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Criação de Codornas
Setembro
2007
DOSSIÊ TÉCNICO
Sumário
1. Introdução.............................................................................................................................2
2. Objetivo.................................................................................................................................4
3. Vantagens da criação de codornas ......................................................................................4
4. Instalações e Equipamentos.................................................................................................6
4.1 Instalações adequadas .................................................................................................6
5. Sistemas de criação .............................................................................................................7
6. Manejo ..................................................................................................................................8
7. Alimentação .........................................................................................................................9
7.1 Codornas recém-nascidas ............................................................................................9
7.2 Alimentação dos reprodutores ....................................................................................10
8. Doenças e pragas em Aves................................................................................................10
8.1 Prevenção de Doenças e pragas nas codornas ..........................................................12
9. Comercialização .................................................................................................................13
Conclusões e recomendações ...............................................................................................15
Referências.............................................................................................................................15
Anexos....................................................................................................................................16
1 Legislação ...........................................................................................................................16
2. Fornecedores Diversos.......................................................................................................17
3. Criadores da ABCAVES ....................................................................................................19
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DOSSIÊ TÉCNICO
Título
Criação de codornas
Assunto
Resumo
Palavras chave
Conteúdo
1. Introdução
A codorna existe desde a antiguidade na Europa como ave migratória - de plumagem cinza-
bege e pequenas listas brancas e pretas - foi levada primeiramente para a Ásia - China,
Coréia e, depois, para o Japão. A codorna, hoje criada em cativeiro, é o resultado de vários
cruzamentos efetuados, no Japão e na China, a partir da sub-espécie selvagem Coturnix
coturnix, de origem européia, ou seja, a codorna doméstica.
Já no ano de 1300 d.c. a codorna foi domesticada pelos japoneses em função do canto
melodioso dos machos. Na primeira década do Século XX os japoneses conseguiram, após
inúmeras tentativas, promover sua criação de forma racional, em pequenas gaiolas, com
produção em série, com vistas à exploração comercial.
FIG. 1. Codorna.
Fonte: Disponível em: <http://www.uam.es/otros/monticola/archivo/anillamiento/codornices.htm>.
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A codorna é um animal muito domesticado , e as vezes dócil, sua alimentação é a ração
para codornas, que é concentrada com trigo, farelo de milho, carne moída etc.
Sua reprodução ocorre nos meados de abril/maio. A fêmea bota cerca de 12 ovos cor creme
com manchas castanhas, que são chocados durante 23/25 dias.
Existe um outro tipo de codorna pouco conhecida: a codorna albina, totalmente branca com
um detalhe amarronzado na nuca.
Graças à sua alta fertilidade, abundante postura de ovos e exigência de pouco espaço para
seu confinamento, mais a facilidade de transporte, a codorna tornou-se uma das principais
fontes de alimentação para os vietnamitas durante a guerra contra os Estados Unidos.
No Brasil, as codornas foram trazidas por imigrantes italianos e japoneses na década de 50.
A partir daí sua produção vem se consolidando, tornando-a uma importante alternativa
alimentar no país.
Na Coturnicultura os principais produtos são a carne de alta qualidade e os ovos cada vez
mais apreciados. Socialmente torna-se uma alternativa na produção animal, pela rapidez no
retorno de capital, baixo investimento, utilização de pequenas áreas e baixos gastos com
mão-de-obra.
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2. Objetivo
• Rápido crescimento;
• Precocidade sexual;
• Alta postura;
• Elevada rusticidade;
• Baixo consumo alimentar.
• Criação Comercial: É aquela feita em grande escala, onde o objetivo do criador será
a comercialização do produto final.
• Água: Responsável pelo metabolismo da ave, como também pela desinfecção das
instalações. Ter uma água de boa qualidade é fundamental;
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• Circulação de ar: Ter um ar que possa ser renovável é muito importante, visto que,
isto possibilitará a eliminação do excesso de umidade do ambiente, do calor e dos
gases formados pelo metabolismo da ave.
A estrutura básica deve contar com uma boa disponíbilidade de área, água, além é claro de
um clima favorável, lembrando que estes requisitos são indicados para o empreendedor que
deseja ter uma criação comercial.
Se o objetivo é ter uma criação doméstica pequena no fundo de casa, ela pode ser iniciada
com codorninhas de 1 a 28 dias. Outra opção é começar com algumas matrizes e
reprodutores e depois selecionar, em cada geração, os machos e fêmeas mais robustos,
para dar origem a novos reprodutores. Não há muito rigor técnico para a criação doméstica,
pois, geralmente, o objetivo do criador é o de obter ovos para seus familiares e ter as aves
como um hobby.
Contudo, mesmo nestas condições, são necessários alguns cuidados. Os dejetos, por
exemplo, precisam ser adequadamente eliminados, pois o seu acúmulo irá ocasionar a
proliferação de moscas ou outros insetos e mau cheiro em excesso. As gaiolas existentes
no mercado podem ser utilizadas neste tipo de criação, com pequenas modificações quando
necessário.
As codornas japonesas atingem pesos sempre superiores a 100 gramas (115 a 180
gramas). Apresentam desenvolvimento muito rápido, pois para atingirem o dobro do seu
peso inicial levam apenas quatro dias, enquanto a galinha leva oito a nove dias. Aos oito
dias, a codorna triplica o seu peso a aos 28 apresenta mais de dez vezes o seu peso inicial
de 7, 5 a 90 gramas. O início da maturidade sexual, ou seja a produção de ovos ocorre
quando atingem 40 a 42 dias de idade, caracterizando um ciclo reprodutivo curto,
apresentando uma postura regular a de grande rusticidade. Os ovos são grandes em
relação ao tamanho corporal, correspondendo a aproximadamente 8, 0% do seu peso
corporal, enquanto que na galinha a na perua são de 3, 0 a 2, 0%, respectivamente.
As fêmeas iniciam seu período de reprodução em 45 dias de vida, e são úteis até os 10
meses de idade. Depois desse período elas são "descartadas", pois seu corpo não atinge
170g, peso ideal para o abate. Diferentemente do macho, a estrutura da fêmea foi
comprometida pela energia que ela depositou na reprodução.
4. Instalações e Equipamentos
Irão variar de acordo com o tipo de criação, ou seja, doméstica ou comercial, porém, se
torna válido citar alguns tipos de instalações e equipamentos:
• Galpões Fechados (laterais). Apresenta um alto custo, além do que não podem ser
muito grandes e largos, pois dificultam a circulação de ar, recomenda-se que se
tenha várias janelas.
• Piso. Pode ser de cimento rústico ou outro material, deve apresentar uma pequena
declividade.
• Bebedouro. O mais comum é o do tipo nipple, pois possibilita obter melhor qualidade
da água, economia na sua administração e maior controle nos medicamentos.
As gaiolas, baterias, criadeiras, etc., com as codornas, devem ficar protegidas dentro de um
abrigo que pode ser construído especialmente para este fim ou, então, ser um local
reaproveitado, como uma garagem, um antigo galpão para galinhas ou outros animais,
quartos, etc., desde que sejam, antes do seu reaproveitamento, desinfetados rigorosamente.
Orientação
O galpão deve ter suas cabaceiras orientadas no sentido Leste / Oeste, para que o sol,
principalmente no verão, não penetre no seu interior, atingindo as gaiolas ou baterias com
as codornas, prejudicando-as ou até as matando, pelo calor excessivo que isso provocará
dentro do galpão.
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Tamanho
Deve variar de acordo com o porte da criação, os tipos ou dimensões das criadeiras,
chocadeiras, etc. As instalações, de um modo geral, devem proporcionar conforto às aves,
para que elas possam se reproduzir, crescer e produzir normalmente. Devem permitir,
ainda, maior facilidade e rapidez para a execução de serviços, o que significa baixar os
custos de produção.
Assim sendo, podemos ter desde pequenos galpões ou coberturas até galpões para
milhares de codornas. É aconselhável, também, que sejam previstas as ampliações das
instalações. Para isso, as construções devem ser feitas de maneira tal que facilitem a sua
ampliação ou as construções de novos galpões.
Janelas
Servem para clarear o ambiente, deixando entrar a luz natural e para facilitar a circulação e
a renovação do ar. Devem medir 1x1m e ficar a uma altura de 1,20 a 1,50 do piso do
galpão.
5. Os Sistemas de Criação
As codornas devem, preferentemente ser criadas em baterias gaiolas, por ocuparem menor
espaço, além de facilitar o manejo da ave.
1- Baterias de Reprodução
Destinadas àquelas aves de reprodução, devem ser de abrigo coletivo: uma gaiola para um
macho e 2 a 3 fêmeas. Um conjunto de gaiolas superpostas formará as baterias.
3- Gaiolas Criadeiras
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Com aquecimento elétrico, são utilizadas para a criação do pintinho, desde a eclosão até a
idade mínima de 15 dias.
4- Bateria de Engorda
Constituída por conjuntos de jaulas coletivas, destinam-se à criação das codornas para o
abate.
A engorda ainda poderá ser feita em piso forrado com cama à semelhança da criação de
frangos. O cômodo deve ser adequadamente vedado, e é possível criar entre 120 a 150
aves por metro quadrado.
6. O Manejo
Divide-se em:
Machos
Fêmeas
• Manejo dos Ovos. Os ovos serão colhidos duas vezes ao dia. A primeira coleta
realizada pela manhã e a outra, à tarde. Eles devem ser acondicionados nos pentes
próprios, mantidos sobre refrigeração, para que as suas qualidades nutritivas sejam
conservadas. Os ovos destinados à incubação serão mantidos em ambiente fresco,
arejado e nunca por um período superior a 7 dias.
7. Alimentação
Não devem receber nenhum alimento durante 24 horas após o nascimento pois, durante
esse período, elas são alimentadas pelas substâncias alimentícias existentes no saco
vitelino com o qual elas nascem e que é, depois, absorvido totalmente. Alem disso, elas
devem permanecer na câmara de eclosão durante esse período, para a secagem das suas
penugens.
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Retirada da câmara de eclosão
Vinte e quatro horas depois de nascidas, as codorninhas devem ser retiradas da câmara de
eclosão e levadas para criadeiras ou baterias que tenham uma fonte artificial de calor, pois,
sem ela, as avezinhas fatalmente morrerão. Nessas baterias elas já devem encontrar ração
e água à sua disposição, sempre à vontade, para que nunca lhes faltem. O seu acesso aos
comedouros e bebedouros, portanto, deve ser permanente.
Durante esse período, devem receber a ração inicial que deve ser rica em proteínas, ou
seja, de 26 a 30% desse elemento. Com 15 a 20 dias, devem receber uma ração com um
teor de proteínas de 20 a 25 ou até 28%, ou seja, a ração de crescimento.
Existem rações que podem ser consideradas como iniciais e de crescimento ou engorda,
que podem ser ministradas às codornas, desde a idade de 2 até 42 a 45 dias, época do seu
abate ou entrada em produção. Portanto, pode-se empregar 2 tipos de ração, a inicial e a de
crescimento ou, então, um só tipo, durante todo esse período de vida dessas aves.
No caso de usar os dois tipos de ração, a passagem de um para o outro deve ser gradativa
e não de um dia para outro, pois esse procedimento pode provocar stress e prejudicar o
desenvolvimento das codornas.
A ração de postura deve ter 23% de proteínas e a de manutenção, com 12%. Basta
ministrar ração balanceada, à vontade, para as codornas.
Do 1 ao 15 dias de vida, elas comem, em média, 2g e dos 15 dias em diante, 10 a 12g/dia
em média.
Com 25 dias de idade, as fêmeas devem receber a ração de postura, o mesmo acontecendo
com os machos da mesma idade.
Por melhores que sejam as codornas, por melhor selecionadas que hajam sido e mesmo em
ótimas instalações, só produzirão bem e terão uma boa produtividade se forem bem
alimentadas, isto é, com boas rações balanceadas, frescas e isentas de produtos tóxicos.
As rações para essas aves devem ter as percentagens adequadas de proteínas, ou seja, as
indicadas no item anterior, pois percentagens menores diminuem a produção e maiores,
embora a postura possa aumentar, concorrem para menor percentagem de eclosão e para o
aparecimento de inapetência, paralisias, etc.
Devemos ressaltar que o consumo médio diário de uma codorna adulta é de 30 a 40 gramas
de ração. Para obtermos 1kg de ovos são necessários 4,5kg de ração e para uma dúzia de
ovos são precisos 0,54 kg.
Aves bem alimentadas e com um manejo correto são mais resistentes às doenças e a
melhor prevenção é feita através de vacinas, embora para algumas doenças das aves não
existam vacinas, ou apesar de existirem, tornam-se inviáveis para o pequeno produtor, pois
só são vendidas pelos fabricantes em grande quantidade e após serem abertas não podem
ser guardadas e reaproveitadas (como por exemplo, a vacina contra a doença de Marek que
só é vendida em embalagens de 500 a 1000 doses, e por ser seco- liofilizada e mantida a
100°c em bujões de nitrogênio líquido ).
São várias as doenças que atacam as aves, a maioria são doenças respiratórias.
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• Aspergilose é uma infecção que ataca as aves, sendo provocada por fungos. Causa
alterações no aparelho respiratório ( ronqueira ), perda de apetite, enrijecimento das
articulações e paralisia, diarréia, apatia, queda na produção. Confunde-se com a
coriza e a bronquite infecciosa. Não há vacina, o tratamento é feito com antibióticos e
pulverização periódica dos viveiros com fungicidas. A ingestão de alimentos mofados
induz a formação de focos.
• Bouba Aviária também conhecida como varíola Aviária, é causada por vírus,
formando nódulos escuros na pele em volta dos olhos, bico, crista e barbelas. As
aves apresentam dispnéia e cabeça arroxeada. Quando as aves aparecem doentes
devem ser isoladas. Quando os nódulos são retirados a pele sangra e deve-se
aplicar iodo glicerinado e as aves devem ser tratadas com antibióticos. A vacina é
indispensável para evitar a doença, deve ser aplicada nas aves de 1 a 5 dias de
idade, na membrana da asa ou na coxa após a retirada das penas.
• Doença de Marek é uma doença causada por vírus também conhecida como
Paralisia das Aves, causa tumores nos nervos, nos rins, baço, fígado, intestinos,
coração e músculos. Os sintomas variam de acordo com a localização dos tumores.
Podem ocorrer diarréias, as aves ficam ofegantes, podem aparecer tumores sob a
pele, afeta o sistema nervoso central das aves. O crescimento, a reprodução sofrem
decréscimo devido à doença.
As aves doentes são agredidas pelas aves sadias e mostram lesões de bicagem.
Severa limpeza e desinfecção, isolamento das aves doentes são muito
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importantes. A vacinação deve ser realizada em pintos de 1 dia de idade e aplicada
no dorso do pescoço.
• Leucose Linfóide é uma doença provocada por vírus, causa a formação de tumores
em vários órgãos, principalmente baço e fígado, provocando hipertrofia dos mesmos
provoca deformações ósseas e inchações dos membros, daí o nome popular de
“perna grossa”. O tratamento é feito com antibióticos.
• Tifo Aviário é provocada por Salmonela, provoca palidez da crista, apatia, penas
arrepiadas, diarréia amarelo-esverdeada e artrites, febre, sede intensa. O tratamento
é feito com algumas sulfas e antibióticos específicos. A doença aparece
normalmente por práticas anti-higiênicas e mau manejo.
Vacinação.
As codornas devem ser vacinadas contra as doenças de Newcastle e Coriza, por se
constituírem naquelas de maior importância econômica.
* Vacinação de Newcastle:
- 1ª dose. Aos 21 dias de idade, vacina vírus vivo, amostra La Sota - via ocular, instilando-se
uma gota de vacina no olho.
- 2ª dose. Aos 45 dias de idade, vacina vírus morto, oleosa -via injetável, no músculo do
peito, ou subcutânea, na dose de 0,5ml (meio mililitro).
Vermifugação. Aos 30 dias de idade, vermifugar as aves, através da ração, com drogas à
base de mebendazole. Repetir a medicação 3 semanas após. A dosagem deverá ser o
dobro daquela recomendada a galinhas.
9. Comercialização
Qualquer criação comercial tem por objetivo o lucro. Na criação de codornas, seja para a
produção de ovos, produção de carne ou pintos de um dia de vida, não poderia deixar de
ser diferente. Por ser uma criação exótica, existem alguns fatores para os quais o criador
deve se atentar, são eles:
• Regiões onde existam cooperativas que tenham cooperativas que tenham atividades
relacionadas à avicultura, principalmente de postura, poderão ser um excelente meio
de escoar a produção, por estarem envolvidas na comercialização de ovos;
• A venda para atacadistas também é uma forma de escoar a produção. Neste caso, é
possível a associação entre o produtor e o comerciante, ficando cada um com a sua
responsabilidade;
• produção de carne,
• produção de ovos,
• produção de codornas de um a 35 dias.
Não existe ainda no Brasil, uma seleção do material genético, ou melhor não existe alguma
"linhagem" específica para codorna de postura a codorna para reprodução. Para evitar
quedas no desempenho, os matrizeiros devem, constantemente trazer linhagens novas de
outros países.
As codornas que têm sido vendidas para consumo são os machos que não serão utilizados
na reprodução a as aves após o ciclo de produção de ovos (aves de descarte). Apesar
disso, percebe-se os aumentos na apreciação da carne de codorna a no aumento de
consumo.
Na situação atual, as carcaças pesam cerca de 100 gramas e a idade ótima de abate se dá
ao redor de cinco semanas de idade das aves. Os trabalhos científicos indicam um
rendimento de carcaça de 72% e os trabalhos de seleção já mostram a existência de aves,
pesando em torno de 260 gramas no abate, especialmente na codorna japonesa, melhorada
na Europa.
A genética tem trabalhado para aumentar o peso ao abate, melhorar a eficiência alimentar a
especialmente a viabilidade. Neste último aspecto, poucos resultados têm se conseguido,
por isso o produtor deve se concentrar nas melhorias das práticas de manejo e higiene da
criação.
Embora as aves sejam rústicas, o criatório deve estar em local apropriado, bem arejado,
contar com manejo correto e água de boa qualidade para que o desempenho seja melhor.
Nessas condições, a produção de ovos pode chegar ao índice ideal de 90%, isto é, para um
plantel de 1.000 aves, deve-se colher diariamente pelo menos 900 ovos (30 cartelas de 30
unidades).
Os cochos de alimentação devem ser do tamanho certo e a ração é colocada duas vezes ao
dia. Também deve-se fazer limpeza periódica das fezes e dos bebedouros. As baterias de
gaiolas comportam, em geral, 240 aves, que é a população ideal para criações tecnificadas.
Para as codornas não parem de botar, será necessário a aquisição de codornas de boa
qualidade genética. Saber o antecedente de postura. Também é preciso ficar atento com a
formação do plantel.
Nos primeiros 30 dias dos filhotes não se pode descuidar da água, luz e temperatura. O
terceiro item será a acomodação das gaiolas. O tamanho padrão é de 1 metros por 40
centímetros e a densidade é de 90 a 100 codornas por metro quadrado.
É bom evitar a super população porque isso gera brigas. O quarto item é a ração, que tem
que ser de boa qualidade, com bom teor de proteína, principalmente de cálcio. Tem uma
ração especial para postura. Recomenda-se que ela seja dada três vezes ao dia, o que evita
o desperdício da ração.
Numa criação comercial, as codornas devem ser descartadas em torno dos dez meses de
vida. É quando elas passam a botar menos ovos.
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A formação de ovos de codorna com casca mole ou sem casca, pode ser devido a dois
fatores: o psicológico e o nutricional. Podem ser fatores psicológicos porque as codornas
são animais bem sensíveis. Qualquer barulho ou ruído estranho pode dar um susto nas
codornas e elas podem botar o ovo antes do tempo.
A formação do ovo demora cerca de 20 horas até que a codorna bote. O ovo mole não leva
todo esse tempo, é geralmente a da 17 horas, ou seja, três horas antes da formação do ovo.
Conclusões e recomendações
O mercado não é capaz de absorver uma grande produção de ovos de codorna, a principal
aptidão desse tipo de criação. Por isso, ao iniciar uma exploração coturnícola, o produtor
deve realizar uma pesquisa de mercado, definindo a colocação dos produtos e após isso
dimensionar a sua criação.
A Universidade Federal de Lavras tem um livreto em que explica o passo a passo para a
criação em escala comercial de codornas. Há custo de aquisição e pode ser solicitada por
carta ao endereço: UFLA. Caixa Postal 37. Lavras MG. Cep. 37200-000
Sugere-se a leitura sobre criação de codornas,livros e filmes, produzido pelo CPT, para sua
confecção, foram visitados os principais produtores de codornas do país, enfocando os
diferentes aspectos da exploração.
<https://www.cpt.com.br/2005/nave.php?op=busca&bs=codorna>.
Recomenda-se a leitura no artigo abaixo que aborda sobre criação de codorna em uma
granja.
<http://www.aviculturaindustrial.com.br/site/dinamica.asp?id=1630&tipo_tabela=produtos&ca
tegoria=codorna>.
Sugere-se a leitura no link que aborda sobre manual para instalar chocadeira.
<http://www.premiumecologica.com.br/premium_manual.pdf>.
Referências
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ARIKI, Joji. Criação de codornas. Tecnologia e Treinamento. Disponível em:
<http://www.tecnologiaetreinamento.com.br/sessao.php?go=materiastecnicas&mat=0056>.
Acesso em: 20 set. 2007.
AVICULTURA INDUSTRIAL.
Criação de codornas. Disponível em:
<http://www.aviculturaindustrial.com.br/site/dinamica.asp?id=19398&tipo_tabela=produtos&c
ategoria=codorna>.
LIMA, Angélica Ferreira. Nordeste Rural. Criação de codorna com fins comerciais.
Disponível em:<http://www.nordesterural.com.br/nordesterural/matler.asp?newsId=2211>.
Acesso em: 20 set. 2007.
Anexos
1. Legislação
Lei Federal nº. 1.283, de 18 de dezembro de 1950 – Dispõe sobre inspeção industrial e
sanitária dos produtos de origem animal.
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L1283.htm>.
Lei Federal nº. 7.889, de 23 de novembro de 1989 – Altera dispositivos da Lei Federal nº
1.283/50.
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L7889.htm>
Lei nº. 14309, de 19 de junho de 2008. Dispõe sobre as políticas florestais de proteção a
biodiversidade.
2. Fornecedores Diversos
Avifag Comercial
Rio Claro, SP.
Tel: (19) 3534 - 3663
E-mail: avifag@uol.com.br
Artabas
Equipamentos para fábrica de ração modulada, de poedeiras
Bastos - SP. Tel.: (14) 445-1206.
E-mail : artabas@tup.zaz.com.br
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Brassel Automação Industrial
Equipamentos para automação de granjas
Belo Horizonte - MG
Tel: (31) 292-5279
E-mail: brassell.bhz@zaz.com.br
Chore Time
Equipamentos p/automação de granjas.
Londrina(PR) - Tel: (43) 3360-3205 Fax (43) 3360-5332
E-mail: ctbguede@onda.com.br
Diamond Systems-Brasil
Máquinas classificadoras e empacotadoras de ovos.
Diamond Systems - Brazil
Lajeado-RS
E-mail: diamondsystems@uol.com.br
www.diamondsystem.com
Fragoso Framac
Segmento de máquinas
Tel: (11) 5821-2524 Fax: (11) 5821-6575
Email: contato@framac.com.br
www.framac.com.br
Granja Fujikura
Fornecedor de codornas de 1 dia para postura. Codorna Japonesa (coturnix, japonica).
Estrada Fazenda Viaduto,Km 04, nº. 2325 - Suzano - SP
Tel.: (11)4746.2123 / Fax:(11)4747.5723
Contato: William Shuhei Fujikura
E-mail: fujikura@nethall.com.br
Granja Shigueno
Estrada Mogi-Salesópolis, Km 6 - Mogi das Cruzes - SP.
Tel (11) 4792 - 2136
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Email: shigueno@shigueno.com.br
www.shigueno.com.br
Hy Line do Brasil
Nova Granada - SP.
Tel.: (17) 3262 – 5000
http://www.hylinedobrasil.com.br
Kilbra Máquinas
Equipamentos para Automação Avícola.
Tel/Fax: (18) 642.3240 - Birigui - SP
E-mail: kilbra@kilbra.com.br
www.kilbra.com.br
Mercoaves
Comercialização de pintos
Porto Alegre - RS
Fone: (51) 3232 3729
Email: mercoave@terra.com.br
Multinox
Produção de máquinas e equipamentos em aço inoxidável e aço carbono para incubatórios.
Dourados, MS.
E-mail: m.inox@terra.com.br
Fone/Fax: (67) 426.0900 ou 426.1000.
AVEXÓTICA
Luiz Carlos– (11) 46166704 ou 82168253
CRIADOURO PHOENIX
Robinson Silva - (11) 36832066 ou 36812700
CRIADOURO PARAÍSO
Édson - (11) 64920502 ou 76614805
CRIADOURO QUEIRÓZ
Marcelo Queiróz – (11) 56741234 ou 98209896
CRIAÇÃO COPPEDÉ
Marcelo Coppedé – (11) 39767496
CRIADOURO DUARTE
Caio Nogueira – (11) 50622794 ou 72745155
FAZENDA CALIFÓRNIA
Roberto Lins - (81) 33422531
RECANTO DA SERRINHA
Armando Sobral - (11) 61626406 ou 83839953
SÍTIO DA FAMÍLIA
Virgínia Franco – (11) 56673495
SÍTIO PARAGUAÇÚ
Roberto Gil - (11) 36756499 ou 94983540
CDT/UnB
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Data de finalização
22 set. 2007
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