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PATRIMÔNIO IMOBILIÁRIO
DO ESTADO DO PARÁ
Belém - Pará
2007
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EQUIPE DE ELABORAÇÃO
Paulo Jorge da Paz Pereira
João da Mata Pereira Muniz
Luiz Horácio Bentes de Oliveira
Odir da Silva Moreira
NORMALIZAÇÃO
Salomão dos Santos Melo
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116 p.
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO......................................................................................................... 7
2 LEGISLAÇÃO ESTADUAL........................................................................................ 32
3 ROTINAS E FLUXOS................................................................................................. 49
APRESENTAÇÃO
Vale ressaltar que, para a produção deste documento, foi realizado o levantamento
e a racionalização de todos os processos de trabalho referentes à incorporação, utilização
de imóveis próprios e locados, seguridade e baixa por alienação de próprios estaduais,
facilitando aos gestores imobiliários, portanto, o acompanhamento dos processos que se
relacionem com qualquer imóvel de interesse da Administração.
LEGISLAÇÃO FEDERAL
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Capítulo III
Dos Estados Federados
II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas
aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros;
Capítulo VII
Da Administração Pública
Seção I
Disposições Gerais
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
Presidência da República
LEI N° 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993 * (Somente disposições específicas)
Presidência da República
Casa Civil
Subchefia para Assuntos Jurídicos
TÍTULO I
Das Disposições Gerais
CAPÍTULO I
Das Atribuições
Art. 1º Os serviços concernentes aos Registros Públicos, estabelecidos pela legislação civil
para autenticidade, segurança e eficácia dos atos jurídicos, ficam sujeitos ao regime estabelecido
nesta Lei.
IV - o registro de imóveis;
Art. 2º Os registros indicados nos números I a IV do § 1° do artigo anterior ficam a cargo dos
serventuários nomeados de acordo com a legislação em vigor e serão feitos:
TÍTULO V
Do Registro de Imóveis
CAPÍTULO I
Das Atribuições
I - a inscrição:
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a) dos instrumentos públicos de instituição de bem de família;
c) dos contratos de locação de prédios, nos quais tenha sido consignada cláusula de vigência
no caso de alienação da coisa locada;
j) da enfiteuse;
l) da anticrese;
s) dos memoriais de loteamento de terrenos urbanos e rurais, para a venda de lotes, a prazo,
em prestações (Decreto-Lei n. 58/37, Lei n. 4.591/64 e Decreto-Lei n. 271, de 28 de fevereiro de
1967);
II - a transcrição:
b) dos julgados e atos jurídicos inter vivos que dividirem imóveis ou os demarcarem;
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c) das sentenças que nos inventários e partilhas, adjudicarem bens de raiz em pagamento das
dívidas da herança;
f) do dote;
i) da permuta;
j) da dação em pagamento;
III - a averbação:
e) da alteração do nome por casamento ou por desquite ou, ainda, de outras circunstâncias
que, por qualquer modo, afetem o registro ou as pessoas nele interessadas;
n) das decisões, recursos e seus efeitos, que tenham por objeto os atos ou títulos registrados.
Art 169. Todos os atos enumerados no artigo 168, são obrigatórios, e as "inscrições" e
"transcrições" nele mencionadas efetuar-se-ão no cartório da situação do imóvel.
Art. 170. Os atos relativos a vias férreas serão registrados no cartório correspondente à
estação inicial da respectiva linha.
CAPÍTULO II
Da Escrituração
Art. 171. Haverá, no registro de imóveis, os seguintes livros, todos com trezentas (300) folhas
cada uma:
I - Livro n. 1 - Protocolo;
Art. 172. O livro n. 1 - Protocolo - servirá para apontamento de todos os títulos apresentados
diariamente para "matrícula, registro ou averbação". Esse livro determinará a quantidade e
qualidade dos títulos, bem como a data de sua apresentação, o nome de apresentante e o número
de ordem, que seguirá, indefinidamente, sem interrupção, nos livros da mesma espécie.
Parágrafo único. A cada título apresentado corresponderá um só número de ordem, seja qual
for a quantidade de atos que formalizar, os quais serão resumidamente mencionados na coluna
das anotações.
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Art. 173. O livro n. 2 - Registro Geral - será destinado à matrícula dos "imóveis e ao registro
ou averbação" dos atos relacionados no artigo 168 e não atribuídos especificamente a outros
livros e sua escrituração obedecerá às seguintes normas:
a) cada imóvel terá "matrícula própria", que será aberta por ocasião do primeiro registro a ser
feito na vigência da presente Lei;
b) no alto da face de cada folha será lançada a "matrícula" do imóvel, com os requisitos
constantes do artigo 227 e no espaço restante e no verso serão lançados, por ordem cronológica
e em forma narrativa, os registros e averbações dos atos pertinentes ao imóvel matriculado;
c) preenchida um folha, será feito o transporte para a primeira folha em branco do mesmo livro
ou do livro da mesma série que estiver em uso, onde continuarão os lançamentos, com remissões
recíprocas;
§ 2º Observado o disposto no artigo 3°, § 2º, poderá o Registro Geral ser realizado pelo
sistema de fichas.
Art. 174. Na escrituração do livro n. 3 - Auxiliar - haverá espaços formados por linhas verticais
para neles se escreverem o número de ordem do registro, a referência ao número de ordem e às
páginas dos demais livros, além da margem para as averbações.
d) os atos que da competência do registro de imóveis por disposição legal, não se refiram
diretamente a um determinado imóvel matriculado.
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1º Para atender ao movimento do cartório, os oficiais poderão desdobrar o livro n. 4,
mediante autorização judicial, em livros para o registro do penhor rural, das cédulas de crédito
rural, das cédulas de crédito industrial, da emissão de debêntures e dos demais atos a ele
atribuídos.
Art. 176. O livro n. 5 - Indicador Real - será o repositório de todos imóveis que figurarem nos
livros do registro.
2º Cada indicação terá por espaço, pelo menos, um quinto da página do livro e cada espaço
quatro colunas formadas por linhas perpendiculares, correspondentes aos requisitos seguintes:
4º) anotações.
3° Para auxiliar a consulta, os oficiais que não se utilizarem do Indicador Real pelo sistema de
fichas, farão um índice pelos logradouros e numeração predial quando se tratar de imóveis
urbanos e pelos nomes e situações, quando rurais.
4º As repartições municipais são obrigadas a comunicar ao oficial do registro nos dez (10) dias
seguintes à sua efetivação, todas as alterações ocorridas no sistema urbano, inclusive as
concernentes a nomes de logradouros.
2º) pessoas;
4º) anotações.
Art. 180. Adotados os livros Indicador Real e o Pessoal, sob a forma encadernada, as
indicações neles lançadas terão seu número de ordem especial, correspondendo o número de
ordem dos imóveis à zona cadastral onde estão situados e o número de ordem das pessoas à
respectiva letra do alfabeto.
Art. 181. Esgotadas as folhas destinadas a uma zona cadastral no Indicador Real, se adotado
o livro encadernado, a escrituração continuará no livro seguinte, averbando-se o transporte no
livro antecedente, ou mesmo, em folhas aproveitáveis, feitas as referências recíprocas. Da mesma
forma proceder-se-á com relação ao Indicador Pessoal.
Art. 182. No caso do artigo anterior, caberá, na distribuição das folhas do livro seguinte maior
número delas à zona cadastral ou à letra do alfabeto cujas folhas estiverem esgotadas antes de
distribuídas às outras zonas ou letras.
CAPÍTULO III
Do Processo do Registro
Art. 185. Todos os títulos tomarão, no protocolo, a data da sua apresentação e o número de
ordem que, em razão dela, lhes competir, sendo neles lançados o nome do apresentante e a
identidade do título, reproduzindo-se, neste, a data e o número de ordem.
Art. 186. A escrituração do protocolo incumbirá tanto ao oficial titular como ao auxiliar
expressamente designado por aquele e autorizado pelo Juiz competente, ainda que o primeiro não
esteja afastado ou impedido.
Art. 187. O número de ordem determinará a prioridade do título e, esta, a preferência dos
direitos reais, ainda que apresentados pela mesma pessoa mais de um título simultaneamente.
Art. 191. Não serão registrados, no mesmo dia, títulos pelos quais se constituam direitos reais
contraditórios sobre o mesmo imóvel.
Art. 192. Prevalecerão, para efeito de prioridade de registro, quando apresentados no mesmo
dia, os títulos prenotados no protocolo sob número de ordem mais baixo, protelando-se o registro
dos apresentados posteriormente, pelo prazo correspondente a, pelo menos, um expediente
diário.
Art. 193. O registro será feito pela simples exibição do título, sem dependência de extratos.
Art. 194. Se o título for de natureza particular, deverá ser apresentado, ao menos, em
duplicata, ficando um dos exemplares arquivado no cartório, sendo o outro ou os demais
devolvidos ao interessado, após o registro.
Parágrafo único. Em caso de permuta serão, pelo menos, três os exemplares, sendo feitos os
registros relativos a todos os imóveis permutados, ainda que só um dos interessados promova o
registro.
Art. 195. Se existir uma só via do título e este for de natureza particular, a parte apresentará,
também, certidão do Registro de Títulos e Documentos ou fotocópia devidamente autenticada,
que ficará arquivada em cartório.
Art. 196. Todo o registro será feito por extrato, salvo se a parte pedir que se faça por extenso,
no livro auxiliar, sem prejuízo daquele e com anotações recíprocas.
Art. 197. Se o imóvel não estiver matriculado ou registrado em nome do outorgante, o oficial
exigirá a prévia matrícula e o registro do título anterior, qualquer que seja a sua natureza, para
manter a continuidade do registro.
1º A matrícula será feita à vista dos elementos constantes do título apresentado e do registro
anterior que constar do próprio cartório.
2° Quando o título anterior estiver registrado em outro cartório, o novo título será apresentado
juntamente com certidão atualizada comprobatória do registro anterior e da inexistência de ônus.
Art. 198. Tomada a nota da apresentação, e conferido o número de ordem, o oficial verificará a
legalidade e a validade do título, procedendo ao registro, se o mesmo estiver em conformidade
com a lei, no prazo máximo de dez (10) dias úteis, salvo no caso previsto no parágrafo único do
artigo 7º do Decreto-Lei n. 549, de 24 de abril de 1969, em que o prazo será de três (3) dias úteis.
1º O oficial fará essa verificação no prazo improrrogável de cinco (5) dias úteis, e poderá exigir
que o apresentante ponha o documento em conformidade com a lei, concedendo-lhe, para isso,
prazo razoável.
2º O oficial indicará por escrito a exigência cuja satisfação seja necessária ao registro. Não se
conformando o apresentante com a exigência do oficial ou não podendo satisfazê-la, será o título
a seu requerimento e com a declaração de dúvida, remetido ao juízo competente para dirimi-la.
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3º Em se tratando de propriedade territorial, desapropriada nos termos do Decreto-Lei n.
549, de 24 de abril de 1969, a verificação a que alude o § 1º será feita em quarenta e oito (48)
horas.
Art. 199. Prenotado o título, e lançada nele a dúvida, rubricará o oficial todas as suas folhas,
remetendo-o ao juízo competente.
Art. 201. Estando devidamente fundamentada a dúvida, o Juiz mandará ouvir o apresentante
em dez (10) dias, para impugná-la, com os documentos que entender, ouvindo-se após, o
Ministério Público, no prazo de cinco (5) dias.
1º Se o interessado, nesse prazo, não impugnar a dúvida, o Juiz mandará arquivá-la. Essa
decisão é irrecorrível e dela dar-se-á ciência ao oficial, que cancelará a prenotação, devolvendo os
documentos ao interessado.
2º O arquivamento da dúvida não impedirá que ela seja suscitada novamente, no caso de
reapresentação do título para registro.
Art. 202. Impugnada a dúvida, o Juiz proferirá a sentença no prazo de cinco (5) dias, com os
elementos constantes dos autos.
Parágrafo único. Da sentença poderão interpor recurso de apelação, com ambos os efeitos o
interessado, o Ministério Público e o terceiro prejudicado.
Art. 203. O documento que for objeto de dúvida, decidida esta, será restituído ao interessado,
independentemente de traslado.
Art. 205. A denegação do registro não impedirá o uso do processo contencioso competente.
Art. 206. Cessarão automaticamente os efeitos da prenotação, se, decorridos trinta (30) dias
do seu lançamento no protocolo, o título não tiver sido registrado, salvo nos casos de processo de
dúvida ou de inscrição de instituição de bem de família e de inscrição de memorial de loteamento;
casos estes em que o perecimento da prenotação ocorrerá após 30 (trinta) dias da data da
publicação do último edital.
Art 207. Se o documento, uma vez prenotado, não puder ser registrado, ou o apresentante
desistir do seu registro, a importância relativa às despesas previstas no artigo 15 será restituída,
deduzida a quantia correspondente as buscas e à prenotação.
Art. 208. No processo de dúvida, somente serão devidas custas, a serem pagas pelo
interessado, quando a dúvida for julgada procedente.
Art. 209. O registro começado dentro das horas fixadas não será interrompido, salvo motivo de
força maior declarado, prorrogando-se o expediente até ser concluído.
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Art. 210. Durante a prorrogação, nenhuma nova apresentação será admitida, lavrando-se
termo de encerramento no protocolo.
Art. 211. Todos os atos serão assinados pelo oficial, seu substituto legal ou escrevente,
expressamente designado pelo oficial e autorizado pelo Juiz competente, ainda que o primeiro não
esteja afastado ou impedido.
Art. 212. Na via do título restituída ao apresentante, com todas as folhas rubricadas, serão
declarados, de forma resumida, os atos praticados em decorrência de sua apresentação, nela se
consignando, obrigatoriamente, os lançamentos feitos nos Indicadores Real e Pessoal.
Art. 213. Se o teor do registro não exprimir a verdade, poderá o prejudicado reclamar sua
retificação, por meio de processo próprio.
Art 214. A requerimento do interessado, poderá ser retificado o erro constante do registro,
desde que tal retificação não acarrete prejuízo a terceiro.
1° A retificação será feita mediante despacho judicial, salvo no caso de erro evidente, o qual o
oficial, desde logo, corrigirá, com a devida cautela.
Art. 215. As nulidades de pleno direito do registro, uma vez provadas, invalidam-no,
independentemente de ação direta.
Art. 216. São nulos os registros feitos após sentença de abertura de falência, ou do termo legal
nele fixado, salvo se a apresentação tiver sido feita anteriormente.
Art. 217. O registro poderá também ser retificado ou anulado por sentença em processo
contencioso, ou por efeito do julgado em ação de anulação ou de declaração de nulidade de ato
jurídico, ou de julgado sobre fraude à execução.
CAPÍTULO IV
Das Pessoas
Parágrafo único. Nos atos a título gratuito o registro pode também ser promovido pelo
transferente, acompanhado da prova de aceitação do beneficiado.
Art. 220. As despesas com o registro incumbem ao interessado que o requerer, salvo
convenção em contrário.
CAPÍTULO V
Dos Títulos
Art. 223. Em todas as escrituras e atos relativos a imóveis, bem como nas declarações de
bens prestadas nos inventários e nos autos de partilha, o tabelião ou escrivão deve fazer
referência à matrícula ou ao registro anterior, seu número e cartório.
§ 1º Ficam sujeitas à mesma obrigação as partes que, por instrumento particular, celebrarem
os atos relativos a imóveis.
Art. 224. Todo imóvel objeto de título apresentado em cartório para registro, deve estar
matriculado no livro n. 2 de Registro Geral, obedecidas as normas estabelecidas no artigo 173.
Art. 225. A matrícula será efetuada por ocasião do primeiro registro a ser lançado na vigência
da presente Lei, mediante os elementos constantes do título apresentado e do registro anterior no
mesmo mencionado, preenchidos os requisitos do artigo 227.
§ 1º Se o registro anterior foi efetuado em outro cartório, a matrícula será aberta com os
elementos que constarem do título apresentado e de certidão atualizada do mencionado registro e
da inexistência de ônus, caso em que a certidão ficará arquivada em cartório.
3º Pela matrícula só se cobrarão custas nos casos previstos nos artigos 226 e 231.
Art. 226. Se o imóvel não estiver matriculado no Registro de Imóveis e lançado em nome do
outorgante, far-se-á a matrícula pelo primeiro título que, na seqüência cronológica dos títulos de
domínio, estiver registrado, qualquer que seja a sua natureza. Na matrícula assim formalizada,
serão lançados a registro todos os títulos posteriores, até o registro do título apresentado.
Parágrafo único. Se o imóvel estiver matriculado, mas da matrícula não constar lançamento
em nome do outorgante, far-se-á na matrícula o registro pelo primeiro título que, na seqüência
cronológica dos títulos de domínio, estiver registrado e registro de todos os títulos posteriores, até
o lançamento do título apresentado.
2°) a data;
4º) nome, domicílio, nacionalidade, profissão e estado civil do proprietário, bem como o seu
número do Cadastro Individual do Contribuinte ou da cédula de Identidade ou, à falta deles, a sua
filiação;
Art. 228. Para efeito do disposto no artigo anterior, os tabeliães, escrivães e Juízes farão com
que, nas escrituras e, nos autos judiciais, as partes indiquem, com precisão, as confrontações e a
localização dos imóveis, mencionando os nomes dos confrontantes e, ainda, quando se tratar só
de terreno, se este fica do lado par ou do lado ímpar do logradouro, em que quadra e a que
distância métrica da edificação ou de esquina mais próxima, exigindo dos interessados, certidão
do registro imobiliário.
Art. 230. Além dos casos de cancelamento previstos nesta Lei, será a matrícula encerrada na
hipótese prevista no artigo seguinte ou quando, em virtude da alienações parciais, for o imóvel
transferido inteiramente a outros proprietários.
Art. 231. Quando dois ou mais imóveis contíguos, pertencentes ao mesmo proprietário,
constarem em matrículas autônomas, o proprietário pode requerer a fusão delas em uma só, de
novo número, encerrando-se as primitivas.
Art. 233. No caso do imóvel matriculado passar à subordinação de outro cartório, as anotações
e averbações continuarão a ser feitas na matrícula já existente, até que outra se abra no cartório
da nova circunscrição, quando do primeiro registro, nos termos do artigo 226.
lº Para a abertura da nova matrícula será apresentada certidão atualizada da matrícula anterior
e dos registros e averbações dela constantes, a fim de serem reproduzidos no novo lançamento.
2º Feita a nova matrícula, o oficial dará ciência imediata do fato ao cartório da matrícula
anterior, o qual fará o devido encerramento.
CAPÍTULO VII
Do Registro
Art. 234. Os registros atribuídos ao livro n. 2 de Registro Geral serão lançados nas matrículas
dos imóveis, feitas de acordo com o disposto no Capítulo VI.
Art. 235. Estarão sujeitos a registro no livro n. 2 todos os títulos ou atos relacionados no artigo
168, inciso I e não atribuídos especificamente a outros livros.
Parágrafo único. Em qualquer caso, não poderá ser feito o registro, sem que o imóvel tenha
sido matriculado, ou, quando matriculado, o título anterior, seja qual for a sua natureza, não esteja
registrado na respectiva matrícula, mantendo-se, assim, a continuidade do registro.
Art. 236. O registro do título de domínio direto aproveita ao titular do domínio útil, e vice-versa,
e será feito no livro n. 2.
2º) o nome, estado civil, profissão, nacionalidade e domicílio do adquirinte ou do credor, bem
como seu número de Cadastro Individual do Contribuinte ou da cédula de identidade ou, à falta
deles, a sua filiação;
5º) o valor do contrato, da coisa ou da dívida, prazo desta, condições e mais especificações,
inclusive os juros que houver.
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Parágrafo único. Serão considerados irregulares para efeito de registro, na matrícula do
imóvel no livro n. 2, os títulos nos quais a caracterização do imóvel não coincida com a descrita na
respectiva matrícula.
Art. 239. O contrato de locação, com cláusula expressa de vigência, no caso de alienação do
imóvel, registrado no livro n. 2, consignará, além dos requisitos enumerados no artigo 237, o valor
do contrato, a renda, o prazo, o tempo e o lugar do pagamento e a pena convencional.
Art. 240. As inscrições das hipotecas e anticreses que abonarem, especialmente, empréstimos
sob debêntures feitos nos cartórios da situação dos imóveis, nos termos da legislação em vigor,
serão provisórios, para ratificação dentro de seis (6) meses a requerimento da sociedade ou de
qualquer credor e deverão conter, além dos requisitos enumerados no artigo 242, mais os
seguintes:
1º) valor do crédito e do imóvel, ou sua estimativa por acordo entre as partes;
Art. 241. A inscrição da hipoteca convencional valerá pelo prazo de trinta (30) anos, findo o
qual só será mantido o número anterior se reconstituída por novo título e novo registro.
Parágrafo único. Quando o imóvel pertencer a terceiro que o tenha hipotecado em garantia de
dívida alheia, serão, também, registrados o seu nome, estado civil, nacionalidade, profissão e
domicílio.
Art. 242. A inscrição das emissões de debêntures, a ser feito no livro n. 4, sem prejuízo do
disposto no artigo 240, será feito com os seguintes requisitos:
2º) data;
4º) data da publicação de seu estatuto no órgão oficial, bem como das alterações que tiver
sofrido;
5º) data da publicação oficial da ata da assembléia geral que resolveu a emissão e lhe fixou as
condições, precisando-se os jornais em que essa publicação foi feita;
7º) o número e valor nominal das obrigações cuja emissão se pretende, com o juro
correspondente a cada uma, assim como a época e as condições da amortização, ou do resgate,
e do pagamento dos juros;
Parágrafo único. Sempre que possível, será feita essa averbação nos casos de casamento, em
que o regime de bens for determinado por lei, incumbindo ao Ministério Público zelar pela
fiscalização e observância dessa providência.
Art. 244. As inscrições das penhoras, arrestos, e seqüestros de imóveis serão feitos à vista da
certidão do escrivão, da qual constem, além dos requisitos a que se referem os artigos 227 e 240,
os nomes e a categoria do Juiz, do depositário, das partes e a natureza do processo.
Parágrafo único. A certidão será lavrada pelo escrivão, com a declaração do fim especial a que
se destina, após a entrega do mandado devidamente cumprido em cartório.
Art. 245. A inscrição da penhora faz prova quanto à fraude de qualquer transação posterior.
CAPÍTULO VIII
Da Averbação e do Cancelamento
Art. 247. As averbações abrangerão, além dos casos expressamente indicados no inciso III do
artigo 168, as sub-rogações e outras ocorrências que por qualquer modo alterem a matrícula ou
os registros, em relação aos imóveis e às pessoas que neles figurarem, inclusive a prorrogação do
prazo da hipoteca.
Art. 248. A averbação da circunstância a que se refere o inciso III, alínea e do artigo 168, será
feita a requerimento do interessado, com a firma reconhecida, instruído com documento
comprobatório fornecido pela autoridade competente. A alteração do nome só poderá ser
averbada quando devidamente comprovada por certidão do registro civil.
Art. 249. O cancelamento efetuar-se-á mediante averbação datada e assinada pelo oficial ou
seus substitutos legais e declarará a razão do cancelamento e o título em virtude do qual foi ele
feito.
Art. 250. O cancelamento poderá ser total ou parcial e referir-se a qualquer dos atos do
registro, sendo promovido pelos interessados, mediante sentença definitiva ou documento hábil,
ou, ainda, a requerimento unânime das partes que convierem no ato registrado, se capazes e
conhecidas do oficial.
Art. 252. O dono do prédio serviente terá, nos termos da lei, direito a cancelar a servidão.
Art. 253. O foreiro poderá, nos termos da lei, averbar a renúncia de seu direito, sem
dependência do consentimento do senhorio direto.
Art. 255. O registro, enquanto não cancelado, produz todos os seus efeitos legais, ainda que,
por outra maneira, se prove que o título está desfeito, anulado, extinto ou rescindido.
Parágrafo único. Aos terceiros prejudicados é lícito, em juízo, fazer prova da extinção dos ônus
reais e promover o cancelamento do seu registro.
Art 256. O cancelamento não pode ser feito em virtude de sentença ainda sujeita a recurso.
Art. 257. Se, cancelado o registro, subsistirem o título e os direitos dele decorrentes, poderá o
credor promover novo registro, o qual só produzirá efeitos a partir da nova data.
Art. 258. Na matrícula da propriedade que for loteada será averbado o registro feito no livro n.
8, assim que efetuado, com a indicação do número de quadras e lotes e com a descrição da área
remanescente.
a) em cumprimento de sentença;
CAPÍTULO IX
Do Bem de Família
Art. 261. A instituição do bem de família far-se-á por escritura pública, declarando o instituidor
que determinado prédio se destina a domicílio de sua família e ficará isento de execução por
dívida.
Art. 262. Para a inscrição do bem de família, o instituidor apresentará ao oficial do registro a
escritura pública de instituição, para que mande publicá-la na imprensa local e, à falta, na da
Capital do Estado ou do Território.
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Art. 263. Se não ocorrer razão para dúvida, o oficial fará a publicação, em forma de edital,
do qual constará:
II - o aviso de que, se alguém se julgar prejudicado, deverá, dentro em trinta (30) dias,
contados da data da publicação, reclamar contra a instituição, por escrito e perante o oficial.
Art. 264. Findo o prazo do n. II do artigo anterior, sem que tenha havido reclamação, o oficial
transcreverá a escritura, integralmente, no livro n. 3 e fará a inscrição na competente matrícula,
arquivando um exemplar do jornal em que a publicação houver sido feita e restituindo o
instrumento ao apresentante, com a nota da inscrição.
Art. 265. Se for apresentada reclamação, dela fornecerá o oficial, ao instituidor, cópia autêntica
e lhe restituirá a escritura, com a declaração de haver sido suspenso o registro, cancelando a
prenotação.
1° O instituidor poderá requerer ao Juiz que ordene o registro, sem embargo da reclamação.
Art. 266. Quando o bem de família for instituído juntamente com a transmissão da propriedade
(Decreto-Lei n. 3.200, de 19 de abril de 1941, artigo 8°, § 5º), a inscrição far-se-á imediatamente
após o registro da transmissão ou, se for o caso, com a matrícula.
CAPÍTULO X
Da Remição do Imóvel Hipotecado
Art. 267. Para remir o imóvel hipotecado, o adquirente requererá, no prazo legal, a citação dos
credores hipotecários propondo, para a remição, no mínimo, o preço por que adquiriu o imóvel.
Art. 268. Se o credor, citado, não se opuser à remição, ou não comparecer, lavrar-se-á termo
de pagamento e quitação e o Juiz ordenará, por sentença, o cancelamento de hipoteca.
Art. 269. Se o credor, citado, comparecer e impugnar o preço oferecido, o Juiz mandará
promover a licitação entre os credores hipotecários, os fiadores e o próprio adquirente,
autorizando a venda judicial a quem oferecer maior preço.
Art. 270. Arrematado o imóvel e depositado, dentro de quarenta e oito (48) horas, o respectivo
preço, o Juiz mandará cancelar a hipoteca, sub-rogando-se no produto da venda os direitos do
credor hipotecário.
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Art. 271. Se o credor de segunda hipoteca, embora não vencida a dívida, requerer a
remição, juntará o título e certidão da inscrição da anterior e depositará a importância devida ao
primeiro credor, pedindo a citação deste para levantar o depósito e a do devedor para dentro do
prazo de cinco (5), dias remir a hipoteca, sob pena de ficar o requerente sub-rogado nos direitos
creditórios, sem prejuízo dos que lhe couberem em virtude da segunda hipoteca.
Art. 272. Se o devedor não comparecer ou não remir a hipoteca, os autos serão conclusos ao
Juiz para julgar por sentença a remição pedida pelo segundo credor.
Art. 273. Se o devedor comparecer e quiser efetuar a remição, notificar-se-á o credor para
receber o preço, ficando sem efeito o depósito realizado pelo autor.
Art. 274. Se o primeiro credor estiver promovendo a execução da hipoteca, a remição, que
abrangerá a importância das custas e despesas realizadas, não se efetuará antes da primeira
praça, nem depois de assinado o auto de arrematação.
Art. 275. Na remição de hipoteca legal em que haja interesse de incapaz intervirá o Ministério
Público.
Art. 276. Das sentenças que julgarem o pedido de remição caberá o recurso de apelação com
ambos os efeitos.
Art. 277. Não é necessária a remição quando o credor assinar, com o vendedor, escritura de
venda do imóvel gravado.
CAPÍTULO XI
Do Registro Torrens
Art. 278. Requerida a inscrição de imóvel rural no Registro Torrens, o oficial protocolará e
autuará o requerimento e documentos que o instruirem e verificará se o pedido se acha em termos
de ser despachado.
IV - a planta do imóvel, cuja escala poderá variar entre os limites: 1:500 m (1/500) e 1:5.000 m
(1/5.000).
Art. 280. O imóvel sujeito a hipoteca ou ônus real não será admitido a registro sem
consentimento expresso do credor hipotecário ou da pessoa em favor de quem se tenha instituído
o ônus.
Art. 282. Se o oficial considerar em termos o pedido, remetê-lo-á a juízo para ser despachado.
Art. 283. O Juiz, distribuído o pedido a um dos cartórios judiciais se entender que os
documentos justificam a propriedade do requerente, mandará expedir edital que será afixado no
lugar de costume e publicado uma vez no órgão oficial do Estado e três (3) vezes na imprensa
local, se houver, marcando prazo não menor de dois (2) meses, nem maior de quatro (4) meses
para que se ofereça oposição.
Art. 284. O Juiz ordenará, de ofício ou a requerimento da parte, que, à custa do peticionário, se
notifiquem do requerimento as pessoas nele indicadas.
Art. 285. Em qualquer hipótese, será ouvido o órgão do Ministério Público, que poderá
impugnar o registro por falta de prova completa do domínio ou preterição de outra formalidade
legal.
Art. 286. Feita a publicação do edital, a pessoa que se julgar com direito sobre o imóvel, no
todo ou em parte, poderá contestar o pedido no prazo de quinze (15) dias.
Art 288. Da sentença que deferir, ou não, o pedido, cabe o recurso de apelação, com ambos
os efeitos.
Art. 289. Transitada em julgado a sentença que deferir o pedido, o oficial inscreverá, na
matrícula, o julgado que determinou a submissão do imóvel aos efeitos do Registro Torrens,
arquivando em cartório a documentação autuada.
32
LEGISLAÇÃO ESTADUAL
33
ESTADO DO PARÁ
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO PARÁ
TÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
III - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas
aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros;
VI - os lagos e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio e os rios que têm
nascente e foz em seu território, bem como os terrenos marginais, manguezais e as praias
respectivas.
TÍTULO V
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES
CAPÍTULO I
DO PODER LEGISLATIVO
SEÇÃO I
DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA
SEÇÃO II
DAS ATRIBUIÇÕES DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA
Art. 91. Cabe à Assembléia Legislativa, com a sanção do Governador, não exigida esta
para o especificado no art. 92, dispor sobre todas as matérias de competência do Estado,
especialmente sobre:
XII - bens do domínio do Estado e normas gerais sobre alienação, concessão, cessão,
permuta, arrendamento e aquisição dos mesmos;
SUBSEÇÃO IV
DOS DECRETOS LEGISLATIVOS E RESOLUÇÕES
CAPÍTULO II - DA COMPETÊNCIA
Art. 6°. - O poder público promoverá, garantirá e incentivará a preservação, restauração,
conservação, proteção, tombamento, fiscalização ou execução de obras ou serviços e a
valorização do patrimônio cultural paraense, preferencialmente com a participação da
comunidade.
§ 1° - A nível estadual, compete a Secretaria de Estado da Cultura, através do DPHAC, o
disposto nesta Lei.
§ 2° - Compete também aos municípios o tombamento dos culturais, cabendo-lhe a
definição da política e ações de preservação, proteção, valorização, restauração,
tombamento, inventário e demais ações inerentes ao patrimônio histórico e cultural.
Art. 19 - O bem cultural tombado ou de interesse à preservação, não poderá ser destruído,
demolido ou mutilado. Ressalvado o caso em que apresente risco à segurança pública,
devidamente comprovado por laudos técnicos dos agentes de preservação do Patrimônio
Cultural, a nível federal, estadual e municipal.
Art. 20 - O bem tombado só poderá ser reparado, pintado, restaurado ou sofrer qualquer
forma de intervenção, com prévia autorização documentada do DPHAC ou AMPPPC, aos
quais caberão prestar orientação e acompanhamento à obra ou serviço.
Art. 21 - Anualmente, o DPHAC ou AMPPPC, fará vistoria dos bens por ele tombados,
indicando e acompanhando os serviços ou obras que deverão ser executados.
Art. 22 - As pessoas que causarem danos e ameaças ao patrimônio cultural no Estado do
Pará, serão punidas, na forma desta Lei e das demais existentes.
Art. 23 - Em face da alienação onerosa de bens tombados, pertencentes a pessoas
naturais ou jurídicas de direito privado, o Estado ou município terá direito de preferência.
38
Parágrafo Único - O proprietário deverá comunicar por escrito ao Secretário de Estado
da Cultura ou titular do AMPPPC.
Art. 24 - Na transferência de propriedade dos bens móveis e imóveis, deverão vendedor e
comprador, no prazo de 30 (trinta) dias, comunicar ao DPHAC ou AMPPPC, e fazer
constar a transferência no respectivo Cartório de Registro, ainda que se trata de
transmissão judicial ou causa mortis.
Art. 25 - No caso de deslocamento de bens culturais móveis tombados, deverá o
proprietário obter prévia autorização do DPHAC ou AMPPPC, comprovando condições de
segurança, conservação, guarda e seguro desses bens.
Art. 26 - A coisa tombada não poderá sair do Estado, se não por tempo determinado, sem
transferência de domínio, para fim de intercâmbio cultural, a juízo do DPHAC ou
AMPPPC.
Art. 27 - Diante da tentativa de exportação para fora do Estado, de bens culturais
tombados ou protegidos por Lei, com exceção do caso previsto pelo artigo anterior, serão
estes seqüestrados pelo DPHAC ou AMPPPC.
Art. 28 - No caso de extravio ou furto de qualquer objeto tombado, o respectivo
proprietário deverá dar conhecimento do fato, no prazo determinado de 24 (vinte quatro)
horas.
Art. 29 - Na vizinhança dos imóveis tombados nenhuma construção, obra ou serviço
poderá ser executado, nenhum cartaz ou anúncio poderá ser fixado, sem prévia e
expressa autorização por escrito do DPHAC ou AMPPPC, aos quais compete verificar se
a obra, cartaz ou anúncio pretendidos interferem na estabilidade, ambiência e visibilidade
dos referidos imóveis.
Art. 30 - Os bens culturais imóveis tombados terão área de entorno, ambiência ou
vizinhança, para proteção da unidade arquitetônica e paisagística, cabendo ao DPHAC ou
AMPPPC a definição dessas áreas, inclusive ampliá-las.
Parágrafo Único - Não havendo delimitação pelo órgão ou agentes de preservação do
Patrimônio Cultural será considerada área de entorno, ambiência ou vizinhança, a
abrangida pelo raio de no mínimo 100m (cem metros), a partir do eixo de cada faixada
externa.
Art. 31 - O proprietário da coisa tombada conservará as suas custas, o seu bem exceto
quando não possuir comprovadamente recursos para proceder a serviços e obras de
conservação e/ou restauração que a mesma requeira, quando levará ao conhecimento por
escrito do DPHAC ou AMPPPC a necessidade das mencionadas obras, sob pena de
multa correspondente ao dobro do valor em que for avaliado o dano sofrido pela mesma.
Parágrafo Único - Recebida a comunicação e comprovada a necessidade de serviços ou
obras, o Órgão ou Agente de preservação do patrimônio cultural apoiará técnica e
financeiramente, segundo suas possibilidades.
Art. 32 - O DPHAC ou AMPPPC poderão delimitar áreas para efeito de estudos para
tombamento.
§ 1° - Quando a delimitação for estadual, será comunicada à Prefeitura do lugar onde se
der a ação, que corresponde a um tombamento provisória. Preferencialmente os estudos
e definição serão em conjunto com o município.
§ 2° - No caso de qualquer dano à edificação, logradouros e sítios de valor cultural, em
área de estudo para tombamento, o responsável pagará multa no valor do dano causado
e terá a obra embargada e arcará com a reconstituição dos danos causados.
Art. 33 - Os bens culturais imóveis tombados, terão retirados de suas elevações,
quaisquer elementos que interfiram na visibilidade de sua arquitetura.
Parágrafo Único - Caberá ao Órgão ou Agente de preservação do patrimônio cultural que
realizou o tombamento o estudo de letreiros, pinturas e cores ou outros elementos
arquitetônicos ou complementares de maneira a resgatar ou valorizar a modinatura.
III - Não Observância de Normas Estabelecidas Para os Bens Da Área de Entorno: Multa
no valor correspondente a no mínimo 20% (vinte por cento) e no máximo 50% (cinqüenta
por cento) do valor venal.
IV - Não Observância do Disposto nos Artigos 23 e 24 e Parágrafos 1°, 2° e 3° do Artigo
7°: Multa no valor correspondente e no mínimo 10% (dez por cento) e no máximo 50%
(cinqüenta por cento) do valor venal.
V - O percentual das multas a serem cobrados eqüivalerá, no mínimo, ao valor do dano
causado.
Art. 35 - No caso de bem móvel, o descumprimento das obrigações desta Lei sujeitará o
proprietário à aplicação das seguintes sanções:
I - Destruição, Mutilação e/ou Extravio: Multa no valor
equivalente a no mínimo 0l (uma) e no máximo 10 (dez) vezes o respectivo valor venal.
II - Restauração sem Prévia Autorização e Acompanhamento pelo DPHAC e AMPPPC:
Multa no valor equivalente e no mínimo 50% (cinqüenta por cento) e no máximo 100%
(cem por cento) do respectivo valor venal.
III - Deslocamento do Bem sem Autorização:
A) Multa de valor equivalente a 50% (cinqüenta por cento) do valor da coisa tombada;
B) Serão de responsabilidade do infrator os custos os decorrentes do resgate previsto nos
artigos 26 e 27.
Art. 36 - A avaliação do valor venal e o estabelecimento do percentual das multas serão
estabelecidas pelo DPHAC ou AMPPPC.
Art. 37 - Sem prejuízo das sanções estabelecidas nos artigos anteriores, o proprietário
também ficará obrigado a reconstruir ou restaurar o bem tombado, as suas custas, de
conformidade com as diretrizes traçadas pelo SDPHAC ou AMPPPC.
Art. 38 - Será cominada multa ao infrator, independente de notificação, de 01% (um por
cento) do valor venal, por dia até início da reconstrução ou restauração do bem cultural
imóvel ou móvel.
Art. 39 - O infrator também ficará sujeito às demais sanções das legislações existentes.
Art. 40 - O DPHAC e AMPPPC realizarão e suspenderão embargos, quanto às infrações
desta Lei.
Dispõe sobre os emolumentos devidos pelos atos praticados no exercício dos serviços
notariais e de registro.
Art. 4° - V E T A D O
Art. 5° - É obrigatória a fixação das Tabelas anexas a esta Lei, em local visível, e com
destaque, nos prédios onde funcionarem os serviços notariais e de registro.
ALMIR GABRIEL
Governador do Estado
* Conforme especifica o art. 1° desta Lei, esta possui Tabelas anexas que se
encontram publicadas no DOE N° 28.617, de 19/12/1997.
42
Art. 1º Os bens imóveis do Estado não utilizados no serviço público poderão, qualquer que
seja a sua natureza, ter sua utilização cedida ou permitida, nos termos desta Lei.
Parágrafo único. A cessão se fará quando interessar ao Estado concretizar, com a
permissão da utilização de imóvel seu, auxílio ou colaboração que entender prestar.
Art. 2º A critério do Poder Executivo, poderão ser cedidos, gratuitamente ou em condições
especiais, imóveis do Estado:
I - aos Municípios e às entidades sem fins lucrativos de caráter educacional, cultural ou de
assistência social;
II - às pessoas físicas ou jurídicas, em se tratando de interesse público ou social ou de
aproveitamento econômico de interesse regional que mereça tal favor.
§ 1º A cessão será autorizada por ato do Governador do Estado e se formalizará mediante
termo ou contrato, do qual constarão expressamente as condições estabelecidas, entre as
quais a finalidade de sua realização e o prazo para seu cumprimento, e tornar-se-á nula,
independentemente de ato especial, se ao imóvel, no todo ou em parte, vier a ser dada
aplicação diversa da prevista no ato autorizativo e conseqüente termo ou contrato.
§ 2º A cessão, quando destinada à execução de empreendimento de fim lucrativo, será
onerosa e, sempre que houver condições de competitividade, deverão ser observados os
procedimentos licitatórios previstos em lei.
Art. 3º A utilização, a título precário, de áreas de domínio do Estado para a realização de
eventos de curta duração, de natureza recreativa, esportiva, cultural, religiosa ou
educacional, poderá ser autorizada, na forma do regulamento, sob o regime de permissão
de uso, por ato do Governador do Estado, publicado no Diário Oficial do Estado.
Parágrafo único. Em áreas específicas devidamente identificadas, a competência para
autorizar a permissão de uso poderá ser repassada aos Municípios, devendo, para tal fim,
as áreas envolvidas lhes serem cedidas sob o regime de cessão de uso, na forma do art.
2º.
Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 5º Revogam-se as disposições em contrário.
Palácio do Governo, 5 JANEIRO DE 2004.
SIMÃO JATENE
Governador do Estado
43
D E C R E T A:
SIMÃO JATENE
Governador do Estado.
44
DECRETA:
SIMÃO JATENE
Governador do Estado
ANEXO ÚNICO
SISTEMA DE GESTÃO DO PATRIMÔNIO IMOBILIÁRIO DO ESTADO
TÍTULO I
DO SISTEMA, SEUS OBJETIVOS E ABRANGÊNCIA
Art. 1º O Sistema de Gestão do Patrimônio Imobiliário do Estado dispõe de estrutura
funcional própria, cuja finalidade prioritária é o atendimento das demandas
governamentais, no que se refere ao aproveitamento dos imóveis pertencentes à
Administração Pública Estadual direta, autárquica e fundacional ou por esta utilizada.
CAPÍTULO I
DOS OBJETIVOS
Art. 2º É objetivo fundamental do Sistema de Gestão do Patrimônio Imobiliário do Estado
executar a política pública estabelecida para a área, contribuindo para a produção das
informações necessárias ao atendimento das demandas governamentais e
implementando mecanismos facilitadores da permanente atualização, difusão e circulação
da informação respectiva no âmbito da Administração Pública Estadual.
Art. 3º São objetivos específicos do Sistema de Gestão do Patrimônio Imobiliário do
Estado do Pará:
I - proporcionar condições para o estabelecimento de diretrizes, princípios, normas e
critérios para aquisição, destinação, utilização, cessão, alienação, locações patrimoniais e
recebimento de imóveis de terceiros, com formulação de uma política para o setor;
II - subsidiar o processo de tomada de decisão, por meio do conhecimento da situação do
45
patrimônio imobiliário do Estado e de suas entidades descentralizadas, e auxiliar na
elaboração de políticas públicas e na racionalização da administração patrimonial;
III - coordenar a atuação dos órgãos e entidades estaduais com atribuições relativas ao
patrimônio imobiliário;
IV - realizar estudos, pesquisas e análises de interesse para a área patrimonial;
V - capacitar recursos humanos no setor patrimonial imobiliário e especialmente na área
gerencial;
VI - promover a integração com unidades de patrimônio imobiliário dos Poderes
Legislativo e Judiciário, Ministério Público Estadual e Tribunais de Contas;
VII - estabelecer fluxos, eficientes e permanentes, de informações sobre a situação
patrimonial da administração direta e indireta do Estado;
VIII - promover a rentabilização patrimonial, por meio de melhoria nos processos de
cobrança das receitas de natureza patrimonial, seja por intermédio da detecção das
situações de mora no cumprimento das obrigações contratuais, seja pela atualização dos
montantes das rendas e foros ou pela detecção de fontes geradoras de receitas não-
exploradas e, ainda, pela alienação dos bens desnecessários aos serviços de interesse
público;
IX - reduzir os gastos ou otimizar o dispêndio de recursos com a instalação de serviços;
X - melhorar a efetividade da gestão patrimonial e agilizar a tomada de decisões,
satisfazendo, em tempo útil, as solicitações de particulares relativas à alienação de
terrenos, à concessão de uso ou aproveitamento e a concessões de exploração;
CAPÍTULO II
DA ABRANGÊNCIA
Art. 4º O Sistema abrangerá os seguintes tipos de imóveis dos órgãos e entidades
estaduais:
I - próprios;
II - em processo de aquisição;
III - cedidos por terceiros;
IV - locados; e
V - simplesmente ocupados.
TÍTULO II
DA ESTRUTURA E COMPOSIÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO PATRIMONIAL
CAPÍTULO II
DOS ÓRGÃOS DE ASSESSORIA
Art. 8º São Órgãos de Assessoria ao Sistema de Gestão do Patrimônio Imobiliário do
Estado:
I - a Procuradoria Geral do Estado - PGE;
II - a Secretaria Executiva de Estado de Obras Públicas - SEOP;
III - a Secretaria Executiva de Planejamento, Orçamento e Finanças - SEPOF; e
47
IV - a Escola de Governo do Estado - EGPA.
Seção Única
Das Competências dos Órgãos de Assessoria
Art. 9º Os Órgãos de Assessoria, sem prejuízo das competências que lhes são conferidas
por legislação própria, têm, em relação ao Sistema de Gestão do Patrimônio Imobiliário do
Estado, as atribuições especificadas nas subseções deste capítulo.
Subseção I
Da Procuradoria Geral do Estado - PGE
Art. 10. Cabe à Procuradoria Geral do Estado:
I - defender o patrimônio imobiliário do Estado do Pará, em juízo ou fora dele, sempre que
se fazer necessário o seu auxílio como órgão consultor ou representante judicial;
II - solicitar informações ao Órgão Gestor sempre que houver ação de usucapião
envolvendo área supostamente de propriedade do Estado;
III - dar conhecimento ao Órgão Gestor de todos os processos de desapropriação tão logo
sejam iniciados, fornecendo a localização do imóvel, a área, o número do decreto de
utilidade pública e a respectiva finalidade;
IV - nas ações de desapropriação, informar imediatamente o Órgão Gestor sempre que
houver imissão provisória ou definitiva na posse de imóvel;
V - providenciar a regularização documental e praticar os atos legais relativos ao registro
dos imóveis desapropriados, encaminhando em seguida, ao Órgão Gestor, o translado da
Escritura e o Registro de Imóveis, bem como cópia da sentença judicial, se for o caso;
VI - fornecer relação dos imóveis adquiridos por meio de dação em pagamento,
adjudicação ou arrematação em ações de execução fiscal, juntamente com cópia das
respectivas sentenças judiciais e termos de adjudicação e arrematação; e
VII - exercer atividades correlatas.
Subseção II
Da Secretaria Executiva de Estado de Obras Públicas - SEOP
Art. 11. Cabe à Secretaria Executiva de Estado de Obras Públicas:
I - prestar a colaboração solicitada pelo Órgão Gestor relacionada com seus objetivos
regimentais, observadas as normas legais a que está sujeita a Secretaria;
II - realizar vistorias e avaliações de quaisquer bens imóveis, sempre que solicitado;
III - informar o Órgão Gestor de quaisquer obras realizadas em imóveis do Estado; e
IV - fornecer ao Órgão Gestor, ao final da obra, toda a documentação correspondente, tais
como planta de situação e locação, planta baixa, laudo de avaliação e registro fotográfico,
dentre outros.
Subseção III
Da Secretaria Executiva de Planejamento, Orçamento e Finanças - SEPOF
Art. 12. À Secretaria Executiva de Estado de Planejamento, Orçamento e Finanças, por
intermédio da Diretoria de Gestão Contábil e Fiscal, cabe a execução dos atos
relacionados com os registros contábeis dos imóveis de propriedade do Estado,
observados os princípios e normas legais pertinentes.
Subseção IV
Da Escola de Governo do Estado – EGPA
Art. 13. Cabe à Escola de Governo do Estado promover a capacitação do pessoal que
tenha atuação na área.
CAPÍTULO III
DOS ÓRGÃOS SETORIAIS
Art. 14. São Órgãos Setoriais do Sistema de Gestão do Patrimônio Imobiliário do Estado
todas os demais órgãos da administração direta a que estejam afetados os bens
imóveis do Estado ou que tenham interesse na aquisição, desapropriação, locação,
cessão ou doação de bens imóveis, bem como as entidades da administração indireta
proprietárias de bens imóveis ou que, de alguma forma, utilizem os imóveis de
propriedade do Estado.
48
Art. 15. Cabe aos Órgãos Setoriais:
I - comunicar ao Órgão Gestor, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, a desocupação, bem
como a necessidade de avaliação e o interesse na aquisição, cessão, locação, ou doação
de imóveis, de acordo com as normas específicas;
II - informar o Órgão Gestor de quaisquer obras realizadas em imóveis que lhe estejam
afetados, envolvendo novas construções e ampliações da estrutura física;
III - fornecer ao Órgão Gestor toda a documentação da obra, tais como planta de situação
e locação, planta baixa, laudo de avaliação e registro fotográfico;
TÍTULO III
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
ROTINAS E FLUXOS
50
RESPONSABILIDADE:
São responsáveis pelo cumprimento desta rotina:
• Órgãos estaduais aos quais os imóveis estejam afetados;
• A SEAD, através da Diretoria de Gestão do Patrimônio do Estado - DGP.
Inicio
Receber o ofício e
formalizar processo
AFETAÇÂO.
Avaliar a viabilidade
de CESSÃO do bem a
Fim
terceiros, ou a
alienação.
52
RESPONSABILIDADE:
São responsáveis pelo cumprimento desta rotina:
• A SEAD, através da DGP;
• Órgãos da Administração Direta Estadual;
• Casa Civil;
• Assembléia Legislativa.
• SEOP
DESCRIÇÃO DOS PASSOS DA ROTINA:
ÓRGÃO/UNIDADES PROCEDIMENTOS GERAIS
1. Analisar a situação do imóvel colocado
em disponibilidade e não sendo possível a
afetação ou cessão do próprio, recomendar a
alienação do bem.
2. Verificar se o imóvel está devidamente
documentado, caso não esteja, providenciar
junto ao cartório de notas e registro de
imóvel a regularização do mesmo.
3. Instruir o processo com os documentos
de propriedade e em articulação com o
Núcleo Jurídico de Logística e Patrimônio,
elaborar mensagem à Assembléia Legislativa
contendo a justificativa sobre a necessidade
da alienação do imóvel, em seguida
encaminhar o processo ao Gabinete do
Secretário para análise e posterior
SEAD/DGP
encaminhamento à Casa Civil.
4. Providenciar a publicação do resultado da
licitação no Diário Oficial do Estado - DOE.
5. Proceder a baixa do imóvel no Sistema de
Controle de Bens Imóveis, após a publicação
do resultado da licitação no DOE.
6. Emitir o Termo de Entrega de Bem
Imóvel e colher as assinaturas do licitante
vencedor e do titular da SEAD.
7. Efetuar a entrega da documentação do
imóvel (escritura e registro), para fins de
transferência da propriedade patrimonial,
juntamente com uma via do Termo emitido,
após o pagamento do valor apresentado pelo
licitante vencedor.
8. Arquivar temporariamente o processo na
53
Unidade. Ao final do exercício, encaminhar
os autos à Gerência de Documentação e
Informação – GDI/DAF para arquivamento.
1. Encaminhar a mensagem com a
justificativa da viabilidade da alienação à
Casa Civil para apreciação do Governador
(a).
2. Receber da Casa Civil, a documentação
contendo a autorização legislativa para a
alienação do imóvel.
3. Encaminhar o processo à Diretoria de
Administração e Finanças – DAF, para
indicação dos servidores que integrarão a
SEAD/GAB. SECRETÁRIO
Comissão Especial de Licitação - CEL.
4. Receber o processo da DAF, com a
indicação dos nomes dos servidores para a
composição da CEL.
5. Designar, através de portaria, os
membros da CEL e encaminhar o processo
ao seu presidente.
6. Homologar o resultado da licitação e
encaminhar o processo à DGP para as
providências necessárias.
1. Encaminhar a mensagem com a
justificativa da viabilidade da alienação à
Assembléia Legislativa, para autorização,
CASA CIVIL após a apreciação e a coleta da assinatura do
Governador (a) nos documentos.
2. Receber o Decreto Legislativo e
encaminhar à SEAD / GAB. SEC.
1. Apreciar a solicitação do Executivo,
autorizar a alienação dos imóveis mediante
ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA
Decreto Legislativo e encaminhar à Casa
Civil.
1. Indicar 03 (três) nomes de servidores
efetivos, para comporem a CEL.
SEAD/DAF 2. Elaborar a Portaria e encaminhar ao
Gabinete do Secretário.
3. Arquivar o processo na GDI/DAF.
1. Providenciar junto a Secretaria de Estado
de Obras Públicas – SEOP a avaliação do
imóvel, adotando os procedimentos
tecnicamente reconhecidos pelos órgãos
competentes.
2. Elaborar, após a avaliação do imóvel,
SEAD/COMISSÃO ESPECIAL DE minuta do edital de licitação, de acordo com
LICITAÇÃO - CEL as normas legais vigentes, e encaminhar ao
Núcleo Jurídico de Logística e Patrimônio
para análise e parecer.
3. Receber o processo com parecer do
Núcleo Jurídico de Logística e Patrimônio e
providenciar a publicação do resumo do
Edital no Diário Oficial do Estado e em
54
jornais de grande circulação, constando no
mesmo, data, local e hora da realização do
ato licitatório.
4. Selecionar o licitante vencedor, elaborar
relatório conclusivo sobre o resultado da
licitação e encaminhar ao Gabinete do
Secretário para homologação.
1. Realizar a avaliação do imóvel e emitir o
Laudo de Avaliação;
SEOP
2. Encaminhar à SEAD/CEL o Laudo de
Avaliação.
SEAD/NÚCLEO JURÍDICO DE 1. Emitir parecer e encaminhar o processo à
LOGÍSTICA E PATRIMÔNIO CEL.
55
ENTRADA EM VIGOR CAPÍTULO PÁG. N.º
SEAD MANUAL DE PROCEDIMENTOS 2
RESPONSÁVEL:
FLUXO DA ROTINA: ALIENAÇÃO DE IMÓVEIS POR VENDA
56
OBJETIVO:
Estabelecer procedimentos para a alienação por doação de imóveis pertencentes à
Administração Pública Estadual Direta.
RESPONSABILIDADE:
São responsáveis pelo cumprimento desta rotina:
• SEAD, através da DGP;
• Casa Civil;
• Assembléia Legislativa;
RESPONSABILIDADE:
São responsáveis pelo cumprimento desta rotina:
• Os órgãos da Administração Pública Estadual;
• A SEAD/DGP;
• A SEOP
RESPONSABILIDADE:
São responsáveis pelo cumprimento desta rotina:
• A SEAD através da DGP;
• Órgãos estaduais da Administração Direta Estadual;
• A Casa Civil.
DESCRIÇÃO DOS PASSOS DA ROTINA:
ÓRGÃO/UNIDADES PROCEDIMENTOS GERAIS
1. Encaminhar a SEAD/DGP, ofício
solicitando a aquisição de imóvel, anexando ao
expediente, cópia autenticada dos documentos a
seguir especificados:
• Escritura e registro do imóvel;
• Certidões negativas de débitos fiscais,
federal, estadual e municipal;
• Declaração pública de que o bem não está
ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO
à penhora (área trabalhista e cível);
DIRETA ESTADUAL
INTERESSADOS • Planta baixa do bem; e
• Proposta de venda.
2. Providenciar a escritura e o registro do
imóvel junto aos cartórios competentes.
3. Efetivar o pagamento do valor ajustado ao
proprietário ou seu representante legal.
4. Encaminhar à SEAD/DGP cópia do traslado
da escritura e do registro do imóvel adquirido
pelo Estado.
1. Receber o Ofício, formalizar o processo e
encaminhar ao Gabinete do Secretário.
2. Encaminhar o processo com o laudo de
avaliação à DGP
3. Encaminhar o ofício juntamente com o
SEAD/PROTOCOLO processo para a Casa Civil.
4. Receber e encaminhar ao Gabinete do
Secretário o processo com a avaliação do
Governador.
Encaminhar à PGE ofício para fins de
desapropriação, quando não houver negociação.
1. Instruir o processo e encaminhar à DGP para
providências.
SEAD/GAB. SECRETÁRIO 2. Assinar ofício solicitando autorização do
Governador para aquisição do imóvel e
encaminhar, juntamente com o processo, à Casa
62
Civil.
3. Receber o processo da Casa Civil, com a
autorização solicitada, e remeter à DGP para as
providências necessárias.
1. Instruir o processo solicitando à SEOP, a
avaliação do imóvel.
2. Receber o Laudo de Avaliação da SEOP e
elaborar minuta de ofício solicitando
autorização do Governador para aquisição do
imóvel requisitado.
3. Encaminhar a minuta, juntamente com o
processo, ao Gabinete do Secretário para
assinatura do titular da SEAD e posterior envio
à Casa Civil.
4. Receber o processo do Gabinete do
Secretário com a autorização do Governador
para a aquisição do imóvel.
5. Promover em conjunto com o Núcleo
Jurídico de Logística e Patrimônio, a negociação
junto ao proprietário do imóvel, de modo a
definir as condições para a aquisição do imóvel.
- Há entendimento das partes?
Não há sucesso nas negociações
5.1. Elaborar minuta do ofício à PGE para
SEAD/DGP fins de desapropriação, anexar ao processo e
encaminhar ao Gabinete do Secretário para
assinatura do titular da SEAD e posterior envio
à PGE
Há sucesso nas negociações
6. Elaborar a minuta do contrato de compra e
venda e encaminhar ao órgão interessado para
providenciar a lavratura da escritura e o seu
respectivo registro em cartório.
7. Receber do órgão interessado a cópia do
traslado da escritura e do registro do imóvel
adquirido pelo Estado.
8. Providenciar a incorporação do imóvel ao
patrimônio estadual, através do cadastramento
do bem no Sistema de Controle de Bens
Imóveis.
9. Arquivar a cópia da escritura e do registro
do imóvel em pasta própria na Unidade.
10. Arquivar temporariamente o processo na
Unidade. Ao final do exercício, encaminhar os
autos à GDI/DAF para arquivamento.
1. Realizar a avaliação do imóvel e emitir o
respectivo laudo.
SEOP
2. Encaminhar o processo com o Laudo de
Avaliação à SEAD/DGP.
63
RESPONSABILIDADE:
São responsáveis pelo cumprimento desta rotina:
• SEAD/DGP
• PGE
RESPONSABILIDADE:
São responsáveis pelo cumprimento desta rotina:
• A SEAD através da DGP;
• Órgãos da Administração Pública Estadual.
CONCEITOS:
Cessão de uso: Transferência de posse gratuita ou em condições especiais com troca de
responsabilidade entre órgãos, entidades públicas estaduais ou entre estes e outros
integrantes de quaisquer dos demais poderes da esfera pública, ou ainda em casos especiais,
entidades da sociedade civil sem fins lucrativos, segundo sua destinação específica, sempre
com a determinação de prazo e atribuição de encargos quando cabíveis.
Cessionário: Órgão, entidade pública ou entidade da sociedade civil sem fins lucrativos a
quem se faz a cessão, aquele que recebe o bem.
Cedente: Órgão ou entidade pública que faz a cessão, aquele que cede o bem.
RESPONSABILIDADE:
São responsáveis pelo cumprimento desta rotina:
• A SEAD, através da DGP;
• Órgãos da Administração Indireta Estadual;
• O Órgão ou entidade solicitante.
- Há possibilidade de cessão?
1.3 Não havendo a possibilidade –
Informar ao órgão ou entidade solicitante da
impossibilidade da cessão.
1.4 Havendo a possibilidade –
Providenciar a elaboração do Termo de
Cessão de Uso e do Termo de Entrega de
Bem Imóvel, conforme modelos constantes
deste Manual, colher assinatura dos
representantes dos órgãos cedente e
cessionário e proceder a entrega do imóvel.
2. Providenciar a publicação do resumo do
Termo de Cessão de Uso no Diário Oficial
do Estado e aguardar a publicação.
3. Após a publicação – Anexar 01 (uma)
cópia do resumo do Termo de Cessão de Uso
em pasta própria.
4. Arquivar temporariamente o processo na
Unidade. Ao final do exercício, encaminhar
os autos à GDI /DAF para arquivamento.
SEAD/DAF/GDI ou UNIDADE DE
ARQUIVO DOS ÓRGÃOS DA 1. Arquivar o processo.
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
74
ENTRADA EM VIGOR CAPÍTULO PÁG. N.º
SEAD MANUAL DE PROCEDIMENTOS 2
RESPONSÁVEL:
FLUXO DA ROTINA: CESSÃO DE USO DE IMÓVEL
75
CONCEITOS:
Permissão de uso: É o ato administrativo pelo qual a Administração consente que
determinada pessoa física ou jurídica utilize privativamente bem público, atendendo ao
mesmo tempo aos interesses público e privado.
Permissionário: Pessoa física ou jurídica a quem a Administração consente o uso de imóvel
público.
Permitente: Órgão ou entidade pública que permite a utilização do bem.
RESPONSABILIDADE:
São responsáveis pelo cumprimento desta rotina:
• A SEAD, através da DGP;
• Órgãos da Administração Indireta Estadual
• Entidade solicitante.
RESPONSABILIDADE:
São responsáveis pelo cumprimento desta rotina:
• A SEAD, através da DGP;
• Órgãos da Administração Indireta Estadual
• Entidade solicitante.
RESPONSABILIDADE:
São responsáveis pelo cumprimento deste procedimento:
• Órgãos da Administração Direta Estadual;
• A SEAD, através da DGP.
RESPONSABILIDADE:
São responsáveis pelo cumprimento deste procedimento:
• Órgãos da Administração Direta Estadual;
• A SEAD, através da DGP.
RESPONSABILIDADE:
São responsáveis pelo cumprimento deste procedimento:
• Órgãos da Administração Direta Estadual;
• A SEAD, através da DGP.
RESPONSABILIDADE:
São responsáveis pelo cumprimento desta rotina:
• SEOP ou órgãos públicos estaduais ocupantes dos imóveis.
• A SEAD, através da DGP
O presente Contrato tem por objeto a cessão de uso, a título gratuito, pelo Cedente, do
imóvel de propriedade do Estado, situado na .............................. no município de
......................., e cadastrado no Sistema de Bens Imóveis do Estado sob o nº, .......................
A Cessão de Uso ajustada por este instrumento tem por finalidade a utilização, pelo
Cessionário, do bem referido na Cláusula anterior, exclusivamente para instalação de
........................................................., não podendo dar-lhe destinação diversa da prevista
nesta Cláusula, nem ceder, nem transferir no todo ou em parte, o seu uso a terceiros.
O Cessionário restituirá o bem em condições normais de uso, quando exigido por motivo de
interesse público, por violação das Cláusulas deste instrumento ou findo o prazo contratual.
Este Contrato vigorará pelo prazo de ..... (.....) anos, podendo ser renovado por ajuste
expresso das partes, firmado com antecedência mínima de 30 dias da data do seu
vencimento.
Fica eleito o foro de ................. como único competente para todas as ações e efeitos
judiciais decorrentes deste Contrato.
E por terem assim ajustado, firmam as partes este Contrato que será registrado no Cadastro
de Bens Imóveis do Estado, estando assinados pelas testemunhas adiante nomeadas, dele
extraindo-se 02 (duas) cópias de igual teor e validade.
Belém, de de
Governador do Estado
TESTEMUNHAS:
______________________________ ______________________________
CPF/MF n° CPF/MF n°
RG n° RG n°
* Este modelo deverá ser utilizado pelos órgãos da administração indireta estadual com as
devidas adaptações.
96
Belém, de de
Governador do Estado
* Este modelo deverá ser utilizado pelos órgãos da administração indireta estadual com as
devidas adaptações.
97
CESSIONÁRIO:
PRAZO: (registrar tempo estabelecido para a cessão), podendo ser renovado por
igual período mediante ajuste expresso das partes, firmado com antecedência mínima
de 30 dias da data do seu vencimento.
DATA DA ASSINATURA:
........................................................................................................................................................
NOME DO TITULAR:
ÓRGÃO AFETADO:
NOME DO TITULAR:
E, por estarem as partes assim ajustadas, firmam o presente Termo, em 02(duas) vias
de igual teor e forma.
Belém, de de
___________________________________________
Assinatura do Titular da SEAD
___________________________________________
Assinatura do Titular do Órgão Afetado
ÓRGÃO AFETADO:
ASSINATURA:
NOME DO TITULAR da Secretaria de Estado de Administração.
NOME DO TITULAR do órgão afetado.
.......................................................................................................................................................
O presente Termo tem por objeto a permissão de uso, a título gratuito, do imóvel de
propriedade do PERMITENTE, situado na ................................, município de ...................., e
cadastrado no Sistema de Bens Imóveis do Estado sob o nº ...............
A Permissão de Uso ajustada por este instrumento tem por finalidade a utilização, pelo
PERMISSIONÁRIO, do bem referido na Cláusula anterior, exclusivamente para instalação e
funcionamento de ....................................................., não podendo dar-lhe destinação diversa
da prevista nesta Cláusula, nem ceder, nem transferir no todo ou em parte, o seu uso a
terceiros.
Fica eleito o foro de ..................... como único competente para todas as ações e efeitos
judiciais decorrentes deste Termo.
E por terem assim ajustado, firmam as partes este Termo que será registrado no Cadastro de
Bens Imóveis do Estado, estando assinados pelas testemunhas adiante nomeadas, dele
extraindo-se 02 (duas) cópias de igual teor e validade.
Belém, de de
Governador do Estado
Entidade permissionária
TESTEMUNHAS:
______________________________
CPF n°
______________________________
CPF n°
102
__________________________________________
Dirigente do Órgão
103
GLOSSÁRIO
2. Agente Responsável – todo e qualquer servidor que, no exercício de cargo, função ou emprego público,
responde pela administração, guarda e controle de dinheiro, valores materiais e bens móveis e imóveis
pertencentes ao Estado ou a ele confiados.
4. Aquisição – ato ou fato em virtude do qual o Estado assume a propriedade ou domínio de um bem para
realização de seus fins, observadas as normas e condições estabelecidas em lei.
5. Avaliação – atribuição de valor a um bem para fins de aquisição, locação, contabilização e alienação,
observadas as normas legais e critérios técnicos específicos.
7. Bens Públicos – são todas as coisas, corpóreas ou incorpóreas, imóveis, móveis e semoventes, créditos,
direitos a ações que compõem o patrimônio do Estado.
8. Bens Desativados – todos aqueles que, obsoletos ou inservíveis para a necessidade do órgão ou entidade da
administração pública, estão sujeitos a alienação ou reaproveitamento.
9. Bens Imóveis – são terrenos, edifícios, construções e as benfeitorias a eles incorporadas de modo
permanente, cuja remoção é impraticável ou provoca destruição, fratura, modificação ou dano em sua estrutura
básica.
10. Bens Móveis – são elementos do patrimônio, suscetíveis de remoção sem alterar sua integridade física ou
funcional, bem como aqueles que constituem acervos em museus, pinacotecas, bibliotecas e assemelhados.
12. Cadastramento- ação de registro, onde se arrolam os bens móveis e imóveis, especificando suas
características físicas, financeiras e de localização, de modo a permitir a identificação e avaliação de cada
um deles.
15. Cessão de Uso - transferência de posse gratuita ou em condições especiais, com troca de responsabilidade
entre Órgãos ou entidades públicas estaduais ou entre estes e outros integrantes de quaisquer dos demais
poderes do Estado, ou a outras pessoas jurídicas de direito público, segundo a sua destinação específica,
sempre com determinação de prazo, e atribuição de encargos quando cabíveis.
16. Compra - aquisição de um bem patrimonial, mediante preço previamente ajustado, procedida de acordo
com a legislação vigente.
104
17. Concessão de Uso - transferência de posse remunerada ou gratuita, onde é facultado ao particular a
utilização de um bem pertencente a um órgão ou entidade da Administração Pública Estadual, por tempo
determinado, segundo a sua destinação específica, com atribuição de encargos quando cabíveis, sempre
precedida de concorrência para o contrato, nas formas previstas em lei.
19. Depreciação - registro contábil da perda progressiva de valor de um bem imobilizado em decorrência do
seu uso, levando-se em consideração, além de exigências legais, valor, o tempo de duração do bem e a taxa de
depreciação.
20. Doação - ato exclusivamente para fins de interesse social, formalizando mediante contrato e avaliação
prévia. Poderá ser efetuado pelos órgãos integrantes da Administração Pública Direta, Autarquias e Fundações,
após a verificação da oportunidade, conveniência sócio-econômica e aprovação pela autoridade competente.
Este ato ocorre por liberdade e a título gratuito, transferindo o bem de seu patrimônio para outrem que o aceita,
com ou sem encargos. No caso de doação para Instituições Filantrópicas, estas devem ser reconhecidas como de
utilidade pública do Poder Legislativo.
21. Incorporação - registro procedido no cadastro e na contabilidade pelo qual é efetuada a inclusão ou entrada
de um bem no patrimônio do Estado, em decorrência de aquisição, nas suas diversas modalidades.
22. Inutilização - destruição total ou parcial de um bem que ofereça ameaça vital para pessoas, risco de prejuízo
ecológico ou inconvenientes de qualquer natureza para Administração Pública Estadual.
23. Inventário - arrolamento periódico dos bens patrimoniais do Estado, exigido por lei e tendo como objetivo
o controle quantitativo e qualitativo dos mesmos, inclusive o confronto entre as existências físicas e as
consignadas sob a responsabilidade dos órgãos da administração, bem como entre os valores avaliados e os
escriturados na contabilidade.
24. Material - designação genérica dos bens destinados a consumo ou aplicação, equipamentos e instalações,
materiais permanentes, inclusive quando aplicados em obras públicas ou entregues à Administração Pública
através de convênios com outras Entidades Públicas (art. 167 da Lei 2322/66).
25. Material Antieconômico - todo material com manutenção onerosa, rendimento precário ou que seja
economicamente invariável a sua recuperação.
27. Material Irrecuperável - todo material que não mais puder ser utilizado para o fim a que se destina, devido
à perda de suas características.
28. Material Obsoleto - todo o bem em desuso considerado antiquado para o fim a que se destina, podendo ser
doado, transferido ou permutado com outro órgão ou recolhido à SEAD.
29. Material Ocioso - todo material que embora em perfeitas condições de uso, não estiver sendo aproveitado,
podendo ser cedido, transferido, doado a outro órgão ou recolhido à SEAD.
30. Material Recuperável - todo material passível de ser recuperado se orça no máximo a cinqüenta por cento
(50%) do seu valor de mercado, podendo ser cedido, doado ou transferido para um órgão que dele necessite.
31. Movimentação - mudança decorrente de transferência, alteração, reavaliação e/ou alienação do bem
patrimonial.
32. Patrimônio Público - conjunto de bens de toda natureza e espécie, que tenham interesse para a
administração e para comunidade administrada.