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ENERGIA EÓLICA

Outros Biocombustíveis
Alunos: Daiana, Gabriel, Halley, Letícia e Sabrina
Prof. Dr. Aristeu
Energia Eólica – A energia dos Ventos

A conversão da energia cinética dos ventos em energia


mecânica vem sendo utilizada pela humanidade há mais
de 3000 anos.
Os Ventos
 O movimento de parcelas de ar, nas
atmosferas planetárias, é denominado vento.
 Embora, o ar possa mover-se na direção vertical, a
denominação “vento” é comumente aplicada
apenas ao movimento horizontal, paralelo à
superfície do planeta.
A velocidade e a direção do vento
Os fatores que estão relacionados :
 Temperatura

 Umidade

 Pressão do ar atmosférico.
 Atua nas modificações das condições do tempo,
sendo responsável pelo transporte de umidade e
de energia na atmosfera.
Como surge o vento ?
O vento surge basicamente pela ação da força do
gradiente de pressão.
 Os gradientes de pressão existentes na atmosfera

constituem a principal força motriz dos movimentos


de ar.
Tipos de VENTOS
 Ventos Globais;

 Ventos de Superfície;

 Ventos Locais : Brisa Marinha ou de Montanha ou


Vale.
A Aplicação como
Energia
 A quantidade de energia proveniente do vento
depende :
 Densidade do ar
 A área de varredura do rotor
 Distribuição de pressão do rotor
 Lei de Betz - Armazenamento de Energia
Energia eólica
 Para a geração de eletricidade, as primeiras
tentativas surgiram no final do século XIX, mas
somente um século depois, com a crise internacional
do petróleo, é que houve interesse e investimentos
no desenvolvimento e aplicação de equipamentos.
 1976 – Dinamarca: a primeira turbina eólica
comercial ligada à rede elétrica pública.
 Atualmente, existem mais de 30 mil turbinas eólicas
em operação no mundo.
Princípio de Funcionamento
 Seu aproveitamento ocorre por meio da conversão
da energia cinética de translação em energia
cinética de rotação, com o emprego de turbinas
eólicas, também denominadas aerogeradores, para
a geração de eletricidade, ou cataventos (moinhos),
para trabalhos mecânicos como bombeamento
d’água.
Exemplo de turbinas eólicas
Estrutura - Aerogerador

 Torre – Mastro
 Turbina
 Nacele - Rotor
 Pás

Em um projeto é definido quantidade de pás, material de cada componente,


orientação do eixo do rotor, entre outras.
Torre
 A principal função da torre é suportar a turbina
permitindo que as pás girem a uma altura
adequada acima do terreno. As torres podem ser
treliçadas ou tubulares, autoportantes ou
estaiadas, de aço ou concreto.
 As mais comuns nos parques eólicos brasileiros são
as de aço com seção tubular.
Nacele
 A nacele é o componente do aerogerador onde são
instalados os sistemas responsáveis pelo funcionamento do
rotor e transformação da energia eólica em energia
elétrica.
 As mais modernas apresentam diversos tipos de sistemas
que proporcionam um melhor funcionamento das turbinas.
Um deles é o sistema de orientação da nacele que
posiciona as pás num plano perpendicular à direção do
vento, com objetivo de aproveitar o máximo do vento na
geração de energia. Outro sistema presente nas turbinas é
o de segurança, que restringe a rotação quando os ventos
atingem velocidades muito altas.
Rotor

 Transforma a energia cinética do vento em energia


mecânica de rotação.
Inclinação do eixo do rotor
 As torres eólicas são muito próximas ao plano de
rotação das pás. Por esse motivo, para evitar que
as pás possam colidir com a torre em razão das
suas vibrações, os projetos das turbinas costumam
apresentar um ângulo de inclinação do eixo do
rotor.
Alinhamento da torre
 Atualmente as turbinas eólicas apresentam um
mecanismo de ajuste da posição da nacele para que o
plano de rotação se mantenha perpendicular ao vento.
Porém, a direção do vento sofre rápidas e constantes
mudanças o que torna impossível uma turbina eólica
acompanhar essa variação de forma instantânea.
Portanto, essas turbinas não ficam sempre alinhadas
com a direção principal do vento.
Pás
 As características das pás, tais como o formato,
material e rigidez, por exemplo, são extremamente
importantes para o desempenho da turbina,
influenciando principalmente a aerodinâmica das
mesmas.
Perfil da Pá
 As propriedades aerodinâmicas definidas pelo perfil
da pá são parâmetros importantes para definir a
relação entre os coeficientes de sustentação e arrasto.
As pás têm perfil (aerofólio) semelhante aos das asas
dos aviões com objetivo de minimizar a relação CD/CL
entre os coeficientes de arrasto e sustentação,
maximizando assim a eficiência e desempenho dos
rotores.
Ângulo de Torção
 Para o melhor aproveitamento do vento e bom
desempenho da turbina, as pás não são paralelas
ao plano de rotação, mas apresentam uma rotação
em relação a esse plano.
Transmissão e Caixa Multiplicadora:
 Transmitir a energia mecânica entregue pelo eixo
do rotor até a carga. Alguns geradores não
utilizam este componente; neste caso, o eixo do
rotor é acoplado diretamente à carga.
Gerador

 Responsável pela conversão da energia mecânica


em energia elétrica.
Mecanismo de Controle

 Responsável pela orientação do rotor, controle de


velocidade, controle da carga.
Sistema de Armazenamento

 Responsável por armazenar a energia para


produção de energia firme a partir de uma fonte
intermitente.
Transformador

 Responsável pelo acoplamento elétrico entre o


aerogerador e a rede elétrica.
O Sistema Eólico
 Turbina eólica – já descrita.
 • Banco de baterias - composto por uma ou mais
baterias, normalmente, baterias Chumbo-ácido 12V
seladas; funciona como elemento armazenador de
energia elétrica para uso durante os períodos de
calmaria, quando não há disponibilidade de vento.
 • Controlador de carga – dispositivo eletrônico que
protege as baterias contra sobrecarga ou descarga
excessiva;
 • Inversor – dispositivo eletrônico que converte a
energia elétrica em corrente contínua, para corrente
alternada , de forma a permitir a utilização de
eletrodomésticos convencionais.
 Um sistema eólico pode ser utilizado em três
aplicações distintas: sistemas isolados, sistemas
híbridos e sistemas interligados à rede. Os
sistemas obedecem a uma configuração básica,
necessitam de uma unidade de controle de potência
e, em determinados casos, conforme a aplicação,
de uma unidade de armazenamento.
Sistemas Isolados
 Os sistemas isolados de pequeno porte, em geral, utilizam o
armazenamento feito através de baterias ou na forma de
energia potencial gravitacional.

 Os sistemas que armazenam energia em baterias necessitam


de um dispositivo para controlar a carga e a descarga da
bateria. O controlador de carga tem como principal objetivo
não deixar que haja danos ao sistema de bateria por
sobrecargas ou descargas profundas.
Sistemas Híbridos
 Os sistemas híbridos são aqueles que apresentam mais de
uma fonte de energia como, por exemplo, turbinas eólicas,
geradores Diesel, módulos fotovoltaicos, entre outras. A
utilização de várias formas de geração de energia elétrica
aumenta a complexidade do sistema e exige a otimização
do uso de cada uma das fontes. Nesses casos, é necessário
 Realizar um controle de todas as fontes para que haja
máxima eficiência e otimização dos fluxos energéticos na
entrega da energia para o usuário.
Sistemas Interligados à Rede
 Os sistemas interligados à rede não necessitam de sistemas
de armazenamento de energia, pois toda a geração é
entregue diretamente à rede elétrica. Estes sistemas
representam uma fonte complementar ao sistema elétrico de
grande porte ao qual estão interligados. Os sistemas
eólicos interligados à rede apresentam as vantagens
inerentes aos sistemas de geração distribuída tais como: a
redução de perdas, o custo evitado de expansão de rede e
a geração na hora de ponta quando o regime dos ventos
coincide com o pico da curva de carga.
Vantagens
 Reduz a dependência de combustíveis fósseis, sendo
o vento um recurso abundante e renovável;
 Ocupam um pequeno espaço físico e permitem a
continuidade de atividades entre os aerogeradores
(pastagens e agricultura);
 É inesgotável;
 Não emite gases poluentes nem gera resíduos;
 É uma indústria em grande ascensão e com
bom potencial no Brasil (principalmente em algumas
regiões do litoral nordestino);
 Contribui para a diversidade de suprimento de
energia;
 Redução de custos de construção e geração.
 Diminui a emissão de gases de efeito de estufa;
 Os aerogeradores não necessitam de abastecimento de
combustível e requerem escassa manutenção, uma vez
que só se procede à sua revisão em cada seis meses.
 Excelente rentabilidade do investimento. Em menos de
seis meses, o aerogerador recupera a energia gasta
com o seu fabrico, instalação e manutenção
Emissões de CO2 de diferentes tipos de tecnologias
Desvantagens
 Impacto sobre a fauna ( morte de pássaros devido a colisão em
turbinas eólicas;
 Ruídos – Problema gerado pelo sistema eólico ao girar suas pás;
 O ruído proveniente das turbinas eólicas tem duas origens:
Mecânica e Aerodinâmica;
 O ruído mecânico tem sua principal origem da caixa de
engrenagens, que multiplica a rotação das pás para o gerador –
NOVA TECNOLOGIA uso de um gerador elétrico multipolo
conectado diretamente ao eixo das pás;
 O ruído aerodinâmico é um fator influenciado
diretamente pela velocidade do vento incidente sobre a
turbina eólica- NOVA TECNOLOGIA Pesquisas em novos
modelos de pás;

 As leis referentes ao nível de ruído na Alemanha


recomendam um afastamento de 200m de distância do
mais próximo morador para níveis de ruído em 45 dB
(DEWI, 1996).
Turbinas de múltiplas pás: Aerogeradores de hélices de
são menos eficientes e mais alta velocidade
barulhentas
 Interferência eletromagnética: em sistemas de
telecomunicações - A interferência ocorre porque o
sinal refletido é atrasado devido à diferença entre o
comprimento das ondas alterado por causa do
movimento das pás.
 A IEM é a maior em materiais metálicos, mas em pás
modernas usa-se fibra de vidro reforçada com epoxi
(parcialmente transparente);
 Impacto visual: para os moradores em redor,
a instalação dos parques eólicos (agrupamento de
torres e aerogeradores) gera uma grande
modificação da paisagem;
 Aerogeradores agrupados sobre a água,
amenizando a poluição visual.
 Apesar de efeitos negativos, como alterações na
paisagem natural, esses impactos tendem a atrair
turistas, gerando renda, emprego, arrecadações e
promovendo o desenvolvimento regional
Energia eólica no mundo
 1990 - a capacidade instalada no mundo era
inferior a 2.000 MW;
 1994- 3.734 MW, divididos entre Europa
(45,1%), América (48,4%), Ásia (6,4%) e outros
países (1,1%);
 1998- 10.000 MW ;
 Final de 2002 - ultrapassou 32.000 MW;
 O mercado tem crescido substancialmente nos últimos anos,
principalmente na Alemanha, EUA, Dinamarca e Espanha, onde a
potência adicionada anualmente supera 3.000 MW (BTM, 2000;
EWEA; GREENPEACE, 2003);

 Esse crescimento de mercado fez com que a Associação Européia de


Energia Eólica estabelecesse novas metas, indicando que, até 2020,
a energia eólica poderá suprir 10% de toda a energia elétrica
requerida no mundo (ANEEL)
Atualmente
O mercado da energia eólica no mundo
Enquanto China e Estados Unidos competem pela liderança
global, na América Latina, o Brasil lidera com 2,5 Gigawatts
(GW) de capacidade total instalada
FONTE: REVISTA EXAME.COM - 20/02/2013
Potencial Eólico Brasileiro
 Para que a energia eólica seja considerada
tecnicamente aproveitável, é necessário que sua
densidade seja maior ou igual a 500 W/m2, a uma
altura de 50 m, o que requer uma velocidade mínima
do vento de 7 a 8 m/s (Segundo a Organização
Mundial de Meteorologia).
 Essa proporção varia muito entre regiões e continentes.
 No Brasil, os primeiros anemógrafos
computadorizados e sensores especiais para
energia eólica foram instalados no Ceará e em
Fernando de Noronha (PE), no início dos anos 1990.
Os resultados dessas medições possibilitaram a
determinação do potencial eólico local e a
instalação das primeiras turbinas eólicas do Brasil.
 Os primeiros estudos: região Nordeste, principalmente
no Ceará e em Pernambuco.
 Com o apoio da ANEEL e do Ministério de Ciência e
Tecnologia – MCT, o Centro Brasileiro de Energia Eólica
– CBEE, da Universidade Federal de Pernambuco –
UFPE em1998- publicou a primeira versão do Atlas
Eólico da Região Nordeste. A continuidade desse
trabalho resultou no Panorama do Potencial Eólico no
Brasil.
Condições topográficas distintas:
Zona costeira – áreas de praia, normalmente com larga faixa de
areia, onde o vento incide predominantemente do sentido mar-terra;
Campo aberto – áreas planas de pastagens, plantações e /ou
vegetação baixa sem muitas árvores altas;
Mata – áreas de vegetação nativa com arbustos e árvores altas mas
de baixa densidade, tipo de terreno que causa mais obstruções ao
fluxo de vento;
Morro – áreas de relevo levemente ondulado, relativamente
complexo com pouca vegetação ou pasto;
Montanha – áreas de relevo complexo, com altas montanhas.
 Classe 1: regiões de baixo potencial eólico, de
pouco ou nenhum interesse para o aproveitamento
da energia eólica.
 Classe 4: melhores locais para aproveitamento dos
ventos no Brasil.
 Classes 2 e 3 podem ou não ser favoráveis,
dependendo das condições topográficas.
Histórico – Centrais Eólicas
 Turbinas Eólicas do Arquipélago de Fernando de
Noronha-PE

1ª Turbina: 1992 2ª Turbina: 2001


1994 - Central Eólica Experimental do 1999 - Central Eólica de Taíba – CE:
Morro do Camelinho – MG
1999 – Central Eólica Mucuripe – CE 1999 - Central Eólica
Central Eólica de Prainha – CE de Olinda – PE
2000 - Central Eólica de
Palmas – PR
2002 - Central Eólica de Bom
Jardim – SC
 A região Nordeste: mapas eólicos desenvolvidos pelo
Centro Brasileiro de Energia Eólica apontam que a
área tem uma das melhores jazidas do mundo, contam
com boa velocidade de vento, baixa turbulência e
uniformidade. O potencial total é estimado em 30 mil
MW. Em termos estratégicos, este tipo de matriz é
importante, porque os ventos são mais fortes nos
períodos de seca (entre junho e dezembro), quando a
produção das hidrelétricas tende a cair.
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Parque Eólico ÓSORIO

vídeo
Condições Básicas para a geração de Energia Eólica
 Para que a energia eólica seja considerada tecnicamente
aproveitável, é necessário que sua densidade seja maior ou
igual a 500 W/m2, a uma altura de 50 m, o que requer
uma velocidade mínima do vento de 7 a 8 m/s (GRUBB;
MEYER, 1993). Segundo a Organização Mundial de
Meteorologia, em apenas 13% da superfície terrestre o
vento apresenta velocidade média igual ou superior a 7
m/s, a uma altura de 50,00 m. Essa proporção varia muito
entre regiões e continentes, chegando a 32% na Europa
Ocidental. A energia eólica pode ser usada também em
pequena escala, havendo geradores de pequeno porte
capazes de gerar energia com ventos de 2,5 m/s.
Parque Eólico Offshore
 Video Offshore
Referências
 O mercado da energia eólica no mundo, disponível em: http://exame.abril.com.br/meio-
ambiente-e-energia/energia/noticias/o-mercado-da-energia-eolica-no-mundo.
 Energia eólica no Brasil, disponível em:
http://www.brasil.gov.br/sobre/economia/energia/matriz-energetica/energia-eolica.
 Santos, A. A.; et al. Projeto de geração de energia eólica. Projeto de Graduação do Curso
de Engenharia Industrial Mecânica. Universidade Santa Cecília. Santos – 2006;
 Energia eólica. Documento da ANEEL, disponível em:
http://www.aneel.gov.br/aplicacoes/atlas/pdf/06-energia_eolica(3).pdf.
 Ricardo Terciote. A energia eólica e o meio ambiente. UNICAMP – Faculdade de
Engenharia Mecânica – Departamento de Energia.

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