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MISSA A Missa é o principal ato litúrgico da Igreja Católica.

Como forma de arte musical, tem


suas partes fixas musicadas desde seus primórdios medievais. Os textos fixos ou o Ordinário da Missa
– que se repetem sem nenhuma mudança durante todo o ano litúrgico – são: Kyrie, Gloria, Credo,
Sanctus, Benedictus e Agnus Dei.

KYRIE
A primeira invocação no Ordinário da Missa latina, cantada logo após o Intróito. O texto,
em grego, vem sendo usado desde os séculos IV-V nas litanias orientais e ocidentais. Atribui-se a São
Gregório Magno (Papa, entre 590-604) a junção do Christe à missa romana. Por volta do século X foi
estabelecida a forma de nove invocações: Kyrie (3 vezes), Christe (3 vezes), Kyrie (3 vezes). No
Renascimento e em partituras polifônicas posteriores, o KYRIE pode apresentar três movimentos:
Kyrie I - Christe - Kyrie II. A forma tripartite (baseada no número 3) representaria a Santíssima Trindade.

GLORIA
Segunda parte do Ordinário da Missa latina é um hino de louvor cantado após o Kyrie
em ocasiões festivas. Seu texto, em grego, é considerado um dos grandes hinos em prosa da literatura
cristã. Omitido durante o Advento e a Quaresma, é também conhecido como a Grande Doxologia e o
Hino Angélico. O Gloria começa com as palavras dos anjos, citadas por Lucas 2, 14: “Glória a Deus nas
alturas e paz na terra aos homens de boa vontade”, anunciando a boa nova aos pastores de Belém e
louvando a Deus pelo nascimento do Cristo. No Oriente, conhecem-se versões muito antigas do Gloria;
no Ocidente, desde o século VI; apenas no século IX tomou a forma com que o conhecemos hoje. O
celebrante entoa a primeira frase ‘Gloria in excelsis Deo’ e o coro continua com ‘Et in terra pax
hominibus’, que é como se inicia a maioria das partituras polifônicas. Trata-se de um texto longo e por
isso muitos compositores dividem-no em secções.

CREDO
Terceira parte do Ordinário da Missa latina, cantado como afirmação de fé da crença
cristã. A versão chamada “Credo de Nicéia” foi introduzida no Oriente no início do século VI; no século
VIII já havia sido introduzida na missa, e era cantada entre o Evangelho e o Ofertório. O Credo foi
incorporado à missa romana em 1014. O celebrante começa com ‘Credo in unum Deum’ e o coro
continua com ‘Patrem omnipotentem’. Como o Gloria, trata-se de um texto longo e por isso muitos
compositores dividem-no em secções.

SANCTUS e BENEDICTUS
Quarta e mais antiga aclamação do Ordinário da Missa latina. Foi acrescentada à
liturgia entre os séculos I e V. O texto (Isaías 6,3 e Mateus 21,9) tem geralmente cinco frases principais:
Sanctus, Pleni, Hosanna, Benedictus e Hosanna. A palavra Sabaoth é uma transliteração do hebraico e,
provavelmente, significa: estrelas, como um exército das estrelas; é uma maneira de afirmar a
onipotência de Deus, chamando-o de senhor dos Exércitos. Hosanna também é uma transliteração do
hebraico, significando um grito de alegria. Na tradição do canto gregoriano o Sanctus e o Benedictus
eram cantados juntos; com o desenvolvimento da polifonia, foram divididos em movimentos
separados; mas, estas duas formas sempre coexistiram, podendo o compositor escolher uma ou outra.

AGNUS DEI
Quinta parte do Ordinário da Missa latina. O texto é tirado de João 1, 29. Foi acrescentado
no final do século VII para acompanhar o momento em que se parte o pão. Entre os séculos X e XII
desenvolveu-se uma forma tríplice. É uma das mais belas preces da cristandade.

ITE, MISSA EST


É uma antiga expressão que conclui a Missa no Rito Romano em língua latina. Vão, a
missa terminou e os fiéis respondem Deo gratias. Muitos compositores incluem o Ite, missa est em suas
obras, mas não há obrigação. Há alguns tipos de Missa:
Requiem É a missa de finados cujo introitus diz 'Requiem æternam dona eis, Domine'
Cantada
Brevis
Solene

Missa no. 4, em Dó maior de F. Schubert (1797-1828)


Composta em 1816, revisada em 1825. Foi dedicada a Michael Holzer (mestre de capela da igreja
de Lichtenthal). Em 1828, adicionou um Benedictus somente para coro, substituindo a versão
original feita para soprano solo. O solo de soprano provavelmente foi escrito para a soprano
Therese Grob (1798-1875).
1. Kyrie. Andante con moto (C major)
2. Gloria. Allegro vivace (C major)
3. Credo. Allegro (C major)
1. Et incarnatus est... Adagio molto (D minor)
2. Et resurrexit... Allegro (C major)
4. Sanctus. Adagio (C major)
1. Osanna in excelsis... Allegro vivace (C major)
5. Benedictus. Andante (F major)
1. Benedictus qui venit... (A major)
2. Osanna in excelsis... Allegro vivace, C major)
3. Benedictus, D.961. Moderato (A minor)
6. Agnus Dei. Adagio (C major)
1. Dona nobis pacem..." Allegro vivace (C major)

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