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Albert Ebert *
1. INTRODUÇÃO
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cavalete estão, atualmente, em completo desuso e a sua total con-
tra-indicação prende-se à sua instabilidade, que torna difícil a es-
crita sobre uma superfície trepidante e oscilante, além de poder
provocar acidentes que não só causam danos físicos e prejuízos ma~
teriais, como provocam sempre, pelo seu lado cômico e vexatório,
situações de indisciplina coletiva, às vezes, difíceis de contornar.
o quadro de giz 31
Acrescente-se ainda, como inconveniente, a pequena área utilizá-
vel que tais tipos de quadros oferecem, pois, sendo todos eles mon-
tados em suportes ou cavaletes, têm o seu tamanho limitado ao
peso que tais sustentáculos possam suportar.
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Sua área útil nunca deve ser inferior a 4,20 m 2 , ou seja, 1,20 m de
altura por 3,50 de comprimento.
o quadro de giz 33
dro, a distância seja de 2,30 m. Estas medidas permitem que uma
pessoa de estatura mediana possa utilizar, sem ter que se abaixar
demais ou sem ter que ficar na ponta dos pés, a maior parte da
área útil de 1,20 m que representa a altura do quadro de giz.
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tem ao polimento provocado pelo apagador. Além disso, tais ma-
teriais são vendidos a metro, como se fosse uma passadeira, já
com a largura ideal, o que permite assentá-las numa grande ex-
tensão, sem emendas, sobre uma base de compensado ou de euca-
tex que nivela as irregularidades do reboco da parede.
Uma ótima superfície para o quadro de giz e que tem, entre ou-
tras, a grande vantagem de anular por completo os reflexos, é
fornecida por uma placa de vidro de seis a oito milímetros de es-
pessura, tendo a face em que se escreve despolida e a face oposta,
que ficará contra o compensado, pintada de cinza ou de verde fos-
co. Deste modo, a cor é dada ao quadro por transparência e o giz,
ao escrever sobre a face despolida de vidro, não entra em contato
com a camada de tinta. Um pano úmido no final de uma jornada
de trabalho, passado sobre a superfície de vidro, devolve ao quadro,
indefinidamente, o aspecto de novo.
o quadro de giz 35
'------'teto
r - - - -- - - -Iuz fria
- - - - - - -moldura superior
' - - - - - -- -·Tr lho para cortina
superfície do quadro
oalho
A superfície deve ser ligeiramente áspera, para que o giz não des-
lise sem nela deixar suficiente quantidade de material aderente
que assegure a perfeita legibilidade do traço. Este tipo de super-
fície funciona como uma lixa, desbastando o giz de modo uniforme
e retendo uma camada bastante espessa de giz, o que assegura um
traço uniforme e bastante visível.
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tão quando atritado na superfície do quadro, bem como o que se
desprende do apagador e do próprio quadro quando este é apa-
gado. Sem tal complemento, o pó de giz acumula-se rapidamen-
te no estrado e daí, levado pelas solas dos sapatos do professor e
dos alunos, espalha-se por todo o assoalho da sala de aula e pelos
corredores do colégio, o que é, evidentemente, antiestético, anti-
higiênico e, portanto, desaconselhável.
o quadro de giz 37
I I
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lizado com uma técnica específica, da qual as normas primordiais
são as seguintes:
a) nunca inicie uma aula sem que o quadro de giz esteja com-
pletamente limpo. Se quem o deve deixar limpo é o professor que
termina a sua aula ou se deve limpá-lo aquele que a inicia é de so-
menos importância. Se deve ser limpo pelo próprio professor, por
um servente da escola ou por um aluno que para isso se ofereça
ou atenda a um pedido do professor, não tem a menor importância,
contanto que o princípio fundamental de só iniciar a aula com o
quadro totalmente limpo seja respeitado.
o apagador deve ser segurado com firmeza de modo que não es-
cape da mão de quem o utiliza, e a pressão que sobre ele se exer-
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ce deve ser suficiente para remover, totalmente, as partículas de
giz aderentes ao quadro, de modo que nenhum vestígio ou fan~
tasma do que estava escrito permaneça visível.
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b) uma segunda norma importantíssima a ser observada quando
se usa o quadro de giz é não utilizá-lo indiscriminadamente. O uso
indiscriminado e não planejado gera uma confusão tão grande que,
por vezes, o próprio professor se perde no emaranhado dos dados,
desenhos, gráficos, esquemas, etc., desordenadamente lançados.
o quadro de giz 41
em letra de forma, tipo grande, sublinhado, para que se destaque
bem. Logo abaixo do título, destacados por meio de números ou
letras, devem suceder-se os itens e subitens do assunto da aula.
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professor, e assim sucessivamente, de modo que, ao chegar a aula
ao seu término, o resumo da mesma, organizado, claro e sucinto,
estará ocupando toda a parte esquerda do quadro. Nada impede
que esta parte do quadro, depois de apagada, seja refeita, como
já indicado, a título de síntese integradora final ou simplesmente
para uma recapitulação do assunto da aula, no final da mesma.
Título do assunto da
Desenvolvimento, ex- Dados acessórios, re-
aula plicações, c o n c I u- ferências a assuntos
s õ e s, esquematiza- anteriores, colabora-
Organização esque-
mática dos dados es-
ções, etc., de cadação dos alunos, escla-
senciais da matéria
um dos itens dos da- recimentos de dúvi-
dos essenciais da das, cálculos auxilia-
NÃO SE APAGA matéria res, etc.
DURANTE TODA A
AULA APAGA-SE PERIODICAMENTE
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conduz a uma perda de contato com os alunos, para cuja retomada
perde-se um precioso tempo e despende-se um esforço dobrado. O
correto é saber intercalar, habilmente, períodos de exposição com
períodos de escrita no quadro. Até mesmo a confecção de um es-
quema, de um gráfico, de um organograma ou de um fluxograma
nunca deve ser feito todo de uma vez, com paralisação da aula e
interrupção da comunicação entre o professor e os alunos. Ao con-
trário, a confecção deve ser feita por partes, à medida que as neces-
sárias explicações vão sendo dadas, o que permite alternar a ex-
posição com os períodos em que se está voltado para o quadro
de giz.
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pensá-lo, dar-lhe uma breve palavra de estímulo e reconhecimento.
Tal atitude por parte do professor representa valioso incentivo que
só poderá contribuir, de modo positivo, para maior e melhor mo-
tivação.
ERRADO
CERTO
o quadro de giz 45
É aconselhável para os que se iniciam na profissão, um período
de treinamento e praticagem da firmeza e uniformidade do traço
no quadro de giz, principalmente para os professores que lecio-
nam disciplinas que utilizam com freqüência o quadro de giz para
a confecção de gráficos, desenhos e esquemas. Tal treino deve com-
preender a praticagem do traçado de linhas retas verticais, oblí-
quas e horizontais, linhas retas paralelas separadas por grandes,
médias e pequenas distâncias, verticais e horizontais, linhas curvas
sob a forma de círculos, elipses e espirais, círculos concêntricos,
arcos de círculos com a convexidade à direita ou à esquerda, para
cima e para baixo.
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3. Os ACESSÓRIOS DO QUADRO DE GIZ
Os bastões de giz não devem ser nem moles demais, nem duros
demais. O giz muito mole, que se esfarinha com facilidade, torna
difícil a escrita ou o desenho no quadro, pois à menor pressão que-
bra-se, impedindo assim que se possa obter um traço firme, unifor-
me e ininterrupto como é desejável. Ao contrário, o giz duro demais,
por maior pressão que sobre ele se exerça, deixa pouco material ade-
rente ao quadro, produzindo assim um traço pouco visível e por
isso mesmo desaconselhável. É importante que a contextura do giz
seja homogênea, livre de grãos de impurezas duras que riscam
a superfície do quadro deixando marcas indeléveis, bem como fa-
zem deslizar o giz nos momentos mais inoportunos, inutilizando
desenhos ou esquemas, dificultando sua confecção e pondo à pro-
va a estabilidade emocional e o autocontrole do professor.
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salta da mão de quem o está utilizando e, em meio a uma nuvem
esvoaçante de pó de giz, vai ao chão, não sem antes deixar suas
marcas na roupa ou nos sapatos de quem o estava usando. Em se-
gundo lugar, como a camada de feltro é relativamente fina, o atri-
to com a superfície do quadro cedo a desgasta, de tal modo que
a base de madeira, principalmente nos cantos, começa a riscar a
superfície do quadro.
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de plástico de encontro ao quadro, poderemos utilizar o compasso
sem ferir a superfície do mesmo, e
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