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Debates ED
Nº1 – Maio de 2011
ISSN 2236-2843
Protótipos curriculares
de Ensino Médio e
Ensino Médio Integrado:
resumo executivo
Educação
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SÉRIE
Debates ED
Nº1 – Maio de 2011
ISSN 2236-2843
Protótipos curriculares
de Ensino Médio e
Ensino Médio integrado:
resumo executivo
Educação
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©UNESCO 2011
Coordenação: Setor de Educação da Representação da UNESCO no Brasil
Os autores são responsáveis pela escolha e apresentação dos fatos contidos neste livro, bem como
pelas opiniões nele expressas, que não são necessariamente as da UNESCO, nem comprometem a
Organização. As indicações de nomes e a apresentação do material ao longo deste livro não implicam
a manifestação de qualquer opinião por parte da UNESCO a respeito da condição jurídica de qualquer
país, território, cidade, região ou de suas autoridades, tampouco da delimitação de suas fronteiras ou
limites.
BR/2011/PI/H/6 REV
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SUMÁRIO
Apresentação ...................................................................................................................................5
I. Justificativa e objetivos...................................................................................................................7
A P R E S E N TA Ç Ã O
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os vestibulares que dão acesso à educação superior o documento da UNESCO, intitulado “Reforma da
não é um objetivo adequado para a maioria dos educação secundária: rumo à convergência entre a
jovens, que não chega a este nível de ensino. A maior aquisição de conhecimento e o desenvolvimento de
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parte deles passa diretamente do ensino médio ao habilidade”1, esse modelo educacional deve articular
trabalho, aos cursos técnicos, ao treinamento aligei- a educação geral e a educação profissional e ser
rado ou ao desemprego. No Brasil, um número muito constantemente atualizado em função das transfor-
significativo de jovens abandona o ensino médio mações científicas, econômicas e sociais.
antes de sua conclusão, e o percentual daqueles Contribuindo na construção coletiva desse modelo,
acima da idade adequada é ainda muito alto no país. a UNESCO, ao longo dos últimos anos, realizou diver-
Há consenso sobre a solução para esses pro- sos estudos sobre o ensino médio na América Latina.
blemas. Todos concordam que o ensino médio, Um dos mais recentes, desenvolvido pela Represen-
além de proporcionar a desejável continuidade de tação da UNESCO no Brasil, tem suas principais
estudos, deve preparar o jovem para enfrentar os conclusões documentadas no livro “Ensino médio e
problemas da vida cotidiana, para conviver em educação profissional: desafios da integração”,
sociedade e para o mundo do trabalho. Renovando publicado em 20092. Este estudo analisou algumas
o compromisso internacional em favor da Educação iniciativas de implantação do ensino médio integrado
para Todos (EPT), o Fórum Mundial de Educação à educação profissional no Brasil. Uma das principais
(Dacar, Senegal, 2000), em seu Marco de Ação, em conclusões diz respeito ao fato de que há boa safra
consonância, define como um dos seus objetivos: de reflexões teóricas, argumentações ideológicas
“responder às necessidades educacionais de todos e normas sobre o tema; no entanto, são frágeis as
os jovens, garantindo-lhes acesso equitativo a propostas mais operacionais e raras as experiências
programas apropriados que permitam a aquisição de de implantação efetiva de cursos integrados.
conhecimentos tanto como de competências ligadas Em decorrência das conclusões deste estudo, a
à vida cotidiana”. Representação da UNESCO no Brasil desenvolveu um
1. UNESCO. Reforma da educação secundária: rumo à convergência entre a aquisição de conhecimento e o desenvolvimento de habilidade.
Brasília: UNESCO, 2008. Disponível em: <http://unesdoc.unesco.org/images/0014/001424/142463por.pdf>.
2. REGATTIERI, M.; CASTRO, J. M. (Orgs.). Ensino médio e educação profissional: desafios da integração. Brasília, UNESCO, 2009.
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projeto denominado Currículos de Ensino Médio, currículo originário pode articular-se com o conteúdo
com a finalidade de propor protótipos curriculares 3 dos eixos tecnológicos e das habilitações técnicas
viáveis para a integração entre a educação geral, a específicas, atendendo o objetivo de formação de
educação básica para o trabalho e a educação pro- técnicos de nível médio, conforme estabelecido na
fissional no ensino médio. No desenvolvimento do legislação como ensino médio integrado.
projeto, que conta com apoio do Ministério da A partir de uma mesma base curricular comum e
Educação, e no desenho dos protótipos de currículos, com variantes à escolha de cada escola e grupo de
buscou-se obsessivamente um modelo operacional estudantes, será possível aproximar a escola única da
que pudesse ser apropriado, amplamente utilizado e escola diferenciada e a desejada formação politécnica
continuamente aprimorado pela escola pública. da formação técnica, sempre que necessária. Se forem
O presente trabalho resume esses protótipos. implantados em uma mesma escola, cidade ou sistema
Descreve inicialmente um currículo de ensino médio de ensino, os currículos articulados possibilitam a
orientado para o mundo do trabalho e a prática troca do ensino médio integrado pelo ensino médio
6 social. Ele está desenhado para garantir aprendi- de formação geral ou vice-versa ou, ainda, a alteração
zagens necessárias ao desenvolvimento de conheci- da escolha de habilitação profissional no meio do
mentos, atitudes, valores e capacidades básicas para percurso.
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o exercício de todo e qualquer tipo de trabalho. Valori- Essa forma de organizar o currículo permite
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zando a continuidade de estudos, procura preparar postergar a escolha profissional ou ajustá-la a novos
o jovem para enfrentar os problemas da vida coti- interesses suscitados ainda durante o percurso
diana e participar na definição de rumos coletivos, do ensino médio. Tem a vantagem de possibilitar
promovendo o aperfeiçoamento dos valores humanos uma escolha profissional mais tardia, mais amadu-
e das relações pessoais e comunitárias. Deste primeiro recida, mais fundamentada em interesses pessoais
e originário tipo de protótipo, decorre outro, que inte- testados na confrontação com o campo profissional
gra o ensino médio com a educação profissional. e na análise objetiva de possibilidades e requisitos
No segundo tipo de protótipo, para atender os d e emprego, de trabalho ou de empreende-
que requerem profissionalização mais imediata, esse dorismo.
3. Protótipos são modelos construídos para simular a aparência e a funcionalidade de um produto em desenvolvimento. HOUAISS, A.;
VILLAR, M. S. Protótipo: primeiro tipo criado; original. In: _____; e_____. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva,
2009.
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bom senso crítico e para enfrentar os problemas do II. a preparação básica para o trabalho e a cidadania
dia a dia. do educando, para continuar aprendendo, de
4. ABRAMOVAY, M.; CASTRO, M. G. (Coord.). Ensino médio: múltiplas vozes. Brasília: UNESCO, MEC, 2003. Disponível em: <http://unesdoc.
unesco.org/images/0013/001302/130235por.pdf>. Acesso em: 30 jan 2011. 7
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modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade as escolas na definição, na organização e no funcio-
a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento namento de uma estrutura curricular integrada. Faci-
posteriores; litam a discussão das escolas na definição de meca-
III. o aprimoramento do educando como pessoa nismos de integração entre os componentes curriculares
humana, incluindo a formação ética e o desenvol- do ensino médio (áreas, disciplinas etc.) ou entre o
vimento da autonomia intelectual e do pensamento ensino médio e a educação profissional.
crítico; Os protótipos são referências curriculares e não
IV. a compreensão dos fundamentos científico- currículos prontos. Por isso, exigem um trabalho de
tecnológicos dos processos produtivos, relacio- crítica e complementação a ser feito pelos coletivos
nando a teoria com a prática, no ensino de cada escolares. Para tanto, em um primeiro movimento
disciplina.5 de aproximação, as escolas precisam conhecer o pro-
Os grandes objetivos que podem ser destacados tótipo adequado à modalidade de ensino médio
na Lei são a compreensão do mundo físico e social; a que pretendem implantar ou reformular.
8 preparação para o mundo do trabalho e o exercício Esse conhecimento deve ser complementado pela
da cidadania; o desenvolvimento da autonomia identificação das linhas de convergência e de distan-
na aprendizagem e a realização do estudante como ciamento entre o projeto pedagógico da escola e o
pessoa humana. Essas intenções mais gerais podem
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5. BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Coletânea de leis. Brasília:
Presidência da República Casa Civil, Subchefia para Assuntos Jurídicos, 1996. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/Leis/L9394.htm>.
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como princípio educativo originário. Ele articula e ensaiar a concretização de projetos de vida e de
integra os componentes curriculares de ensino médio, sociedade.
seja o de formação geral, seja o integrado com a Os protótipos têm, como perspectiva comum,
educação profissional. Isso quer dizer que toda a reduzir a distância entre as atividades escolares, o
aprendizagem terá origem ou fundamento em ativi- trabalho e demais práticas sociais. Têm também uma
dades desenvolvidas pelos estudantes que objetivam, base unitária sobre as quais se assentam diversas
em última instância, uma intervenção transformadora possibilidades: no trabalho, como preparação geral
em sua realidade. O currículo será centrado no planeja- ou formação para profissões técnicas; na ciência e na
mento (concepção) e na efetivação (execução) de tecnologia, como iniciação científica e tecnológica;
propostas de trabalho individual ou coletivo que cada na cultura, como ampliação da formação cultural.
estudante usará para produzir e transformar sua
realidade e, ao mesmo tempo, desenvolver-se como IV. Protótipo curricular de
ser humano. ensino médio (EM)
Associada ao trabalho, a pesquisa será instrumento 9
Um currículo é sempre organizado em função da
de articulação entre o saber acumulado pela huma-
perspectiva educacional que de fato o anima. A forma
nidade e as propostas de trabalho que estarão no
hoje dominante de organizar o currículo, dividido em
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centro do currículo. Como forma de produzir conhe-
disciplinas estanques, é adequada à perspectiva de
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cimento e como crítica da realidade, a pesquisa
transmissão verbal de conhecimentos (informações
apoiar-se-á nas áreas de conhecimento ou nas disci- /dados) desconexos e descontextualizados. Contra-
plinas escolares para o desenho da metodologia e pondo-se a isso, é proposta uma nova estrutura e
dos instrumentos de investigação, para a identificação organização curricular e uma nova forma de alocação
das variáveis de estudo e para a interpretação dos do tempo escolar. Elas substituem as velhas grades
resultados. A análise dos resultados da pesquisa, curriculares e o horário-padrão, sempre baseados em
também apoiada pelas áreas ou pelas disciplinas, uma divisão em aulas de diferentes disciplinas que
apontará as atividades de transformação (trabalho) se sucedem a cada 50 minutos.
que são necessárias e possíveis de serem concretizadas Considerando e aproveitando todas as formas já
pela comunidade escolar. previstas nas atuais Diretrizes Curriculares Nacionais,
Tomando o trabalho e a pesquisa como princípios especialmente a organização curricular por áreas
educativos, os protótipos unem a orientação para de conhecimento e as orientações referentes a
o trabalho com a educação por meio do trabalho. interdisciplinaridade, transdisciplinaridade e contex-
Propõe-se, assim, uma escola de ensino médio que tualização, o protótipo de EM propõe mecanismos
atue como uma comunidade de aprendizagem. Nela, operacionais que atuam de modo sinérgico na inte-
os jovens desenvolverão uma cultura para o trabalho gração dos diferentes componentes do currículo:
e demais práticas sociais por meio do protagonismo6 núcleo articulador; áreas de conhecimento; dimensões
em atividades transformadoras. Explorarão interesses articuladoras (trabalho, cultura, ciência e tecnologia);
vocacionais ou opções profissionais, perspectivas de forma específica de estruturar e organizar o currículo;
vida e de organização social, exercendo sua auto- metodologia de ensino e aprendizagem; e avaliação
nomia e aprendendo a ser autônomo, ao formular e dos resultados de aprendizagem.
6. A palavra protagonista vem do grego Protagonistés. O principal lutador. Na definição de Antonio Carlos Gomes da Costa, protagonismo
juvenil é a participação do adolescente em atividades que extrapolam os âmbitos de seus interesses individuais e familiares e que
podem ter como espaço a escola, os diversos âmbitos da vida comunitária; igrejas, clubes, associações e até mesmo a sociedade em
sentido mais amplo, através de campanhas, movimentos e outras formas de mobilização que transcendem os limites de seu entorno
sociocomunitário. COSTA, A. C. G. Protagonismo juvenil: adolescência, educação e participação democrática. Belo Horizonte: Modus
Faciendi, 1996.
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IV.1 Núcleo de preparação básica para em uma comunidade de trabalho. Deve possibilitar
o trabalho e demais práticas sociais uma ampliação gradativa do espaço e da comple-
O protótipo para o ensino médio (EM) de formação xidade das alternativas de diagnóstico (pesquisa) e
geral propõe que o currículo seja organizado e inte- de intervenções transformadoras (trabalho). Para
grado por meio de um Núcleo de Preparação Básica tanto, propõe um contexto de pesquisa e intervenção
para o Trabalho e demais Práticas Sociais. O Núcleo é e um projeto articulador para cada ano letivo do
a principal estratégia de integração curricular e “é ensino médio.
um componente curricular que constitui um objeto O projeto do primeiro ano – Escola e Moradia
7 8
novo” ou “um objeto comum” a todas as áreas de como Ambientes de Aprendizagem – prevê o engaja-
conhecimento. Ele é diretamente responsável pelos mento do jovem na transformação da sua escola
objetivos de aprendizagem relacionados com a pre- em uma comunidade de aprendizagem cada vez
paração básica para o trabalho. Tal preparação é en- mais efetiva e da sua moradia em um ambiente de
tendida como o desenvolvimento de conhecimentos, aprendizagem cada vez mais favorável. A escola é a
10 atitudes, valores e capacidades necessários a todo unidade social e o ambiente de trabalho mais conhe-
tipo de trabalho: elaboração de planos e projetos; cido, próximo e comum a todos os estudantes. É um
trabalho em equipe; escolha e uso de alternativas de bom ponto de partida para a experimentação e o
divisão e organização do trabalho que sejam eficazes exercício dos processos de investigação (pesquisa) e
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pesquisa e transformação no espaço (mundo) e no é assim integrado por meio de seus objetivos de
tempo (história). É complementado com o autoconhe- aprendizagem. Outra referência para a definição dos
cimento e encerra-se com a elaboração de uma objetivos foi a matriz de competências e habilidades
previsão de trajetória individual e de uma proposta do novo Enem, assegurando a perspectiva de continui-
de transformação social. Os aspectos mais relevantes dade de estudos.
dessas escolhas envolvem carreira profissional, encami- O protótipo propõe uma organização diferente
nhamentos de vida e perspectivas de engajamento para cada área. A área de Ciências Humanas distribui
em ações de desenvolvimento social. Os horizontes a seus objetivos por focos temáticos (trabalho, tempo,
considerar são de curto, médio ou longo prazo. espaço, ética etc.) que fazem a integração de todas
O protótipo sugere organizar os diagnósticos as disciplinas da área. A área de Matemática define
(pesquisa) e as atividades de transformação por meio seus objetivos como especificações dos objetivos de
da própria escola e da moradia dos estudantes, preparação básica para o trabalho e outras práticas
ampliando o contexto da ação para a comunidade e sociais. A área de Linguagens não faz qualquer divisão
11
para o mundo. Isto objetiva graduar a complexidade por disciplinas de seus objetivos, mas neles se reco-
da intervenção, mas não significa que os conteúdos nhece sua origem disciplinar. Finalmente, a área de
necessários à compreensão e à intervenção, em cada Ciências da Natureza define objetivos gerais para a
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realidade, tenham de ficar restritos a cada contexto área e objetivos específicos para cada uma de suas
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considerado. disciplinas constituintes: Física, Química e Biologia.
As distintas formas são exemplos de organização das
IV.2 As áreas de conhecimento áreas que podem ser adotadas no desenho curricular
Além do Núcleo de preparação básica para o de cada escola.
trabalho e demais práticas sociais, o protótipo de Os objetivos de aprendizagem das áreas e os
ensino médio prevê, como outros grandes compo- projetos desenvolvidos no Núcleo serão as referências
nentes curriculares, quatro áreas de conhecimento: para a definição das atividades de aprendizagem a
(I) Linguagens, códigos e suas tecnologias; (II) Ma- serem propostas pelas áreas. Dos objetivos das áreas
temática e suas tecnologias; (III) Ciências da Natureza derivam as questões, problemas ou variáveis para o
e suas tecnologias; (IV) Ciências Humanas e suas diagnóstico a ser realizado no Núcleo. Além desses
tecnologias.9 As áreas podem ou não ser divididas mecanismos de articulação, a operação do Núcleo
em disciplinas, mas incluem sempre todos os conteúdos pelos professores das áreas induzirá a maior integração
curriculares previstos em lei. entre projetos do Núcleo e atividades de aprendizagem
Em todas as áreas, a integração dos conteúdos das áreas. O envolvimento dos estudantes com os
ou das disciplinas ocorre por meio da definição de projetos do Núcleo certamente também os levará a
objetivos de aprendizagem comuns para a área como ampliar demandas por orientação e por conhecimentos
um todo. As finalidades do ensino médio estabelecidas das áreas, que os subsidiarão para melhor eficácia de
pela LDB são o ponto de partida para a definição dos suas atividades de diagnóstico ou de transformação.
objetivos de aprendizagem das áreas. Os objetivos Esse movimento de dupla mão será o principal fator
de aprendizagem do Núcleo, tanto os relacionados à de integração do conjunto das atividades de apren-
preparação básica para o trabalho, quanto os relacio- dizagem, evitando os efeitos negativos da frag-
nados às outras práticas sociais, são uma das referências mentação disciplinar do currículo, sem perder a contri-
para a definição dos objetivos das áreas. O protótipo buição educativa do conhecimento especializado.
9. A inclusão da Matemática como área de conhecimento procurou seguir uma tendência normativa indicada pela matriz de competências
do novo Enem e pelo Ensino Médio Inovador (Parecer CNE/CEB 11/2009).
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em sua acepção econômica, nas formas que assume dimensões. Dividida entre as dimensões, a investigação
nos distintos modos de produção. Abrange, então, o dará origem às ações transformadoras desenvolvidas
estudo da evolução histórica das formas de relação no Núcleo. As ações transformadoras vão requerer a
do homem com a natureza e das atuais alternativas contribuição das áreas para serem desenvolvidas e
de organização, divisão, relações, condições e oportu- para a posterior reflexão sobre seus resultados. Assim,
nidades de trabalho. Assim entendido, o trabalho o olhar e o atuar mais especializados das áreas serão
orientará uma das vertentes do estudo, da pesquisa integrados pelos projetos e pelas dimensões do trabalho,
ou das propostas de transformação na escola, na da cultura, da ciência e da tecnologia. A ilustração a
moradia dos estudantes, na comunidade e na seguir resume os mecanismos de integração abordados
sociedade em geral. até aqui.
Ciências
Humanas
Núcleo
Ciências da
Natur
Natureza
eza
Pesquisa
Linguagens
Linguage
ens Projetos
Projetos
T
Trabalho
rrabalho
Primeiro
Primeiro ano
an
no Segundo ano Terceiro
Ter
e ceiro ano
Matemática
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Primeiro
Primeiro ano Segundo ano Terceiro
Ter
e ceiro ano
PROJETOS
PRO
OJETOS
E l e
Escola A ã
Ação Vida
V id e
ida Duraçã
Duração
D ã
ão
Moradia como Comunitária Sociedade
So
ociedade totall
Ambientes de
Aprendizagem
Aprendizagem
Comp
Componentes
ponentes
curr
curriculares
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DIMENSÕES
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Õ ARTICULADORAS
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TRABALHO
TRABALH
HO - CIÊNCIA - CUL
CULTURA
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T RA - TECNOLOGIA 13
Núcleo de
d preparação
preparação
bási
básica
ca para o 200 200 200 600
trabalho
ho e demais
trabalh horas horas horas horass
ED
práticas
práticas sociais
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Áreas
Áreas de
conhecimento:
conhhecimento:
Ling
guagens
Linguagens
Mattemática
Matemática 600 600 600 1.800
0
Ciências
Ciênciaas Humanas horas horas horas horass
Ciências
ências da
Ciê
Natureza
Naatureza
venção (relacionadas às quatro dimensões) devem ser partem de uma opção metodológica fundamental.
integrados. A mostra pode reunir os estudantes dos São valorizadas as formas didáticas que privilegiam a
três anos do ensino médio para a exibição dos resul- atividade do estudante no desenvolvimento de suas
tados dos três projetos anuais, eventualmente reunidos capacidades e na construção do seu conhecimento.
e integrados pelas dimensões articuladoras (trabalho, Os projetos e as atividades de investigação, de inter-
cultura, ciência e tecnologia). Isso possibilitaria, desde venção ou de aprendizagem, com ampla participação
o primeiro ano, uma aproximação sintética entre o ou protagonismo dos estudantes, são destacados
todo (sociedade) e as partes (escola e comunidade). como formas metodológicas fundamentais para atingir
Currículo variável: cada estudante, em dia ou período
os objetivos curriculares previstos. Em contraposição,
distinto do previsto para as atividades curriculares,
a metodologia centrada na exposição do professor
poderá ampliar a carga horária de trabalho no grupo
e na transmissão de conteúdos ou conhecimentos
escolhido (trabalho, cultura, ciência ou tecnologia)
acabados e descontextualizados é colocada em um
ou participar de outros grupos, compondo um currículo
segundo plano.
individual variável, superior à duração mínima estabe-
Essa opção metodológica parte de uma consta-
lecida pela escola. Essa possibilidade favorece também
tação fundamental: não é possível a preparação para
os estudantes do período noturno, especialmente os
a atuação no mundo do trabalho e para a prática
que não trabalham ou trabalham em tempo parcial.
social sem o envolvimento e a atuação do educando
Atividades de monitoria: para promover atividades
em atividades de pesquisa, intervenção ou aprendi-
de nivelamento e de recuperação de estudos, um
zagem que requeiram as capacidades e os conheci-
processo de monitoria pode reunir os fazeres tradicio-
mentos necessários para tal atuação. A sequência
nalmente escolares do Núcleo. A monitoria poderá
metodológica açãogreflexãogação é fundamental
ser exercida pelos próprios estudantes do ensino
médio ou por estagiários de cursos de licenciatura, na preparação para o mundo do trabalho e a prá-
ajudando a formação de novos professores. Quando tica social. A atividade de aprendizagem deve permitir
realizada pelos próprios estudantes, a monitoria será o ensaio, a reflexão constante sobre a ação e a expe-
exercida no contraturno e poderá ser considerada rimentação repetida.
como atividade curricular e constituir o currículo Assumida essa opção metodológica, a convencional
variável antes referido. relação de conteúdos que constituem os currículos
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tradicionais será substituída pela definição de atividades excerto dos exemplos de atividades de pesquisa e
de aprendizagem que os requeiram, tanto no Núcleo transformação propostas para o Núcleo. Exemplifica
quanto nas áreas. No Núcleo, as atividades de inves- a possibilidade de construção de um currículo inte-
tigação e transformação estão ainda referenciadas grado e em rede que tem como centro a atividade
às dimensões articuladoras. O quadro a seguir é um e o protagonismo do estudante.
Primeiro
Primeiro ano S
Segundo ano Terceiro
Ter
e ceiro ano
PROJETOS
PROJETOS Escola e Mo
Moradia
rad
dia Ação
Ação Com
Comunitária
unitária Vida
V ida e Soci
Sociedade
iedade
Ambientes
como Ambiente es
Aprendizagem
de Apr endizageem
Dimensões
Dimen nsões
E
Exemplos de atividades
atiividades de pesquisa
pessquisa e
articula
articuladoras
doras
transformação
ransformação propostas
tr p para o Núcleo
ED
SÉRIE Debates
Desenvolver ativida
atividades
ades Criar ou par
participar
rticipar
de manutenção e Realizar uma feira de artes e programas
em pr ogramas de arte
Cultura
Cultu
ura preservação
pr patrimônio
eservação do patrim mônio de man
manifestações
nifestações culturais e cultura
a em
público (escola) e e esport
esportivas
tivas da comunidade. comunidadess virtuais
individual (residências).
(residênccias). nacionais e inte
internacionais.
ernacionais.
Desenvolver pr
programa
ogrrama Criar ou participar
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prevenção
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Desenvolver
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mas ou
Ciência
Ciênc
cia drogas
de drogas e dee prevenção
preven
nção ambiental na comunidades virtuais
v de
DST/AIDS (escola ae c
comunidade. iniciação científica.
cie
entífica.
famílias).
Na dimensão trabalho, foram listadas apenas atividades de pesquisa e intervenção, ajustadas aos
atividades de investigação e, nas demais dimensões, objetivos do Núcleo.
atividades de intervenção/transformação. O protótipo O quadro a seguir apresenta excerto dos exemplos
fornece exemplos nos dois campos apenas como de objetivos e atividades de aprendizagem propostos
forma de estimular as escolas a criarem suas próprias pelas áreas.
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Projetos Primeiro
Pr imeiro ano
Segundo
Segund o ano T
Terceiro
e
erceiro ano
o
Escola
la e Moradia
Escol
Ação
Ação V ida e
Vida
como Ambientes
A bi de
d
Ob
Objetivos
bjetivos de Aprendizagem
Aprrendizagem
Comun itária
Comunitária Sociedade
aprendizagem
apr
rendizagem
Exemplos de atividades propostas
p para as áreas
Dispondo o do dinheiro
dinheiro para Levantar as taxas
tax
xas de juro
juro de
Objetivo 12.1 de Matemática – cheque especial praticadas
p pelos Fazer um levantamento
levantamen nto dos
comprar a vista, verificar se é
Avaliar
Avvaliar e fazer previsões
previsões em ba cos da região
bancos reg
egiã
ã
ão e elaborar
e abo a diversos tipos de financiamento
d financiamento
mais vantajoso
vantajoso comprar a prazo
situaçõess práticas que utilizam um painel contendo,
contenndo, para cada de casas oferecidos
oferecidos pela
ela rede
pe rede
(e em quantas
quaantas prestações)
prestações) e
Matemática
Mateemática Financeira. d uma dívida
banco, o valor de bancária e avaliar qual
ual é o
qu
aplicar o dinheiro
d
dinheiro em algum
de R$1.000,00 após
a um ano. mais vantajoso.
vantajosoo.
tipo
o de aplicação.
16 Objetivo
Objetivvo 4.9 de Ciências da Desenvolver hipóteses
h e
Natureza
Natur eza – Interpretar
Interpretar modeloss Desafiar grupos
g de colegas a Estudar
E modelos de reprodução
repr
e odução
modelos elementares
elemeentares que
experimentos para explicar
e experimentos apresentar
apresentarr modelo elementar d microorganismos
de microorganismos associados
associados
procurem explicar
p
procurem explic
p car a difusão
fenômenos
fenômen nos ou processos
processos em de difusão
ão no espaço e no
difusã à rapidez com que se podem
no espaço e no tempo
t de um
qualquerr nível de organização tempo de e um surto de gripe propagar
propagar viroses
viroses e infecções
infecções
surto de gripe num
n bairro e
bairro
dos sistemas
sistemas biológicos. nu
uma escola.
numa bacterianas.
numa cid
cidade.
dade.
ED
SÉRIE Debates
Objetivo 30
30 de Ciências Humanas – Elaborar
Elaborrar painéis com Elaborar painéis co
com
om informações Produzir
Produzir mapas temáticos,
temá áticos,
Identificar
Identifica
ar as principais causas, informações
informaçõões sobre
sobre a origem sobre
sobr e a origem geográfica
g dos registrando
registrando
e causas, características
caraccterísticas
caracteríssticas e resultados
características resultados doss geográficaa dos integrantes da moradores
morador es da comunidade
communidade onde e resultados
resultados dos principais
pais fluxos
princip
movimentos
movime entos de migração e escola, registrando
registrando dados está inserida a escola,
esccola, registrando
registrando populacionais no Brasil
Brasil e no
imigração
imigraçãão responsáveis
responsáveis pelos sobre
sobre as principais dados sobre
sobre as
as principais m
mundo, a partir do século
sécculo XVI,
processoss de ocupação territorial.
processos territoriall. características
sticas e ocorrências
caracterís influências recebidas
recebiddas e exercidas
exercidas rresponsáveis
esponsáveis pelo processo
proccesso de
de sua integração
ntegração cultural.
in em sua integração
integraação cultural. território.
ocupação de nosso território.
10. O projeto da UNESCO incluiu um levantamento de experiências nacionais e internacionais de integração curricular.
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Núcleo integrador e influindo decisivamente na ava- culador; as áreas de conhecimento; as dimensões
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liação das áreas e das disciplinas que as podem compor, articuladoras; a estruturação e a organização do
será a alavanca na indução e na fixação das estratégias currículo; a metodologia; e a avaliação. Assim como
de integração curricular, além de viabilizar o constante os objetivos de aprendizagem, alguns destes meca-
aperfeiçoamento do projeto pedagógico da escola e nismos de integração são ampliados e ganham
da qualidade educacional do ensino médio realizado. variações, especialmente no Núcleo.
e valores necessários ao exercício específico de cada podem ser ampliados para a propriedade rural,
SÉRIE Debates
naturais de um terreno experimental, envolvendo técnica (quarto ano) e aos projetos diretamente
basicamente atividades de agricultura e pecuária. relacionados com estas formações. Articuladas
Também, conjuntamente com o Projeto de Vida e pelos projetos, as oficinas destinam-se ao domínio
Sociedade, outro projeto articula o desenvolvimento de tecnologias específicas e à introdução ou ao apro-
da formação técnica específica no quarto ano. No fundamento de conhecimentos, atitudes, habilidades
caso do técnico em Agroecologia, o projeto denomi- e valores que estão previstos nos objetivos de apren-
na-se Ação Agroecológica Juvenil. Este projeto abrange dizagem dos projetos.
atividades de pesquisa e transformação que buscam
atender aos requisitos do desenvolvimento econômico, V.2 As áreas de conhecimento
social e cultural sustentável e que podem ser feitas O protótipo de EMI mantém as mesmas quatro
em três direções básicas: das condições, das relações áreas de conhecimento previstas para o ensino
e da organização do trabalho; da criação de alternativas médio: (I) Linguagens, códigos e suas tecnologias;
coletivas de geração de trabalho e renda; e do empreen- (II) Matemática e suas tecnologias; (III) Ciências da
dedorismo juvenil. O projeto aprofunda a perspectiva Natureza e suas tecnologias; (IV) Ciências Humanas e 19
do protagonismo juvenil já presente no ensino médio, suas tecnologias.
incluindo a atuação do jovem na transformação de No EMI, as áreas mantêm os mesmos objetivos
seu campo de trabalho concomitantemente ao seu de aprendizagem do ensino médio, os quais cumprem
ED
processo de formação profissional.
SÉRIE Debates
a mesma função de integração curricular. Como
Se mudanças nos sistemas de ensino, de forma geral, no ensino médio, cada área tem uma organização
e na escola, em particular, são fundamentais para
diferente. Estruturalmente, a única diferença reside
efetivar uma aprendizagem de qualidade no ensino
no fato de que a mesma duração e os mesmos obje-
médio, nada mais próprio que engajar os jovens na
tivos das áreas se distribuem pelos quatros anos
tarefa de repensar e transformar a sua organização
letivos do EMI.
de trabalho e seu currículo. Esta participação pode
Como no protótipo de EM, os objetivos de apren-
ser preparatória para uma ação protagônica na comu-
dizagem das áreas e os projetos desenvolvidos no
nidade mais imediata, promovendo ações de desen-
volvimento local. Estes dois movimentos, já previstos Núcleo serão as referências para a definição das
no protótipo de EM, podem ser ensaios para o enfren- atividades de aprendizagem a serem propostas pelas
tamento do desafio maior de promover mudanças áreas. Em todos os anos letivos, como mais uma forma
no próprio campo profissional, ao mesmo tempo em de integrar e contextualizar as áreas de conhecimento,
que perseguem os objetivos de aprendizagem rela- as atividades de aprendizagem podem ser relacionadas
cionados com sua formação técnica específica. com a formação técnica específica. O quadro a seguir
O Núcleo ainda inclui oficinas relacionadas à exemplifica esta possibilidade para o técnico em
formação tecnológica (terceiro ano) ou à formação Agroecologia:
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Primeiro
Primei
iro ano Segundo ano Terceiro
Te
erceiro ano Quarto
o ano
Projetos Escola e Moradia
Escola Ação Vida e Sociedad
Vida Sociedade
de Vida e Soc
Vida Sociedade
ciedade /
como Amb
A
Ambientes
b
bi
bientes d
de Comunitária To
Tornar
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Área
e
ea Ação Agr
Agroecológica
oe
ecológica
Aprendizagem
Apr end
dizagem Produtiva
Pr Forma
odutiva de For
rma Juvenil
Juvenil
O
Objetivos da Sustentável
área a de Matemática
Matemáticca Exemplos
Ex emplos de atividades
ativ
vidades propostas
proposttas para a área de Matemática
a
e ssuas
uas tecnologias
tecnologias
Elaborar
Elaborrar um A partir de uma Elaborar um Fazer uma planilha
manual simplifi-
simplifi- matéria
ma atéria de jornal
jornal painel comparativo
comparativ vo detalhadaa e com
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c as local sobre
sobre sobre
sobre os gastoss as devidas justifica-
justifica-
1 – Expressar
E
Expressar com clareza,
clareza
a,
orientações
orientaçõões para agricultura,
agrricultura, realizar
realizar decorrentes
decorrentes da tivas a respeito
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oralmente,
almente, por escrito e
ora o uso de
e algum a interpretação
in
nterpretação de utilização de custos envolvidos
env
volvidos
utilizando
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ut diferentes insumo agrícola.
a informações energia solar,
solarr, em uma horta,
h a
registros,
registtros, questionamentos,
questionamento
os, quantitativas
quantitativas e de elétrica ou outras
outra as fim de que os itens
ideias,
i raciocínios, gráficos
gráficos estatísticos na produção
produção plantados possam
argu
umentos e conclusões
argumentos conclusõe
es e comparar
co
omparar com as agrícola. suprir a demanda
de
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conclusões
onclusões que
co de uma dada
em situações
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resoluçã
ão
20 aparecem
apaarecem no texto. população.
populaação.
de problemas,
problemas, debates
Debater
Debater sobre
sobre a
ou
u outras envolvendo adequação
addequação do(s)
temas
mas ou procedimentos
tem procedimentos gráfico(s)
matemáticos
mate
emáticos e estatísticos.
estatístico
os. divulgado(s).
ED
SÉRIE Debates
É importante observar, no entanto, que nem todas Em relação à formação técnica, não se propõe
as atividades de aprendizagem das áreas estão uma forma específica de organizar, por meio das
relacionadas com a formação técnica específica. dimensões articuladoras, as atividades de diagnós-
Estão previstas também atividades relacionadas tico (pesquisa) e as atividades de transformação dos
à vida cotidiana, ao exercício da cidadania e aos projetos do terceiro e do quarto anos. O diagnóstico
objetivos de aprendizagem necessários à continui- previsto como parte dos projetos é orientado pelos
dade de estudos, evitando-se uma instrumentalização objetivos de aprendizagem da formação tecnológica
excessiva das áreas. e da formação técnica específica.
Tendo em vista facilitar a integração entre o ensino
V.4 Estrutura e organização curricular do EMI
médio e o ensino médio integrado, nos dois primeiros
O protótipo de EMI também insere uma síntese
anos letivos, os objetivos de aprendizagem do Núcleo
de estrutura curricular que pode ser usada como
e das áreas são os mesmos. Isto permite articular um
ponto de partida para o debate da equipe escolar na
conjunto de habilitações a um ciclo comum, possibi-
definição do currículo. A síntese de estrutura curricular
litando maior mobilidade entre elas e facilitando o
está apresentada no quadro a seguir. Novamente,
ajuste da oferta de ensino médio às diferentes neces-
a duração dos componentes curriculares e a do curso
sidades da juventude e às flutuações do mundo do
como um todo são meramente ilustrativas.
trabalho.
Como no protótipo de EM, os projetos do Núcleo
V.3 As dimensões articuladoras: trabalho, e as quatro dimensões são as colunas verticais da
cultura, ciência e tecnologia (TCCT) rede curricular, em que as áreas representam as linhas
No EMI, as dimensões do trabalho, da cultura, da horizontais. O quadro mostra que os dois primeiros
ciência e da tecnologia também são assumidas como anos são similares aos do protótipo de EM. Como já
categorias articuladoras, pelo menos no que tange à foi afirmado, isto favorece a integração e a transição
preparação básica para o trabalho e demais práticas entre o EM e o EMI. A duração em horas, os obje-
sociais, que se estende pelos quatro anos de duração tivos de preparação básica para o trabalho e demais
do segundo protótipo. práticas sociais e os objetivos das áreas são idênticos
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Primeiro
Primeiro ano Segundo
Segundo ano Terceiro
Te
erceiro ano Quarto ano
PROJETOS
PROJETOS
Escola e Ação Vida
Vida
id e Sociedade
S i d d Vida
V id e S
ida Sociedade
i d d Duração
ã
Moradia
M como Co
Comunitária
omunitária To rnar
Tornara uma Área
Área Ação
Ação total
A
Ambientes de P odutiva
Pr
Produtiva Agroecológica
Agroecológica
Compon
Componentes
nentes Aprendizagem
A endizagem
Apr de Forma
Formma Sustentável Juvenil
curriculares
curriculares
DIMENSÕES
DIMENSÕE
ÕES ARTICULADORAS
ARTICULADO
ORAS
TRABALHO - CIÊN
CIÊNCIA
NCIA - CUL
CULTURA
LTURA
T - TECN
TECNOLOGIA
NOLOGIA
Núcleo de pr
preparação
reparação
para o tra
trabalho
abalho 200 200 400 400 1.200
e demais
demmais horas horas horas horas horas
práticas sociais
s
Áreas de
Áreas
conhecimmento:
conhecimento:
21
Linguaggens
Linguagens
Matemática
Matemá ática 600 600 400 400 2.000
Ciências Humanas
Humanas horas horas horas horas horas
Ciência
as da
Ciências
Natureza
Natureza
e
ED
SÉRIE Debates
800 800 800 800 3.200
o total
Duração
horas horas horas horas horas
anos. Os projetos do terceiro e do quarto anos arti- no desenho curricular. Novamente, a relação de
conteúdos (ementas dos currículos tradicionais) é
culam, ainda, respectivamente, a formação tecnológica
substituída pela definição de atividades de aprendi-
e a formação técnica.
zagem, tanto no Núcleo quanto nas áreas.
O protótipo EMI sugere uma forma de operação
Mantém-se, também, a mesma perspectiva de
do currículo similar ao do EM, envolvendo a revisão
avaliação. À avaliação interna e externa propõe-se o
anual do currículo e do projeto pedagógico; a semana
mesmo papel na integração curricular. No EMI, o perfil
de integração; as semanas de diagnóstico (pesquisa);
profissional de conclusão e os critérios de desem-
a semana de planejamento das atividades de inter-
penho a ele associados fornecem um referencial comum
venção; a execução do projeto do Núcleo e das de avaliação a todos os professores envolvidos. Como
atividades de aprendizagem das áreas; e a semana os alunos continuam sendo atores importantes do
de apresentação dos resultados dos projetos. Prevê processo de avaliação, o perfil profissional também é
também a mesma possibilidade de um currículo fundamental na negociação de critérios e indicadores
variável e a inclusão de atividades de monitoria. de avaliação com os estudantes. O perfil profissional
de conclusão é ainda referência básica no desenho e
na utilização de procedimentos e instrumentos de
autoavaliação.
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ED
SÉRIE Debates
(já citado), há um quadro que sintetiza a percepção
das tendências mundiais em relação às relações entre
educação geral e educação profissional:
Competências
genéricas
GSE TVET GSE essenciais TVET
Educação básica
Educação básica
PE
PE
PE – Educação primária • GSE – Educação secundária geral • TVET – Educação técnico-profissional e treinamento
11 BRASLAVSKY, C. (Org.). Educação secundária: mudança ou imutabilidade? Brasília: UNESCO, 2002. Parágrafo final. Disponível em:
<http://unesdoc.unesco.org/images/0012/001271/127146por.pdf>.
www.unesco.org.br/brasilia SAUS Quadra 5 - Bloco H - Lote 6
Ed. CNPq/IBICT/UNESCO - 9º andar
70070-912 - Brasília - DF - Brasil
Caixa Postal 08559
Tel.: + 55 (61) 2106 3511
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