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1. Aglomerantes
Material em forma de pó, ativo, que misturado com a água forma uma pasta capaz de
endurecer por meio de reações químicas, aderindo-se aos materiais com os quais se acha
envolvido e cuja resistência aumenta com o tempo.
1.1. Asfaltos
Poderosos ligantes, rapidamente adesivo, altamente impermeável e de longa durabilidade,
oferecem elevada resistência ao ataque pela maioria dos ácidos, álcalis e sais.
1.2. Cal
Nome genérico de um aglomerante simples, resultante da calcinação de rochas calcárias,
que se apresenta sob diversas variedades. É utilizada em mistura de areia e água, em
proporções apropriadas, na elaboração de argamassas. Estas tem consistência mais ou
menos plástica, e endurecem por recombinação do hidróxido com o gás carbônico
presente na atmosfera. Esse endurecimento se processa com lentidão e ocorre, de fora
para dentro, exigindo-se uma certa porosidade que permita a evaporação da água em
excesso e a penetração do gás carbônico (cal aérea).
1.3. Gesso
Obtido pela calcinação da gipsita natural, constituída de sulfato biidratado de cálcio
geralmente acompanhado de certa proporção de impurezas. É aplicado especialmente em
revestimentos e decorações.
2. Cimento Portland
2.1. Definição
É o produto obtido pela pulverização do clinker constituído essencialmente de silicatos
hidráulicos de cálcio, com certa proporção de sulfato de cálcio natural, contendo,
eventualmente, adições de certas substâncias que modificam suas propriedades ou
facilitam seu emprego. É um material recente, mas tem sua origem bastante antiga: na cal
hidráulica.
2.2. Constituintes
É o resultado da queima conjunta de duas matérias-primas bem dosadas e fragmentadas à
uma temperatura de 1450°C - clinquer. Uma das matérias-primas é a rocha calcária com
elevado teor de carbonato de cálcio e a outra matéria-prima é a argila com proporções bem
definidas de sílica, alumina e ferro. Geralmente proporção de 80% de calcário e 20% de
argila.
CaO: óxido de cálcio – proveniente do calcário, produz os compostos mais importantes do
cimento relacionados com as propriedades mecânicas.
SiO2: sílica – presente nas argilas, irá se combinar com o óxido de cálcio, resultando nos
silicatos, produtos responsáveis pela resistência química e mecânica do cimento.
Al2O3: alumina – proveniente das argilas, composto de baixa resistência química e
mecânica, mas que faz iniciar rapidamente as reações de endurecimento (pega).
Fe2O3: sesquióxido de ferro – proveniente das argilas, atuará como fundente, facilitando
as reações químicas e influenciando também na cor do cimento.
Álcalis – presentes nas argilas atuarão como fundentes no interior do forno, contribuindo
para o abaixamento do ponto de fusão da mistura.
SO3: sulfato – proveniente da gipsita, que será misturada ao clinquer e controlará a reação
de hidratação dos aluminatos, impedindo a iniciação imediata das reações quando o
cimento estiver em uso.
3. Agregados
Agregado é o material particulado, incoesivo, de atividade química praticamente nula,
constituído de misturas de partículas cobrindo extensa gama de tamanhos.
3.1. Classificação
Quanto a origem: naturais (areia e cascalho), artificiais: são os agregados obtidos por
processos industriais, tais como: argila expandida, vermiculita, pó de alumínio, entre
outros.
Quanto ao tamanho do grão: miúdo, areias, são aqueles que passam na peneira de 4,8mm
e fica retido na peneira de 0,15mm; graúdo, britas e seixos rolados, são os grãos que
passam pela peneira de 76mm mas ficam retidos na peneira de 4,8mm.
Filler: é um material muito fino composto por grãos menores que 0,075mm.
3.2. Umidade
A massa de água presente nos agregados indica seu teor de umidade, expresso como
uma porcentagem da massa de material quando completamente seco. A determinação
numérica da umidade pode ser feita através da estufa de aquecimento ao fogo.
O inchamento é o aumento do volume que ocorre em quantidade de areia, em função da
quantidade de água que ela contém.
4. Agressividade das águas dos solos e dos gases ao concreto, escolha dos cimentos
Segundo as reações químicas, podem distinguir dois tipos de ação: a lixiviação do cimento
endurecido e a expansão, geralmente provocada pela formação de novas combinações
sólidas, se devem principalmente aos sulfatos. Em geral a lixiviação é comprovada pela água
doce (o poder de dissolução da água é tanto maior quanto mais pura é a água, porém não
ocorre para concreto bem confeccionados), pelos ácidos, pelos sais, graxas e óleos.
A análise química dá informações sobre a natureza e a quantidade de substancias presentes
na água e que atacam o concreto. Seus resultados constituem a base para escolha das
disposições a tomar por ocasião da construção. As águas em correntes são mais perigosas
que as águas estagnadas, porque arrastam os produtos da reação e renovam as substâncias
agressivas. A permeabilidade do solo tem, em consequência, um papel importante. Nos solos
coesivos, o movimento da água é extremamente fraco, mas, nos solos arenosos, ela pode ser
grande. O atrito mecânico provocado por uma corrente rápida e o arrastamento dos corpos
sólidos se encontram geralmente reforçados se uma pressão muito elevada ou uma
temperatura também muito elevada agem igualmente.
Para apreciar o caráter agressivo de um solo em face de um concreto, basta, em geral,
proceder a um exame de amostras de água. A esse respeito, a análise química de tais águas,
de composição natural, compreende as seguintes pesquisas: medida do pH, odor,
consumação em permanganato de potássio, dureza, magnésio, amônio, sulfatos, cloretos e o
anidrido carbônico.
Os solos agressivos são reconhecíveis, na maior parte das vezes, pela coloração que varia do
castanho ao castanho amarelo dos solos normais. Suspeitos são considerados os solos de
coloração negra e até cinza, especialmente quando apresentam manchas de ferrugem
vermelho-castanhos. As camadas de cor cinza clara até branca, sob os solos vegetais
castanhos escuros até negros, indicam um caráter ácido do solo de fundação.
A escolha do cimento, quando o teor de sulfato presente nas águas não pode ser considerado
negligenciável, o emprego do cimento de fraca porcentagem de C3A torna-se indispensável,
em geral os cimentos resistentes aos sulfatos são cimentos ricos em escória ou de alto-forno,
cimento Portland especial, cimento supersulfatado.
6. Estudo de dosagem
A relação água/cimento, também chamada de fator x, é a razão entre os litros de água
utilizados para cada quilo de cimento. Ela é o principal fator para as propriedades ligadas à
resistência mecânica do concreto. O cimento necessita de, para a reação de endurecimento,
cerca de 14% do seu peso em água, +/- 7 litros por saco. Acrescentar mais água torna-se
necessário para obter a trabalhabilidade adequada.
O traço é uma sequência numérica que representa os componentes do concreto, separada
por dois pontos, onde os números se apresentam em ordem crescente a partir dos materiais
mais finos. O cimento é representado pela unidade que inicia a série e a quantidade de água
pelo último número. 1: areia : brita : água.
Corrigir o traço significa recalcular a quantidade de areia, procedimento necessário já que ela
nunca estará seca. A areia úmida estará sempre inchada. A correção é feita adotando mais
areia e menos água.