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Materiais Plasticos UNICAMP PDF
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I- INTRODUÇÃO
1 - Considerações Gerais
Como pode ser constatada, a embalagem plástica constitui uma grande variedade
de opções que possibilitam uma dosagem adequada na especificação e
dimensionamento da embalagem ao produto, tornando-as altamente competitivas
em relação aos demais materiais. Dentre esses requisitos, destacam-se as
exigências de proteção, os aspectos econômicos e as restrições de legislação e
do meio ambiente. Quanto ao fator proteção, as embalagens plásticas permitem a
obtenção de um gradiente de barreira com relação à permeabilidade aos gases,
ao vapor de água e aos compostos voláteis, dependendo da constituição
polimérica e dos processos de fabricação da embalagem. Outros fatores como as
propriedades mecânicas e resistência física são tanto quanto importantes para
que o sistema de embalagem não venha ser subdimensionado, ou apresentar ao
produto reduzido tempo de vida útil de comercialização.
2 - Polímeros e Polimerização
Com relação às fontes de origem mineral, a hulha ou carvão de pedra já foi bem
utilizado, mas foi praticamente substituída pela nafta do petróleo, a principal fonte
dos monômeros: etileno, propileno e butileno.
5 - Propriedades Físicas
5.1 - Cristalinidade
5.2 - Densidade
6 - Propriedades Térmicas
7 - Resistência Química
8 - Propriedades Mecânicas
9 - Propriedades de Barreira
Q. X
P=
t. A.∆p
P = constante de permeabilidade;
X = espessura do material;
Q = fluxo dos gases ou do vapor de água;
A = área do material;
t = tempo.
10 – Aspectos Legais
Prazo de validade
A adequação de sistemas de embalagens destinados ao acondicionamento de
alimentos, em especial os materiais plásticos, visa contemplar um dos principais
objetivos da cadeia produtiva das empresas que é colocar à disposição dos
consumidores um produto com qualidade assegurada.
Migração e Segurança
Ainda, segundo o referido Código, Seção III, Artigo 18, Parágrafo 6o, “São
impróprios ao uso e consumo”:
Materiais Reciclados
Estudos que poderão levar às possíveis exceções são os testes laboratoriais para
confirmar a adequação da eficiência dos processos de descontaminação, através
de instrumentos analíticos com precisão suficiente para determinar o nível de
resíduo de contaminante inferior a 10µg/kg (ILSI, 1998). Portanto, recente debate
sobre tal problemática inclui o “I Fórum Internacional sobre PET Reciclado em
Embalagens para Alimentos e Bebidas”, com o propósito de assessorar a
regulamentação nacional em relação à experiência internacional (kuznesof, 2005).
.
II- PLÁSTICOS PARA EMBALAGEM
1 - Polietileno (PE)
2 - Polipropileno (PP)
Características e Propriedades:
Alto rendimento na produção de embalagens convertidas;
Filme biorientado (BOPP) com ótima transparência;
Boa barreia aos óleos e gorduras;
Boa barreira ao vapor de água.
Exemplos de aplicações:
Filmes para embalagens flexíveis transparentes;
Filmes biorientados transparentes, metalizados ou perolisados;
Filmes para conversão de embalagens flexíveis;
Tampas e sistemas de fechamento;
Garrafas, potes, bandejas e caixas;
Sacos de monofilamentos ou de ráfia;
Fitas para arqueação.
3- Poliestireno (PS)
Características e Propriedades:
Alta transparência, no caso do poliestireno cristal;
Filmes biorientados resistem ao congelamento;
Fragilidade e baixa resistência ao impacto;
Fácil termoformação, quando modificado para alto impacto;
Boa resistência aos ácidos e bases fortes;
Boa resistência aos álcoois e hidrocarbonetos alifáticos;
Solúvel em ésteres, compostos clorados e hidrocarbonetos aromáticos;
Baixa propriedade de barreira.
Exemplos de aplicações:
Filmes com alta transparência;
Copos e talheres descartáveis;
Chapas para termoformagem;
Caixas e bandejas expandidas;
Material de acolchoamento,
Material para isolamento térmico.
Características e Propriedades:
As propriedades físicas e mecânicas dependem da formulação;
Filmes sem plastificantes tornam-se quebradiços;
Os plastificantes diminuem a barreira do PVC;
Os filmes são bem transparentes e brilhantes;
Boa resistência aos óleos e gorduras;
Boa resistência aos hidrocarbonetos não polares;
Quando superaquecido, libera ácido clorídrico e gás tóxico;
Exemplos de Aplicações:
Filmes plastificados e esticáveis;
Filmes termoencolhíveis;
Filmes para uso como envoltório de bandejas;
Chapas para termoformagem em geral;
Garrafas, frascos, blisters, skin packs, etc.
Características e Propriedades:
Boa barreira aos gases, vapor de água e compostos voláteis;
Boa resistência aos óleos e gorduras;
Difícil termosoldagem por máquinas convencionais;
A resina pode ser processada por extrusão e/ou coextrusão;
Baixa resistência mecânica em temperatura de congelação;
Atacado por solventes clorados, cetonas, cetonas e compostos aromáticos.
Exemplos de Aplicações:
Revestimentos de barreira para filmes poliolefínicos, poliésteres e celulósicos;
Componente de barreira em embalagens flexíveis convertidas;
Material de barreira em embalagens laminadas e coextrusadas.
Características e Propriedades:
Alta resistência mecânica (tração, ruptura e impacto);
Boas propriedades óticas (transparência e brilho);
Estabilidade térmica (uso em fornos microondas);
Boa barreira ao gás carbônico e aos aromas;
Boa resistência aos óleos e gorduras;
Boa resistência química, exceto aos ácidos e álcalis alcoólicos.
Exemplos de Aplicações:
Produção de filmes biorientados;
Embalagens biorientadas (garrafas para alimentos);
Embalagens para produtos farmacêuticos (frascos);
Chapas para termoformagem (bandejas, blisters);
Bandejas cristalizadas para forno convencional e microondas.
FIGURA 7 – Estrutura molecular básica do politereftalato de etileno (PET).
8 - Poliamidas (PA)
Características e Propriedades:
Alta resistência à tração e ao alongamento;
Excelente resistência ao impacto e perfurações;
Boa barreira aos gases e aromas;
Boa resistência ao calor e às baixas temperaturas;
Alta absorção de água (ver valor relativo na Tabela 4);
Resistentes aos reagentes inorgânicos;
Afetado por peróxido de hidrogênio e hipocloritos.
Tabela 4 - Exemplos de algumas propriedades relativas às poliamidas.
Exemplos de Aplicações:
Produção de filmes mono e biorientados;
Filmes para laminação e coextrusão;
Embalagens a vácuo;
Embalagens termoformadas.
FIGURA 8 – Representação molecular da polimerização de náilon 6-6.
13-Ionômeros (IO)
Ionômeros são copolímeros do etileno com o ácido acrílico, que teve parte
dos átomos de hidrogênio do grupo carboxílico substituída por átomos de sódio
ou de zinco. A Figura 12 mostra a estrutura molecular de um ionômero do etileno
com o acrilato de sódio.
Apesar de ser mais caro do que o PEBD e EVA, suas distintas propriedades
favorecem a relação custo/benefício, principalmente nas aplicações que requerem
boa selagem como nas embalagens a vácuo, nos laminados cartonados contendo
folha de alumínio para produtos ácidos e para cartões plastificados do tipo skin
packs. Outras aplicações dos ionômeros são em estruturas coextrusadas, como
componente de embalagens para óleos e gorduras e produtos químicos.
Uma marca comercial de ionômero, conhecida internacionalmente, é o Surlyn .
15 - Policarbonato (PC)
16 - Biopolímeros
Os materiais poliméricos já descritos são na maioria de origem petroquímica,
entretanto, os biopolímeros são basicamente de fontes biológicas ou agrícolas.
Exemplos destes materiais incluem as celuloses, os carboidratos (amidos e
açúcares), as proteínas, os lipídios (óleos e gorduras) os ácidos orgânicos, etc.
Tais materiais são usados como matéria-prima para produção diretamente dos
biopolímeros ou indiretamente como substrato para crescimento de
microrganismos específicos ou por aqueles geneticamente modificados.
. As aplicações destes materiais no segmento de embalagens visam atender a
requisitos especiais como, por exemplo, a degradabilidade após a utilização, ou
seja, as características ecológicas ou ambientais.
Naturalmente, o material plástico ao se degradar sofre modificações em sua
estrutura molecular pela ação ambiental ao longo de sua utilização ou após o uso.
A degradabilidade pode ser via oxidativa e/ou por ação microbiológica. Existem
plásticos totalmente biodegradáveis como os biopolímeros produzidos por
microrganismos ou os provenientes de polímeros naturais.
Apesar das vantagens da biodegradabilidade dos biopolímeros, esses
apresentam menor desempenho técnico tais como menor resistência mecânica e
pouca barreira aos gases e vapor de água, quando comparados aos polímeros
sintéticos (Guilbert et. alii, 1997).
Outras aplicações destes materiais têm sido também na produção de filmes
(também denominados biofilmes) e ou revestimentos comestíveis, tanto para
alimentos industrializados quanto para frutas. Nesses casos, os biopolímeros
atuam como alternativas para auxiliar na proteção, ou seja, aumentar a vida útil do
produto.
Certos tipos de biopolímeros têm sido produzidos através das técnicas especiais
de clonagem ou seja pela bioengenharia. Exemplos destes materiais incluem os
biopolímeros provenientes do milho e da soja e dos microrganismos modificados
geneticamente para a síntese desses materiais.
III-PROCESSOS DE TRANSFORMAÇÃO E CONVERSÃO
1- Processos de Extrusão
4- Processos de Termoformação
4- Processos de Conversão
Laminação por via úmida (wet bonding) - denominação devido ao adesivo ser
de base aquosa, condição apropriada quando um dos substratos é bem poroso
como no caso dos papéis laminados ao alumínio ou a um material plástico
(Figura 25). Nessa laminação o adesivo é aplicado no substrato não poroso,
que ao ser laminado ao papel é conduzido até a estufa para secagem.
Laminação por via seca (dry bonding) – ocorre quando o substrato é pouco
permeável ao solvente de dissolução do adesivo, sendo que o substrato só
será laminado após a evaporação do solvente na estufa (Figura 26). Esse
processo e usado na laminação de alumínio ou celofane com filmes do como
polietileno e polipropileno. Caso o processo de secagem não ocorra
adequadamente, poderá remanescer resíduo do solvente no laminado e
posterior migração para o alimento. Para minimizar tal problema, recomenda-
se um descanso da bobina laminada pelo menos 24 horas antes do
acondicionamento do produto.
4.3- Metalização
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS