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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA

DO MARANHÃO - NÚCLEO AVANÇADO DE SANTA RITA


CAMPUS MONTE CASTELO

FABRICAÇÃO DE PEÇA METALICA ATRAVÉS DO PROCESSO DE SOLDAGEM


COM ELETRODO REVESTIDO

SANTA RITA – MA
2016
HAILTON DE SOUZA CARVALHO
JEFFERSON PIRES PAIXÃO
RONALD DANILO MENDES ALVES
WESLEY CARVALHO SILVA

FABRICAÇÃO DE PEÇA METALICA ATRAVÉS DO PROCESSO DE SOLDAGEM


COM ELETRODO REVESTIDO

Trabalho apresentado ao Instituto Federal de


Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão –
IFMA, como requisito de obtenção do grau Técnico
em Eletromecânica.

Orientadora: Profª Msc. Gricirene Correia

SANTA RITA – MA
2016
HAILTON DE SOUZA CARVALHO
JEFFERSON PIRES PAIXÃO
RONALD DANILO MENDES ALVES
WESLEY CARVALHO SILVA

FABRICAÇÃO DE PEÇA METALICA ATRAVÉS DO PROCESSO DE SOLDAGEM


COM ELETRODO REVESTIDO

Aprovado em:____/____/_____
Nota: ____________________

BANCA EXAMINADORA

_____________________________________________
Profª MSc Gricirene Sousa Correia
(Orientadora)

_____________________________________________
Prof. Esp. Benedito Braúna Curvina

_____________________________________________
Prof. MSc Artidonio Dantas Prado
AGRADECIMENTOS

Agradecemos a Deus que nos deu saúde e coragem para podermos alcançar os
nossos objetivos.
Aos nossos pais, que nos deram todo o apoio;
Aos nossos professores Brauna e Joan Botelho que sempre deram o melhor para
que pudéssemos ir sempre em frente.
À nossa querida orientadora professora Gricirene Correia que não mediu esforços e
sempre contribuiu de forma espontânea para a realização deste trabalho.
À instituição, por abrir suas portas para que pudéssemos fazer este curso.
Á todos que contribuíram diretamente e indiretamente.
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Esquema do Processo do Eletrodo Revestido.................................. 07


Figura 2 – Esquema do Processo do Eletrodo Revestido.................................. 11
Figura 3 – Soldagem em tubulação.................................................................... 12
Figura 4 – Esquema do Eletrodo Revestido....................................................... 13
Figura 5 – O significado das designações da AWS............................................ 18
Figura 6 – Peça de aço...................................................................................... 19
Figura 7 – Cantoneira......................................................................................... 19
Figura 8 – Avental de couro, máscara e luvas de couro..................................... 20
Figura 9 – Protetor auricular e óculos de proteção............................................. 20
Figura 10 – Porta Eletrodo................................................................................. 20
Figura 11 – Eletrodo Revestido.......................................................................... 21
Figura 12 – Máquina de Solda............................................................................ 21
Figura 13 – Picador............................................................................................. 22
Figura 14 - Escova manual................................................................................. 22
Figura 15 - Corte da peça de metalon................................................................ 23
Figura 16 - Pontos de Solda e Soldagem da Peça............................................. 24
Figura 17 - Peça Pronta (PORTÃO)................................................................... 24
SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................... 07
2. REVISÃO DA LITERATURA.................................................................... 09
2.1. Histórico da soldagem.......................................................................... 09
2.2. Fundamentos do processo de soldagem............................................. 10
2.3. Aplicação do processo de soldagem.................................................... 12
2.4. Fabricação do eletrodo revestido......................................................... 13
2.5. Tipos de eletrodo revestido.................................................................. 13
2.6. Armazenamento e manuseio................................................................ 16
3. A ESPECIFICAÇÃO AWS A5.1............................................................... 17
4. METODOLOGIA E RESULTADOS.......................................................... 19
4.1. Materiais............................................................................................... 19
4.2. Preparação dos materiais.................................................................... 22
5. CONCLUSÕES.......................................................................................... 25
6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................... 26
7

1. INTRODUÇÃO
Soldagem é o processo de união entre duas partes metálicas, usando uma
fonte de calor com ou sem aplicação de calor. A solda é o resultado desse processo.
(BRANDI, 1992).
Existem muitos processos de soldagem, dentre de muitos, a soldagem a arco
elétrico com eletrodo revestido (Shielded Metal Arc Welding – SMAW), também
conhecido como soldagem manual a arco elétrico, é o processo mais empregado
nas grandes e pequenas indústrias (Figura 1).

Figura 1 – Esquema do Processo do Eletrodo Revestido

Segundo Machado (1996) a soldagem com eletrodo revestido projetou-se como


um dos mais importantes processos de fabricação como consequência direta da sua
extrema flexibilidade, por ser um processo apropriado para a maioria das ligas
metálicas, no mínimo, com os seguintes consumíveis disponíveis: aço ao carbono,
de baixa liga, resistentes à corrosão e altamente ligados; ferros fundidos; alumínio;
cobre e níquel. Entretanto, o procedimento não é adequado para ligas com ponto de
fusão muito baixo (chumbo, estanho ou zinco), devido à intensa energia gerada pelo
arco elétrico, nem para aquelas extremamente reativas (zircônio ou titânio) por não
oferecer proteção à contaminação e/ou reação do metal fundido com os gases da
atmosfera.
8

Assim este tipo de solda tem posição de destaque dentro da indústria


metalúrgica, pois, ainda é a melhor maneira de unir materiais com baixíssimo custo
se comparado com outros métodos.
Este processo também tem se destacado entre os profissionais do município
de Santa Rita do estado do Maranhão.
Assim este trabalho tem como objetivo geral identificar e aprender cada etapa
do processo de soldagem com eletrodo revestido, familiarizando-se também com o
arranjo e a operação dos equipamentos na soldagem manual para mostrar o
princípio de funcionamento em uma oficina de pequeno porte no município de Santa
Rita – MA.
É importante salientar que assim como todo processo industrial, não
diferentemente a soldagem, é preciso alguns cuidados com relação à segurança do
soldador como do ambiente ao seu redor, principalmente por se tratar de
equipamento que exige uma série de cuidados em função de produtos gerados
como fumos, gases, arco elétrico e radiação.
9

2. REVISÃO DA LITERATURA
2.1 Histórico da Soldagem
A soldagem por eletrodo revestido teve origem na soldagem com eletrodo de
carvão. Em 1885 Nicolai N. Bernardos desenvolve a soldagem por eletrodo de
carvão, estabelecendo os princípios da soldagem por arco elétrico.

Arco Elétrico
Davy
1809 Inglaterra

Eletrodo Solda ao Arco Eletrodo Não


Consumível 1885 Rússia Consumível

Eletrodo Nú Arco Protegido Eletrodo de


Kjellberg Carbono
1907 Suécia 1885 Rússia

Dióxido de Carbono Arco Submerso Eletrodo de


Alexander Kennedy Tungstênio
1928 EUA 1935 EUA 1930 EUA

Gás Inerte Eletrodo Revestido


Alexander Strohmenger
1928 EUA 1912 Inglaterra

Em 1905, tivemos os primeiros "eletrodos com revestimento" desenvolvidos por


Oscar Kjeellberg, durante a queima do revestimento, estes liberam gases que
evitam a contaminação da solda.
Até então os processos mais utilizados para união de metais, eram "soldagem
por resistência, oxi-combustível e rebites aquecidos", mas já nos meados de 1920, o
eletrodo revestido começou a ser utilizado em larga escala pela industria naval
inglesa, impulsionada pela Primeira Guerra Mundial.
10

Atualmente o processo eletrodo é bastante utilizado pela sua grande


versatilidade, ao baixo custo de operação, à simplicidade dos equipamentos
necessários e à possibilidade de uso em locais de difícil acesso ou sujeitos a ventos.
O processo de soldagem classifica-se de acordo com a união dos metais
 Soldagem por fusão – esta é realizada de duas ou mais superfície, com ou
sem metal de adição.
 Soldagem por resistência – As bordas das peças são unidas por fundição,
geralmente por pressão, sem metal de adição.
 Soldagem por pressão – As bordas são unidas pela força aplicada nas
superfícies.
 Brasagem – O material de adição é aquecido e depositado no metal de base,
ocorrendo apenas à fusão do metal de adição.

2.2 Fundamentos do Processo de Soldagem


O processo de soldagem por arco elétrico com eletrodo revestido consiste,
basicamente, na abertura e manutenção de um arco elétrico entre o eletrodo
revestido e a peça a ser soldada. O arco funde simultaneamente o eletrodo e a
peça. O metal fundido do eletrodo é transferido para a peça, formando uma poça
fundida que é protegida da atmosfera (O2 e N2) pelos gases de combustão do
revestimento. O metal depositado e as gotas do metal fundido que são ejetadas
recebem uma proteção adicional através do banho de escória, que é formada pela
queima de alguns componentes do revestimento (Figura 2).
11

Figura 2 – Esquema do Processo do Eletrodo Revestido


Fonte: SOLDAGEM COM ELETRODO REVESTIDO www.ivanilzafelizardo.com // iva@ivanilzafelizardo.com
MATERIAL DIDÁTICO – APOSTILA (coletânea de informações retiradas de diversas bibliografias)

O sopro das forças do arco, bem como o impacto dos glóbulos de metal
fundido, forma uma pequena depressão no metal de base que é chamada de
cratera, onde a distância medida no centro do arco da extremidade do eletrodo até o
fundo da cratera é chamada comprimento do arco que deve ser o menor possível (3
e 4 mm ou 0,5 a 1,1mm o diâmetro da alma do eletrodo) a fim de reduzir a chance
dos glóbulos do metal em fusão entrarem em contato com o ar ambiente,
absorvendo O2 e N2, os quais tem efeito bastante adverso nas propriedades
mecânicas do metal depositado.
A corrente que alimenta o arco elétrico provem de uma fonte geradora,
podendo ser corrente contínua ou corrente alternada. Os aparelhos que servem de
fonte dividem-se em três categorias:
 Máquinas de corrente contínua: grupos rotativos, grupos eletrógenos,
retificadores.
 Máquinas de corrente alternada: transformadores e conversores de freqüência.
 Máquinas mistas: transformadores/retificadores.
12

2.3 Aplicação do Processo de Soldagem


O processo por eletrodo revestido é utilizado em larga escala no segmento
industrial, devido a sua alta versatilidade do processo em termos de ligas soldáveis e
faixa de espessura aplicáveis entre 1,5 mm a 30 mm e em qualquer posição de
soldagem. Possui uma boa variabilidade de aços como aço-carbono, aços de baixa,
média e alta liga, aços inoxidáveis, ferros fundidos, alumínio, cobre, níquel. Porém
este tipo a qualidade da soldagem depende muito da qualidade e experiência do
soldador. É necessário habilidade e concentração, mesmo possuindo equipamentos
e acessórios adequados, para que se obtenha uma solda com qualidade.
As aplicações de soldagem a eletrodo revestido são diversas desde a
pequenas peças a enormes construções (Figura 3).

Figura 3 – Soldagem em tubulação


Fonte: IFSC
13

2.4 Fabricação do Eletrodo Revestido


Trata-se de um condutor metálico que permite a passagem de corrente elétrica.
É constituído por um núcleo metálico chamado alma, envolvido por um revestimento
composto de materiais orgânicos e/ou minerais.

Figura 4 – Esquema do Eletrodo Revestido

2.5 Tipos de Eletrodo Revestido


Geralmente a escolha do consumível deve se adequar as propriedades
mecânicas e metalúrgicas do metal de solda depositada com metal de base. Assim
os principais consumíveis para o processo SMAW (Shielded Metal Arc Welding) são:

 Eletrodo revestido para aço carbono – A5.1;


 Eletrodo revestido para aço de baixa liga – A5.5;
 Eletrodo revestido para aço inoxidável – A5.4;
 Eletrodo revestido para níquel e suas ligas – A5.11;
 Eletrodo revestido para cobre e suas ligas – A5.6;
 Eletrodo revestido para ferro fundido – A5.15;

A matéria prima para a alma metálica é um fio-máquina laminado a quente na


forma de bobinas, que é posteriormente trefilado a frio até o diâmetro adequado do
eletrodo, retificado e cortado no comprimento adequado. A alma metálica tem as
funções principais de conduzir à corrente elétrica e fornecer metal de adição para a
junta. Os ingredientes do revestimento, dos quais existem literalmente centenas para
escolher, são cuidadosamente pesados, misturados a seco — mistura seca — e
então é adicionado o silicato de sódio e/ou potássio — mistura úmida — que é
compactada em um cilindro e alimentada à prensa extrusora. O revestimento é
extrudado sobre as varetas metálicas que são alimentadas através da prensa
extrusora a uma velocidade muito alta. O revestimento é removido da extremidade
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do eletrodo — a ponta de pega — para garantir o contato elétrico, e também da


outra extremidade para assegurar uma abertura de arco fácil.

As funções do revestimento são:

 proteção do metal de solda - a função mais importante do revestimento é


proteger o metal de solda do oxigênio e do nitrogênio do ar quando ele está
sendo transferido através do arco, e enquanto está no estado líquido. A
proteção é necessária para garantir que o metal de solda seja íntegro, livre de
bolhas de gás, e tenha a resistência e a ductilidade adequadas.
 estabilização do arco - um arco estabilizado é aquele que abre facilmente,
queima suavemente mesmo a baixas correntes e pode ser mantido
empregando-se indiferentemente um arco longo ou um curto.
 adições de elementos de liga ao metal de solda - uma variedade de
elementos tais como cromo, níquel, molibdênio, vanádio e cobre podem ser
adicionados ao metal de solda incluindo-os na composição do revestimento.
 propriedades mecânicas específicas do metal de solda – propriedades
mecânicas específicas podem ser incorporadas ao metal de solda por meio do
revestimento.
 isolamento da alma de aço - o revestimento atua como um isolante de tal
modo que a alma não causará curto-circuito durante a soldagem de chanfros
profundos ou de aberturas estreitas; o revestimento também serve como
proteção para o operador quando os eletrodos são trocados.

Classificação dos ingredientes do revestimento

Os materiais do revestimento podem ser classificados em seis grupos


principais:

 elementos de liga - elementos de liga como molibdênio, cromo, níquel,


manganês e outros conferem propriedades mecânicas específicas ao metal
de solda.
 aglomerantes - silicatos solúveis como os de sódio e potássio são
empregados no revestimento dos eletrodos como aglomerantes.
15

 formadores de gases - materiais formadores de gases comuns são os


carboidratos, hidratos e carbonatos. Exemplos dessas substâncias são a
celulose, os carbonatos de cálcio e de magnésio, e a água quimicamente
combinada como a encontrada na argila e na mica. Esses materiais
desprendem dióxido de carbono (CO2), monóxido de carbono (CO) e vapor
d'água (H2O) às altas temperaturas do arco de soldagem.
 formadores de fluxo e escória - esses ingredientes são empregados
principalmente para encorpar a escória e conferir propriedades como
viscosidade, tensão superficial e ponto de fusão.
 plasticizantes - os revestimentos são frequentemente granulados e, para
extrudá-los com sucesso, é necessário adicionar materiais lubrificantes e
plasticizantes para fazer com que o revestimento flua suavemente sob
pressão.

Tipos de revestimento

Celulósico

O revestimento celulósico apresenta as seguintes características:

 elevada produção de gases resultantes da combustão dos materiais orgânicos


(principalmente a celulose);
 principais gases gerados: CO2, CO, H2, H2O (vapor);
 não devem ser ressecados;
 a atmosfera redutora formada protege o metal fundido;
 o alto nível de hidrogênio no metal de solda depositado impede o uso em
estruturas muito restritas ou em materiais sujeitos a trincas por hidrogênio;
 alta penetração;
 pouca escória, facilmente destacável;
 muito utilizado em tubulações na progressão descendente;
 operando em CC+, obtém-se transferência por spray.
Rutílico

O revestimento rutílico apresenta as seguintes características:

 consumível de uso geral;


16

 revestimento apresenta até 50% de rutilo (TiO2);


 média penetração;
 escória de rápida solidificação, facilmente destacável;
 o metal de solda pode apresentar um nível de hidrogênio alto;
 requer ressecagem a uma temperatura relativamente baixa, para que o metal
de solda não apresente porosidades grosseiras.
Básico

O revestimento básico apresenta as seguintes características:

 geralmente apresenta as melhores propriedades mecânico metalúrgicas entre


todos os eletrodos, destacando-se a tenacidade;
 elevados teores de carbonato de cálcio e fluorita, gerando um metal de solda
altamente desoxidado e com muito baixo nível de inclusões complexas de
sulfetos e fosfetos;
 não opera bem em CA, quando o teor de fluorita é muito elevado;
 escória fluida e facilmente destacável;
 cordão de média penetração e perfil plano ou convexo;
 requer ressecagem a temperaturas relativamente altas;
 após algumas horas de contato com a atmosfera, requer ressecagem por ser
altamente higroscópico.

Ácido

Revestimento é a base de óxido de ferro e óxido de manganês ou de titânio ou de


silício.

2.6 Armazenagem e Manuseio do Eletrodo Revestido


É de fundamental importância conhecer como se deve armazenar e manusear
os eletrodos, principalmente os eletrodos básicos de baixo teor de hidrogênio, que
são muito higroscópicos e necessitam de cuidados especiais para que suas
características não sejam afetadas, pois, eletrodo úmido poderá causar inúmeros
defeitos na solda, tais como: porosidade, arco instável e respingos.
Os eletrodos devem ser armazenados um compartimento fechado de um
almoxarifado, que deve conter aquecedores elétricos e ventiladores para circulação
17

do ar quente entre as embalagens. Denominada de estufa para armazenamento


esta deve manter uma temperatura de pelo menos 5°C acima da temperatura
ambiente, porém nunca inferior a 20°C, e deve também estar dotada de estrados ou
prateleiras para estocar as embalagens. Enquanto para a secagem de eletrodos
revestidos de baixo hidrogênio, denominada de estufa para secagem, deve dispor de
aquecimento controlado, por meio de resistência elétrica, e de renovação do ar, por
meio de conversão controlada. Assim ambas as estufas devem possuir pelo menos
dois instrumentos controladores (termômetro e termostato), assim como prateleiras
furadas ou em forma de grade. Existe também a Estufa portátil para manutenção de
secagem como as demais, deve dispor de aquecimento elétrico por meio de
resistências e ter condições de acompanhar cada soldador individualmente. (SENAI
ES, Cia siderúrgica de Tubarão http://www.abraman.org.br/arquivos/73/73.pdf)
Quanto à forma ideal de se transportar eletrodos revestidos é em paletes. Tal
sistema evitará choques e danos às embalagens, garantindo sua estanqueidade
original. As latas deverão ser sempre guardadas na posição vertical, com as pontas
de pega voltadas para baixo, visando preservar as pontas de arco, parte mais
sensível dos eletrodos revestidos. É recomendável que a abertura seja feita pela
remoção do fundo da lata; assim, ficará bem mais fácil pegar os eletrodos na lata,
pois a ponta de pega estará a descoberto, bem como a tampa remanescente será
aquela que identifica o conteúdo em tipo, diâmetro, comprimento e número de
produção (Esab 2000).
Outro equipamento importante na solda é o maçarico que serve para efetuar o
corte de chapas e outras peças. Este é composto por um dosador, onde o oxigênio
circula numa pressão de 2-5 bar, provocando uma depressão que arrasta o acetileno
(0,4 bar), formando uma mistura. A mistura circula até o bico de maçarico, em
condições para iniciar a chama.

3. A especificação AWS A5.1


Essa especificação da American Welding Society (AWS) foi desenvolvida ao
longo dos anos por um comitê composto de membros que representam os
fabricantes de consumíveis, como a ESAB, usuários da indústria de soldagem e
membros independentes de universidades e laboratórios. Essa equipe equilibrada é
necessária para evitar tendências nas especificações. Os eletrodos para aços
carbono são classificados pelos fabricantes de consumíveis, em conformidade com
18

a especificação acima, com base nas propriedades mecânicas (também conhecidas


como propriedades físicas) do metal de solda, no tipo de revestimento, na posição
de soldagem, e no tipo de corrente (CA ou CC). O sistema de classificação é
elaborado para fornecer certas informações sobre o eletrodo e o metal de solda
depositado. O significado das designações da AWS é mostrado na Figura 5.

Figura 5 – O significado das designações da AWS


19

4. METODOLOGIA E RESULTADOS

4.1 Materiais
Para este estudo foi selecionada aleatoriamente uma oficina de pequeno porte
localizado no município de Santa Rita do estado do Maranhão. Esta tem como fonte
de renda a fabricação de portões e janelas de materiais como alumínio, aço e
metalon que utilizam a soldagem com eletro revestido em suas produções. A seguir
tem as figuras que foram utilizadas neste trabalho.

 Talas galvanizadas
 Metalon de dimensões 30 x 50 x 18 (cm)
 Barra chata de 1/2 𝑋 1/8"
 Cantoneira 1 X 1/8”

Figura 6 – Tela galvanizada

Figura 7 – Cantoneira
20

 Equipamentos de Segurança

Figura 8 – Avental de couro, máscara e luvas de couro

Figura 9 – Protetor auricular e óculos de proteção

 Porta Eletrodo

Figura 10 – Porta Eletrodo


21

 Eletrodo Revestido

Figura 11 – Eletrodo Revestido

 Máquina de Solda

Figura 12 – Máquina de Solda


22

 Acessórios
Além dos equipamentos básicos utilizados para realização da soldagem, tais
acessórios são de fundamental importância na soldagem por eletrodo revestido;

Picador: utilizado para remoção de escória do cordão de solda

Figura 13 – Picador

Escova manual: Escova de aço utilizada para limpeza, principalmente entre passes.

Figura 14 – Escova manual


23

4.2 Preparação dos Materiais


Os materiais utilizados para a fabricação do portão foram tela galvanizada,
barra, cantoneira e metalon. O metalon consiste em um ferro considerado resistente,
pois é galvanizado permitindo o mesmo ter uma espécie de camada protetora. Este
tratamento consiste na aplicação de um metal sobre uma superfície de algo metálico
ou ate mesmo não metálico resultando na redução química onde se originar uma
superfície bem melhor para soldagem, isto é, evitará a oxidação. Este tipo de
material é bastante utilizado no município de Santa Rita, pois se trata de materiais
de baixo custo comparado com o alumínio e outras ligas ferrosas.
Primeiramente foram cortadas o metalon com diagonal 45º com auxílio da
maquina de corte para adequar a peça ao tamanho desejado como mostra a Figura
15.

Figura XX – Processo de Corte da Peça

Figura 15 – Corte da peça de metalon

Depois de preparados os equipamentos como máquina de solda e limpeza da


peça a soldar iniciou soldagem com a geração do arco elétrico através da passagem
da corrente elétrica entre o eletrodo e o material soldado. Em seguida foram
24

realizados “pontos de solda” nas extremidades da peça para evitar possíveis


movimentos que podem ocorrer durante o processo de solda Figura 16.

Figura 16 – Pontos de Solda e Soldagem da Peça

Após a fixação das chapas deram continuidade com o processo de solda


chamado de cordão de solda que uniu as chapas com a barra chata de 1/2 X 1/8”. A
partir de então iniciou o procedimento de limpeza para a retirada da escória na
região soldada.

Figura 17 – Peça Pronta (PORTÃO)


25

5. CONCLUSÕES
A soldagem possui posição de destaque dentro da indústria metalúrgica,
pois mesmo sendo fonte de vários problemas, é ainda a melhor maneira de unir
materiais com baixíssimo custo, se comparado com outros métodos. As
descontinuidades estão presentes sempre que a soldagem é realizada de maneira
errada ou indevida. Esses defeitos podem se apresentar de várias maneiras, sendo
estruturais ou não.
Os processos de soldagem são essenciais para a fabricação de peças,
equipamentos e estruturas de engenharia em geral. Conclui-se que foi possível
aprender a utilizar os equipamentos de solda com eletrodo revestido durante a
fabricação de um portão metálico. Portanto, como futuro técnico é de extrema
importância o conhecimento prático deste processo de soldagem para que se possa
desenvolver e/ou aperfeiçoar outros processos mais avançados na área de solda.
Assim este trabalho foi de extrema significância para a formação dos acadêmicos
que o elaboraram.
26

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

BRANDI, S.,WAINER,E.,MELLO,F. Soldagem – Processos e Metalurgia. São


Paulo: Edgar Blucher, 1992.

MACHADO, Ivan Guerra. Soldagem e técnicas conexas: processos. Porto Alegre:


editado pelo autor,1996.

SENAI ES, Cia siderúrgica de Tubarão, disponível em:


http://www.abraman.org.br/arquivos/73/73.pdf. Acesso em 04 de abril de 2016.

The ESAB Filler Metal Technology Course – ESAB Welding and Cutting Products,
2000. Tecnologia da soldagem, Paulo Villani Marques.

WAINER, Emílio; BRANDI, Sérgio Duarte; MELLO, Fábio Décourt


Homemet. Soldagem: processos e metalurgia. São Paulo: Edgard Bulcher LTDA,
2000.

Apostila SMAW disponível


http://ivanilzafe.dominiotemporario.com/doc/ApostilaSMAW_02_Mais_completa.pdf.
Acesso em 22 de abril de 2016.

Mediawikiimages, disponivel
https://wiki.ifsc.edu.br/mediawiki/images/2/2c/Aru_suzy_apostila_soldagem.pdf
Acesso em 10 de maio de 2016

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