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A Rolls-Royce gastará centenas de milhões de dólares nos próximos anos para consertar
turbinas de motor Trent 1000 propensas à corrosão em mais de 200 dos modelos 787
Dreamliner da Boeing, segundo relatos.
A Rolls-Royce gastará centenas de milhões de dólares nos próximos anos para consertar
turbinas de motor Trent 1000 propensas à corrosão em mais de 200 dos modelos 787
Dreamliner da Boeing, segundo relatos.
O motor Trent 1000 da Rolls-Royce, em mais de 200 787s, tem sido propenso a corrosão por
sulfatação, causando rachaduras nas pás das turbinas.
A sulfetação ocorre em altas temperaturas e em aviões pode ser causada pelo enxofre no
combustível de aviação, bem como a exposição ambiental. O processo de corrosão pode
ser exacerbado em materiais que contêm nióbio, que as pás nos motores afetados da
Pratt & Whitney continham. Um revestimento de cromo pode diminuir a corrosão.
A corrosão por sulfetação também ocorre em aplicações de petróleo e gás; foi culpado
por uma explosão em 2012 em uma refinaria da Chevron na Califórnia, bem como uma
explosão massiva em uma refinaria em Utah em 2009.
Este mecanismo de dano provoca perda de espessura nas paredes dos tubos utilizados nas
unidades de destilação de petróleo. É um processo relativamente lento, mas constante ao longo do
tempo, e merece atenção por parte do inspetor de equipamentos, pois pode causar o afinamento da
parede de aço de uma linha ou equipamento, até o rompimento, muita vezes catastrófico, quando
não devidamente monitorado e controlado. A redução de espessura pode ser generalizada ou
localizada.
Como foi dito acima, esta corrosão que ocorre na presença de compostos do petróleo bruto, tais
como o sulfeto de hidrogênio, que reage com equipamentos construídos com aço (ligas ferrosas,
inox série 300, 400 e ligas de níquel). A presença de hidrogênio acelera o processo corrosivo.
As variáveis do processo que afetam a taxa de corrosão incluem o teor total de enxofre do óleo,
o tipo de enxofre presente, as condições de fluxo e da temperatura de operação do equipamento.
Praticamente todo o petróleo bruto contêm compostos de enxofre, portanto, a sulfetação é um
mecanismo de dano presente em cada refinaria que processa petróleo bruto em qualquer lugar do
mundo.
A reação entre o enxofre e o ferro produz uma camada escamada de sulfeto de ferro sobre a
superfície do aço. Esta reação pode ser comparada com o de oxigênio e ferro (oxidação). O tipo de
escama formada pela sulfetação depende dos elementos contidos no aço. Certas escamas formadas
são protetoras e ajudam a reduzir a reação entre compostos de enxofre e o ferro, minimizando a
taxa de corrosão.
A quantidade de silício (Si) também é um fator que influencia significativamente a taxa de corrosão
por sulfetação. Tubulações de aço de carbono contendo teor de silício menor que 0,1% podem
corroer a taxas aceleradas, chegando ser dezesseis vezes mais rápidas do que as tubulações de aço
carbono contendo maiores percentagens de silício, conforme podemos ver no gráfico a seguir.
Este gráfico mostra o aumento da taxa de corrosão no aço carbono conforme o decréscimo de
silício. Esta informação pode ser encontrada no Anexo C do API RP 939-C: Diretrizes para evitar
sulfetação e falhas de corrosão em refinarias de petróleo. OBS: mpy= milésimo de polegada por ano.