárám átividáde considerádá especiál podem


comprovár tál áspecto observándo á legisláçáã o vigente áà dátá do lábor desenvolvido.

DA EXPOSIÇÃO A AGENTES NOCIVOS – CASO CONCRETO

Período: 004/04/1994 A 20/05/1999 e 03/01/2000 A 04/10/2004

Empresa: Laboratorio Madre Agueda Ltda Luis Edson Faleiro


ADVOGADO

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Nos lápsos em comento á Segurádá teve regulár ánotáçáã o do víánculo empregátíácio em suá
cárteirá de trábálho, eá pocá em que desenvolveu o ofíácio de áuxiliár de láborátoá rio em estábelecimento
de ánáá lises clíánicás.

Nesse contexto, á empresá suprácitádá emitiu formuláá rio PPP, no quál constá á descriçáã o
detálhádás dás átividádes desenvolvidás pelo Segurádá.

Registre-se que o fáto do formuláá rio PPP ter sido preenchido com báse nos registros
ámbientáis posteriores támbeá m náã o eá oá bice párá o reconhecimento dá especiálidáde dá
integrálidáde dos interregnos postuládores, sobretudo considerándo o teor dá Suá mulá nº 68 dá
Turmá Nácionál de Uniformizáçáã o:

Aliádo á isso, o fato dos dados do PPP não serem contemporâneos à integralidade do
exercício das atividades laborativas não é óbice ao reconhecimento do tempo de serviço
especial, visto que, se em data posterior ao labor despendido, foi constatada a presença de
agentes nocivos, mesmo com as inovações tecnológicas e de medicina e segurança do
trabalho que advieram com o passar do tempo, reputa-se que, à época do labor, a agressão
dos agentes era igual, ou até maior, dada a escassez de recursos materiais existentes para
atenuar sua nocividade e a evolução dos equipamentos utilizados no desempenho das
tarefas (TRF4 5002764-87.2013.404.7009, SEXTA TURMA, Relator (AUXILIO SALISE) ÉZIO TEIXEIRA,
juntado aos autos em 11/07/2017).

O entendimento ácimá citádá estáá de ácordo com á Suá mulá 68 dá Turmá Nácionál de
Uniformizáçáã o.

Dito isso, consoánte demonstrádo pelos PPPs ánexos, pássá-se á ánáá lise dá exposiçáã o áos
ágentes bioloá gicos e quíámicos que o Autor esteve exposto enquánto láborou como áuxiliár de
láborátoá rio.

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DA EXPOSIÇÃO A AGENTES BIOLÓGICOS

No que tánge á exposiçáã o á ágentes bioloá gicos, registre-se que á NR-15 náã o estábelece limites
de toleráê nciá párá ágentes bioloá gicos. Ademáis, o Decreto 3.048/99 náã o considerá párá á
cárácterizáçáã o dá áposentádoriá á intensidáde ou concentráçáã o ácimá do limite de toleráê nciá.
Assim, o quádro ánexo IV, coá digo 3.0.0, do Decreto 3.048/99, estábelece:

Do ponto de vistá legál, á NR-09 clássificá os riscos ambientais em:

á) riscos fíásicos: ruíádo, cálor, frio, vibráçáã o, rádiáçáã o ionizánte, rádiáçáã o náã o
ionizánte, umidáde excessivá e pressoã es ánormáis;

b) riscos quíámicos: poeirás, fumos, neá voás, neblinás, gáses ou vápores;

c) agentes biológicos: bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus,


entre outros. (grifádo)

Nesse sentido, Tuffi Messiás Sálibá (engenheiro mecânico, engenheiro de segurança do


trabalho e advogado) lecioná á respeito1:

Nos estábelecimentos hospitáláres, ámbulátoá rios, entre outros, háá exposiçáã o


dos profissionáis de sáuá de á ágentes bioloá gicos, mesmo que os pácientes náã o sejám
portádores de doençá infecto-contágiosás, como confirmádo ná máioriá dos estudos
contidos ná bibliográfiá sobre á máteá riá.

Os profissionáis de sáuá de que estáã o em contáto direito com os pácientes em


quálquer ámbiente de cuidádos dá sáuá de, estáã o expostos á umá seá rie de riscos
especíáficos, incluindo risco de contráir doençás dos pácientes. Dentre os inúmeros
riscos biológicos a que os trabalhadores expõem com maior frequência nos

1
SALIBA, Tuffi Messiás. Aposentadoria especial: áspectos teá cnicos párá cárácterizáçáã o. Sáã o Páulo: LTr, 2016. pp.
66/67.
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hospitais são: as hepatites A, B, e C; vírus da herpes, tuberculose, rubéola,
sarampo; vírus da imunodeficiência humana (HIV); varicela (OIT, 2010).

Portánto, com báse nás citáçoã es, NÃO há como negar a exposição a
agentes biológicos dos profissionais da saúde, mesmo que o paciente não
esteja acometido de doença infecto-contagiosa .

Nesse áspecto, observe-se que á Demándánte ápresentou PPP, onde constá á descriçáã o
detálhádá dás átividádes desenvolvidás.

Aliádo á isso, percebá-se que o direito pretendido pelá Autorá encontrá ámpáro ná
jurisprudeê nciá do Conselho de Recursos dá Prevideê nciá Sociál:

APOSENTADORIA ESPECIAL. ENFERMAGEM. ANAÍ LISE CONFORME NOTA TEÍ CNICA


N° 01/2015/GAB/PRFE/INSS/SAO/PGF/AGU. RECURSO INTEMPESTIVO. NAÃ O
CONHECER DO RECURSO. BASE LEGAL: ARTIGO 305, § 1º DO DECRETO 3.048/99.
RECURSO DO INSS NAÃ O CONHECIDO. Cuidá-se de ápelo especiál ápresentádo pelá
Autárquiá objetivándo reversáã o dá decisáã o proferidá pelá Egreá giá 27ª JR/CRPS, párá
que sejá declárádá á náturezá comum do período laborado como técnica de
enfermagem, a partir de 05/03/1997 até 17/01/2014. [...] De ácordo com o

entendimento exárádo ná Nota Técnica n°


0001/2015/GAB/PRFE/INSS /SAO/PGF/AGU (Anexo I), á
áposentádoriá especiál náã o estáá máis restritá áos segurádos que
trábálhem de modo permánente com pácientes portádores de doençás
infecto-contágiosás, segregádos em áá reás ou ámbulátoá rios especíáficos,
e áos que mánuseiám exclusivámente máteriáis contáminádos
provenientes dessás áá reás. Devemos átentár párá o conceito de hábituálidáde e
permáneê nciá que átende o sentido visádo pelá normá – que eá protetivá – deve ser
ánálisádo áà luz do serviço cometido áo trábálhádor, cujo desempenho, náã o
descontíánuo ou eventuál, exponhá suá sáuá de áà prejudiciálidáde e dás condiçoã es
fíásicás, quíámicás, bioloá gicás ou ássociádás que degrádám o meio ámbiente do
trábálho. Aindá conforme orientáçáã o jurisprudenciál á respeito do temá, párá

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demonstráçáã o dá permáneê nciá e hábituálidáde dá átividáde insálubre náã o eá
necessáá riá áà exposiçáã o áo ágente ágressivo duránte todá á jornádá láborál, más
ápenás o exercíácio dá átividáde, náã o ocásionál, nem intermitente, que o exponhá
hábituálmente á condiçoã es especiáis, prejudiciáis áà suá sáuá de ou integridáde fíásicá,
náã o implicándo, por obvio, obrigátoriámente, que o trábálho, ná suá jornádá, sejá
ininterrupto sob o risco. Os formulários acostados aos autos dão conta de
que a segurada, na função de técnica de enfermagem no período a partir
de 05/03/1997, esteve exposta a agentes biológicos relacionados ao
ambiente hospitalar, sujeita, inclusive, a pacientes potencialmente
portadores de doenças infecto contagiosas , e isto de modo hábituál e
permánente, em rázáã o dás funçoã es cometidás áà segurádá derivádás dá reláçáã o
juríádicá contrátuál vinculádá por subordináçáã o. (Processo nº 44232.107533/2014-
77 / APS Porto Alegre-Sul / NB: 46/165.707.259-0 / Recorrente: INSS / Recorrido:
Váleá riá Cándál dá Silvá / Recorrido: Eliáná de Souzá Louzádá / Rel. Viviáne Alves
Silvá Fernándes). (grifádo)

O fáto de náã o háver á áváliáçáã o no PPP se á exposiçáã o á Demándánte áos ágentes bioloá gicos e
quíámicos erá hábituál e permánente náã o impede o reconhecimento de átividáde especiál. Quándo se
ponderá especificámente sobre ágentes bioloá gicos, támbeá m eá entendimento pácificádo que os
conceitos de hábituálidáde e permáneê nciá sáã o diversos dáquele utilizádo párá outros ágentes

nocivos, pois o que se protege não é o tempo de exposição, mas, sim, o RISCO DE

EXPOSIÇÃO!

Logo, vislumbrá-se que á Autorá estává diuturnámente expostá á víárus e bácteá riás, com risco
de contáá gios dás máis diversás doençás.

Desse modo, restá demonstrádá á átividáde especiál desenvolvidá pelá Autorá nos períáodos
compreendidos 04/04/1994 á 20/05/1999 e 03/01/2000 á 04/10/2004.

DA EXPOSIÇÃO A AGENTES QUÍMICOS

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No presente cáso, áleá m dos ágentes bioloá gicos (temá que seráá trátádo á seguir), á Segurada
também esteve exposta a AGENTES QUÍMICOS, dentre os quais álcool isopropílico e corantes
reativos.

Destárte, verificá-se que esses ágentes sáã o nocivos áo ser humáno, umá vez que podem
cáusár queimádurás, cáê ncer, irritáçáã o áà pele, áos olhos (inclusive perdá de visáã o), áos ápárelhos
respirátoá rio e digestivo, áfetár o sistemá nervoso centrál e o fíágádo.

Percebá-se que o direito pretendido pelo Autor encontrá ámpáro ná jurisprudeê nciá do
Tribunál Regionál Federál dá 4ª Regiáã o:

PREVIDENCIAÍ RIO. TEMPO ESPECIAL. AGENTES NOCIVOS. ÁLCOOL


ISOPROPÍLICO. HIDROCARBONETOS. CHUMBO. CONVERSAÃ O DE TEMPO COMUM
EM ESPECIAL. IMPOSSIBILIDADE. RESP N. 1.310.034-PR. APOSENTADORIA
ESPECIAL. APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇAÃ O. JUROS E CORREÇAÃ O
MONETAÍ RIA. LEI 11.960/2009. CRITEÍ RIOS DE ATUALIZAÇAÃ O. DIFERIMENTO PARA
A FASE PROÍ PRIA (EXECUÇAÃ O). 1. A exposição a agentes químicos
hidrocarbonetos, álcool isopropílico e chumbo é prejudicial à
saúde, ensejando o reconhecimento ensejando o reconhecimento
do tempo de serviço como especial . 2. O uso de Equipámento de Proteçáã o
Individuál - EPI, por si soá , náã o elide os efeitos nocivos de átividáde sujeitá áà
exposiçáã o á ágentes nocivos. No cáso, náã o restou comprovádo nos áutos o efetivo
fornecimento, pelás empresás, do referido dispositivo, támpouco demonstrádo o uso
permánente pelo empregádo duránte á jornádá de trábálho. 3. Conforme decidido
pelo Superior Tribunál de Justiçá, á lei vigente por ocásiáã o dá áposentádoriá eá á
áplicáá vel áo direito áà conversáã o entre tempos de serviço especiál e comum,
independentemente do regime juríádico áà eá pocá dá prestáçáã o do serviço. 4. No cáso
dos áutos, á párte áutorá náã o tem direito ádquirido áà áposentádoriá especiál ná dátá
dá Lei n. 9.032/95, de modo que náã o cábe á conversáã o dos períáodos de átividáde
comum em tempo especiál párá concessáã o do benefíácio em dátá posterior áà referidá
Lei. 5. Náã o comprovádo, ná DER, o tempo necessáá rio áà concessáã o dá áposentádoriá
especiál. 6. Preenchidos os requisitos legáis, tem o segurádo direito áà concessáã o
dá áposentádoriá por tempo de contribuiçáã o integrál, com á incideê nciá do fátor
previdenciáá rio, á contár dá dátá do requerimento ádministrátivo. [...] (TRF4, AC
0019754-61.2014.404.9999, SEXTA TURMA, Relátor HERMES SIEDLER DA
CONCEIÇAÃ O JUÍ NIOR, D.E. 03/08/2016)

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PREVIDENCIAÍ RIO. TEMPO ESPECIAL. AGENTES NOCIVOS. RUIÍDO. AGENTES
QUIÍMICOS. EPI. APOSENTADORIA ESPECIAL. CONCESSAÃ O. CORREÇAÃ O MONETAÍ RIA
E JUROS DE MORA. 1. Comprovádá á exposiçáã o do segurádo á ágente nocivo, ná
formá exigidá pelá legisláçáã o previdenciáá riá áplicáá vel áà espeá cie, possíável reconhecer-
se á especiálidáde dá átividáde láborál por ele exercidá. 2. A exposição a
agentes químicos (álcool isopropilico e poeiras de polipropileno)
é prejudicial à saúde, ensejando o reconhecimento do tempo como
especial. 3. EÍ ádmitidá como especiál á átividáde em que o segurádo ficou exposto
á ruíádos superiores á 80 decibeá is áteá 5/3/1997, em que áplicáá veis
concomitántemente, párá fins de enquádrámento, os Decretos 53.831/64 e
83.080/79; superiores á 90 decibeá is no períáodo de 6/3/1997 á 18/11/2003, de
ácordo com o Decreto 2.172/97, e, á pártir de 19/11/2003 superiores á 85 decibeá is,
nos termos do Decreto 4.882/2003. 4. Os equipámentos de proteçáã o individuál náã o
sáã o suficientes, por si soá , párá descárácterizár á especiálidáde dá átividáde
desempenhádá pelo segurádo, devendo cádá cáso ser ápreciádo em suás
párticuláridádes. 5. Tem direito áà áposentádoriá especiál o segurádo que possui 25
ános de tempo de serviço especiál e implementá os demáis requisitos párá á
concessáã o do benefíácio á pártir dá dátá de entrádá do requerimento ádministrátivo.
[...] (TRF4, APELREEX 5019690-10.2012.404.7000, SEXTA TURMA, Relátor OSNI
CARDOSO FILHO, juntádo áos áutos em 18/12/2015)

PREVIDENCIAÍ RIO. APOSENTADORIA ESPECIAL. ATIVIDADE ESPECIAL. AGENTE


NOCIVO RUIÍDO. AGENTES QUIÍMICOS. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇAÃ O INDIVIDUAL.
1. O reconhecimento dá especiálidáde e o enquádrámento dá átividáde exercidá sob
condiçoã es nocivás sáã o disciplinádos pelá lei em vigor áà eá pocá em que efetivámente
exercidos, pássándo á integrár, como direito ádquirido, o pátrimoê nio juríádico do
trábálhádor. 2. Ateá 28-04-1995 eá ádmissíável o reconhecimento dá especiálidáde por
cátegoriá profissionál ou por sujeiçáã o á ágentes nocivos, áceitándo-se quálquer meio
de prová (exceto párá ruíádo e cálor); á pártir de 29-04-1995 náã o máis eá possíável o
enquádrámento por cátegoriá profissionál, devendo existir comprováçáã o dá sujeiçáã o
á ágentes nocivos por quálquer meio de prová áteá 05-03-1997 e, á pártir de entáã o,
por meio de formuláá rio embásádo em láudo teá cnico, ou por meio de períáciá teá cnicá.
[...] 4. A exposição a agentes químicos (hidrocarbonetos aromáticos,
pigmentos corantes reativos, vapores de amônia) enseja o
reconhecimento da atividade como especial . 5. Os equipámentos de
proteçáã o individuál náã o sáã o suficientes, por si soá , párá descárácterizár á
especiálidáde dá átividáde desempenhádá pelo segurádo, devendo cádá cáso ser
ápreciádo em suás párticuláridádes. 5. Implementádos máis de 25 ános de tempo de
átividáde sob condiçoã es nocivás e cumpridá á cáreê nciá míánimá, eá devidá á concessáã o
do benefíácio de áposentádoriá especiál, á contár dá dátá do requerimento

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ádministrátivo, nos termos do § 2º do árt. 57 c/c árt. 49, II, dá Lei n. 8.213/91. (TRF4
5000015-32.2011.404.7215, SEXTA TURMA, Relátorá ELIANA PAGGIARIN
MARINHO, juntádo áos áutos em 20/01/2012)

Em períáodo posterior á junho de 1998, á descárácterizáçáã o dá náturezá especiál dá átividáde


em decorreê nciá de EPIs eá ádmissíável desde que hájá láudo teá cnico áfirmándo inequivocámente que
á suá utilizáçáã o pelo trábálhádor reduziu efetivámente os efeitos nocivos do ágente ágressivo á
níáveis toleráá veis, ou os neutrálizou (STJ, REsp 720.082/MG, Rel. Min. Arnaldo Esteves Lima, Quinta
Turma, DJ 10/04/2006, p. 279; TRF4, EINF 2001.72.06.002406-8, Terceira Seção, Relator Fernando
Quadros da Silva, D.E. 08/01/2010).

Portánto, imperátivo o reconhecimento dá especiálidáde do lábor em rázáã o dá exposiçáã o do


Segurádo á ágentes quíámicos nocivos.

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

Por ocásiáã o do julgámento do IRDR nº 5054341-77.2016.4.04.0000/SC (tema n. 15), foi


firmádá á seguinte tese: “a mera juntada do PPP referindo a eficácia do EPI não elide o direito
do interessado em produzir prova em sentido contrário”.

EÍ de extremá importáê nciá referir que o Desembárgádor Federál Jorge Antoê nio Máurique
ásseverou em seu voto, confirmádo por máioriá, que existem situações em que a ineficácia dos
EPI’s é presumida, dispensándo quálquer diligeê nciá nesse sentido, quáis sejám: exposiçáã o áo
ruíádo, agentes biológicos, agentes reconhecidamente cancerígenos e periculosidade.

O voto eá extremámente cláro quánto áo ponto, sendo oportuná á citáçáã o do seguinte trecho:

[...] Cumpre áindá observár que existem situações que dispensam a produção
da eficácia da prova do EPI, pois mesmo que o PPP indique á ádoçáã o de EPI
eficáz, essá informáçáã o deveráá ser desconsiderádá e o tempo considerádo como

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especiál (independentemente da produção da prova da falta de eficácia) nás
seguintes hipoá teses:

a) Períodos anteriores a 3 de dezembro de 1998 :

Pelá áuseê nciá de exigeê nciá de controle de fornecimento e uso de EPI em períáodo
ánterior á essá dátá, conforme se observá dá IN INSS 77/2015 -Art. 279, § 6º:

'§ 6º Somente será considerada a adoção de Equipamento de Proteção Individual - EPI


em demonstrações ambientais emitidas a partir de 3 de dezembro de 1998, data da
publicação da MP nº 1.729, de 2 de dezembro de 1998, convertida na Lei nº 9.732, de
11 de dezembro de 1998, e desde que comprovadamente elimine ou neutralize a
nocividade e seja respeitado o disposto na NR-06 do MTE, havendo ainda necessidade
de que seja assegurada e devidamente registrada pela empresa, no PPP, a observância:
(...)'

b) Pela reconhecida ineficácia do EPI:

b.1) Enquadramento por categoria profissional : devido á presunçáã o dá


nocividáde (ex. TRF/4 5004577-85.2014.4.04.7116/RS, 6ª Turmá, Rel. Des. Fed. Joáã o
Bátistá Pinto Silveirá, em 13/09/2017)

b.2) Ruíádo: Repercussáã o Gerál 555 (ARE 664335 / SC)

b.3) Agentes Biológicos: Item 3.1.5 do Mánuál dá Aposentádoriá Especiál


editádo pelo INSS, 2017.

b.4) Agentes nocivos reconhecidámente cánceríágenos: Memorándo-Circulár


Conjunto n° 2/DIRSAT/DIRBEN/INSS/2015:

Exemplos: Asbesto (ámiánto): Item 1.9.5 do Mánuál dá Aposentádoriá Especiál


editádo pelo INSS, 2017; Benzeno: Item 1.9.3 do Mánuál dá Aposentádoriá Especiál
editádo pelo INSS, 2017.

b.5) Periculosidáde: Trátándo-se de periculosidáde, tál quál á eletricidáde e


vigilánte, náã o se cogitá de áfástámento dá especiálidáde pelo uso de EPI. (ex.
APELAÇAÃ O/REMESSA NECESSAÍ RIA Nº 5004281-23.2014.4.04.7000/PR, Rel. EÍ zio
Teixeirá, 19/04/2017 )

Por fim, restá esclárecer, quánto á esse áspecto, que nos cásos de empresás inátivás e
náã o sendo obtido os registros de fornecimento de EPI, ás pártes poderáã o utilizár-se
de prová emprestádá ou por similáridáde (de outros processos, inclusive de
reclámátoá riás trábálhistás) e de oitivá de testemunhás que trábálhárám nás mesmás

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empresás em períáodos similáres párá demonstrár á áuseê nciá de fornecimento de EPI
ou uso inádequádo.

Contudo, párá fins de melhor áváliáçáã o dás átividádes desempenhádás, e párá que náã o
páirem duá vidás á respeito dá exposiçáã o áos ágentes nocivos ácimá citádos, faz-se necessária a
produção de prova pericial. Nesse sentido:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. PREVIDENCIAÍ RIO. ATIVIDADE ESPECIAL. PROVA


PERICIAL. NECESSIDADE. Tendo a documentação acostada ao feito suscitado
dúvidas quanto às reais condições de trabalho da parte agravante, revela-se
necessária a realização de perícia técnica para verificação da especialidade de
todas as atividades desempenhadas pelo autor que constam do PPP
impugnado, o que possibilitará a formação de um juízo seguro acerca da
situação fática posta em causa. Precedentes deste Regionál. (TRF4, AG 5015082-
75.2016.404.0000, SEXTA TURMA, Relátor (AUXIÍLIO SALISE) HERMES S DA
CONCEIÇAÃ O JR, juntádo áos áutos em 24/06/2016, grifos ácrescidos).

Aleá m disso, cárácterizá-se cerceámento de defesá á náã o complementáçáã o dá prová


documentál e á inocorreê nciá de períáciá judiciál, quándo estes meios sáã o os meios háá beis e idoê neos
á comprovár á pretensáã o deduzidá pelá párte áutorá (TRF4 5001912-42.2013.404.7016, SEXTA
TURMA, Relátor EZIO TEIXEIRA, juntádo áos áutos em 20/12/2016).

DA CONVERSÃO DO TEMPO DE SERVIÇO ESPECIAL EM COMUM

Para aqueles trabalhadores que sucessivamente se submeteram a atividades sujeitas ao regime de


aposentadoria especial e comum, o § 1º do art. 201 da Constituição Federal estabelece a contagem diferenciada
do período de atividade especial. A conversão do tempo de serviço especial em tempo de serviço comum é feita
utilizando-se um fator de conversão, pertinente à relação que existe entre o tempo de serviço especial exigido
para gozo de uma aposentadoria especial (15, 20 ou 25 anos) e o tempo de serviço comum. O Decreto 3.048/99
traz a tabela com os multiplicadores:

TEMPO A CONVERTER MULTIPLICADORES

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MULHER (PARA 30) HOMEM (PARA 35)

DE 15 ANOS 2,00 2,33


DE 20 ANOS 1,50 1,75
DE 25 ANOS 1,20 1,40

EÍ importánte destácár que á comprováçáã o dá átividáde especiál áteá 28 de ábril de 1995 erá feitá
com o enquádrámento por átividáde profissionál (situáçáã o em que háviá presunçáã o de submissáã o á ágentes
nocivos) ou por ágente nocivo, cujá comprováçáã o demándává preenchimento pelá empresá de formuláá rios
SB40 ou DSS-8030.

Todáviá, com á nová redáçáã o do árt. 57 dá lei 8.213/91, dádá pelá lei 9.032/95, pássou á ser
necessáá riá á comprováçáã o reál dá exposiçáã o áos ágentes nocivos, sendo indispensáá vel á ápresentáçáã o de
formuláá rios, independentemente do tipo de ágente especiál. Aleá m disso, á pártir do Decreto nº 2.172/97,
que regulámentou ás disposiçoã es introduzidás no árt. 58 dá Lei de Benefíácios pelá Medidá Provisoá riá nº
1.523/96 (convertidá ná Lei nº 9.528/97), pássou-se á exigir á ápresentáçáã o de formuláá rio-pádráã o,
embásádo em láudo teá cnico, ou por meio de períáciá teá cnicá. No entanto, aqueles segurados que
desempenharam atividade considerada especial podem comprovar tal aspecto observando a
legislação vigente à data do labor desenvolvido.

A utilizáçáã o de equipámentos de proteçáã o individuál (EPI) eá irrelevánte párá o reconhecimento dás


condiçoã es especiáis, prejudiciáis áà sáuá de ou áà integridáde fíásicá do trábálhádor, dá átividáde exercidá no
períáodo ánterior á 3 de dezembro de 1998, dátá dá publicáçáã o dá MP 1.729, de 2 de dezembro de 1998,
convertidá ná Lei 9.732, de 11 de dezembro de 1998, que álterou o § 2º do ártigo 58 dá Lei 8.213/1991,
determinándo que o láudo teá cnico contenhá informáçáã o sobre á existeê nciá de tecnologiá de proteçáã o
individuál que diminuá á intensidáde do ágente ágressivo á limites de toleráê nciá e recomendáçáã o sobre á suá
ádoçáã o pelo estábelecimento respectivo. A proá priá áutárquiá jáá ádotou esse entendimento ná Instruçáã o
Normátivá 45/2010.

De ácordo com o entendimento do Superior Tribunál de Justiçá (Resp 1.108.945/RS, Quintá Turmá,
Relátor Ministro Jorge Mussi, Dje de 23/6/2009; Resp 72082/MG, Quintá Turmá, Relátor Ministro Arnáldo
Esteves Limá, Dje de 10/4/2006), os equipámentos de proteçáã o individuál - EPI náã o sáã o suficientes, por si soá ,
párá descárácterizár á especiálidáde dá átividáde desempenhádá pelo segurádo, devendo cádá cáso ser
ápreciádo em suás párticuláridádes.

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EMENTA: PREVIDENCIAÍ RIO. APOSENTADORIA ESPECIAL. REQUISITOS
PREENCHIDOS. AGENTES BIOLOÍ GICOS. CATEGORIA PROFISSIONAL.
ENFERMAGEM. 1. Umá vez exercidá átividáde enquádráá vel como
especiál, sob á eá gide dá legisláçáã o que á ámpárá, o segurádo ádquire o
direito áo reconhecimento como tál e áo ácreá scimo decorrente dá suá
conversáã o em tempo de serviço comum no áê mbito do Regime Gerál de
Prevideê nciá Sociál. 2. Ateá 28/04/1995 eá ádmissíável o reconhecimento dá
especiálidáde por cátegoriá profissionál ou por sujeiçáã o á ágentes
nocivos, áceitándo-se quálquer meio de prová (exceto párá ruíádo); á
pártir de 29/04/1995 náã o máis eá possíável o enquádrámento por
cátegoriá profissionál, devendo existir comprováçáã o dá sujeiçáã o á
ágentes nocivos por quálquer meio de prová áteá 05/03/1997 e, á pártir
de entáã o, por meio de formuláá rio embásádo em láudo teá cnico, ou por
meio de períáciá teá cnicá. 3. Comprovádo o exercíácio de átividáde especiál
por máis de 25 ános, á párte áutorá fáz jus áà concessáã o dá áposentádoriá
especiál. A exposiçáã o á ágentes bioloá gicos ensejá o reconhecimento do
tempo de serviço como especiál. 4. As átividádes de teá cnico/átendente
de enfermágem, exercidás áteá 28-04-1995, devem ser reconhecidás
como especiál em decorreê nciá do enquádrámento, por equipáráçáã o, áà
cátegoriá profissionál de enfermágem. (TRF4, AC 5003251-
29.2014.404.7007, QUINTA TURMA, Relátor PAULO AFONSO BRUM VAZ,
juntádo áos áutos em 21/06/2016)

Ademais, não resta comprovada a efetiva entrega dos EPIs pela empresa e tampouco
ficou demonstrado o uso permanente pela Autora durante toda a jornada de trabalho, desta forma, o
emprego desses acessórios não é suficiente para descaracterizar a especialidade do tempo de serviço
em exame.

A áutárquiá relegou os períáodos especiáis, utilizándo párá tánto, ártifíácios náã o prescritos em lei,
DESPREZANDO o fáto de que táis períáodos, remontám eá pocás pássádás e bem ánteriores áà ediçáã o dás
medidás ádotádás pelá Autárquiá párá negár o enquádrámento, conversáã o e, consequü entemente, o benefíácio.
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A legisláçáã o párá enquádrámento dos períáodos especiáis náã o eá á indicádá pelá Autárquiá, más áquelá
contemporáê neá áà eá pocá em que ocorreu o lábor sujeito áà s condiçoã es que á regrá de direito preteá ritá
prescreviá e náã o ás átuáis.

Oportuno lembrár que enquádrámento dos períáodos especiáis eá feito ná conformidáde dás eá pocás em
que houve o lábor com á sujeiçáã o áo ágente nocivo, ou sejá, no Anexo e legisláçáã o contemporáê neos áà ele. Os
períáodos especiáis, sáã o fátos jáá consumádos sob á eá gide de outrás regrás de direito, umá vez que ás
exigeê nciás legáis forám cumpridás, fázendo párte do pátrimoê nio juríádico do segurádá/Autorá, NAÃ O
PODENDO MAIS, SER ALTERADO POR regrás posteriores.

Neste contesto, o requisito legál párá enquádrámento eá A EXPOSIÇAÃ O DO SEGURADO AO AGENTE


AGRESSIVO NO AMBIENTE DE TRABALHO, INDEPENDENTEMENTE DA UTILIZAÇAÃ O OU NAÃ O DE EPI´s.

Assim, inconformádá com o indeferimento do seu pedido de áposentádoriá, ápoá s váá rios
cumprimentos áà s exigeê nciás ilegáis tecidás pelá Reá , á Autorá vindicá á legisláçáã o corretá por intermeá dio do
judiciáá rio.

Apenás párá que náã o restem duá vidás: OS PERIÍODOS CONSIDERADOS ESPECIAIS, ENCONTRAM
respáldo LEGAL E ENQUADRAMENTO, NO ANEXO I, III e IV e seus respectivos Decretos, como jáá ápreciámos,
QUE sáã o CONTEMPORAÂ NEOS AÀ ELES, descábendo quáisquer álusoã es, por párte dá áutárquiá, á quálquer
outro tipo de Anexo, decretos e normátivás internás.

IV – DA TUTELA PROVISÓRIA SATISFATIVA

ENTENDE O AUTOR QUE A ANAÍ LISE DA MEDIDA ANTECIPATOÍ RIA PODERAÍ SER MELHOR
APRECIADA EM SENTENÇA

No momento em que for proferidá á sentençá, os requisitos párá concessáã o de tutelá


provisoá riá de urgeê nciá previstos no árt. 300 do CPC/2015 estáráã o devidámente preenchidos, á
sáber: 1) A existeê nciá de elementos que evidenciem á probábilidáde do direito; 2) O perigo ou dáno
áo resultádo uá til do processo.

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O primeiro requisito seráá preenchido com báse em cognição exauriente e nás diversás
provás jáá ápresentádás no processo, ás quáis demonstrám de formá inequíávocá o direito do Autor áà
concessáã o do benefíácio.

No que concerne áo perigo ou dáno áo resultádo uá til do processo, háá que se átentár que o
cáráá ter álimentár do benefíácio tráduz um quádro de urgeê nciá que exige prontá respostá do
Judiciáá rio, tendo em vistá que nos benefíácios previdenciáá rios restá intuitivo o risco de ineficáá ciá do
provimento jurisdicionál finál.

Aindá que náã o fosse suficiente, ápoá s á cogniçáã o exáuriente támbeá m estáráã o preenchidos os
requisitos párá deferimento dá tutelá provisoá riá de evideê nciá, com báse no árt. 311, inciso IV, do
CPC/2015.

Sendo ássim, eá imperiosá á determinação sentencial párá que á áutárquiá reá implánte o
benefíácio de formá imediátá.

V – DA AUDIÊNCIA DE MEDIAÇÃO OU DE CONCILIAÇÃO

Considerándo á necessidáde de ánáá lise detálhádá de provás no presente feito, o Autor vem
mánifestár, em cumprimento áo árt. 319, inciso VII, do CPC/2015, que náã o háá interesse ná
reálizáçáã o de áudieê nciá de conciliáçáã o ou mediáçáã o, hájá vistá á iminente ineficáá ciá do
procedimento e á necessidáde de que ambas as partes dispensem á suá reálizáçáã o, conforme
previsto no árt. 334, §4º, inciso I, do CPC/2015.

VI – DO PEDIDO

ANTE O EXPOSTO, requer:

á) O recebimento e o deferimento dá presente peçá ináugurál;


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b) O deferimento dá Grátuidáde dá Justiçá, tendo em vistá que á párte áutorá náã o tem recursos
finánceiros suficientes párá custeár ás despesás do processo;

c) A não reálizáçáã o de áudieê nciá de conciliáçáã o e mediáçáã o previstá no árt. 334 do CPC/2015;

d) A produçáã o de todos os meios de provás em direito ádmitidos, em especiál o pericial;

e) O deferimento dá tutelá provisoá riá sátisfátivá, com á ápreciáçáã o do pedido de implántáçáã o do


benefíácio em sentença;

f) Ao finál, julgár procedentes os pedidos formuládos ná presente áçáã o, condenándo o Instituto


Nácionál do Seguro Sociál á:

f.1) Reconhecer o tempo de serviço especiál desenvolvido duránte os períáodos de


04/04/1994 á 20/05/1999 e 03/01/2000 á 04/10/2004;

f.2) Conceder áà párte Autorá á APOSENTADORIA POR TEMPO E CONTRIBUIÇÃO


(NB 181639278-0), com á condenáçáã o áo págámento dás prestáçoã es em átráso á
pártir dá DER, em 05/02/2018, corrigidás ná formá dá lei, ácrescidás de juros de
morá desde quándo se tornárám devidás ás prestáçoã es;

g) Cáso náã o sejá reconhecido tempo de serviço especiál suficiente áteá á DER párá á concessáã o
do benefíácio, o que soá se ádmite hipoteticámente, requer o coê mputo dos períáodos
posteriores, e á concessáã o dá áposentádoriá por tempo de contribuiçáã o com reáfirmáçáã o dá
der desde á dátá em que forám preenchidos os requisitos párá o deferimento do benefíácio,
ou, subsidiáriámente, á pártir dá dátá do ájuizámento dá áçáã o;

h) Subsidiáriámente áo item ánterior, requer á conversáã o do tempo de serviço especiál em


comum de todos os períáodos submetidos á ágentes nocivos (fátor 1,2), concedendo áà párte
Autorá o benefíácio dá áposentádoriá por tempo de contribuiçáã o desde á dátá do
requerimento ádministrátivo. Cáso náã o estejám preenchidos os requisitos do benefíácio ná
dátá indicádá, requer á reáfirmáçáã o dá DER, nos mesmos moldes ápontádos no item
ánterior.

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Termos em que;

Pede deferimento.

Dá à causa o valor2 de R$ 19.058,14

Boqueiráã o do Leáã o, RS, 25 de outubro de 2018.

Luis Edson Fáleiro

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