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MANUAL DE PROCEDIMENTOS

PATRIMÔNIO IMOBILIÁRIO
DO ESTADO DO PARÁ

Belém - Pará
2007
2

Governo do Estado do Pará


Secretaria de Estado de Administração
Diretoria de Gestão do Patrimônio do Estado

Hangar Centro de Convenções – Belém - Pará

“A PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO PÚBLICO É


RESPONSABILIDADE DE TODOS”.
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Ana Júlia Carepa


GOVERNADORA DO ESTADO

Odair Santos Corrêa


VICE-GOVERNADOR DO ESTADO

Orlando Bordallo Júnior


SECRETÁRIO DE ESTADO DE ADMINISTRAÇÃO

Silvio Ronaldo Machado Ferreira de Souza


SECRETARIO-ADJUNTO

João Moraes Junior


DIRETOR DE GESTÃO DO PATRIMÔNIO DO ESTADO

Marinéia Pinheiro Ribeiro


COORDENADORA DO PATRIMÔNIO IMOBILIÁRIO

EQUIPE DE ELABORAÇÃO
Paulo Jorge da Paz Pereira
João da Mata Pereira Muniz
Luiz Horácio Bentes de Oliveira
Odir da Silva Moreira

SUPORTE TÉCNICO – DDG/SEAD


Claudemir Mário Couto Lima
Alberto Monteiro de Souza Neto

NORMALIZAÇÃO
Salomão dos Santos Melo
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________________________________________________________________________

Pará. Secretaria de Estado de Administração. Diretoria de Gestão do Patrimônio do Estado.

Manual de procedimentos patrimônio imobiliário do Estado do Pará. – Belém: SEAD,


2007.

116 p.

1. Administração do Patrimônio do Estado. I . Título.

________________________________________________________________________
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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO......................................................................................................... 7

1 LEGISLAÇÃO FEDERAL....................................................................................... ... 8

1.1 CONSTITUIÇÃO DA REPUBLICA FEDERATIVA DO BRASIL................................9

1.2 LEI N° 8.666/93, DE 21 DE JUNHO DE 1993.................................................. ....... 10

1.3 LEI N° 6.015/73, DE 31 DE DEZEMBRO DE 1973............................................ ..... 13

2 LEGISLAÇÃO ESTADUAL........................................................................................ 32

2.1 CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO PARÁ......................................................... ..... 33

2.2 LEI N° 5.629/90, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1990.......................................... ....... 35

2.3 LEI N° 6.094/97, DE 17 DE DEZEMBRO DE 1997........................................... ..... 41

2.4 LEI N° 6.614/04, DE 05 DE JANEIRO DE 2004...................................................... 42

2.5 DECRETO N° 0018/03, DE 13 DE FEVEREIRO DE 2003................................ ..... 43

2.6 DECRETO N° 2.708/06, DE 28 DE DEZEMBRO DE 2006..................................... 44

3 ROTINAS E FLUXOS................................................................................................. 49

3.1 IMÓVEL EM DISPONIBILIDADE............................................................................. 50

3.2 ALIENAÇÃO DE IMÓVEIS POR VENDA........................................................... ..... 52

3.3 ALIENAÇÃO DE IMÓVEIS POR DOAÇÃO........................................................ ..... 56

3.4 AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS.................................................................................. .... 59

3.5 AQUISIÇÃO DE IMÓVEIS.................................................................................... ... 61

3.6 AÇÃO DE USUCAPIÃO........................................................................................... 65

3.7 SEGURO DE IMÓVEIS...................................................................................... ..... 67

3.8 CESSÃO DE USO DE IMÓVEL........................................................................... ... 71

3.9 RENOVAÇÃO DA CESSÃO DE IMÓVEL................................................................ 75

3.10 PERMISSÃO DE USO DE IMÓVEL.................................................................... .. 77

3.11 RENOVAÇÃO DA PERMISSÃO DE USO DE IMÓVEL.................................... .... 80

3.12 LOCAÇÃO DE IMÓVEL......................................................................................... 82


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3.13 RENOVAÇÃO DO CONTRATO DE LOCAÇÃO.................................................... 85

3.14 ENTREGA DO IMÓVEL – LOCAÇÃO................................................................... 87

3.15 CONSTRUÇÃO................................................................................................. .... 89

3.16 AFETAÇÃO DE IMÓVEL....................................................................................... .91

4 MODELOS DE TERMOS E CONTRATOS........................................................ ........ .93

4.1 MODELO DE CONTRATO DE CESSÃO DE USO ................................................. .94

4.2 MODELO DO TERMO DE ENTREGA .................................................................... .96

4.3 EXTRATO DE TERMO DE CESSÃO DE USO DE BEM IMÓVEL.......................... .97

4.4 TERMO DE AFETAÇÃO DE BENS IMÓVEIS ........................................................ .98

4.5 EXTRATO DE TERMO DE AFETAÇÃO DE BEM IMÓVEL.................................... .99

4.6 MODELO DO TERMO DE PERMISSÃO DE USO ................................................. 100

4.7 MODELO DE CONTRATO DE LOCAÇÃO DE IMÓVEL......................................... 102

4.6 MODELO DE TERMO ADITIVO AO CONTRATO DE LOCAÇÃO DE IMÓVEL ..... 105

4.7 DECLARAÇÃO DE IMÓVEL A SER LOCADO ....................................................... 102

GLOSSÁRIO ................................................................................................................ 103


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APRESENTAÇÃO

Um dos fatores de grande relevância para a operação e produção de qualquer


organização é o seu patrimônio. Entretanto, a realidade que se constata na grande
maioria das organizações públicas e privadas brasileiras é a inexistência do controle físico
adequado de seus bens, e como conseqüência, a falta de informações sobre eles.

Em decorrência disso, o GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ, através da


SECRETARIA DE ESTADO DE ADMINISTRAÇÃO, elaborou e está implementando um
conjunto de ações voltadas a suprir a lacuna existente nessa área, destacando-se aqui, as
que se referem ao controle e a gestão efetiva do acervo patrimonial imobiliário do Estado.

Nesse sentido, a DIRETORIA DE GESTÃO DO PATRIMÔNIO DO ESTADO –


DGP/SEAD produziu o presente Manual de Procedimentos, que visa disciplinar e
padronizar as rotinas de trabalho, bem como estabelecer mecanismos de monitoramento
e avaliação do acervo imobiliário, de forma que os órgãos da Administração Pública
Estadual possam realizar a efetiva gestão e o controle desses ativos, permitindo a
redução de custos com a manutenção do patrimônio e a maximização do uso dos imóveis
estaduais.

Vale ressaltar que, para a produção deste documento, foi realizado o levantamento
e a racionalização de todos os processos de trabalho referentes à incorporação, utilização
de imóveis próprios e locados, seguridade e baixa por alienação de próprios estaduais,
facilitando aos gestores imobiliários, portanto, o acompanhamento dos processos que se
relacionem com qualquer imóvel de interesse da Administração.

É importante observar, que as normas e procedimentos administrativos


introduzidos por este Manual aplicam-se obrigatoriamente a todos os órgãos da
administração direta e facultativamente aos órgãos e entidades da administração indireta
estadual, devendo estes, entretanto, informar a DGP/SEAD sempre que ocorrer
modificações de ordem cadastral em seus respectivos acervos.

Para melhor compreensão dos usuários, o presente Manual foi estruturado


conforme se especifica a seguir:

• LEGISLAÇÃO – Neste segmento encontram-se catalogadas a legislação


federal e estadual específica.

• ROTINAS E FLUXOS – Aqui estão descritos os processos de trabalho e os


seus respectivos fluxogramas.

• MODELOS DE TERMOS E CONTRATOS – Nesta parte são apresentados


os modelos dos documentos a serem utilizados para a formalização de ocorrências
patrimoniais, tais como, a cessão de uso de imóveis estaduais a terceiros.

Portanto, com a disponibilização do Manual de Procedimentos do Patrimônio


Imobiliário aos órgãos e entidades estaduais, a SEAD espera contribuir de forma decisiva
para a modernização da gestão patrimonial do Estado e consequentemente para a
redução dos gastos com a manutenção, assim como, com a locação de imóveis,
priorizando para tanto a melhor utilização dos próprios estaduais.
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LEGISLAÇÃO FEDERAL
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CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

Capítulo III
Dos Estados Federados

Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:

I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito,


ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União;

II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas
aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros;

III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;

IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União.

Capítulo VII
Da Administração Pública
Seção I
Disposições Gerais

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e


alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure
igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam
obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei,
o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica
indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.
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Presidência da República
LEI N° 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993 * (Somente disposições específicas)

Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição


Federal, institui normas para licitações e contratos da
Administração Pública e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu


sanciono a seguinte lei:
CAPÍTULO I
Das Disposições Gerais
SEÇÃO I
Dos Princípios
Art. 1º Esta lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos
pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no
âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta lei, além dos órgãos da administração
direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas,
as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente
pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
SEÇÃO VI
Das Alienações
Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de
interesse público devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às
seguintes normas:
I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos da administração
direta e entidades autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive as entidades
paraestatais, dependerá de avaliação prévia e de licitação na modalidade de
concorrência, dispensada esta nos seguintes casos:
a) dação em pagamento;
b) doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou entidade da administração
pública, de qualquer esfera de governo, ressalvado o disposto nas alíneas f e h; (Redação
dada pela Lei nº 11.481, de 2007)
c) permuta, por outro imóvel que atenda aos requisitos constantes do inciso X do art. 24
desta Lei;
d) investidura;
e) venda a outro órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera de
governo; (Incluída pela Lei nº 8.883, de 1994)
f) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação ou
permissão de uso de bens imóveis residenciais construídos, destinados ou efetivamente
utilizados no âmbito de programas habitacionais ou de regularização fundiária de
interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da administração pública;
(Redação dada pela Lei nº 11.481, de 2007)
g) procedimentos de legitimação de posse de que trata o art. 29 da Lei no 6.383, de 7 de
dezembro de 1976, mediante iniciativa e deliberação dos órgãos da Administração Pública
em cuja competência legal inclua-se tal atribuição; (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)
h) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação
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ou permissão de uso de bens imóveis de uso comercial de âmbito local com área de até
250 m² (duzentos e cinqüenta metros quadrados) e inseridos no âmbito de programas de
regularização fundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da
administração pública; (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007)
§1º Os imóveis doados com base na alínea "b" do inciso I deste artigo, cessadas as
razões que justificaram a sua doação, reverterão ao patrimônio da pessoa jurídica
doadora, vedada a sua alienação pelo beneficiário.
§ 2º A Administração também poderá conceder título de propriedade ou de direito real de
uso de imóveis, dispensada licitação, quando o uso destinar-se: (Redação dada pela Lei
nº 11.196, de 2005)
I - a outro órgão ou entidade da Administração Pública, qualquer que seja a localização do
imóvel; (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)
II - a pessoa física que, nos termos de lei, regulamento ou ato normativo do órgão
competente, haja implementado os requisitos mínimos de cultura e moradia sobre área
rural situada na região da Amazônia Legal, definida no art. 2º da Lei no 5.173, de 27 de
outubro de 1966, superior à legalmente passível de legitimação de posse referida na
alínea g do inciso I do caput deste artigo, atendidos os limites de área definidos por ato
normativo do Poder Executivo. (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005) (Regulamento)
§ 2º-A. As hipóteses da alínea g do inciso I do caput e do inciso II do § 2º deste artigo
ficam dispensadas de autorização legislativa, porém submetem-se aos seguintes
condicionamentos: (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)
I - aplicação exclusivamente às áreas em que a detenção por particular seja
comprovadamente anterior a 1º de dezembro de 2004; (Incluído pela Lei nº 11.196, de
2005)
II - submissão aos demais requisitos e impedimentos do regime legal e administrativo da
destinação e da regularização fundiária de terras públicas; (Incluído pela Lei nº 11.196,
de 2005)
III - vedação de concessões para hipóteses de exploração não-contempladas na lei
agrária, nas leis de destinação de terras públicas, ou nas normas legais ou administrativas
de zoneamento ecológico-econômico; e (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)
IV - previsão de rescisão automática da concessão, dispensada notificação, em caso de
declaração de utilidade, ou necessidade pública ou interesse social. (Incluído pela Lei nº
11.196, de 2005)
§ 2º-B. A hipótese do inciso II do § 2º deste artigo: (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)
I - só se aplica a imóvel situado em zona rural, não sujeito a vedação, impedimento ou
inconveniente a sua exploração mediante atividades agropecuárias; (Incluído pela Lei nº
11.196, de 2005)
II - fica limitada a áreas de até quinze módulos fiscais, vedada a dispensa de licitação para
áreas superiores a esse limite; e (Nova redação dada pela MP nº 422, de 2008)
III - pode ser cumulada com o quantitativo de área decorrente da figura prevista na alínea
g do inciso I do caput deste artigo, até o limite previsto no inciso II deste parágrafo.
(Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)
§ 3º Entende-se por investidura, para os fins desta lei: (Redação dada pela Lei nº 9.648,
de 1998)
I - a alienação aos proprietários de imóveis lindeiros de área remanescente ou resultante
de obra pública, área esta que se tornar inaproveitável isoladamente, por preço nunca
inferior ao da avaliação e desde que esse não ultrapasse a 50% (cinqüenta por cento) do
valor constante da alínea "a" do inciso II do art. 23 desta lei; (Incluído pela Lei nº 9.648,
de 1998)
II - a alienação, aos legítimos possuidores diretos ou, na falta destes, ao Poder Público, de
imóveis para fins residenciais construídos em núcleos urbanos anexos a usinas
hidrelétricas, desde que considerados dispensáveis na fase de operação dessas unidades
e não integrem a categoria de bens reversíveis ao final da concessão. (Incluído pela Lei
nº 9.648, de 1998)
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§ 4º A doação com encargo será licitada e de seu instrumento constarão,
obrigatoriamente os encargos, o prazo de seu cumprimento e cláusula de reversão, sob
pena de nulidade do ato, sendo dispensada a licitação no caso de interesse público
devidamente justificado; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
§ 5º Na hipótese do parágrafo anterior, caso o donatário necessite oferecer o imóvel em
garantia de financiamento, a cláusula de reversão e demais obrigações serão garantidas
por hipoteca em segundo grau em favor do doador. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
§ 6º Para a venda de bens móveis avaliados, isolada ou globalmente, em quantia não
superior ao limite previsto no art. 23, inciso II, alínea "b" desta Lei, a Administração poderá
permitir o leilão. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
Art. 18. Na concorrência para a venda de bens imóveis, a fase de habilitação limitar-se-á
à comprovação do recolhimento de quantia correspondente a 5% (cinco por cento) da
avaliação.
Parágrafo único. Para a venda de bens móveis avaliados, isolada ou globalmente, em
quantia não superior ao limite previsto no art. 23, inciso II, alínea b desta lei, a
Administração poderá permitir o leilão. (Revogado pela Lei nº 8.883, de 1994)
Art. 19. Os bens imóveis da Administração Pública, cuja aquisição haja derivado de
procedimentos judiciais ou de dação em pagamento, poderão ser alienados por ato da
autoridade competente, observadas as seguintes regras:
I - avaliação dos bens alienáveis;
II - comprovação da necessidade ou utilidade da alienação;
III - adoção do procedimento licitatório, sob a modalidade de concorrência ou leilão.
(Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
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Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI Nº 6.015, DE 31 DE DEZEMBRO DE 1973.

Dispõe sobre os registros públicos, e dá outras


providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu


sanciono a seguinte Lei:

TÍTULO I
Das Disposições Gerais
CAPÍTULO I
Das Atribuições

Art. 1º Os serviços concernentes aos Registros Públicos, estabelecidos pela legislação civil
para autenticidade, segurança e eficácia dos atos jurídicos, ficam sujeitos ao regime estabelecido
nesta Lei.

1° Esses registros são:

I - o registro civil de pessoas naturais;

II - o registro civil de pessoas jurídicas;

III - o registro de títulos e documentos;

IV - o registro de imóveis;

V - o registro de propriedade literária, científica e artística.

2º O registro mercantil continua a ser regido pelos dispositivos da legislação comercial.

Art. 2º Os registros indicados nos números I a IV do § 1° do artigo anterior ficam a cargo dos
serventuários nomeados de acordo com a legislação em vigor e serão feitos:

TÍTULO V
Do Registro de Imóveis
CAPÍTULO I
Das Atribuições

Art. 168. No Registro de imóveis serão feitas:

I - a inscrição:
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a) dos instrumentos públicos de instituição de bem de família;

b) das hipotecas legais, judiciais e convencionais;

c) dos contratos de locação de prédios, nos quais tenha sido consignada cláusula de vigência
no caso de alienação da coisa locada;

d) do penhor de máquinas e de aparelhos utilizados na indústria, instalados e em


funcionamento, com ou sem os respectivos pertences;

e) das penhoras, arrestos e seqüestros de imóveis;

f) dos títulos das servidões em geral, para sua constituição;

g) do usufruto e do uso sobre imóveis e da habilitação, quando não resultarem do direito de


família;

h) das rendas constituídas ou vinculadas a imóveis, por disposição de última vontade;

i) da promessa de compra e venda de imóvel não loteado, sem cláusula de arrependimento,


cujo preço deva pagar-se a prazo, de uma só vez ou em prestações (artigo 22 do Decreto-Lei n.
58, de 10 de dezembro de 1937, com a redação alterada pela Lei n. 649, de 11 de março de
1949);

j) da enfiteuse;

l) da anticrese;

m) dos instrumentos públicos das convenções antenupciais;

n) das cédulas de crédito rural (Decreto-Lei n. 167, de 14 de fevereiro de 1967);

o) das cédulas de crédito industrial (Decreto-Lei n. 413, de 9 de janeiro de 1969);

p) dos contratos de penhor rural (Lei n. 492, de 30 de agosto de 1937);

q) dos empréstimos por obrigações ao portador ou debêntures, inclusive as conversíveis em


ações (Lei n. 4.728, de 14 de julho de 1965, artigo 44);

r) dos memoriais de incorporação e das instituições e convenções de condomínio a que alude


a Lei n. 4.591, de 16 de dezembro de 1964;

s) dos memoriais de loteamento de terrenos urbanos e rurais, para a venda de lotes, a prazo,
em prestações (Decreto-Lei n. 58/37, Lei n. 4.591/64 e Decreto-Lei n. 271, de 28 de fevereiro de
1967);

t) das citações de ações reais ou pessoais, reipersecutórias, relativas à imóveis;

u) das promessas de cessão (artigo 69, da Lei n. 4.380, de 21 de agosto de 1964);

II - a transcrição:

a) das sentenças de desquite e de nulidade ou anulação de casamento, quando nas


respectivas partilhas existirem imóveis ou direitos reais sujeitos a registro;

b) dos julgados e atos jurídicos inter vivos que dividirem imóveis ou os demarcarem;
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c) das sentenças que nos inventários e partilhas, adjudicarem bens de raiz em pagamento das
dívidas da herança;

d) dos atos de entrega de legados de imóveis, formal de partilha e das sentenças de


adjudicação em inventário quando não houver partilha;

e) da arrematação e da adjudicação em hasta pública;

f) do dote;

g) das sentenças declaratórias de usucapião, para servirem de títulos aquisitivos;

h) da compra e venda pura e condicional;

i) da permuta;

j) da dação em pagamento;

l) da transferência de quota a sociedade, quando for constituída por imóvel;

m) da doação entre vivos;

n) das sentenças que, em processos de desapropriação, fixarem o valor da indenização.

III - a averbação:

a) das convenções antenupciais, especialmente em relação aos imóveis existentes, ou


posteriormente adquiridos, pela cláusula do regime legal;

b) por cancelamento da extinção dos direitos reais;

c) dos contratos de promessa de compra e venda de terrenos loteados, em conformidade com


as disposições de Decreto-Lei n. 58, de 10 de dezembro de 1937;

d) da mudança de nome dos logradouros e da numeração dos prédios, da edificação, da


reconstrução, da demolição, do desmembramento e do loteamento de imóveis;

e) da alteração do nome por casamento ou por desquite ou, ainda, de outras circunstâncias
que, por qualquer modo, afetem o registro ou as pessoas nele interessadas;

f) dos contratos de promessa de compra e venda, cessão desta, ou de promessa de cessão, a


que alude a Lei n. 4.591, de 16 de dezembro de 1964, bem como dos contratos de compra e
venda relativos ao desmembramento das unidades autônomas respectivas;

g) da individuação das unidades autônomas condominiais de que trata a Lei n. 4.591, de 16 de


dezembro de 1964, e o artigo 13 do Decreto n. 55.815, de 8 de março de 1965;

h) das cédulas hipotecárias a que alude o Decreto-Lei n. 70, de 21 de novembro de 1966;

i) da caução, da cessão parcial e da cessão fiduciária dos direitos aquisitivos relativos a


imóveis (Decreto-Lei n. 70, de 21 de novembro de 1966);

j) das sentenças de separação de dote;


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l) do julgamento sobre o restabelecimento da sociedade conjugal;

m) das cláusulas de inalienabilidade, impenhorabilidade, e incomunicabilidade impostas a


imóveis, bem como da instituição de fideicomisso;

n) das decisões, recursos e seus efeitos, que tenham por objeto os atos ou títulos registrados.

§1º No registro de imóveis serão feitas, em geral, a "transcrição", a "inscrição" e a "averbação"


dos títulos ou atos constitutivos, declaratórios, translativos e extintivos de direitos reais sobre
imóveis, reconhecidos em lei inter vivos e causa mortis, quer para sua constituição, transferência e
extinção, quer para sua validade em relação a terceiros, quer para sua disponibilidade.

§2° Para efeito de lançamento nos livros respectivos, "consideram-se englobadas, na


designação genérica de registro", tanto a "inscrição" quanto a "transcrição".

Art 169. Todos os atos enumerados no artigo 168, são obrigatórios, e as "inscrições" e
"transcrições" nele mencionadas efetuar-se-ão no cartório da situação do imóvel.

Parágrafo único. Em se tratando de imóveis situados em comarcas ou circunscrições


territoriais limítrofes o registro deverá ser feito em todas elas; o desmembramento territorial
posterior não exige, porém, repetição, no novo cartório do registro já feito.

Art. 170. Os atos relativos a vias férreas serão registrados no cartório correspondente à
estação inicial da respectiva linha.

CAPÍTULO II
Da Escrituração
Art. 171. Haverá, no registro de imóveis, os seguintes livros, todos com trezentas (300) folhas
cada uma:

I - Livro n. 1 - Protocolo;

II - Livro n. 2 - Registro Geral;

III - Livro n. 3 - Auxiliar;

IV - Livro n. 4 - Registros Diversos;

V - Livro n. 5 - Indicador Real;

VI - Livro n. 6 - Indicador Pessoal;

VII - Livro n. 7 - Registro de Incorporações;

VIII - Livro n. 8 - Registro de Loteamentos.

Art. 172. O livro n. 1 - Protocolo - servirá para apontamento de todos os títulos apresentados
diariamente para "matrícula, registro ou averbação". Esse livro determinará a quantidade e
qualidade dos títulos, bem como a data de sua apresentação, o nome de apresentante e o número
de ordem, que seguirá, indefinidamente, sem interrupção, nos livros da mesma espécie.

Parágrafo único. A cada título apresentado corresponderá um só número de ordem, seja qual
for a quantidade de atos que formalizar, os quais serão resumidamente mencionados na coluna
das anotações.
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Art. 173. O livro n. 2 - Registro Geral - será destinado à matrícula dos "imóveis e ao registro
ou averbação" dos atos relacionados no artigo 168 e não atribuídos especificamente a outros
livros e sua escrituração obedecerá às seguintes normas:

a) cada imóvel terá "matrícula própria", que será aberta por ocasião do primeiro registro a ser
feito na vigência da presente Lei;

b) no alto da face de cada folha será lançada a "matrícula" do imóvel, com os requisitos
constantes do artigo 227 e no espaço restante e no verso serão lançados, por ordem cronológica
e em forma narrativa, os registros e averbações dos atos pertinentes ao imóvel matriculado;

c) preenchida um folha, será feito o transporte para a primeira folha em branco do mesmo livro
ou do livro da mesma série que estiver em uso, onde continuarão os lançamentos, com remissões
recíprocas;

d) as matrículas serão numeradas seguidamente, em numeração infinita, sem interrupção ao


fim de cada livro;

e) os registros e averbações a serem lançados na folha da matrícula serão numerados


seguidamente, antecipando-se a essa numeração, separadas por um traço, as letras R para os
registros "AV" para as averbações seguidas do número da matrícula (ex. R-1-1, R-2-1, R-3-1 ou
AV-1-1, AV-2-1, AV-3-1).

§ lº Os oficiais, mediante autorização do respectivo Juiz, poderão respeitada a precedência da


prenotação, desdobrar o livro n. 2 em tantos outros quantos se tornarem necessários para atender
ao movimento do cartório, até o limite dez (10), classificando-os de acordo com o algarismo final
da matrícula.

§ 2º Observado o disposto no artigo 3°, § 2º, poderá o Registro Geral ser realizado pelo
sistema de fichas.

Art. 174. Na escrituração do livro n. 3 - Auxiliar - haverá espaços formados por linhas verticais
para neles se escreverem o número de ordem do registro, a referência ao número de ordem e às
páginas dos demais livros, além da margem para as averbações.

1° No livro auxiliar do cartório do domicílio conjugal, serão registradas, por extrato, as


convenções antenupciais, devendo mencionar os nomes dos cônjuges, data, cartório, livro e
folhas onde foi lavrada a escritura e as cláusulas da convenção, sem prejuízo da averbação dos
imóveis existentes que forem sendo adquiridos, sujeitos a regime diverso do comum.

2º Serão integralmente registrados no livro auxiliar os contratos-padrão a que se refere o


artigo 61 da Lei n. 4.380, de 21 de agosto de 1964.

Art. 175. No livro n. 4 - Registros Diversos - serão registrados:

a) a emissão de debêntures, sem prejuízo do registro eventual e definitivo no livro n. 2, da


hipoteca, da anticrese e do penhor que abonarem, especialmente, tais emissões, firmando-se pela
ordem do registro a prioridade entre as séries de obrigações emitidas pela mesma sociedade;

b) as cédulas de crédito rural de que trata o Decreto-Lei n. 167, de 14 de fevereiro de 1967;

c) as cédulas de crédito industrial de que trata o Decreto-Lei n. 413, de 9 de janeiro de 1969;

d) os atos que da competência do registro de imóveis por disposição legal, não se refiram
diretamente a um determinado imóvel matriculado.
18
1º Para atender ao movimento do cartório, os oficiais poderão desdobrar o livro n. 4,
mediante autorização judicial, em livros para o registro do penhor rural, das cédulas de crédito
rural, das cédulas de crédito industrial, da emissão de debêntures e dos demais atos a ele
atribuídos.

2º As hipotecas cedulares a que se referem os Decretos-Leis ns. 167/69, e 413/69, serão


registradas na matrícula do imóvel respectivo.

Art. 176. O livro n. 5 - Indicador Real - será o repositório de todos imóveis que figurarem nos
livros do registro.

1º As folhas desse livro repartir-se-ão entre as zonas cadastrais que se compreendam no


território da circunscrição imobiliária subordinada ao respectivo ofício, de acordo com o
zoneamento cadastral estabelecido pela repartição competente.

2º Cada indicação terá por espaço, pelo menos, um quinto da página do livro e cada espaço
quatro colunas formadas por linhas perpendiculares, correspondentes aos requisitos seguintes:

1º) número de ordem;

2º) identificação do imóvel;

3º) referência aos números de ordem de outros livros;

4º) anotações.

3° Para auxiliar a consulta, os oficiais que não se utilizarem do Indicador Real pelo sistema de
fichas, farão um índice pelos logradouros e numeração predial quando se tratar de imóveis
urbanos e pelos nomes e situações, quando rurais.

4º As repartições municipais são obrigadas a comunicar ao oficial do registro nos dez (10) dias
seguintes à sua efetivação, todas as alterações ocorridas no sistema urbano, inclusive as
concernentes a nomes de logradouros.

Art. 177. O livro n. 6 - Indicador Pessoal - será distribuído alfabeticamente e nele se


escreverão, por extenso, os nomes de todas as pessoas que, individual ou coletivamente, ativa ou
passivamente, direta ou indiretamente, figurarem nos livros de registro.

1º As indicações no Indicador Pessoal serão distribuídas em quatro colunas perpendiculares,


satisfazendo aos seguintes requisitos:

1º) número de ordem;

2º) pessoas;

3º) referência aos números de ordem de outros livros;

4º) anotações.

2° O Indicador Pessoal poderá obedecer a sistema de fichas, a critério e sob exclusiva


responsabilidade do oficial.

Art. 178. Se a mesma pessoa ou o mesmo imóvel já estiverem no Indicador Pessoal ou no


Real, somente se fará referência na respectiva coluna ou ficha, ao número de ordem do livro em
que se lavrar o novo registro.
19
Art. 179. Se, no mesmo ato, figurar mais de uma pessoa, ativa ou passivamente, o nome de
cada uma será lançado, distintamente, no Indicador Pessoal.

Art. 180. Adotados os livros Indicador Real e o Pessoal, sob a forma encadernada, as
indicações neles lançadas terão seu número de ordem especial, correspondendo o número de
ordem dos imóveis à zona cadastral onde estão situados e o número de ordem das pessoas à
respectiva letra do alfabeto.

Art. 181. Esgotadas as folhas destinadas a uma zona cadastral no Indicador Real, se adotado
o livro encadernado, a escrituração continuará no livro seguinte, averbando-se o transporte no
livro antecedente, ou mesmo, em folhas aproveitáveis, feitas as referências recíprocas. Da mesma
forma proceder-se-á com relação ao Indicador Pessoal.

Art. 182. No caso do artigo anterior, caberá, na distribuição das folhas do livro seguinte maior
número delas à zona cadastral ou à letra do alfabeto cujas folhas estiverem esgotadas antes de
distribuídas às outras zonas ou letras.

Art. 183. O livro n. 7 - Registro de Incorporação - destina-se ao registro dos memoriais de


incorporação dos atos institutivos e das convenções de condomínio, previstos na Lei n. 4.591, de
16 de dezembro de 1964, e será escriturado de acordo com o modelo previsto no anexo desta Lei.

1º As averbações relativas aos registros feitos no livro n. 7 serão lançadas em seguida ao


registro, por ordem cronológica e em forma narrativa, numeradas seguidamente, antecipando-se a
essa numeração, separado por traço, o número do registro (ex. 1-1, 1-2, 1-3).

2º Esgotado numa folha o espaço para as averbações, prosseguirão as mesmas na primeira


folha em branco do mesmo livro ou do livro da mesma série que estiver em uso, feitas as
referências recíprocas.

Art. 184. O livro n. 8 - Registro de Loteamentos - na forma da lei respectiva, destinado ao


registro da propriedade loteada, para venda de lotes a prazo, em prestações sucessivas e
periódicas, obedecerá ao modelo previsto no anexo desta Lei e será escriturado nos mesmos
moldes do livro n. 7.

CAPÍTULO III
Do Processo do Registro

Art. 185. Todos os títulos tomarão, no protocolo, a data da sua apresentação e o número de
ordem que, em razão dela, lhes competir, sendo neles lançados o nome do apresentante e a
identidade do título, reproduzindo-se, neste, a data e o número de ordem.

Parágrafo único. A prenotação será feita respeitando-se a ordem rigorosa da apresentação


do título e obedecerá a numeração infinita.

Art. 186. A escrituração do protocolo incumbirá tanto ao oficial titular como ao auxiliar
expressamente designado por aquele e autorizado pelo Juiz competente, ainda que o primeiro não
esteja afastado ou impedido.

Art. 187. O número de ordem determinará a prioridade do título e, esta, a preferência dos
direitos reais, ainda que apresentados pela mesma pessoa mais de um título simultaneamente.

Art. 188. Havendo permuta, e pertencendo os imóveis permutados à circunscrição do mesmo,


serão feitos os registros nas matrículas respectivas, com indicações recíprocas e números de
ordem seguidos no protocolo.

Art. 189. Tomada a data da apresentação e o número de ordem do protocolo, proceder-se-á ao


registro, salvo nos casos previstos nos artigos seguintes.
20
Art. 190. Apresentado título de segunda hipoteca, com referência expressa à existência de
outra anterior, o oficial, depois de prenotá-lo, aguardará durante trinta (30) dias, que os
interessados na primeira promovam a inscrição. Esgotado esse prazo, que correrá da data da
apresentação, sem que seja apresentado o título anterior, o segundo será inscrito e obterá
preferência sobre aquele.

Art. 191. Não serão registrados, no mesmo dia, títulos pelos quais se constituam direitos reais
contraditórios sobre o mesmo imóvel.

Art. 192. Prevalecerão, para efeito de prioridade de registro, quando apresentados no mesmo
dia, os títulos prenotados no protocolo sob número de ordem mais baixo, protelando-se o registro
dos apresentados posteriormente, pelo prazo correspondente a, pelo menos, um expediente
diário.

Parágrafo único. Excetuam-se da norma deste artigo as escrituras públicas lavradas na


mesma data que, apresentadas no mesmo dia, determinem taxativamente a hora da sua lavratura,
prevalecendo, para efeito de prioridade, a que foi lavrada em primeiro lugar.

Art. 193. O registro será feito pela simples exibição do título, sem dependência de extratos.

Art. 194. Se o título for de natureza particular, deverá ser apresentado, ao menos, em
duplicata, ficando um dos exemplares arquivado no cartório, sendo o outro ou os demais
devolvidos ao interessado, após o registro.

Parágrafo único. Em caso de permuta serão, pelo menos, três os exemplares, sendo feitos os
registros relativos a todos os imóveis permutados, ainda que só um dos interessados promova o
registro.

Art. 195. Se existir uma só via do título e este for de natureza particular, a parte apresentará,
também, certidão do Registro de Títulos e Documentos ou fotocópia devidamente autenticada,
que ficará arquivada em cartório.

Art. 196. Todo o registro será feito por extrato, salvo se a parte pedir que se faça por extenso,
no livro auxiliar, sem prejuízo daquele e com anotações recíprocas.

Art. 197. Se o imóvel não estiver matriculado ou registrado em nome do outorgante, o oficial
exigirá a prévia matrícula e o registro do título anterior, qualquer que seja a sua natureza, para
manter a continuidade do registro.

1º A matrícula será feita à vista dos elementos constantes do título apresentado e do registro
anterior que constar do próprio cartório.

2° Quando o título anterior estiver registrado em outro cartório, o novo título será apresentado
juntamente com certidão atualizada comprobatória do registro anterior e da inexistência de ônus.

Art. 198. Tomada a nota da apresentação, e conferido o número de ordem, o oficial verificará a
legalidade e a validade do título, procedendo ao registro, se o mesmo estiver em conformidade
com a lei, no prazo máximo de dez (10) dias úteis, salvo no caso previsto no parágrafo único do
artigo 7º do Decreto-Lei n. 549, de 24 de abril de 1969, em que o prazo será de três (3) dias úteis.

1º O oficial fará essa verificação no prazo improrrogável de cinco (5) dias úteis, e poderá exigir
que o apresentante ponha o documento em conformidade com a lei, concedendo-lhe, para isso,
prazo razoável.

2º O oficial indicará por escrito a exigência cuja satisfação seja necessária ao registro. Não se
conformando o apresentante com a exigência do oficial ou não podendo satisfazê-la, será o título
a seu requerimento e com a declaração de dúvida, remetido ao juízo competente para dirimi-la.
21
3º Em se tratando de propriedade territorial, desapropriada nos termos do Decreto-Lei n.
549, de 24 de abril de 1969, a verificação a que alude o § 1º será feita em quarenta e oito (48)
horas.

4º Em se tratando de inscrição de incorporação e de loteamento, a verificação dos memoriais e


documentos necessários ao registro será feita em quinze (15) dias úteis.

Art. 199. Prenotado o título, e lançada nele a dúvida, rubricará o oficial todas as suas folhas,
remetendo-o ao juízo competente.

Art. 200. No protocolo anotará o oficial, à margem da prenotação, a ocorrência da dúvida.

Art. 201. Estando devidamente fundamentada a dúvida, o Juiz mandará ouvir o apresentante
em dez (10) dias, para impugná-la, com os documentos que entender, ouvindo-se após, o
Ministério Público, no prazo de cinco (5) dias.

1º Se o interessado, nesse prazo, não impugnar a dúvida, o Juiz mandará arquivá-la. Essa
decisão é irrecorrível e dela dar-se-á ciência ao oficial, que cancelará a prenotação, devolvendo os
documentos ao interessado.

2º O arquivamento da dúvida não impedirá que ela seja suscitada novamente, no caso de
reapresentação do título para registro.

Art. 202. Impugnada a dúvida, o Juiz proferirá a sentença no prazo de cinco (5) dias, com os
elementos constantes dos autos.

Parágrafo único. Da sentença poderão interpor recurso de apelação, com ambos os efeitos o
interessado, o Ministério Público e o terceiro prejudicado.

Art. 203. O documento que for objeto de dúvida, decidida esta, será restituído ao interessado,
independentemente de traslado.

Art. 204. Julgada improcedente a dúvida, o interessado apresentará de novo os seus


documentos, com o respectivo mandado, e o oficial, procederá, desde logo, ao registro,
declarando, na coluna de anotações do protocolo, que a dúvida foi julgada improcedente,
arquivando-se o mandado ou a cópia da sentença. Se julgada procedente, expedir-se-á mandado
ao oficial que cancelará a prenotação.

Art. 205. A denegação do registro não impedirá o uso do processo contencioso competente.

Art. 206. Cessarão automaticamente os efeitos da prenotação, se, decorridos trinta (30) dias
do seu lançamento no protocolo, o título não tiver sido registrado, salvo nos casos de processo de
dúvida ou de inscrição de instituição de bem de família e de inscrição de memorial de loteamento;
casos estes em que o perecimento da prenotação ocorrerá após 30 (trinta) dias da data da
publicação do último edital.

Art 207. Se o documento, uma vez prenotado, não puder ser registrado, ou o apresentante
desistir do seu registro, a importância relativa às despesas previstas no artigo 15 será restituída,
deduzida a quantia correspondente as buscas e à prenotação.

Art. 208. No processo de dúvida, somente serão devidas custas, a serem pagas pelo
interessado, quando a dúvida for julgada procedente.

Art. 209. O registro começado dentro das horas fixadas não será interrompido, salvo motivo de
força maior declarado, prorrogando-se o expediente até ser concluído.
22
Art. 210. Durante a prorrogação, nenhuma nova apresentação será admitida, lavrando-se
termo de encerramento no protocolo.

Art. 211. Todos os atos serão assinados pelo oficial, seu substituto legal ou escrevente,
expressamente designado pelo oficial e autorizado pelo Juiz competente, ainda que o primeiro não
esteja afastado ou impedido.

Art. 212. Na via do título restituída ao apresentante, com todas as folhas rubricadas, serão
declarados, de forma resumida, os atos praticados em decorrência de sua apresentação, nela se
consignando, obrigatoriamente, os lançamentos feitos nos Indicadores Real e Pessoal.

Art. 213. Se o teor do registro não exprimir a verdade, poderá o prejudicado reclamar sua
retificação, por meio de processo próprio.

Art 214. A requerimento do interessado, poderá ser retificado o erro constante do registro,
desde que tal retificação não acarrete prejuízo a terceiro.

1° A retificação será feita mediante despacho judicial, salvo no caso de erro evidente, o qual o
oficial, desde logo, corrigirá, com a devida cautela.

2º Se da retificação resultar alteração da descrição das divisas ou da área do imóvel, serão


citados, para se manifestarem sobre o requerimento, em dez (10) dias, todos os confrontantes e o
alienante ou seus sucessores.

3º O Ministério Público será ouvido no pedido de retificação.

4º Se o pedido de retificação for impugnado fundamentadamente, o Juiz remeterá o


interessado para as vias ordinárias.

5º Da sentença do Juiz, deferindo ou não o requerimento, cabe o recurso de apelação com


ambos os efeitos.

Art. 215. As nulidades de pleno direito do registro, uma vez provadas, invalidam-no,
independentemente de ação direta.

Art. 216. São nulos os registros feitos após sentença de abertura de falência, ou do termo legal
nele fixado, salvo se a apresentação tiver sido feita anteriormente.

Art. 217. O registro poderá também ser retificado ou anulado por sentença em processo
contencioso, ou por efeito do julgado em ação de anulação ou de declaração de nulidade de ato
jurídico, ou de julgado sobre fraude à execução.

CAPÍTULO IV
Das Pessoas

Art. 218. O registro pode ser promovido por qualquer interessado.

Parágrafo único. Nos atos a título gratuito o registro pode também ser promovido pelo
transferente, acompanhado da prova de aceitação do beneficiado.

Art. 219. O registro do penhor rural independe do consentimento do credor hipotecário.

Art. 220. As despesas com o registro incumbem ao interessado que o requerer, salvo
convenção em contrário.

Art. 221. São considerados, para fins de escrituração, credores e devedores,


respectivamente:
23
I - nas servidões, o dono do prédio dominante e o dono do prédio serviente;

II - no uso, o usuário e o proprietário;

III - na habitação, o habitante e o proprietário;

IV - na anticrese, o mutuante e o mutuário;

V - no usufruto, o usufrutário e o nu-proprietário;

VI - na enfiteuse, o senhorio e o enfiteuta;

VII - na constituição de renda, o beneficiário e o rendeiro censuário;

VIII - na locação, o locatário e o locador;

IX - nas promessas de compra e venda, o promitente-comprador e o promitente-vendedor:

X - nas penhoras e ações, o autor e o réu;

XI - nas promessas de cessão de direitos, o promitente-cessionário e o promitente-cedente.

CAPÍTULO V
Dos Títulos

Art 222. São admitidos a registro unicamente:

a) escrituras públicas, inclusive as lavradas em consulados brasileiros;

b) escritos particulares autorizado em lei, assinados pelas partes e testemunhas, com as


firmas reconhecidas, dispensado o reconhecimento quando se tratar de atos praticados por
entidades vinculadas ao Sistema Financeiro de Habitação;

c) atos autênticos de países estrangeiros, com força de instrumento público, legalizados e


traduzidos competentemente no idioma nacional e registrados no cartório de registro de títulos e
documentos;

d) cartas de sentença, mandados, formais de partilha e certidões extraídos de autos de


processo.

Art. 223. Em todas as escrituras e atos relativos a imóveis, bem como nas declarações de
bens prestadas nos inventários e nos autos de partilha, o tabelião ou escrivão deve fazer
referência à matrícula ou ao registro anterior, seu número e cartório.

§ 1º Ficam sujeitas à mesma obrigação as partes que, por instrumento particular, celebrarem
os atos relativos a imóveis.

§ 2º Nas escrituras lavradas em decorrência de autorização judicial serão mencionados, por


certidão em breve relatório, com todas as minúcias que permitam identificá-los, os respectivos
alvarás.
24
CAPÍTULO VI
Da Matrícula

Art. 224. Todo imóvel objeto de título apresentado em cartório para registro, deve estar
matriculado no livro n. 2 de Registro Geral, obedecidas as normas estabelecidas no artigo 173.

Art. 225. A matrícula será efetuada por ocasião do primeiro registro a ser lançado na vigência
da presente Lei, mediante os elementos constantes do título apresentado e do registro anterior no
mesmo mencionado, preenchidos os requisitos do artigo 227.

§ 1º Se o registro anterior foi efetuado em outro cartório, a matrícula será aberta com os
elementos que constarem do título apresentado e de certidão atualizada do mencionado registro e
da inexistência de ônus, caso em que a certidão ficará arquivada em cartório.

§ 2° Na matrícula aberta será lançado, na mesma ocasião, o primeiro registro, com os


elementos que constarem do título apresentado.

3º Pela matrícula só se cobrarão custas nos casos previstos nos artigos 226 e 231.

Art. 226. Se o imóvel não estiver matriculado no Registro de Imóveis e lançado em nome do
outorgante, far-se-á a matrícula pelo primeiro título que, na seqüência cronológica dos títulos de
domínio, estiver registrado, qualquer que seja a sua natureza. Na matrícula assim formalizada,
serão lançados a registro todos os títulos posteriores, até o registro do título apresentado.

Parágrafo único. Se o imóvel estiver matriculado, mas da matrícula não constar lançamento
em nome do outorgante, far-se-á na matrícula o registro pelo primeiro título que, na seqüência
cronológica dos títulos de domínio, estiver registrado e registro de todos os títulos posteriores, até
o lançamento do título apresentado.

Art. 227. São requisitos da matrícula:

1º) o número de ordem;

2°) a data;

3º) a identificação do imóvel, feita mediante indicação de suas características e confrontações,


localização e denominação, se rural ou logradouro e número, se urbano;

4º) nome, domicílio, nacionalidade, profissão e estado civil do proprietário, bem como o seu
número do Cadastro Individual do Contribuinte ou da cédula de Identidade ou, à falta deles, a sua
filiação;

5º) número do registro anterior.

Art. 228. Para efeito do disposto no artigo anterior, os tabeliães, escrivães e Juízes farão com
que, nas escrituras e, nos autos judiciais, as partes indiquem, com precisão, as confrontações e a
localização dos imóveis, mencionando os nomes dos confrontantes e, ainda, quando se tratar só
de terreno, se este fica do lado par ou do lado ímpar do logradouro, em que quadra e a que
distância métrica da edificação ou de esquina mais próxima, exigindo dos interessados, certidão
do registro imobiliário.

1º As mesmas minúcias com relação à caracterização do imóvel devem constar dos


instrumentos particulares apresentados em cartório para registro.

2º Consideram-se irregulares para efeito de matrícula, os títulos nos quais a caracterização do


imóvel não coincida com a que consta do registro anterior.
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Art. 229. Tratando-se de usucapião, os requisitos da matrícula devem constar do mandado
judicial.

Art. 230. Além dos casos de cancelamento previstos nesta Lei, será a matrícula encerrada na
hipótese prevista no artigo seguinte ou quando, em virtude da alienações parciais, for o imóvel
transferido inteiramente a outros proprietários.

Art. 231. Quando dois ou mais imóveis contíguos, pertencentes ao mesmo proprietário,
constarem em matrículas autônomas, o proprietário pode requerer a fusão delas em uma só, de
novo número, encerrando-se as primitivas.

Art. 232. No registro de transferência parcial do imóvel, em virtude de desmembramento ou de


loteamento, haverá nova matrícula para a parte desmembrada, permanecendo o remanescente na
matrícula original, onde também se averbará a ocorrência.

Art. 233. No caso do imóvel matriculado passar à subordinação de outro cartório, as anotações
e averbações continuarão a ser feitas na matrícula já existente, até que outra se abra no cartório
da nova circunscrição, quando do primeiro registro, nos termos do artigo 226.

lº Para a abertura da nova matrícula será apresentada certidão atualizada da matrícula anterior
e dos registros e averbações dela constantes, a fim de serem reproduzidos no novo lançamento.

2º Feita a nova matrícula, o oficial dará ciência imediata do fato ao cartório da matrícula
anterior, o qual fará o devido encerramento.

CAPÍTULO VII
Do Registro

Art. 234. Os registros atribuídos ao livro n. 2 de Registro Geral serão lançados nas matrículas
dos imóveis, feitas de acordo com o disposto no Capítulo VI.

Art. 235. Estarão sujeitos a registro no livro n. 2 todos os títulos ou atos relacionados no artigo
168, inciso I e não atribuídos especificamente a outros livros.

Parágrafo único. Em qualquer caso, não poderá ser feito o registro, sem que o imóvel tenha
sido matriculado, ou, quando matriculado, o título anterior, seja qual for a sua natureza, não esteja
registrado na respectiva matrícula, mantendo-se, assim, a continuidade do registro.

Art. 236. O registro do título de domínio direto aproveita ao titular do domínio útil, e vice-versa,
e será feito no livro n. 2.

Art. 237. São requisitos do registro no livro n. 2:

1º) o nome, estado civil profissão, nacionalidade e domicílio do transmitente ou do devedor,


bem como seu número do Cadastro Individual do Contribuinte ou da cédula de identidade ou, à
falta deles, a sua filiação;

2º) o nome, estado civil, profissão, nacionalidade e domicílio do adquirinte ou do credor, bem
como seu número de Cadastro Individual do Contribuinte ou da cédula de identidade ou, à falta
deles, a sua filiação;

3º) o título da transmissão ou do ônus;

4º) a forma do título, sua procedência e caracterização;

5º) o valor do contrato, da coisa ou da dívida, prazo desta, condições e mais especificações,
inclusive os juros que houver.
26
Parágrafo único. Serão considerados irregulares para efeito de registro, na matrícula do
imóvel no livro n. 2, os títulos nos quais a caracterização do imóvel não coincida com a descrita na
respectiva matrícula.

Art 238. A inscrição da anticrese no livro n. 2 declarará, também, o prazo, a época do


pagamento e a forma de administração.

Art. 239. O contrato de locação, com cláusula expressa de vigência, no caso de alienação do
imóvel, registrado no livro n. 2, consignará, além dos requisitos enumerados no artigo 237, o valor
do contrato, a renda, o prazo, o tempo e o lugar do pagamento e a pena convencional.

Art. 240. As inscrições das hipotecas e anticreses que abonarem, especialmente, empréstimos
sob debêntures feitos nos cartórios da situação dos imóveis, nos termos da legislação em vigor,
serão provisórios, para ratificação dentro de seis (6) meses a requerimento da sociedade ou de
qualquer credor e deverão conter, além dos requisitos enumerados no artigo 242, mais os
seguintes:

1º) valor do crédito e do imóvel, ou sua estimativa por acordo entre as partes;

2º) juros, penas e demais condições necessárias.

Art. 241. A inscrição da hipoteca convencional valerá pelo prazo de trinta (30) anos, findo o
qual só será mantido o número anterior se reconstituída por novo título e novo registro.

Parágrafo único. Quando o imóvel pertencer a terceiro que o tenha hipotecado em garantia de
dívida alheia, serão, também, registrados o seu nome, estado civil, nacionalidade, profissão e
domicílio.

Art. 242. A inscrição das emissões de debêntures, a ser feito no livro n. 4, sem prejuízo do
disposto no artigo 240, será feito com os seguintes requisitos:

1º) número de ordem;

2º) data;

3º) nome, objeto e sede da sociedade;

4º) data da publicação de seu estatuto no órgão oficial, bem como das alterações que tiver
sofrido;

5º) data da publicação oficial da ata da assembléia geral que resolveu a emissão e lhe fixou as
condições, precisando-se os jornais em que essa publicação foi feita;

6º) importe dos empréstimos anteriormente emitidos pela sociedade;

7º) o número e valor nominal das obrigações cuja emissão se pretende, com o juro
correspondente a cada uma, assim como a época e as condições da amortização, ou do resgate,
e do pagamento dos juros;

8º) em se tratando de debêntures conversíveis em ações, serão consignados, além dos


requisitos acima, os prazos para o exercício do direito à conversão e as bases dela, relativamente
ao número de ações a serem emitidas por debêntures, ou entre o valor do principal destas e das
ações em que forem convertidas (Lei n. 4.728, de 14 de julho de 1965, artigo 44).

Art. 243. As escrituras antenupciais serão registradas no livro n. 3 do cartório do domicílio


conjugal, nos termos do artigo 174, § 1º, sem prejuízo de sua averbação obrigatória no lugar da
situação dos imóveis de propriedade do casal, ou dos que forem sendo adquiridos e sujeitos a
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regime de bens diverso do comum, com a declaração das respectivas cláusulas, para ciência de
terceiros.

Parágrafo único. Sempre que possível, será feita essa averbação nos casos de casamento, em
que o regime de bens for determinado por lei, incumbindo ao Ministério Público zelar pela
fiscalização e observância dessa providência.

Art. 244. As inscrições das penhoras, arrestos, e seqüestros de imóveis serão feitos à vista da
certidão do escrivão, da qual constem, além dos requisitos a que se referem os artigos 227 e 240,
os nomes e a categoria do Juiz, do depositário, das partes e a natureza do processo.

Parágrafo único. A certidão será lavrada pelo escrivão, com a declaração do fim especial a que
se destina, após a entrega do mandado devidamente cumprido em cartório.

Art. 245. A inscrição da penhora faz prova quanto à fraude de qualquer transação posterior.

CAPÍTULO VIII
Da Averbação e do Cancelamento

Art. 246. As averbações no livro n. 2 serão escrituradas de acordo com as normas


estabelecidas no artigo 173. Nos demais casos as averbações serão lançadas na coluna a tal fim
destinada.

Art. 247. As averbações abrangerão, além dos casos expressamente indicados no inciso III do
artigo 168, as sub-rogações e outras ocorrências que por qualquer modo alterem a matrícula ou
os registros, em relação aos imóveis e às pessoas que neles figurarem, inclusive a prorrogação do
prazo da hipoteca.

Art. 248. A averbação da circunstância a que se refere o inciso III, alínea e do artigo 168, será
feita a requerimento do interessado, com a firma reconhecida, instruído com documento
comprobatório fornecido pela autoridade competente. A alteração do nome só poderá ser
averbada quando devidamente comprovada por certidão do registro civil.

Art. 249. O cancelamento efetuar-se-á mediante averbação datada e assinada pelo oficial ou
seus substitutos legais e declarará a razão do cancelamento e o título em virtude do qual foi ele
feito.

Art. 250. O cancelamento poderá ser total ou parcial e referir-se a qualquer dos atos do
registro, sendo promovido pelos interessados, mediante sentença definitiva ou documento hábil,
ou, ainda, a requerimento unânime das partes que convierem no ato registrado, se capazes e
conhecidas do oficial.

Art. 251. O cancelamento da servidão, quando o prédio dominante estiver hipotecado, só


poderá ser feito com aquiescência do credor, expressamente manifestada.

Art. 252. O dono do prédio serviente terá, nos termos da lei, direito a cancelar a servidão.

Art. 253. O foreiro poderá, nos termos da lei, averbar a renúncia de seu direito, sem
dependência do consentimento do senhorio direto.

Art. 254. O cancelamento da hipoteca só pode ser feito:

a) à vista de quitação outorgada pelo credor em instrumento público;

b) mediante autorização escrita do credor, com firma reconhecida;


28
c) em razão de processo administrativo, ou contencioso, em que o credor tenha sido
intimado (Código de Processo Civil, artigo 698);

d) na conformidade do disposto no artigo 24 do Decreto-Lei n. 70, de 21 de novembro de 1966


(Cédulas Hipotecárias).

Parágrafo único. Excetuadas as hipóteses aqui previstas, a hipoteca continuará gravando o


imóvel, ainda quando registrada em nome do adquirente.

Art. 255. O registro, enquanto não cancelado, produz todos os seus efeitos legais, ainda que,
por outra maneira, se prove que o título está desfeito, anulado, extinto ou rescindido.

Parágrafo único. Aos terceiros prejudicados é lícito, em juízo, fazer prova da extinção dos ônus
reais e promover o cancelamento do seu registro.

Art 256. O cancelamento não pode ser feito em virtude de sentença ainda sujeita a recurso.

Art. 257. Se, cancelado o registro, subsistirem o título e os direitos dele decorrentes, poderá o
credor promover novo registro, o qual só produzirá efeitos a partir da nova data.

Art. 258. Na matrícula da propriedade que for loteada será averbado o registro feito no livro n.
8, assim que efetuado, com a indicação do número de quadras e lotes e com a descrição da área
remanescente.

Art. 259. A inscrição da incorporação no livro n. 7 ou o do loteamento no livro n. 8, só será


cancelado:

a) em cumprimento de sentença;

b) a requerimento do incorporador ou do loteante, enquanto nenhuma unidade ou lote for


objeto de transação devidamente averbada, ou mediante o consentimento de todos os
compromissários ou cessionários, expresso em documento por eles assinado, ou por
procuradores com poderes especiais;

c) por mandado judicial.

Art. 260. As averbações relativas à incorporação ou loteamento serão canceladas:

a) a requerimento das partes contratantes;

b) pela rescisão do contrato;

c) pela abertura de matrícula da unidade autônoma ou do lote;

d) por mandado judicial.

CAPÍTULO IX
Do Bem de Família

Art. 261. A instituição do bem de família far-se-á por escritura pública, declarando o instituidor
que determinado prédio se destina a domicílio de sua família e ficará isento de execução por
dívida.

Art. 262. Para a inscrição do bem de família, o instituidor apresentará ao oficial do registro a
escritura pública de instituição, para que mande publicá-la na imprensa local e, à falta, na da
Capital do Estado ou do Território.
29
Art. 263. Se não ocorrer razão para dúvida, o oficial fará a publicação, em forma de edital,
do qual constará:

I - o resumo da escritura, nome, naturalidade e profissão do instituidor, data do instrumento e


nome do tabelião que o fez, situação e característicos do prédio;

II - o aviso de que, se alguém se julgar prejudicado, deverá, dentro em trinta (30) dias,
contados da data da publicação, reclamar contra a instituição, por escrito e perante o oficial.

Art. 264. Findo o prazo do n. II do artigo anterior, sem que tenha havido reclamação, o oficial
transcreverá a escritura, integralmente, no livro n. 3 e fará a inscrição na competente matrícula,
arquivando um exemplar do jornal em que a publicação houver sido feita e restituindo o
instrumento ao apresentante, com a nota da inscrição.

Art. 265. Se for apresentada reclamação, dela fornecerá o oficial, ao instituidor, cópia autêntica
e lhe restituirá a escritura, com a declaração de haver sido suspenso o registro, cancelando a
prenotação.

1° O instituidor poderá requerer ao Juiz que ordene o registro, sem embargo da reclamação.

2º Se o Juiz determinar que proceda ao registro, ressalvará ao reclamante o direito de recorrer


à ação competente para anular a instituição ou de fazer execução sobre o prédio instituído, na
hipótese de tratar-se de dívida anterior e cuja solução se tornou inexeqüível em virtude do ato da
instituição.

3° O despacho do Juiz será irrecorrível e, se deferir o pedido será transcrito integralmente,


juntamente com o instrumento.

Art. 266. Quando o bem de família for instituído juntamente com a transmissão da propriedade
(Decreto-Lei n. 3.200, de 19 de abril de 1941, artigo 8°, § 5º), a inscrição far-se-á imediatamente
após o registro da transmissão ou, se for o caso, com a matrícula.

CAPÍTULO X
Da Remição do Imóvel Hipotecado

Art. 267. Para remir o imóvel hipotecado, o adquirente requererá, no prazo legal, a citação dos
credores hipotecários propondo, para a remição, no mínimo, o preço por que adquiriu o imóvel.

Art. 268. Se o credor, citado, não se opuser à remição, ou não comparecer, lavrar-se-á termo
de pagamento e quitação e o Juiz ordenará, por sentença, o cancelamento de hipoteca.

Parágrafo único. No caso de revelia, consignar-se-á o preço à custa do credor.

Art. 269. Se o credor, citado, comparecer e impugnar o preço oferecido, o Juiz mandará
promover a licitação entre os credores hipotecários, os fiadores e o próprio adquirente,
autorizando a venda judicial a quem oferecer maior preço.

§ 1° Na licitação, será preferido, em igualdade de condições, o lanço do adquirente.

§ 2° Na falta de arrematante, o valor será o proposto pelo adquirente.

Art. 270. Arrematado o imóvel e depositado, dentro de quarenta e oito (48) horas, o respectivo
preço, o Juiz mandará cancelar a hipoteca, sub-rogando-se no produto da venda os direitos do
credor hipotecário.
30
Art. 271. Se o credor de segunda hipoteca, embora não vencida a dívida, requerer a
remição, juntará o título e certidão da inscrição da anterior e depositará a importância devida ao
primeiro credor, pedindo a citação deste para levantar o depósito e a do devedor para dentro do
prazo de cinco (5), dias remir a hipoteca, sob pena de ficar o requerente sub-rogado nos direitos
creditórios, sem prejuízo dos que lhe couberem em virtude da segunda hipoteca.

Art. 272. Se o devedor não comparecer ou não remir a hipoteca, os autos serão conclusos ao
Juiz para julgar por sentença a remição pedida pelo segundo credor.

Art. 273. Se o devedor comparecer e quiser efetuar a remição, notificar-se-á o credor para
receber o preço, ficando sem efeito o depósito realizado pelo autor.

Art. 274. Se o primeiro credor estiver promovendo a execução da hipoteca, a remição, que
abrangerá a importância das custas e despesas realizadas, não se efetuará antes da primeira
praça, nem depois de assinado o auto de arrematação.

Art. 275. Na remição de hipoteca legal em que haja interesse de incapaz intervirá o Ministério
Público.

Art. 276. Das sentenças que julgarem o pedido de remição caberá o recurso de apelação com
ambos os efeitos.

Art. 277. Não é necessária a remição quando o credor assinar, com o vendedor, escritura de
venda do imóvel gravado.

CAPÍTULO XI
Do Registro Torrens

Art. 278. Requerida a inscrição de imóvel rural no Registro Torrens, o oficial protocolará e
autuará o requerimento e documentos que o instruirem e verificará se o pedido se acha em termos
de ser despachado.

Art. 279. O requerimento será instruído com:

I - os documentos comprobatórios do domínio do requerente;

II - a prova de quaisquer atos que modifiquem ou limitem a sua propriedade;

III - o memorial de que constem os encargos do imóvel os nomes dos ocupantes,


confrontantes, quaisquer interessados, e a indicação das respectivas residências;

IV - a planta do imóvel, cuja escala poderá variar entre os limites: 1:500 m (1/500) e 1:5.000 m
(1/5.000).

1º O levantamento da planta obedecerá às seguintes regras:

I - empregar-se-ão goniômetros ou outros instrumentos de maior precisão;

II - a planta será orientada segundo o mediano do lugar, determinada a declinação magnética;

III - fixação dos pontos de referência necessários a verificações ulteriores e de marcos


especiais, ligados a pontos certos e estáveis nas sedes das propriedades, de maneira que a
planta possa incorporar-se à carta geral cadastral.
31
2º Às plantas serão anexadas o memorial e as cadernetas das operações de campo,
autenticadas pelo agrimensor.

Art. 280. O imóvel sujeito a hipoteca ou ônus real não será admitido a registro sem
consentimento expresso do credor hipotecário ou da pessoa em favor de quem se tenha instituído
o ônus.

Art. 281. Se o oficial considerar irregular o pedido ou a documentação, poderá conceder o


prazo de trinta (30) dias para que o interessado os regularize. Se o requerente não estiver de
acordo com a exigência do oficial, este suscitará dúvida.

Art. 282. Se o oficial considerar em termos o pedido, remetê-lo-á a juízo para ser despachado.

Art. 283. O Juiz, distribuído o pedido a um dos cartórios judiciais se entender que os
documentos justificam a propriedade do requerente, mandará expedir edital que será afixado no
lugar de costume e publicado uma vez no órgão oficial do Estado e três (3) vezes na imprensa
local, se houver, marcando prazo não menor de dois (2) meses, nem maior de quatro (4) meses
para que se ofereça oposição.

Art. 284. O Juiz ordenará, de ofício ou a requerimento da parte, que, à custa do peticionário, se
notifiquem do requerimento as pessoas nele indicadas.

Art. 285. Em qualquer hipótese, será ouvido o órgão do Ministério Público, que poderá
impugnar o registro por falta de prova completa do domínio ou preterição de outra formalidade
legal.

Art. 286. Feita a publicação do edital, a pessoa que se julgar com direito sobre o imóvel, no
todo ou em parte, poderá contestar o pedido no prazo de quinze (15) dias.

1º A contestação mencionará o nome e a residência do réu, fará a descrição exata do imóvel e


indicará os direitos reclamados e os títulos em que se fundarem.

2º Se não houver contestação, e se o Ministério Público não impugnar o pedido, o Juiz


ordenará que se inscreva o imóvel, que ficará, assim, submetido aos efeitos do Registro Torrens.

Art. 287. Se houver contestação ou impugnação, o procedimento será ordinário, cancelando-


se, mediante mandado, a prenotação.

Art 288. Da sentença que deferir, ou não, o pedido, cabe o recurso de apelação, com ambos
os efeitos.

Art. 289. Transitada em julgado a sentença que deferir o pedido, o oficial inscreverá, na
matrícula, o julgado que determinou a submissão do imóvel aos efeitos do Registro Torrens,
arquivando em cartório a documentação autuada.
32

LEGISLAÇÃO ESTADUAL
33

ESTADO DO PARÁ
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO PARÁ
TÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 13 - Incluem-se entre os bens do Estado do Pará:

I - os que, atualmente, lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos;

II - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito,


ressalvadas, neste caso, na forma de lei, as decorrentes de obras da União;

III - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas
aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros;

IV - as ilhas fluviais ou lacustres não pertencentes à União;

V - as terras devolutas não compreendidas entre as da União;

VI - os lagos e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio e os rios que têm
nascente e foz em seu território, bem como os terrenos marginais, manguezais e as praias
respectivas.

§ 1º- A alienação gratuita ou onerosa de bens imóveis do Estado dependerá de


autorização prévia da Assembléia Legislativa .

§ 2º. O arquipélago do Marajó é considerado área de proteção ambiental do Pará,


devendo o Estado levar em consideração a vocação econômica da região, ao tomar
decisões com vista ao seu desenvolvimento e melhoria das condições de vida da gente
marajoara.

TÍTULO V
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES
CAPÍTULO I
DO PODER LEGISLATIVO
SEÇÃO I
DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

Art. 86. O Poder Legislativo é exercido pela Assembléia Legislativa, gozando de


autonomia administrativa e financeira.
34

SEÇÃO II
DAS ATRIBUIÇÕES DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

Art. 91. Cabe à Assembléia Legislativa, com a sanção do Governador, não exigida esta
para o especificado no art. 92, dispor sobre todas as matérias de competência do Estado,
especialmente sobre:

XII - bens do domínio do Estado e normas gerais sobre alienação, concessão, cessão,
permuta, arrendamento e aquisição dos mesmos;

Art. 92. É da competência exclusiva da Assembléia Legislativa:

XIII - aprovar, previamente, salvo os casos previstos nesta Constituição, a alienação ou


concessão de terras públicas e dos bens imóveis do Estado;

SUBSEÇÃO IV
DOS DECRETOS LEGISLATIVOS E RESOLUÇÕES

Art. 114. Através de decreto legislativo, a Assembléia Legislativa se manifesta sobre as


matérias de sua competência exclusiva, e, através de resolução, regula matéria de seu
interesse interno, político ou administrativo.

Parágrafo único. Os decretos legislativos e as resoluções serão promulgados pela Mesa


Diretora.
35

DIÁRIO OFICIAL Edição N° 26.877 de 31/12/1990.


GABINETE DO GOVERNADOR
LEI N° 5.629, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1990
________________________________________________________________

Dispõe sobre a Preservação e Proteção do Patrimônio Histórico, Artístico, Natural e


Cultural do Estado do Pará.

A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO PARÁ estatui e eu sanciono a seguinte


Lei:

CAPÍTULO I - DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO, ARTÍSTICO, NATURAL E CULTURAL DO


ESTADO DO PARÁ.

Art. 1° - São considerados patrimônio cultural do Estado do Pará os bens de natureza


material ou imaterial, quer tomados individualmente ou em conjunto, que sejam
relacionados à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos que formam a
sociedade paraense, dentre os quais se incluem:
I - As formas de expressão;
II - Os modos de criar, fazer e viver;
III - As criações científicas, artísticas e tecnológicas;
IV - As obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às
manifestações artístico-culturais;
V - As cidades, os edifícios, os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico,
arquitetônicos, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico, natural,
científico e inerentes a relevantes narrativas de nossa história cultural;
VI - A cultura indígena tomada isoladamente e em conjunto.
Art. 2° - Estas disposições se aplicam as coisas pertencentes às pessoas naturais, bem
como às pessoas jurídicas de direito público e privado.
Art. 3° - Para efeito de identificação nesta Lei, o Departamento de Patrimônio Histórico,
Artístico e Cultural da Secretaria de Estado de Cultura terá correspondência também na
sigla DPHAC, assim como os Agentes Municipais de Preservação e Proteção do
Patrimônio Cultural serão identificados pela sigla AMPPPC.
Art. 4° - O DPHAC da Secretaria de Cultura do Estado - SECULT e os AMPPPC possuirão
04 (quatro) Livros de Tombo ou de Registro de Bens Culturais, nos quais serão inscritos
os bens a que se refere o disposto no Art. 1°. desta Lei, a saber:
1 - Livro de Tombo de Bens Naturais - incluindo-se paisagens,
espaços ecológicos, recursos hídricos, monumentos e sítios ou reservas naturais, parques
e reservas federais, estaduais e municipais;
2 - Livro de Tombo de Bens Arqueológicos e Antropólogos;
3 - Livro de Tombo de Bens Imóveis, de valor histórico, arquitetônico, urbanístico, rural,
paisagístico, como: obras, cidades, edifícios, conjuntos e sítios urbanos ou rurais;
4 - Livro de Tombo de Bens Móveis de valor histórico, artístico, folclórico, iconográfico,
toponímico, etnográfico, incluindo-se acervos de bibliotecas, arquivos, museus, coleções,
objetos e documentos de propriedade pública e privada.
Parágrafo Único - Serão inscritos nos respectivos Livro de Tombo os bens tombados em
qualquer nível de governo e situados no território do Estado do Pará.
Art. 5° - Não serão passíveis de tombamento os bens procedentes do exterior para
integrarem exposições, certames ou eventos.
36

CAPÍTULO II - DA COMPETÊNCIA
Art. 6°. - O poder público promoverá, garantirá e incentivará a preservação, restauração,
conservação, proteção, tombamento, fiscalização ou execução de obras ou serviços e a
valorização do patrimônio cultural paraense, preferencialmente com a participação da
comunidade.
§ 1° - A nível estadual, compete a Secretaria de Estado da Cultura, através do DPHAC, o
disposto nesta Lei.
§ 2° - Compete também aos municípios o tombamento dos culturais, cabendo-lhe a
definição da política e ações de preservação, proteção, valorização, restauração,
tombamento, inventário e demais ações inerentes ao patrimônio histórico e cultural.

CAPÍTULO III - DOS INCENTIVOS À PRESERVAÇÃO

Art. 7°. - O Estado e os municípios estabelecerão mecanismos de compensação aos


proprietários de imóveis tombados por seu valor histórico, artístico, paisagístico,
arquitetônico, urbanístico, arqueológico e natural, através de incentivos fiscais, isenções
tributárias e transferência do direito de construir.
§ 1° - A transferência do direito de construir somente será autorizada após análise e
compatibilização pelos agentes ou órgãos de proteção do patrimônio cultural e de
planejamento urbano, sendo vedada a transferência para área de interesse para
preservação e obrigatório o assentamento no Registro de Imóveis competente.
§ 2° - No prazo de 30 (trinta) dias, o proprietário fará o competente registro e em igual
tempo encaminhará cópia do mesmo ao DPHAC ou AMPPPC.
§ 3° - Quando da transferência do direito de construir, ficará o proprietário do imóvel
tombado comprometido em realizar obra ou serviço, de forma a manter o prédio em bom
estado de conservação e uso.
§ 4° - O descumprimento das condições impostas à transferência do direito de construir
importará em sua nulidade, sem prejuízo das demais sanções cabíveis.
§ 5° - Quando do tombamento de bens culturais imóveis, o agente ou órgão de proteção
poderá definir os incentivos à preservação. No caso dos bens já tombados, poderá
também definir os mesmos.
Art. 8° - O Estado do Pará, através de seu banco oficial, estabelecerá linha de crédito
especial a proprietário de imóvel tombado como incentivo na preservação e/ou
restauração do mesmo.
Art. 9° - Os agentes e órgãos de preservação e proteção do patrimônio cultural do Estado,
poderão prestar assessoria técnica e acompanhamento na preservação e/ou restauração
de bens culturais imóveis e móveis.
§ 1° - Promoverá política de formação de pessoal especializado
na área de preservação e restauração de bens culturais.
§ 2° - Estabelecerão, quando for o caso, Convênio de intercâmbio e cooperação a
qualquer nível de Governo objetivando à consecução de seus objetivos.
Art. 10 - O poder público promoverá ou incentivará mecanismos de divulgação,
conscientização e valorização do patrimônio paraense.
Art. 11 - O processo de tombamento será iniciado a pedido de qualquer pessoa ou grupo
de pessoas, incluindo-se associações, instituições e quaisquer outras organizações
interessadas na preservação e proteção da memória cultural paraense ou por iniciativa do
DPHAC e AMPPPC.
§ 1° - O pedido deverá ser feito por carta ou ofício ao Secretário de Estado da Cultura,
constando dados relativos ao bem cultural, como localização e justificativa, podendo,
quando for o caso, ser anexado qualquer documento, foto, desenho, referências como
fatos, valores inerentes e outros, do que se pretenda tombar.
37
§ 2° - A partir da data de recebimento da solicitação de tombamento o bem terá
garantido sua preservação e proteção, até decisão final.
Art. 12 - Efetiva-se o tombamento com a homologação pelo Secretário da Cultura, após
parecer emitido pelo DPHAC.
§ 1° - O tombamento será automaticamente publicado no Diário Oficial do Estado e
inscrito no respectivo Livro de Tombo, após o cumprimento do disposto nos artigos 16 e
18.
§ 2° - A nível municipal a homologação caberá ao titular da AMPPPC.
Art. 13 - O DPHAC providenciará automaticamente e obrigatoriamente, quando do
tombamento de bem imóvel, o assentamento do mesmo no Registro de Imóveis, e, no
caso de bem móvel, o assentamento será realizado no Registro de Títulos e Documentos.
Art. 14 - O tombamento será notificado por escrito ao proprietário do bem cultural, objeto
deste instituto jurídico.
Parágrafo Único - No caso de recusa em dar ciência à notificação ou quando não se
localizar o proprietário, a notificação será publicada imediatamente no Diário Oficial do
Estado ou do Município, quando for o caso.
Art. 15 - O tombamento de coisa pertencente a pessoa natural ou pessoa jurídica, de
direito público ou privado, se fará voluntária ou compulsoriamente.
Art. 16 - Proceder-se-á ao tombamento voluntário sempre que o proprietário pedir e a
coisa se revestir de requisitos necessários para construir parte integrante do patrimônio
histórico, artístico natural e cultural do Estado, a juízo do DPHAC ou AMPPPC,
Art. 17 - Proceder-se-á ao tombamento compulsório quando o proprietário se recusar a
anuir ao tombamento.
Art. 18 - o tombamento compulsório se fará com o seguinte procedimento:
I - O DPHAC ou AMPPPC notificará o proprietário para anuir ao tombamento dentro do
prazo de 15 (quinze) dias, a contar da data do recebimento da notificação ou publicação
no Diário Oficial do Estado e este querendo a impugnação do mesmo apresentará por
escrito ao Secretário de Estado da Cultura ou ao titular do AMPPPC, dentro do mesmo
prazo, as razões para tal.
II - Se o pedido de impugnação do tombamento for feito dentro do prazo determinado, o
Secretário de Cultura encaminhará o mesmo ao DPHAC, que conjuntamente com a
Assessoria Jurídica da Secretaria de Estado da Cultura proferirão parecer a respeito,
dentro do prazo de 30 (trinta) dias, a contar da data do seu recebimento, ao qual não
caberá recurso.
III - No caso de não haver pedido de impugnação à notificação de tombamento dentro do
prazo estipulado, estará o bem cultural tombado e prosseguirão os procedimentos
constantes desta Lei.
IV - O disposto no inciso II, a nível municipal, caberá ao titular do AMPPPC.

CAPÍTULO V - EFEITOS DO TOMBAMENTO

Art. 19 - O bem cultural tombado ou de interesse à preservação, não poderá ser destruído,
demolido ou mutilado. Ressalvado o caso em que apresente risco à segurança pública,
devidamente comprovado por laudos técnicos dos agentes de preservação do Patrimônio
Cultural, a nível federal, estadual e municipal.
Art. 20 - O bem tombado só poderá ser reparado, pintado, restaurado ou sofrer qualquer
forma de intervenção, com prévia autorização documentada do DPHAC ou AMPPPC, aos
quais caberão prestar orientação e acompanhamento à obra ou serviço.
Art. 21 - Anualmente, o DPHAC ou AMPPPC, fará vistoria dos bens por ele tombados,
indicando e acompanhando os serviços ou obras que deverão ser executados.
Art. 22 - As pessoas que causarem danos e ameaças ao patrimônio cultural no Estado do
Pará, serão punidas, na forma desta Lei e das demais existentes.
Art. 23 - Em face da alienação onerosa de bens tombados, pertencentes a pessoas
naturais ou jurídicas de direito privado, o Estado ou município terá direito de preferência.
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Parágrafo Único - O proprietário deverá comunicar por escrito ao Secretário de Estado
da Cultura ou titular do AMPPPC.
Art. 24 - Na transferência de propriedade dos bens móveis e imóveis, deverão vendedor e
comprador, no prazo de 30 (trinta) dias, comunicar ao DPHAC ou AMPPPC, e fazer
constar a transferência no respectivo Cartório de Registro, ainda que se trata de
transmissão judicial ou causa mortis.
Art. 25 - No caso de deslocamento de bens culturais móveis tombados, deverá o
proprietário obter prévia autorização do DPHAC ou AMPPPC, comprovando condições de
segurança, conservação, guarda e seguro desses bens.
Art. 26 - A coisa tombada não poderá sair do Estado, se não por tempo determinado, sem
transferência de domínio, para fim de intercâmbio cultural, a juízo do DPHAC ou
AMPPPC.
Art. 27 - Diante da tentativa de exportação para fora do Estado, de bens culturais
tombados ou protegidos por Lei, com exceção do caso previsto pelo artigo anterior, serão
estes seqüestrados pelo DPHAC ou AMPPPC.
Art. 28 - No caso de extravio ou furto de qualquer objeto tombado, o respectivo
proprietário deverá dar conhecimento do fato, no prazo determinado de 24 (vinte quatro)
horas.
Art. 29 - Na vizinhança dos imóveis tombados nenhuma construção, obra ou serviço
poderá ser executado, nenhum cartaz ou anúncio poderá ser fixado, sem prévia e
expressa autorização por escrito do DPHAC ou AMPPPC, aos quais compete verificar se
a obra, cartaz ou anúncio pretendidos interferem na estabilidade, ambiência e visibilidade
dos referidos imóveis.
Art. 30 - Os bens culturais imóveis tombados terão área de entorno, ambiência ou
vizinhança, para proteção da unidade arquitetônica e paisagística, cabendo ao DPHAC ou
AMPPPC a definição dessas áreas, inclusive ampliá-las.
Parágrafo Único - Não havendo delimitação pelo órgão ou agentes de preservação do
Patrimônio Cultural será considerada área de entorno, ambiência ou vizinhança, a
abrangida pelo raio de no mínimo 100m (cem metros), a partir do eixo de cada faixada
externa.
Art. 31 - O proprietário da coisa tombada conservará as suas custas, o seu bem exceto
quando não possuir comprovadamente recursos para proceder a serviços e obras de
conservação e/ou restauração que a mesma requeira, quando levará ao conhecimento por
escrito do DPHAC ou AMPPPC a necessidade das mencionadas obras, sob pena de
multa correspondente ao dobro do valor em que for avaliado o dano sofrido pela mesma.
Parágrafo Único - Recebida a comunicação e comprovada a necessidade de serviços ou
obras, o Órgão ou Agente de preservação do patrimônio cultural apoiará técnica e
financeiramente, segundo suas possibilidades.
Art. 32 - O DPHAC ou AMPPPC poderão delimitar áreas para efeito de estudos para
tombamento.
§ 1° - Quando a delimitação for estadual, será comunicada à Prefeitura do lugar onde se
der a ação, que corresponde a um tombamento provisória. Preferencialmente os estudos
e definição serão em conjunto com o município.
§ 2° - No caso de qualquer dano à edificação, logradouros e sítios de valor cultural, em
área de estudo para tombamento, o responsável pagará multa no valor do dano causado
e terá a obra embargada e arcará com a reconstituição dos danos causados.
Art. 33 - Os bens culturais imóveis tombados, terão retirados de suas elevações,
quaisquer elementos que interfiram na visibilidade de sua arquitetura.
Parágrafo Único - Caberá ao Órgão ou Agente de preservação do patrimônio cultural que
realizou o tombamento o estudo de letreiros, pinturas e cores ou outros elementos
arquitetônicos ou complementares de maneira a resgatar ou valorizar a modinatura.

CAPÍTULO VI - DAS PENALIDADES


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Art. 34 - O descumprimento dos dispositivos desta Lei, em se tratando de bem imóvel
tombado, sujeitará o proprietário ou infrator à aplicação das seguintes sanções, conforme
a natureza da infração.
I - Destruição ou Mutilação do Bem Tombado: Multa no valor correspondente a no mínimo
30% (trinta por cento) e no máximo 100% (cem por cento) do respectivo valor venal.
II - Reparação, Pintura, Restauração ou Alteração, Por Qualquer Forma, Sem Prévia,
Autorização: Multa no valor correspondente a no mínimo 10% (dez por cento) e no
máximo 100% (cem por cento) do valor venal.

III - Não Observância de Normas Estabelecidas Para os Bens Da Área de Entorno: Multa
no valor correspondente a no mínimo 20% (vinte por cento) e no máximo 50% (cinqüenta
por cento) do valor venal.
IV - Não Observância do Disposto nos Artigos 23 e 24 e Parágrafos 1°, 2° e 3° do Artigo
7°: Multa no valor correspondente e no mínimo 10% (dez por cento) e no máximo 50%
(cinqüenta por cento) do valor venal.
V - O percentual das multas a serem cobrados eqüivalerá, no mínimo, ao valor do dano
causado.
Art. 35 - No caso de bem móvel, o descumprimento das obrigações desta Lei sujeitará o
proprietário à aplicação das seguintes sanções:
I - Destruição, Mutilação e/ou Extravio: Multa no valor
equivalente a no mínimo 0l (uma) e no máximo 10 (dez) vezes o respectivo valor venal.
II - Restauração sem Prévia Autorização e Acompanhamento pelo DPHAC e AMPPPC:
Multa no valor equivalente e no mínimo 50% (cinqüenta por cento) e no máximo 100%
(cem por cento) do respectivo valor venal.
III - Deslocamento do Bem sem Autorização:
A) Multa de valor equivalente a 50% (cinqüenta por cento) do valor da coisa tombada;
B) Serão de responsabilidade do infrator os custos os decorrentes do resgate previsto nos
artigos 26 e 27.
Art. 36 - A avaliação do valor venal e o estabelecimento do percentual das multas serão
estabelecidas pelo DPHAC ou AMPPPC.
Art. 37 - Sem prejuízo das sanções estabelecidas nos artigos anteriores, o proprietário
também ficará obrigado a reconstruir ou restaurar o bem tombado, as suas custas, de
conformidade com as diretrizes traçadas pelo SDPHAC ou AMPPPC.
Art. 38 - Será cominada multa ao infrator, independente de notificação, de 01% (um por
cento) do valor venal, por dia até início da reconstrução ou restauração do bem cultural
imóvel ou móvel.
Art. 39 - O infrator também ficará sujeito às demais sanções das legislações existentes.
Art. 40 - O DPHAC e AMPPPC realizarão e suspenderão embargos, quanto às infrações
desta Lei.

CAPÍTULO VII - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 41 - Os Órgãos de preservação do patrimônio histórico, artístico, natural, turístico e


cultural do Estado do Pará, acionarão a Polícia Militar do Estado ou Guarda Municipal,
quando houver, na proteção do patrimônio cultural paraense e no cumprimento da
Legislação de preservação municipal, estadual e federal.
Art. 42 - Os Órgãos ou Agentes de preservação do patrimônio cultural do Estado
recorrerão ao Corpo de Bombeiros Militar do Estado, em caso referente à preservação e
proteção do patrimônio cultural paraense.
Art. 43 - Os recursos advindos de multas previstas nesta Lei, reverter-se-ão automática e
integralmente em projetos, serviços ou obras de preservação de bens móveis ou imóveis
tombados e serão geridas pelos órgãos ou agentes de preservação do patrimônio cultural,
em conta específica.
40
Parágrafo Único - Quando houver incidência de tombamento estadual e municipal sobre
a coisa tombada, prevalecerá o tombamento mais antigo.
Art. 44 - Todos os bens culturais móveis e imóveis, tombados pelo Estado ou município,
anteriormente à presente Lei, ficam mantidas e passam a ser regidos por esta.
Art. 45 - O Estado buscará compatibilizar com os diferentes níveis de Governo as ações e
políticas de preservação do patrimônio cultural, de forma a evitar superposições e também
buscando conjugar esforços com as mesmas.
Art. 46 - Os municípios obrigatoriamente considerarão nas legislações de política urbana e
cultural, a preservação de sítios históricos e naturais, como edifícios, conjuntos,
logradouros e demais espaços com interesse a preservação e valorização da memória
cultural paraense.
Art. 47 - Os Órgãos ou Agentes de preservação poderão usar os mecanismos de
captação de recursos para consecução dos seus objetivos.
Art. 48 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação,
revogadas as disposições em contrário.

PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ, 20 de dezembro de 1990.

HÉLIO MOTA GUEIROS


Governador do Estado

ARTHUR CLÁUDIO MELLO


Secretário de Estado de Justiça

JOSÉ NOGUEIRA DE SOUZA SOBRINHO


Secretário de Estado de Administração, em exercício

JOÃO DE JESUS PAES LOUREIRO


Secretário de Estado da Cultura
41

DIÁRIO OFICIAL Edição N° 28.617 de 19/12/1997.


GABINETE DO GOVERNADOR
LEI N° 6.094, DE 17 DE DEZEMBRO DE 1997
________________________________________________________________

Dispõe sobre os emolumentos devidos pelos atos praticados no exercício dos serviços
notariais e de registro.

A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO PARÁ estatui e eu sanciono a seguinte


Lei:

Art. 1° - Os serviços notariais e de registro, definidos na Lei Federal 8.935, de 18 de


novembro de 1994, terão direito à percepção de emolumentos integrais, na área do
Estado do Pará, de conformidade com o disposto nesta Lei, da qual fazem parte
integrantes as Tabelas em anexo.

Art. 2° - Os emolumentos serão pagos diretamente aos responsáveis pelos serviços


mediante a entrega de competente recibo, contendo a discriminação de todos os atos
praticados e os valores a eles atribuídos, com expressa referência aos itens e subitens da
respectiva Tabela.

Parágrafo único - Sem prejuízo da responsabilidade disciplinar e outras penas, os


responsáveis pelos serviços de notas e de registro que, dolosamente, receberem
emolumentos ou despesas excessivos, devolverão ao interessado o excesso ou o
indevido em dobro, com juros de lei e outros acréscimos legais.

Art. 3° - Compete ao Tribunal de Justiça do Estado do Pará, através de Provimento,


estabelecer as normas que disciplinem a fiscalização do exato cumprimento desta Lei e a
previsão das sanções cabíveis nas hipóteses de sua violação.

Art. 4° - V E T A D O

Art. 5° - É obrigatória a fixação das Tabelas anexas a esta Lei, em local visível, e com
destaque, nos prédios onde funcionarem os serviços notariais e de registro.

Art. 6° - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 7° - Revogam-se as disposições em contrário.

PALÁCIO DO GOVERNO, 17 de dezembro de 1997.

ALMIR GABRIEL
Governador do Estado

* Conforme especifica o art. 1° desta Lei, esta possui Tabelas anexas que se
encontram publicadas no DOE N° 28.617, de 19/12/1997.
42

DIÁRIO OFICIAL Edição N° 28.617 de 19/12/1997.


GABINETE DO GOVERNADOR
LEI N° 6.614, DE 05 DE JANEIRO DE 2004
________________________________________________________________

Dispõe sobre a cessão e permissão de uso de bens imóveis do Estado.

A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO PARÁ estatui e eu sanciono a seguinte


Lei:

Art. 1º Os bens imóveis do Estado não utilizados no serviço público poderão, qualquer que
seja a sua natureza, ter sua utilização cedida ou permitida, nos termos desta Lei.
Parágrafo único. A cessão se fará quando interessar ao Estado concretizar, com a
permissão da utilização de imóvel seu, auxílio ou colaboração que entender prestar.
Art. 2º A critério do Poder Executivo, poderão ser cedidos, gratuitamente ou em condições
especiais, imóveis do Estado:
I - aos Municípios e às entidades sem fins lucrativos de caráter educacional, cultural ou de
assistência social;
II - às pessoas físicas ou jurídicas, em se tratando de interesse público ou social ou de
aproveitamento econômico de interesse regional que mereça tal favor.
§ 1º A cessão será autorizada por ato do Governador do Estado e se formalizará mediante
termo ou contrato, do qual constarão expressamente as condições estabelecidas, entre as
quais a finalidade de sua realização e o prazo para seu cumprimento, e tornar-se-á nula,
independentemente de ato especial, se ao imóvel, no todo ou em parte, vier a ser dada
aplicação diversa da prevista no ato autorizativo e conseqüente termo ou contrato.
§ 2º A cessão, quando destinada à execução de empreendimento de fim lucrativo, será
onerosa e, sempre que houver condições de competitividade, deverão ser observados os
procedimentos licitatórios previstos em lei.
Art. 3º A utilização, a título precário, de áreas de domínio do Estado para a realização de
eventos de curta duração, de natureza recreativa, esportiva, cultural, religiosa ou
educacional, poderá ser autorizada, na forma do regulamento, sob o regime de permissão
de uso, por ato do Governador do Estado, publicado no Diário Oficial do Estado.
Parágrafo único. Em áreas específicas devidamente identificadas, a competência para
autorizar a permissão de uso poderá ser repassada aos Municípios, devendo, para tal fim,
as áreas envolvidas lhes serem cedidas sob o regime de cessão de uso, na forma do art.
2º.
Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 5º Revogam-se as disposições em contrário.
Palácio do Governo, 5 JANEIRO DE 2004.

SIMÃO JATENE
Governador do Estado
43

DIÁRIO OFICIAL Edição N° 29.885 de 14.02.2003.


GABINETE DO GOVERNADOR
DECRETO N° 0018 DE 13 DE FEVEREIRO DE 2003
________________________________________________________________

Transfere o gerenciamento das atividades relacionadas ao acervo imobiliário do Estado da


Secretaria Executiva de Estado de Obras Públicas para a Secretaria Executiva de Estado
de Administração.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO PARÁ, usando das atribuições que lhe são


conferidas pelo do art. 135, inciso V, da Constituição do Estado, e tendo em vista as
atribuições legais da Secretaria Executiva de Estado de Administração, instituída pela Lei
nº 4.582, de 24 de setembro de 1975, que conferiu ao Órgão, dentre outras funções
básicas, a execução e o controle das atividades relacionadas com o patrimônio mobiliário
e imobiliário do Estado,

D E C R E T A:

Art. 1º Fica transferida da Secretaria Executiva de Estado de Obras Públicas para a


Secretaria Executiva de Estado de Administração a responsabilidade pela gestão do
patrimônio imobiliário do Estado do Pará.

Art. 2º Fica a Secretaria Executiva de Estado de Administração autorizada a adotar as


providências necessárias à efetivação da transferência.

Art. 3º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 4º Revogam-se as disposições em contrário.

PALÁCIO DO GOVERNO, 13 de fevereiro de 2003.

SIMÃO JATENE
Governador do Estado.
44

DIÁRIO OFICIAL Edição N° 30.833 de 29.12.2006.


GABINETE DO GOVERNADOR
DECRETO N° 2.708 DE 28 DE DEZEMBRO DE 2006
________________________________________________________________
Institui o Sistema de Gestão do Patrimônio Imobiliário do Estado do Pará e dá
outras providências.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO PARÁ, no uso de suas atribuições que lhe são


conferidas pelo art. 135, Incisos III e VII, alínea “a”, da Constituição Estadual, e
tendo em vista a necessidade de estabelecer diretrizes que permitam à
Administração Pública Estadual, gerenciar de forma efetiva o seu acervo
patrimonial imobiliário;

DECRETA:

Art. 1° - Fica instituído o Sistema de Gestão do Patrimônio Imobiliário do Estado do


Pará, conforme Anexo Único deste Decreto.

Art. 2° - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

PALÁCIO DO GOVERNO, 28 de dezembro de 2006.

SIMÃO JATENE
Governador do Estado

TERESA LUSIA MÁRTIRES COELHO CATIVO ROSA


Secretária Especial de Estado de Gestão

ANEXO ÚNICO
SISTEMA DE GESTÃO DO PATRIMÔNIO IMOBILIÁRIO DO ESTADO

TÍTULO I
DO SISTEMA, SEUS OBJETIVOS E ABRANGÊNCIA
Art. 1º O Sistema de Gestão do Patrimônio Imobiliário do Estado dispõe de estrutura
funcional própria, cuja finalidade prioritária é o atendimento das demandas
governamentais, no que se refere ao aproveitamento dos imóveis pertencentes à
Administração Pública Estadual direta, autárquica e fundacional ou por esta utilizada.

CAPÍTULO I
DOS OBJETIVOS
Art. 2º É objetivo fundamental do Sistema de Gestão do Patrimônio Imobiliário do Estado
executar a política pública estabelecida para a área, contribuindo para a produção das
informações necessárias ao atendimento das demandas governamentais e
implementando mecanismos facilitadores da permanente atualização, difusão e circulação
da informação respectiva no âmbito da Administração Pública Estadual.
Art. 3º São objetivos específicos do Sistema de Gestão do Patrimônio Imobiliário do
Estado do Pará:
I - proporcionar condições para o estabelecimento de diretrizes, princípios, normas e
critérios para aquisição, destinação, utilização, cessão, alienação, locações patrimoniais e
recebimento de imóveis de terceiros, com formulação de uma política para o setor;
II - subsidiar o processo de tomada de decisão, por meio do conhecimento da situação do
45
patrimônio imobiliário do Estado e de suas entidades descentralizadas, e auxiliar na
elaboração de políticas públicas e na racionalização da administração patrimonial;
III - coordenar a atuação dos órgãos e entidades estaduais com atribuições relativas ao
patrimônio imobiliário;
IV - realizar estudos, pesquisas e análises de interesse para a área patrimonial;
V - capacitar recursos humanos no setor patrimonial imobiliário e especialmente na área
gerencial;
VI - promover a integração com unidades de patrimônio imobiliário dos Poderes
Legislativo e Judiciário, Ministério Público Estadual e Tribunais de Contas;
VII - estabelecer fluxos, eficientes e permanentes, de informações sobre a situação
patrimonial da administração direta e indireta do Estado;
VIII - promover a rentabilização patrimonial, por meio de melhoria nos processos de
cobrança das receitas de natureza patrimonial, seja por intermédio da detecção das
situações de mora no cumprimento das obrigações contratuais, seja pela atualização dos
montantes das rendas e foros ou pela detecção de fontes geradoras de receitas não-
exploradas e, ainda, pela alienação dos bens desnecessários aos serviços de interesse
público;
IX - reduzir os gastos ou otimizar o dispêndio de recursos com a instalação de serviços;
X - melhorar a efetividade da gestão patrimonial e agilizar a tomada de decisões,
satisfazendo, em tempo útil, as solicitações de particulares relativas à alienação de
terrenos, à concessão de uso ou aproveitamento e a concessões de exploração;

XI - dotar o serviço central do patrimônio do Estado dos dados e instrumentos necessários


ao controle e à defesa jurídica do patrimônio imobiliário;
XII - incrementar a difusão dos dados e das informações pelos serviços e organismos
interessados; e
XIII - melhorar a tomada de decisões estratégicas sobre compras, trocas, construções e
arrendamentos para instalação de serviços públicos e o estabelecimento de prioridades.

CAPÍTULO II
DA ABRANGÊNCIA
Art. 4º O Sistema abrangerá os seguintes tipos de imóveis dos órgãos e entidades
estaduais:
I - próprios;
II - em processo de aquisição;
III - cedidos por terceiros;
IV - locados; e
V - simplesmente ocupados.
TÍTULO II
DA ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO PATRIMONIAL

Art. 5º O Sistema de Gestão do Patrimônio Imobiliário do Estado é composto pelos


seguintes órgãos:
I - Órgão Gestor;
II - Órgãos de Assessoria; e
III - Órgãos Setoriais.
CAPÍTULO I
DO ÓRGÃO GESTOR
Art. 6º O Órgão Gestor do Sistema é a Secretaria Executiva de Estado de Administração a
quem cabe a normatização e a coordenação do Sistema de Gestão do Patrimônio
Imobiliário do Estado.
Art. 7º Cabe à Secretaria Executiva de Estado de Administração como Órgão Gestor do
Sistema de Gestão do Patrimônio Imobiliário do Estado:
I - recomendar ao Governador do Estado a adoção de procedimentos referentes à
46
permuta, à cessão, à permissão de uso, à doação ou a qualquer outra forma de
alienação, gratuita ou onerosa, de imóveis de titularidade da administração direta ou por
esta utilizada a qualquer título;
II - formular a política patrimonial imobiliária do Estado do Pará, que abrange a aquisição,
a manutenção, a transferência entre órgãos e entidades do governo, as cessões, as
permissões, as concessões, as autorizações de uso e as alienações em geral, onerosas
ou gratuitas, excluídas as doações recebidas sem encargos e as desapropriações, que
têm regulamentação própria;
III - estabelecer princípios, diretrizes e normas para a gestão do patrimônio imobiliário,
buscando racionalizar a utilização dos espaços, a preservação das construções e dos
terrenos, bem como obstar as invasões e ocupações irregulares;
IV - definir regras para a utilização de imóveis, pela Administração Pública Estadual direta
e pelas autarquias e fundações estaduais, cuja titularidade seja de terceiros,
implementando especial fiscalização e controle quanto à necessidade e custo da
utilização pelo Estado do Pará;
V - orientar e acompanhar a execução da política de patrimônio imobiliário, determinando
as correções que se fizerem necessárias e, quando for o caso, a apuração, por
instrumentos próprios, de eventuais irregularidades;
VI - solicitar aos órgãos e às entidades competentes a realização de estudos, pesquisas,
avaliações, vistorias e análises relativas ao mercado e ao patrimônio imobiliário do Estado
do Pará, podendo, inclusive, utilizar os serviços de entidades privadas, observada a
legislação pertinente;
VII - aprovar as avaliações e as condições de venda dos imóveis;
VIII - aprovar os termos dos contratos que serão assinados com terceiros, integrantes do
Governo ou da iniciativa privada, visando à realização de serviços e procedimentos
relacionados com o patrimônio imobiliário do Estado;
IX - autorizar a contratação de empresa pública estadual, ou leiloeiro oficial nos casos
admitidos em lei, para proceder à alienação onerosa de imóveis do Estado do Pará,
observadas as normas legais;
X - propiciar condições para a coordenação, a integração e o aperfeiçoamento dos demais
órgãos responsáveis pelo Sistema de Gestão do Patrimônio Imobiliário do Estado do
Pará, de modo a torná-lo confiável, eficiente e ágil, funcionando conforme à mais
atualizada tecnologia;
XI - acompanhar e colaborar com a execução e o aperfeiçoamento do Sistema de Gestão
do Patrimônio Imobiliário do Estado do Pará, bem como estimular a criação de
mecanismos que permitam tornar sempre transparentes e seguros o controle e a
organização das informações sobre o patrimônio imobiliário do Estado;
XII - promover a integração da política patrimonial imobiliária do Estado com as demais
políticas globais e setoriais do Governo;
XIII - buscar o intercâmbio de todos os órgãos responsáveis pelo Sistema de Gestão do
Patrimônio Imobiliário do Estado com as semelhantes áreas das universidades estaduais
e federais, dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Ministério Público, a fim de se obter a
reciprocidade de experiências, mútua colaboração e sinergia em defesa dos imóveis
públicos;
XIV - decidir sobre a utilização de imóveis próprios do Estado; e
XV - orientar os processos de alienação de bens imóveis.

CAPÍTULO II
DOS ÓRGÃOS DE ASSESSORIA
Art. 8º São Órgãos de Assessoria ao Sistema de Gestão do Patrimônio Imobiliário do
Estado:
I - a Procuradoria Geral do Estado - PGE;
II - a Secretaria Executiva de Estado de Obras Públicas - SEOP;
III - a Secretaria Executiva de Planejamento, Orçamento e Finanças - SEPOF; e
47
IV - a Escola de Governo do Estado - EGPA.
Seção Única
Das Competências dos Órgãos de Assessoria
Art. 9º Os Órgãos de Assessoria, sem prejuízo das competências que lhes são conferidas
por legislação própria, têm, em relação ao Sistema de Gestão do Patrimônio Imobiliário do
Estado, as atribuições especificadas nas subseções deste capítulo.
Subseção I
Da Procuradoria Geral do Estado - PGE
Art. 10. Cabe à Procuradoria Geral do Estado:
I - defender o patrimônio imobiliário do Estado do Pará, em juízo ou fora dele, sempre que
se fazer necessário o seu auxílio como órgão consultor ou representante judicial;
II - solicitar informações ao Órgão Gestor sempre que houver ação de usucapião
envolvendo área supostamente de propriedade do Estado;
III - dar conhecimento ao Órgão Gestor de todos os processos de desapropriação tão logo
sejam iniciados, fornecendo a localização do imóvel, a área, o número do decreto de
utilidade pública e a respectiva finalidade;
IV - nas ações de desapropriação, informar imediatamente o Órgão Gestor sempre que
houver imissão provisória ou definitiva na posse de imóvel;
V - providenciar a regularização documental e praticar os atos legais relativos ao registro
dos imóveis desapropriados, encaminhando em seguida, ao Órgão Gestor, o translado da
Escritura e o Registro de Imóveis, bem como cópia da sentença judicial, se for o caso;
VI - fornecer relação dos imóveis adquiridos por meio de dação em pagamento,
adjudicação ou arrematação em ações de execução fiscal, juntamente com cópia das
respectivas sentenças judiciais e termos de adjudicação e arrematação; e
VII - exercer atividades correlatas.
Subseção II
Da Secretaria Executiva de Estado de Obras Públicas - SEOP
Art. 11. Cabe à Secretaria Executiva de Estado de Obras Públicas:
I - prestar a colaboração solicitada pelo Órgão Gestor relacionada com seus objetivos
regimentais, observadas as normas legais a que está sujeita a Secretaria;
II - realizar vistorias e avaliações de quaisquer bens imóveis, sempre que solicitado;
III - informar o Órgão Gestor de quaisquer obras realizadas em imóveis do Estado; e
IV - fornecer ao Órgão Gestor, ao final da obra, toda a documentação correspondente, tais
como planta de situação e locação, planta baixa, laudo de avaliação e registro fotográfico,
dentre outros.
Subseção III
Da Secretaria Executiva de Planejamento, Orçamento e Finanças - SEPOF
Art. 12. À Secretaria Executiva de Estado de Planejamento, Orçamento e Finanças, por
intermédio da Diretoria de Gestão Contábil e Fiscal, cabe a execução dos atos
relacionados com os registros contábeis dos imóveis de propriedade do Estado,
observados os princípios e normas legais pertinentes.
Subseção IV
Da Escola de Governo do Estado – EGPA
Art. 13. Cabe à Escola de Governo do Estado promover a capacitação do pessoal que
tenha atuação na área.
CAPÍTULO III
DOS ÓRGÃOS SETORIAIS

Art. 14. São Órgãos Setoriais do Sistema de Gestão do Patrimônio Imobiliário do Estado
todas os demais órgãos da administração direta a que estejam afetados os bens
imóveis do Estado ou que tenham interesse na aquisição, desapropriação, locação,
cessão ou doação de bens imóveis, bem como as entidades da administração indireta
proprietárias de bens imóveis ou que, de alguma forma, utilizem os imóveis de
propriedade do Estado.
48
Art. 15. Cabe aos Órgãos Setoriais:
I - comunicar ao Órgão Gestor, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, a desocupação, bem
como a necessidade de avaliação e o interesse na aquisição, cessão, locação, ou doação
de imóveis, de acordo com as normas específicas;
II - informar o Órgão Gestor de quaisquer obras realizadas em imóveis que lhe estejam
afetados, envolvendo novas construções e ampliações da estrutura física;
III - fornecer ao Órgão Gestor toda a documentação da obra, tais como planta de situação
e locação, planta baixa, laudo de avaliação e registro fotográfico;

IV - instruir a comunicação ou solicitação com todos os documentos necessários à


efetivação do processo em questão, conforme instrução do Órgão Gestor;
V - auxiliar na atualização dos cadastros imobiliários geridos pelo Órgão Gestor,
informando-o quanto à destinação dos imóveis afetados, assim como em relação aos
contratos que versem sobre imóveis e cessões de uso dos mesmos;
VI - sempre que necessário, solicitar ao Órgão Gestor quaisquer informações acerca dos
procedimentos cabíveis quanto às questões imobiliárias, buscando ampliar a integração e
o fluxo de informações entre os órgãos do Sistema para melhor aplicação e
desenvolvimento da política imobiliária;
VII - providenciar as regularizações documentais imobiliárias e praticar os atos legais
relativos ao registro imobiliário dos imóveis adquiridos ou desapropriados no seu
interesse, encaminhando, em seguida, o translado da Escritura e o Registro de Imóveis ao
Órgão Gestor; e
VIII - exercer outras atividades correlatas.

TÍTULO III
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 16. As atribuições das unidades e grupos de execução de projetos e as competências


das autoridades, de que trata o presente Modelo de Gestão, poderão ser detalhadas por
intermédio de resolução do Secretário Executivo de Estado de Administração.
Art. 17. Os expedientes encaminhados à apreciação do Governador serão recebidos,
examinados e preparados pelos órgãos competentes da Secretaria Executiva de Estado
de Administração.
Art. 18. Os órgãos da administração direta destinatários de imóveis pertencentes, cedidos
ou locados ao Estado são responsáveis pelos mesmos, cabendo-lhes guardá-los e
conservá-los, observando as regras de ocupação baixadas pela Secretaria Executiva de
Estado de Administração.
Art. 19. Ocorrendo turbação ou esbulho na posse dos imóveis pertencentes ou ocupados
pelo Estado, os órgãos destinatários deverão valer-se do desforço imediato permitido no
art. 1.210, § 1º, do Código Civil, comunicando imediatamente o fato à unidade competente
da Procuradoria-Geral do Estado e ao Órgão Gestor.
Art. 20. No caso de desativação do serviço público instalado em qualquer imóvel do
Estado, mesmo após a comunicação do fato à Secretaria Executiva de Estado de
Administração, o órgão destinatário permanece responsável pela guarda do imóvel, até
que se efetive a transferência de sua administração.
Art. 21. Os órgãos assessores do Sistema de Gestão do Patrimônio Imobiliário do Estado
ficam autorizados a solicitar, por intermédio da Secretaria Executiva de Estado de
Administração, aos demais órgãos ou entidades da administração direta e indireta,
informações ou documentos relativos a imóveis determinados, justificando a finalidade do
pedido.
Art. 22. A Secretaria Executiva de Estado de Administração expedirá os atos necessários
à implantação e operacionalização do Sistema de Gestão do Patrimônio Imobiliário do
Estado.
49

ROTINAS E FLUXOS
50

Secretaria de Estado de Administração


Manual de Procedimentos do Patrimônio Imobiliário
ESTADO DO PARÁ

PARTE II ROTINAS E FLUXOS


ROTINA IMÓVEL EM DISPONIBILIDADE
OBJETIVO:
Administrar os imóveis próprios do Estado do Pará, que se encontrem desocupados.

RESPONSABILIDADE:
São responsáveis pelo cumprimento desta rotina:
• Órgãos estaduais aos quais os imóveis estejam afetados;
• A SEAD, através da Diretoria de Gestão do Patrimônio do Estado - DGP.

DESCRIÇÃO DOS PASSOS DA ROTINA:


ÓRGÃO/UNIDADES PROCEDIMENTOS GERAIS
1. Comunicar a Secretaria de Estado de
Administração – SEAD/Diretoria de Gestão do
Patrimônio do Estado – DGP, através de ofício
e do Sistema de Controle de Bens Imóveis, a
ÓRGÃOS INTERESSADOS
disponibilidade do imóvel, logo após a sua
desocupação, informando as condições de
conservação e de uso em que se encontra o
imóvel.
1. Receber o Ofício, formalizar o processo e
SEAD/PROTOCOLO
encaminhar à DGP.
1. Providenciar a vistoria do imóvel e a
emissão do respectivo Laudo. Após a vistoria
estudar a melhor alternativa sobre a destinação
do Imóvel.
2. Verificar se existem outros órgãos
estaduais necessitando de imóvel, ou ainda, se
existe a possibilidade de substituir por um
imóvel locado.
SEAD/DGP 2.1 No caso positivo – Informar ao órgão
interessado a disponibilidade, através de ofício,
para que seja iniciado o processo de CESSÃO
ou AFETAÇÃO, nos termos da norma
específica.
2.2 No caso de não haver interesse na
ocupação do imóvel, avaliar a viabilidade da
cessão do bem a terceiros ou a sua alienação
nos termos da legislação em vigor.
51
ENTRADA EM VIGOR CAPÍTULO PÁG. N.º
SEAD MANUAL DE PROCEDIMENTOS 2
RESPONSÁVEL:
FLUXO DA ROTINA: IMÓVEL EM DISPONIBILIDADE

Fluxo do Processo de Imóvel em Disponibilidade


Órgãos Estaduais

Inicio

Comunicar a Secretaria de Estado de


Administração – SEAD/Diretoria de
Gestão do Patrimônio do Estado –
DGP, através de ofício e do Sistema
de Controle de Bens Imóveis, a
disponibilidade do imóvel, logo após a
sua desocupação.
Protocolo
SEAD/

Receber o ofício e
formalizar processo

Informar ao órgão interessado


Providenciar a vistoria S a disponibilidade, através de
Existem órgãos
do imóvel e emitir ofício, para que seja iniciado o
necessitando de imóvel?
laudo. processo de CESSÃO ou
SEAD/DGP

AFETAÇÂO.

Avaliar a viabilidade
de CESSÃO do bem a
Fim
terceiros, ou a
alienação.
52

Secretaria de Estado de Administração


Manual de Procedimentos do Patrimônio Imobiliário
ESTADO DO PARÁ

PARTE II ROTINAS E FLUXOS


ROTINA ALIENAÇÃO DE IMÓVEIS POR VENDA
OBJETIVO:
Uniformizar procedimentos para a venda de imóveis de propriedade do Estado, no âmbito da
Administração Pública Estadual Direta.

RESPONSABILIDADE:
São responsáveis pelo cumprimento desta rotina:
• A SEAD, através da DGP;
• Órgãos da Administração Direta Estadual;
• Casa Civil;
• Assembléia Legislativa.
• SEOP
DESCRIÇÃO DOS PASSOS DA ROTINA:
ÓRGÃO/UNIDADES PROCEDIMENTOS GERAIS
1. Analisar a situação do imóvel colocado
em disponibilidade e não sendo possível a
afetação ou cessão do próprio, recomendar a
alienação do bem.
2. Verificar se o imóvel está devidamente
documentado, caso não esteja, providenciar
junto ao cartório de notas e registro de
imóvel a regularização do mesmo.
3. Instruir o processo com os documentos
de propriedade e em articulação com o
Núcleo Jurídico de Logística e Patrimônio,
elaborar mensagem à Assembléia Legislativa
contendo a justificativa sobre a necessidade
da alienação do imóvel, em seguida
encaminhar o processo ao Gabinete do
Secretário para análise e posterior
SEAD/DGP
encaminhamento à Casa Civil.
4. Providenciar a publicação do resultado da
licitação no Diário Oficial do Estado - DOE.
5. Proceder a baixa do imóvel no Sistema de
Controle de Bens Imóveis, após a publicação
do resultado da licitação no DOE.
6. Emitir o Termo de Entrega de Bem
Imóvel e colher as assinaturas do licitante
vencedor e do titular da SEAD.
7. Efetuar a entrega da documentação do
imóvel (escritura e registro), para fins de
transferência da propriedade patrimonial,
juntamente com uma via do Termo emitido,
após o pagamento do valor apresentado pelo
licitante vencedor.
8. Arquivar temporariamente o processo na
53
Unidade. Ao final do exercício, encaminhar
os autos à Gerência de Documentação e
Informação – GDI/DAF para arquivamento.
1. Encaminhar a mensagem com a
justificativa da viabilidade da alienação à
Casa Civil para apreciação do Governador
(a).
2. Receber da Casa Civil, a documentação
contendo a autorização legislativa para a
alienação do imóvel.
3. Encaminhar o processo à Diretoria de
Administração e Finanças – DAF, para
indicação dos servidores que integrarão a
SEAD/GAB. SECRETÁRIO
Comissão Especial de Licitação - CEL.
4. Receber o processo da DAF, com a
indicação dos nomes dos servidores para a
composição da CEL.
5. Designar, através de portaria, os
membros da CEL e encaminhar o processo
ao seu presidente.
6. Homologar o resultado da licitação e
encaminhar o processo à DGP para as
providências necessárias.
1. Encaminhar a mensagem com a
justificativa da viabilidade da alienação à
Assembléia Legislativa, para autorização,
CASA CIVIL após a apreciação e a coleta da assinatura do
Governador (a) nos documentos.
2. Receber o Decreto Legislativo e
encaminhar à SEAD / GAB. SEC.
1. Apreciar a solicitação do Executivo,
autorizar a alienação dos imóveis mediante
ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA
Decreto Legislativo e encaminhar à Casa
Civil.
1. Indicar 03 (três) nomes de servidores
efetivos, para comporem a CEL.
SEAD/DAF 2. Elaborar a Portaria e encaminhar ao
Gabinete do Secretário.
3. Arquivar o processo na GDI/DAF.
1. Providenciar junto a Secretaria de Estado
de Obras Públicas – SEOP a avaliação do
imóvel, adotando os procedimentos
tecnicamente reconhecidos pelos órgãos
competentes.
2. Elaborar, após a avaliação do imóvel,
SEAD/COMISSÃO ESPECIAL DE minuta do edital de licitação, de acordo com
LICITAÇÃO - CEL as normas legais vigentes, e encaminhar ao
Núcleo Jurídico de Logística e Patrimônio
para análise e parecer.
3. Receber o processo com parecer do
Núcleo Jurídico de Logística e Patrimônio e
providenciar a publicação do resumo do
Edital no Diário Oficial do Estado e em
54
jornais de grande circulação, constando no
mesmo, data, local e hora da realização do
ato licitatório.
4. Selecionar o licitante vencedor, elaborar
relatório conclusivo sobre o resultado da
licitação e encaminhar ao Gabinete do
Secretário para homologação.
1. Realizar a avaliação do imóvel e emitir o
Laudo de Avaliação;
SEOP
2. Encaminhar à SEAD/CEL o Laudo de
Avaliação.
SEAD/NÚCLEO JURÍDICO DE 1. Emitir parecer e encaminhar o processo à
LOGÍSTICA E PATRIMÔNIO CEL.
55
ENTRADA EM VIGOR CAPÍTULO PÁG. N.º
SEAD MANUAL DE PROCEDIMENTOS 2
RESPONSÁVEL:
FLUXO DA ROTINA: ALIENAÇÃO DE IMÓVEIS POR VENDA
56

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ESTADO DO PARÁ

PARTE II ROTINAS E FLUXOS


ROTINA ALIENAÇÃO DE IMÓVEIS POR DOAÇÃO

OBJETIVO:
Estabelecer procedimentos para a alienação por doação de imóveis pertencentes à
Administração Pública Estadual Direta.

RESPONSABILIDADE:
São responsáveis pelo cumprimento desta rotina:
• SEAD, através da DGP;
• Casa Civil;
• Assembléia Legislativa;

DESCRIÇÃO DOS PASSOS DA ROTINA:


ÓRGÃO/UNIDADES PROCEDIMENTOS GERAIS
1. Encaminhar expediente à Casa Civil,
ÓRGÃOS ou ENTIDADES PÚBLICAS
solicitando ao Governador do Estado a
INTERESSADAS
doação do imóvel selecionado.
1. Encaminhar processo à SEAD via
protocolo, solicitando informações acerca da
propriedade e situação de disponibilidade do
imóvel.
2. Elaborar exposição de motivos, e
encaminhar à Assembléia Legislativa,
quando o imóvel pertencer ao Estado ou
CASA CIVIL
esteja disponível e seja de interesse público a
doação.
3. Receber o Decreto Legislativo e
encaminhar juntamente com o processo, à
SEAD via protocolo, comunicando acerca da
autorização legislativa para a doação do
imóvel.
1. Encaminhar ao Gabinete do Secretário o
processo oriundo da Casa Civil, contendo a
solicitação de informações sobre a
propriedade e situação do imóvel.
2. Encaminhar o processo com as
informações solicitadas, à Casa Civil.
3. Receber e encaminhar ao Gabinete do
SEAD / PROTOCOLO
Secretário o processo com a autorização
legislativa.
4. Encaminhar ofício ao órgão donatário com
prazo para envio da documentação de
transferência da propriedade do imóvel
doado.
57

5. Encaminhar ao Gabinete do Secretário a


prova do registro de doação do imóvel.
1. Encaminhar o processo à DGP para
análise e providências.
2. Encaminhar o processo à Casa Civil via
protocolo, com as informações solicitadas.
3. Receber da Casa Civil o processo com a
autorização legislativa e encaminhar à DGP
para providências.
SEAD/GAB. SECRETÁRIO 4. Encaminhar ofício ao órgão donatário
estabelecendo o prazo de 90 dias, a partir da
data da publicação do Decreto Legislativo no
Diário Oficial do Estado, para o envio da
cópia autenticada da escritura pública de
doação à SEAD.
5. Encaminhar à DGP a documentação de
transferência de propriedade do imóvel.
1. Verificar a situação quanto à propriedade
(situação documental) e a disponibilidade do
imóvel e devolver o processo ao Gabinete do
Secretário.
2. Elaborar minuta de oficio informando o
órgão donatário que deverá proceder junto
aos cartórios a lavratura da escritura pública
de doação e o respectivo registro do imóvel
SEAD/DGP
alienado e encaminhar ao Gabinete do
Secretário.
3. Receber a documentação e anexar ao
processo;
4. Atualizar o cadastro imobiliário
4. Arquivar temporariamente o processo na
Unidade. Ao final do exercício, encaminhar
os autos à GDI/DAF para arquivamento.
1. Apreciar e autorizar mediante Decreto
Legislativo, o Governo do Estado a proceder
ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA
à doação do imóvel solicitado.
2. Providenciar a publicação do Ato.
1. Providenciar junto aos cartórios
competentes a prova do registro de doação
ÓRGÃO DONATÁRIO
do imóvel e encaminhar à SEAD via
protocolo.
SEAD/DAF/GDI 1. Arquivar o processo.
58
ENTRADA EM VIGOR CAPÍTULO PÁG. N.º
SEAD MANUAL DE PROCEDIMENTOS 2
RESPONSÁVEL:
FLUXO DA ROTINA: ALIENAÇÃO DE IMÓVEIS POR DOAÇÃO
59

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ESTADO DO PARÁ

PARTE II ROTINAS E FLUXOS


ROTINA AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS
OBJETIVO:
Definir, com precisão, o valor de mercado do imóvel por ocasião da aquisição, venda e
locação por parte do Estado.

RESPONSABILIDADE:
São responsáveis pelo cumprimento desta rotina:
• Os órgãos da Administração Pública Estadual;
• A SEAD/DGP;
• A SEOP

DESCRIÇÃO DOS PASSOS DA ROTINA:


ÓRGÃO/UNIDADES PROCEDIMENTOS GERAIS
1. Encaminhar Ofício solicitando a avaliação
do imóvel à SEAD/DGP e anexar cópias dos
ÓRGÃOS INTERESSADOS seguintes documentos:
Escritura e/ou Registro de Imóvel, e Planta
Baixa do imóvel.
1. Receber o ofício, formalizar o processo e
encaminhar à DGP.
SEAD / PROTOCOLO
2. Receber processo da SEOP com o laudo
de avaliação.
1. Instruir o processo, solicitando à
Secretaria de Estado de Obras Pública –
SEOP, a avaliação do imóvel em
conformidade com as normas legais vigentes.
2. Receber o laudo de avaliação e
SEAD / DGP
encaminhar ao órgão solicitante via
protocolo.
3. Arquivar temporariamente o processo na
Unidade. Ao final do exercício, encaminhar
os autos à GDI/DAF para arquivamento.
1. Realizar a avaliação do imóvel, emitir o
laudo de avaliação de acordo com as Normas
SEOP da Associação Brasileira de Normas Técnica
– ABNT e encaminhar à SEAD/DGP via
protocolo.
60
ENTRADA EM VIGOR CAPÍTULO PÁG. N.º
SEAD MANUAL DE PROCEDIMENTOS 2
RESPONSÁVEL:
FLUXO DA ROTINA: AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS
61

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ESTADO DO PARÁ

PARTE II ROTINAS E FLUXOS


ROTINA AQUISIÇÃO DE IMÓVEIS
OBJETIVO:
Estabelecer procedimentos padronizados para aquisição de bem imóvel pelo Governo do Estado.

RESPONSABILIDADE:
São responsáveis pelo cumprimento desta rotina:
• A SEAD através da DGP;
• Órgãos estaduais da Administração Direta Estadual;
• A Casa Civil.
DESCRIÇÃO DOS PASSOS DA ROTINA:
ÓRGÃO/UNIDADES PROCEDIMENTOS GERAIS
1. Encaminhar a SEAD/DGP, ofício
solicitando a aquisição de imóvel, anexando ao
expediente, cópia autenticada dos documentos a
seguir especificados:
• Escritura e registro do imóvel;
• Certidões negativas de débitos fiscais,
federal, estadual e municipal;
• Declaração pública de que o bem não está
ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO
à penhora (área trabalhista e cível);
DIRETA ESTADUAL
INTERESSADOS • Planta baixa do bem; e
• Proposta de venda.
2. Providenciar a escritura e o registro do
imóvel junto aos cartórios competentes.
3. Efetivar o pagamento do valor ajustado ao
proprietário ou seu representante legal.
4. Encaminhar à SEAD/DGP cópia do traslado
da escritura e do registro do imóvel adquirido
pelo Estado.
1. Receber o Ofício, formalizar o processo e
encaminhar ao Gabinete do Secretário.
2. Encaminhar o processo com o laudo de
avaliação à DGP
3. Encaminhar o ofício juntamente com o
SEAD/PROTOCOLO processo para a Casa Civil.
4. Receber e encaminhar ao Gabinete do
Secretário o processo com a avaliação do
Governador.
Encaminhar à PGE ofício para fins de
desapropriação, quando não houver negociação.
1. Instruir o processo e encaminhar à DGP para
providências.
SEAD/GAB. SECRETÁRIO 2. Assinar ofício solicitando autorização do
Governador para aquisição do imóvel e
encaminhar, juntamente com o processo, à Casa
62
Civil.
3. Receber o processo da Casa Civil, com a
autorização solicitada, e remeter à DGP para as
providências necessárias.
1. Instruir o processo solicitando à SEOP, a
avaliação do imóvel.
2. Receber o Laudo de Avaliação da SEOP e
elaborar minuta de ofício solicitando
autorização do Governador para aquisição do
imóvel requisitado.
3. Encaminhar a minuta, juntamente com o
processo, ao Gabinete do Secretário para
assinatura do titular da SEAD e posterior envio
à Casa Civil.
4. Receber o processo do Gabinete do
Secretário com a autorização do Governador
para a aquisição do imóvel.
5. Promover em conjunto com o Núcleo
Jurídico de Logística e Patrimônio, a negociação
junto ao proprietário do imóvel, de modo a
definir as condições para a aquisição do imóvel.
- Há entendimento das partes?
Não há sucesso nas negociações
5.1. Elaborar minuta do ofício à PGE para
SEAD/DGP fins de desapropriação, anexar ao processo e
encaminhar ao Gabinete do Secretário para
assinatura do titular da SEAD e posterior envio
à PGE
Há sucesso nas negociações
6. Elaborar a minuta do contrato de compra e
venda e encaminhar ao órgão interessado para
providenciar a lavratura da escritura e o seu
respectivo registro em cartório.
7. Receber do órgão interessado a cópia do
traslado da escritura e do registro do imóvel
adquirido pelo Estado.
8. Providenciar a incorporação do imóvel ao
patrimônio estadual, através do cadastramento
do bem no Sistema de Controle de Bens
Imóveis.
9. Arquivar a cópia da escritura e do registro
do imóvel em pasta própria na Unidade.
10. Arquivar temporariamente o processo na
Unidade. Ao final do exercício, encaminhar os
autos à GDI/DAF para arquivamento.
1. Realizar a avaliação do imóvel e emitir o
respectivo laudo.
SEOP
2. Encaminhar o processo com o Laudo de
Avaliação à SEAD/DGP.
63

1. Encaminhar, após análise do setor


competente, o processo ao Governador para
CASA CIVIL autorização da compra do imóvel.
2. Devolver o processo à SEAD, depois de
obtida a autorização para a aquisição do imóvel.
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO – 1. Providenciar as medidas legais necessárias à
PGE desapropriação do imóvel.
64
ENTRADA EM VIGOR CAPÍTULO PÁG. N.º
SEAD MANUAL DE PROCEDIMENTOS 2
RESPONSÁVEL:
FLUXO DA ROTINA: AQUISIÇÃO DE IMÓVEIS
65

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ESTADO DO PARÁ

PARTE II ROTINAS E FLUXOS


ROTINA AÇÃO DE USUCAPIÃO
OBJETIVO:
Informar a PGE, se o imóvel pertence ao Estado ou se há interesse na expropriação do
mesmo, objeto da ação de usucapião movida por terceiros.

RESPONSABILIDADE:
São responsáveis pelo cumprimento desta rotina:
• SEAD/DGP
• PGE

DESCRIÇÃO DOS PASSOS DA ROTINA


ÓRGÃO/UNIDADES PROCEDIMENTOS GERAIS
1. Encaminhar Ofício via protocolo à SEAD
PROCURADORIA GERAL DO ESTADO - solicitando informações sobre o imóvel e o
PGE eventual interesse do Estado em sua
expropriação.
1. Receber o Ofício, formalizar o processo e
SEAD / PROTOCOLO encaminhar ao Gabinete do Secretário.
2. Receber o processo e encaminhar à PGE.
1. Instruir o processo e encaminhar para a
DGP.
SEAD/GAB. SECRETÁRIO 2. Analisar e assinar ofício em resposta à
PGE e encaminhar ao protocolo para
posterior envio a PGE.

1. Pesquisar no Sistema de Controle de


Bens Imóveis, se o imóvel pertence ao
Estado.
1.1 Se pertencer – Anexar aos autos,
cópias dos documentos comprobatórios
existentes, elaborar minuta de ofício à PGE e
encaminhar ao Gabinete do Secretário para
assinatura.
SEAD / DGP
1.2 Se não pertencer – Elaborar e anexar
ao processo minuta de ofício em resposta a
PGE, com a manifestação quanto ao
interesse no imóvel para fins de
desapropriação
2. Receber do GAB/SEC o ofício assinado
pelo titular da SEAD e encaminhar,
juntamente com o processo, à PGE.
66
ENTRADA EM VIGOR CAPÍTULO PÁG. N.º
SEAD MANUAL DE PROCEDIMENTOS 2
RESPONSÁVEL:
FLUXO DA ROTINA: AÇÃO DE USUCAPIÃO
67

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PARTE II ROTINAS E FLUXOS


ROTINA SEGURO DE IMÓVEIS
OBJETIVO:
Proteger o acervo imobiliário do Estado contra eventuais sinistros, que venham causar
prejuízos e/ou danos ao Patrimônio Público.

RESPONSABILIDADE:
São responsáveis pelo cumprimento desta rotina:
• A SEAD através da DGP;
• Órgãos da Administração Pública Estadual.

DESCRIÇÃO DOS PASSOS DA ROTINA:


ÓRGÃO/UNIDADES PROCEDIMENTOS GERAIS
1. Elaborar ofício aos órgãos da
Administração Pública Estadual solicitando
que seja informada a relação dos imóveis a
serem segurados, com informações sobre o
mobiliário existente em suas instalações, tais
como, máquinas, equipamentos, etc.,
encaminhar via protocolo e aguardar
resposta.
2. Ao receber resposta dos órgãos – Instruir
o processo e encaminhar juntamente com a
exposição de motivos ao Gabinete do
Secretário solicitando a constituição de uma
SEAD/DGP Comissão Especial de Licitação – CEL, para
proceder a contração de uma empresa
especializada na execução dos serviços.
3. Providenciar a publicação do resultado da
licitação no Diário Oficial do Estado.
4. Elaborar ofício informando os órgãos
estaduais, aos quais os imóveis se encontram
afetados, do resultado da licitação.
5. Receber as cópias das apólices e arquivar
em pasta própria na Unidade.
6. Arquivar temporariamente o processo na
unidade. Ao final do exercício, encaminhar
os autos à GDI/DAF para arquivamento.
1. Encaminhar o processo à Diretoria de
Administração e Finanças – DAF, para
indicação dos servidores que comporão a
CEL.
SEAD/GAB. SECRETÁRIO 2. Receber o processo da DAF, com a
indicação dos servidores.
3. Designar, através de portaria, os
membros da CEL e encaminhar o processo ao
presidente da mesma.
68
4. Homologar o resultado da licitação e
encaminhar o processo à DGP para as
providências.
1. Indicar três (03) nomes de servidor
efetivo, elaborar a portaria e encaminhar ao
SEAD/DAF Gabinete do Secretário.
2. Arquivar o processo na Gerência de
Documentação e Informação – GDI/DAF.
1. Elaborar Edital de Licitação e seus
respectivos anexos, com discriminação dos
serviços que pretende contratar e encaminhar
o processo ao Núcleo Jurídico de Logística e
Patrimônio para análise e parecer.
2. Receber o processo com parecer do
Núcleo Jurídico de Logística e Patrimônio e
SEAD/COMISSÃO ESPECIAL DE providenciar a publicação do resumo do
LICITAÇÃO – CEL Edital, no Diário Oficial do Estado e em
jornais de grande circulação, constando nos
mesmos data, local e hora da realização do
ato licitatório.
2. Selecionar o licitante vencedor, elaborar
relatório conclusivo sobre o resultado da
licitação e encaminhar ao Gabinete do
Secretário para homologação.
SEAD/NÚCLEO JURÍDICO DE 1. Emitir parecer e encaminhar o processo à
LOGÍSTICA E PATRIMÔNIO CEL.
1. Convocar as empresas vencedoras para
assinatura dos respectivos contratos.
2. Efetuar o pagamento da fatura
apresentada pela empresas vencedoras e
aguardar a emissão das apólices. Ao receber
as apólices, encaminhar 01 (uma) cópia à
SEAD/DGP.
ÓRGÃOS ESTADUAIS 3. Nos casos de sinistro - Acionar a
seguradora contratada e comunicar à
SEAD/DGP, através de Ofício, quanto as
providencias a ser tomadas.
4. Receber o cheque correspondente a
indenização dos danos, depositar na conta
única do Estado e comunicar o fato à
SEAD/DGP através de ofício.
70
ENTRADA EM VIGOR CAPÍTULO PÁG. N.º
SEAD MANUAL DE PROCEDIMENTOS 2
RESPONSÁVEL:
FLUXO DA ROTINA: SEGURO DE IMÓVEL
71

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PARTE II ROTINAS E FLUXOS


ROTINA CESSÃO DE USO DE IMÓVEL
OBJETIVO:
Estabelecer procedimentos uniformizados sobre a cessão de uso de bens imóveis para a
Administração Pública Estadual.

CONCEITOS:
Cessão de uso: Transferência de posse gratuita ou em condições especiais com troca de
responsabilidade entre órgãos, entidades públicas estaduais ou entre estes e outros
integrantes de quaisquer dos demais poderes da esfera pública, ou ainda em casos especiais,
entidades da sociedade civil sem fins lucrativos, segundo sua destinação específica, sempre
com a determinação de prazo e atribuição de encargos quando cabíveis.
Cessionário: Órgão, entidade pública ou entidade da sociedade civil sem fins lucrativos a
quem se faz a cessão, aquele que recebe o bem.
Cedente: Órgão ou entidade pública que faz a cessão, aquele que cede o bem.

RESPONSABILIDADE:
São responsáveis pelo cumprimento desta rotina:
• A SEAD, através da DGP;
• Órgãos da Administração Indireta Estadual;
• O Órgão ou entidade solicitante.

DESCRIÇÃO DOS PASSOS DA ROTINA:


ÓRGÃO/UNIDADES PROCEDIMENTOS GERAIS
1. Encaminhar Ofício à SEAD solicitando a
cessão do imóvel de seu interesse, se a
ÓRGAOS/ENTIDADES propriedade pertencer ao Estado ou ao órgão
da administração indireta estadual, quando
este detiver a titularidade do bem.
SEAD/PROTOCOLO ou PROTOCOLO 1. Formalizar o processo e encaminhar ao
DOS ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO Gabinete do Secretário ou ao Gabinete do
INDIRETA titular do órgão da administração indireta.
1. Instruir o processo e encaminhar à
SEAD/GAB. SECRETÁRIO ou ÓRGÃOS SEAD/DGP ou unidade competente dos
DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA órgãos da administração indireta, para análise
e providências.
1. Verificar no Sistema de Controle de Bens
Imóveis se o imóvel solicitado é próprio e se
encontra disponível.
- O imóvel encontra-se disponível?
SEAD/DGP ou ÓRGÃOS DA 1.1 Não havendo disponibilidade –
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA Informar ao órgão ou entidade solicitante da
impossibilidade da cessão.
1.2 Havendo disponibilidade - Consultar
o órgão ao qual o bem está afetado sobre a
possibilidade da cessão.
72

- Há possibilidade de cessão?
1.3 Não havendo a possibilidade –
Informar ao órgão ou entidade solicitante da
impossibilidade da cessão.
1.4 Havendo a possibilidade –
Providenciar a elaboração do Termo de
Cessão de Uso e do Termo de Entrega de
Bem Imóvel, conforme modelos constantes
deste Manual, colher assinatura dos
representantes dos órgãos cedente e
cessionário e proceder a entrega do imóvel.
2. Providenciar a publicação do resumo do
Termo de Cessão de Uso no Diário Oficial
do Estado e aguardar a publicação.
3. Após a publicação – Anexar 01 (uma)
cópia do resumo do Termo de Cessão de Uso
em pasta própria.
4. Arquivar temporariamente o processo na
Unidade. Ao final do exercício, encaminhar
os autos à GDI /DAF para arquivamento.
SEAD/DAF/GDI ou UNIDADE DE
ARQUIVO DOS ÓRGÃOS DA 1. Arquivar o processo.
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
74
ENTRADA EM VIGOR CAPÍTULO PÁG. N.º
SEAD MANUAL DE PROCEDIMENTOS 2
RESPONSÁVEL:
FLUXO DA ROTINA: CESSÃO DE USO DE IMÓVEL
75

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Manual de Procedimentos do Patrimônio Imobiliário
ESTADO DO PARÁ

PARTE II ROTINAS E FLUXOS


ROTINA RENOVAÇÃO DA CESSÃO DE IMÓVEL
OBJETIVO:
Estabelecer procedimentos uniformizados sobre a renovação de cessão de uso de bens
imóveis para a Administração Pública Estadual.
RESPONSABILIDADE:
São responsáveis pelo cumprimento desta rotina:
• A SEAD, através da DGP;
• Órgãos da Administração Indireta Estadual;
• O Órgão ou entidade solicitante.

DESCRIÇÃO DOS PASSOS DA ROTINA:


ÓRGÃO/UNIDADES PROCEDIMENTOS GERAIS
1. Solicitar à SEAD / DGP ou órgãos da
ÓRGAOS /ENTIDADES administração indireta estadual a renovação da
CESSIONÁRIA cessão do imóvel antes do término da vigência do
Termo de Cessão de Uso.
SEAD/PROTOCOLO ou PROTOCOLO 1. Formalizar o processo e encaminhar ao
DOS ÓRGÃOS DA Gabinete do Secretário ou ao Gabinete do titular
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA do órgão da administração indireta.
1. Instruir o processo e encaminhar à
SEAD/GAB. SECRETÁRIO ou
SEAD/DGP ou unidade competente dos órgãos
ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO
da administração indireta, para análise e
INDIRETA
providências.
1. Elaborar o Termo Aditivo de Cessão e colher
as assinaturas dos titulares dos órgãos cedente e
cessionário.
2. Providenciar a publicação do resumo do
Termo Aditivo de Cessão no Diário Oficial do
Estado e aguardar a publicação.
SEAD / DGP ou ÓRGÃOS DA 3. Após a publicação – Anexar 01 (uma) cópia
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA do resumo do Termo Aditivo de Cessão em pasta
própria.
4. Atualizar os registros no Sistema de Controle
de Bens Imóveis
5. Arquivar temporariamente o processo na
Unidade. Ao final do exercício, encaminhar os
autos à GDI/DAF para arquivamento.
SEAD / DAF/GDI ou UNIDADE DE 1. Arquivar o processo.
ARQUIVO DOS ÓRGÃOS DA
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
76
ENTRADA EM VIGOR CAPÍTULO PÁG. N.º
SEAD MANUAL DE PROCEDIMENTOS 2
RESPONSÁVEL:
FLUXO DA ROTINA: RENOVAÇÃO DA CESSÃO DE IMÓVEL
77

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Manual de Procedimentos do Patrimônio Imobiliário
ESTADO DO PARÁ

PARTE II ROTINAS E FLUXOS


ROTINA PERMISSÃO DE USO DE IMÓVEL
OBJETIVO:
Estabelecer procedimentos uniformizados sobre a permissão de uso de bens imóveis da
Administração Pública Estadual.

CONCEITOS:
Permissão de uso: É o ato administrativo pelo qual a Administração consente que
determinada pessoa física ou jurídica utilize privativamente bem público, atendendo ao
mesmo tempo aos interesses público e privado.
Permissionário: Pessoa física ou jurídica a quem a Administração consente o uso de imóvel
público.
Permitente: Órgão ou entidade pública que permite a utilização do bem.

RESPONSABILIDADE:
São responsáveis pelo cumprimento desta rotina:
• A SEAD, através da DGP;
• Órgãos da Administração Indireta Estadual
• Entidade solicitante.

DESCRIÇÃO DOS PASSOS DA ROTINA:


ÓRGÃO/UNIDADES PROCEDIMENTOS GERAIS
1. Encaminhar ofício à SEAD via protocolo,
solicitando permissão de uso do imóvel de
seu interesse, se a propriedade pertencer ao
ENTIDADE INTERESSADA
Estado, ou ao órgão da administração
indireta estadual, quando este detivera
titularidade do bem.
SEAD/PROTOCOLO ou PROTOCOLO 1. Formalizar o processo e encaminhar ao
DOS ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO Gabinete do Secretário ou ao Gabinete do
INDIRETA titular do órgão da administração indireta.
1. Instruir o processo e encaminhar à
SEAD/GAB. SECRETÁRIO ou ÓRGÃOS SEAD/DGP ou unidade competente dos
DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA órgãos da administração indireta, para
análise e providências.
1. Verificar no Sistema de Controle de Bens
Imóveis se o imóvel solicitado é próprio e se
encontra disponível.
- O imóvel encontra-se disponível?
SEAD / DGP ou ÓRGÃOS DA
1.1 Não havendo disponibilidade –
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
Informar a entidade solicitante da
impossibilidade da permissão de uso do
imóvel.
78

1.2 Havendo disponibilidade –


Consultar o órgão ao qual o bem está afetado
sobre a possibilidade da liberação.
- Há possibilidade de liberação?
1.3 Não havendo a possibilidade –
Informar ao órgão ou entidade solicitante da
impossibilidade da permissão.
1.4 Havendo a possibilidade –
Providenciar a elaboração do Contrato de
Permissão de Uso e do Termo de Entrega de
Bem Imóvel, conforme modelos constantes
deste Manual, colher assinatura dos titulares
dos órgãos permitente e da entidade
permissionária e proceder a entrega do
imóvel objeto da permissão de uso à entidade
solicitante.
2. Providenciar a publicação do resumo do
Contrato de Permissão de Uso no Diário
Oficial do Estado e aguardar a sua
publicação.
3. Após a publicação – Anexar uma (01)
cópia em pasta própria
4. Arquivar temporariamente o processo na
Unidade. Ao final do exercício, encaminhar
os autos à GDI/DAF para arquivamento.
SEAD / DAF/GDI ou UNIDADE DE
ARQUIVO DOS ÓRGÃOS DA 1. Arquivar o processo.
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
79
ENTRADA EM VIGOR CAPÍTULO PÁG. N.º
SEAD MANUAL DE PROCEDIMENTOS 2
RESPONSÁVEL:
FLUXO DA ROTINA: PERMISSÃO DE USO DE IMÓVEL
80

Secretaria de Estado de Administração


Manual de Procedimentos do Patrimônio Imobiliário
ESTADO DO PARÁ

PARTE II ROTINAS E FLUXOS


ROTINA RENOVAÇÃO DA PERMISSÃO DE USO DE IMÓVEL
OBJETIVO:
Estabelecer procedimentos uniformizados sobre a renovação de permissão de uso de bens
imóveis da Administração Pública Estadual.

RESPONSABILIDADE:
São responsáveis pelo cumprimento desta rotina:
• A SEAD, através da DGP;
• Órgãos da Administração Indireta Estadual
• Entidade solicitante.

DESCRIÇÃO DOS PASSOS DA ROTINA:


ÓRGÃO/UNIDADES PROCEDIMENTOS GERAIS
1. Solicitar formalmente à SEAD ou a órgão
da administração indireta estadual, se este for
ENTIDADE PERMISSIONÁRIA
o proprietário do imóvel, a renovação do
Contrato de Permissão de Uso.
SEAD/PROTOCOLO ou PROTOCOLO 1. Formalizar o processo e encaminhar ao
DOS ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO Gabinete do Secretário ou ao Gabinete do
INDIRETA titular do órgão da administração indireta..
1. Instruir o processo e encaminhar à
SEAD/GAB. SECRETÁRIO ou ÓRGÃOS SEAD/DGP ou unidade competente dos
DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA órgãos da administração indireta, para
análise e providências.
1. Elaborar o Termo Aditivo ao Contrato de
Permissão de Uso e colher as assinaturas dos
titulares do órgão permitente e da entidade
permissionária.
2. Providenciar a publicação do resumo no
Diário Oficial do Estado. Aguardar a
publicação.
SEAD / DGP ou ÓRGÃOS DA
3. Após a publicação – Anexar uma (01)
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
cópia do resumo do Termo Aditivo em pasta
própria.
4. Atualizar os registros no Sistema de
Controle de Bens Imóveis
5. Arquivar temporariamente o processo na
Unidade. Ao final do exercício, encaminhar
os autos à GDI/DAF para arquivamento.
SEAD / DAF/GDI ou UNIDADE DE
ARQUIVO DOS ÓRGÃOS DA 1. Arquivar o processo.
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
81
ENTRADA EM VIGOR CAPÍTULO PÁG. N.º
SEAD MANUAL DE PROCEDIMENTOS 2
RESPONSÁVEL:
FLUXO DA ROTINA: RENOVAÇÃO DA PERMISSÃO DE USO DE IMÓVEL
82

Secretaria de Estado de Administração


Manual de Procedimentos do Patrimônio Imobiliário
ESTADO DO PARÁ

PARTE II ROTINAS E FLUXOS


ROTINA LOCAÇÃO DE IMÓVEL
OBJETIVO:
Estabelecer procedimentos para a locação de imóveis de terceiros e controle dos contratos
formalizados por Órgãos da Administração Direta Estadual.

RESPONSABILIDADE:
São responsáveis pelo cumprimento deste procedimento:
• Órgãos da Administração Direta Estadual;
• A SEAD, através da DGP.

DESCRIÇÃO DOS PASSOS DA ROTINA:


ÓRGÃO/UNIDADES PROCEDIMENTOS GERAIS
1. Escolher o tipo de imóvel, a localização
e dimensões desejadas e consultar no
Sistema de Controle de Bens Imóveis, a
existência de algum imóvel do Estado
disponível no local escolhido.
- Existe imóvel disponível?
1.1 Sim – Encaminhar Ofício à
SEAD/DGP via protocolo, para as
providências específicas destinadas à
afetação.
1.2 Não – Fazer pesquisa no mercado
para localizar o imóvel desejado.
- localizado o Imóvel?
1.3 Sim – Encaminhar Ofício à
SEAD/DGP via protocolo, solicitando a
avaliação do imóvel com os seguintes
ÓRGÃO INTERESSADO documentos em anexos:
• Proposta (s) de locação elaborada (s)
pelo proprietário (s);
• Cópias de documentos pessoais do (s)
proprietário (s): RG e CPF;
• Copias da (s) Escritura (s) e Registros
no Cartório de Imóveis;
• Plantas baixa (s) do (s) imóvel (eis);
• Declaração sobre disponibilidade de
imóveis para locação.
1.4 Não – Verificar junto a Casa Civil, a
possibilidade e viabilidade da aquisição ou
desapropriação de outro imóvel de interesse.
2. Efetuar as negociações e formalizar o
contrato de locação com base no modelo
constante deste Manual.
83

3. Providenciar a publicação do resumo do


contrato de locação no Diário Oficial do
Estado. Aguardar publicação.
4. Encaminhar à SEAD / DGP, o processo
com uma (01) via do contrato de locação e a
cópia da publicação no Diário Oficial do
Estado, do resumo do documento contratual.
Receber o ofício e tomar as devidas
CASA CIVIL
providências.
1. Formalizar o processo e encaminhar ao
Gabinete do Secretário.
2. Encaminhar o processo ao órgão
solicitante.
SEAD/PROTOCOLO
3. Encaminhar à SEAD / DGP o processo e
as copias do contrato de locação e da
publicação no Diário Oficial do Estado do
respectivo resumo.
1. Instruir o processo e encaminhar à DGP
SEAD/GAB. SECRETÁRIO
para providências.
1. Instruir o processo solicitando a
realização de avaliação do imóvel e
encaminhar juntamente com o processo à
SEOP.
2. Receber o processo contendo a avaliação
requisitada e encaminhar ao órgão
SEAD / DGP
solicitante, com a manifestação sobre a
melhor proposta.
3. Providenciar o registro da locação no
Sistema de Controle de Bens Imóveis e
arquivar as cópias dos documentos em pasta
própria na Unidade.
1. Realizar a avaliação do imóvel e emitir o
SEOP respectivo Laudo.
2. Encaminhar à SEAD/DGP via protocolo.
84
ENTRADA EM VIGOR CAPÍTULO PÁG. N.º
SEAD MANUAL DE PROCEDIMENTOS 2
RESPONSÁVEL:
FLUXO DA ROTINA: LOCAÇÃO DE IMÓVEL
85

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Manual de Procedimentos do Patrimônio Imobiliário
ESTADO DO PARÁ

PARTE II ROTINAS E FLUXOS


ROTINA RENOVAÇÃO DO CONTRATO DE LOCAÇÃO
OBJETIVO:
Estabelecer procedimentos para a renovação de contrato de locação de imóveis de terceiros
formalizados por órgãos da administração direta estadual.

RESPONSABILIDADE:
São responsáveis pelo cumprimento deste procedimento:
• Órgãos da Administração Direta Estadual;
• A SEAD, através da DGP.

DESCRIÇÃO DOS PASSOS DA ROTINA:


ÓRGÃO/UNIDADES PROCEDIMENTOS GERAIS
1. Adotar os procedimentos descritos na
cláusula contratual que define as condições
previstas para renovação, antes do
vencimento do prazo contratual.
2. Providenciar o Termo Aditivo de
ÓRGÃO INTERESSADO Renovação do Contrato e a coleta das
respectivas assinaturas dos titulares dos
órgãos e do proprietário do imóvel.
3. Entregar uma via ao proprietário e
encaminha outra à SEAD/DGP via
protocolo, para controle.
1. Receber a via do Termo Aditivo de
SEAD/PROTOCOLO
Renovação de Contrato de Locação.
1. Efetuar o registro da renovação do
contrato no Sistema de Controle Imobiliário
SEAD/DGP
e arquivar o Termo Aditivo em pasta própria
na unidade.
86
ENTRADA EM VIGOR CAPÍTULO PÁG. N.º
SEAD MANUAL DE PROCEDIMENTOS 2
RESPONSÁVEL:
FLUXO DA ROTINA: RENOVAÇÃO DO CONTRATO DE LOCAÇÃO DE IMÓVEL
87

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Manual de Procedimentos do Patrimônio Imobiliário
ESTADO DO PARÁ

PARTE II ROTINAS E FLUXOS


ROTINA ENTREGA DO IMÓVEL – LOCAÇÃO
OBJETIVO:
Estabelecer procedimentos para a entrega do imóvel ao proprietário pela Administração
Estadual.

RESPONSABILIDADE:
São responsáveis pelo cumprimento deste procedimento:
• Órgãos da Administração Direta Estadual;
• A SEAD, através da DGP.

DESCRIÇÃO DOS PASSOS DA ROTINA:


ÓRGÃO/UNIDADES PROCEDIMENTOS GERAIS
1. Efetivar a entrega do imóvel ao
ÓRGÃO INTERESSADO proprietário e comunica o fato à
SEAD/DGP.
1. Efetuar o registro de baixa da locação no
SEAD/DGP Sistema de Controle Imobiliário e arquivar a
pasta relativa ao imóvel na Unidade.
88
ENTRADA EM VIGOR CAPÍTULO PÁG. N.º
SEAD MANUAL DE PROCEDIMENTOS 2
RESPONSÁVEL:
FLUXO DA ROTINA: ENTREGA DE IMÓVEL
89

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Manual de Procedimentos do Patrimônio Imobiliário
ESTADO DO PARÁ

PARTE II ROTINAS E FLUXOS


ROTINA CONSTRUÇÃO
OBJETIVO:
Manter o Sistema de Controle de Bens Imóveis atualizado, com todas as informações sobre
as obras (construções ou ampliações) realizadas em imóveis pertencentes ao Patrimônio
Estadual.

RESPONSABILIDADE:
São responsáveis pelo cumprimento desta rotina:
• SEOP ou órgãos públicos estaduais ocupantes dos imóveis.
• A SEAD, através da DGP

DESCRIÇÃO DOS PASSOS DA ROTINA:


ÓRGÃO/UNIDADES PROCEDIMENTOS GERAIS
1. Encaminhar à SEAD/DGP via protocolo,
a documentação técnica (planta de situação e
SECRETARIA DE ESTADO DE OBRAS
locação, planta baixa, laudo de avaliação e
PÚBLICAS ou ÓRGÃO ESTADUAL
registro fotográfico), após a conclusão da
RESPONSÁVEL PELA OBRA
obra, informando a quem está afetado o
imóvel
1. Encaminhar a documentação técnica à
SEAD / DGP.
SEAD/PROTOCOLO 2. Receber do órgão de afetação e
encaminhar à SEAD / DGP, a cópia
autenticada da documentação cartorária.
2. Solicitar ao órgão de afetação do imóvel
a alteração ou lavratura da Escritura Pública,
e o registro junto ao Cartório de Imóveis.
3. Proceder a inclusão ou alteração das
SEAD/DGP
informações relativas ao imóvel no Sistema
de Controle de Bens Imóveis
3. Arquivar a documentação em pasta
própria na Unidade.
1. Providenciar a documentação cartorária
ÓRGÃO DE AFETAÇÃO e encaminhar cópia autenticada à
SEAD/DGP via protocolo.
90
ENTRADA EM VIGOR CAPÍTULO PÁG. N.º
SEAD MANUAL DE PROCEDIMENTOS 2
RESPONSÁVEL:
FLUXO DA ROTINA: CONSTRUÇÃO DE IMÓVEL
91

Secretaria de Estado de Administração


Manual de Procedimentos do Patrimônio Imobiliário
ESTADO DO PARÁ

PARTE II ROTINAS E FLUXOS


ROTINA AFETAÇÃO DE IMÓVEL
OBJETIVO:
Atribuir a um bem público destinação específica.
RESPONSABILIDADE:
São responsáveis pelo cumprimento desta rotina:
• SEAD, através da DGP;
• Órgãos da administração direta estadual
DESCRIÇÃO DOS PASSOS DA ROTINA:
ÓRGÃO/UNIDADES PROCEDIMENTOS GERAIS
1. Encaminhar ofício à SEAD via protocolo,
informando suas necessidades acerca de
ÓRGÃOS INTERESSADOS
espaço físico para funcionamento de suas
unidades.
1. Formalizar processo e encaminhar ao
Gabinete do Secretário.
SEAD / PROTOCOLO
2. Encaminhar a via do Termo de afetação
para o órgão interessado.
1. Receber o processo e encaminhar à
SEAD/GAB. SECRETÁRIO Diretoria de Gestão de Patrimônio - DGP
para analise e Providências.
1. Verificar no Sistema de Controle de
Imóveis, a disponibilidade de bens existentes
que atendam as necessidades do órgão.
- Há Disponibilidade de bens?
1.1. Não há disponibilidade – Elabora
ofício informando da indisponibilidade do
imóvel, colher assinatura da Diretora e
encaminhar ao órgão interessado.
1.2. Há disponibilidade - Providenciar a
elaboração do Termo de Afetação, em duas
vias, colher as assinaturas do Secretário de
SEAD/DGP
Estado de Administração, do titular do órgão
interessado e providenciar a publicação do
resumo do Termo de Afetação no DOE.
2. Encaminhar a 1ª via do Termo de
Afetação para o órgão interessado via
protocolo, e arquivar a 2ª via em pasta
própria na unidade.
3. Atualizar o cadastro imobiliário
4. Arquivar temporariamente o processo na
Unidade. Ao final do exercício, encaminhar
os autos à GDI / DAF para o arquivamento.
SEAD/DAF/GDI 1. Arquivar o processo
92
ENTRADA EM VIGOR CAPÍTULO PÁG. N.º
SEAD MANUAL DE PROCEDIMENTOS 2
RESPONSÁVEL:
FLUXO DA ROTINA: AFETAÇÃODE IMÓVEIS
93

MODELOS DE TERMOS E CONTRATOS


94

GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ

MODELO DE CONTRATO DE CESSÃO DE USO

CONTRATO DE CESSÃO DE USO DE BEM


IMÓVEL QUE ENTRE SI CELEBRAM O
ESTADO DO PARÁ, E A
...........................................

O ESTADO DO PARÁ, representado neste ato pelo Excelentíssimo Senhor Governador do


Estado, ..............................................., CPF/MF n°........................, RG n°....................,
doravante denominado CEDENTE e a (nome do órgão/entidade cessionária), neste ato
representado pelo seu titular, Sr. ............................................., CPF/MF nº ..........................,
RG n°...................., doravante denominado CESSIONÁRIO, celebram o presente Contrato de
Cessão de Uso, nos termos previstos na Lei Estadual n°6.614, de 05.01.2004 e de acordo
com as cláusulas e condições seguintes:

CLÁUSULA PRIMEIRA - DO OBJETO

O presente Contrato tem por objeto a cessão de uso, a título gratuito, pelo Cedente, do
imóvel de propriedade do Estado, situado na .............................. no município de
......................., e cadastrado no Sistema de Bens Imóveis do Estado sob o nº, .......................

CLÁUSULA SEGUNDA - DA FINALIDADE

A Cessão de Uso ajustada por este instrumento tem por finalidade a utilização, pelo
Cessionário, do bem referido na Cláusula anterior, exclusivamente para instalação de
........................................................., não podendo dar-lhe destinação diversa da prevista
nesta Cláusula, nem ceder, nem transferir no todo ou em parte, o seu uso a terceiros.

CLÁUSULA TERCEIRA - DAS OBRIGAÇÕES DO CESSIONÁRIO

As benfeitorias e melhoramentos feitos no imóvel a ele se incorporarão, passando a


pertencer ao Cedente, sem que este fique obrigado a indenizar o Cessionário e, sem que
assista, a este, qualquer direito à retenção ou indenização quando da sua restituição ao
Cedente.

Assumir, a partir da assinatura deste Contrato, todos os ÔNUS decorrentes da utilização do


imóvel, tais como luz, força, água, seguro, IPTU e demais tributos inerentes ao exercício das
atividades do Cessionário.
95

CLÁUSULA QUARTA - DA RESTITUIÇÃO

O Cessionário restituirá o bem em condições normais de uso, quando exigido por motivo de
interesse público, por violação das Cláusulas deste instrumento ou findo o prazo contratual.

CLÁUSULA QUINTA - FORMA DE RECEBIMENTO

O recebimento do imóvel, pelo Cessionário, será efetuado através de TERMO DE ENTREGA


E RECEBIMENTO que em anexo integra este instrumento, assim como deverá ser firmado
um Termo próprio, quando da devolução do imóvel.

CLÁUSULA SEXTA - DO PRAZO

Este Contrato vigorará pelo prazo de ..... (.....) anos, podendo ser renovado por ajuste
expresso das partes, firmado com antecedência mínima de 30 dias da data do seu
vencimento.

CLÁUSULA SÉTIMA - DO FORO

Fica eleito o foro de ................. como único competente para todas as ações e efeitos
judiciais decorrentes deste Contrato.
E por terem assim ajustado, firmam as partes este Contrato que será registrado no Cadastro
de Bens Imóveis do Estado, estando assinados pelas testemunhas adiante nomeadas, dele
extraindo-se 02 (duas) cópias de igual teor e validade.

Belém, de de

Governador do Estado

Titular do órgão/entidade cessionária

TESTEMUNHAS:

______________________________ ______________________________
CPF/MF n° CPF/MF n°
RG n° RG n°

* Este modelo deverá ser utilizado pelos órgãos da administração indireta estadual com as
devidas adaptações.
96

GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ

MODELO DO TERMO DE ENTREGA

TERMO DE ENTREGA E RECEBIMENTO DE BEM IMÓVEL

O Estado do Pará, representado neste ato pelo Excelentíssimo Senhor Governador


do Estado, ........................................, faz a entrega do imóvel localizado à .................., bairro
.............., na cidade de ................., objeto do CONTRATO DE CESSÃO DE USO, a (nome
do órgão/entidade cessionária), que neste ato dá como recebido, pelo Sr. (representante do
órgão/entidade cessionária).

Belém, de de

Governador do Estado

Titular do órgão/entidade Cessionária

* Este modelo deverá ser utilizado pelos órgãos da administração indireta estadual com as
devidas adaptações.
97

EXTRATO DE TERMO DE CESSÃO DE USO DE BEM IMÓVEL

CEDENTE: ESTADO DO PARÁ

CESSIONÁRIO:

OBJETO: Cessão de uso pelo Cedente, a título gratuito, do imóvel de propriedade do


Estado do Pará, localizado na ......................., nº ........, Município de ........................ , e
cadastrado no Sistema de Bens Imóveis do Estado sob o nº ............

FINALIDADE: Utilização, pelo Cessionário, do imóvel exclusivamente para a instalação


e funcionamento de .........................., não podendo dar-lhe destinação diversa, nem
ceder, nem transferir no todo ou em parte, o seu uso a terceiros.

RESTITUIÇÃO: O Cessionário restituirá o bem em condições normais de uso, quando


exigido por motivo de interesse público, por violação das Cláusulas previstas no Termo
Administrativo de Cessão de Uso do Imóvel ou findo o prazo contratual.

PRAZO: (registrar tempo estabelecido para a cessão), podendo ser renovado por
igual período mediante ajuste expresso das partes, firmado com antecedência mínima
de 30 dias da data do seu vencimento.

DATA DA ASSINATURA:

........................................................................................................................................................

* Modelo adotado para publicação no Diário Oficial do Estado.


98

GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ


TERMO DE AFETAÇÃO DE BENS IMÓVEIS N°

SECRETARIA DE ESTADO DE ADMINISTRAÇÃO

NOME DO TITULAR:

ÓRGÃO AFETADO:

NOME DO TITULAR:

Pelo presente instrumento, a Secretaria de Estado de Administração, Órgão Gestor do


Sistema de Patrimônio Imobiliário do Estado, neste ato representada por seu titular acima
identificado, formaliza a afetação e a transferência de administração do imóvel, localizado à
................................................, pertencente ao Estado do Pará, para ( nome do órgão/entidade
afetado ), representado neste ato por seu titular acima identificado, cabendo a partir da data da
assinatura deste documento, a responsabilidade decorrente do uso e posse do referido bem imóvel,
conforme os termos do processo n° ...........................

E, por estarem as partes assim ajustadas, firmam o presente Termo, em 02(duas) vias
de igual teor e forma.

Belém, de de

___________________________________________
Assinatura do Titular da SEAD

___________________________________________
Assinatura do Titular do Órgão Afetado

1ª via – Diretoria de Gestão do Patrimônio do Estado - DGP


2ª via – Unidade de Patrimônio do Órgão Afetado
99

EXTRATO DE TERMO DE AFETAÇÃO DE BEM IMÓVEL

ÓRGÃO AFETADOR: SECRETARIA DE ESTADO DE ADMINISTRAÇÃO

ÓRGÃO AFETADO:

OBJETO: Formalizar a afetação e a transferência da administração do imóvel


pertencente ao Estado do Pará, localizado na ............................n° ........, Município de
........................, para (nome do órgão), que passa a ter a responsabilidade decorrente
do uso e posse do referido imóvel, conforme os termos do processo nº .........................

ASSINATURA:
NOME DO TITULAR da Secretaria de Estado de Administração.
NOME DO TITULAR do órgão afetado.

DATA DA ASSINATURA: 16/11/2007

.......................................................................................................................................................

* Modelo adotado para publicação no Diário Oficial do Estado.


100

GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ

MODELO DO TERMO DE PERMISSÃO DE USO

TERMO DE PERMISSÃO DE USO DE BEM IMÓVEL


QUE ENTRE SI CELEBRAM O ESTADO DO PARÁ E
...........................................................

O ESTADO DO PARÁ, representado neste ato pelo Excelentíssimo Senhor Governador do


Estado, ..............................................., CPF/MF n°........................, RG n°....................,
doravante denominado PERMITENTE e a (nome do órgão/entidade cessionária), neste ato
representado pelo seu titular, Sr. ............................................., CPF/MF nº ..........................,
RG n°...................., doravante denominado PERMISSIONÁRIO, celebram o presente Termo
de Permissão de Uso, nos termos previstos na Lei Estadual n°6.614, de 05.01.2004 e de
acordo com as cláusulas e condições seguintes:

CLÁUSULA PRIMEIRA - DO OBJETO

O presente Termo tem por objeto a permissão de uso, a título gratuito, do imóvel de
propriedade do PERMITENTE, situado na ................................, município de ...................., e
cadastrado no Sistema de Bens Imóveis do Estado sob o nº ...............

CLÁUSULA SEGUNDA - DA FINALIDADE

A Permissão de Uso ajustada por este instrumento tem por finalidade a utilização, pelo
PERMISSIONÁRIO, do bem referido na Cláusula anterior, exclusivamente para instalação e
funcionamento de ....................................................., não podendo dar-lhe destinação diversa
da prevista nesta Cláusula, nem ceder, nem transferir no todo ou em parte, o seu uso a
terceiros.

CLÁUSULA TERCEIRA - DAS OBRIGAÇÕES DO PERMISSIONÁRIO

Assumir, a partir da assinatura deste Termo, todos os ÔNUS decorrentes da utilização do


imóvel, tais como luz, força, água, seguro, IPTU e demais tributos inerentes ao exercício das
atividades do PERMISSIONÁRIO.

As benfeitorias e melhoramentos feitos no imóvel a ele se incorporarão, passando a


pertencer ao PERMITENTE, sem que este fique obrigado a indenizar o PERMISSIONÁRIO e,
sem que assista, a este, qualquer direito à retenção ou indenização quando da sua restituição
ao PERMITENTE.

CLÁUSULA QUARTA - DA RESTITUIÇÃO

O PERMISSIONÁRIO restituirá o bem em condições normais de uso, quando exigido por


motivo de interesse público ou por violação das Cláusulas deste instrumento.
101

CLÁUSULA QUINTA - FORMA DE RECEBIMENTO

O recebimento do imóvel, pelo PERMISSIONÁRIO, será efetuado através do TERMO DE


ENTREGA E RECEBIMENTO que em anexo integra este instrumento, assim como deverá
ser firmado um Termo próprio, quando da devolução do imóvel.

CLÁUSULA SEXTA - DO FORO

Fica eleito o foro de ..................... como único competente para todas as ações e efeitos
judiciais decorrentes deste Termo.

E por terem assim ajustado, firmam as partes este Termo que será registrado no Cadastro de
Bens Imóveis do Estado, estando assinados pelas testemunhas adiante nomeadas, dele
extraindo-se 02 (duas) cópias de igual teor e validade.

Belém, de de

Governador do Estado

Entidade permissionária

TESTEMUNHAS:

______________________________
CPF n°

______________________________
CPF n°
102

GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ

DECLARAÇÃO DE IMÓVEL A SER LOCADO

Declaro que o(s) imóvel(is) sito(s) na(s)


___________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________

objeto de interesse de locação para a instalação do(a) ____________________________


foi(ram) o(s) único(s) encontrado(s) no mercado em condições satisfatórias as finalidades
propostas.

Belém, ______de ____________ de ______

__________________________________________
Dirigente do Órgão
103

GLOSSÁRIO

CONCEITUAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PATRIMONIAL

1. Administração Patrimonial – Conjunto de ações que compreende utilização, controle e conservação do


bem, segundo a destinação natural ou legal de cada um e, em sentido amplo, incluí a alienação dos bens
revelados inúteis ou inconvenientes ao serviço público, bem como a aquisição de novos bens.

2. Agente Responsável – todo e qualquer servidor que, no exercício de cargo, função ou emprego público,
responde pela administração, guarda e controle de dinheiro, valores materiais e bens móveis e imóveis
pertencentes ao Estado ou a ele confiados.

3. Alienação – toda transferência de propriedade de um bem patrimonial a terceiros, onerosa ou gratuita,


mediante a forma de venda, permuta, doação ou outras previstas no Direito, obedecidas às exigências legais
pertinentes.

4. Aquisição – ato ou fato em virtude do qual o Estado assume a propriedade ou domínio de um bem para
realização de seus fins, observadas as normas e condições estabelecidas em lei.

5. Avaliação – atribuição de valor a um bem para fins de aquisição, locação, contabilização e alienação,
observadas as normas legais e critérios técnicos específicos.

6. Baixa – lançamento mediante o qual um bem é excluído do estoque ou do cadastro patrimonial e,


contabilmente, diminui ou anula o “saldo” de uma conta, em decorrência de consumo, transferência,
extravio, destruição, inutilização, absolescência, desuso ou alienação.

7. Bens Públicos – são todas as coisas, corpóreas ou incorpóreas, imóveis, móveis e semoventes, créditos,
direitos a ações que compõem o patrimônio do Estado.

8. Bens Desativados – todos aqueles que, obsoletos ou inservíveis para a necessidade do órgão ou entidade da
administração pública, estão sujeitos a alienação ou reaproveitamento.

9. Bens Imóveis – são terrenos, edifícios, construções e as benfeitorias a eles incorporadas de modo
permanente, cuja remoção é impraticável ou provoca destruição, fratura, modificação ou dano em sua estrutura
básica.

10. Bens Móveis – são elementos do patrimônio, suscetíveis de remoção sem alterar sua integridade física ou
funcional, bem como aqueles que constituem acervos em museus, pinacotecas, bibliotecas e assemelhados.

11. Benfeitorias – acréscimo ou adaptação efetuada em um bem, no sentido de aperfeiçoá-lo ou mantê-lo em


condições para melhor atender as necessidades e finalidades do Estado, sendo as despesas incorporadas ao
valor originário do mesmo bem.

12. Cadastramento- ação de registro, onde se arrolam os bens móveis e imóveis, especificando suas
características físicas, financeiras e de localização, de modo a permitir a identificação e avaliação de cada
um deles.

15. Cessão de Uso - transferência de posse gratuita ou em condições especiais, com troca de responsabilidade
entre Órgãos ou entidades públicas estaduais ou entre estes e outros integrantes de quaisquer dos demais
poderes do Estado, ou a outras pessoas jurídicas de direito público, segundo a sua destinação específica,
sempre com determinação de prazo, e atribuição de encargos quando cabíveis.

16. Compra - aquisição de um bem patrimonial, mediante preço previamente ajustado, procedida de acordo
com a legislação vigente.
104

17. Concessão de Uso - transferência de posse remunerada ou gratuita, onde é facultado ao particular a
utilização de um bem pertencente a um órgão ou entidade da Administração Pública Estadual, por tempo
determinado, segundo a sua destinação específica, com atribuição de encargos quando cabíveis, sempre
precedida de concorrência para o contrato, nas formas previstas em lei.

18. Dação em Pagamento - é a entrega de um bem para solver dívida anterior.

19. Depreciação - registro contábil da perda progressiva de valor de um bem imobilizado em decorrência do
seu uso, levando-se em consideração, além de exigências legais, valor, o tempo de duração do bem e a taxa de
depreciação.

20. Doação - ato exclusivamente para fins de interesse social, formalizando mediante contrato e avaliação
prévia. Poderá ser efetuado pelos órgãos integrantes da Administração Pública Direta, Autarquias e Fundações,
após a verificação da oportunidade, conveniência sócio-econômica e aprovação pela autoridade competente.
Este ato ocorre por liberdade e a título gratuito, transferindo o bem de seu patrimônio para outrem que o aceita,
com ou sem encargos. No caso de doação para Instituições Filantrópicas, estas devem ser reconhecidas como de
utilidade pública do Poder Legislativo.

21. Incorporação - registro procedido no cadastro e na contabilidade pelo qual é efetuada a inclusão ou entrada
de um bem no patrimônio do Estado, em decorrência de aquisição, nas suas diversas modalidades.

22. Inutilização - destruição total ou parcial de um bem que ofereça ameaça vital para pessoas, risco de prejuízo
ecológico ou inconvenientes de qualquer natureza para Administração Pública Estadual.

23. Inventário - arrolamento periódico dos bens patrimoniais do Estado, exigido por lei e tendo como objetivo
o controle quantitativo e qualitativo dos mesmos, inclusive o confronto entre as existências físicas e as
consignadas sob a responsabilidade dos órgãos da administração, bem como entre os valores avaliados e os
escriturados na contabilidade.

24. Material - designação genérica dos bens destinados a consumo ou aplicação, equipamentos e instalações,
materiais permanentes, inclusive quando aplicados em obras públicas ou entregues à Administração Pública
através de convênios com outras Entidades Públicas (art. 167 da Lei 2322/66).

25. Material Antieconômico - todo material com manutenção onerosa, rendimento precário ou que seja
economicamente invariável a sua recuperação.

27. Material Irrecuperável - todo material que não mais puder ser utilizado para o fim a que se destina, devido
à perda de suas características.

28. Material Obsoleto - todo o bem em desuso considerado antiquado para o fim a que se destina, podendo ser
doado, transferido ou permutado com outro órgão ou recolhido à SEAD.

29. Material Ocioso - todo material que embora em perfeitas condições de uso, não estiver sendo aproveitado,
podendo ser cedido, transferido, doado a outro órgão ou recolhido à SEAD.

30. Material Recuperável - todo material passível de ser recuperado se orça no máximo a cinqüenta por cento
(50%) do seu valor de mercado, podendo ser cedido, doado ou transferido para um órgão que dele necessite.

31. Movimentação - mudança decorrente de transferência, alteração, reavaliação e/ou alienação do bem
patrimonial.

32. Patrimônio Público - conjunto de bens de toda natureza e espécie, que tenham interesse para a
administração e para comunidade administrada.

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