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SUMÁRIO

1 Introdução ...................................................................................................................................................... 3
2 Adobe ............................................................................................................................................................ 4
3 UOL .................................................................................................................................................................. 7
4 GE Healthcare ................................................................................................................................................ 10
5 BBC ................................................................................................................................................................. 13
6 Netflix ........................................................................................................................................................... 15
7 Intel ................................................................................................................................................................. 18
8 FBI ................................................................................................................................................................. 21
9 Dutch Railways ........................................................................................................................................ 24
10 Conclusão....................................................................................................................................................... 27
11 Sobre a Project Builder ............................................................................................................................ 28
1.INTRODUÇÃO
Atualmente, as metodologias ágeis de gerenciamento de projetos já permeiam boa parte das empresas,
tanto que falamos delas a todo tempo no blog da Project Builder. E como gostamos de pensar que nos-
sos leitores estão sempre ávidos por conteúdos de qualidade, que agreguem valor a suas carreiras, resol-
vemos montar neste e-book uma verdadeira aula prática. Antes, porém, vamos recapitular?
O Agile reúne melhores práticas que, quando adotadas durante o desenvolvimento de uma iniciativa, per-
mitem uma gestão eficaz e trazem resultados mais satisfatórios tanto para a equipe envolvida como para
o cliente, que tem entregas frequentes e começa a desfrutar dos benefícios de seu investimento bem an-
tes do que no tradicional desenvolvimento de projetos em cascata.
Pensadas para auxiliar na gestão de projetos em ambientes de alta complexidade, essas práticas trazem
flexibilidade suficiente para realizar mudanças ao longo dos trabalhos sem grandes impactos financeiros
ou de qualidade, implementar um desenvolvimento incremental e iterativo, além de priorizar atividades a
fim de gerar mais valor para o cliente desde o início do projeto.
Hoje em dia, já são muitas as empresas que sabem aproveitar bem as características do Agile para manter
a dianteira em seus nichos de mercado. E esse pioneirismo as transforma em grandes exemplos, tanto para
empreendedores que querem ver seu negócio crescer como para empresas tão maduras como a destes
cases. Pronto para conhecer alguns desses destaques?
Trazemos neste e-book 9 cases para você se inspirar e começar a traçar seu caminho rumo ao sucesso
agora mesmo. Então se concentre e aproveite o momento para aprender com quem vem tendo êxito no
Introdução
mercado!
Boa Leitura!

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A Adobe Systems é uma empresa americana
que desenvolve softwares para as mais diversas
finalidades. No ramo da edição de vídeos, um de seus
principais produtos é o Adobe Premiere. E a verdade
é que, dentre os profissionais de edição gráfica, há
uma forte preferência por computadores da Apple,
o que fez com que a empresa buscasse desenvolver
uma versão do Adobe Premiere que atendesse tanto
aos usuários Windows quanto aos de Mac. Assim,
entre 2005 e 2006, a equipe de desenvolvimento da
solução se lançou no desafio de criar a versão Adobe
Premiere Pro.
Por mais que os resultados não tenham sido tão
satisfatórios como se esperava a princípio, o melhor
ainda estava por vir: dentro da Adobe, uma equipe

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se destacava por utilizar uma metodologia diferente de gerenciamento de projetos. Era o
Scrum. A equipe Soundbooth demonstrou maior agilidade e eficácia no desenvolvimento de
soluções ao se basear nesse método ágil, o que fez com que a gerência expandisse o uso do
Scrum para todo o time de desenvolvimento.
É claro que a implementação de uma nova metodologia de trabalho trouxe algumas dificuldades,
mas também trouxe êxito. Vamos dar uma olhadinha?

As dificuldades
Uma das principais mudanças provocadas pela adoção de qualquer método Agile diz respeito
à comunicação. E esse ajuste logo surtiu efeito na equipe do Adobe Premiere Pro, que tinha
dificuldades de se comunicar com equipes remotas, o que prejudicava o trabalho.
Outro obstáculo enfrentado pela equipe era relativo à definição das atividades que entrariam
na product backlog e como seriam medidas, a fim de garantir que o projeto fosse entregue
dentro dos padrões de qualidade esperados e no prazo estipulado. A falta de experiência
do time formava uma barreira para que os requisitos do projeto fossem entendidos em sua
plenitude e quebrados em atividades menores.
Por fim, a interação com equipes que não estavam em sintonia com o Agile também se tornou
um fator de dificuldade, pois a utilização do Scrum prevê uma forte interação entre todos os
envolvidos, criando sinergia no trabalho. O conjunto desses fatores formou o início de um
grande aprendizado para a empresa.

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As soluções
A boa notícia é que sempre há uma solução para toda dificuldade. E uma empresa de
tecnologia não poderia prescindir do seu know-how para encontrar esse caminho. No caso
da comunicação, estabeleceu-se que a equipe utilizaria o Adobe Connect, uma ferramenta de
colaboração em nuvem, para interagir e trocar conhecimentos e experiências.
Para solucionar as dificuldades com o backlog, a equipe do Adobe Premiere teve um treinamento
com a equipe do Soundbooth, que já utilizava a metodologia há 2 anos. Já com relação à
interação entre os times, outras áreas foram, aos poucos, adotando o Agile e promovendo as
mudanças necessárias para criar um ambiente de trabalho mais colaborativo e ágil.

Os ganhos
Após a adoção do Scrum, a equipe do Adobe Premiere Pro ganhou em diversas frentes. Além
de agilizar todo o processo de desenvolvimento do projeto de adaptação para Mac, ganhou
qualidade para o produto e alavancou a percepção de valor dos clientes em relação à solução,
o que originou um crescimento no número de usuários.
A equipe também se tornou mais eficiente e passou a ter melhor qualidade de vida, trabalhando
em ritmo constante e sem pressões. Os códigos foram aprimorados e passaram a ter um nível
mais elevado de qualidade, o que também contribuiu para que os usuários percebessem as
melhorias implementadas.
Com tudo isso, o fim não poderia ser diferente: a solução se tornou um grande sucesso
entre os usuários e permanece sendo aprimorada para oferecer ainda mais ferramentas e
funcionalidades.
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A UOL é uma empresa de serviços de internet que
faz parte do Grupo Folha, oferecendo diversas
plataformas on-line. O desafio enfrentado pelo
negócio consistia em mudar a arquitetura de um
sistema de pagamentos online sem alterar as
principais características da solução e, ao mesmo
tempo, melhorar sua escalabilidade e confiabilidade
para os usuários dentro de um prazo bastante justo.

As dificuldades
A falta de compreensão sobre as melhores práticas
Scrum fez com que a equipe de desenvolvimento
enfrentasse muitas barreiras. Regras foram
estabelecidas em detrimento ao foco nos valores
propostos pelo Agile. E, como sabemos, a flexibilidade

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é imprescindível no Agile para que o time trabalhe com as mudanças que se apresentam ao
longo do desenvolvimento. E isso não aconteceu no primeiro momento de implementação
da metodologia.
Além do mais, o relacionamento entre os membros da equipe era difícil, o que colocava em xeque
todo o processo de desenvolvimento do novo código de programação. Consequentemente,
todo o projeto estava em risco. Os clientes ficaram insatisfeitos e o uso do Scrum foi apontado
como responsável pelo fracasso.

As soluções
Depois da primeira experiência, a equipe da UOL acabou desistindo do Scrum e passou a
utilizar a metodologia RUP. Contudo, 2 anos mais tarde, com uma nova concepção e melhor
entendimento sobre as melhores práticas, a empresa reatou com o Scrum e percebeu avanços
consideráveis.
O foco em valores como comprometimento, trabalho em equipe e transparência foi o ponto
de partida para que o time se envolvesse verdadeiramente com os projetos. Reuniões diárias,
semanais e mensais passaram a ser realizadas para promover a integração da equipe e o
alinhamento necessário para o desenvolvimento de iniciativas.
A integração de profissionais mais experientes em Scrum também foi uma das soluções
encontradas para disseminar a cultura Agile, assim como a divisão dos colaboradores para
tratarem das responsabilidades de forma mais ordenada. Os sprints passaram de 3 para 4
semanas, a fim de garantir que as atividades fossem desenvolvidas com mais tranquilidade.

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Os ganhos
Agilidade, integração e uma nova versão da plataforma de pagamentos on-line, agora com
mais qualidade e afinada às necessidades dos clientes foram alguns dos ganhos da equipe
UOL. A possibilidade de mensurar resultados e ter grupos responsáveis por cada área do
desenvolvimento também melhorou consideravelmente a eficiência e a agilidade dos projetos
que se seguiram.

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A GE Healthcare é uma unidade de negócios da General
Electric que movimenta cerca de 17 bilhões de dólares
anualmente. Está focada no desenvolvimento de
equipamentos médicos para análises e diagnósticos
laboratoriais.

As dificuldades
O desenvolvimento de equipamentos voltados à
medicina diagnóstica é bastante complexo, mas
precisa ser tão ágil quanto possível para que a solução
já não esteja ultrapassada quando vier a ser lançada
no mercado. Exatamente por isso, uma das maiores
preocupações da GE envolvia os ciclos longos de
desenvolvimento de projetos, que levavam de 12 a
24 meses.

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Como a tecnologia avança rápido, as mudanças de escopo também eram frequentes, visando
atender às necessidades do mercado. Por fim, a incorporação das mudanças apontadas pelos
clientes nos períodos de teste se tornava difícil, pois o projeto já estava praticamente concluído.
E isso levava à atrasos nas entregas.

As soluções
Por mais que o Scrum já fosse isoladamente utilizado por algumas equipes da GE, era
um completo desconhecido da unidade Healthcare. Foi então que se pensou em utilizar a
metodologia para dar a agilidade necessária ao desenvolvimento dos equipamentos e, assim,
aproveitar melhor o time to market.
Para a estruturação da equipe Scrum, contratou-se uma consultoria externa, a fim de alinhar
o processo de produção dos equipamentos à atuação da equipe, obtendo dessa forma mais
eficiência operacional.
Foram adotados sprints de 15 dias para tornar o trabalho das equipes mais focado com o intuito
de extrair o máximo de cada fase do projeto. Também foram estabelecidos indicadores de
performance para monitorar o desempenho do time e acompanhar a eficácia da implementação
do Scrum nessa unidade de negócio.

Os ganhos
A participação ativa dos clientes no desenvolvimento das soluções mostrou ser um grande
diferencial para a GE Healthcare, pois foi possível alinhar cada solução às necessidades do

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mercado. Além disso, os sprints de 15 dias contribuíram para que o feedback fosse constante.
Assim, as melhorias necessárias foram implementadas ao longo de todo o projeto, aproveitando
o caráter de desenvolvimento incremental aplicado no Agile. Os sprints mais curtos também
ajudaram a acelerar os fluxos de trabalho e priorizar os recursos que deveriam ser desenvolvidos
antes, gerando valor para os clientes desde o início.
A comunicação da equipe também foi fortalecida à medida que as reuniões de alinhamento se
tornaram frequentes e houve abertura para que as pessoas se questionassem a respeito do que
estava sendo desenvolvido. Com as atividades bem distribuídas, foi possível montar equipes
organizadas para, assim, empoderar seus membros de maneira que se sintam responsáveis
pelos resultados finais.
O ambiente regulado serviu para que o time entendesse como os processos de desenvolvimento
dos projetos se davam, proporcionando assim um melhor acompanhamento da performance
da equipe ao reduzir o tempo das entregas e melhorar a eficiência de todo o ciclo de vida dos
projetos.

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Como você provavelmente já sabe, a British Broadcasting
Corporation (BBC) é uma emissora de rádio e televisão
britânica sediada em Londres, que também opera em
meios digitais.

As dificuldades
A maior dificuldade da equipe de mídia da BBC era
entender plenamente os requisitos de cada solução a
ser desenvolvida, o que criava barreiras na execução dos
projetos dentro da empresa. Como consequência, os
produtos eram entregues sem o adequado alinhamento
com as necessidades dos clientes, inevitavelmente
causando insatisfação.

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As soluções
A solução encontrada para fazer com que a equipe de mídia atuasse de forma mais eficiente e
alinhada às expectativas do público consistiu na adoção de métodos ágeis de gerenciamento
de projetos. A intenção era criar uma cultura de desenvolvimento que abarcasse toda a equipe
e oferecesse subsídios para uma atuação mais condizente com o que se espera de uma grande
fornecedora de informação, entretenimento e educação.

Os ganhos
A partir da implementação do Agile, a equipe da BBC passou a identificar com maior precisão
os requisitos necessários a cada projeto, podendo desenvolvê-los em sprints de 2 semanas.
Isso conferiu maior agilidade ao processo bem como facilitou o feedback dos clientes em
relação às soluções propostas.
As partes envolvidas passaram a conhecer as perspectivas das demais em relação ao
desenvolvimento das iniciativas, criando uma cultura colaborativa e de revisão contínua,
conferindo maior qualidade aos produtos entregues. Além do mais, o retrabalho deixou de
ser comum, contribuindo para que os prazos dos projetos fossem cumpridos conforme o
planejado.
Processos mais transparentes e alinhados fizeram com que o fluxo de trabalho fosse agilizado
em todos os níveis, construindo uma gestão eficaz e focada em soluções de alta performance.

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O Netflix é um dos mais bem-sucedidos serviços
de streaming do mundo, com mais de 6 milhões de
clientes optando por ter acesso a filmes, séries e
outras produções diretamente no computador, 24
horas por dia, sem a necessidade de esperar por
horários predeterminados. O sucesso da empresa
se deve à sua constante evolução, buscando
oferecer aos clientes uma experiência única como
telespectadores.

As dificuldades
No caso do Netflix, não podemos dizer que seja
realmente uma dificuldade, mas sim um desafio: ser
o melhor entre os melhores. Para tanto, a empresa
precisa estar constantemente inovando a arquitetura

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do site, a fim de manter a rapidez de carregamento, uma navegação fácil e intuitiva e uma
relação de puro encantamento com os usuários.

As soluções
As soluções encontradas para promover um serviço de qualidade passam, em primeira instância,
por atualizações constantes do site. A cada 15 dias são implementadas alterações que podem
ou não dar certo, mas que são devidamente testadas com a finalidade de atingir um nível de
excelência constante.
A flexibilidade para inovar e o poder de adaptação proporcionado por esse design iterativo
permitem que a equipe de desenvolvimento do Netflix aplique ideias rapidamente e também
falhe com a mesma rapidez. Assim consegue encontrar as ferramentas e soluções ideais com
muito mais agilidade do que se planejasse por meses a fio para então tentar implementar
mudanças.
As equipes que projetam as alterações também têm a oportunidade de planejar o processo
de mudança, ou seja, como as alterações serão implementadas. Dessa forma, há uma maior
participação na construção da experiência do usuário, bem como mais facilidade de se observar
as reações do público a essas constantes alterações.
Promover mudanças em tão curto espaço de tempo exige uma cultura imediatista por parte
dos desenvolvedores. Por isso, o foco no agora é bastante trabalhado internamente para que
as pessoas se sintam responsáveis não só pelos projetos, mas pelo sucesso da empresa. A
visão de futuro fica por conta dos CEOs.

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Os ganhos
Como o time é livre para criar e aplicar suas ideias, falhas acontecem o tempo todo. Mas são
esses percalços que permitem avaliar o comportamento dos usuários para, então, buscar
mudanças que realmente agreguem valor à experiência proporcionada, mostrando que a
empresa está constantemente em busca de melhorias.
Durante essas experimentações, os dados coletados servem para tomar decisões melhores
em relação ao que oferecer e como, tornando a empresa tão eficiente quanto poderia ser. E
isso automaticamente aumenta a percepção de valor dos usuários.
As iterações curtas também favorecem a redução de riscos, já que as mudanças implementadas
são pequenas e não comprometem orçamento, o time to market ou a competitividade do
serviço. Assim, a equipe encontrou a maneira mais acertada de trabalhar para oferecer o
melhor serviço no menor tempo possível e com a qualidade que os usuários esperam.

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A Intel é uma das maiores empresas de
desenvolvimento de processadores e outras
soluções computacionais do mundo, fornecendo
dispositivos de uso pessoal e de alta tecnologia
empregados na indústria.
Seu desafio era aprimorar o trabalho da equipe
de Engenharia de Desenvolvimento de Produtos
(PDE), de modo que ela pudesse atender a prazos,
escopo e qualidade das soluções sem sofrer grandes
pressões de outras áreas, muito menos ficasse
sobrecarregada com acúmulo de trabalho e falta
de profissionais pela alta rotatividade do setor. Foi
aí que a Intel resolveu adotar o Scrum como forma
de reagir aos problemas que vinha enfrentando.

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As dificuldades
As principais dificuldades enfrentadas pela equipe PDE estavam atreladas à alta carga de
trabalho na validação de softwares e à pressão por entregas cada vez mais rápidas e sem
falhas. Isso levava a uma alta rotatividade no time, bem como a falhas constantes, insatisfação
e prazos extrapolados. A falta de comprometimento por parte de vários profissionais, em
especial do staff, bem como a comunicação falha agravavam o problema.

As soluções
Para agilizar o processo de validação, optou-se pela implementação do Scrum, com a presença
inicial de 7 equipes que foram devidamente treinadas para usar as melhores práticas por um
período de 3 meses, como teste.
Ao longo desse tempo, novas equipes foram formadas, sempre com a presença de profissionais
mais experientes, totalizando-se 12 equipes de 5 a 9 integrantes, com papéis e responsabilidades
bem definidos.
Para agilizar os processos, foram definidos sprints de 15 dias e adotado um Wiki interno para
facilitar a comunicação e a integração entre os colaboradores, bem como para servir de
registro de lições aprendidas com fácil acesso a todos.

Os ganhos
Com o Scrum, a equipe conseguiu reduzir significativamente o ciclo de vida de cada projeto,
eliminando praticamente todos os atrasos em relação ao desenvolvimento e à validação de

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software. A comunicação foi favorecida, bem como o comprometimento dos profissionais, já
que a atuação das equipes passou a ser mais integrada e transparente.
O cumprimento das metas elevou o moral dos times, contribuindo para um ambiente de trabalho
mais colaborativo e com maior envolvimento da alta gerência, que percebeu a necessidade
de se comprometer juntamente aos colaboradores por melhores resultados.

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O Federal Bureau of Investigation (FBI) é um organismo
governamental dos Estados Unidos que tem como
objetivo conduzir investigações criminais em todo
o país, servindo ainda como serviço de inteligência.
Fundado em 1908, passou por diversas transformações
e milhares de investigações. Por isso, em 2006, a
direção do órgão decidiu informatizar os processos
que estavam arquivados e automatizar as ações de
modo que se pudesse cruzar dados sobre os crimes,
identificando conexões. Esse projeto tinha como prazo
de conclusão o ano de 2009 e um orçamento inicial
de 451 milhões de dólares.
As dificuldades
O uso do método em cascata para uma solução
tecnológica que sofre mudanças constantes dificultou

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a condução do projeto, criando barreiras para atualizações e atrasos nas entregas. Com
um cronograma inflexível, as entregas aconteciam sem que houvesse o período de testes
adequado, o que gerava insatisfação nos clientes, que não viam o valor proposto inicialmente
na ferramenta sendo desenvolvida.
A forte pressão por resultados que não chegavam fez com que as equipes de desenvolvimento
perdessem horas e horas com retrabalho, o que afetou a qualidade de vida e também a
motivação interna com relação ao projeto.
A falta de compreensão sobre os requisitos da iniciativa também fez com que muitas das
funcionalidades não estivessem afinadas às demandas da entidade, causando problemas de
planejamento, atrasos de cronograma e perda de recursos. Ao final do prazo previsto para a
conclusão do projeto, o FBI já havia gasto 405 milhões do orçamento inicial e estava apenas
na metade das fases previstas para a implementação do novo software. Foi aí que se decidiu
mudar completamente a abordagem, adotando o Scrum como forma de recuperar o tempo
perdido e não ultrapassar o orçamento inicial previsto.

As soluções
A primeira atitude do FBI consistiu em romper contrato com a empresa que vinha desenvolvendo
o projeto e contratar um profissional de TI do setor privado, Chad Fullgham. A equipe de
desenvolvimento passou de 400 profissionais para 45, sendo 15 programadores, todos
baseados em Washington e com profundo envolvimento com as melhores práticas Scrum.
Enquanto a abordagem anterior bloqueava muitas das ações do time de desenvolvimento, o

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Scrum favoreceu o trabalho e os testes da solução, fornecendo feedback no momento certo
para que o software pudesse ser utilizado desde o primeiro trimestre em sua versão beta. A
cada nova funcionalidade agregada, o FBI podia colocar à prova o retorno sobre o investimento
feito, o que garantiu o término do projeto em 12 meses e dentro do orçamento inicial (contudo,
com o desperdício de 405 milhões de dólares, já que a nova versão do projeto, desenvolvida
desde o início com Scrum, custou apenas 35 milhões).

Os ganhos
O processo de desenvolvimento do projeto se tornou mais claro para todas as partes envolvidas,
trazendo maior transparência para a utilização de recursos, o que aumentou a confiança dos
usuários em relação à solução. Com isso, a redução de custos acabou se tornando um dos
maiores ganhos com a mudança.
Com essa nova abordagem, os profissionais envolvidos com o projeto também se sentiram
mais confiantes no desenvolvimento da solução, trabalhando em um ritmo constante e com
feedback periódico dos usuários. Isso aumentou o comprometimento da equipe e a aderência
do software aos requisitos previamente estabelecidos.
Além de uma ferramenta funcional e alinhada aos objetivos iniciais do FBI, o órgão ganhou a
experiência necessária para passar a desenvolver seus projetos com base em metodologias
ágeis, economizando recursos, otimizando equipes e obtendo melhores resultados.

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A Dutch Railways é a empresa responsável por toda a
malha ferroviária da Holanda, transportando mais de
1,2 milhão de passageiros por dia entre as inúmeras
estações de trem do país. No intuito de modernizar o
sistema de informações sobre as viagens, a empresa
investiu em um novo sistema de controle de bordo,
que seria aplicado aos terminais da empresa para que
todos os passageiros tivessem acesso.

As dificuldades
Em um primeiro momento, a Dutch Railways optou
pelo desenvolvimento do projeto do novo sistema de
controle (chamado PUB) de acordo com o método
em cascata, o que se revelou pouco produtivo para
a empresa. Após 3 anos de investimentos, a empresa

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não tinha a solução esperada, o que causou grande frustração e o cancelamento da iniciativa.

As soluções
Mais tarde, no ímpeto de levar a cabo a ideia de um sistema informatizado que fornecesse
informações precisas para os usuários da malha ferroviária, a Dutch Railways decidiu por
adotar o Agile. E o método selecionado foi o Scrum. A iniciativa teve como base fundamental
3 pilares: comunicação, envolvimento e ciclos curtos de incremento (sprints).
Foram estabelecidos sprints de 2 semanas e programação em pares, visando dar agilidade ao
desenvolvimento do sistema ao mesmo tempo em que se garantia a qualidade do código. Os
prazos para a entrega de cada funcionalidade foram estabelecidos, assim como foram criadas
histórias para cada item do product backlog, a fim de gerar uma maior identificação tanto
para o cliente como para os profissionais envolvidos.
Com o objetivo de somar conhecimentos, foram criadas 2 equipes, uma na Holanda e outra
na Índia, que se comunicavam por Skype. Um Wiki também foi criado especificamente para
promover o registro e o intercâmbio de informações.

Os ganhos
À primeira vista, a Dutch Railways ficou impressionada com a capacidade de controle sobre o
projeto que o Scrum proporcionou. As entregas constantes possibilitaram também um feedback
sistemático, que retroalimentou a equipe com informações vitais para o desenvolvimento de
uma solução realmente adequada às necessidades da empresa.

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A agilidade ganha com os sprints curtos e uma equipe altamente produtiva e alinhada permitiu
que o projeto fosse concluído dentro do prazo, do escopo e do custo dimensionados.
Os fatores de sucesso do projeto foram acompanhados ao longo de toda sua execução e
atingiram todas as expectativas, gerando um clima de satisfação plena com os resultados.
Além disso, a empresa implementou uma solução com um código de mais de 100 mil linhas
de alta qualidade, cuja manutenção dispensa qualquer crítica.

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CONCLUSÃO
Encontrar a melhor forma de desenvolver um projeto complexo pode ser uma grande
batalha em que você primeiramente perde para depois ganhar conhecimento e experiência.
Essas empresas provaram o fracasso para então descobrirem no Agile a melhor maneira de
implementar mudanças em seus negócios, maximizando o investimento realizado e obtendo
melhores resultados.
Estamos longe de dizer que o método em cascata é ineficiente. Pelo contrário, ele vem
servindo a centenas de gerentes de projetos e trazendo grandes êxitos para as organizações.
Mas conforme o ambiente empresarial muda e se dinamiza, é preciso encontrar formas mais
eficientes de fazer com que recursos sejam utilizados de maneira sustentável e eficaz. E isso
o Agile faz muito bem.
Esperamos que você tenha aprendido com essas experiências e possa aplicar os conhecimentos
obtidos com este e-book nos seus próprios projetos. E se por acaso precisar de ajuda para
entender o que se passa na sua empresa, não se esqueça de que a Project Builder está aqui
para ajudá-lo a desenvolver projetos cada vez mais exitosos!

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SOBRE A PROJECT BUILDER
Há mais de 15 anos no mercado, a Project Builder tem como objetivo ajudar empresas de
diversos portes a entender e aproveitar os benefícios da Gestão de Projetos, conseguindo
assim atingir a alta performance em seus negócios. Para isto, trabalhamos três formas
principais:

Nossa solução, o Project Builder, foi testado e aprovado por milhares de gerentes de
projetos e, por isso, se tornou uma plataforma indispensável para o ganho de eficiência
e a alta performance em projetos.

Temos uma metodologia passo a passo de implementação da Gestão de Projetos.


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