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Índice

1. Introdução...........................................................................................................3

1.1. Objectivos do Trabalho...................................................................................3

1.1.1. Objectivo Geral...........................................................................................3

1.1.2. Objectivos Específicos................................................................................3

1.2. Metodologias...................................................................................................3

2. Debate Teórico....................................................................................................4

2.1. O Século XXI - O Século da pedagogia..........................................................4

2.1.1. Ensino Básico..............................................................................................4

2.1.2. O Papel do Professor na Pedagogia para o Desenvolvimento dos Alunos


nas Escolas do Ensino Básico....................................................................................5

2.1.3. Reforma Curricular do Ensino Básico (PCEB)...........................................6

3. Importância da Pedagogia na Qualidade das Escolas do Ensino Básico............7

4. Conclusões..........................................................................................................9

5. Referências Bibliográficas................................................................................10
1. Introdução

A educação é cada vez mais uma tarefa exigente e complexa. Apesar de todas as
evoluções e tentativas de mudança a educação escolar ainda continua com poucas
alterações continuando a ser uma educação padronizada, (PERRENOUD, 2001).

Desta forma e como não se podem padronizar crianças o papel do professor


torna-se de extrema importância. Para isto, o professor deve reunir algumas aptidões e
procurar estar em constante formação pessoal e profissional, (CUNHA, 2009).

Para se ser um bom profissional e segundo PERRENOUD (2001), “possuir


conhecimentos ou capacidades específicas não é garantia de que um profissional seja
“competente”.”

1.1. Objectivos do Trabalho


1.1.1. Objectivo Geral
 Analisar a importância da pedagogia no desenvolvimento dos alunos nas escolas
do ensino básico.
1.1.2. Objectivos Específicos
 Conceituar o ensino básico;
 Debruçar sobre a classificação do ensino básico;
 Abordar a sua importância para o ensino nas escolas básicas.
1.2. Metodologias

A metodologia de pesquisa, segundo BARRETO & HONORATO (1998), deve


ser entendida como o conjunto detalhado e sequencial de método e técnicas científicas a
serem executados ao longo da pesquisa, de modo a possibilitar atingir os objectivos
inicialmente propostos e, ao mesmo tempo, atender aos critérios de menor custo, maior
rapidez, maior eficácia e mais confiabilidade de informação.

O presente estudo tem como proposta metodológica uma revisão da literatura.


Trata-se, portanto, de uma pesquisa exploratória de carácter descritivo. Acredita-se que
esta abordagem vai de encontro dos objectivos e necessidades do estudo proposto.

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2. Debate Teórico
2.1. O Século XXI - O Século da pedagogia

O século XXI, de acordo com FRANCISCO CAMBI, é o século da pedagogia,


momento emblemático da luta de classes (entre burguesia e proletariado), que envolveu
sociedade, cultura, economia e política. Esta situação acarretou uma radicalização das
ideias pedagógicas e educativas, consolidando-as como ferramentas de controlo social e
do “projecto político e da própria gestão do poder (social e político) ”, (CAMBI, 1999,
p. 407).

Com o surgimento da revolução industrial e o desenvolvimento económico e


social, teve início uma mobilização social, vinda a delinear o perfil da burguesia. Essas
transições ocorridas “numa sociedade economicamente e politicamente turbulenta, estão
ideologicamente impregnadas também na sua cultura. Nessa conjuntura, o ato de educar
se torna um mecanismo de controlo (para a burguesia) e de emancipação social (para o
povo) ”, (CAMBI, 1999, p.492).

2.1.1. Ensino Básico

De um modo geral, a educação básica ou ensino básico é o nível de ensino


correspondente aos primeiros anos de educação escolar ou formal, que se concretiza a
partir da 1ª classe. Esta denominação corresponde, consoante o sistema educativo que o
ministra, a um conjunto específico de anos de escolaridade, correspondendo, na
generalidade dos casos, aos primeiros quatro a nove anos. BRUNER (1987), revela que
a Classificação Internacional Normalizada da Educação, a educação básica inclui:

 Primeiro Estágio ou Educação Primária - Correspondente à aprendizagem


básica da leitura, da escrita e das operações matemáticas simples;
 Segundo Estágio ou Ensino Secundário Inferior - Correspondente à
consolidação da leitura e da escrita e às aprendizagens básicas na área da língua
materna, história e compreensão do meio social e natural envolvente.

Alguns sistemas educativos, em particular os de países em desenvolvimento,


incluem na educação básica a educação pré-escolar e os programas de ensino de
segunda oportunidade destinados à alfabetização de adultos dando oportunidade ao
educando que não frequentaram no ensino regular possam concluir com objectivo de

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uma educação para todos e assim melhorar o seu desenvolvimento social, (BRUNER,
1987).

Num contexto mais genérico, "educação básica" designa o conjunto de


actividades educativas, formais, não formais e informais, destinadas a satisfazer as
necessidades básicas de aprendizagem, em geral correspondentes aos primeiros estágios
do processo de alfabetização.

2.1.2. O Papel do Professor na Pedagogia para o Desenvolvimento dos Alunos nas


Escolas do Ensino Básico

Tendo em conta a revisão da literatura, é possível verificar que a profissão de


“professor” tem vindo, ao longo dos tempos, a sofrer alterações quer a nível da sua
definição, quer a nível das suas funções. Segundo ARENDS (1999, p. 27), “no século
XXI a principal preocupação dizia respeito ao carácter moral do professor”, enquanto,
nos tempos que correm, a grande preocupação recai nas competências pedagógicas.

Segundo FORMOSINHO (1992, citado por CUNHA, 2008, p. 12):

“O professor é definido como um profissional que


promove a instrução, a socialização e o
desenvolvimento de outrem, tendo uma formação
inicial de nível superior (que inclui a componente
específica de Ciências da Educação e Prática
Pedagógica Acompanhada) e procura (auto) formar-
se continuamente de modo permanente”.

Hoje em dia, se observar as salas de aula é bastante frequente depararmo-nos


com uma grande diversidade de alunos que se distinguem não só pelas suas
características individuais, como também, pela sua cultura, valores e ritmos de
aprendizagem diferentes onde ainda existe um professor que “está preso num sistema
concebido para tratar todos os alunos do primeiro ciclo como se fossem basicamente
iguais”, (TOMLINSON, 2002, p. 12).

Assim sendo, o professor tem um papel fundamental pois deve saber adequar e
planear estratégias que dêem resposta às necessidades do grupo e do contexto onde está
inserido.

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2.1.3. Reforma Curricular do Ensino Básico (PCEB)

A reforma curricular consistiu na introdução do novo currículo na perspectiva de


melhorar a qualidade da educação. Neste sentido, de entre as principais razões para que
ditaram a reforma pode-se destacar a rigidez e uniformidade do currículo, que tinha uma
"utilidade prática insignificante”, (INDE, 2003, p.15). A falta de flexibilidade do
currículo residiu principalmente no facto de não permitir a introdução de conteúdos
relevantes para as necessidades locais e regionais, ou uma valorização da diversidade
cultural, histórica e social.

Em conformidade com CASTIANO et al. (2005), citado por BASÍLIO (2006,


p.67), a transformação curricular do Ensino Básico visa responder três questões,
nomeadamente: a expansão das oportunidades educativas, a melhoria da qualidade do
ensino e uma administração escolar descentralizada, e a estas questões, se acrescenta
uma quarta, que está vinculada à adaptação do sistema educativo às novas condições.
Esta justificativa interage com as teorias usadas para a concepção do novo currículo.

De acordo com BASÍLIO (2006), as teorias justificam-se pela vocação ou


objectivo do currículo. Na verdade o currículo do Ensino Básico está voltado para a
formação das habilidades e das competências dos indivíduos para o mercado e para a
valorização das culturas diversas. O que significa que metodologicamente o currículo
focaliza-se no aluno, no construtivismo, reflexividade e na diversidade cultural
capitalizando os grupos sociais. O novo currículo do Ensino Básico centra-se no aluno e
numa pedagogia sensível às culturas periodizando assim, por um lado, as teorias
tradicionais e, por outro, as teorias críticas ou pós críticas e, sobretudo o construtivismo.

No quadro destas políticas, BASÍLIO (2006, p.67), salienta que no âmbito geral,
as políticas educacionais para o Ensino Básico tendem a responder a quatro questões no
âmbito do desenvolvimento do país.

A primeira focaliza-se na expansão das oportunidades educativas. Trata-se da


distribuição da rede escolar consubstanciada na extensão do Ensino Básico. Os grupos
sociais e as populações manifestaram ao governo o interesse de ver os seus filhos na
escola. Esse interesse obrigou o governo a maximizar as oportunidades para o Ensino
Básico.

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3. Importância da Pedagogia na Qualidade das Escolas do Ensino Básico

A pedagogia, concretizada através da didáctica, é um dos factores que


contribuem em larga medida para a qualidade do ensino desenvolvido nas escolas do
ensino básico

Na União Europeia, foram estabelecidos quatro desafios para ao ensino superior,


concentrando-se em quatro prioridades de acção correspondentes:

“Ajustar as competências às necessidades futuras e


promover a excelência no desenvolvimento de
competências; Construir sistemas de ensino básico
inclusivos e conectados; Garantir que as instituições
de ensino superior contribuam para a inovação;
Apoiar sistemas de ensino básico eficazes e
eficientes”, (EUROPEAN COMMISSION, 2017, p.
4).

Melhorar a qualidade e a relevância do ensino e da aprendizagem no ensino


básico esteve sempre no centro do Processo de Bolonha, segundo a EUROPEAN
COMMISSION/EACEA/EURYDICE (2018).

Para além das estratégias nacionais, a maioria das EB implementou uma


estratégia ou política institucional para a renovação de métodos e metodologias de
ensino-aprendizagem, sendo essa considerada comummente como uma das formas para
melhorar o ensino.

Muitas vezes se pressupõe que a qualidade da aprendizagem depende das


práticas de gestão e da formação oferecida pelas escolas do ensino básico, assumindo-se
uma visão “passiva” da qualidade, ignorando que o interesse e o comprometimento dos
alunos em aprender são tão importantes quanto os contributos da Academia, (CHENG,
2016).

Desse modo, a qualidade deve ser interpretada como uma virtude da prática
profissional, promovendo os valores intrínsecos e o compromisso dos docentes e dos
estudantes com o ensino e a aprendizagem, baseando-se na premissa de que um ensino
superior bem-sucedido produz alunos intelectualmente curiosos, reflexivos e
independentes.

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Apesar de, na actual cultura do consumo, se entender em alguns casos que a
universidade existe para produzir notas e formar estudantes para encontrar empregos,
sendo esses distinguidos no mercado de trabalho com base nas notas,
independentemente do que realmente aprendam. A obtenção do grau académico não
deverá ser o propósito único do ensino superior, mas sim que os alunos se desenvolvam
e explorem seus limites e inclinações, desenvolvendo o seu potencial e aprendendo a
aprender. Ou seja, o sucesso no ensino superior deve ser alcançado com a formação de
alunos intelectualmente curiosos, reflexivos e independentes, (CHENG, 2016).

Todavia, apesar de o ensino ser “a razão de ser da universidade, a pedagogia


parece manter-se inalterada, sem capacidade para acompanhar as inovações noutros
sectores. Como se tudo tivesse mudado nas universidades, menos a pedagogia”,
(NÓVOA & AMANTE, 2015, p. 23), continuando-se ainda em larga medida a
privilegiar uma pedagogia transmissiva, marcada por uma relação “vertical” entre
professor e alunos.

Dessa forma, segundo esses autores, é importante construir espaços de reflexão


em que sejam debatidas: as concepções e as culturas em relação ao ensino e à
pedagogia, às dinâmicas de aprendizagem e de avaliação dos alunos; os processos
pedagógicos e os métodos de ensino; as transformações necessárias dos espaços e os
ambientes universitários; as lógicas de avaliação da carreira dos professores e a
relevância do trabalho pedagógico.

CHENG (2016) concluiu que os factores humanos são muito importantes na


melhoria da qualidade da educação e que a avaliação da qualidade deve constituir-se
como um mecanismo de apoio para a melhoria do ensino superior, fortalecendo o
profissionalismo académico e aumentando o compromisso do aluno com a
aprendizagem, com o objectivo de alcançar uma educação de qualidade.

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4. Conclusões

A pedagogia e a didáctica apresentam-se como áreas de fundamental


importância para a qualidade do processo educativo nas escolas do ensino básico. De
acordo com NÓVOA e AMANTE (2015), é essencial a pedagogia acompanhar os
processos de mudança nas universidades, de forma a conseguir ultrapassar os actuais
constrangimentos económicos, corporativos e burocráticos para um exercício livre do
trabalho académico e uma maior dedicação ao ensino por parte dos docentes.

Neste contexto, CHENG (2016), alega que uma experiência de aprendizagem


bem-sucedida depende da ambição e do comprometimento dos alunos com a
aprendizagem, sendo esse um trabalho de equipa e um esforço compartilhado
principalmente por três das partes interessadas no ensino básico: os professores, as
escolas e os dirigentes. Assim, para além, da necessidade de mudança por parte da
escola e dos professores, também os estudantes precisam assumir a responsabilidade da
sua própria aprendizagem, pois com o ensino pretende-se a realização da aprendizagem,
mas não quer dizer que essa seja necessariamente alcançada.

Em síntese é de extrema a importância da pedagogia no desenvolvimento dos


alunos nas escolas do ensino básico para a demonstração da qualidade é preciso
considerar a complexidade do processo educacional e aumentar o apoio aos alunos e
professores no sentido de ambos se comprometerem com o ensino e a aprendizagem.
Um profundo conhecimento da natureza do trabalho académico e dos factores que
influenciam as motivações dos professores com um efectivo apoio a eles, serão
componentes críticos para a melhoria da qualidade da educação no ensino básico,
apresentando-se como pontos-chave: a motivação dos alunos e o sucesso das suas
aprendizagens.

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5. Referências Bibliográficas

Arends, R. (1999). Aprender a Ensinar. Lisboa: McGraw-Hill.

Barreto, a. V. P; Honorato, C. de F. (1998). Manual de Sobrevivência na Selva


Académica: Rio de Janeiro: Objecto Directo.

Basílio, G. (2006). Os Saberes Locais e o Novo Currículo do Ensino Básico.


Mestrado em educação / currículo.

Bruner, J. (1987). A Cultura da Educação. Lisboa: Edições 70.

Cambi, F. (1999). História da Pedagogia. São Paulo: Unesp.

Cheng, M. (2016). Quality in Higher Education. Developing a Virtue of


Professional Practice. Rotterdam, The Netherlands: Sense Publishers.

Cunha, A. C. (2008). Ser Professor – Bases de uma Sistematização Teórica.


Braga: casa do Editor. Cunha, M. (2002). Literatura Infantil: Teoria & Prática. São
Paulo: Ática.

European Commission. (2017). On a Renewed For Higher Education.

European Commission/EACEA/Eurydice. (2018). The European Higher


Education Area in 2018: Bologna Process Implementation Report.

Inde/ Mined (2003). Plano Curricular do Ensino Básico. INDE/ MINED-


Moçambique.

Perrenoud, P. (2001). A Pedagogia na Escola das Diferenças: Fragmentos de


Uma Sociologia do Fracasso. Porto Alegre: Artmed.

Nóvoa, A., & Amante, L. (2015). Em busca da Liberdade. A Pedagogia


Universitária do Nosso Tempo. REDU. Revista de Docencia Universitaria, 13(1), pp.
21-34.

Tomlinson (2004). O Que é a Diferenciação? Changing Teaching Practices –


using curriculum differentiation to respond to students’ diversity. UNESCO.

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